Tópicos | Metrô de São Paulo

Um sequestro terminou sem feridos e com um homem de 33 anos preso na noite da última terça-feira (8), na região sul da capital paulista. Portando uma faca e ameaçando atentar contra a vida de uma mulher, o sequestrador mantinha a arma apontada para o pescoço da vítima. O caso aconteceu no saguão da estação Adolfo Pinheiro, na Linha 5-Lilás do Metrô.

A negociação entre a Polícia Militar (PM) e o homem durou cerca de três horas. De acordo com os agentes que atenderam a ocorrência, no início, o sujeito proferia frases sem sentido enquanto fazia a mulher como refém. A desconexão nas palavras e as alegações de que estava sendo perseguido somaram-se à afirmação de que ele teria descoberto a fórmula para cura do coronavírus (Covid-19).

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Sem sucesso no acordo durante a ação, o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foi chamado. Após mais um longo período de tentativas para libertação da vítima, os policiais acionaram armas de borracha e de choque para resolver a situação.

Preso, o homem vai responder pelos crimes de sequestro e cárcere privado. A vítima teve apenas uma pequena escoriação no pescoço, mas foi medicada e passa bem. De acordo com os médicos que atenderam o sequestrador na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santo Amaro, ele apresentava quadro de surto psicótico.

Em anúncio realizado nesta sexta-feira (17), o Governo de São Paulo comunicou que as obras de extensão da Linha 2-Verde do Metrô da capital, que hoje serve da estação Vila Madalena até a parada Vila Prudente, estão programadas para ter início até o próximo mês de junho. O ramal terá mais oito estações na região leste da cidade. A construção deve ser concluída no ano de 2025.

As novas estações atenderão bairros que ainda não têm o serviço de transporte sobre trilhos instalado. De acordo com o projeto, as paradas serão Orfanato, Água Rasa, Anália Franco, Vila Formosa, Guilherme Giorgi, Nova Manchester e Aricanduva, com o ponto final na Penha. A última fará a ligação da Linha 2-Verde com a Linha 3-Vermelha do Metrô, que liga a zona leste à região oeste da capital paulista.

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O projeto inicial da ampliação do ramal, proposto pela administração do governador Geraldo Alckmin (PSDB) no ano de 2012, havia programado mais cinco estações que também serviriam a cidade de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. O atual governador, João Doria (PSDB), informou que não há verba suficiente para toda a expansão e, por isso, reduziu o número de pontos de parada. Ainda segundo o Governo de São Paulo, a estimativa é atender cerca de 1,1 milhão de passageiros por dia a partir da conclusão da obra.

A partir das 14h da próxima quarta-feira (30), a parceria do Metrô de São Paulo com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) abrirá inscrições gratuitas para um processo seletivo que envolve quatro cursos. Serão 220 vagas para habilitar estudantes aos cargos de assistente administrativo, eletricista de manutenção eletroeletrônica, mecânico de manutenção e mecânico de usinagem. O período para os candidatos fazerem o registro vai só até às 21h do dia 1 de novembro.

Para concorrer às vagas no curso de formação em eletricista de manutenção eletroeletrônica, os alunos deverão ter 16 anos completos na data de início das aulas (programadas para o dia 21 de janeiro de 2020) e menos de 24 anos na data de conclusão. Já para os outros cargos, exige-se que os candidatos tenham concluído o ensino fundamental, além de terem completado 14 anos até 21 de janeiro de 2020 e menos de 24 anos ao concluir a qualificação.

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As oportunidades, que também abrangem os candidatos com deficiência, estão divididas em assistente administrativo (70 vagas – quatro para pessoas com deficiência), eletricista de manutenção eletroeletrônica (96 vagas – seis para PCDs), mecânico de manutenção (29 vagas – duas para PCDs), mecânico de usinagem (25 vagas – duas para PCDs).

O curso dura 24 meses. Os aprovados receberão formação teórica, prática e profissional no Senai. A jornada é de 4 horas diárias e o valor da bolsa-auxílio é de R$ 598,80 mensais. O edital com todas as informações sobre o processo seletivo está disponível no site do Metrô de São Paulo.

Os candidatos do processo seletivo para o cargo de assistente administrativo devem cadastrar-se pelo site www.sp.senai.br/eletronica. Quem for concorrer às vagas de eletricista e mecânico de manutenção e de usinagem, deve se inscrever por meio do site www.sp.senai.br/bras.

