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Após anunciar o cancelamento, a motociata pró-Bolsonaro acabou acontecendo no Recife, neste domingo (20). O grupo se concentrou no bairro de Piedade, Jaboatão dos Guararapes, e partiu rumo à avenida Boa Viagem. Segundo os organizadores, cerca de 3.500 motos participaram do ato. Confira algumas imagens:

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Seguindo a recomendação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que aconselhou para que não ocorram manifestações a favor ou contra o governo Jair Bolsonaro (sem partido) na Região Metropolitana (RMR) da capital neste final de semana, a Aliança Por Pernambuco, movimento à frente da “l Motociata Acelera, Patriota!”, prevista para acontecer no domingo (20), decidiu suspender o evento.

“Nós vamos seguir a determinação do Ministério Público, mas sabemos que isso só vale para a direita, porque a esquerda já está no Derby se organizando para o ato”, declarou Marcos Wanderley, um dos coordenadores da organização bolsonarista, citando a manifestação “Fora, Bolsonaro” também agendada para o fim de semana. Ele ainda acrescentou que a equipe jurídica da Aliança por Pernambuco está preparando uma nota que será divulgada através das redes sociais.

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Por meio do Diário Oficial do órgão, o MPPE determinou nesta quinta-feira (17) que a motociata não ocorra, e usou como exemplo o comportamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) frente à pandemia. “Conforme amplamente divulgado pela mídia, nas manifestações similares à agendada para o próximo 20 de junho, ocorridas em outros Estados, o Presidente da República, seus principais assessores, organizadores do evento e grande parte das pessoas presentes ao ato não utilizaram máscaras de proteção facial, descumprindo a legislação que determina o uso de máscaras em locais públicos”.

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Com relação ao protesto contrário ao presidente, o MPPE ressaltou também: “Apesar dos organizadores dos referidos movimentos recomendarem aos participantes o respeito às normas de distanciamento social, uso de máscaras e de álcool 70%, entre outras medidas, não há garantia de que, caso realizada, tais ações serão observadas e não gerarão aglomeração durante a manifestação”.

Contudo, organizações à frente do ato permanecem em consonância com outros protestos marcados para ocorrer ao redor do país. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) de Pernambuco, por exemplo, usou as redes sociais para reafirmar a realização do ato neste sábado (19) e aconselhou aos participantes que usassem máscaras em todo o percurso, que se inicia na Praça do Derby, região central do Recife, a partir das 9h.

Confira a nota sobre o cancelamento do ato na íntegra:

I Motociata Acelera, Patriota!

C O M U N I C A D O:

Em RESPEITO aos motociclistas e grupos de motociclistas da Região Metropolitana do Recife, bem como das cidades que informaram participar da “I Motociata Acelera, Patriota!”, que seria um evento organizado para demonstrar o GIGANTESCO APOIO dos Grupos de Direita ao senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro; também de conscientização para a IMPRETERÍVEL APROVAÇÃO da Proposta de Emenda Constitucional de número 135 de 2019, também conhecida como a “PEC do Voto Impresso” (auditável), bem como, da chamada de atenção para a instituição da Prisão em Segunda Instancia, em respeito ao Duplo Grau de Jurisdição.

Por sermos nós, brasileiros ordeiros, pacíficos e nos comprometermos a zelar pela segurança daqueles que participam dos atos que organizamos informamos que: por conta da NOTIFICAÇÃO/RECOMENDAÇÃO, por nós recebida na data de 16 de junho de 2021, inserida no Procedimento Administrativo nº 02061.000.268/2020-0039 do MINISTÉRIO PÚBLICO DE PERNAMBUCO, PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE DEFESA DA CIDADANIA DA CAPITAL (SAÚDE), observando em seu contento o disposto no Decreto Executivo do Governo do Estado de Pernambuco nº 50.846, de 11 de junho de 2021, apesar de entendermos que decreto não tem força normativa, de lei, a não ser se estivéssemos em estado de sítio, e que manifestações realizadas em veículos não provocam aglomerações, como declara o decreto datado de 11/06/2020, e motocicletas não estão  proibidas de circular, vimos acatar, para que não haja nenhum constrangimento ou atos de coerção por parte agentes públicos, por ordem superior, uma vez que, a referida RECOMENDAÇÃO nº 03/2021 e suas considerações direcionadas aos integrantes do Movimento Aliança (patriota) Por Pernambuco, caso não fosse acatada, para se fazer cumprir, como já ocorrido anteriormente, poder-se-ia usar a força policial, inclusive com apreensões de veículos, como ocorrera em junho de 2020, procedimento totalmente ilegal, que fere os DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS EXPRESSOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL em seu artigo  5° Inciso XVI – “TODOS PODEM REUNIR-SE PACIFICAMENTE, SEM ARMAS, EM LOCAIS ABERTOS AO PÚBLICO, INDEPENDENTEMENTE DE AUTORIZAÇÃO, DESDE QUE NÃO FRUSTEM OUTRA REUNIÃO ANTERIORMENTE CONVOCADA PARA O MESMO LOCAL, SENDO APENAS EXIGIDO PRÉVIO AVISO ÀS AUTORIDADES,” procedimento por nós adotado, mas que poderia ocorrer.

