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Após não conseguir participar dos últimos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, há cinco anos, em função de uma lesão no tornozelo às vésperas da competição, Gianmarco Tamberi viu a glória neste domingo (1°) na Olimpíada de Tóquio-2020. O italiano de 29 anos foi o atleta que voou mais alto no salto em altura, faturando a medalha de ouro.

Mas um fato curioso aconteceu no estádio Olímpico. O ponto mais privilegiado do pódio foi compartilhado com Mutaz Essa Barshim, do Catar, por ele ter atingido o mesmo número: 2,37 metros.

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Os atletas chegaram a tentar uma meta mais alta, de 2,39 metros, mas ambos falharam em suas tentativas. Com isso, Barshim não pensou duas vezes e disse: "Podemos ter dois ouros?", perguntou o atleta ao oficial da prova, que acenou positivo com a cabeça. Bastou o aval para ambos comemorarem juntos o ouro em Tóquio. Maksim Nedasekau, de Belarus, ficou com a medalha de bronze.

Já na final do salto triplo feminino, também disputada neste domingo, a venezuelana Yulimar Rojas ganhou a medalha de ouro com estilo. Ela quebrou o recorde mundial da prova, com 15,67 metros, ultrapassando a marca da ucraniana Inessa Kravetz de 15,50 metros, obtida em 1995.

A portuguesa Patricia Mamona ficou com a prata, com um salto de 15,01 metros, e a espanhola Ana Peleteiro saltou 14,87 metros, garantindo a medalha de bronze.

A brasileira Rebeca Andrade estava radiante após conquistar mais uma medalha nos Jogos de Tóquio-2020, sua primeira de ouro. Ela foi a melhor no salto na ginástica artística e confessou que se preparou bastante para a disputa, mas procurou omitir detalhes de sua apresentação. Sob os olhares de Simone Biles, ela se tornou campeã olímpica.

"Eu tentei usar todas as cartas que tinha. Usei dupla e meia, que muita gente achava que não conseguiria porque era uma chegada cega, ou por causa do meu joelho, mas estava preparada. A mesma coisa com o Cheng, pois estava treinada. Eu não coloco na internet, mas podia fazer. E acho bom assim porque é importante surpreender", disse.

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A ginasta se tornou a primeira mulher do Brasil a ganhar mais de uma medalha na mesma edição dos Jogos Olímpicos. Ela nem sabia do feito logo após a cerimônia de pódio. "Me sinto muito orgulhosa, pois consegui representar a força da mulher. É com muito esforço e trabalho que conquistei isso", afirmou.

Ela sabe que sua vida mudou nos últimos dias, com a medalha de prata no individual geral, e deve mudar mais ainda com este ouro. "Nas redes sociais está bombando. Mas na minha cabeça eu sou a mesma de quando saí do Brasil, com foco em tudo que importa. É muito legal que está todo mundo torcendo por mim, gente que eu nem conheço. Mas ainda tem amanhã mais uma disputa e vou dar 110% de mim", avisou.

Ela tem a chance de conquistar mais uma medalha no Japão, pois disputa nesta segunda-feira (2) as finais do solo, quando vai apresentar seu "Baile de Favela", que já teve ótima aceitação na fase classificatória e também na final do individual geral. "Dei tudo de mim neste aparelho que até saí do solo", disse, rindo. "Isso é esporte e vai vencer o melhor. O resultado é consequência".

O italiano Marcell Jacobs Lamont conquistou a medalha de ouro nos 100 metros rasos neste domingo, nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

Jacobs venceu com o tempo de 9 segundos e 80 centésimos, à frente do americano Fred Kerley (prata com 9.84s) e do canadense Andre de Grasse (bronze, 9,89s).

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O britânico Zharnel Hughes foi eliminado após queimar a largada.

Marcell Jacobs Lamont sucede o lendário Usain Bolt, que foi campeão olímpico em 2008, 2012 e 2016.

Jacobs se tornou o primeiro atleta europeu a conquistar o ouro nos Jogos Olímpicos desde o britânico Linford Christie em Barcelona-1992.

Este é um verdadeiro feito para Jacobs, um velocista de 26 anos nascido em El Paso (Texas, Estados Unidos), filho de mãe italiana e pai americano.

A Itália nunca havia conseguido subir ao pódio olímpico nos 100 metros.

Lamont Marcell Jacobs não estava entre os grandes favoritos nesta prova de velocidade, tradicionalmente a mais esperada nas competições de atletismo.

