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O senador tucano, Aécio Neves (MG), fez um apelo no plenário e afirmou que parlamentares da base aliada têm "temor" em relação ao Planalto. "Que temor é esse que a presidente da República impõe aos nossos pares nesta Casa?", disse, no plenário. Ele ainda acusou o PT de não se preocupar com o setor portuário. "O PT durante dez anos ignorou a situação dos portos brasileiros", afirmou.

Está no Senado o texto da Medida Provisória dos Portos (MP 595/2012), que perde a validade no fim do dia. Aécio defendeu que o marco regulatório do setor portuário não deve ser em forma de medida provisória. "O caminho correto, que respeita essa Casa e a inteligência dessa Casa é que essa matéria seja enviada ao Congresso por meio de projeto de lei, com regime de urgência. Nós não somos, por mais que alguns parlamentares da base faça parecer, uma extensão ao Palácio do Planalto", disse.

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Aécio ainda provocou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). "São poucas as oportunidades que os homens públicos têm de reconciliar-se com sua história e com sua biografia", disse, em referência à possibilidade de Renan retirar a MP dos Portos da pauta, já que há um prazo muito curto para a discussão da matéria.

Após a fala de Aécio, Renan limitou-se a dizer que é necessário que o interesse nacional se sobreponha aos demais interesses, inclusive partidários.

Durante a sessão extraordinária do Senado nesta quinta-feira (16) para votar a MP dos Portos, Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) criticou a condução dos trabalhos e a liderança do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da presidente Dilma Rousseff. Mais de 15 senadores que se pronunciaram durante a sessão também rejeitaram o rito de tramitação.

Jarbas acusou Calheiros de desrespeitar o regimento do Senado. "O Brasil inteiro acompanhou a Câmara, que durante três dias discutiu exaustivamente a MP dos Portos. Lá, o presidente Henrique Alves não sufocou a oposição, mas aqui Vossa Excelência nos desrespeita. Vossa Excelência tem feito coisas incorretas", frisou o senador pernambucano, referindo-se a atitude de Calheiros de colocar a MP dos Portos em pauta.

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"É profundamente lamentável esse episódio. O governo não tem credencial para acreditarmos neles. Essa presidente estática, que não tem coragem de assumir a privatização. Faz a privatização e dá outros nomes", disparou Jarbas. Logo em seguida, ele anunciou que não participará da votação. "Nunca fugi de um embate, mas não vou ficar nesse plenário. Vou registrar minha presença, mas não vou ficar aqui, porque não vou fazer papel de bobo, não vou dar murro em ponta de faca", salientou.

O senador José Agripino (DEM-RN) anunciou que está redigindo um mandado de segurança para suspender a tramitação e, caso ela seja aprovada no Senado, para derrubar a votação. "Essa Casa tem o direito de atuar como revisora das propostas. E nós não estamos tendo tempo hábil para isso", salientou. A senadora Ana Amélia (PP-RS) também disse temer que as decisões acabassem sendo levadas ao Supremo Tribunal Federal (STF). "O que está sendo questionado aqui não é o mérito da matéria, porque todos nós sabemos que a infraestrutura portuária precisa ser modernizada. Mas esse assunto poderia ter chegado aqui como projeto de lei, para que pudéssemos ter mais tempo. Mas o governo empurra essa MP goela abaixo", reclamou ela, que também cobrou que Calheiros comece a devolver MPs que cheguem fora do prazo previsto.

Um acordo de líderes partidários havia estabelecido que o Senado só colocaria em pauta MPs após 48 horas da votação na Câmara, a fim de que os parlamentares pudessem tomar ciência do texto. Calheiros afirmou que essa será uma excepcionalidade e que será a última vez que isso acontecerá. O senador Pedro Taques (PDT-PT) criticou Calheiros. "Vossa Excelência já havia dito isso na semana passada, durante a votação da MP do Bolsa Família. E isso também já havia sido prometido no ano passado pelo então presidente José Sarney", disse ele.

A MP dos Portos institui um novo marco regulatório para o setor portuário, estabelecendo novas regras para as concessões, arrendamentos e autorizações de instalações portuárias, públicas ou privadas. O texto final foi aprovado na Câmara na manhã desta quinta, após quase 20 horas de sessões consecutivas. A MP precisa ser votada no Senado até a meia-noite ou perderá a validade.

O senador Jarbas Vasconcelos (PE), dissidente do PMDB, anunciou no intício da tarde desta quinta-feira (16), em plenário que vai abandonar a sessão extraordinária marcada para a votação da Medida Provisória 595, a MP dos Portos. Em duras críticas, Jarbas acusou a presidente Dilma Rousseff e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de não terem "credencial". O dissidente do PMDB disse que, apesar de respeitar os colegas do Senado, não iria fazer "papel de bobo".