Enquanto cidadãos, defendemos o direto à vida, ao trabalho, à educação, a igualdade, à liberdade, à propriedade e acreditamos que exercer a cidadania plena, expressão fiel do exercício da democracia, é poder ter a liberdade para participar de uma sociedade onde os direitos do cidadão sejam respeitados e isso não está acontecendo, como vimos constatando no decorrer dessa pandemia, o que nos leva a questionar os reais motivos da recomendação, uma vez que outras carreatas já aconteceram, sempre de forma ordeira e pacífica, sem que representasse algum aumento de contágio do vírus, mas, por sermos pacíficos e ordeiros e prezarmos pelo nosso povo para que nada de mal lhes aconteça, acataremos a recomendação, apesar de considerarmos esse ato uma transgressão à liberdade.

Que Deus Abençoe o nosso Pernambuco e o nosso Brasil!

Recife, 18 de junho de 2021

”Movimento Aliança (patriota) Por Pernambuco”.

 

 

 

 

 

 

 

A "motociata" do presidente Jair Bolsonaro em São Paulo, no sábado passado, serviu para que empresários por trás da manifestação construíssem um banco de dados com informações pessoais de milhares de pessoas. Elas foram levadas a preencher um cadastro prévio sob o argumento de que era necessário para promover a segurança do chefe do Poder Executivo. Com os dados, o grupo, que diz ter coletado registros de 500 mil pessoas, pretende construir uma rede digital bolsonarista e viabilizar novos atos em favor do presidente.

Para venderem como obrigatório o cadastramento dos interessados no evento, os empresários diziam que se tratava de orientação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência. Agora, esses empresários, com pretensões políticas e comerciais, detêm uma ampla rede de contato com eleitores e consumidores.

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O empresário bolsonarista Jackson Vilar da Silva deu a cara à organização, na condição de presidente da recém-criada Embaixada do Comércio de São Paulo. Pastor e dono de uma loja de móveis na Zona Sul de São Paulo, ele concorreu para deputado federal em 2018, pelo PROS.

Defensor de Bolsonaro, ele já usou suas redes para comparar o presidente a Jesus Cristo e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Barrabás, personagem bíblico apontado como criminoso. Vilar tem promovido manifestações contra medidas restritivas determinadas pelo governo de São Paulo. Em uma delas, fez ameaças ao governador João Doria (PSDB) e passou a ser alvo de investigação.

O site que recolheu os dados pessoais foi registrado por um amigo dele, um advogado que contribuiu para a criação da entidade e não se expôs como organizador do evento, denominado "Acelera para Cristo". Roberto Jorge Alexandre é filiado ao Podemos, partido pelo qual disputou a eleição em 2010. Tem escritório que atua com defesas administrativas e recursos de multas de trânsito.

Eles exigiram nome completo, CPF, número de celular, data de nascimento, e-mail, nome da mãe, modelo da moto e placa. O empresário nega interesse em fazer uso comercial dos dados que colheu. "Não posso nem fazer isso", disse.

Apesar de negar uso comercial, ele confirmou que os dados deverão ser reutilizados no futuro. "Interessa para a Embaixada do Comércio se comunicar com pessoas, mandar e-mails para próximos eventos. Mas não era essa a intenção. É porque o GSI pede mesmo o cadastro de pessoas", disse.

