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Um homem palestino esfaqueou vários passageiros de num ônibus no centro de Tel-Aviv nesta quarta-feira, ferindo quatro delas com gravidade, antes de ser perseguido, alvejado e detido pela polícia israelense. O ataque foi elogiado pelo grupo militante islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza.

A ação, descrita pela polícia como um "ataque terrorista", é a mais recente de uma série de agressões nas quais palestinos usaram facas, ácido e veículos como armas para atacar israelenses nos últimos meses. A polícia identificou o homem que realizou a ação como um palestino de 23 anos da cidade de Tulkarem, na Cisjordânia, e afirmou que ele entrou em Israel ilegalmente.

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O homem, que estava no ônibus sozinho, viajando com outros passageiros, começou a esfaquear as pessoas, dentre elas o motorista. A seguir, conseguiu sair do veículo e fugiu do local. "O motorista do ônibus lutou com o terrorista e tentou resistir ao ataque", declarou o chefe de polícia distrital de Tel-Aviv, Bentzi Sau.

O ataque aconteceu por volta das 7h20 (horário local), num importante cruzamento da cidade.

Funcionários do serviço prisional, que estavam nas proximidades, viram o ônibus fora de controle e um homem fugindo. Eles perseguiram o homem, atiraram contra ele na perna e o detiveram.

"Acreditamos que tenha sido um ataque terrorista", disse o porta-voz da polícia Micky Rosenfeld. Segundo ele, quatro pessoas ficaram seriamente feridas e outras nove tiveram ferimentos leves. O homem que realizou o ataque está sob custódia da polícia e era interrogado, informou Rosenfeld.

O Hamas, o grupo militante islâmico que controla da Faixa de Gaza, não assumiu a responsabilidade pela agressão, mas elogiou o ataque como "corajoso e heroico" em mensagem na página do Twitter de Izzat Risheq, líder do Hamas que mora no Catar. O ataque com faca é uma "resposta natural à ocupação e seus crimes terroristas contra nosso povo", escreveu Risheq.

Autoridades israelenses dizem que os ataques são resultado do incitamento feito pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, e por outros líderes palestinos.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu reiterou essas acusações nesta quarta-feira. "O ataque terrorista em Tel-Aviv é o resultado direto do venenoso incitamento disseminado pela Autoridade Palestina contra os judeus e seu Estado", disse ele. "Este mesmo terrorismo tenta nos atacar em Paris, Bruxelas e em todo lugar."

. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

Os palestinos terão um assento no Tribunal Penal Internacional a partir de 1º de abril, afirmou o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki Moon, na noite de terça-feira. Em um comunicado publicano online, Ban disse que recebeu o pedido assinado pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, na terça-feira à noite, formalizando sua adesão ao tribunal mundial de crimes de guerra.

Ban é o depositário oficial do tratado e o documento foi revisado pelo Gabinete de Assuntos Jurídicos da ONU depois que os palestinos o apresentaram na sexta-feira. Os palestinos podem apresentar acusações contra Israel a partir de 1º de abril, uma vez que o tratado prevê um período de carência após ser aprovado pelo chefe da ONU.

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Não houve reação imediata de Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu exigiu, na semana passada, que a ONU rejeitasse o pedido, argumentando que os palestinos não têm um Estado legalmente.

Não há um processo de candidatura para se tornar um membro da Corte Penal Internacional. Autoridades disseram que os palestinos asseguraram o direito de se juntar ao tribunal quando se tornaram um membro observador da Assembleia Geral da ONU, em 2012. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Jordânia apresentou um projeto de resolução ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em nome dos palestinos que pede o fim da ocupação do território palestino por Israel. O documento também pede uma solução abrangente para o conflito, incluindo o reconhecimento do Estado palestino dentro de um ano.

Diplomatas alertaram que a proposta está sendo discutida pelo menos há semanas. De acordo com a resolução, as negociações seriam baseados nas fronteiras estabelecidas em 1967 com "trocas de terras limitadas" e uma presença de segurança de terceiros - que podem ser soldados da ONU - a fim de "garantir e respeitar" a soberania de um Estado palestino. Israel tem insistido que qualquer acordo deve incluir a implantação de suas próprias tropas na fronteira da Cisjordânia com a Jordânia.

