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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, está "seriamente preocupado" com as sentenças de morte determinadas para o presidente deposto do Egito em 2013, Mohammed Morsi, e outras 105 pessoas.

Um porta-voz da ONU, Farhan Haq, disse nesta segunda-feira que Ban reafirmou a posição da entidade contra a pena de morte.

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No sábado, um tribunal egípcio sentenciou Mursi, que liderava a Irmandade Muçulmana, e os outros réus à pena de morte. A condenação foi pelo suposto envolvimento dos réus em um caso de fuga em massa na prisão, em 2011, durante o levante popular que derrubou o ex-presidente Hosni Mubarak.

Haq disse que Ban acompanhará com atenção o processo de apelação no caso. Fonte: Associated Press.

O presidente deposto do Egito, Mohammed Morsi, foi condenado à morte em julgamento sobre sua participação em um caso de fuga em massa na prisão. O incidente ocorreu em 2011, durante o levante popular que derrubou o também ex-chefe de Estado do país, Hosni Mubarak.

No entanto, o veredicto ainda não é final. Como é de costume no Egito, a pena de morte será apreciada pelo principal teólogo muçulmano do país, para que ele dê sua opinião - que não tem valor legal, mas é levada em consideração. O juiz Shaaban el-Shami marcou nova audiência do julgamento para o dia 2 de junho.

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Morsi foi o primeiro presidente egípcio a ser eleito em votações livres no país, mas foi deposto em julho de 2013 após dias de protestos em massa. Morsi já cumpre pena de 20 anos de prisão pelas acusações de sua ligação com a morte de manifestantes às portas do palácio presidencial em Cairo, em dezembro de 2012.

O ex-presidente havia conseguido evitar a sentença à morte em outro caso, que se refere a acusações de que ele e seus aliados na Irmandade Muçulmana teriam repassado segredos de Estado a grupos estrangeiros, como o Hamas, na Palestina. Fonte: Associated Press.

Apesar da intensa pressão da comunidade internacional, a Indonésia executou oito dos nove condenados à morte por tráfico de drogas, incluindo o brasileiro Rodrigo Gularte, informa a mídia internacional. Segundo o site The Jakarta Post, a filipina Mary Jane Fiesta Veloso foi poupada após uma mulher que supostamente a usou para entrega de drogas ter se entregado à polícia.

Além do brasileiro, foram executados o indonésio Zainal Abidin, os australianos Andrew Chan e Myuran Sukumaran, os nigerianos Sylvester Obiekwe Nwolise, Raheem Agbaje Salami e Okwudili Oyatanze, e o ganense Martin Anderson.(Francine De Lorenzo - francine.delorenzo@estadao.com). Leia também: Corpo de brasileiro executado na Indonésia é cremado

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A União Europeia, a Austrália e a França pediram à Indonésia nesta terça-feira (28) que não prossiga com a execução de oito estrangeiros condenados à morte, algumas horas antes de encararem o pelotão de fuzilamento.

"Os governos da Austrália, França e a União Europeia apelam ao presidente Widodo para cancelar as execuções. Não é tarde de mais para mudar de ideia", afirma o comunicado conjunto divulgado pela embaixada australiana em Jacarta.

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"Pedimos à Indonésia que reflita sobre o impacto que isso terá sobre a posição do país e sua reputação internacional (...) Respeitamos plenamente a soberania da Indonésia. Mas somos contra a pena de morte em nossos países e no exterior. A execução não terá um efeito dissuasivo no tráfico de drogas ou impedirá as pessoas de se tornarem vítimas do abuso de drogas. Executar esses prisioneiros não atingirá nenhum objetivo", afirma o documento.

O brasileiro Rodrigo Gularte e mais sete esrangeiros – dois australianos, uma filipina e quatro nigerianos, além de um indonésio, todos condenados por tráfico de drogas, poderão ser fuzilados entre a noite desta terça-feira (28) e esta quarta (29), no horário de Jacarta. As famílias dos condenados à morte fizeram, com angústia e tristeza, a última visita antes da execução dos nove presos, que ocorrerá nas próximas horas, apesar da intensificação das pressões internacionais contra a pena capital.

Ambulâncias transportando caixões brancos já chegaram ao complexo prisional de Nusakambangan, local onde estão os condenados à morte.

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No sábado (25), os condenados receberam a notificação da execução, que ocorrem normalmente pouco depois da meia-noite (14h no horário de Brasília). Os meios de comunicação australianos publicaram fotos de cruzes mortuárias destinadas aos caixões dos condenados, com a data de quarta-feira.

