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O Parlamento de Israel aprovou uma lei que exige um referendo nacional para aprovar qualquer proposta de retirada de território de Jerusalém Oriental, acrescentando uma nova barreira na negociação de um acordo de paz com os palestinos. O destino de Jerusalém Oriental, que abriga vários locais de importância religiosa, é a questão mais preocupante das negociações de paz. Israel assumiu a área em 1967 e diz que ela faz parte de sua capital eterna. Os palestinos querem Jerusalém Oriental como sua capital.

A lei, aprovada por 68 votos a zero nesta quarta-feira (12), exige que seja realizado um referendo sobre qualquer cessão ou retirada de território "soberano" israelense. Parlamentares da oposição boicotaram a votação. Essa votação encerrou uma série de votações polêmicas pelo Parlamento israelense. Também nesta quarta-feira, foi aprovada lei que permite a Israel convocar homens judeus ultraortodoxos para as Forças Armadas. A polêmica das exceções ao serviço militar começou com o estabelecimento de Israel como Estado em 1948, quando o governo permitiu que estudantes de desempenho exemplar deixassem de servir às Forças Armadas para realizar estudos religiosos. Ao longo dos anos, o número de exceções cresceu, com milhares de jovens religiosos escapando do serviço militar para estudar religião, enquanto a maioria dos outros homens judeus era obrigada a se submeter a três anos de serviço militar obrigatório.

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As exceções provocavam ressentimento ante os ultraortodoxos e foram tema central nas eleições do ano passado. "A mudança começa amanhã e deve transformar a face da sociedade israelense", afirmou Yaakov Peri, ministro de gabinete de Yesh Atid, que ajudou a formular o projeto. A lei não impõe o recrutamento universal. Em vez disso, o Exército será obrigado a convocar um crescente número de judeus ultraortodoxos a cada ano, com o objetivo de recrutar 5,2 mil soldados ultraortodoxos em 2017. O país concederá incentivos financeiros para escolas religiosas que enviem seus alunos para o exército. Se a comunidade ultraortodoxa não atender a esse contingente, a legislação prevê serviço obrigatório para os judeus ultraortodoxos e sanções penais para os que não atenderem à convocação.

Na terça-feira, o Parlamento já havia aprovado uma polêmica lei eleitoral que eleva o porcentual de votos necessários para que um partido possa ser representado na casa legislativa. Os defensores a consideram necessária em nome da governabilidade. Os setores contrários consideram a medida antidemocrática e projetada especificamente para dificultar a eleição de políticos árabes israelenses. O projeto de lei foi aprovado com 67 votos a favor e nenhum contra no Parlamento de 120 cadeiras. A bancada de oposição retirou-se da votação.

O texto eleva de 2% para 3,25% o número de votos necessários para que um partido eleja uma bancada. Israel possui um sistema de representação proporcional. Os eleitores votam em listas apresentadas pelos partidos, e não em um político específico. Pela nova lei, calcula-se que um partido precisará ganhar pelo menos quatro cadeiras para superar a cláusula de barreira. Fonte: Associated Press.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse que não há nenhuma chance de ele reconhecer Israel como um Estado judeu e aceitar uma capital palestina em apenas uma parte de Jerusalém Oriental, rejeitando o que os palestinos temem que serão elementos-chave de uma proposta de paz dos Estados Unidos para o Oriente Médio.

Os comentários de Abbas foram publicados nesta sexta-feira (7) pela agência de notícias palestina Wafa. Ele destacou ter resistido à pressão internacional no passado, quando buscou reconhecimento das Nações Unidas (ONU) para um Estado palestino contra as objeções de Washington.

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Falando a jovens ativistas de seu partido, Fatah, ele sugeriu que se manteria firme novamente, particularmente a respeito da demanda de que palestinos reconheçam Israel como um Estado judeu. "Eles estão pressionando e dizendo: 'Sem paz sem o Estado judeu'", afirmou, sem especificar quem estaria fazendo a pressão. "Não tem jeito. Nós não aceitaremos."