De olho nas eleições municipais do próximo ano, uma ação do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São Paulo (TRE/SP) em parceria com o Metrô da capital vai cadastrar a biometria dos eleitores que ainda não providenciaram o registro. O novo posto, que vai atender pessoas de qualquer domicílio eleitoral paulista, fica na Estação Anhangabaú (Linha 3-Vermelha) e funcionará de segunda a sexta-feira, de 9h30 até 17h.

De acordo com o TRE/SP, o cadastro biométrico deve regularizar a situação de 70 eleitores por dia. Cada atendimento leva cerca de 15 minutos. Em São Paulo, a biometria no título de eleitor é obrigatória e os cidadãos que não a normalizarem até o fim de 2019, terão o documento cancelado.

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Entre outras sanções como não poder votar e nem ser votado, quem não estiver em ordem com a Justiça Eleitoral não conseguirá emitir tampouco renovar passaporte.

Depois da liminar da ministra Rosa Weber que exige a instalação imediata da CPI da Petrobras e o anúncio de que o Senado irá recorrer ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão, governistas e oposição correm para garantir a apuração de denúncias em diferentes frentes.

A oposição comemorou a decisão de Rosa Weber. "A decisão da ministra fez cumprir a Constituição Federal e garante algo que é sagrado: o direito das minorias", sustentou o senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato à Presidência da República. Segundo ele, o Senado não pode mais adiar a instalação da CPI. "A partir da notificação oficial, o presidente deve solicitar aos líderes as indicações [dos senadores que comporão o colegiado]. A CPI está pronta para ser instalada. Que o governo faça o embate político dentro da CPI", sustentou.

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O líder do DEM, senador José Agripino (RN), explicou que a ausência do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-RN), que está em viagem oficial à Itália, não deve atrapalhar a imediata instalação da CPI. "O Senado tem um vice-presidente que assume a função quando da ausência do presidente. Acho que não há o que discutir. Se havia alguma dúvida jurídica, a dúvida foi elucidada. O que importa agora é a instalação", frisou.

Apesar de a liminar ser relacionada à instalação da CPI no Senado, os parlamentares vão trabalhar por um colegiado misto. "Há um desejo muito forte da Câmara de participar das investigações", explicou o líder do PSDB, senador Aloysio Nunes Ferreira (SP). Para ele, o objetivo da comissão é “salvar a Petrobras e restabelecer sua credibilidade”.

Para os governistas, a CPI exclusiva da Petrobras não representa uma derrota, apesar de considerarem que a determinação fere a autonomia do Senado, que já havia aprovado em plenário a instalação de uma CPI ampla. Nesse caso, a proposta era investigar, além das denúncias referentes à estatal, as supostas irregularidades em obras no metrô de São Paulo e no Porto de Suape (PE), que estão sob o comando do PSDB e PSB.

"Em nenhum momento nos recusamos a investigar a Petrobras. Agora, se a oposição pensa que nós vamos deixar de lado a investigação sobre o Metrô de São Paulo, e sobre outras suspeitas que pairam de má aplicação de recursos públicos federais, está enganada", disse o líder do PT, senador Humberto Costa (PE).

Segundo ele, os governistas irão protocolar requerimento para apurar as denúncias contra esses empreendimentos numa CPI mista. Humberto informou que estão sendo colhidas assinaturas dos senadores e que todos os apoios necessários na Câmara já foram confirmados.

Como já era esperado, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) apresentou parecer favorável à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ampla para investigar tanto as denúncias de irregularidades na Petrobras, quanto o escândalo do metrô de São Paulo e do Distrito Federal e de obras no Porto de Suape e na Refinaria Abreu e Lima. O relatório ainda será votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que realiza nesta terça-feira (8) sessão extraordinária para analisar o caso.

O parecer de Jucá é favorável à manobra do governo. A oposição tenta garantir no Supremo Tribunal Federal a investigação específica sobre a Petrobras, que enfrenta denúncias de superfaturamento na compra de plataformas e refinarias. Líderes partidários chegaram a acusar DEM, PSDB, PDT e PSB de agirem por motivações eleitorais, já que os aliados de Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) insistem na instalação do colegiado. Foi da base aliada a posposta de ampliar o escopo da CPI e incluir as demais denúncias.

