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Heloisa Bolsonaro, que é esposa do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), afirmou que não sabia que no país existia um movimento antivacina e que isso é "coisa de retardado". Essa declaração contraria o posicionamento de seu próprio companheiro e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

Ambos já afirmaram que quando a vacina contra a Covid-19 começar a ser distribuída à população, não deve ser obrigatória. O posicionamento de Heloisa foi publicado em sua conta do Instagram como uma resposta a uma seguidora que havia perguntado se a Geórgia, sua filha junto com Eduardo, havia tomado as vacinas.

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"Geórgia toma e tomará todas as vacinas para cada fase. Não sabia que existia um movimento antivacina, mas agora sabendo, só pode ser coisa de retardado", escreveu. 

Ela complementou dizendo que "depois, quando o filho tiver uma doença, quero ver ele agradecer aos pais por terem poupado ele da dor do 'pic'. Pqp, né? Por essas e outras a gente vê a volta de doenças antes erradicadas", pontuou.

Conectar pessoas negras de diversas profissões para fortalecer o empreendedorismo e a circulação de recursos financeiros entre a comunidade negra, assim pode ser parcialmente resumido o movimento Black Money, que coloca em rede não apenas produtos e serviços de pessoas negras, mas também estimula a valorização da negritude e o pertencimento social.

Segundo Nina Silva, uma das fundadoras do Black Money, entre os fundamentos do movimento estão o de favorecer os negócios de pessoas negras, segundo a premissa "se não me vejo, não compro” e também fazer com que o consumidor negro tenha as suas necessidades satisfeitas por empreendedores negros.

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“Há 3 anos fundei o Movimento Black Money junto com meu sócio Alan Soares e desde então utilizo do nosso background para apoiar empreendedores negros e negras em seus negócios com objetivo de buscar autonomia da população negra no Brasil com pontes e influências junto a outros países”, contou Nina.

Ou seja, o Black Money reforça a importância de utilizar o poder de compra dos afrodescendentes e investir na própria comunidade de afro empreendedores. Dessa forma, o dinheiro se mantém circulando entre as pessoas negras por mais tempo, gerando emprego, renda e também, promovendo assim, a integração dessa população ao sistema financeiro.

“Qual é a riqueza, o que você tem dentro de você e o que você pode fazer no seu dia a dia para enriquecer e investir na sua própria comunidade, é isso o que o movimento coloca”, diz Nina

Formada em administração e especializada em tecnologia, Nina é considerada uma das 100 pessoas afrodescendentes com menos de 40 anos mais influentes do mundo ao receber o prêmio Most Influential People of African Descent (MIPAD) da Organização das Nações Unidas e também já foi eleita uma das 20 mulheres mais poderosas do Brasil pela Forbes.

“Nasci no Jardim Catarina, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, na época, a maior favela plana da América Latina. Desde muito nova, sempre me espelhei na minha irmã, seis anos mais velha e a primeira da família a cursar faculdade”, relatou. “Comecei a trabalhar muito cedo, para ajudar em casa, em uma empresa onde tive meu primeiro contato real com o universo da tecnologia: fui convidada para fazer parte da implementação de um sistema integrado de gestão empresarial, o ERP [Enterprise Resource Planning] da SAP [empresa alemã da área de tecnologia]”, disse.

Em mais de 17 anos de experiência na área, ela trabalhou em multinacionais fora do país e liderou equipes de 60 pessoas. Nina disse que, mesmo tendo conseguido sucesso na sua carreira, chegou a passar por muitos episódio de racismo e misoginia. Ela também relata que vivenciou a falta de reconhecimento dos seus pares nas instituições por onde passou, onde geralmente, a maioria dos profissionais de ponta era branca.

“Se você é preto, você é o pior; se você é mulher, você sabe menos; se você é pobre, você não tinha que estar aqui. Como eu sempre fui essas três coisas juntas, ser perfeita era, no mínimo, minha obrigação, sabe?!”desabafou.

Segundo ela, a busca por perfeição levava a picos de stress, além da falta de retorno financeiro como dos demais homens brancos que ocupavam os mesmos cargos. Essa situação a levou a uma crise de síndrome de burnout, transtorno psíquico relacionado ao trabalho e que tem entre os sintomas depressão, esgotamento físico e mental, sentimento de incapacidade.

Nina disse que o movimento Black Money foi inspirado em experiências que vivenciou nos Estados Unidos, onde morou um tempo, e também no Panafricanismo, com a proposta de deixar o capital financeiro e social circulando o maior tempo possível na comunidade negra.

“Cheguei [na carreira] a ser responsável pela gestão de portfólios, mas por falta de propósito e reconhecimento cheguei ao burnout. Fui morar em Nova York e comecei uma busca por pertencimento. Fiz benchmark nas comunidades negras norte-americanas sobre a importância dos black businesses, o que ajudou anos depois, mais precisamente em 2017, a fundar o Movimento Black Money”, relatou.

Nina conta que apesar de os negros representarem 56% da população brasileira, 53% dos empreendedores e consumirem cerca de R$ 1,8 trilhão ao ano, eles ainda estão longe dos espaços de poder e recebem menores salários, com a diferença de renda entre brancos e ricos podendo chegar a 40%.

Ela lembra ainda que os negros também constituem a maior parcela entre o contingente dos 10% mais pobres, são 67% dos desempregados e possuem o crédito 3 vezes mais negado nas instituições bancárias tradicionais.

“Negros movimentam uma renda própria de R$ 1,9 trilhão por ano, mesmo assim, a média salarial de um empreendedor negro equivale à metade da média de remuneração de um empreendedor branco” disse Nina. “Cerca de 85% dos nano e microempreendedores negros da nossa rede em pesquisa declararam que não vendem pela internet e que tiveram o faturamento reduzido a menos de R$ 1 mil por mês durante a pandemia, sendo estes estabelecimentos a fonte principal de renda familiar”, acrescentou.