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deu entrevistas a redes de televisão israelense, e trechos foram televisionados na noite de sexta-feira. "Eu estou pronto para prosseguir, estou preparado para chegar ao fim do conflito, mas isso precisa representar o encerramento do conflito", disse o premiê ao Canal 10. "Nós não permitiremos o estabelecimento de um Estado palestino se o conflito continuar, então eles precisam reconhecer o Estado dos judeus assim como estão exigindo de nós que reconheçamos o Estado dos palestinos." Além disso, Netanyahu afirmou que Israel continuará tendo soberania sobre Jerusalém.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, deve apresentar suas ideias sobre os contornos de um acordo de paz entre israelenses e palestinos em breve, mas parece cada vez mais improvável que consiga convencer Abbas e Netanyahu a aceitar um acordo-quadro até o fim do prazo estipulado para as negociações, em 29 de abril. Abbas se reunirá com o presidente dos EUA, Barack Obama, na Casa Branca, em 17 de março, como parte dos esforços norte-americanos para pressionar ambos os lados. Netanyahu se reuniu com Obama no início da semana. Fonte: Associated Press.

As diferenças entre negociadores israelenses e palestinos só aumentaram em sete meses e uma extensão do prazo de discussões parece improvável se não for cumprido o prazo até 29 de abril para que os dois lados alcancem o esboço de um acordo, disse nesta quinta-feira Mohammed Ishtayeh, assessor do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.

Abbas se reunirá com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no dia 17 de março, com os EUA tentando pressionar ambos os lados por um acordo-quadro ou pelo menos regras-base para negociações futuras. Obama conversou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca, no início da semana.

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"O que nós temos visto nas conversas é que a lacuna está crescendo, em vez de diminuir", salientou Ishtayeh a diplomatas estrangeiros e representantes de organizações internacionais, ao apresentar as diferenças de posições.

Para os palestinos, o maior obstáculo é uma nova demanda - introduzida nesta rodada de negociações - de que eles aceitem Israel como um Estado judeu, disse o assessor de Abbas. Quando os esforços de paz começaram, há duas décadas, a Organização para a Libertação da Palestina reconheceu o Estado de Israel e Abbas argumenta que isso é suficiente. Abbas teria dito ainda que não pode "em qualquer circunstância" reconhecer Israel como um Estado judeu porque isso restringiria as opções de retorno de refugiados palestinos e potencialmente pavimentaria o caminho para uma expulsão gradual da minoria árabe em território israelense, conforme Ishtayeh. Israel argumenta que tal reconhecimento seria a prova de que os palestinos falam sério ao discutir a paz.

As demandas de Israel por terras também representam um obstáculo, conforme o assessor. Os palestinos querem um Estado na Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental, terras conquistadas por Israel em 1967, mas se dizem dispostos a aceitar pequena modificação para acomodar assentamentos que Israel construiu em terras ocupadas. Israel quer anexar esses "blocos de assentamento", mas ainda não apresentou uma proposta detalhada para isso. Israel também deseja uma presença militar de longo prazo no Vale do Jordão. Fonte: Associated Press.

Dezenas de refugiados palestinos gravemente doentes ou vulneráveis foram retirados, neste domingo, de um campo de refugiados cercado pelo Exército no sul de Damasco, informou uma fonte palestina. "A evacuação começou para um certo número de pessoas em estado crítico", declarou à AFP Anwar Abdel Hadi, da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

Segundo ele, 50 pessoas já haviam deixado o acampamento e, "até o fim do dia, cerca de 100 terão sido retiradas". Há mais de um ano, os grupos rebeldes assumiram o controle de grande parte do acampamento de Yarmuk e, há alguns meses, o Exército impõe um rígido cerco aos 20 mil palestinos que vivem ali.

O bloqueio agravou as condições de existência no local, ao dificultar a entrada de alimentos e de remédios. Mais de 50 pessoas já morreram. Segundo Abdel Hadi, as evacuações vão continuar até que um total de 600 pessoas em estado crítico ou vulnerável de saúde, como portadores de doenças crônicas, grávidas e crianças, tenha sido retirado.

Um novo comboio de ajuda humanitária com comida também deve chegar ao acampamento neste domingo, acrescentou Hadi.

Quase 500 mil palestinos estão oficialmente refugiados na Síria. Metade deles está deslocada desde março de 2011.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, convocou diversos embaixadores europeus em Tel-Aviv para denunciar o que chamou de "viés pró-palestino" dos países em questão e dizer que tal postura "prejudicou as perspectivas de paz".

Lieberman "ordenou a convocação dos embaixadores do Reino Unido, da França, da Itália e da Espanha e disse a eles que suas perpétuas posições tendenciosas contra Israel e a favor dos palestinos é inaceitável e cria a impressão de que eles estão apenas buscando formas de culpar Israel", informou o porta-voz do chanceler israelense.