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A resolução apela para "uma solução pacífica, justa, duradoura e global que traz o fim da ocupação israelense desde 1967". Ela estabeleceria "dois Estados independentes, democráticos e prósperos", Israel e "o Estado soberano e viável da Palestina", para que viam em paz dentro de "fronteiras reconhecidos internacionalmente".

A retirada das forças de segurança israelenses da Cisjordânia terá de ser concluída até o fim de 2017, de acordo com o projeto. O documento sugere que Jerusalém seja uma "capital compartilhada" e pede outros acordos, inclusive sobre os recursos hídricos. Ele também diz que é essencial resolver a questão dos refugiados palestinos com base em uma resolução da Assembleia Geral de 1948, de acordo com a qual eles devem ser autorizados a voltar para suas casas.

Um diplomata afirmou que há "muito trabalho" a ser feito no âmbito do Conselho de Segurança para negociar um projeto final que traria "consenso", ou seja, sem veto dos Estados Unidos.

Israel reagiu fortemente à proposta, classificando-a como "artifício", em um comunicado divulgado pelo Ministério de Relações Exteriores. "O presidente (palestino) Mahmoud Abbas está adotando medidas cujo único objetivo é atacar Israel, sem nenhum benefício para os palestinos. Pelo contrário, eles podem exacerbar ainda mais o conflito e piorar a situação e não vai adiantar qualquer solução, porque sem o acordo de Israel, nada mudará", diz a declaração. Fonte: Associated Press.

Em uma tentativa de angariar apoio para um plano de paz que criaria um Estado Palestino no prazo de dois anos, a França organizou nesta terça-feira um encontro entre o secretário-geral da Liga Árabe, ministros palestinos e egípcios e o ex-presidente de Israel, Shimon Peres.

A reunião acontece no momento em que a França procura apoiadores para uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que poderia ser a catalisadora das conversas de paz. Os franceses, liderados pelo ministro de Relações Exteriores Laurent Fabius, acreditam que este rascunho é mais palatável que a resolução apoiada pela Jordânia, também em discussão.

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Países europeus, frustrados por décadas de negociações de paz inconclusivas, pressionam pelo reconhecimento do Estado Palestino. Entretanto, não existe consenso sobre a ideia de se estabelecer 2016 como o prazo para que isso aconteça. A Alemanha é um dos países que mais reluta em apoiar uma data limite.

O ex-presidente israelense Shimon Peres defende que as negociações comecem antes do estabelecimento de um prazo. Ele também alega que este não é um bom momento para qualquer ação mais decisiva nesta discussão, uma vez que Israel está no meio do processo eleitoral. "Há uma necessidade e um momento para o Estado Palestino", afirmou Peres. "Acredito que seria melhor chegar a ele através do acordo e não de uma imposição."

Fabius discutiu na segunda-feira o rascunho do plano com o secretário de Estado norte-americano John Kerry. Diplomatas franceses afirmaram que os Estados Unidos se opõem ao plano da França, mas acreditam que eles possam trabalhar em uma solução que agrade aos norte-americanos.

Kerry não informou a posição americana sobre a sugestão para que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) defina um quadro de negociações, mas reforçou a oposição do país a qualquer esforço para prejudicar o processo eleitoral de Israel. Ele enfatizou a importância das nações evitarem tudo o que interfere ou "pode ser percebido como uma interferência" nas eleições israelenses previstas para março.

As prioridades, de acordo com Kerry, devem ser o fim da crescente violência entre israelenses e palestinos e a criação de condições para uma eventual retomada de negociações de paz. "No final, contudo, isso não cabe à comunidade internacional", afirmou Kerry. "Isso tem de ser decidido pelas partes", acrescentou.

A França, que enfrenta uma onda de sentimento antissemita, também tem razões domésticas para trabalhar por essa causa. A violência no Oriente Médio costuma se traduzir em protestos na França, país que abriga uma das maiores comunidades muçulmanas e judias da Europa Ocidental. Fonte: Associated Press.