A mãe de um dos australianos condenados à morte confirmou que o filho será executado, nesta terça, às 14h no horário de Brasília.

O francês Serge Atlaoui, de 51 anos, foi retirado desta lista de execuções, no sábado, devido a um recurso que está tramitando na Justiça indonésia. Entretanto, o porta-voz do procurador-geral indonésio, Tony Spontana, reafirmou hoje que no caso de o recurso ser rejeitado Atlaoui será executado sozinho e as autoridades não esperarão “muito tempo”.

O presidente indonésio, Joko Widodo, está implementando uma linha dura contra os traficantes de drogas no país e se recusa a desistir das execuções. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon pediu, no domingo (26), para o governo indonésio não executar as nove pessoas, reiterando a tradicional oposição da instituição à pena capital.

Já o governo do Brasil continua com os esforços diplomáticos para tentar evitar a execução do brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte, embora as autoridades indonésias já tenham confirmado que ele também será fuzilado. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse, no sábado, que o governo prossegue os contatos regulares de mais “alto nível” com Jacarta, para tentar convencer a Indonésia a suspender a execução por razões humanitárias, uma vez que Gularte sofre de esquizofrenia.

Gularte foi preso em julho de 2004 após entrar na Indonésia com 6 quilos de cocaína escondidos dentro de pranchas de surfe e foi condenado à morte em 2005.

Vieira disse que os diplomatas brasileiros em Jacarta continuam prestando assistência consular “tanto quanto é possível” para defender os interesses de Gularte, mas respeitando a soberania do país asiático e reconhecendo a gravidade do delito que ele cometeu.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, apelou neste sábado (25) ao governo indonésio para não executar dez pessoas, entre as quais o brasileiro Rodrigo Gularte, condenadas à morte por tráfico de droga, reiterando a tradicional oposição à pena capital.

Os dez condenados são um indonésio e nove estrangeiros oriundos da Austrália, Brasil, Filipinas, Nigéria e França. Nove destes condenados foram informados da sua execução iminente, tendo o francês Serge Atlaoui sido excluído da lista das próximas execuções.

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Ban Ki-moon “apelou ao governo indonésio para não executar, como anunciou, os dez prisioneiros que se encontram no corredor da morte pelos crimes alegadamente ligados à droga”, diz um comunicado da ONU.

“Segundo a legislação internacional, em casos onde a pena de morte está em vigor, esta apenas deve ser aplicada em crimes graves, como mortes com premeditação”, diz a ONU. Acrescenta ainda que “as infrações ligadas à droga não estão normalmente incluídas nesta categoria de crimes muito graves”.

Gularte foi preso em julho de 2004 após entrar na Indonésia com seis quilos de cocaína dentro de pranchas de surf, tendo sido condenado à morte em 2005.

Oito estrangeiros, entre eles o brasileiro Rodrigo Gularte, foram notificados neste sábado (25) de sua execução iminente pelo crime de narcotráfico na Indonésia, depois que o governo de Jacarta negou seus pedidos de clemência.

O francês Serge Atlaoui, condenado pelo mesmo crime e que estava na lista inicial para ser notificado, teve seu nome retirado devido a um recurso de apelação ainda em andamento. Além de Gularte e Atlaoui, procedentes de Brasil e França, os demais condenados são provenientes de Austrália, Filipinas, Gana e Nigéria.

Rodrigo Muxfeld Gularte
Se a execução de Rodrigo Gularte, de 42 anos, ocorrer, será a segunda pena capital aplicada a um brasileiro fora do país em tempos de paz, após o fuzilamento no dia 18 de janeiro também na Indonésia de Marcos Archer Cardoso Moreira. Gularte foi detido em 2004 ao tentar entrar no aeroporto de Jacarta com seis quilos de cocaína escondido em pranchas de surf. Um ano depois foi condenado à morte e, desde então, o governo indonésio negou em várias ocasiões seus pedidos de clemência, embora sua família tente há anos demonstrar às autoridades que Gularte sofre de esquizofrenia para, assim, transferi-lo a um hospital psiquiátrico.

Mary Jane Veloso
Veloso, nascida há 30 anos no seio de uma família pobre das Filipinas, é a única mulher deste grupo de réus. Esta mãe solteira de dois filhos insiste que viajou à Indonésia para trabalhar como empregada doméstica, mas foi enganada por um cartel internacional de drogas. Em 2009, foi detida com 2,6 quilos de heroína no forro de sua mala, mas afirma que foi um amigo de sua família, integrante de uma organização criminosa, quem ocultou a heroína na bagagem.