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"Além de serem parciais, desequilibradas e ignorarem a realidade, as posições desses Estados prejudica significativamente a possibilidade de se chegar a alguma espécie de acordo entre as partes", prosseguiu o porta-voz de Lieberman.

A convocação dos embaixadores europeus ocorreu depois de os representantes israelenses nesses países terem sido convocados por suas respectivas chancelarias para denunciar os anúncios de expansão dos assentamentos judaicos em áreas sob ocupação onde os palestinos pretendem fundar futuramente um Estado viável. Fonte: Dow Jones Newswires.

Ariel Sharon era odiado por muitos palestinos como um inimigo impiedoso, que fez o que pôde para sabotar suas esperanças de independência ao liderar ofensivas militares contra eles no Líbano e nos territórios ocupados da Cisjordânia e da Faixa de Gaza e ao favorecer a colonização, por Israel, das terras que eles onde eles pretendem construir seu Estado.

A notícia da morte do ex-primeiro-ministro israelense, neste sábado, oito anos depois de ele sofrer um derrame, provocou manifestações de satisfação. Alguns disseram lamentar que Sharon não tenha sido responsabilizado pelos atos que cometeu em vida.

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"Ele queria apagar o povo palestino do mapa. Ele queria nos matar a todos, mas, no fim das contas, Sharon está morto e o povo palestino vive", disse Tawfik Tirawi, que era chefe do serviço de inteligência da Autoridade Nacional Palestina quando Sharon era primeiro-ministro.

Na Faixa de Gaza, Khalil al-Haya, dirigente do Movimento Islâmico de Libertação (Hamas), disse que Sharon causou sofrimento a gerações de palestinos. "Depois de oito anos, ele vai na mesma direção que outros tiranos e criminosos cujas mãos ficaram cobertas com sangue palestino", afirmou.

No campo de refugiados palestinos de Khan Younis, em Gaza, partidários de dois grupos militantes, a Jihad Islâmica e os Comitês Populares de Resistência, reuniram-se na rua principal e gritaram lemas como "Sharon foi para o inferno". Alguns queimaram retratos do ex-general e ex-primeiro-ministro; outros distribuíram doces para quem passava.

Como general do Exército israelense e como político, Sharon esteve no centro dos episódios mais controvertidos do conflito israelense-palestino. Mesmo sua decisão, em 2005, de retirar tropas e colonos israelense da Faixa de Gaza, vista por muitos como um gesto conciliatório, foi, pelo menos em parte, um meio de consolidar o controle israelense de outro território tomado dos palestinos pela força a Cisjordânia, segundo um de seus mais próximos assessores na época. Outros lembram que a retirada dos colonos israelenses permitiu que Israel passasse a lançar ataques aéreos e de artilharia contra Gaza sem o risco de atingir seus próprios cidadãos.

Ahmed Qureia, que foi um dos negociadores de paz palestinos e teve uma série de reuniões com Sharon em 1998, escreveu em um livro publicado em 2005 que o dirigente israelense "acreditava na lógica do uso da força". Qureia escreveu que saía daquelas reuniões com a convicção de que Sharon estava tentando torpedear qualquer possibilidade de um acordo que incluísse o estabelecimento de um Estado palestino.

O conflito com os palestinos foi o tema central da vida de Sharon. Na juventude, como soldado, ele comandou uma unidade de forças especiais que cometia assassinatos em retaliação por ataques realizados por árabes. Depois da morte de uma mulher israelense e de seus dois filhos em um ataque palestino, a unidade de Sharon explodiu mais de 40 residências na aldeia de Qibiya, na área da Cisjordânia que na época era controlada pela Jordânia; 69 palestinos foram mortos naquela operação, quase todos civis.

Em 1982, depois de uma série de ataques de palestinos baseados no sul do Líbano, Sharon comandou a invasão do país vizinho, que estava em guerra civil desde 1975. Entre 16 e 18 de setembro de 1982, três meses depois da invasão, tropas israelenses que controlavam o entorno dos campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila permitiram que a Falange, uma milícia cristã, massacrasse centenas de civis palestinos.

Até agora não se sabe exatamente quantas pessoas morreram no massacre de Sabra e Chatila; as estimativas vão de 762 a 3.500. Uma comissão de investigação israelense rejeitou os argumentos de Sharon, de que não sabia o que aconteceria se ele permitisse que a Falange entrasse nos campos, e o general acabou afastado de seu comando e removido do serviço ativo.