Líderes palestinos disseram nesta segunda-feira que vão exigir uma retirada israelense da Cisjordânia no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta semana. A declaração aumenta a pressão sobre Israel e força os Estados Unidos a decidirem se vetam a resolução.

A Organização de Libertação da Palestina (OLP) disse que iria apresentar uma resolução à ONU na quarta-feira que "exige o fim da ocupação israelense de todos os territórios ocupados em 1967 e estabelece um prazo para completar a retirada". A OLP disse ainda que a resolução vai pedir o reconhecimento do Estado palestino com a capital em Jerusalém Oriental.

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O secretário de Estado americano, John Kerry, e primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se reuniram em Roma nesta segunda-feira para discutir a oferta, que o líder israelense chama de "imposição". O chefe da diplomacia americana não comentou as negociações. Netanyahu prometeu aprofundar os esforços para evitar uma resolução do Conselho de Segurança, que ele caracterizou como assédio moral e prejudicial. "Desta vez não vamos aceitar tentativas de ditar para nós atitudes unilaterais", afirmou o líder israelense.

Também nesta segunda-feira, os palestinos afirmaram que estão tem consenso sobre se unir à Corte Penal Internacional (CPI), na esperança de obter justiça por supostos crimes de Israel. "Nós vemos a (CPI) como o mecanismo legal e pacífico internacional para combater a impunidade e buscar responsabilização e justiça", afirmou o embaixador palestino na Organização das Nações Unidas (ONU), Riyad Mansour, em discurso para os 122 membros da Assembleia dos Estados Partes no Estatuto de Roma, que criou a CPI.

De acordo com Mansour, o tribunal é onde "o povo palestino deseja buscar a justiça para os crimes de guerra e crimes contra a humanidade perpetrados contra eles por Israel, a potência ocupante". Ele acusa Israel de cometer crimes de guerra durante o conflito de 51 dias no meio do ano, além da construção de assentamentos em territórios ocupados por palestinos. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

Parlamentares irlandeses aprovaram uma resolução não vinculativa pedindo que o governo da Irlanda reconheça o Estado palestino. Governantes afirmaram que só tomarão esse passo em coordenação com os parceiros da União Europeia.

A medida foi aprovada por unanimidade na câmara baixa do Parlamento da Irlanda na noite de terça-feira, seguindo movimentos semelhante na Grã-Bretanha, Espanha e França.

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Alguns relatos interpretaram equivocadamente o voto irlandês como uma decisão do governo de reconhecer o Estado palestino. O Ministério irlandês de Relações Exteriores declarou, contudo, que a posição do país se mantém inalterada.

De acordo com a pasta, apesar dos parlamentares apoiarem a medida, uma ação unilateral da Irlanda poderia minar esforços mais amplos iniciado no mês passado, em Bruxelas, para chegar a uma possível posição conjunta da UE sobre a questão.

A Suécia reconheceu oficialmente o Estado palestino em 30 de outubro, movimentando o debate na Europa. Fonte: Associated Press.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou que as autoridades destruam as casas dos homens que atacaram uma sinagoga de Jerusalém e mataram quatro pessoas nesta terça-feira (18).

Netanyahu também ordenou a demolição das casas de palestinos envolvidos em outros ataques recentes contra israelenses. O premiê anunciou a diretriz nesta terça-feira, depois de uma reunião com importantes autoridades de segurança, mas não disse quando as demolições vão acontecer.

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Israel havia interrompido a criticada prática de demolir casas de acusados de ataques em 2005, depois de autoridades concluírem que não se tratava de uma prática eficiente, mas houve uma mudança de opinião recentemente e a medida foi retomada em alguns casos.

Netanyahu deve participar de uma coletiva de imprensa, transmitida pela televisão, na noite desta terça-feira. A polícia de Israel informou que as vítima fatais são três cidadãos norte-americanos e um britânico. O consulado dos Estados Unidos em Jerusalém identificou os norte-americanos como Aryeh Kupinsky, Cary William Levine e Mosheh Twersky. O britânico foi identificado por autoridades israelenses como Avraham Goldberg. Fonte: Associated Press.