Até agora ele havia se destacado especialmente nas competições indoor e este ano se sagrou campeão europeu indoor em Torun (Polônia).

O campeão mundial, o americano Christian Coleman, não participou destes Jogos Olímpicos, suspenso por três faltas em suas obrigações de localização para exames antidoping.

O favorito para os 100 metros desses Jogos era teoricamente o americano Trayvon Bromell, atleta que chegou ao Japão com o melhor tempo de 2021, mas o velocista da Flórida foi eliminado inesperadamente nas semifinais deste domingo, confirmando que a de Tóquio-2020 estava entre as provas olímpicas dos 100 metros rasos mais abertas e incertas da história, como acabou acontecendo.

A atleta bielorrussa Krystsina Tsimanouskaya foi obrigada a suspender sua participação nos Jogos de Tóquio-2020 depois de ter criticado publicamente sua federação, afirmou neste domingo (1º) a Fundação Bielorrussa de Solidariedade Esportiva.

"Peço ao Comitê Olímpico Internacional que me ajude, me pressionaram e tentam fazer com que eu deixe o país sem o meu consentimento", escreveu a atleta em uma mensagem no Instagram.

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"Peço a intervenção do COI", insistiu.

Tsimanouskaya, de 24 anos, "já está no aeroporto Haneda de Tóquio, no terminal 3", informou a fundação em sua conta do Telegram. "A atleta bielorrussa está sendo retirada de Tóquio à força", acrescentou.

O Comitê Olímpico Bielorrusso, dirigido por Viktor Lukashenko, filho do presidente do país Alexander Lukashenko, afirmou em nota que a atleta teve que suspender sua participação nos Jogos "por decisão dos médicos, devido ao seu estado emocional e psicológico".

Uma declaração classificada como "mentira" pela atleta no aeroporto da capital japonesa.

Krystsina Tsimanouskaya criticou a Federação Bielorrussa de Atletismo, ao afirmar que foi obrigada a participar do revezamento de 4x400 metros, quando inicialmente deveria correr nas provas de 100 e 200 metros, devido à quantidade insuficiente de testes antidoping realizados por outros dois atletas bielorrussos.

"Por que nós devemos pagar os erros de vocês? (...) É arbitrário!", publicou indignada.

"Nunca teria reagido desta forma tão severa se tivessem me explicado a situação completa com antecedência e perguntassem se eu poderia correr os 400 metros. Mas decidiram fazer tudo pelas minhas costas", acrescentou em outra publicação.

Essas declarações não estavam mais disponíveis neste domingo na sua conta do Instagram.

Segundo a Fundação Bielorrussa de Solidariedade Esportiva, a atleta planeja pedir asilo político na embaixada da Áustria em Tóquio.

A venezuelana Yulimar Rojas escreveu a página mais importante de sua carreira esportiva, ao alcançar a marca de 15,67 metros neste domingo (1º), em Tóquio, e conquistar seu primeiro ouro olímpico com um recorde mundial que estava de pé há quase três décadas.

Rojas, de 25 anos e que tinha uma melhor marca pessoal de 15,43 metros antes dessa final, melhora em 17 centímetros o recorde anterior. Esta marca pertencia à ucraniana Inessa Kravets, com 15,50 metros registrados no Mundial de Gotemburgo-1995.

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A prata de Tóquio-2020 nesta prova ficou com a portuguesa Patricia Mamona (15,01 metros), e o bronze, com a espanhola Ana Peleteiro (14,87 metros). O resultado de ambas também representa recordes para seus países.

Depois de levar a prata nos Jogos do Rio-2016, atrás de Caterine Ibargüen, de 37 anos, Yulimar Rojas agora sucede à estrela colombiana, que ficou em 10º nesta domingo, marcando apenas 14,25 metros.

Este é o primeiro ouro da Venezuela nesta edição dos Jogos e a quarta medalha do país na capital japonesa.

Além do segundo lugar de Daniel Dhers no ciclismo BMX freestyle, a Venezuela teve outras duas pratas, ambas em levantamento de peso: Julio Mayora (categoria de 73 kg) e Keydomar Vallenilla (96 kg).

A dupla de russos Anastasia Pavlyuchenkova e Andrey Rublev venceu a final de duplas mistas de tênis das Olimpíadas de Tóquio-2020, ao derrotar seus compatriotas Aslan Karatsev e Elena Vesnina, por 6-3, 6-7 (7/5) e 13-11.

Todos competem nos Jogos sob bandeira neutra.