Para fazer diferente, o movimento, segundo Nina, trata a população afrodescendente como mercado de nicho e compreende que trata-se da maior parte do mercado. Daí a ideia de ter uma cadeia produtiva onde negros e negras sejam donos dos meios de produção.

Por isso o movimento esta baseado em três pilares: foco em comunicação, educação e geração de negócios pretos, tendo o uso da tecnologia como um dos métodos utilizados para gerar sinergias, para favorecer o empoderamento negro conectando empreendedores e consumidores.

“Eu vejo a tecnologia muito voltada para humanas, muito voltada ao entendimento do que são as pessoas, do que são as necessidades das pessoas e como a gente pode melhorar a vida delas a partir da tecnologia”, afirmou Nina.

Para tanto, o site é a plataforma responsável por unir os braços do movimento e fomentar o desenvolvimento do ecossistema do empreendedorismo negro em um marketplace pelas duas pontas: a do “afroempreendedorismo” e a do “afroconsumo”.

Além disso, no site há diversos profissionais cadastrados, esteticistas, donos de restaurante, personal trainer, endocrinologistas, dentistas, corretores de imóveis, advogados, fisioterapeutas, entre outros.

“Até aqui se criou um marketplace com 300 lojistas negros, vendendo online sem mensalidade, sistemas de pagamento e um portal e redes que já atingem mais de 80 mil pessoas por mês com conteúdos de diversas áreas como marketing digital, finanças, inovação e vendas, além de cursos em tecnologia para centenas de bolsistas oriundos de contextos periféricos”, disse.

Na página do movimento é possível ter acesso aos projetos desenvolvidos pelo Black Money. Entre eles, o Afreektech, braço educacional que busca desenvolver, por meio de cursos próprios e parcerias, novas habilidades e competências em empreendedoras e jovens negros.

Também há um um projeto voltado para encontros entre empreendedores e profissionais, chamado de StartBlackUp, que tem por finalidade formar conexões com investidores; e uma startup de serviços financeiros para consumidores e empreendedores negros, o D’BlackBank.

Por meio da startup, o movimento disponibiliza um maquininha de cartão preta, com taxas menores e voltada para os empreendedorismo negro e que já funcionam em afronegócios de dez cidades brasileiras. Para 2021, o plano é lançar o próprio cartão de crédito, funcionando com as bandeiras tradicionais, e as contas digitais do The Black Bank.

Todos os nossos projetos são focados no empoderamento da comunidade negra e no letramento racial onde pessoas brancas devem atuar de maneira ativa na luta antirracista. Nossa comunicação é pautada na elucidação das desigualdades raciais como agravante social da sociedade brasileira, mas com diretrizes propositivas tanto de projetos como eventos no entorno de educação, comunicação, empregabilidade e empreendedorismo da comunidade negra”, afirmou Nina.

O balanço de entidades do setor foi de um movimento intenso em alguns cemitérios, mas menor que nos anos anteriores. O Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil recomendou que o acesso ficasse restrito a 60% da ocupação. "Nós tivemos uma movimentação que oscilou entre 20% e 50% do que houve no ano passado", avalia Gisela Adissi, presidente do Sincep e da Acembra. Juntas, as duas entidades representam 120 cemitérios.

A disparidade realmente foi grande. Na Vila Formosa, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) precisou realizar o monitoramento do trânsito na avenida João XXIII para garantir a fluidez diante da enorme fila de veículos na entrada para o velório no início da tarde. No Cemitério do Araçá, por exemplo, o movimento cresceu ao longo da manhã com filas de carros na entrada principal, mas ele estava vazio pela manhã. No da Consolação, a estimativa foi de 3 mil visitantes, um terço do ano passado. O movimento também foi relativamente baixo no Cemitério São Paulo, na zona oeste.

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Gisela afirma que vários fatores explicam a queda de visitas em relação ao ano passado. Um deles foi a antecipação da visitação. Um dos indicadores para quem trabalha no setor é perceber várias flores nos túmulos. Outro fator é a pandemia. "Muitas pessoas ainda têm receio da contaminação."

A maioria dos 22 cemitérios privados decidiu não realizar cerimônias religiosas nem mesmo em locais abertos. Por outro lado, a maioria preparou algum tipo de celebração virtual, como missas e painéis online, criando alternativas para quem preferiu evitar as visitas presenciais aos cemitérios. O Cemitério Parque das Cerejeiras, na região metropolitana de São Paulo, foi um deles.

O sociólogo Rogério Baptistini, da Universidade Mackenzie, afirma que a baixa visitação reflete o momento de enfrentamento da pandemia no Brasil. "Neste momento de pandemia, a data reflete o espírito do tempo. O fluxo pequeno nos cemitérios não se deve apenas ao isolamento social, mas, também, ao pouco caso para com a vida e seu significado profundo, à crise civilizatória e à quase morte da empatia. Nos bares e nas praias, a vida e a diversão correm solta. O vírus já não existe."

No Cemitério São Paulo, o aposentado Agostinho Ribeiro Neto, de 65 anos, também compartilha essa desesperança. "Tenho dois filhos, mas nenhum deles veio comigo. Essa geração tem uma relação diferente com a morte."

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Neste sábado (17), cinco homens que fugiam da polícia em um carro roubado pularam do veículo em movimento na Avenida 21 de Abril, bairro da Mustardinha, Zona Oeste do Recife. Não houve capturas, mas uma pistola com dez munições, dois coletes e três balaclavas foram apreendidas pela Polícia rodoviária Federal (PRF).

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Durante uma fiscalização no km 70 da BR 101, os agentes da PRF ordenaram que o condutor suspeito parasse o veículo. No entanto, a solicitação não foi atendida e o quinteto fugiu em alta velocidade.

Quando a viatura se aproximou, os cinco criminosos pularam do veículo em movimento e correram para uma comunidade local. Em seguida, o carro colidiu em um poste.