Ele questionou a forma como a aprovação da MP se deu na Câmara dos Deputados, com a troca de acusações feitas por aliados da presidente. E jogou a suspeita para Dilma. "Qual é a credencial que essa presidenta tem pra gente acreditar que ela quer modernizar as coisas?", perguntou. "Não vou votar numa coisa que está eivada de dúvida, malandragens e de duas figuras de alta linhagem da Câmara, da bancada do Rio de Janeiro", disse Jarbas, ao se referir à troca de acusações entre os líderes do PMDB e do PR, respectivamente, Eduardo Cunha e Anthony Garotinho.

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O senador afirmou também que não tem "nenhum motivo" para acreditar nas palavras de Renan. Pouco antes, o presidente do Senado havia anunciado que todas as próximas MPs terão de chegar da Câmara com pelo menos sete dias de prazo para apreciação dos senadores, sob pena de não ser analisada.

Jarbas acusou o presidente do Senado de ter feito "coisas incorretas" com a oposição, numa referência ao episódio de tentativa de votar o projeto que inibe a criação de partidos. A proposta, suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal, prejudicaria a formação do partido da ex-ministra Marina Silva, a Rede Sustentabilidade. Renan não respondeu a Jarbas.

'Fraude'

O senador Pedro Taques (PDT-MT) criticou, em plenário, o texto da MP dos Portos (595/2012) que chegou ao Senado nesta manhã. "Não é possível votarmos uma fraude", disse. Ele criticou o prazo de menos de um dia que os senadores têm para apreciar a matéria. "Como é possível votarmos com consciência e liberdade parlamentar se não conhecemos todos os pontos trazidos a partir das modificações efetuadas na Câmara dos Deputados?", colocou.

Sobre a exigência de um prazo de 48h entre a leitura de uma medida provisória no plenário e a sua votação, o senador disse que não é a primeira vez que um presidente da Casa diz que o acordo não será mais desrespeitado. "Não somos criança, que comete um erro e diz pra mãe 'esse é o ultimo erro que vou cometer'. Se buscarmos na imprensa, vamos ver que isso já foi dito pelo presidente José Sarney no ano passado."

Com poucas horas para votar a medida provisória dos Portos, os senadores mais uma vez tem reclamado da demora de as propostas saírem da Câmara. A crítica é devido ao pouco tempo para analisar, discutir e aprovar os projetos. Essa corrida contra o tempo para votar a MP 595 reacendeu a cobrança para a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 11/2011, de autoria do Senado José Sarney (PMDB-AP), que muda o rito de tramitação.

Durante a sessão extraordinária na manhã desta quinta-feira (16), o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), considerou o atual processo como uma "aberração institucional, que limita o papel do Senado". Isso porque, se o Senado fizesse qualquer alteração no texto, a matéria precisaria voltar à Câmara. Sem tempo para esse processo, os senadores se dizem "colocados contra a parede e constrangidos por essa situação".

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Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), a atual tramitação é um desrespeito ao Senado. "Isso traz um desgaste à Casa, é um desrespeito com os senadores. O Senado está sendo tratado como um almoxarifado do Executivo, porque nos vemos quase obrigados a aprovar as propostas que aqui chegam. Nós temos que agir para evitar que essa Casa vire um almoxarifado desse governo", sustentou.

Apesar de concordar com as colocações dos senadores, Calheiros manteve a MP dos Portos na pauta e disse que abrirá essa exceção. "Não tem sentido a Câmara enviar uma matéria dessa importância para o Senado no último dia. Enquanto eu for presidente do Senado isso não vai acontecer mais. Se a Câmara mandar qualquer medida provisória com menos de setes dias nós não vamos pautar essa medida. Deixo claro que essa será a última vez", disse.

Na semana passada, o Senado passou pela mesma situação ao ter que aprovar nas últimas horas de vigência o Projeto de Lei de Conversão (PLV 8/2013), oriundo da MP 590/2012, que ampliou o programa Brasil Carinhoso e assegurou renda mínima mensal de R$ 70 por pessoa a todas as famílias incluídas no programa Bolsa Família.

A MP dos Portos institui um novo marco regulatório para o setor portuário, estabelecendo novas regras para as concessões, arrendamentos e autorizações de instalações portuárias, públicas ou privadas. O texto final foi aprovado na Câmara na manhã desta quinta, após quase 20 horas de sessões consecutivas. A MP precisa ser votada até a meia-noite ou perderá a validade.