Segundo Alexandre, o banco de dados está guardado em uma nuvem. No sábado, o site sofreu um ataque hacker de sobrecarga, que prejudicou o acesso por cerca de três horas, mas nenhum dado teria sido roubado. Em mãos erradas, as informações são suficientes para criminosos aplicarem golpes.

A organização de apoiadores via rede social foi pilar da ascensão de Bolsonaro à Presidência e na de seus aliados em cargos eletivos. Avesso à imprensa e ao contraditório, ele é usuário assíduo das redes sociais e usa narrativas que circulam em grupos de aplicativos como WhatsApp e Telegram. Vários de seus apoiadores são investigados por administrar contas inautênticas e promover notícias falsas e ataques contra adversários.

Roberto Alexandre disse que o pedido de cadastro foi feito após uma reunião com representantes do GSI, em São Paulo, que tratou da segurança do presidente. Ao menos 1,8 mil nomes teriam sido entregues ao governo para que fossem selecionadas as pessoas que integrariam o pelotão de Bolsonaro.

Por nota, o GSI informou que "não se manifesta sobre protocolos de segurança e outras ações" referentes a eventos com a presença do presidente, do vice e dos familiares deles.

Uma praça de pedágio da Rodovia dos Bandeirantes registrou 6,6 mil motos no evento. Já a Polícia Militar informou que 12 mil motociclistas participaram do ato. O meio milhão de dados coletados, de acordo com organizadores, seria explicado pelo viés da campanha que fizeram. Nas redes, prometeram o sorteio de uma moto aos inscritos. No entanto, o site que recebeu os cadastros apresenta apenas uma finalidade, a de ampliar a segurança do evento, sem aviso sobre uso futuro.

A utilização para outro fim, como querem os empresários, pode configurar infração à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O advogado Francisco Gomes Jr., especialista em direito digital, pontua que a lei exige que a finalidade da coleta do dado seja seguida à risca. "Se a finalidade que está escrita é a questão da segurança, só poderia ser utilizada para isso", disse.

Procurado, Jackson Vilar não respondeu aos contatos da reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No Twitter, o Aliança por Pernambuco, que se descreve como um movimento de direita no Estado, está convocando a população para a primeira 'motociata' em solo pernambucano. O ato apoia o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A ação está prevista para o próximo domingo (20), com concentração no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, às 10h.  "Tem o objetivo de chamar a atenção para a liberdade que um Estado de Direito seguro garante a uma nação, onde os direitos fundamentais do cidadão, como o de ir e vir, direito ao trabalho e à saúde, sejam respeitados", informa o movimento, ao descrever o objetivo da iniciativa.

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A 'motociata' deverá ser realizada um dia depois da manifestação da esquerda em várias cidades do Brasil, inclusive no Recife, contra o presidente Bolsonaro, pela vacina e pela ampliação do Auxílio Emergencial para R$ 600.

Nesta segunda-feira (14), em uma de suas conversas matinais com apoiadores aglomerados em frente ao Palácio do Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se referiu ao ex-presidente Lula de forma pejorativa. Ele se apoiou na condição física do concorrente para atacá-lo.

"Não é somente aquele pessoal do ‘nove dedos’, não. Tem gente que ficou mal acostumada", comentou Bolsonaro após voltar a se queixar do cargo de Presidente.

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Ele ainda perguntou se algum dos presentes participou da sua 'motociata' em São Paulo, que reuniu milhares de pessoas sem máscaras de proteção no sábado (12). Na ocasião, ele realizou o trajeto com a placa tampada, não usou o capacete adequado e chegou a ser multado por descumprir as leis estaduais de enfrentamento a Covid-19.

Nenhum dos apoiadores disse que participou do evento e ele culpou o governador João Doria (PSDB) pela baixa adesão. “Ele não consegue administrar o estado dele e quer comandar o Brasil”, disse.

O presidente Jair Bolsonaro liderou ontem em São Paulo uma manifestação de motociclistas a favor de seu governo. A motociata levou ao fechamento da pista central da Marginal do Tietê, principal artéria da cidade, e da Rodovia dos Bandeirantes entre a capital e Jundiaí, no interior, em um trecho de pouco mais de 50 quilômetros, até retornar e acabar na região do Parque do Ibirapuera.