Os policiais identificaram que o veículo foi roubado em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, na última quinta-feira (15), e não possui seguro.

O sábado (26) de sol é de movimento moderado nas praias do Litoral Norte de Pernambuco, mas há quem insista em dispensar a máscara na faixa de areia. A conduta desobedece o decreto assinado pelo governador Paulo Câmara em julho, que regulamenta a Lei n 16.918 de 18 de junho de 2020, que torna obrigatório o uso de máscara em espaços públicos. A reportagem também visitou a praia de Casa Caiada, em Olinda, sem registrar grande movimento de banhistas. Confira a galeria de fotos:

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Várias autoridades políticas da Alemanha denunciaram neste domingo o "ataque à democracia" após a tentativa de invasão do Parlamento nacional durante a manifestação dos "antimáscaras", que representou uma nova etapa na radicalização do movimento.

As imagens de sábado à noite de centenas de manifestantes tentado forçar as barreiras e o cordão de isolamento policial para subir as escadas do famoso edifício do Reichstag em Berlim provocaram um grande impacto no país.

O incidente foi o ponto máximo de um protesto do movimento "antimáscaras", que reuniu quase 40.000 pessoas para protestar contra as restrições impostas pela pandemia de Covid-19 e terminou com 300 detenções.

O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, denunciou neste domingo o "ataque insuportável ao coração de nossa democracia e os excessos da extrema-direita", assim como as "bandeiras do Reich" que foram exibidas por manifestantes para recordar o império que acabou em 1919, após a I Guerra Mundial.

"Nunca vamos tolerar", disse Steinmeier, considerado a referência moral do país.

A ministra da Justiça, Christina Lambrecht, pediu uma "defesa contra os inimigos de nossa democracia", enquanto começa o debate sobre a validade de seguir autorizando este tipo de manifestação.

"A imagem insuportável de neonazistas diante do Reichstag não pode se repetir", afirmou a ministra, enquanto seu colega da pasta do Interior, Horst Seehofer, criticou um ato "inaceitável contra o centro simbólico de nossa democracia liberal".

Centenas de manifestantes forçaram as barreiras de segurança para subir a escada do Reichstag. As forças de segurança conseguiram impedir por pouco a invasão do edifício.

Local repleto de história

O Reichstag, onde os deputados alemães se reúnem em sessão plenária, tem uma forte carga simbólica na Alemanha.

O edifício e sua famosa cúpula foram incendiados em 1933 pelos nazistas, um ato que pretendia deixar de joelhos o que restava da democracia alemã do entreguerras.

"A pluralidade de opiniões é uma característica do bom funcionamento de uma sociedade", disse o ministro conservador do Interior. "Mas a liberdade de reunião chega ao limite quando as regras públicas são pisoteadas".

O município de Berlim tentou proibir a manifestação alegando a impossibilidade de garantir o respeito às distâncias de segurança e os chamados gesto de barreira para prevenir o contágio do coronavírus, ante o elevado número de pessoas anunciado e sua determinação. Mas a justiça, após uma ação dos organizadores, autorizou a manifestação.

Quase 300 pessoas foram interpeladas durante os distúrbios com a polícia, diante do Reichstag e da embaixada da Rússia, perto do centro da cidade, onde os manifestantes jogaram garrafas e pedras contra as forças de segurança.

A extrema-direita mobilizada

Os manifestantes se reuniram para criticar as medidas impostas devido à pandemia do novo coronavírus, como o uso de máscara ou as distâncias de segurança, que consideram um cerceamento da liberdade. Protestos similares aconteceram na Suíça, França, Reino Unido e Áustria.

O protesto aconteceu dois dias após o anúncio do governo da chanceler Angela Merkel de novas restrições ante a aceleração das infecções.

Uma multidão heterogênea composta por militantes antivacinas, pessoas que acreditam em teorias da conspiração, cidadãos preocupados com as restrições relacionadas à pandemia, mas também, cada vez mais, de acordo com as autoridades, simpatizantes da extrema-direita.

"Os símbolos nazistas e outras bandeiras do Império não tem espaço diante da Câmara dos Deputados", denunciou o vice-chanceler e ministro das Finanças, Olaf Scholz.

"Ver as bandeira do Império diante do Parlamento é uma vergonha", tuitou o ministro das Relações Exteriores, Heiko Maas.

O movimento Fridays for Future (Sextas-feiras pelo futuro), liderado pela ativista sueca Greta Thunberg, promove nesta sexta-feira (28) uma mobilização contra o desmatamento da Amazônia, incluindo manifestações em frente a consulados brasileiros ao redor do mundo.

O grupo realiza greves estudantis semanais às sextas-feiras e desta vez concentra suas ações na maior floresta tropical do planeta. "Minha 75ª semana de greve climática. Hoje eu me juntei ao ato #SOSAmazonia fora do Consulado-Geral do Brasil em Istambul", escreveu no Twitter a ativista turca Deniz Çevikus.

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As contas do Fridays for Future no Brasil nas redes sociais postaram imagens de atos pela Amazônia em diversos locais, como Estocolmo (Suécia), Berlim (Alemanha) e Berna (Suíça). A mobilização acontece até 31 de agosto e também pede o bloqueio do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul, já colocado em dúvida por líderes da UE nos últimos meses.

"Ainda que a Amazônia seja essencial para a vida dos povos indígenas e para a proteção do clima no planeta, o crescente desmatamento arrisca levar essa floresta tropical a um ponto de não-retorno, transformando-a em um ecossistema mais semelhante a uma savana", disse o Greenpeace, que se juntou à manifestação.

Da Ansa

O movimento #metoo finalmente vai chegar à indústria dos jogos eletrônicos? Embora não exista uma certeza a respeito, o setor, acusado há muitos anos de sexismo, se vê obrigado a enfrentar o problema, destacam os analistas.

O primeiro exemplo importante remonta ao "Gamergate" de 2014, como foi chamado o caso de assédio virtual à criadora americana Zoe Quinn.