"Não sei se será possível concluir (a votação da Medida Provisória 595., A MP dos Portos no Senado), mas vamos trabalhar", afirmou no final da manhã desta quinta-feira (16), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A medida provisória precisa ser votada até a meia-noite de hoje para não perder a validade. "A partir de agora, vamos fazer todos os esforços para concluir a votação", disse. "Vamos fazer tudo no limite, no regimento, no bom senso."

O presidente do Senado chamou de "atropelo institucional" a tramitação da matéria e reclamou do pequeno prazo para apreciação no Senado. "Não tem sentido que a Câmara mande uma matéria dessa importância para o Senado no último dia. Enquanto eu for presidente do Senado, isso não vai acontecer mais", disse. "Se a Câmara mandar qualquer medida provisória com menos de sete dias, não vamos pautar. Essa será a última vez."

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O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou na manhã desta quinta-feira (17), que a Medida Provisória 595, a MP dos Portos, não sofreu alterações significativas após as mais de 40 horas de votação na Casa. "O que sai daqui é praticamente igual ao que o governo sempre defendeu", disse. Mas ele não negou a possibilidade de veto pelo Executivo. "Se vai haver veto ou não, só no momento em que a presidente Dilma analisar", disse.

Questionado se a apreciação da MP dos Portos foi uma das batalhas mais difíceis no plenário da Câmara, Chinaglia disse que não. "Mas foi a mais cansativa. Chegou com pouco tempo para ser votada e o tema é extremamente difícil."

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Jogo duro

Após deixar a vitória sobre a base governista escapar, a oposição avisou que o comportamento da bancada durante a discussão da MP dos Portos na Câmara inaugura uma postura mais combativa do DEM e do PSDB em relação ao governo. "Esse é o tom que a oposição vai dar", avisou o líder da minoria, Nilson Leitão (PSDB/MT).

Durante a prolongada discussão da medida, a oposição atuou em obstrução e levou a base a acreditar que a MP seria derrubada. Para Leitão, a intransigência do Planalto com sua própria base transformou a "batalha" da MP dos Portos num drama. "Se fosse um governo menos arrogante, não estaria acontecendo o que está acontecendo", criticou o tucano.

O vice-líder do Democratas na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), disse que a oposição conseguiu "uma vitória política indiscutível" na tramitação da MP dos Portos e que deve parte disso à própria base aliada do governo. "A oposição não conseguiria obter o resultado que obteve se não fosse o racha na base do governo", disse. "Houve um racha que compromete o relacionamento do governo com a sua base. Tem uma fenda profunda entre a bancada do PT e a do PMDB e isso vai trazer consequências muito sérias em outras votações", avaliou. Um pouco antes, porém, o líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), havia negado que a base aliada do governo no Congresso Nacional esteja rachada.

Preocupado, o governo acompanhou, durante toda a madrugada desta quinta-feira (16), a votação da Medida Provisória 595, a MP dos Portos, na Câmara. A maioria dos ministros não dormiu e, durante toda a noite e a madrugada desta quinta-feira, trabalhou pela proposta, telefonando para parlamentares para tirá-los de suas casas e convencê-los a voltar para a Câmara. No meio da madrugada, muitos deputados abandonaram o plenário, o que inviabilizou a apreciação da redação final da MP 595 e quase impôs uma derrota ao governo. O quórum mínimo necessário para votar a medida provisória somente foi atingido depois das 8 horas da manhã.

Com o envio do texto ao Senado, a ordem, porém, é evitar comemorações antecipadas. O governo sabe que vai enfrentar obstrução também entre os senadores e que a tarefa de aprovar a MP 595 não será fácil. O texto perde validade hoje à meia-noite. A sessão extraordinária para apreciar a MP, no Senado, o texto aprovado na Câmara está marcada para começar às 11 horas.

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Depois de forte pressão do governo, o plenário da Câmara conseguiu concluir a votação das emendas da Medida Provisória dos Portos (MP 595). Às 9h43, desta quinta-feira (16) o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDM-RN), anunciou que o texto seguia para apreciação no Senado. O texto-base já havia sido aprovado na terça-feira, mas os deputados levaram toda a quarta-feira e a madrugada e manhã desta quinta-feira para analisar os destaques ao texto e aprovar a redação final da proposta. Foram mais de 40 horas de apreciação da MP em plenário desde terça-feira. A redação final foi aprovada por votação simbólica, com 13 partidos favoráveis, dois contra (PSDB e PPS) e dois obstruções (DEM e PSOL).