Ao final da manifestação, o presidente fez um discurso de cunho eleitoral em um caminhão de som em que reforçou suas posições contrárias aos procedimentos recomendados pelos cientistas para evitar a proliferação do novo coronavírus. Ele também aproveitou o ato para fazer um desagravo ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, alvo de investigações no âmbito do Supremo Tribunal Federal por suspeita de atuar a favor de madeireiros na Amazônia e por obstruir uma apuração da Polícia Federal que culminou na maior apreensão de madeira ilegal da história do País.

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Bolsonaro voltou a contestar o uso de máscaras, criticou ações para garantir distanciamento social e fez nova defesa do "tratamento precoce" contra a covid-19 com uso de cloroquina - apontado como ineficaz pela comunidade científica. O presidente esteve sem máscara durante todo o ato e foi multado pelo governo de São Paulo por este motivo. Os deputados federais Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli (ambos PSL-SP), e os ministros da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, e da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, também.

Tarcísio discursou na manifestação, e foi aclamado pelo público como "governador". Ele é tido como possível candidato do presidente ao Palácio dos Bandeirantes no ano que vem.

Os motociclistas que acompanharam o presidente, vindo especialmente de moto clubes da capital, do interior de São Paulo e dos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná, estavam em um número suficiente para circular o complexo do Anhembi, na zona norte, onde ocorreu a concentração, em uma fila de 5 quilômetros de extensão. Segundo a Polícia Militar, 12 mil motociclistas participaram do ato. Muitos deles portavam bandeiras do Brasil e não usavam máscaras. No Ibirapuera, havia ainda faixas contra o Supremo Tribunal Federal, a favor do "voto impresso auditável" e pedindo "intervenção militar".

‘Excelente trabalho’. Salles permaneceu no carro de som ao lado do presidente. "O Ministério do Meio Ambiente era aparelhado e (Salles) fez um excelente trabalho", afirmou Bolsonaro. O ministro discursou por cerca de um minuto, e repetiu o slogan do presidente "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos".

Ao agradecer os motociclistas pela motociata, Bolsonaro voltou a comentar um benefício já prometido para a categoria, de isenção de tarifas de pedágios em novas concessões rodoviárias executadas pelo governo.

Ele participou do evento vestindo um colete do representante de uma associação de proprietários de motocicletas Harley Davidson do Espírito Santo durante a visita ao Estado anteontem. "Acho que ele ficou satisfeito", disse Marcus Fly, que não viajou a São Paulo para acompanhar o evento.

Capacete. Durante o trajeto de moto, Bolsonaro utilizou um capacete do tipo coquinho, que não protege o maxilar nem possui viseira. O uso desse equipamento é proibido pela Resolução 453/2013 do Conselho Nacional de Trânsito. É considerado uma infração grave, sujeita a multa.

A Polícia Militar registrou ao menos um acidente no comboio, no km 30 da Rodovia dos Bandeirantes. Imagens da Band News mostram o momento em que motociclistas caem. As vítimas não sofreram ferimentos graves.

O presidente uniu uma série de posições negacionistas de seus aliados em um único discurso, que buscou apresentar uma versão diferente da que o Brasil é um dos lugares com mais mortes por covid-19 no mundo. Até agora, 482 mil pessoas já morreram por causa do coronavírus no País.

Essa junção de teses afirma que o número de mortes no Brasil é superestimado e, caso fosse correto, o País teria menos mortes por 100 mil habitantes do que em outros países. Esse número menor seria resultado do tratamento precoce com uso de cloroquina defendido por ele e seus aliados. O discurso durou 28 minutos.

"O documento produzido pelo Tribunal de Contas União (TCU) que, apesar de não ser conclusivo, é bastante objetivo. O critério usado para governadores buscarem recursos era o número de óbitos por covid. Houve sim, pelo que tudo indica, a super notificação de casos de covid", afirmou. "Quem aqui nunca ouviu de pessoas que reclamaram que seu ente querido faleceu de outra doença, e que colocaram como covid?", questionou.

O documento do TCU que fala de super notificação, citado pelo presidente, foi questionado pelo órgão, que apura a conduta do servidor que produziu o documento.