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A medalha de bronze foi conquistada, no sábado (31), pela dupla australiana composta por Ashleigh Barty e John Peers. Os dois se beneficiaram da baixa por lesão do sérvio Novak Djokovic, com dores nas costas, que iria brigar junto com sua compatriota Nina Stojanovic pelo último lugart do pódio.

A seleção brasileira de handebol masculino perdeu neste domingo para a Alemanha por 29 a 25 e foi eliminada do torneio dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

O Brasil precisava vencer no Estádio Nacional de Yoyogi para seguir vivo, mas encerrou sua participação no Japão, com apenas uma vitória e quatro derrotas, na quinta posição do grupo A, à frente apenas da Argentina (a quem havia vencido).

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Os quatro primeiros de cada grupo de seis seleções avançam às quartas de final.

A seleção brasileira sofreu um duro golpe logo aos 15 minutos de jogo, quando o goleiro Ferrugem lesionou o joelho direito no momento em que tentou em vão evitar um gol alemão e acabou deixando a quadra.

O Brasil parece ter sentido no final do primeiro tempo, que terminou 16 a 12 para a Alemanha.

A reação no segundo tempo não veio e a diferença chegou a aumentar para seis gols a favor dos alemães, terminando depois em 29 a 25.

O técnico Marcus Tatá elogiou sua equipe, após a eliminação: "Acho que os meninos têm que sair de cabeça erguida porque fizeram grandes jogos. Esse grupo é muito bom e pode evoluir cada vez mais".

Sobre o futuro da seleção brasileira, o treinador disse que antes de sonhar com os próximos Jogos Olímpicos, é preciso focar no Pan-americano no Chile, em 2023. "Acredito que a gente não pode pensar em Paris sem pensar em Santiago".

A superestrela da ginástica americana Simone Biles, que não disputou quatro finais da ginástica dos Jogos Olímpicos de 2020, talvez volte a competir na terça-feira (3), na última final de sua modalidade em Tóquio, na trave de equilíbrio - disse sua companheira de equipe Mykayla Skinner neste domingo (1º).

"Não sei se está confirmado, ela vai decidir, mas parece que sim", respondeu Skinner à imprensa, ao ser questionada sobre a participação de Biles na final desta prova.

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"Ele está lidando com tudo melhor do que imaginava. Ri com a gente todos os dias, estimula a gente. Talvez seja diferente quando voltar para casa, mas, como está do nosso lado, provavelmente vai competir. Está tentando fazer isso para permanecer na competição", afirmou Skinner, depois de seu segundo lugar na final de salto.

Vencedora de cinco medalhas nos Jogos Rio-2016, quatro delas de ouro, Biles desistiu de quatro finais: final por equipes, salto, barras assimétricas e solo, onde, em geral, ofusca suas concorrentes.

Aos 24 anos, em sua segunda Olimpíada, Biles passa por um momento de perda de confiança, afetada por pressões e pelo fenômeno dos "Twisties", uma perda de referência espacial que a coloca em risco nas acrobacias.

O brasileiro Paulo André não conseguiu avançar à final dos 100 metros rasos nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a prova mais rápida do atletismo. No início da manhã deste domingo (1°), pelo horário brasileiro, ele foi o último colocado na terceira bateria das semifinais, a série mais forte das três, ao anotar 10s31.

Paulo André ficou em oitavo lugar em sua série e na 23ª posição entre todos os 24 atletas que disputaram esta fase - Reece Prescod, da Grã-Bretanha, queimou a largada e foi eliminado. O atleta brasileiro piorou seu tempo em relação às quartas, fase em que tinha anotado 10s17. Ele fez uma largada ruim e não conseguiu se recuperar.

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"É difícil", definiu Paulo André, antes de cair no choro e precisar de alguns segundos para continuar a entrevista ao SporTV. "Mistura de sentimento. Estou muito contente de estar aqui, mas não me permito não brigar por essa medalha".

Paulo André não soube explicar por que seu desempenho foi abaixo do esperado. Mas, emocionado, garantiu que não vai descansar enquanto não conquistar uma medalha olímpica.

"Olimpíada é pra poucos. Eu sei do meu potencial. Tenho 22 anos e posso fazer isso a vida toda. Não vou parar até brigar por essa medalha. Os 100m são muito complicados. Pode ter certeza que em Paris eu vou fazer de tudo para conseguir essa medalha", assegurou.