O governo ainda corre contra o tempo para aprovar a MP 595. Para que ela não perca validade, terá que ser lida e aprovada pelos senadores ainda hoje. A secretária-geral da Mesa Diretora do Senado, Cláudia Lyra, afirmou que não há impedimento regimental para que os senadores recebam e votem no mesmo dia a MP 595. A votação da Câmara foi marcada por manobras regimentais que atrasaram a apreciação do texto. Até o fim, parlamentares da oposição e mesmo da base aliada tentaram impor uma derrota ao governo na reta final da votação.

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Tudo indicava que o texto seria aprovado, mas o jogo virou às 2h17 da manhã, quando uma das várias sessões teve de ser encerrada, logo após a conclusão da análise de todas as emendas. Restava apenas a votação da redação final. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), abriu outra sessão às 2h19. Mas ao longo da madrugada, não houve mais quórum suficiente para votar a MP. Era necessária a presença de, no mínimo, 257 deputados. Esse número só foi alcançado três horas depois da abertura da sessão, mas por pouco tempo.

No momento da votação de um requerimento de retirada de pauta da MP, não havia deputados suficientes para apreciá-lo. Por volta das 7h da manhã, os líderes do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do PT, José Guimarães (CE), já davam a derrota como certa e não escondiam a frustração. "A MP vai caducar", reconhecia Chinaglia. De inimigo a aliado - Foi quando o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), que liderou a rebelião da base aliada contra a MP 595, resolveu trabalhar a favor do governo.

Ele elaborou uma estratégia arriscada e propôs a Alves que declarasse o encerramento da sessão se o quórum mínimo de 257 deputados não fosse atingido em 30 minutos. Nesse momento, os deputados da oposição, que estavam em plenário, mas atuando em obstrução, finalmente registraram presença, mas apenas para decretar a derrota do governo. Se não registrassem presença na última sessão do dia, teriam falta computada e ficariam com a pecha de ausentes na votação de uma das propostas mais importantes para a modernização da infraestrutura do País.

Com o evidente aumento da presença de deputados em plenário, Alves declarou que esperaria o tempo que fosse necessário para atingir o quórum mínimo para votação. Os deputados do PSDB, então, perceberam que haviam sido enganados, se revoltaram e cobraram o fim da sessão. Em protesto, Vanderlei Macris (PSDB-SP) chegou a rasgar uma cópia do regimento.

De nada adiantou a fúria da oposição. No fim da sessão, Cunha adotou um discurso conciliador. O líder disse que era o momento de se aprender com a experiência e que era preciso relevar as coisas que haviam sido ditas no calor das discussões. Em nome da base governista, Cunha disse que era necessário estar presente naquele momento para garantir que a MP chegasse ao Senado. Disse ainda que não se sentia destratado nem pelo PT, nem pelo governo, porque não era "vassalo" nem de um, nem de outro.

Após mais um dia de sessão tumultuada, a Câmara dos Deputados concluiu a apreciação das emendas à medida provisória que aumenta a competição no setor portuário e pode deslanchar investimentos no País. O lento avanço do texto, que caduca ao fim do dia de hoje e ainda precisa ser votado no Senado, não impediu o governo de manter a confiança de que caberá à presidente Dilma Rousseff a palavra final sobre as normas. O Palácio do Planalto já prepara os vetos a itens com os quais não concorda.

Ontem a secretária-geral da Mesa Diretora do Senado, Cláudia Lyra, afirmou que não há impedimento regimental para que os senadores recebam e votem no mesmo dia a MP 595.

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Em entrevista exclusiva ao Estado, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann sinalizou que o governo manterá a mesma postura adotada desde o início da tramitação da MP. O que estiver em desacordo com as propostas do Planalto será vetado. "Emenda de prorrogação automática não passa. Será vetada", chegou a dizer a ministra.

Temendo complicar a já turbulenta sessão da Câmara, Gleisi esclareceu logo em seguida que os vetos são prerrogativa da presidente. De acordo com a ministra, Dilma passou o dia acompanhando a votação "com serenidade" e "confiança" de que o texto seria aprovado.

Após meses de discussão no Senado, a MP chegou ao plenário da Câmara na semana passada. Discussões acaloradas e acusações interromperam a votação, que foi retomada na segunda-feira. Novo adiamento levou os deputados a terminarem a sessão de terça-feira às 4h55 de ontem. O texto-base foi aprovado, mas faltavam as emendas. A discussão consumiu todo o dia de ontem, sem conclusão até o fechamento desta edição.