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A chamada CPI do Fim do Mundo, se aprovada na CCJ, terá que passar também em plenário, provavelmente nesta quarta-feira (9). Para Jucá, a proposta é coerente e não traz "prejuízo para a minoria, porque o objeto deles será investigado de qualquer forma". Ele disse que irá consultar o STF sobre o assunto, assim como fez a oposição nesta manhã ao protocolar um mandado de segurança para obrigar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-RN), de instalar o colegiado.

Para o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), um dos principais articuladores para a criação da CPI mista, o colegiado amplo é uma tentativa de "desviar o foco". "O governo quer tumultuar o processo com essa inclusão de temas que não têm relação com a Petrobras. É uma tentativa de abafar a crise", sustentou.

O Ministério Público Estadual (MPE) abriu um inquérito criminal específico para apurar possível formação de cartel e fraude em licitações por parte das empresas investigadas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no esquema denunciado pela alemã Siemens. O promotor do caso, Marcelo Mendroni, disse que os executivos das 19 empresas suspeitas serão tratados como uma "organização criminosa" e que há "fortes indícios" de formação de cartel.

A Siemens divulgou ontem nova nota sobre o caso. Refutou "quaisquer acusações que não sejam baseadas em provas validadas por órgãos oficiais competentes".

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O novo inquérito será tocado em paralelo aos 45 já em andamento no MPE sobre compras do Metrô de São Paulo e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) nos últimos 15 anos. Essas investigações, algumas delas arquivadas, foram reabertas e são conduzidas por uma força-tarefa de dez promotores, sendo oito da área cível (da Promotoria Pública do Patrimônio Público e Social) e dois da criminal - do Grupo de Atuação Especial de Repressão à Formação de Cartel e à Lavagem de Dinheiro (Gedec).

A diferença entre as investigações, segundo Mendroni, é que os casos já em andamento são específicos para as denúncias apresentadas (como, por exemplo, preços suspeitos para a compra de trens da CPTM). E o objetivo dos promotores do Patrimônio é recuperar o dinheiro público que eventualmente foi desviado nas irregularidades.

O procedimento criminal, instaurado anteontem, vai correr em segredo. Mendroni deverá solicitar acesso às investigações de seus colegas do Patrimônio para comprovar a existência do cartel e já tem os sete volumes da investigação do Cade - que têm e-mails e outros documentos entregues pela Siemens por meio de um acordo de leniência, instrumento jurídico que dá imunidade a um delator do cartel.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O cruzamento de documentos da Justiça suíça com aqueles em posse do Ministério Público paulista e da Polícia Federal apontam para um intermediário a serviço da Alstom e da Siemens no Brasil. A suspeita é de que as duas empresas tenham usado o consultor Arthur Teixeira para pagar propinas a agentes públicos a fim de obter contratos.

Na documentação do país europeu, o nome aparece como parte do sistema de corrupção montado pela Alstom. Nos papéis das autoridades brasileiras, ele é citado como contratado pela Siemens para agir em licitações.

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Ambas as empresas atuaram em São Paulo, na série de governos do PSDB no Estado iniciada em 1995 por Mário Covas.

Siemens, empresa alemã, denunciou a existência de um cartel para obter contratos tanto em São Paulo quanto no Distrito Federal que, somados, chegam a R$ 1,925 bilhão. Os governos poderiam ter economizado até 30% desse total caso o esquema não tivesse praticamente eliminado a livre concorrência.

Arthur Teixeira e Sérgio, seu irmão - que hoje está morto -, teriam contas offshore na Suíça para realizar os pagamentos das propinas no Brasil. Diretores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) são suspeitos de receber dessas offshores na época do governo Covas. Cópias de documentos sobre o tema estão em poder da Polícia Federal.

Contas

No caso envolvendo a empresa francesa Alstom, o nome de Arthur Teixeira é citado na investigação tocada pelo Ministério Público suíço como destinatário, em março de 2001, de uma transferência de cerca de US$ 256 mil. O dinheiro foi parar numa das contas offshore.

A transferência seria uma indicação da rota do pagamento da propina, segundo investigadores. Os suíços obtiveram dezenas de documento da multinacional francesa, depois de uma série de intervenções nos escritórios da empresa. A Alstom, na época, garantiu que cooperava com a investigação e que havia passado por uma ampla mudança de comportamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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