Dois palestinos invadiram uma sinagoga em Jerusalém nesta terça-feira (18) e atacaram fiéis que rezavam no interior do templo com facas, machados e armas de fogo. Os homens mataram quatro pessoas antes de serem mortos durante troca de tiros com a polícia, informaram autoridades.

O ataque, o mais violento ocorrido em Jerusalém nos últimos anos, deve elevar os temores sobre a violência na cidade, onde os ânimos já estão bastante alterados por causa das tensões a respeito da Esplanada das Mesquitas (chamada de Monte do Templo pelos judeus e Nobre Santuário pelo muçulmanos).

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O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu prometeu que Israel vai "responder duramente" ao ataque, que descreveu como o "o cruel assassinato de judeus que foram orar e foram mortos por assassinos desprezíveis". O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que falou com Netanyahu após o ataque e criticou a ação como um "ato que puro terror e de brutalidade e violência sem sentido".

O presidente palestino Mahmoud Abbas condenou o ataque, a primeira vez que adotou tal postura desde o início da recente onda de violência contra os israelenses. Ele também pediu o fim das "provocações" israelenses ao redor da Esplanada das Mesquitas.

Em comunicado, Abbas disse que "condena o assassinato de fiéis numa sinagoga do oeste de Jerusalém". O documento pede o fim da "invasão" da mesquita no Nobre Santuário e a interrupção do "incitamento" feito por ministros israelenses.

A polícia de Israel chamou o incidente de ataque terrorista e disse que os dois palestinos eram primos, vindos de Jerusalém Oriental.

A Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), disse que os primos integravam o grupo militante. Comunicado da FPLP não especifica, porém, se o grupo instruiu a dupla a realizar o ataque. Já o Hamas, grupo que governa a Faixa de Gaza, elogiou a ação dos dois primos.

O porta-voz policial Micky Rosenfeld disse que seis pessoas ficaram feridas, dentre elas dois oficiais da polícia. Quatro dos feridos estão em estado grave. Segundo Rosenfeld, a polícia fazia buscas na região a procura de outros suspeitos.

As recentes tensões são relacionadas ao local sagrado chamado pelos judeus de Monte do Tempo, por causa do templo judaico que ficava no local nos tempos bíblicos. Trata-se do local mais sagrado para o judaísmo. Já os muçulmanos se referem ao local como Nobre Santuário, o terceiro lugar mais sagrado para a religião depois de Meca e Medina, na Arábia Saudita.

O local é tão sagrado que os judeus tradicionalmente evitam ir até lá. Em vez disso, oram no Muro das Lamentações. O chefe dos rabinos de Israel pede às pessoas que não subam até o local, mas nos últimos anos um grupo pequeno, mas crescente de judeus, dentre eles integrantes ultranacionalistas do Legislativo, começaram a visitar regularmente a explanada, medida vista como uma provocação pelos muçulmanos. Fonte: Associated Press.

Familiares de palestinos suspeitos de participar de ataques contra israelenses na Cisjordânia estão recebendo avisos para deixar suas casas, que serão demolidas, informou o governo de Israel nesta segunda-feira (17).

A medida indica que Israel está intensificando sua política, alvo de muitas críticas, de destruir as casas de suspeitos de envolvimento em ataques mais graves, como jogar veículos contra passageiros na estação de veículos leves de Jerusalém. Os palestinos que lançam pedras e coquetéis Molotov contra soldados israelenses não seriam alvo deste tipo de punição.

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O Exército de Israel disse que, nas últimas semanas, um número não confirmado de avisos informando sobre a iminente demolição de casas foi emitido para famílias palestinas na Cisjordânia, cujos parentes realizaram ataques.

Segundo os militares, as famílias têm um prazo de 48 horas para recorrer da decisão, após o recebimento dos avisos. Se a apelação não for feita neste prazo ou for rejeitada, as casas se tornam alvo de demolição imediata.

Também nesta segunda-feira, a polícia de Israel disse ter designado várias casas palestinsas de Jerusalém Oriental para destruição ou para a venda, mas aguardava a aprovação final do governo antes de seguir adiante.