Emendas

Durante a madrugada, foram derrubados pontos polêmicos e temidos pelo governo, como a emenda do líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), que compilava diversas mudanças. Outra emenda rejeitada pelo Planalto exigia a contratação de funcionários no porto por meio do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo), possibilidade que engessaria e encareceria as operações, para o governo.No início da noite de ontem, foi a vez de a base aliada contra-atacar. Após sete horas de manobras do PSDB e do DEM para atrasar a votação, uma emenda do PT furou a fila, derrubou cinco emendas da oposição e acelerou a tramitação.

Com aval do Planalto, a emenda de Sibá Machado (PT-AC) mantém no Executivo o poder de renovar ou não os contratos de arrendamento após 1993. O lobby do setor queria assegurar a prorrogação do uso dos terminais pelo mesmo prazo máximo previsto no contrato original e a oposição apresentou emendas nesse sentido. Além dessa mudança, a Câmara aprovou emenda do PSB que estabelece que a vigilância e a segurança do porto organizado serão exercidas pela Guarda Portuária, e não por serviços terceirizados.

Mandado de segurança. A oposição, liderada pelos senador José Agripino (DEM-RN) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), já tem um mandado de segurança preventivo para encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF), caso o Senado aprecie na manhã de hoje a MP dos Portos. Eles argumentam que o Senado só pode apreciar a matéria 24 horas após a aprovação na Câmara. O presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), marcou sessão para votar o tema as 11h. (Colaboraram Ricardo Brito, Laís Alegretti e Ricardo Della Coletta). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O plenário da Câmara rejeitou no final da noite de ontem emenda proposta pelo PP que determinava mais uma alteração ao relatório da Medida Provisória dos Portos (MP 595). O partido pedia a exclusão do artigo 59 do relatório apresentado pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM), que previa que os terminais de uso privado e os terminais-indústria teriam a continuidade de suas atividades assegurada, desde que os contratos fossem adaptados à MP 595. A exclusão do termo foi rejeitada, de forma que o teor do relatório foi mantido. Ainda faltam sete destaques a serem analisados pelos deputados. (AE)

O secretário do Sindicato dos Estivadores de Santos (SP), Cesar Rodrigues Alves, anunciou nesta quarta-feira que as operações no Porto de Santos foram retomadas nesta noite, mas afirmou que ainda há um "estado de greve" e que a paralisação pode ser retomada a qualquer momento, a depender das decisões da Câmara dos Deputados, onde seguem as apreciações de emendas da Medida Provisória (MP) dos Portos.

Nesta quarta-feira, após oito horas de votação, a Câmara dos Deputados ainda tem de apreciar oito destaques e uma emenda. Dessa forma, é possível que a Câmara só conclua a votação nesta quinta-feira, 16. A batalha dos estivadores é para que sejam aprovadas duas emendas, dos deputados Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, e Marcos França (PSB-SP), que asseguram que o trabalhador de portos públicos possa trabalhar nos novos terminais privados.

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Os estivadores do Porto de Santos (SP) resolveram esticar para esta quinta-feira (16) a greve iniciada na terça-feira (14) em protesto contra a derrubada da emenda à Medida Provisória (MP) dos Portos que estendia para os terminais privados a exigência de contratação de trabalhadores gerenciados pelos Órgãos Gestores de Mão de Obra (Ogmos), assim como é feito hoje nos portos públicos.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos, Rodnei Oliveira da Silva, a paralisação seguirá por tempo indeterminado, dependendo dos rumos que a votação da MP dos Portos seguir em Brasília. Silva afirmou acreditar que mais de 4 mil estivadores permanecem de braços cruzados desde terça-feira.

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Segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), empresa que administra o Porto de Santos, dos 37 cargueiros que estavam atracados no terminal santista, apenas dez estavam com as operações paralisadas por conta da greve. As demais embarcações mantinham o trabalho normal. Os navios de contêineres eram os mais prejudicados, uma vez que são os que mais necessitam de mão de obra humana. Conforme o secretário do Sindicato dos Estivadores, César Rodrigues Alves, 16 cargueiros tinham as operações prejudicadas.

Nesta quarta-feira, de acordo com o Sindicato Nacional dos Estivadores, a greve também era mantida no Porto do Rio, mas havia terminado no Porto de Paranaguá, no Paraná. "A greve vai continuar em Santos, e esperamos que ela se espalhe para outros portos no Nordeste do Brasil", disse Silva.

Polêmica

Os líderes sindicais aguardavam para esta quarta a votação do destaque proposto pelo PDT prevendo a retirada da expressão "portos organizados" do artigo que estabelece que o trabalho de capatazia, estiva, conferência de carga, bloco e vigilância de embarcações fosse realizado por trabalhadores portuários com vínculo empregatício por prazo indeterminado e por avulsos. Desta forma, a regra de contratação valeria para portos públicos e privados.