Avançam à final os dois melhores de cada uma das três baterias, além dos dois melhores tempos restantes. A série que Paulo André disputou foi a mais forte das três, visto que quatro atletas dessa bateria se classificaram para a decisão com os quatro melhores tempos.

O grande destaque das semifinais foi chinês Su Bingtian, o mais rápido entre os oito finalistas, com a marca de 9,83, empatado com o americano Ronnier Baker. O italiano Lamont Marcell Jacobs, o sul-africano Akani Simbine, o americano Fred Kerley, o britânico Zharnel Hughes, o canadense Andre de Grasse e o nigeriano Enoch Adegoke foram os outros velocistas que garantiram vaga na final da prova mais rápida do atletismo.

Trayvon Bromell, favorito da lenda Usain Bolt para o ouro nos 100m e dono do melhor tempo no ano, decepcionou e foi eliminado na semifinal.

O Brasil compete na semifinal dos 400m com barreiras ainda nesta segunda-feira com Alison dos Santos. E Paulo André terá mais uma chance de brigar por medalha em Tóquio no revezamento 4x100m.

A dupla brasileira formada por Ágatha e Duda foi eliminada do torneio de vôlei de praia feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 ao perder neste domingo (1°) para as alemãs Laura Ludwig e Margareta Kozuch por 2 sets a 1.

Em uma partida acirrada no Shiokaze Park, pelas oitavas de final, a dupla alemã venceu com parciais de 21-19, 19-21 e 16-14.

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As brasileiras chegaram a ter um match point a seu favor, mas as alemãs reagiram e conseguiram evitar a derrota.

"Foi por muito pouco. A sensação é muito ruim porque é muito trabalho para chegar até aqui. É dar a vida, sabe... é pegar a vida e entregar para o esporte. A gente acha que merece, batalhou para caramba, mas tem o adversário que também trabalhou. São duas grandes jogadoras e a gente sabia que seria difícil", disse Ágatha, à Rede Globo, após a eliminação.

Esta foi mais uma derrota de Ágatha para Laura Ludwig, como havia acontecido na final da Rio-2016, quando jogavam com duplas diferentes das que entraram na quadra neste domingo.

Mais cedo, as brasileiras Ana Patrícia e Rebecca (última esperança no vôlei de praia feminino) venceram a dupla chinesa formada por Fan Wang e Xia Zinyi por 2 sets a 0, parciais de 21-14, 23-21, e se classificaram para as quartas de final.

Nessa fase, na terça-feira, as brasileiras vão enfrentar a dupla vencedora do duelo suíço entre Heidrich-Vergé Depré e Huberli-Betschart.

A ginasta americana Simone Biles não vai participar da final no solo nos Jogos de Tóquio, na segunda-feira (2), anunciou neste domingo (1º) a federação americana da modalidade através do Twitter.

"Simone retirou-se da final do evento de solo e vai tomar uma decisão sobre a trave (que será na terça-feira) ainda esta semana. De qualquer forma, estamos todos apoiando você, Simone", divulgou a USA Gymnastics.

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Biles já tinha desistido de participar das competições de salto e barras assimétricas, alegando necessidade de proteger sua saúde física e mental.

Caso confirme sua participação na trave de equilíbrio, esta será a última de Biles nas Olimpíadas do Japão.

Biles, de 24 anos, relatou que estava lutando com "demônios na cabeça" e muita pressão para administrar pelas expectativas criadas a respeito de sua participação nos Jogos. Além de revelar que seu corpo e sua mente não estão em sintonia, o que a leva a perder o equilíbrio quando realiza acrobacias durante os saltos, o que chamou de “twisties”.

"Assim que eu piso no tablado, sou só eu e a minha cabeça, lidando com demônios em minha cabeça. Tenho que fazer o que é certo para mim e concentrar na minha saúde mental, e não prejudicar minha saúde e meu bem-estar, explicou a americana à imprensa na terça-feira, após interromper sua participação na final da disputa geral por equipes.

A americana, que conquistou cinco medalhas na Rio 2016, explicou que precisava proteger sua saúde mental e que estava com menos confiança do que antes.

Depois dos Jogos no Rio de Janeiro, Biles tirou um ano sabático. Ela revelou que estava entre as vítimas de agressão sexual do médico da equipe americana de ginástica Larry Nassar, atualmente preso, e se identifica como "uma sobrevivente".

Ela também denunciou publicamente a passividade das autoridades esportivas americanas. "Depois de tudo o que enfrentei com a federação, reencontrar o amor ao esporte e ser simplesmente Simone tem sido um longo caminho", afirmou recentemente.