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Várias controvérsias foram registradas, mas nada levou a uma tomada de consciência global similar ao efeito que o #metoo teve, por exemplo, no mundo do cinema.

Nas últimas semanas, porém, várias acusações de sexismo e assédio contra executivos da empresa francesa Ubisoft resultaram no afastamento do número dois do grupo, da diretora de recursos humanos e do diretor dos estúdios canadenses.

Durante muito tempo houve, tanto por jogadores como por estúdios, "uma falta de empatia a respeito de algo que não consideram sistêmico", opina Isabelle Collet, professora da Universidade de Genebra.

Uma tendência talvez reforçada pela cultura "geek", que se declara transgressora e desrespeitosa, e que pode levar os jogadores, quando sentem que esta cultura está sendo atacada, a optar por "representações machistas", segundo Collet.

Além das jogadoras ou criadoras de jogos, a questão da representação das mulheres nos produtos continua provocando debate.

A evolução da famosa heroína Lara Croft é um sinal da lenta tomada de consciência. A princípio era muito voluptuosa e vestia roupas curtas, mas nas últimas versões aparece com um corpo mais realista e com roupas mais adequadas para uma aventura.

"Muitos jogos propõem representações sem estereótipos, mas alguns ainda estão muito carregados com os mesmos, e isto inclui sobretudo a hiperssexualização dos corpos", indica Fanny Lignon, professora da Universidade Lyon 1 e funcionária do Centro Nacional para a Pesquisa Científica (CNRS).

"As mulheres geralmente são esbeltas, bem proporcionadas; os homens têm corpos mais variados, embora geralmente sejam jovens e atléticos. No final, encontramos uma visão transmitida por outros meios, como a publicidade, por exemplo", explica.

- Estereótipos-

As representações estereotipadas estão muito arraigadas em alguns "gamers". A silhueta musculosa de Abby, a heroína do jogo "The Last of Us Part 2", provocou uma onda de comentários negativos que consideravam o corpo "não realista" para uma mulher.

"Vemos emergir cada vez mais personagens femininos um pouco 'duros' (difícil de derrotar)", destaca Fanny Lignon. Em "Assassin's Creed Odissey, por exemplo, é possível escolher uma mulher com um "verdadeiro corpo de guerreira".

O setor afirma que tem consciência do problema da representação da mulher nos jogos e do seu espaço nos estúdios, enquanto trabalha para resolver a questão.

Na França, o Sindicato Nacional de Video Games (SNJV) afirma "trabalhar a favor de uma diversidade maior nas equipes de produção, mas é um trabalho a longo prazo, que deve ser acompanhada pelas autoridades públicas", especialmente para estimular as jovens a escolher a profissão.

"Incluir mais mulheres significa ter vontade de recebê-las melhor, é necessário criar um ambiente mais favorável", insiste Collet. "As editoras são atualmente verdadeiras empresas que devem ter ferramentas de luta contra o assédio", completa.

Muitos afirmam que o sexismo nos jogos é um reflexo de um problema global da sociedade, mais que um tema específico deste universo.

"Acontece em muitas comunidades que não são necessariamente acusadas, como a medicina ou o jornalismo", afirma Isabelle Collet. "É um ambiente que o transforma em um bom bode expiatório, mas não é necessariamente pior que os outros", indica.

"O mais irritante é que o sexismo pode ser mais comum em outros tipos de mídia sem necessariamente ser percebido", afirma Lignon.

Ao longo desta sexta-feira (10), ocorre em diversas regiões do Brasil, a campanha nacional #ForaBolsonaro, que pede o impeachment do presidente através de uma mobilização nas redes sociais e nas ruas. No Recife, um ato símbolo está marcado às 10h, no Mercado Público de Casa Amarela, na Zona Norte.

Insatisfeitos com a gestão de Jair Bolsonaro (sem partido), a campanha idealizada por movimentos sindicais promoverá um panelaço a partir das 20h. Nas ruas, além projeções em prédios públicos, vão circular carros e bicicletas de som com mensagens de denúncia sobre as ameaças que os sindicatos compreendem que o governo traz, como o desmatamento, a retirada de direitos do trabalhador e problemas na pasta da Educação.

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No interior de Pernambuco, nos municípios de Afogados da Ingazeira, Serra Talhada, Ouricuri, Araripina e Garanhuns, serão colocadas faixas e cruzes simbolizando os mais de 5 mil mortos no estado e as 61 mil vítimas fatais em razão da Covid-19 no Brasil. A organização pede que a população coloque panos pretos na janela em apoio a retirada de Bolsonaro. 

Nesta quarta-feira (1º), entregadores espalhados pelo Brasil articulam uma paralisação da categoria. O protesto é liderado pelo movimento Entregadores Antifascistas, grupo que ficou conhecido após participação em manifestações contra o Governo Federal e antifascistas em São Paulo. A partir daí, grupos semelhantes surgiram no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e outros estados. 

Em Pernambuco, o movimento é liderado por Pammella Silva, de 21 anos. Ela trabalha como entregadora há cerca de três meses após perder o emprego de auxiliar administrativa durante a quarentena. Nos finais de semana, ela trabalha para um aplicativo e nos dias úteis para outro. Acredita que há um movimento fascista crescente no país e que as empresas tratam os entregadores como máquina de gerar dinheiro. “Queremos trabalhar com dignidade”, diz Pammella. 

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O grupo pede mais transparência a respeito das formas de pagamento nas plataformas, aumento dos valores mínimos das entregas, mais segurança, fim do sistema de pontuação e de bloqueios e exclusões indevidas.

Como você se envolveu com a causa?