Embora a Câmara dos Deputados ainda esteja discutindo os destaques da Medida Provisória 595, a MP dos Portos, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) já marcou sessão extraordinária para esta quinta-feira, às 11h. Se passar pela Câmara, a medida precisa ser aprovada amanhã pelo Senado para não caducar.

Renan admitiu que o Regimento Interno "pode ser modificado" para agilizar a votação da MP, mas reconheceu também que a falta de quórum em Plenário é um preocupação extra. Questionado sobre a morosidade da votação na Câmara, Renan disse contar com o "bom senso" dos deputados.

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A base aliada partiu para o contra-ataque na votação da Medida Provisória 595, a MP dos Portos, e usou o mesmo remédio com o efeito totalmente contrário ao adotado até agora pela oposição. Os aliados aprovaram no início da noite desta quarta-feira, 15, uma emenda apresentada pelo deputado Sibá Machado (PT-AC) que derruba a votação de destaques e outras emendas apresentadas pelo PSDB e pelo Democratas. Na prática, a manobra agiliza a conclusão da votação da MP a fim de enviá-la ao Senado ainda nesta quarta-feira e permitir a sua votação o mais rápido possível.

Aprovado por 266 votos a favor, 23 contra e outras quatro abstenções, o destaque de Sibá Machado prevê que os contratos de arrendamentos firmados após 1993 poderão ser prorrogados por uma única vez, pelo prazo máximo previsto no contrato, desde que o arrendatário promova investimentos. A diferença em relação a outros destaques apresentados pela oposição é que, na proposta do petista, a prorrogação poderá ocorrer, enquanto na da oposição, seria obrigatória.

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Regimentalmente, a proposta do PT derrubou automaticamente a apreciação de três emendas aglutinativas e outros dois destaques apresentados pelo PSDB e Democratas. Agora, só faltam ser votados nove destaques.

Durante os debates, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) criticou a decisão do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), de ter permitido que essa emenda passasse na frente das demais. Alves argumentou que, pelo fato de ela ser mais abrangente, ela tem regimentalmente preferência.

O deputado Mendonça Filho (DEM-PE) acusou os petistas de usarem uma manobra regimental para vencer os oposicionistas: "O PT pensou que ia passar a máquina niveladora em cima da oposição. Aí, o PT está manobrando porque não consegue reunir maioria para vencer a oposição", criticou.

O líder da oposição, deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) chegou a ironizar Sibá Machado o que classificou como cópia de uma emenda apresentada por colegas de oposição. "É o homem que copiava!", ironizou.

Sete horas após o início da sessão, o plenário da Câmara apreciou na tarde desta quarta-feira a terceira emenda do dia. Os deputados decidiram pela manutenção da expressão "não inferior ao prazo consignado no respectivo contrato" no artigo da Medida Provisória dos Portos (595/2012) relativo à renovação, por mais um único período, dos contratos de arrendamento celebrados antes de 1993.

A proposta de mudança, rejeitada pelo plenário, foi apresentada pelo PSD. O plenário ainda precisa votar mais dez destaques, previstos desde esta terça-feira, 14, além de novas quatro emendas apresentadas nesta quarta-feira pelo DEM e PSDB, o que, na prática, atrasará ainda mais a conclusão da votação da matéria.

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A oposição conseguiu nesta quarta-feira (15) uma vitória na tentativa de inviabilizar a aprovação da Medida Provisória 595, a MP dos Portos. A Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados acatou novas quatro emendas apresentadas nesta tarde pela Democratas e pelo PSDB, o que, na prática, vai atrasar ainda mais a conclusão da votação da matéria. As emendas devem ser apreciadas ao final da conclusão dos 11 destaques.

A primeira delas determina a prorrogação dos contratos de arrendamento firmados após 1993. Ela ocorreria por uma vez, e pelo prazo máximo previsto em contrato, desde que o arrendatário realize investimentos. Além disso, a emenda pede que o Executivo encaminhe ao Congresso Nacional até o último dia útil de março relatório dos contratos firmados com base na lei.

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A segunda, a terceira e a quarta emendas são praticamente iguais à primeira, mas com diferenças de maior ou menor conteúdo e detalhes envolvendo as propostas. Todas pedem a incorporação das emendas 231 e 344 ao texto da MP. Há cerca de três horas, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), havia rejeitado incluir para votação outras oito emendas apresentadas pelos dois partidos.

Em minoria, a oposição tenta desde ontem se valer da obstrução - uso de manobras regimentais protelatórias - para derrubar a MP, como verificação de quorum e apresentação de destaques e emendas. O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) criticou logo após a decisão do presidente da Câmara a apresentação das novas emendas pela oposição. "Se isto hoje assiste à oposição, amanhã pode se voltar contra a oposição", disse.