Hebert Conceição garantiu pelo menos a medalha de bronze, neste domingo, ao derrotar Abilkhan Amankul, do Casaquistão, por pontos, em duelo válido pela categoria dos médios (até 75 kg). No boxe, não há disputa de bronze, pois os dois derrotados na semifinal sobem no pódio.

A decisão dos jurados foi dividida: três apontaram o brasileiro como vencedor (29 a 28 duas vezes e 30 a 27), enquanto dois viram o representante casaque como o ganhador (29 a 28 em ambos).

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O adversário do brasileiro na luta pela vaga na final olímpica, quinta-feira, será o russo Gleb Bakshi, atual campeão mundial, que eliminou o haitiano Darrelle Valsaint, por pontos, em decisão unânime.

Esta é a sétima medalha do boxe brasileiro em olimpíadas. Servílio de Oliveira foi bronze no México-1968, depois Esquiva Falcão, Yamaguchi Falcão e Adriana Araújo subiram no pódio em Londres-2012. Robson Conceição foi campeão na Rio-2016. Em Tóquio, o peso pesado Abner Teixeira também já tem bronze e vai lutar a semifinal.

Como se esperava, o duelo foi duríssimo. Hebert, mais uma vez, se posicionou no contra-ataque e precisou de muita esquiva e defesa para se proteger do intenso ataque do adversário.

Os três rounds tiveram panorama semelhante, com Hebert muito preciso nos ganchos e cruzados. Aos poucos, o brasileiro conseguiu diminuir um pouco o ritmo do rival e passou a dominar a luta, mas sempre com o assédio perigoso do Casaque.

Nos minutos finais, o adversário foi melhor e até venceu o terceiro assalto para dois jurados, mas não foi suficiente para tirar a vitória do brasileiro.

"Sensação incrível escrever o meu nome na história do esporte brasileiro como medalhista olímpico, eu que sempre sonhei quando comecei no esporte, no boxe em 2013. Fico muito feliz e agradeço a todas as pessoas que fizeram parte disso, apesar de eu lutar sozinho no ringue, essa medalha tem muita gente que trabalha comigo. Manter o foco porque ainda faltam duas lutas", afirmou o brasileiro, após a vitória.

Robert Scheidt, maior medalhista do Brasil na história da Olimpíada ao lado de Torben Grael, se despediu dos Jogos de Tóquio sem medalha. O experiente velejador, de 47 anos, terminou a medal race, regata da medalha, na nona colocação neste domingo e ficou em oitavo na classificação geral na classe Laser na Baía de Enoshima, dando fim ao sonho do sexto pódio olímpico em sua vitoriosa e longeva carreira.

O australiano Matt Wearn, que já havia garantido o título antes de velejar na regata final, levou o ouro, o croata Stipanovic Tonci ficou com a prata e Hermann Tomasgaard, da Noruega, faturou o bronze. E a regata final da classe laser foi vencida pelo francês Jean Baptiste Bernaz.

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O fato de não ter subido ao pódio no Japão não diminui a importância de Scheidt para o esporte brasileiro. Considerado uma lenda do País, ele ostenta cinco medalhas olímpicas e disputou sua sétima Olimpíada. Foi ouro em Atlanta-1996 e Atenas-2004, prata em Sydney-2000 e Pequim-2008 (Star) e bronze em Londres-2012 (Star). No Rio-2016, bateu na trave ao obter um quarto lugar.

Scheidt velejou com a consciência de que a tarefa para subir no pódio era muito complicada. Depois de um desempenho ruim nos últimos dias, ele chegou à regata decisiva em sexto lugar geral, precisando terminar entre os primeiros e contar com uma combinação de resultados para ficar com a prata ou bronze.

Scheidt passou na décima e última posição na primeira das cinco pernas, o que o deixava em nono no geral. Na segunda, o brasileiro concluiu em nono, mas a combinação de resultados o colocava em décimo lugar geral. Ele passou de novo na décima e última posição na terceira perna, continuando em último no geral.

Na quarta perna, o bicampeão olímpico voltou como nono colocado da prova e, na última e quinta perna, manteve-se em nono, fechando em oitavo no geral. Fim do sonho da sexta medalha olímpica, que, porém, pode vir em Paris-2024. É possível que ele o longevo velejador esteja presente na França.