Bolsonaro voltou ainda a criticar o uso de máscaras. "Eu propus ao ministro da Saúde que estude a possibilidade, levando-se em conta a ciência, de podemos ou não sugerir a não obrigatoriedade de máscaras para quem já contraiu o vírus ou já foi vacinado", disse o presidente. "O vacinado não tem como transmitir o vírus", disse o presidente (na verdade, mesmo quem já tomou a segunda dose pode ser infectado e transmitir a doença, mas tem reduzida as chances de precisar de internação e morrer).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Milhares de motociclistas fizeram uma manifestação em apoio ao presidente Jair Bolsonaro neste sábado (12), em São Paulo. O ato seguiu da região do Sambódromo pela Marginal do Tietê até a Rodovia dos Bandeirantes, onde o grupo foi até o trevo do km 62, na altura de Jundiaí, e retornou em direção ao Ibirapuera, onde Bolsonaro discursou em um carro de som.

O presidente, que liderou a motociata, chegou à concentração na zona norte e circulou sem máscara, provocando aglomerações entre os apoiadores, muitos também sem o equipamento de segurança em meio à pandemia de coronavírus. Bolsonaro, um de seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, foram multados pelo governo de São Paulo, por não usarem máscara no ato.

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No discurso no final da motociata, Bolsonaro voltou a falar na possibilidade de suspender a obrigatoriedade de uso de máscaras por pessoas já vacinadas, defendeu o trabalho do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e fez novo aceno aos motociclistas, ao falar de isenção de pedágio nas futuras concessões de rodovia. Para isso, no entanto, o presidente vai aumentar o valor para os demais motoristas.

Com Salles no carro de som, Bolsonaro disse que "o Ministério do Meio Ambiente era aparelhado e (Salles) fez um excelente trabalho". O ministro é investigado por indícios de favorecimento de empresas na exportação ilegal de madeira e por suspeita de obstruir a maior investigação ambiental da Polícia Federal em favor de quadrilhas de madeireiros. Ele nega irregularidades.

Bolsonaro repetiu que pediu um estudo ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sobre a possibilidade de sugerir a não obrigatoriedade do uso de máscara para vacinados. "Quem for contra não acredita na ciência. Não tem como vacinado transmitir o vírus", disse. Mas, segundo especialistas, pessoas vacinadas podem sim transmitir o coronavírus e devem continuar usando máscaras, assim como o resto da população.

No discurso, Bolsonaro disse que o Ministério do Meio Ambiente era "aparelhado e (Salles) fez um excelente trabalho". Mas em entrevista concedida ao Broadcast em fevereiro, Salles reclamou dos cortes que o orçamento de sua Pasta sofreu e informou que chegou a fazer contato direto com o colega da Economia, Paulo Guedes. "Falei que era preciso dar prioridade ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), porque, depois, reclamam que ficamos com imagem ruim no exterior e que isso prejudica captação de investimentos", relatou.

O ministro descreveu ainda que, na conversa com Guedes, sugeriu que cortes fossem feitos em ministérios como os da Defesa ou da Ciência e Tecnologia porque o orçamento do MMA "não faz cócegas à União". "Não pode ter o órgão encarregado de fazer orçamento negando a grana e depois dizendo que precisamos melhorar imagem no exterior. Quem está dando substância a essa crítica é o próprio Ministério da Economia. É uma postura esquizofrênica", afirmou, na ocasião.

A Secretaria de Esporte e Lazer da cidade de São Paulo dispensou licitação e desembolsou mais de R$ 75 mil para realizar a 'motociata' do presidente Jair Bolsonaro. O valor foi publicado no Diário Oficial do município momentos antes do passeio deste sábado (12).

“Autorizo a contratação direta por dispensa de licitação da empresa São Paulo Turismo S/A, CNPJ nº 62.002.886/0001-60, para a prestação de serviços, inclusive com a colocação de gradis, objetivando-se a realização do evento denominado 'Carreata – Acelera para Cristo com Bolsonaro', no dia 12 de unho de 2021, no valor total de R$ 75.243,17″, informa o documento oficial da gestão.

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O ato "Acelera para Cristo com Bolsonaro" iniciou na Zona Norte da capital, que tem como atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). Ele é entusiasta da Igreja Católica e assumiu o cargo há menos de um mês, após a morte do prefeito eleito Bruno Covas (PSDB).

O Estado de São Paulo é o mais acometido pela pandemia. Ao todo, já foram registrados 3.428.356 casos e 117.344 mortes em razão da Covid-19.

O governo de São Paulo divulgou nota há pouco informando que equipes da Saúde e Segurança Pública autuaram o presidente Jair Bolsonaro por ser flagrado sem máscara durante a manifestação que realiza nesse sábado na capital. O valor da autuação é de R$ 552,71.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, também foram autuados.