No começo dos anos 1990, Sharon supervisionou um grande movimento de ocupação de terras palestinas na Cisjordânia por colonos israelenses. Ao fim daquela década, quando o governo israelense prometeu aos EUA que não estabeleceria novos assentamentos em terras palestinas, de modo a facilitar as conversações de paz com a Autoridade Nacional Palestina, Sharon exortou os colonos israelenses a tomarem mais terras na Cisjordânia, principalmente os topos de colinas, para de modo a impedir que algum dia as terras fossem partilhadas com os palestinos.

Em setembro de 2000, quando era líder da oposição direitista ao governo do Partido Trabalhista, Sharon fez uma visita simbólica a um dos mais importantes locais de culto do Islã, o Monte do Templo, em Jerusalém, onde fica a mesquita de Al Aqsa. A atitude provocou uma onda de protestos que escalou para um levante armado dos palestinos, que ficaria conhecido como a Segunda Intifada.

Aproveitando-se da radicalização que havia provocado, Sharon elegeu-se primeiro-ministro menos de um ano depois. Em 2002, depois de uma série de ataques palestinos com bombas, Sharon retomou as cidades e aldeias palestinas da Cisjordânia que haviam sido transferidas ao controle palestino em cumprimento aos acordos de paz de Madri (1991), Oslo (1993) e Camp David (2000), que governos israelenses anteriores haviam assinado com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

Sharon também colocou seu arqui-inimigo Yasser Arafat, o líder da OLP, em virtual prisão domiciliar na sede da Autoridade Nacional Palestina em Ramallah, na Cisjordânia. Arafat havia recebido o Prêmio Nobel da Paz em 1994 junto com os israelenses Yitzak Rabin e Shimon Peres, por causa do acordo de paz de Oslo, no qual o líder palestino reconheceu pela primeira vez o direito do Estado de Israel de existir, em troca da promessa de negociações para a criação de um Estado Palestino.

Em 2004, Arafat foi acometido de uma doença misteriosa e o governo de Sharon impediu que ele fosse levado à Europa para tratamento. O governo israelense bloqueou o aeroporto de Ramallah e só permitiu que o líder palestino viajasse quando sua morte era vista como inevitável. Arafat morreu duas semanas depois, em novembro de 2004, em Paris. Há poucas semanas, o ex-deputado israelense Uri Avnery, do Bloco da Paz, disse estar convencido de que Sharon ordenou o envenenamento de Arafat.

De pessoas comuns a dirigentes, os palestinos têm memórias amargas de Sharon.

Em Qibiya, palco do ataque de retaliação de 1953, moradores disseram que ainda fazem uma marcha anual em homenagem às vítimas do ataque comandado por Sharon. Hamed Ghethan, de 65 anos, que era uma criança na época do ataque, disse lamentar que Sharon e outras pessoas envolvidas naquela operação tenham escapado sem punições. "Esperávamos que o mundo ouvisse a nossa voz e os julgasse", afirmou.

Leah Whitson, diretora do Human Rights Watch para o Oriente Médio, disse que "é uma pena que Sharon tenha ido para o túmulo sem enfrentar a Justiça por seu papel em Sabra e Chatila e por outros abusos. Sua morte é mais um lembrete amargo de que anos de virtual impunidade por suas violações dos direitos humanos não fizeram nada para tornar mais próxima a paz entre israelenses e palestinos".

Israel anunciou nesta sexta-feira o projeto para a construção de novas 1.400 residências em assentamentos judaicos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, territórios que os palestinos querem para seu futuro Estado. Embora o anúncio não seja uma surpresa, ele deve irritar os palestinos e prejudicar aos esforços de paz liderados pelos Estados Unidos, retomados em julho pelo secretário de Estado norte-americano John Kerry.

O Ministério da Habitação de Israel disse que 800 novas moradias serão construídas na Cisjordânia e 600 em Jerusalém Oriental. A anúncio era esperado, principalmente depois de Israel libertar, no final de dezembro, 26 prisioneiros palestinos que cumpriam longas penas. A ação é parte de um acordo fechado entre Israel e os palestinos quando as negociações foram retomadas.

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O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já fez anúncios desse tipo anteriormente para conter as críticas sobre a libertação de prisioneiros palestinos, muitos dos quais condenados pelo assassinato de civis e soldados israelenses.

As novas construções devem ser erguidas em Ramat Shlomo, um enclave em Jerusalém Oriental, e em vários assentamentos na Cisjordânia.