OUTRAS CATEGORIAS - Na classe Nacra 17, o Brasil será representado por Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino na medal race, que vale pontuação dobrada e vai definir os lugares no pódio. A dupla terminou o dia de regatas em Enoshima na décima colocação e ainda pode subir de posição na regata decisiva, marcada para o terça-feira. A disputa por pódio ficou muito distante.

Pela 49er masculina, Marco Grael e Gabriel Borges terminaram na 16ª posição e não se classificaram para a regata decisiva.

A equipe brasileira masculina de tênis de mesa passou às quartas de final dos Jogos de Tóquio ao vencer a Sérvia por 3 a 2, neste domingo.

No primeiro jogo, entre duplas, Vitor Ishy e Gustavo Tsuboi perderam por 3 a 1 (7-11, 9-11, 11-8 e 8-11).

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Com Hugo Calderano, a equipe brasileira conseguiu a primeira vitória, com 3 a 2 (11-8, 11-13, 11-5, 10-12 e 11-5), empatando a série.

Em seguida, Gustavo Tsuboi foi derrotado por 3 a 2 (8-11, 8-11, 11-8, 11-6 e 13-15), deixando o 2 a 1 para os adversários.

Na quarta partida, o Brasil reagiu com a vitória por 3 a 2 de Hugo Calderano (11-8, 11-4, 9-11, 9-11 e 11-8) e igualou o placar novamente, 2 a 2.

No quinto e decisivo duelo, Vitor Ishy garantiu a vaga ao marcar 3 a 0 (11-6, 11-6 e 11-12), fechando a vitória em 3 a 2.

Nas quartas de final, os brasileiros vão enfrentar a Coreia do Sul, nesta segunda-feira, a partir das 02h30 (pelo horário de Brasília).

Rebeca Andrade continua fazendo história nos Jogos de Tóquio. Neste domingo, ela se tornou a primeira mulher do Brasil a conquistar dois pódios na mesma edição da Olimpíada. A atleta da ginástica artística ganhou a medalha de ouro no salto nos Jogos de Tóquio. Antes, já havia conquistado a prata no individual geral.

A façanha dela veio com dois ótimos saltos, um de 15,166 e outro de 15,000, alcançando a média de 15,083. Sua principal adversária, Jade Carey, dos Estados Unidos, foi mal no primeiro salto e ficou fora da briga por medalha.

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O pódio foi completado por Mykayla Skinner, dos Estados Unidos, que ficou com a prata com 14,916 de média, e a sul-coreana Seojeong Yeo, que ganhou o bronze ao fazer 14,733.

Esta é a sexta medalha da ginástica artística brasileira na história olímpica, a segunda de Rebeca. As outras quatro foram de homens: Arthur Zanetti nas argolas (ouro em Londres-2012 e prata na Rio-2016), e a dobradinha no solo dos Jogos do Rio com Diego Hypólito (prata) e Arthur Nory (bronze).

Aos 22 anos, Rebeca vai se firmando como a maior ginasta do País na atualidade e tem chance ainda de conquistar mais uma medalha no Japão, pois disputa nesta segunda, às 5h57, as finais do solo, quando vai apresentar seu "Baile de Favela", que já teve ótima aceitação na fase classificatória e também na final do individual geral.

O sucesso poderia até ter chegado um pouco antes não fossem as lesões na carreira da atleta. Só para se ter uma ideia, ela já foi submetida a três cirurgias para reparar o ligamento cruzado anterior no joelho direito. "Eu cheguei a pensar em desistir, mas as pessoas sempre me incentivaram a continuar", disse.

A história da ginasta de Guarulhos é de superação. A primeira delas é por se manter no esporte mesmo diante de todas as dificuldades na vida, como falta de dinheiro até para se locomover ao ginásio onde treinava. De família humilde, foi uma lutadora desde o começo, quando iniciou aos 4 anos na modalidade.

Com força, talento e explosão, ela tem chamado atenção dos especialistas da modalidade e inclusive recebeu elogios da lenda Nadia Comaneci após ser prata no individual geral. Com a ausência de Simone Biles, que tem evitado competir para cuidar de sua saúde mental, Rebeca está nos holofotes da modalidade e já acumula dois pódios em Tóquio.

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Outros resultados -- Ainda neste domingo, na disputa do solo masculino, Artem Dolgopyat, de Israel, ficou com a medalha de ouro em uma disputa emocionante com o espanhol Rayderley Zapata. Ambos tiraram 14,933, mas o israelense levou a melhor no desempate. O bronze ficou com Ruoteng Xiao, da China.