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Bolsonaro participa de 'motociata' que partiu da zona norte de São Paulo mais cedo e seguiu para a cidade de Jundiaí. O ato deve ser encerrado no Parque do Ibirapuera, na capital.

O governo enviou às autoridades um documento que "pontua a necessidade da manutenção das medidas preventivas já conhecidas e preconizadas pelas autoridades sanitárias internacionais, como uso de máscara e distanciamento". O uso de máscaras é obrigatório no Estado de São Paulo desde maio de 2020.

O governo também divulgou o balanço de ações da Vigilância Sanitária Estadual na pandemia. Desde 1º de julho de 2020 até 31 de maio de 2021, foram feitas 312.444 inspeções e 7.340 autuações por diversas infrações às normas de prevenção da Covid-19.

As autuações com base no Código Sanitário a estabelecimentos por descumprimento das regras preveem multa de até R$ 290 mil. Pela falta do uso de máscara, a multa é de R$ 5.294,38 por estabelecimento, por infrator. Transeuntes em espaços coletivos também podem ser multados em R$ 552,71 pelo não uso da proteção facial.

Um apoiador do presidente Jair Bolsonaro perdeu o equilíbrio e causou um acidente durante a 'motociata' em São Paulo, na manhã deste sábado (12). Acompanhado dos ministros Tarcísio Freitas e Ricardo Salles, o chefe do Executivo descumpriu as leis de combate à Covid-19 do Estado e promoveu uma aglomeração com milhares de motociclistas.

Durante o trajeto que iniciou na Zona norte e cortou a cidade, um dos motociclistas caiu e derrubou, pelo menos, mais três na sequência, causando um efeito dominó que reteve o ato.

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Com o acidente, alguns pararam para ajudar os que ficaram no chão, mas a maioria optou em seguir caminho com a esperança de chegar mais perto da moto de Bolsonaro, que puxava o comboio.

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O passeio segue sem o cumprimento das recomendações sanitárias, como o uso de máscara de proteção. O governador João Doria (PSDB) já havia anunciado que o presidente seria multado caso não respeitasse as leis para a Covid-19 no Estado, que lidera o ranking de casos e óbitos no Brasil. Vale destacar que ele também utilizou um capacete inadequado.

---> Atos convocados por Bolsonaro são campanha eleitoral?

A queda nas pesquisas de intenção de voto para 2022 e o aumento da rejeição do seu governo, principalmente no trato com a pandemia, fez com que o presidente agendasse atos políticos para não se distanciar do seu eleitorado mais fiel. Embora não peça votos oficialmente, os eventos tomam ares de campanha.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou, na manhã deste sábado (12), das habituais motociatas, desta vez na cidade de São Paulo. O evento intitulado “Acelera para Cristo” começou às 10h, na região de Santana, zona norte da capital, e reuniu milhares de motociclistas. Com a exceção das equipes policiais presentes e uma quantidade ínfima de apoiadores, todo o restante estava sem máscara, incluindo o presidente da República. O distanciamento social também foi ignorado.

O chefe do Executivo foi recebido aos gritos de “mito” e palavras de ordem e nacionalismo, como é costumeiro nas manifestações bolsonaristas. A Polícia Militar esteve presente no local, mas não informou o número de manifestantes.

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Saindo de Santana, a motociata segue pela marginal Tietê, a partir da ponte Governador Orestes Quércia, e continuará até o quilômetro 62 da Rodovia dos Bandeirantes, que foi fechada em todos os acessos. Houve revista dos participantes em entradas e saídas do local, por questões de segurança.

Cerca de seis mil militares foram disponibilizados para dispersar o trânsito, uma vez que havia preocupação de a manifestação prejudicar o comércio neste 12 de junho, Dia dos Namorados, quarta data mais importante para o setor no ano.

Foram descumpridas pelo menos três exigências do protocolo estabelecido pelo Centro de Contingência do Governo de São Paulo, que exige o distanciamento social mínimo de 1,5m, o uso de máscaras em locais públicos e a proibição de aglomerações. Além disso, o estado passa por uma prorrogação das medidas restritivas, que iriam até o próximo dia 14 e foram postergadas ao dia 30, permitindo que a maior parte das atividades funcionem com apenas 40% da capacidade.