O secretário do Sindicato dos Estivadores de Santos, Cesar Rodrigues Alves, explicou nesta quarta-feira ao Broadcast, serviço noticioso em tempo real da Agência Estado, os motivos de a greve dos estivadores não ter terminado às 13h, como estava anteriormente previsto. "A greve não terminou porque houve recuo do governo", disse o secretário. Os representantes dos trabalhadores se reúnem nesta tarde em Brasília com o ministro dos Portos, Leônidas Cristino. "Só depois a gente vai ter uma definição", disse o secretário.

A batalha dos estivadores é para que sejam aprovadas duas emendas, dos deputados Paulo Pereira da Silva (PDT), o Paulinho da Força, e Marcio França (PSB), que garantem que o trabalhador de portos públicos possa trabalhar nos novos terminais privados. "A gente trabalha com períodos de seis horas. De período em período eu passo novas informações para a categoria", disse explicando a dinâmica dos trabalhos de hoje do sindicato em relação à votação em curso no Congresso.

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O secretário Cesar Rodrigues Alves voltou a afirmar que os acontecimentos dos próximos dias dependem do que for decidido na reunião dos representantes com o ministro e na votação dos destaques da MP dos Portos. Enquanto isso, a indefinição continua. "Podemos suspender a greve hoje e retornar amanhã", concluiu.

O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), classificou nesta quarta-feira a articulação política do governo com o Congresso de "ruim". Na avaliação de Cunha, que não citou os nomes dos responsáveis pela articulação, faltam interlocutores com diálogo, "jogo de cintura" e perfil semelhante ao do ex-ministro Antônio Palocci, ministro da Fazenda no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e chefe da Casa Civil nos primeiros seis meses da presidente Dilma Rousseff.

"Falta um pouco de jogo de cintura na conversa política. A articulação política não está funcionando de forma de evitar estresse, e sim no sentido de aumentar (o estresse)", disse o líder do PMDB na Câmara, antes de seguir para o plenário da Casa para mais uma tentativa de votar a Medida Provisória 595, a MP dos Portos.

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Na votação desta terça-feira, 14, que se estendeu por 18 horas até a madrugada desta quarta-feira, a administração federal conseguiu derrubar uma emenda aglutinativa de Cunha que, na avaliação dos governistas, desfigurava a essência da MP. Neste momento, é realizada uma sessão extraordinária na Casa para apreciar uma série de destaques que ficaram pendentes. De acordo com o Poder Executivo, o líder do PMDB foi o grande derrotado na sessão desta terça-feira, mas, depois disso, trabalhou para atrasar a conclusão da votação.

Sobre a emenda, Cunha disse que "não adianta uma vitória de um dia com o dia a dia para conviver o tempo inteiro". Caso a emenda tivesse sido aprovada, ele argumenta que "todas as outras teriam sido prejudicas" e, consequentemente, cairiam. Se isso tivesse acontecido, a matéria poderia ter sido aprovada ainda de madrugada, segundo Cunha.

Para não caducar, a MP precisa terminar de ser votada na Câmara e ainda passar pelo plenário do Senado. Parlamentares do PMDB disseram nesta manhã que o Executivo, ao derrubar a emenda do líder, descumpriu um acordo firmado na segunda-feira, 13, e que isso dificultará futuras negociações com o Congresso. Na avaliação de um deputado do partido, a Presidência da República votou pela derrubada da emenda de Cunha para marcar posição e passar a imagem de que teria saído vitoriosa no embate com ele. Conforme Cunha, ficou claro que o governo "quis marcar posição". Na análise de deputados da legenda, no entanto, a ação da Presidência foi "um tiro no pé", uma vez que, ao não concluir a votação nesta madrugada, "voltou-se à estaca zero".

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), rejeitou nesta quarta-feira (15) incluir para votação oito emendas apresentadas pelo PSDB e pelo Democratas na Medida Provisória 595, a MP dos Portos. A oposição queria colocá-las em votação juntamente com os 13 destaques que ainda precisam ser apreciados pelos deputados federais antes de a MP ser enviada ao Senado. Até o momento, apenas um destaque foi apreciado.

Nos bastidores, especulou-se que a articulação para apresentar as novas emendas teria envolvido os partidos de partidos de oposição e o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ). Contudo, o líder do Democratas da Câmara, Ronaldo Caiado (GO), negou que tenha havido um acordo com Eduardo Cunha para apresentar essas emendas. Cunha foi o grande derrotado na sessão da noite de terça-feira, 14, ao ter rejeitado pelo plenário uma emenda que reunia mudanças propostas de parlamentares de vários partidos.