Serge Atlaoui
Atlaoui, soldador e pai de quatro filhos, foi detido em 2005 em uma operação contra um laboratório de drogas nos arredores de Jacarta. Este francês de 51 anos sempre defendeu sua inocência, ao alegar que pensava que estava instalando máquinas em uma fábrica de acrílicos. No entanto, a polícia o descreve como um químico na fábrica de drogas. Embora tenha sido condenado em primeira instância à prisão perpétua, o recurso contra esta pena terminou com uma condenação à morte em 2007. Há 10 anos está recluso na ilha de Nusakambangan, a "Alcatraz indonésia", onde ocorrem os fuzilamentos.

Myuran Sukumaran
Este líder de um cartel de narcotráfico nasceu em Londres em 1981, mas se mudou com sua família do Sri Lanka à Austrália quando era criança. Depois de deixar a universidade, se envolveu nos ambientes da droga de Sydney, atraído pela perspectiva do dinheiro fácil. Em 2005 ajudou a organizar um envio de heroína destinada à Austrália, mas foi capturado e condenado à morte um ano depois.

Andrew Chan
Assim como Sukumaran, Chan, de 31 anos, também residia em Sydney. O condenado, nascido em 1984 de pais imigrantes chineses que trabalharam durante quatro décadas em restaurantes, começou a usar drogas aos 16 anos. Apenas dois anos depois de sua aposentadoria, Ken e Helen souberam que seu filho de 21 anos havia sido detido na Indonésia por liderar um grupo de narcotraficantes de heroína. Na prisão, se tornou um cristão fervoroso e, depois de estudar teologia durante seis anos, foi ordenado sacerdote em fevereiro.

Sylvester Obiekwe Nwolise
Nwolise, um nigeriano de 49 anos, foi considerado culpado em setembro de 2004 por traficar 1,18 quilo de heroína no aeroporto internacional Soekarno-Hatta de Jacarta em 2002. O corpo nacional de narcóticos da Indonésia disse no mês passado que Nwolise operava uma rede de drogas na prisão, segundo a agência nigeriana de luta contra o narcotráfico, NDLEA. Seu pedido de clemência foi negado em fevereiro deste ano.

Raheem Agbaje Salami
A NDLEA diz que Salami parece ser nigeriano, mas tem passaporte espanhol e também pode responder ao nome de Jamiu Owolabi Abashin. No entanto, entrou na Indonésia com um passaporte espanhol sob o nome de Raheem Agbaje Salami. Salami foi detido com cinco quilos de heroína dentro de uma mala no aeroporto de Surabaya em setembro de 1998 e foi condenado à prisão perpétua no ano seguinte. A Suprema Corte o condenou finalmente à pena de morte.

Okwudili Oyatanze
Este cidadão nigeriano, de 45 anos, foi condenado à pena de morte por tráfico de heroína depois de ter sido detido também em 2001 no aeroporto internacional Sukarno-Hatta. Seu pedido de clemência foi negado no início do ano.

Martin Anderson
Existe certa confusão sobre a nacionalidade de Anderson. Um porta-voz do Ministério Público da Indonésia disse que é nigeriano, mas a NDLEA nigeriana afirma que é um ganês nascido em Londres em 1964. Em 2003, foi detido em Jacarta e condenado à morte.

A Indonésia notificou neste sábado nove condenados à morte por narcotráfico - incluindo oito estrangeiros, um deles o brasileiro Rodrigo Gularte - de que serão executados, indicou um porta-voz do Ministério Público.

"Agora mesmo acabamos de notificar (a execução) a cada preso, nove pessoas, com exceção de Serge (Atlaoui, o francês)", disse à AFP Tony Spontana, ressaltando que os fuzilamentos não ocorrerão em menos de três dias. O nome de Atlaoui, que figurava na lista inicial, foi retirado na última hora.

A Suprema Corte da Indonésia rejeitou os apelos finais de dois prisioneiros no corredor da morte que estão entre 10 pessoas condenadas por tráfico de drogas esperando a execução por fuzilamento, um porta-voz da Corte divulgou nesta quarta-feira.

Os apelos para a revisão das penas de Serge Areski Atlaoui, da França, e Martin Anderson, de Gana, foram rejeitados em uma sessão da Suprema Corte à portas fechadas na terça-feira.

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Os juízes da Suprema Corte viram que o veredictos, questionados pelos condenados, eram bastante claros e completos. Portanto, não há erros nas condenações", informou o porta-voz.