Eu comecei a trabalhar durante a pandemia e eu vi muitas coisas que me deixaram indignada. Eu sou uma pessoa que procuro e vou atrás de fazer algo para mudar. Vi algumas matérias sobre entregadores até que achei os Entregadores Antifascistas, que acabei me envolvendo mais, acabei achando mais a minha cara. Fui conversar com Paulo Galo [líder do movimento em São Paulo] e perguntei como estava funcionando, o que seria, o que defende. Achei bacana a forma como ele disse que era uma luta permanente pela democracia e a nossa categoria e os nossos direitos. Nós queremos poder mudar a situação que está e que a gente trabalhe com dignidade, da forma correta, sem tanta precarização do trabalho.

Como tem sido a tentativa de recrutar os entregadores para o movimento?

A gente tenta mobilizar pela conversa, pelo diálogo. A gente mostra nossas pautas, como está e como poderia ser, conversamos muito durante o trabalho porque sempre tem um grupo junto nos pontos legais que chamam corrida ou quando a gente vai fazer uma entrega e encontra os camaradas colegas de trabalho e consegue estar se comunicando, fora as redes sociais.

Como você percebe a posição política dos entregadores?

Na nossa categoria existem muitos lados políticos, galera que não gosta de política, que é de esquerda, de direita. O pessoal de direita a gente não consegue envolver. Nós explicamos que não é um protesto contra Bolsonaro, mas contra as ameaças. A gente tenta explicar, dizendo que nossa pauta é a categoria. Temos muita dificuldade, mas a gente consegue manusear. Pessoal pensa que a gente é de partido, mas a gente não tem partido, nossa política é apartidária. A gente está conversando, tendo diálogo com as pessoas, mostrando esse delicado momento que a gente está vivendo, esses atos fascistas que a gente está vendo no Governo Federal. É um trabalho de formiguinha.

Você sente que há um movimento fascista crescente no país?

Sinto sim que há um movimento fascista crescente no Brasil. A gente vê no Governo Federal, né? Nada é rápido, nada é de uma vez, nada se mostra tanto, tudo é devagar, trabalho de formiga. A gente vê pequenas coisas, como ataque à imprensa, à cultura, enfim, todas essas características que a gente vê de fascismo no governo, e a gente vê os apoiadores que estão mostrando a cara por aí, sem vergonha alguma, dizendo que são ditadores, que são fascistas. Mas a gente está aí com os antifascistas, não só entregadores, mas torcidas também.

 Por que os entregadores estão aderindo à bandeira antifascista?

Porque a gente é a favor da democracia e que o Brasil chegue à democracia real. O momento que a gente vive é de total risco à democracia. A gente está em um momento em que só não vê quem não quer. A gente quer mudar isso.

Como a bandeira antifascista dialoga com as questões trabalhistas da categoria?

Os entregadores não são só entregadores, são da classe proletária. Os trabalhadores, aparentemente, são os maiores inimigos do governo federal porque estamos perdendo cada vez mais direito. A gente pegar essa bandeira antifascista consegue mostrar que os trabalhadores estão vendo o que esá acontecendo, os direitos que estão sendo tirados e que a gente tem como se juntar e mover uma galera muito boa, mostrando que existe também antifascistas, não só fascistas.

 Como você avalia o tratamento que as empresas dão aos entregadores?

 Tratam como se trabalhássemos para eles como máquinas que fazem dinheiro porque eles não colocam nenhuma responsabilidade deles para cima da gente. Os colegas de trabalho sofrem acidente, são mortos, uma total insegurança e a gente ainda faz muito ganhando pouco. Eles estão nem aí pra gente, tratando só como mercadoria, pessoas que carregam a mercadoria, na verdade, e ganham dinheiro para eles. Ainda levam a gente de bobo quando dizem que a gente é empreendedor, tentam nos iludir. Infelizmente a gente está aí nessas condições não é porque a gente quer, é porque a gente precisa. A forma de tratamento é de total irresponsabilidade e ainda querem empurrar uma coisa que não existe. Trabalhador no Brasil tem sim que ter direitos.

O grupo "Esporte pela Democracia" lançou há duas semanas um manifesto em defesa dos direitos humanos, das instituições democráticas, do meio ambiente e da liberdade de imprensa. Atletas, ex-atletas, jornalistas e artistas aderiram ao movimento que já reúne pouco mais de duas mil assinaturas.

A iniciativa de mobilizar o mundo esportivo partiu do ex-jogador de futebol e comentarista Casagrande. "Pensei na formação dele ao ver as manifestações pelo assassinato do George Floyd. Aquilo mexeu comigo. Eu não poderia ficar sentado vendo de camarote", disse ao Estadão.

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A ideia começou com os amigos mais próximos e rapidamente foi se espalhando. "Liguei para a Isabel, como sempre faço quando penso em formar algum movimento como este. Ela topou na hora e já falou com Ana Moser, Fabi e Joanna Maranhão. Eu comentei com o Raí e assim foi", conta Casagrande.

A partir daí, o grupo ganhou um texto claro e conciso sobre as pretensões, tomou as redes sociais e passou a receber assinaturas de profissionais de diferentes áreas: músicos, cineastas, escritores e jornalistas também fazem parte.

A escalação desse grupo é eclética. Caetano Veloso, Chico Buarque e Chico César estão juntos de Marcelo Rubens Paiva, Gustavo Kuerten, Thomas Koch, Juca Kfouri e Washington Olivetto. O manifesto é apartidário. Em nenhum momento cita o governo de Jair Bolsonaro, por exemplo, mas condena a maneira como o Brasil está tratando a pandemia. "A maioria da população brasileira está largada à própria sorte, especialmente a parte mais vulnerável social e economicamente, em total desrespeito às recomendações sanitárias básicas por parte de quem deveria dar o exemplo à população", informa.

Qualquer um pode fazer parte do manifesto. Basta entrar no site oficial e preencher nome completo, profissão e e-mail. A ideia de Casagrande era que o grupo deixasse o campo virtual. "Uma pena que estamos no meio de uma pandemia e não podemos sair das nossas casas, pois a nossa intenção é de ir às ruas mesmo. Pacificamente, sem conflito, sem confronto, mas mostrando a nossa cara e o que queremos fazer".