Desde que as negociações de paz foram retomadas, Israel divulgou projetos para a construção de 5.500 novas moradias na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, disse Yariv Oppenheimer, do grupo contrário aos assentamentos Peace Now. Isso é um aumento significativo, comparado à média anual de 2 mil a 3 mil nos anos anteriores.

"O novo plano de construção em assentamentos é uma mensagem de Netanyahu para Kerry não voltar à região para levar adiante seus esforços para as negociações de paz entre Israel e palestinos", afirmou Saeb Erekat, que há anos atua como negociador palestino nas conversações com o govenro israelense.

"Cada vez que Kerry intensifica seus esforços, voltando à região (para mais conversações), Netanyahu intensifica seus esforços para destruir o processo de paz. Netanyahu está determinado a destruir a solução de dois Estados. É hora de responsabilizarmos Israel por seus crimes", afirmou. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

O governo de Israel está levando adiante os planos para a construção de 272 novas unidades habitacionais em duas isoladas colônias judaicas na Cisjordânia ocupada, em terras reivindicadas pelos palestinos para o estabelecimento de um futuro Estado independente.

O passo final do processo de aprovação coincide com o encerramento de uma nova viagem do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, ao Oriente Médio como parte dos esforços em busca de um acordo de paz entre israelenses e palestinos.

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De acordo com o grupo Paz Agora, contrário aos assentamentos, autoridades israelenses publicaram ontem no diário oficial os planos de construção nas colônias judaicas de Ofra e Karnei Shomron. As obras podem começar dentro de alguns dias.

O major israelense Guy Inbar confirmou a publicação do plano de obras. Segundo ele, o plano foi aprovado em outubro pelo governo.

Kerry deixou a região hoje. A expectativa é de que ele regresse ao Oriente Médio na próxima semana e apresente uma proposta com as bases de um eventual acordo. Fonte: Associated Press.

Israel e Estados Unidos realizaram um teste conjunto de mísseis nesta sexta-feira, informou o Ministério da Defesa, no momento em que o secretário de Estado norte-americano John Kerry negocia um acordo de paz no Oriente Médio.

A Organização de Defesa de Mísseis de Israel e a Agência de Defesa de Mísseis norte-americana concluíram com "sucesso" o lançamento do sistema antimísseis balísticos Arrow-3 sobre o Mediterrâneo, diz comunicado do Ministério.

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O Arrow, concebido para conter mísseis de longa distância, interceptou mísseis semelhantes ao iraniano Shihab-3 em uma série de condições.

Em novembro, Israel e Estados Unidos testaram uma parte separada o sistema de defesa aérea de mísseis israelense, o David's Sling (Estilingue de David, em tradução livre). Foi a primeira vez que o David's Sling foi testado "inteiramente" com a identificação do míssil, lançamento e abatimento do alvo.

O objetivo do David's Sling é preencher a lacuna entre o Arrow e o Domo de Ferro, que segundo autoridades tem como meta interceptar projéteis que vão de "mísseis Grad ao Scud".

O Iraque disparou mísseis de longo alcance Scud contra Israel durante a Guerra do Golfo, em 1991.

Israel e Estados Unidos também testaram o sistema Arrow em setembro, num exercício conjunto no Mediterrâneo quando Washington estudava uma ação militar contra a Síria, embora o Pentágono tenha informado que o teste não teve ligação com o conflito sírio.

O teste desta sexta-feira aconteceu quando Kerry se reunia com autoridades israelenses e palestinas numa tentativa de fechar um acordo de paz. Fonte: Dow Jones Newswires.

O exército israelense bombardeou a Faixa de Gaza nesta terça-feira depois de um homem que trabalhava na barreira de segurança que cerca o território palestino ter sido baleado e morto. Não há detalhes disponíveis sobre o alvo nem sobre vítimas do bombardeio.

Segundo o exército de Israel, o homem era um civil israelense que executava serviços de manutenção na barreira em torno de Gaza. Ele foi socorrido e levado a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Fonte: Associated Press.

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Cerca de 20 barcos pesqueiros de Gaza, com dezenas de ativistas a bordo, teriam rompido nesta segunda-feira (2) o bloqueio naval israelense ao território. O Exército de Israel nega que isso tenha acontecido.

A "flotilha da resistência" esteve no mar por diversas horas antes de voltar ao território afirmando que havia "rompido" o bloqueio, que impede barcos de pesca de navegar por uma faixa de seis milhas náuticas a partir da costa do território.

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Um porta-voz militar israelense negou que os barcos tenham ultrapassado a linha de seis milhas. O grupo quer estabelecer um novo marco em suas tentativas de romper o bloqueio israelense, ao iniciar a viagem em Gaza em vez de tentar chegar até o território.