Atlaoui e Anderson estão entre os 10 presos, condenados por tráfico de drogas na Indonésia, que tiveram suas execuções postergadas por apelos judiciais de última hora. Entre os outros, estão três homens nigerianos, dois australianos, dois brasileiros, um indonésio e uma mulher das Filipinas. Fonte: Associated Press.

O estado da Califórnia anunciou ações legais nesta quarta-feira para remover uma proposta de referendo que visa proibir a homossexualidade sob pena de morte. A proposta, que tem muito pouca chance de avançar (precisa de 360.000 assinaturas), foi apresentada pelo advogado Matthew McLaughlin, do gabinete do procurador-geral da Califórnia, oeste dos Estados Unidos, no mês passado.

O "Ato de Supressão da Sodomia" sugere que os homossexuais "sejam executados com uma bala na cabeça, ou por outro método mais conveniente". Nesta quarta, a procuradora-geral Kamala Harris afirmou que está tomando as medidas legais necessárias para garantir que a proposta seja rejeitada. "Essa proposta não apenas ameaça a segurança pública como é claramente inconstitucional, totalmente condenável, e não tem lugar em uma sociedade civil", disse a procuradora em pronunciamento.

Harris disse que pediu ao Tribunal de Justiça da Califórnia que isente as autoridades de apreciar o pedido para convocar o referendo. "Se o tribunal não atender a esse pedido, meu escritório será forçado a apresentar uma proposta para legalizar a discriminação", ressaltou a procuradora.

A Califórnia, assim como outros estados norte-americanos, normalmente convocam referendos simultâneos com outras eleições para tratar de várias questões. As iniciativas devem atingir um mínimo de assinaturas. A iniciativa de McLaughlin aponta que "o crime abominável contra a natureza conhecido como sodomia é um mal monstruoso que Deus Todo-Poderoso, doador da liberdade, nos ordena a eliminar, sob pena de nossa destruição total, assim como destruiu Sodoma e Gomorra".

"Por isso, é melhor que os criminosos morram antes que todos nós sejamos mortos pela justa ira de Deus (...) e o povo da Califórnia pede sabiamente, no temor de Deus, para que qualquer um que voluntariamente toque outra pessoa do mesmo sexo para a gratificação sexual seja morto com uma bala na cabeça, ou qualquer outro método conveniente", diz a proposta apresentada pelo advogado.

Por lei, deve-se pagar uma taxa de US$ 200 dólares (cerca de R$ 600) para que a coleta de assinaturas seja iniciada, justificando a convocação de um referendo.

O Paquistão executou 12 pessoas nesta terça-feira, o maior número de execuções num único dia desde que a moratória à pena capital foi levantada em dezembro.

As execuções devem certamente elevar as preocupações a respeito dos processos legais e da supervisão adequada do complicado sistema judicial do país que, segundo grupos de direitos humanos, faz muito pouco para proteger os réus.

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Autoridades em diferentes prisões da maior província do país, Punjab, enforcaram dez pessoas nesta terça-feira. Elas haviam sido sentenciadas à morte por assassinato, disse o ministro do Interior provincial, Shuja Khanzada. Segundo ele, as autoridades pretendem executar mais condenados nas próximas semanas.

"Nós iniciamos um processo e vamos levá-lo adiante", disse ele à Associated Press.

O superintendente da principal cadeia da cidade de Karachi, Qazi Nazir, disse que dois assassinos condenados foram executados e seus corpos entregues paras as famílias.

No ano passado, o primeiro-ministro levantou a moratória à pena de morte especificamente para casos relacionados ao terrorismo, após o ataque do Taleban a uma escola de Peshawar, em dezembro, que deixou 150 mortos, a maioria crianças.

Na semana passada, o governo levantou totalmente a proibição para as execuções. Grupos de direitos humanos estimam que o Paquistão tenha cerca de 8 ml prisioneiros no corredor da morte.

Um dos casos de execução mais acompanhados é o de Shafqat Hussain que, segundo familiares tinha, tinha 14 anos quando foi sentenciado à morte por um tribunal de Karachi pelo assassinato de um menino de sete anos.

A família de Hussain diz que ele é inocente e o Projeto Justiça Paquistão, grupo legal que cuida do caso, afirma que Hussain foi torturado e por isso confessou ser culpado.

Nesta terça-feira, o ministro do Interior Chaudhry Nidar Ali Khan disse ao Parlamento que as autoridades ainda tentam confirmar se Husain era adolescente quando supostamente matou a criança. Hussain deve ser enforcado em 19 de março. Fonte: Associated Press.