As demolições são baseadas em instruções do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que no início deste mês disse que a política de destruição de casas seria implementada em resposta à onda de ataques palestinos contra israelenses em Jerusalém, a maioria relacionada às tensões sobre a disputa de um local sagrado, para judeus e muçulmanos, localizado na cidade.

A política foi praticamente suspensa em 2005, depois de autoridades de segurança questionarem sua eficácia, mas muitos israelenses ainda a apoiam.

O porta-voz policial Micky Rosenfeld disse que a polícia está preparada para colocar em prática a demolição das casas ou a venda dos imóveis em Jerusalém Oriental "assim que a decisão final do governo for anunciada". Ele não disse quantas casas serão demolidas.

O grupo israelense de direitos humanos B'Tselem informou que quatro casas de Jerusalém Oriental pertencentes a parentes de palestinos que realizaram ataques foram visitadas recentemente pela polícia, aparentemente uma medida de preparo para sua demolição ou venda. O B'Tselem condena a política de demolição punitiva de casas palestinas.

Fonte: Associated Press.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, vai pedir que países doem US$ 4 bilhões para a reconstrução da Faixa de Gaza, após o conflito recente entre Israel e Hams que destruiu dezenas de milhares de lares e mais de cinco mil lojas.

Segundo o relatório obtido pela agência de notícias Associated Press, o governo palestino vai pedir US$ 4 bilhões em fundos de ajuda emergencial de reconstrução. Ele também vai pedir a doadores um adicional de US$ 4,5 bilhões em ajuda para o orçamento nacional até 2017.

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O documento pediu mais de US$ 1,1 bilhão para reconstruir 20.000 casas e apartamentos destruídos e para reformar mais de 40.000 casas danificadas. Seria necessário cerca de US$ 600 milhões para recuperar mais de 5.000 lojas e fábricas afetadas. O relatório será apresentado por Abbas em uma conferência no Cairo, em 12 de outubro.

O chefe do Exército de Israel afirmou que seria do interesse de segurança de Israel permitir que materiais de construção entrem na área bloqueada da Faixa de Gaza. Qualquer plano de reconstrução precisa da permissão de Israel de permitir importação de grandes quantidades de cimento, aço e outros materiais de construção.

De acordo com um acordo recente entre Israel, a Autoridade Palestina e os EUA, Israel permitiria essas importações, desde que inspetores palestinos e da Organização das Nações Unidas (ONU) certificassem que não serão usados pelo Hamas para fins militares.

O conflito entre Israel e Hamas terminou no fim de agosto e deixou mais de 2.100 palestinos mortos, sendo três quartos civis, de acordo com a ONU. Israel perdeu 66 solados e seis civis. Fonte: Associated Press.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, ameaçou dissolver o novo governo de unidade palestino se o grupo militante Hamas não abandonar o poder na Faixa de Gaza.

Abbas disse a repórteres no Cairo na noite de sábado que não pode aceitar a situação atual em Gaza. Segundo ele, se o Hamas não aceitar uma autoridade central, "não iremos aceitar uma parceria com ele".

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O Hamas controla Gaza desde que derrotou as forças de Abbas em 2007. Em profundo isolamento internacional, o Hamas concordou com a formação de um novo governo de unidade com a Fatah, de Abbas, em junho. Mas ainda não cedeu o poder, mesmo depois de uma devastadora guerra contra Israel.

Ismail Radwan, líder do Hamas, criticou os comentários de Abbas, afirmando que eles contradizem o espírito da nova parceria. Fonte: Associated Press.

Uma autoridade de saúde informou que dois palestinos foram mortos por um ataque aéreo israelense no terceiro dia após o fim do cessar-fogo mantido durante as negociações entre o Hamas e Israel no Egito.

Segundo Ashraf al-Kidra, os dois eram trabalhadores em uma fazenda atingida pelo ataque das forças de defesa de Israel. De acordo com o exército, 20 ataques foram conduzidos no início do dia desta sexta-feira. Os militantes islâmicos dispararam dois foguetes contra o território israelense, segundo as autoridades.