REUNIÕES VIRTUAIS - Enquanto a recomendação médica e científica é para que todos continuem em casa, o "Esporte pela Democracia" trata de ganhar corpo de maneira virtual. O grupo não tem uma liderança, mas as pessoas que começaram o movimento conversam diariamente através do WhatsApp. "Estamos agora muito focados no manifesto, na divulgação dele, em buscar formas de divulgar. O Casagrande tem ajudado a trazer muita gente. É essa mobilização que estamos tentando fazer neste momento", disse Ana Moser.

A ex-nadadora Joanna Maranhão contou que houve uma primeira reunião online no último sábado, por meio do aplicativo Zoom, que contou com participação da professora e historiadora Luana Tolentino. "Ela e outras três pessoas negras do grupo debateram sobre racismo por duas horas. Foi importante porque vem direto no nosso racismo estrutural. É um grupo de muita potência que quer fazer a diferença".

Nesta quinta-feira o grupo se reunirá com o "Atletas pelo Brasil", organização sem fins lucrativos que reúne atletas e ex-atletas pela melhoria do esporte. "Vamos escutar o que eles têm a dizer para agregar ao movimento e vamos construindo a partir daí", disse Joanna.

A intenção é trazer temas ligados aos direitos humanos para o debate. "Estamos tendo movimentações mais diretas contra o racismo, mas vamos fazer a favor da proteção das terras e dos povos indígenas; outra pela democracia diretamente; contra a homofobia e o feminicídio", informou Casagrande.

O manifesto "Esporte pela Democracia" finaliza com um questionamento. "O sonho de todo atleta é representar o seu país. Estamos então aqui hoje para reconvocar a lucidez, diante da questão inadiável: que Brasil é esse que queremos trazer na camisa e chamar de nosso?".

Nesta terça-feira (2), artistas nacionais e internacionais usaram suas redes sociais como forma de protesto. Atores e cantores participaram da campanha #BlackoutTuesday, que visa combater o impacto do racismo. O movimento ganhou proporções maiores depois que o ex-segurança George Floyd, negro, foi morto asfixiado por um policial branco nos Estados Unidos, no dia 25 de maio.

Nomes como Anitta, Cardi B, Emilia Clarke, Fernanda Paes Leme, Elton John, Pabllo Vittar, Rihanna, Reynaldo Gianecchini, Sandy, entre outros, participaram da manifestação virtual. “Vamos usar essa pausa nas redes sociais para deixar ecoar mais alto as vozes de criadores de conteúdos pretos ao redor do mundo. [...] É momento de parar, refletir e deixar quem realmente tem lugar de fala se expressar”, escreveu a cantora e ex-BBB Manu Gavassi.

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Confira:

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Os franceses recuperaram nesta terça-feira (2) a liberdade de viajar a qualquer ponto do país sem a necessidade de justificativa e de frequentar bares e restaurantes, mas com a muita prudência ante um vírus que provocou quase 30.000 mortes no país e paralisou grande parte da economia.

O governo francês decidiu iniciar a fase 2 da flexibilização do confinamento, que representa praticamente o retorno à normalidade, após a queda do número de contágios registrada desde o início da primeira etapa em 11 de maio.

Isto significa o fim da proibição de deslocamentos a mais de 100 km do domicílio, uma medida muito aguardada pelos moradores das grandes cidades ou pelas famílias separadas durante mais de dois meses.

"É possível que no próximo fim de semana eu consiga ver meus netos em Nantes", disse Linda Espallargas em Paris. "Mas vou no meu carro para ficar bem isolada porque tenho mais de 65 anos e não confio", completa.

Após a reabertura de parques e jardins no sábado, as praias, museus, monumentos, zoos e até os teatros serão liberados nesta terça-feira, mas com o respeito ao distanciamento e o uso obrigatório de máscara.

Os cinemas só devem reabrir as portas na fase 3, em 22 de junho.

Os cafés, bares e restaurantes, fechados por mais de dois meses, da região de Paris só poderão utilizar as áreas externas para receber clientes.

- "Otimismo" -

"O otimismo reina hoje", disse Hervé Becam, vice-presidente da União de Indústrias da Hotelaria (Umih).

Mas alguns estabelecimentos não devem retomar as atividades imediatamente, já que o cenário é muito complicado ou pouco rentável.

Nas zonas laranja (Île de France - onde fica Paris - Guyane, Mayotte) ainda sob vigilância pelo coronavírus, apenas as áreas externas estão habilitadas. Nas zonas verdes, no interior do país, os estabelecimentos poderão receber no máximo 10 clientes por mesa. Além disso, as mesas precisam ter uma distância de um metro.

No ensino, todos os colégios e institutos da França devem retomar as aulas progressivamente. Na zona verde, todos os alunos poderão retornar aos centros de educação, mas na zona laranja os estabelecimentos receberão prioritariamente os estudantes do 6º e 5º ano.

"Nosso objetivo é que todos os alunos do ensino fundamental, inclusive na zona laranja, tenham contato físico com a escola novamente, para entrevistas individuais, antes das férias", disse o ministro Jean-Michel Blanquer na semana passada.

Mas as rígidas medidas de saúde podem prejudicar os bons propósitos.

A reabertura dos institutos será "progressiva" nas zonas verdes, com uma atenção "por nível", prometeu o ministro da Educação. Em Île de France, os alunos serão recebidos em "pequenos grupos" ou com "entrevistas individuais" que permitirão, de acordo com as necessidades, fazer um balanço de sua situação.

- StopCovid -

A epidemia matou 28.883 pessoas na França, de acordo com o balanço atualizado divulgado na segunda-feira (31 a mais que na véspera). O número de pacientes no CTI (1.302) permanece em queda (-17).

Mas o vírus continua circulando e as autoridades de saúde estão em alerta para detectar o mínimo sinal de aumento da epidemia para combater qualquer foco.