Israel impôs o bloqueio a Gaza em 2006, quando militantes sequestraram um soldado israelense. A medida foi intensificada quando o Hamas tomou o controle um ano mais tarde, mas desde então tem havido um certo alívio por causa da pressão internacional, embora várias delas continuem a valer, dentre elas o limite para barcos pesqueiros. Fonte: Dow Jones Newswires.

Israel é o único suspeito da morte do líder palestino Yasser Arafat em 2004, afirmou nesta sexta-feira Tawfik Tirawi, investigador chefe do caso. Um dia antes, cientistas suíços disseram que Arafat foi provavelmente envenenado com polônio radioativo.

Tirawi fez a declaração durante uma coletiva de imprensa realizada pelo grupo palestino que investiga a morte de Arafat. Ele afirmou que o líder não morreu de morte natural, mas foi evasivo ao ser questionado se Arafat foi envenenado com Polonio.

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"Não é importante que eu diga aqui que ele foi morto por polônio", disse ele, "mas eu digo, com todos os detalhes disponíveis sobre a morte de Yasser Arafat, que ele foi morto e que Israel o matou".

Em outro ponto da coletiva, Tirawi descreveu Israel como o "primeiro, fundamental e único suspeito do assassinato de Yasser Arafat".

Israel nega qualquer participação na morte do líder palestino, afirmando que o tinha isolado politicamente na época e não tinha qualquer razão para assassiná-lo. "Deixe-me disser isso da forma mas simples possível: Israel não matou Arafat", afirmou nesta sexta-feira o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores israelense, Yigal Palmor, em resposta às acusações.

"Os palestinos devem parar com este absurdo e deixar de levantar essas acusações sem fundamento nem qualquer prova", acrescentou Palmor.

Arafat morreu em 11 de novembro de 2004, num hospital militar francês, aos 75 anos, um mês depois de adoecer em seu complexo localizado na Cisjordânia. Na época, médicos franceses disseram que ele morreu após um acidente vascular cerebral e que ele tinha problemas de coagulação sanguínea, mas os registros sobre o que provocou esses problemas não foram conclusivos.

O túmulo de Arafat foi aberto no início deste ano, o que permitiu que cientistas suíços, russos e franceses retirassem amostras de ossos e de terra para investigações. Fonte: Associated Press.

Israel libertou nas primeiras horas de quarta-feira (noite de terça-feira no Brasil) 26 prisioneiros palestinos. A informação foi divulgada por uma funcionária do serviço penitenciário israelense. Trata-se do segundo de quatro grupos de prisioneiros a serem libertados como parte de um acordo que permitiu a retomada das negociações de paz atualmente em curso entre israelenses e palestinos. No total, o acordo prevê a libertação de 104 palestinos nos próximos meses.

Sivan Weizman, a porta-voz do serviço penitenciário, disse que 21 dos 26 prisioneiros foram libertados na Cisjordânia e os outros cinco foram levados até a Faixa de Gaza. Na terça-feira, a Suprema Corte de Israel abriu caminho hoje para a libertação dos 26 prisioneiros palestinos, numa medida com potencial de acelerar as negociações de paz no Oriente Médio.

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O tribunal rejeitou um recurso que pedia o cancelamento da planejada libertação dos prisioneiros sob alegação de que os palestinos - todos condenados por conexões com mortes de israelenses - voltarão ao caminho da violência.

A decisão da Suprema Corte levou dezenas de manifestantes a protestarem em frente à prisão onde os palestinos estavam detidos. No lado palestino, houve comemoração pela libertação. Fonte: Associated Press.

O exército israelense lançou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar um grupo de cerca de 300 manifestantes palestinos que se aproximou da fronteira pelo norte de Gaza à qual o acesso é considerado "proibido" por Israel. Esta foi a maior demonstração de violência em uma série de manifestações que ocorreram nesta sexta-feira em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia para marcar o 13º aniversário do início da segunda intifada (levante) contra a ocupação israelense.