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No começo da semana, o Hamas rejeitou a proposta egípcia de cessar-fogo que previa o fim gradual do bloqueio às fronteiras da Faixa de Gaza. Fonte: Associated Press.

A poucas horas do fim do cessar-fogo entre Israel e o Hamas, mediadores egípcios reuniam-se separadamente com negociadores israelenses e palestinos na expectativa de salvar um acordo para um cessar-fogo de longo prazo que permitiria a reconstrução da Faixa de Gaza após um mês de guerra que matou mais de 2 mil pessoas.

O governo do Egito afirmou que será coorganizador de uma conferência internacional para levantamento de fundos para Gaza, mas apenas de um acordo for fechado. Desde a semana passada, o Egito tem sido o anfitrião de conversações indiretas entre Israel e o Hamas com o objetivo de encerrar a guerra devastadora. Mas horas antes do final de um cessar-fogo temporário de cinco dias, à meia-noite (horário local, 18h em Brasília), ainda era incerto se um pacto de longo prazo seria alcançado.

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O funcionário do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al-Kidra, disse nesta segunda-feira que o número de mortos em decorrência dos confrontos ultrapassou 2 mil palestinos, a maioria civis, enquanto autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU), que geralmente levam mais tempo para verificar os dados, colocaram o número em 1.976. Milhares de casas foram destruídas e dezenas de milhares de pessoas continuam abrigadas em abrigos da ONU. Israel perdeu 67 pessoas, das quais apenas três não eram militares.

Representantes do Egito reuniram-se com os dois lados nesta segunda-feira, mas as divergências continuam grandes. O Hamas exige o fim dos sete anos de bloqueio israelense e egípcio à Faixa de Gaza, medida que devastou a economia local. Israel quer garantias de que o Hamas, que disparou milhares de foguetes contra o território israelense durante os combates, seja desarmado.

O bloqueio a Gaza, imposto depois de o Hamas ter tomado o controle do território costeiro em 2007, continua a ser o principal obstáculo. A medida impede a movimentação dos palestinos para dentro e para fora do território, onde vivem 1,8 milhão de pessoas, restringe o fluxo de bens para Gaza e bloqueia praticamente todas as suas exportações.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já disse nesta semana que não vai permitir que o Hamas obtenha uma vitória diplomática na mesa de negociações.

Os negociadores palestinos disseram que não existe o desejo de voltar aos confrontos. "A guerra ficou para trás", disse Ziad Nakhleh, líder da Jihad Islâmica, que integra a delegação palestina no Cairo. "Não vamos retornar à guerra".

O ministro de Relações Exteriores da Noruega disse nesta segunda-feira que seu país e o Egito pretendem realizar uma conferência de doadores no Cairo para obter recursos para a reconstrução de Gaza. Boerge Brende disse que os convites serão enviados assim que um acordo de cessar-fogo for fechado. Fonte: Associated Press.

Tanto Israel como o Hamas disseram nesta terça-feira (12) que, apesar dos esforços para chegarem a um acordo, as negociações para o fim do conflito na Faixa de Gaza progrediram muito pouco. As partes têm até a meia noite da quarta-feira, quando acaba o cessar-fogo temporário de 72 horas, para chegarem a um acordo.

Moussa Abu Marzouk, um oficial de alto escalão do Hamas, chegou a dizer que este cessar-fogo temporário seria o último e que o diálogo teria que produzir alguma medida palpável na redução do bloqueio econômico de Israel a Gaza. Ele afirmou que, embora difícil, a discussão tem sido "séria".

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Um oficial do governo de Israel que não pôde se identificar afirmou que "se houver uma completa interrupção das hostilidades, é claro que nós estaremos abertos a discutir a abertura das restrições". Ele, porém, não se mostrou esperançoso. "Não posso dizer que houve qualquer tipo de progresso."