O aplicativo de rastreamento StopCovid, destinado a ajudar o controle da propagação do vírus, estará disponível a partir desta terça-feira. Os donos de smartphones podem instalar o programa de maneira voluntária.

"Precisamos que o maior número possível de pessoas tenham o aplicativo", afirmou o secretário de Estado para a Tecnologia Digital, Cédric O.

No caso de uma segunda onda de infecção, o governo já advertiu que pode adotar novamente medidas de confinamento, em particular restrições à circulação.

Mas um novo confinamento seria um duro golpe para a economia. O governo calcula que o PIB do país pode cair até 11% em 2020.

"O país vai ter que lutar contra o impacto de uma recessão histórica", alertou o primeiro-ministro Edouard Philippe.

O índice da Boa Vista que mede o movimento do comércio no Brasil registrou a terceira queda consecutiva em abril e a tendência é de piora, devido aos impactos da quarentena adotada no País para conter a disseminação do novo coronavírus. No quarto mês do ano ante março, o indicador já dessazonalizado recuou 26,6%, acumulando declínio de 1,3% em 12 meses e variação negativa de 6,4% no ano.

O desempenho do movimento no varejo brasileiro, conforme a Boa Vista, reflete a fragilidade do mercado de trabalho, que tem provocado crescimento fraco da renda dos consumidores. Esses fatores, cita a nota, estão sendo duramente impactados pelos efeitos das restrições pela pandemia da Covid-19.

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"Dadas as adversidades provocadas pela chegada do novo vírus e pelas medidas de isolamento social, pode-se esperar uma piora no emprego e no nível de consumo em 2020", avalia, completando que este cenário, por sua vez, aponta para queda da atividade econômica e do movimento do comércio nos próximos meses.

Segmentos

A categoria de supermercados, alimentos e bebidas foi a única a evitar perdas, ao apresentar leve alta de 0,1% no mês, acumulando 1,6% em 12 meses.

Em abril, o segmento de móveis e eletrodomésticos foi o que registrou a maior queda, de 83,3%, no confronto com março (-13,5%), com ajuste sazonal. No acumulado em 12 meses, o setor passou para o campo negativo, recuando 7,9%.

A categoria de tecidos, vestuários e calçados recuou 2,9% no mês, com a taxa acumulada em 12 meses mostrando elevação de 7%.

Já o setor de combustíveis e lubrificantes apresentou retração de 18,2% em abril, ante março, e recuo de 2,5% no acumulado de 12 meses.

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No primeiro dia do lockdown em Belém, fechamento do comércio para forçar o isolamento social e tentar conter o avanço da pandemia do novo coronavírus, a movimentação em feiras e ruas da cidade ainda foi intensa. Na periferia, muita gente manteve a rotina de trabalho.

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A feira do Ver-o-Peso, na região central, registrou grande movimento de carros, ônibus e pedestres. Nesse primeiro momento, policiais militares e agentes da Guarda Municipal vão orientar sobre a necessidade de evitar aglomeração e da permanência em casa. No domingo, começam a ser aplicadas multas. A operação é coordenada pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).

A medida suspende as atividades não essenciais nos municípios de Belém, Ananindeua, Marituba, Santa Bárbara do Pará, Santa Izabel do Pará, Castanhal e Benevides), além das cidades de Santo Antônio do Tauá, Vigia de Nazaré e Breves, no Marajó. As cidades foram escolhidas por já possuírem mais de 80 infectados para cada 100 mil habitantes.

A operação dará atenção, principalmente, àqueles bairros que apresentam baixo índice de isolamento social. O monitoramento será diário.

Na manhã desta quinta-feira, os órgãos de segurança pública integrados realizaram fiscalização em pontos como a Aldeia Cabana, na avenida Pedro Miranda, localizada bairro da Pedreira, e na avenida José Bonifácio, no bairro do Guamá. 

Estabelecimentos comerciais que podem funcionar: comércio de gêneros alimentícios, medicamentos, produtos médico-hospitalares, produtos de limpeza e higiene pessoal. Todos devem obedecer algumas exigências como: controlar a entrada de pessoas - limitado a 1 (um) membro por grupo familiar, respeitando a lotação máxima de 50% (cinquenta por cento) de sua capacidade, inclusive na área de estacionamento; seguir regras de distanciamento, respeitada a distância mínima de 1 (um) metro para pessoas com máscara; fornecer alternativas de higienização (água e sabão e/ou álcool gel); impedir o acesso de pessoas sem máscara; e observar os horários de funcionamento previstos no Decreto Estadual nº 609, de 16 de março de 2020. Os que fogem das atividades essenciais também serão alvos de fiscalização.

As penalidades para quem desobedecer são: advertência, multa diária de até R$ 50 mil para pessoas jurídicas, a ser duplicada por cada reincidência; e multa diária de R$ 150 para pessoas físicas, MEI, ME, e EPPs, a ser duplicada por cada reincidência; embargo e/ou interdição de estabelecimentos. A multa poderá ser lançada via aplicativo ou formulário.

Com informações da Agência Pará.

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Prefeito de Belém libera empregadas domésticas no lockdown

Há 50 anos a Associação Grupo Comunitário Limoeiro, localizado no bairro do Jurunas, realiza ações educativas, culturais e sociais com os moradores da área na busca pela melhoria de nossas condições de vida e trabalho. Com a pandemia, as desigualdades provocadas pela faltas de políticas públicas ficaram ainda mais  evidentes. “Aqui muitos são trabalhadores informais: manicures, vendedores, açaizeiros. Tem gente que já tá sem comida, tem gente que tem bebê e tá sem fralda”, explica Edina do Socorro, presidente da organização.