Confrontos em Hebron, cidade bíblica onde vivem judeus ortodoxos em enclaves fortificados, são comuns. O local também abriga cerca de 170 mil palestinos. Os confrontos desta sexta-feira (27) ocorreram após um grupo de jovens, alguns encapuzados, arremessaram pedras no posto de controle militar que protege a colônia de judeus. Os manifestantes também incendiaram latas de lixo. De acordo com autoridades palestinas, ao menos quatro palestinos feridos nos confrontos receberam tratamento médico

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A segunda intifada aconteceu em setembro do ano 2000, após uma visita do então líder conservador Ariel Sharon à Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém. A população civil da palestina se revoltou contra a presença israelense nos territórios ocupados e em certas áreas teoricamente devolvidas à Palestina, (Faixa de Gaza e Cisjordânia).

Israel, que se retirou de Gaza em 2005, considera hostil o território administrado pelo Hamas. Os israelenses realizaram duas grandes operações militares no local em resposta a um ataque militar com foguetes nos últimos anos. A área de fronteira permaneceu calma desde a ofensiva militar israelense em novembro do ano passado.

Os palestinos reivindicam a Cisjordânia, Jerusalém e Gaza, áreas capturadas por Israel em 1967, para a criação de um futuro Estado Palestino. Israel anexou Jerusalém Orientou à seu território em uma decisão que não foi reconhecida internacionalmente. Os palestinos tem acesso limitado na Cisjordânia, local onde vivem mais de 300 mil israelenses em assentamentos.

Embora Israel tenha retirado suas tropas e assentamentos de Gaza, os israelenses continuam mantendo controle sobre o espaço aéreo e a costa e controla rigidamente o movimento nas fronteiras com seu território.

Os confrontos ocorrem um dia após o presidente palestino, Mahmoud Abbas, ter demonstrado interesse em retomar as negociações de paz com Israel. "Nosso objetivo é garantir um acordo permanente e abrangente e um tratado de paz entre o Estado Palestino e Israel que resolva todos os assuntos pendentes e responda à todas as perguntas, o que nos permitirá declarar oficialmente o fim do conflito e das reivindicações", afirmou o líder palestino.

A declaração de Abbas foi feita durante Assembleia Geral da ONU, na qual ele participou pela primeira vez em nome do Estado Palestino após os 193 membros da organização terem elevado a Palestina como Estado observador no ano passado.

As negociações de paz entre israelenses e palestinos, que deveriam ocorrer nesta segunda-feira, foram canceladas depois que as forças de segurança de Israel mataram três palestinos durante confrontos na Cisjordânia, disse uma autoridade palestina.

"A reunião que estava agendada para ocorrer em Jericó... foi cancelada por causa do crime israelense cometido em Qalandiya hoje", disse a fonte, referindo-se ao campo de refugiados, onde os confrontos começaram antes do amanhecer.

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As forças de segurança israelenses mataram três palestinos e feriram outros 19 durante uma operação de busca a um suspeito, segundo autoridades. Fontes da área de saúde disseram que Rubeen Abed Fares, 30 anos, e Yunis Jahjouh, 22 anos, foram alvejados no peito e Jihad Aslan, 20 anos, morreu de danos cerebrais.

O porta-voz da polícia de fronteira israelense, Shai Hakimi, disse que os policiais estavam em uma operação para prender um suspeito quando centenas de palestinos saíram às ruas e atiraram bombas, blocos de concreto e pedras contra os agentes de segurança.

Ele disse que os policiais utilizaram munições especiais para manifestações, o que geralmente se refere a balas de borracha e gás lacrimogêneo. Segundo o representante, a polícia está investigando o incidente.

Em seguida, soldados correram para o local depois de um grupo se encontrar sob o ataque. O Exército israelense afirmou que os soldados abriram fogo após sentirem que suas vidas estavam em "perigo iminente".

"Multidões violentas e grandes como esta, que superam significativamente o número de agentes de segurança, não deixam outra escolha a não ser recorrer a munição letal em legítima defesa", disse o porta-voz militar, o tenente-coronel Peter Lerner.

O primeiro-ministro palestino, Rami Hamdallah, condenou o incidente. "Esse crime demonstra a necessidade de uma proteção internacional urgente e eficaz para o nosso povo", disse ele em um comunicado. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, declarou-se hoje "profundamente preocupado" com o fato de Israel continuar expandindo colônias judaicas nos territórios palestinos ocupados.

Numa entrevista coletiva concedida ao lado do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmud Abbas, em Ramallah, Ban advertiu que a continuidade das obras nos assentamentos judaicos pode acabar por impedir o estabelecimento de um Estado palestino.

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Ban fez os comentários apenas um dia depois de israelenses e palestinos terem retomado as negociações diretas de paz após cinco anos de paralisação.