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"Não tem nenhuma articulação com quem quer que seja", disse Caiado. "Mas se ele (Eduardo Cunha) quiser nos apoiar, derrubamos a MP até a meia-noite", afirmou Caiado antes da votação, ao destacar que este é o único instrumento que a oposição dispõe para tentar barrar a proposta. A Câmara tem até a virada do dia para votar a matéria, a fim de haver tempo hábil para ser votada pelo Senado. A MP perde a validade na meia-noite de amanhã.

Em minoria, a oposição tenta desde ontem se valer da obstrução - uso de manobras regimentais protelatórias - para derrubar a MP, como verificação de quorum e apresentação de destaques. O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) criticou logo após a decisão do presidente da Câmara a apresentação das novas emendas pela oposição. "Se isto hoje assiste à oposição, amanhã pode se voltar contra a oposição", disse.

O plenário da Câmara aprovou nesta quarta-feira (15) o primeiro dos 13 destaques à Medida Provisória dos Portos (MP 595/2012) que estão na pauta. A emenda, do PSB, estabelece que a vigilância e a segurança do porto organizado serão exercidas diretamente pela Guarda Portuária e não por meio de serviços terceirizados.

Ainda restam 12 destaques para serem analisados pelo plenário. Para a matéria não caducar, o governo batalha pela aprovação ainda hoje na Câmara, de modo que seja possível enviá-la ao Senado em seguida, para leitura, e votá-la nesta quinta-feira (16). A MP perde a validade na madrugada de quinta para sexta-feira (17).

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Gleisi

A chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse que o governo conseguirá aprovar a MP. "Vamos conseguir. Não trabalhamos com outra hipótese", disse. Questionada sobre se o governo ia para o tudo ou o nada, Gleisi respondeu: "É o tudo. Vamos aprovar. A MP dos Portos é uma grande resposta à necessidade da melhoria de logística, da competitividade do País e à falta de modernização que existe hoje no País."

Para apressar a votação da matéria, ela afirmou que a liderança do governo proporá acordo de procedimentos aos parlamentares para que se votem destaques que são semelhantes ou que se deixe de submeter à votação aqueles que já foram apreciados. Ainda há 13 destaques a serem analisados pelos deputados. A estratégia é uma tentativa para que haja tempo hábil de encaminhar o texto ainda nesta quarta ao Senado. "Vamos conseguir. O que assistimos é que a Câmara está ao nosso lado e os deputados não se furtaram a terminar de votar o texto o quanto antes."

Gleisi disse que conversou com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e relatou que ele afirmou que a Casa está disposta a votar a matéria em sessão extraordinária ainda hoje. A chefe da Casa Civil afirmou que Calheiros lembrou que o ideal seria que o texto pudesse ser discutido, novamente, no Senado e, que apesar de esta ser uma situação que incomoda, disse que o Legislativo dará resposta ao País aprovando a medida. Gleisi lembrou que o Senado teve participação na discussão do texto durante a tramitação da matéria na comissão mista. "Gostaria que senadores tivessem mais tempo, mas agora precisamos aprovar até amanhã, 16."

Embora sem querer admitir que a MP possa não ser aprovada, a chefe da Casa Civil reconheceu que, sem a aprovação da matéria, o País pode perder R$ 35 bilhões em investimentos na modernização do sistema portuário. Gleisi disse que acompanhou a votação dessa madrugada na Câmara, elogiou o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e agradeceu "o papel fundamental" do vice-presidente da República, Michel Temer, na defesa da aprovação da MP.

Questionada sobre a atuação de Alves, que recebeu críticas da administração federal, a chefe da Casa Civil minimizou dizendo que essa é uma matéria polêmica e que o presidente da Câmara tem de conduzir o Parlamento de forma a ter o melhor resultado possível. "Ele conduziu de forma democrática a votação."

Sobre a atuação do líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), Gleisi disse que divergências e convergências são da política, lembrando que o partido deu quórum para a votação. A chefe da Casa Civil disse que Cunha estava presente no plenário durante todo o processo e viu que a matéria era importante para o País. "Acredito que as divergências existem e vão continuar existindo, o PMDB é governo e houve um esforço com responsabilidade para aprovar a matéria." Gleisi agradeceu também aos demais partidos da base aliada e disse que é preciso terminar a votação o quanto antes.

A ministra não quis falar sobre a possibilidade de o Poder Executivo liberar emendas para atender os deputados e senadores, que cobravam o recebimento de recursos para projetos que levariam em conta as bases. "Este assunto não está colocado", desconversou.

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