A Limoeiro foi uma das comunidades que integraram o primeiro festival de cinema das periferias da Amazônia em 2019, o Telas em Movimento. Diante da pandemia do novo coronavírus, o projeto resolveu se reformular e agora se organiza para auxiliar no combate à covid-19. “O objetivo da nossa ação é ajudar  famílias em situação de vulnerabilidade nas periferias de Belém, ao mesmo tempo que combatemos a transmissão do vírus através de ações de comunicação comunitária nos bairros”, explicou Ariela Motizuki, uma das realizadoras do projeto.

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O festival também alcançou comunidades ribeirinhas do Combu, Piriquitaquara, Ilha gGande e Murutucum, aonde pretende voltar agora com ações direcionadas. “Não estamos no mesmo barco. É preciso considerar que existem pessoas que estão isoladas bem antes da pandemia, à margem de direitos básicos. Foi difícil falar com as lideranças lá das ilhas esses dias, pois eles estavam sem energia elétrica”, afirmou Joyce Cursino, idealizadora.

A campanha on-line foi aprovada pelo edital nacional Matchfunding Enfrente e, por meio da plataforma de financiamento colaborativo Benfeitoria e o Fundo Enfrete,  triplica o valor doado até R$ 30 mil. O recurso será destinado a uma ação integrada nas periferia e ilhas de Belém com a distribuição de cestas básicas e kits de higiene, elaboração e distribuição de um manual de prevenção, mobilização de agentes de saúde e campanhas de comunicação comunitária. 

As doações podem ser realizadas até o dia 3 de maio pelo link:

https://benfeitoria.com/telasemmovimento

Além da campanha de arrecadação on-line, o projeto também está recebendo doações de alimentos, cestas básicas, fraldas e itens de higiene, pelo número (91) 98256-1869. 

Mostras e oficinas

Com o intuito de incentivar o isolamento social durante a quarentena, o projeto também lançou uma mostra on-line de filmes chamada “#FicaNoTeuSetor”, com produções realizadas durante a primeira edição do festival em 2019. Além da mostra,  o Telas traz a sua metodologia de oficinas de audiovisual para o virtual, com a série de vídeos “#ProduzNoTeuSetor” com o objetivo de ensinar produção técnica audiovisual em casa. 

Todos os vídeos da série e mostra de filmes podem ser conferidos nas redes sociais do projeto: @telas_emmovimento. 

Mais informações: (91) 993772930.

Da assessoria do projeto.

"Esta é uma convocação de empresário para empresário", diz o manifesto assinado por 40 grandes empresas que lança o movimento #NãoDemita. Dentre as companhias que endossam o movimento estão varejistas como o Grupo Pão de Açúcar e o Magazine Luiza, grandes bancos, fabricantes de alimentos, empresas de tecnologia, saúde e investimentos.

"A primeira responsabilidade social de uma companhia é retribuir à sociedade o que ela proporciona a você - começando pelas pessoas que dedicam suas vidas, todo dia, ao sucesso do seu negócio. É por isso que nossa maior responsabilidade, agora, é manter nosso quadro de funcionários", diz o documento publicado no site da campanha: naodemita.com .

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Empresários de todos os setores e dimensões podem assinar o manifesto e se juntar ao movimento no próprio site.

Na manhã desta terça (31), motoristas e cobradores da Transcol se reuniram na frente da garagem  da empresa, localizada no bairro da Guabiraba, zona norte do Recife, para protestar contra a demissão de mais de 100 profissionais. Junto ao Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana, eles realizam uma espécie de assembléia no local para pedir explicações a respeito da situação e decidir como  devem proceder mediante a ela. 

Segundo a assessoria do Sindicato dos Rodoviários, as demissões violam a  convenção coletiva de trabalho da categoria, que proíbe a demissão em massa. Além disso, nenhum dos funcionários demitido teria recebido, ainda, qualquer tipo de documento que lhes garanta os direitos cabíveis. Sendo assim, os profissionais permanecem em frente à garagem à espera de respostas. 

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Em tempo, na última segunda (30), o Sindicato dos Rodoviários levou à Urbana - PE, representante das empresas de transporte, questionamentos acerca  da manutenção dos empregos e salários dos trabalhadores e trabalhadoras rodoviários em meio à crise de saúde que o estado enfrenta. Também foi protocolado um documento cobrando um posicionamento do Governador Paulo Câmara tanto quanto à preservação desses empregos quanto em relação às condições de trabalho desses profissionais em um momento que demanda tantas medidas de segurança à saúde dos rodoviários e passageiros. 

A Associação Paulista de Supermercados (Apas) informa que o movimento nos supermercados paulistas caiu na segunda-feira, 23, pelo segundo dia consecutivo, em comparação com a última quinta-feira e com o último fim de semana, sexta, sábado e domingo.

Segundo a associação, a redução nas compras físicas, nas lojas, em função da determinação de quarentena, feita pelo governo do Estado, está provocando o crescimento das vendas online e por telefone, que - de acordo com a APAS - aumentou 74% em média na última semana.

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"Apesar do online não ter o mesmo peso que as vendas presenciais, pois representam apenas 2% do volume total de negócios dos supermercados, em função desse tipo de demanda, 62% das empresas que operam com vendas online já estão reforçando suas equipes para manter um prazo adequado nas entregas", informa a Apas em nota.

A valentia das buzinas, o fluxo intenso de pedestres nas pontes e a correria no Centro do Recife, nesta quinta-feira (19), deram lugar ao marasmo. Com a proliferação do novo coronavírus, a capital pernambucana se encontra em um clima de quietude, sem previsão de ter suas ruas tomadas novamente pelo pique dos seus moradores.

Embora o comércio tenha resistido às incertezas propagadas pela intensidade da pandemia do Covid-19, poucas pessoas circularam na área central da cidade. Rua da Aurora, Imperatriz e Boa Vista não protagonizaram passos acelerados em suas calçadas e muito menos destacaram burburinho dos transeuntes.

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O LeiaJá traz em imagens o Centro do Recife em um cenário de dúvidas e medo, com um movimento visivelmente menor ao que ostentava antes do pesadelo chamado coronavírus tomar conta de suas ruas.

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