Numa partida que durou 2h50, com muitos ralis longos e o set com mais pontos até o momento nos Jogos de Tóquio, o Brasil venceu a França por 3 sets a 2, parciais de 25/22, 37/39, 25/17, 21/25 e 20/18, pela última rodada do Grupo B.

O maior pontuador do encontro foi o francês Ngapeth, com 29 pontos. Enquanto pelo lado da seleção brasileira foi Lucarelli, com 23.

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Com esta vitória, o Brasil se classificou para as quartas de final, mas a posição na chave ainda depende do resultado do duelo entre a equipe do Comitê Olímpico Russo e a lanterna Tunísia. Caso os russos percam, os brasileiros ficarão com a liderança. Se terminar em segundo, a seleção brasileira enfrentará o terceiro colocado do Grupo A, podendo ser Irã ou Japão.

A tenistas tchecas Barbora Krejcikova e Katerina Siniakova ganharam neste domingo a medalha de ouro no torneio feminino de duplas dos Jogos de Tóquio, ao derrotar as suíças Belinda Bencic e Viktorija Golubic, que ficaram com a prata.

Cabeças de chave número 1 e vencedoras de três torneios do Grand Slam (incluindo a última edição de Roland Garros, na qual Krejcikova também venceu no individual), as tchecas superaram as adversárias por 7-5 e 6-1.

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Esta derrota impediu Bencic de conquistar sua segunda medalha de ouro nas Olimpíadas no Japão, após ser campeã de simples, derrotando a tcheca Marketa Vondousova, na sexta-feira.

Esta é a terceira medalha consecutiva que a República Tcheca obtém nas duplas femininas, depois da prata em Londres 2012 e o bronze na Rio 2016.

Já o bronze nas duplas femininas na capital japonesa ficou com as brasileiras Laura Pigossi e Luisa Stefani, que na sexta-feira derrotaram as russas Elena Vesnina e Veronika Kedermetova, dando ao Brasil a primeira medalha olímpica na modalidade.

Primeira medalhista do boxe brasileiro em Olimpíadas, Adriana Araújo – bronze em Londres 2012 - participou neste sábado (31) do UOL News Olimpíadas e desabafou sobre a situação dos atletas brasileiros na questão apoio e patrocínio, contando sua experiência e fazendo críticas ao governo federal.

Em programa que teve a apresentação de Ivan Moré, Adriana Araújo deixou clara sua insatisfação com a forma com que o governo trata os seus atletas nas Olimpíadas.

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“Infelizmente essa é a realidade, a gente vive no Brasil, se eu tivesse na Olimpíada hoje, eu fosse campeã, medalhista novamente, eu não colocava a bandeira do Brasil no meu corpo, infelizmente. É triste, é inadmissível. De que adianta você ser medalhista dentro de um país onde você não tem incentivo, não tem apoio”, iniciou a pugilista.

“‘Existe patrocínio nas Olimpíadas’, mentira. Você pega um ano apenas, investindo num atleta, um ano e diz que é patrocinador do atleta, mentira. Patrocinador é aquele que está ali, lado a lado, desde o baixo, desde o momento difícil, até o momento bom da vida do atleta”, completou.

Motorista de aplicativo

Adriana continuou o desabafo, lembrando que mesmo após a conquista da sua medalha em 2012, teve de ser motorista de aplicativo em 2019 para poder se sustentar e disse que era até engraçado já que muita gente a reconhecia.       

“Vou ver bem sincera pra vocês, isso aqui (a medalha) já me deu vontade de vender, qualquer valor que viesse para pagar minhas contas. Alguns meses que estou sem trabalhar, sem ter dinheiro em mãos, já me deu vontade de vender isso aqui. Preciso pagar conta, preciso sobreviver, essa é a realidade, é um dos motivos para eu não colocar a bandeira do Brasil. Para que?”, questionou.

A pugilista refletiu também sobre os atletas que não conseguem ter um grande desempenho e recebem críticas, mas antes não receberam o apoio necessário para o levar a conquistar resultados positivos.

“É necessário que o governo brasileiro e os empresários, acordem para o país. É fácil a gente abrir a boca, criticar, falar e você não ter a ajuda merecida para fazer aquilo que é exigido de você. Muitos que vão lá fazer a diferença é só com a sua determinação e força de vontade”, criticou.

Adriana finalizou sua crítica falando sobre já se sentir realizada no esporte que disputou por tanto tempo, principalmente por tudo que viveu e conquistou. “Se o boxe acabasse hoje, eu sou uma pessoa totalmente realizada, porque eu sei de onde eu vim, sei do que eu passei, sei o que superei para conquistar essa medalha”.