O diálogo acabou ofuscado por recentes anúncios de que Israel está levando adiante os planos de construção de mais de 3 mil habitações para judeus em colônias na Cisjordânia ocupada.

Ban acrescentou que a atividade de assentamentos está "aprofundando a desconfiança dos palestinos com relação à seriedade dos israelenses no que diz respeito à busca pela paz". Fonte: Associated Press.

Israelenses e palestinos iniciaram na tarde desta quarta-feira, em Jerusalém, a primeira rodada substancial de negociações de paz em quase cinco anos, horas após Israel ter libertado 26 prisioneiros palestinos.

O governo de Israel divulgou à imprensa um breve vídeo dos negociadores se cumprimentando ao se encontrarem para conversar. A reunião ocorre em Jerusalém, mas o local exato do encontro não foi revelado.

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As expectativas em relação ao encontro são baixas dos dois lados. A mediação do encontro foi feita pelos EUA e é a terceira tentativa desde 2000 de se chegar a um acordo sobre o Estado Palestino nas fronteiras de Israel.

A libertação dos prisioneiros, a primeira de quatro que deve ocorrer nos próximos meses, teve por objetivo levar os palestinos de volta à mesa de negociação após cinco anos e meio.

Entretanto, autoridades palestinas advertiram para um colapso das negociações devido ao fato de Israel continuar a construir assentamentos em terras supostamente destinadas ao Estado Palestino. Na última semana, Israel fez três anúncios de planos de construir três mil novas residências na Cisjordânia e na parte leste de Jerusalém.

Horas antes da retomada das negociações, militantes palestinos radicados em Gaza dispararam um foguete na direção de Israel. Em retaliação, a aviação israelense bombardeou o sitiado território palestino litorâneo. Não há informações sobre vítimas em nenhum dos ataques.

Israelenses e palestinos iniciaram na tarde desta quarta-feira, em Jerusalém, a primeira rodada substancial de negociações de paz em quase cinco anos.

O governo de Israel divulgou à imprensa um breve vídeo dos negociadores se cumprimentando ao se encontrarem para conversar. A reunião ocorre em Jerusalém, mas o local exato do encontro não foi revelado.

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Horas antes da retomada das negociações, militantes palestinos radicados em Gaza dispararam um foguete na direção de Israel. Em retaliação, a aviação israelense bombardeou o sitiado território palestino litorâneo. Não há informações sobre vítimas em nenhum dos ataques. Fonte: Associated Press.

A Suprema Corte de Israel rejeitou um recurso de apelação feito por famílias de israelenses para suspender a libertação de prisioneiros palestino. Como parte de um acordo para retomar as negociações de paz na região, Israel havia aceitado libertar 104 prisioneiros palestinos.

Na segunda-feira, Israel publicou os nome dos primeiros 26 prisioneiros que devem ser libertados e os israelenses tinham 48 horas para apresentarem recursos de apelação. Um grupo de famílias israelenses entrou com um processo na justiça.

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Mas, nesta terça-feira, os juízes da Suprema Corte rejeitaram o recurso, determinando que precedentes legais permitem que a libertação dos prisioneiros. Contudo, os magistrados disseram que simpatizava com a dor das famílias.

O porta-voz do sistema carcerário de Israel, Itsik Gorlov, disse que os prisioneiros devem readquirir a liberdade até meia-noite de terça-feira (horário local). Fonte: Associated Press.

O governo municipal de Jerusalém aprovou a construção de mais 942 unidades habitacionais em Jerusalém Oriental, informou um funcionário nesta terça-feira, na véspera da retomada das negociações de paz com os palestinos.

"O governo de Jerusalém aprovou o projeto de construção de 942 casas em Gilo", um assentamento já existente em Jerusalém Oriental, informou o vereador Yosef Pepe Alalu à Agência France Presse.

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Essas unidades se somam a mais de 1.000 novas residências aprovados por Israel no domingo, medida que irritou os palestinos e atraiu críticas a comunidade internacional.

Efrat Orbach, porta-voz do Ministério do Interior, confirmou nesta terça-feira a aprovação do projeto. O projeto, que recebeu aprovação inicial no ano passado, vai expandir as fronteiras de Gilo na direção de um bairro palestino.

Orbach afirmou, porém, que são necessárias novas aprovações e que pode levar anos até que os trabalhos de construção tenham início. Mas Lior Amihai, do grupo ativista Peace Now, que defende uma solução de dois Estados para a região, disse que o projeto não precisa de mais aprovação e que, teoricamente, os trabalhos poderiam ter início em semanas. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

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