A imprensa israelense divulgou nesta terça-feira que o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já havia oferecido concessões na negociação. As reportagens, que citam uma autoridade de Israel, afirmam que, em troca de garantias de segurança, os representantes do país concordaram com a expansão da zona de pesca liberada para palestinos, com a autorização de mais viagens entre a Faixa de Gaza e a Cisjordânia e com o aumento do número de caminhões que podem entrar na região. Israel também teria permitido a entrada de dinheiro em Gaza para o pagamento de salários de funcionários do governo controlado pelo Hamas. Os representantes palestinos, no entanto, não confirmaram as declarações.

Os negociadores israelenses se recusaram a discutir os pedidos do Hamas para que seja construído um porto ou um aeroporto na Faixa de Gaza, afirma a imprensa do país. Israel pede a desmilitarização de Gaza e um monitoramento mais intenso das importações que chegam à região para evitar a entrada de ferramentas usadas para a construção de túneis e outras infraestruturas militares. Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press.

Os líderes de Israel e do Hamas continuam a negociar um acordo de longo prazo para a Faixa de Gaza no Cairo enquanto a trégua temporária completa dois dias nesta terça-feira. Segundo o exército israelense, não houve incidentes registrados durante a noite.

Uma autoridades israelense informou que o primeiro dia de conversas não trouxe resultados. "As discordâncias são grandes e não houve progresso nas negociações", disse. Um integrante da delegação palestina, no entanto, afirmou que Israel propôs medidas concretas para melhorar as condições da população de Gaza, incluindo aumento dos suprimentos de produtos básicos e a livre transferência de fundos da Autoridade Palestina para os empregados do governo do Hamas no território.

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As negociações incluem ainda um aumento da área permitida para pesca no litoral de Gaza e permissão de fluxo mais intenso entre a região e a Cisjordânia.

Um cessar-fogo similar foi interrompido na última sexta-feira quando militantes retomaram os ataques contra Israel com foguetes após as negociações apresentarem dificuldades para avançar. O Hamas quer o fim do bloqueio às fronteiras de Gaza e Israel espera que o grupo palestino aceite se desarmar.

As autoridades israelenses informaram que no começo do dia um pequeno barco de pesca palestino violou a proibição de navegação imposta por Israel, mas a embarcação à costa retornou após disparos preventivos. Fonte: Associated Press.

Milhares de pessoas se reuniram neste sábado diante da Casa Branca, em Washington, em apoio aos palestinos de Gaza, exigindo o fim da ofensiva militar israelense, constatou um jornalista da AFP.

Exibindo cartazes pedindo o "fim da ajuda dos EUA ao Estado judeu" ou "Punição a Israel, um estado terrorista", os manifestantes ocuparam pacificamente boa parte da Lafayette Square, situada do outro lado da residência presidencial.

Um cartaz mostrava uma suástica e outro indicava o "gueto de Gaza", comparando o território palestino com o Gueto de Varsóvia na II Guerra Mundial.

Um pequeno grupo de judeus ortodoxos, protegido pela polícia, também realizou um ato no mesmo local, trocando insultos com os manifestantes pró-palestinos, mas sem descambar para a violência.

Essa manifestação pela população de Gaza é a maior já realizada em frente à Casa Branca desde o início da ofensiva israelense contra o grupo radical islâmico Hamas, que já custou a vida de 1.810 palestinos, a maioria civis. Do lado israelense, 63 soldados e três civis morreram.

Neste sábado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que o Exército vai manter suas operações contra o Hamas na Faixa de Gaza "pelo tempo que for necessário".

Logo depois, um porta-voz do Hamas anunciou que o grupo seguirá lutando contra Israel na Faixa de Gaza até "cumprir seus objetivos".

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse estar preocupado com o fato de foguetes terem sido levados para dentro de uma escola controlada pela ONU na Faixa de Gaza.

Em comunicado nesta quarta-feira (23), o porta-voz de Ban ki-moon afirmou que "os responsáveis pelos foguetes estão transformando a escola em um potencial alvo das forças militares de Israel e arriscando a vida de crianças inocentes". As escolas da ONU servem como refúgio para famílias que são obrigadas a deixar suas casas. O armamento não foi mais visto no local.

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O comunicado pede aos grupos militantes que deixem de usar as bases da ONU e afirma que eles podem ser acusados de colocar vidas civis em risco. Detalhes sobre a localização da escola ou sobre os mísseis não foram dados.