Pouco tempo depois de perder a disputa pela medalha de bronze em simples nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, Novak Djokovic anunciou a sua desistência do torneio de duplas mistas. O sérvio disputaria a medalha de bronze neste sábado ao lado de Nina Stojanovic, mas justificou a sua ausência por motivo de lesão no ombro esquerdo. Com isso, a dupla australiana formada por Ashleigh Barty e John Peers ficou com o bronze.

Líder do ranking da WTA, Barty chegou a Tóquio embalada pela conquista de seu segundo Grand Slam da carreira, em Wimbledon, mas não passou da primeira rodada de simples, superada pela espanhola Sara Sorribes Tormo. Ainda assim, não desistiu do sonho da medalha, chegando também às quartas de final nas duplas femininas, ao lado de Storm Sanders, e ao bronze nas duplas mistas.

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Esta é a sexta medalha olímpica na história do tênis australiano, com destaque para a parceria de Todd Woodbridge e Mark Woodforde, ouro em Atlanta-1996 e prata em Sydney-2000. A medalha mais recente havia sido o bronze de Alicia Molik, nos Jogos de Atenas, na Grécia, em 2004.

Djokovic havia perdido mais cedo neste sábado para o espanhol Pablo Carreño Busta, por 2 sets a 1, e assim ele sairá de Tóquio sem medalhas. A final de duplas mistas acontece neste domingo e terá duas parcerias do Comitê Olímpico Russo: Anastasia Pavlyuchenkova e Andrey Rublev contra os compatriotas Elena Vesnina e Aslan Karatsev.

SIMPLES FEMININO - A Suíça levou a medalha de ouro na chave de simples feminina. Na final deste sábado, a tenista Belinda Bencic, de 24 anos, superou as oscilações no duelo contra a checa Marketa Vondrosouva e conquistou seu título mais importante, vencendo os Jogos Olímpicos ao triunfar por 2 sets a 1 - com o placar final de 7/5, 2/6 e 6/3, depois de 2 horas e 27 minutos.

Campeã neste sábado em simples, Bencic pode ainda conquistar o ouro também nas duplas, novamente encarando rivais checas. Ao lado de Viktorija Golubic, com quem bateu as brasileiras Luísa Stefani e Laura Pigossi nas semifinais, ela enfrentará Barbora Krejcikova e Katerina Siniakova, as cabeças de chave 1 do torneio.

Até então apenas três mulheres conseguiram vencer simples e duplas em uma mesma edição olímpica, todas americanas. A primeira delas foi Helen Wills, em Paris-1924, e as outras duas foram as irmãs Williams - Venus, em Sydney-2000, e Serena, em Londres-2012.

A disputa pela medalha de bronze foi marcada por uma difícil virada de Elina Svitolina. Depois de ser dominada no início da partida, a ucraniana conseguiu a virada diante da casaque Elena Rybakina e venceu uma batalha de 2 horas e 24 minutos por 2 sets a 1 - com parciais de 1/6, 7/6 (7/5) e 6/4.

Quem conquista uma medalha olímpica também é premiado pelo país de origem. Até o momento, nove atletas brasileiros garantiram uma boa remuneração pelos pódios em Tóquio, mas em outros países, as cifras são bem superiores.

Para os vencedores de disputas individuais, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) desembolsa R$ 250 mil pelo ouro, R$ 150 mil pela prata e R$ 100 mil pelo bronze. Nos esportes coletivos com até seis atletas as premiações são divididas. O ouro vale R$ 500 mil, a prata R$ 300 mil e o bronze R$ 200 mil.

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No caso de equipes com mais de seis competidores, o valor do ouro sobe para R$ 750 mil, o da prata vai para R$ 450 mil e do bronze em R$ 300 mil.

Comparada a outras nações, a premiação no Brasil fica aquém do esforço dos atletas. Em Cingapura, o pódio máximo equivale a R$ 3,7 milhões. Nas Filipinas, o valor corresponde a R$ 3,4 milhões. Os esportistas de Hong Kong podem receber até R$ 3,3 milhões, enquanto o Cazaquistão paga R$ 1,2 milhão.

Embora seja uma potência dos jogos, os Estados Unidos pagam menos que o Brasil e repassam R$ 190 mil pelo ouro. Já na Grã-Bretanha, o prêmio vem em formato de bolsa, fixada em R$ 255 mil.

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