A Justiça pedirá a pena de morte para um ateu radical por matar três estudantes muçulmanos no leste dos Estados Unidos, em fevereiro passado, noticiou a imprensa local.

Craig Hicks, de 46 anos, que se proclama "ateu militante", é acusado do assassinato de seu vizinho, Deah Shaddy Barakat, de 23, da mulher deste, Yusor Mohammad Abu-Salha, de 21, e da irmã dela, Razan Mohammad Abu-Salha, de 19, no apartamento na localidade de Chapel Hill (Carolina do Norte), onde o casal morava.

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O procurador do distrito de Durham entregou um documento à Justiça, indicando sua intenção de pedir a pena de morte para Hicks, relatou o jornal local "Herald-Sun" na segunda-feira. Hicks se entregou após os assassinatos cometidos em 10 de fevereiro. A polícia de Chapel Hill disse à AFP nesta terça que o acusado está cooperando com a investigação.

A polícia especula que os homicídios possam ter sido consequência de uma longa disputa por uma vaga no estacionamento do prédio, mas não se descarta outros motivos, incluindo crime de ódio. Na segunda-feira, a polícia mostrou 12 armas de fogo apreendidas no apartamento de Hicks, entre elas vários rifles. Os boletins policiais relatam ainda que Hicks guardava fotos e anotações sobre o estacionamento nesse conjunto residencial.

O FBI (Polícia Federal americana) abriu uma investigação para determinar, se Hicks estava motivado por sua postura antirreligiosa. No mês passado, ele foi formalmente indiciado por um grande júri por três acusações de homicídio doloso. De acordo com a legislação da Carolina do Norte, se for considerado culpado, Hicks pode ser condenado à prisão perpétua sem direito à liberdade condicional.

O réu costumava postar dezenas de mensagens antirreligiosas em sua página no Facebook. Em uma delas, ele se classifica como "antiteísta". Além disso, manifestava uma "profunda objeção contra a religião", publicando comentários contra o Cristianismo, o Islã e a Igreja mórmon. O presidente americano, Barack Obama, considerou o crime "brutal e ultrajante". Milhares de pessoas compareceram ao enterro dos estudantes.

O Ministério das Relações Exteriores da Indonésia chamou o embaixador brasileiro em Jacarta, Paulo Soares, para consultas, depois da decisão da presidente Dilma Rousseff de não aceitar as credenciais do embaixador da Indonésia em Brasília, Toto Ryianto, na cerimônia da manhã desta sexta-feira (20). O governo da Indonésia também chamou seu embaixador de volta a Jacarta até que o governo brasileiro marque uma data para que ele apresente suas credenciais e classificou, em nota, de "inaceitável" o tratamento dado ao diplomata pelo governo brasileiro. O Itamaraty não comentou a decisão da Indonésia.

"A maneira com que o ministro das relações exteriores do Brasil subitamente informou ao embaixador designado sobre o adiamento da entrega de suas credenciais, quando o embaixador já estava no palácio presidencial, é inaceitável para o governo da Indonésia", diz o texto. A nota diz ainda que a Indonésia é um Estado soberano, com um "sistema judiciário independente e imparcial, e nenhum país estrangeiro pode interferir na aplicação das suas leis dentro da sua jurisdição, incluindo a aplicação das leis que tratam do tráfico de drogas".

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Ryianto, que está no Brasil desde novembro do ano passado, era o primeiro da lista de seis embaixadores que apresentariam suas credenciais hoje. Ao conferir a lista, no entanto, a presidente Dilma Rousseff decidiu não recebê-lo. O embaixador já estava no Palácio do Planalto quando foi informado por Mauro Vieira de que suas credenciais não seriam recebidas.

"Nós achamos importante que haja uma evolução na situação para que a gente tenha clareza em que condições estão as relações da Indonésia com o Brasil. O que nós fizemos foi atrasar um pouco o recebimento das credenciais. Nada mais do que isso", afirmou a presidente Dilma ao final da cerimônia em que recebeu outros cinco embaixadores. Esse é o segundo gesto diplomático duro que o Brasil faz com a Indonésia. Há um mês, quando outro brasileiro preso no país, Marcos Archer, foi fuzilado, o País retirou seu embaixador em Jacarta por cerca de 10 dias. Não receber as credenciais, no entanto, não é algo comum e não há precedentes recentes no Itamaraty.

O governo da Indonésia adiou a execução de dois australianos condenados à morte no país, uma medida que pode beneficiar outros estrangeiros condenados à pena capital na Indonésia, entre eles o brasileiro Rodrigo Gularte.