Ainda segundo a ONU, a maioria das mortes registradas em Gaza até agora é de civis. Israel defende os ataques próximos a casas e hospitais afirmando que o Hamas usa esses lugares como origem dos túneis usados pelas milícias.

No entanto, cerca de três quartos dos palestinos mortos nas duas semanas de conflito são civis. Um quarto das vítimas é de crianças, de acordo com dados das Nações Unidas. Segundo uma autoridade médica palestina, o número de mortos chega a 695 pessoas, além dos 4.100 feridos. Fonte: Associated Press.

Os Estados Unidos vão enviar US$ 47 milhões em ajuda humanitária para as dezenas de milhares de palestinos que foram obrigados a deixar suas casas na Faixa de Gaza. O secretário de Estados dos EUA, John Kerry, deve discutir o envio da ajuda nesta segunda-feira no Cairo, onde está reunido com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon.

Os líderes chegaram hoje ao Cairo para tentar um acordo que dê fim ao conflito mais sangrento entre Israel e o Hamas nos últimos cinco anos. Pelo segundo dia consecutivo, o número de palestinos mortos superou uma centena nesta segunda-feira. O total já chega a 566 mortos e 3.350 feridos, segundo autoridades palestinas. Sete soldados israelenses também morreram hoje, de acordo com o exército do país, elevando a 27 o número de baixas de Israel.

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Um líder do Hamas declarou nesta segunda-feira que o grupo não concordará com um cessar-fogo incondicional com Israel. O ministro da Defesa israelense também deu declarações contrárias a um acordo, dizendo que continuará a batalha "por quanto tempo for necessário". Fonte: Associated Press.

O presidente dos EUA, Barack Obama, intensificou os pedidos para um cessar-fogo entre Israel e militantes palestinos do Hamas, citando "sérias preocupações" sobre o crescente número de mortes no conflito na Faixa de Gaza.

"Isso agora tem de ser o nosso foco e o foco da comunidade internacional para aplicar um cessar-fogo que termine o confronto", disse Obama, em discurso na Casa Branca. "Obviamente não será fácil".

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O presidente afirmou que o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, vai pressionar ambos os lados, após a sua chegada no Oriente Médio mais tarde nesta segunda-feira (21), a aderirem a um acordo de cessar-fogo, feito em novembro de 2012 entre Israel e o Hamas.

Obama reiterou o seu apoio ao direito de Israel de se defender contra os ataques com foguetes e disse que as forças israelenses danificaram as capacidades ofensivas do Hamas. Mas ele afirmou que o crescente número de vítimas fez um cessar-fogo necessário. "Nós não queremos mais ver os civis serem mortos", disse Obama. Fonte: Dow Jones Newswires.

Judeus alemães condenaram nesta segunda-feira a "explosão de ódio" contra a sua comunidade nas recentes manifestações no país contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

"Estamos experimentando neste país uma explosão de ódio violento e nefasto contra os judeus, que nos abala", declarou o presidente do Conselho Central de Judeus da Alemanha, Dieter Graumann.

Manifestantes carregando bandeiras palestinas e imagens do líder falecido Yasser Arafat proferiram insultos e gritos antissemitas nestas manifestações, segundo a imprensa alemã.

Nos protestos de Berlim foram ouvidas frases como "Morte a Israel!" e "Os sionistas são fascistas, matando crianças e civis".

Um imã em Berlim rezou publicamente pela aniquilação dos judeus sionistas, pedindo a Alá que "mate até o último deles", segundo um vídeo publicado na internet pelo jornal israelense Haaretz.

Graumann denunciou em um comunicado que nunca poderia ter imaginado que voltariam a ser ouvidos cantos tão repugnantes e primitivos nas ruas da Alemanha contra os judeus.

Ele pediu "uma clara e forte condenação por parte de políticos, meios de comunicação e da sociedade civil" no país onde o Holocausto foi organizado.

Várias manifestações pró-palestinas e contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza foram realizadas nos últimos dias em várias cidades europeias, incluindo na França, onde algumas delas terminaram em atos violentos.

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