No geral, São Paulo passa por uma nova alta de infecções, acumulando 3,4 milhões de casos e quase 117 mil mortes. Segundo o último boletim da Saúde, foram 23.033 novos casos e 733 novos óbitos em apenas 24h.

O presidente Jair Bolsonaro confirmou participação, nesta sábado (12), na capital paulista, de uma motociata em apoio ao seu governo. A manifestação foi organizada por integrantes de clubes de tiro e de motociclismo do interior de São Paulo e de Estados vizinhos. O ato foi divulgado também por parlamentares da base aliada ao presidente e grupos que, em São Paulo, vinham organizando protestos contra o governador João Doria (PSDB).

O ato deve ter início por volta das 10h, saindo do Sambódromo do Anhembi, na zona norte, e seguindo pela Marginal do Tietê até a Rodovia dos Bandeirantes. O trajeto prevê um percurso até o trevo do km 47, em Jundiaí, para então retornar à capital. Na cidade, o grupo seguirá até o obelisco do Ibirapuera. Antes do evento, Bolsonaro deve participar de uma cerimônia no Colégio Militar de São Paulo.

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Durante o percurso, o painel eletrônico das rodovias, segundo apurou o Estadão, trará a seguinte mensagem: Use Máscara. Doria afirmou durante entrevista na quarta-feira, no Palácio dos Bandeirantes, que caso Bolsonaro não use a proteção durante a motociata, será multado por desrespeito às normas sanitárias. "Ele será multado como qualquer outro cidadão que não usar máscara", afirmou. Nesta sexta (11), pela manhã, o presidente respondeu questionando se Doria era o "doninho" de São Paulo.

Desde quarta-feira (9), a capital paulista começou a receber integrantes de moto clubes paulistas, fluminenses, mineiros, sul-mato-grossenses e paranaenses. Muitos estão hospedados em hotéis próximos ao sambódromo, local da concentração. Em um desses hotéis, funcionários confirmaram ao Estadão o aumento da ocupação.

No último dia 28, Bolsonaro participou de ato similar, com grande público, no Rio de Janeiro, onde foi recebido pelo governador Cláudio Castro (PSC) e dividiu palanque com o general e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello - o episódio causou desgaste ao Exército, que decidiu não punir o general da ativa pela participação de ato político.

Em São Paulo, os motociclistas e atiradores começaram a convocar os atos nas redes sociais, mas com menor intensidade do que o evento no Rio. Levantamento feito com o programa Brandwatch, de análise de redes, mostra que, dois dias antes do ato do Rio, havia mais de 344 mil postagens sobre o evento; desta vez, até a quinta-feira passada, foram 31 mil publicações.

Um comerciante da zona sul da capital que, no começo do ano, entrou no radar da inteligência da Polícia Militar por causa de ameaças ao governador João Doria, também começou a convocar a população para a manifestação. Jackson Vilar (cujo nome de batismo é Jarkson), que também é pastor, passou a divulgar o evento como "Acelera para Cristo com Bolsonaro". Ele passou a cadastrar participantes pela internet e divulgou um código Pix para receber doações. O gesto provocou críticas de motociclistas.

O Estadão tentou contato com Vilar, que não respondeu. Ao confirmar que irá participar do ato, o comerciante terá de ficar na garupa: sua carteira de habilitação é categoria "B", que permite a condução apenas de automóveis. Vilar já foi indiciado por estelionato, em 2017, pelo 27º Distrito Policial (Ibirapuera).

A Polícia Militar paulista, que manteve conversas com o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ao longo da semana, vai reforçar a vigília de pontes e viadutos por onde a motociata deve passar, para evitar que objetos sejam arremessados nos manifestantes. No fim do ato, no Ibirapuera, dois drones devem ser usados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para acompanhar o ato. Ao menos um carro de som deve ir ao local. Segundo informações da Secretaria Estadual da Segurança Pública, cerca de 6,7 mil policiais devem trabalhar no acompanhamento da manifestação.

Além do aparato formal, ostensivo, montado com pessoal do Comando Militar do Sudeste, das polícias Federal, Militar e Civil, o Bolsonaro terá ainda um reforçado esquema de segurança próxima. O GSI contará com cerca de 40 agentes usando motos, infiltrados entre os motociclistas manifestantes. Isso, sem contar com os batedores e os agentes do grupo regular da presidência.

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