A execução dos australianos Andrew Chan, de 31 anos, e Myuran Sukumaran, 33, "será adiada entre três semanas e um mês por motivos técnicos", afirmou à AFP Husain Abdullah, porta-voz do vice-presidente indonésio Jusuf Kalla.

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Com a suspensão, poucos dias antes da transferência prevista dos australianos, condenados à morte em 2006 por narcotráfico, para uma penitenciária de segurança máxima onde seriam executados, Jacarta parece ceder às pressões diplomáticas da Austrália, contrária à pena capital.

O ministério das Relações Exteriores da Indonésia havia informado que as execuções dos estrangeiros, que tiveram os pedidos de clemência rejeitados pela presidência, aconteceriam em fevereiro.

O porta-voz da promotoria responsável por supervisionar as execuções, Tony Spontana, não confirmou nem desmentiu à AFP as declarações da vice-presidência, mas insistiu na aplicação da pena capital.

A imprensa afirma que entre os próximos estrangeiros que serão executados estão cidadãos do Brasil, França, Gana e Nigéria. As autoridades indonésias não confirmaram as nacionalidades dos condenados à morte.

O ministério das Relações Exteriores do Brasil informou no fim de janeiro que tentaria esgotar todas as possibilidades de comutação da pena de Rodrigo Gularte, de 42 anos e condenado à morte em 2005 por tráfico de drogas.

No dia 18 de janeiro, a Indonésia executou um cidadão do país e cinco estrangeiros, incluindo o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, um holandês, um vietnamita, um malauiano e um nigeriano. As primeiras execuções no país desde 2013 provocaram uma onda de indignação internacional.

A presidente Dilma Rousseff aproveitará a cerimônia de entrega das credenciais do novo embaixador da Indonésia no Brasil, nesta sexta-feira (20) no Palácio do Planalto, para renovar o apelo contra a execução do brasileiro Rodrigo Gularte, de 42 anos, que está no corredor da morte naquele país. Ela pedirá que ele seja transferido da prisão para um hospital psiquiátrico.

A conversa de Dilma com o novo embaixador indonésio coincide com a ida, também hoje, de um diplomata brasileiro à penitenciária Pssar Putih, na Indonésia, para entregar em mãos ao seu diretor uma carta com novo apelo do governo brasileiro, dessa vez acompanhada de um atestado de médico local comprovando que Gularte sofre de esquizofrenia e precisaria ser internado.

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Ontem, a presidente Dilma conversou com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, sobre a situação do brasileiro, que cumpre pena por tráfico de drogas. O governo quer evitar, a todo custo, uma nova execução, como aconteceu com Marco Archer, no mês passado. A insistência do governo Dilma na transferência de Gularte para um hospital psiquiátrico na cidade de Yogyarta ocorre três dias depois de o governo indonésio anunciar o adiamento da execução do brasileiro, que ainda não tem nova data marcada.

O Brasil tem pressa na decisão em relação à transferência de Gularte para um hospital psiquiátrico, porque os processos de execução e de autorização para internação correm de forma distinta. Portanto, se a execução for marcada e o pedido de transferência para o hospital não tiver sido julgado, ele será morto, sem qualquer tipo de discussão ou apelo jurídico.

Diagnosticado com esquizofrenia, Gularte pode ser poupado do fuzilamento se o laudo, assinado por um médico do serviço público de saúde daquele país, for aceito pela Justiça.

O brasileiro está preso há 10 anos, desde que tentou entrar na Indonésia com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe.

Tráfico é punido com morte por fuzilamento no país. A legislação, no entanto, diz que o condenado precisa ter consciência do crime cometido e da punição, o que excluiria pessoas que sofrem de doença mental.

De acordo com o Itamaraty, Gularte já demonstra sinais de esquizofrenia há muitos anos, mas só agora foi feita a avaliação psiquiátrica confirmando a doença. A carta entregue pelo diplomata brasileiro é o primeiro passo para que ele seja transferido para o hospital, já que a mudança precisa ser autorizada pelo diretor da penitenciária. Depois disso, ainda é necessário que seja aprovada pela promotoria da Indonésia, que já afirmou que pedirá um outro laudo psiquiátrico, feito por uma junta médica, antes de aprová-la.

Parentes do brasileiro estão na Indonésia e tentam convencê-lo também a aceitar a transferência para o hospital. Afetado pela doença, Gularte diz que se sente seguro na penitenciária e tem medo de sair do local.

Pressão

Gularte deveria ser executado neste mês, junto com outros seis estrangeiros e quatro indonésios, mas o cumprimento da pena foi adiado e ainda não tem nova data. O governo da Indonésia alegou problemas logísticos na prisão de Nusakambangan, onde deve ocorrer o fuzilamento, mas existe a desconfiança de que a pressão da Austrália, que tem dois cidadãos entre os condenados, poderia estar surtindo efeito, mesmo que os pedidos de clemência tenham sido negados pelo presidente Joko Widodo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um diplomata brasileiro entregou nesta quinta-feira (19), em mãos, uma carta ao diretor da penitenciária Pssar Putih, na Indonésia, pedindo a transferência de Rodrigo Gularte para um hospital psiquiátrico na cidade de Yogyarta. Diagnosticado com esquizofrenia, Gularte pode ser poupado do fuzilamento se o laudo, assinado por um médico do serviço público de saúde do país, for aceito pela Justiça.

O brasileiro está preso há 10 anos, desde que tentou entrar na Indonésia com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Tráfico é punido com morte no país. A legislação, no entanto, diz que o condenado precisa ter consciência do crime cometido e da punição, o que excluiria pessoas que sofrem de doença mental.

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De acordo com informações do Itamaraty, Gularte já demonstra sinais de esquizofrenia há muitos anos, mas só agora foi feita a avaliação psiquiátrica confirmando a doença. A carta entregue pelo diplomata brasileiro é o primeiro passo para que ele seja transferido para o hospital, já que a mudança precisa ser autorizada pelo diretor da penitenciária. Depois disso, ainda é necessário que seja aprovada pela promotoria da Indonésia, que já afirmou que pedirá um outro laudo psiquiátrico antes de aprová-la.

Gularte deveria ser executado este mês, junto com outros seis estrangeiros e quatro indonésios, mas o cumprimento da pena foi adiado e ainda não tem nova data. O governo da Indonésia alegou problemas logísticos na prisão de Nusakambangan, onde deve ocorrer o fuzilamento, mas existe a desconfiança de que a pressão da Austrália, que tem dois cidadãos entre os condenados, poderia estar surtindo efeito, mesmo que os pedidos de clemência tenham sido negados pelo presidente Joko Widodo.

A Indonésia adiou a transferência de oito condenados à morte por tráfico de drogas para uma prisão insular, onde serão executados. Dentre eles está o brasileiro Rodrigo Gularte. A medida foi adotada em razão de problemas técnicos e também para permitir que dois condenados australianos possam passar mais tempo com suas famílias, informou um funcionário do governo nesta terça-feira (17)

Gularte foi preso em julho de 2004, quando tentava entrar na Indonésia com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Os australianos Andrew Chan e Myuran Sukumaranm lideravam um grupo de nove pessoas detidas em 2005 por tentar levar 8,3 quilos de heroína da ilha de Bali para a Austrália.

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Nessa segunda-feira (16), autoridades disseram que todos os detentos seriam transferidos nesta semana para a prisão Nusa Kambangan, nas proximidades da ilha de Java, onde seriam executados. Mas o porta-voz da promotoria geral, Tony Spontana, declarou nesta terça-feira que após uma vistoria foi verificado que a ilha não estava pronta para a realização das execuções. Segundo ele, os detentos serão transferidos depois que as instalações estiverem prontas, mas não disse quanto tempo isso vai levar.

Spontana afirmou que "o plano de execução ainda está no cronograma", já que os pedidos de apelação dos presos foram rejeitados. "A alteração foi na data da transferência, que deveria acontecer nesta semana", disse ele, acrescentando que funcionários de Nusa Kambangan sugeriram que os condenados sejam transferidos para o local três dias antes da execução.

O adiamento foi também uma resposta aos pedidos do governo australiano para permitir que Chan, de 31 anos, e Sukumaran, de 33, passem mais tempo com suas famílias antes de serem transferidos, informou Spontana. Os dois estão presos em Bali.

O presidente indonésio Joko "Jokowi'' Widodo rejeitou os apelos de clemência do governo australiano e prometeu não comutar nenhuma das sentenças dos condenados porque a Indonésia passar por uma "emergência relativa às drogas".

No caso do brasileiro, a família tenta suspender sua execução com um laudo que atesta que ele tem esquizofrenia. Os demais presos que serão executados são um indonésio e cidadãos da França, Gana, Nigéria, além de uma mulher filipina.

Em janeiro, a Indonésia, que tem regras bastante rígidas para questões envolvendo drogas, executou seis condenados por fuzilamento em Nusa Kambangan, dentre eles o brasileiro Marco Archer, de 53 anos. Na Indonésia, há 133 pessoas no corredor da morte, dentre elas 57 por crimes relacionados às drogas e duas por terrorismo.

Autoridades indonésias informaram que oito condenados à morte por tráfico de drogas, dentre eles o brasileiros Rodrigo Gularte, serão transferidos para uma prisão numa ilha, onde serão executados, apesar dos apelos internacionais.

Dentre os condenados estão também os australianos Andrew Chan e Myuran Sukumaran, além de homens da Indonésia, França, Gana e Nigéria e de uma mulher filipina. Segundo o governo indonésio, todos já esgotaram as opções legais e serão levados de suas celas na ilha de Bali para a prisão insular de Nusa Kambangan, ainda nesta semana.

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A data das execuções não foi anunciada. Os condenados serão executados por pelotões de fuzilamento e serão alvejados em pares.

Especialistas em direitos humanos expressaram suas preocupações em relatórios que indicam que o julgamento de alguns dos réus não atendeu padrões internacionais de imparcialidade.

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, afirmou à rede CNN nesta terça-feira, 27, que não pretende abolir a pena de morte em caso de tráfico de drogas, apesar da pressão da comunidade internacional. Desde que assumiu o cargo, em outubro de 2014, seis prisioneiros foram executados por fuzilamento, dentre eles dois estrangeiros - o brasileiro Marco Archer e um holandês. O chefe de Estado indonésio não acatou pedidos de clemência vindos das duas nações, o que motivou Brasil e Holanda a chamar de volta do país asiático seus embaixadores, em sinal diplomático de insatisfação. A Austrália ameaça fazer o mesmo se não for dada clemência a dois cidadãos seus que estão presos por tráfico.

"A Indonésia está em alerta para a urgência do combate às drogas, por isso precisamos de algo que seja firme e as nossas leis inda permitem a pena de morte. Esse tipo de decisão cabe à corte judicial. É possível pedir anistia ao presidente, mas eu digo que não haverá anistia para traficantes", afirmou Widodo, em entrevista dada em Jacarta, capital do país.

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O presidente justificou sua posição alertando para as graves consequências do uso de entorpecentes em seu país. "Imagine que todo dia 50 pessoas morrem por causa do uso de drogas. Em um ano, são 1800 pessoas morrem por isso. Nós não vamos nos comprometer com traficantes. Sem compromisso", sentenciou o mandatário, despreocupado com o descontentamento de outros países. "1800 pessoas morrem por ano por causa de narcóticos. Eu te pergunto, não é mais perigoso?", questionou Widodo.

Entre 2009 e 2014, o único ano em que prisioneiros foram executados na Indonésia foi em 2013, quando cinco mortes foram aplicadas. A pena capital não era tão usada quanto em 2015 desde 2008, quando dez pessoas foram mortas. Instrutor de voo, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira foi preso em 2004 ao tentar ingressar em Jacarta com 13 quilos de cocaína. Após ver seu pedido de anistia para o brasileiro negado, a presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou em nota estar "consternada e indignada" e que o caso "afeta gravemente" a relação entre os países.

Aos 53 anos, Archer foi o primeiro brasileiro a morrer executado em outro país, destino que pode ser o mesmo do paranaense Rodrigo Gularte, também condenado à morte por tráfico de drogas e que aguarda cumprimento da sentença. Preso há 11 anos após tentar entrar em Jacarta com seis quilos de cocaína, Gularte recentemente foi diagnosticado com esquizofrenia e é nisso que sua defesa aposta para tentar livrá-lo da execução. Dois pedidos de clemência feitos por Dilma já foram negados por Widodo, e a mãe do prisioneiro, Clarisse Gularte, pedirá e intervenção do papa Francisco.

Um novo secretário acaba de assumir a responsabilidade pelo sistema prisional pernambucano. Já é o terceiro indicado em menos de um ano. Quais os problemas ele vai enfrentar? O que acontece dentro dos presídios? Eles ressocializam? E fora dele, há oportunidade para recomeço? Qual a solução para acabar com a superlotação? Pena de morte? O sistema aguenta a redução da maioridade? Mais presídios ou melhoria dos já existentes? Onde seriam os novos? Neste especial, o LeiaJá tenta ajudar o leitor a entender melhor como funcionam as unidades prisionais e o que envolve a reclusão, com dados exclusivos sobre a opinião do recifense a respeito dos presídios e dos presos.

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