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Às vésperas da votação da chamada "PEC do Plasma" na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o Ministério da Saúde pressiona contra o texto. O secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde, Carlos Gadelha, afirmou que, caso seja aprovada, a medida causará um "apagão" nos bancos de sangue do País. Segundo ele, a proposta pode impactar também na qualidade do sangue disponível e expor o sistema de saúde à dependência externa.

Proposta pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS), a PEC quer permitir a coleta e o processamento de plasma humano pela iniciativa privada, o que atualmente é vedado pela Constituição. A medida abriria brecha, por exemplo, para comercialização de sangue e remuneração da doação. A partir do plasma, que é a parte líquida do sangue, podem ser produzidos hemoderivados, como medicamentos, e desenvolvidas novas tecnologias de tratamento.

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Um dos principais argumentos utilizados pelo autor da PEC é de que atualmente a grande parte do plasma é desperdiçada no Brasil. A relatora da proposta, Daniella Ribeiro (PSD-PB), apresentou parecer a favor do texto. A expectativa é de que o texto seja votado na CCJ nesta quarta-feira, 4, porém há outros 14 itens na pauta.

Na visão de aliados do governo, a defesa enfática por parte do Ministério da Saúde tardou a chegar. A ausência da ministra Nísia Trindade no debate incomodou membros da base aliada do governo no Senado que se posicionam contra a proposta.

"A situação pode ser dramática para a população, porque existe uma tradição de doação altruísta de sangue. São 3,1 milhões de doações por ano, isso significa que existe uma cultura de solidariedade. Então, há um risco de ter um apagão na oferta de sangue, porque vai quebrar (essa cultura), semelhante ao que foi feito com a vacina. Quando se gerou uma desconfiança, reduziu a vacinação. Ao invés de resolver a oferta, pode secar a fonte", argumentou ao Estadão, o secretário Carlos Gadelha.

O secretário argumenta ainda que a PEC poderá reduzir a qualidade do sangue circulado no País devido à ausência de rigor na coleta. Atualmente, a pessoa que está doando sangue é submetida a um questionário para detecção de possíveis riscos, uma vez que há janelas imunológicas que não permitem a detecção de determinados contaminantes a depender de quando a doação é realizada.

Caso haja remuneração para os doadores, a tendência, na visão do secretário é de que muitas pessoas acabem omitindo determinadas informações na hora da entrevista para conseguir levar a coleta a cabo e receber por ela.

Processamento do plasma

De acordo com o Ministério da Saúde, hoje, 30% dos hemoderivados disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) são oriundos do plasma doado no Brasil e administrado pela Hemobrás, que atualmente é a empresa do Estado brasileiro responsável por processar o plasma. A perspectiva é de que esse índice suba para 80% até 2025. Isso porque a Hemobrás concluirá as obras de uma planta destinada ao processamento do plasma e produção desses insumos.

O novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado em agosto pelo governo federal, prevê investimento de R$ 895 milhões na Hemobrás e na qualificação da rede brasileira de sangue. Na ocasião, em nota publicada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), o governo afirmou que "o pleno funcionamento da Hemobrás é um passo fundamental para o Brasil reduzir a sua dependência", já que o País gasta mais de R$ 1,5 bilhão por ano na importação de medicamentos para tratamento de pacientes hemofílicos e com outras doenças relacionadas à coagulação do sangue.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) desaconselha o tratamento de pessoas com sintomas leves ou moderados de Covid-19 com plasma sanguíneo de pacientes que se recuperaram da doença, declarou a entidade nesta terça-feira (7).

O plasma de pessoas convalescentes com anticorpos produzidos por seu corpo para combater o coronavírus apresentou sinais promissores quando administrado por via intravenosa a outros pacientes com Covid-19.

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Mas, em uma recomendação publicada no British Medical Journal, a OMS afirma que "evidências reais mostram que o tratamento não melhora a sobrevida ou reduz a necessidade de ventilação mecânica, e que é caro e leva muito tempo para ser administrado".

Por esse motivo, a OMS emite "uma forte recomendação" contra ou uso de plasma sanguíneo para pessoas que não apresentam sintomas graves de Covid-19 e, mesmo nos casos mais críticos, indica que este tratamento só deve ser administrado como parte de um ensaio clínico.

O tratamento com plasma foi um dos tratamentos potenciais testados no início da pandemia, mas mostrou ter benefícios limitados.

A OMS afirma que esta recomendação é baseada nos resultados de 16 testes envolvendo mais de 16.200 pacientes com sintomas leves, graves e críticos de Covid-19.

Um soro para tratamento da Covid-19 desenvolvido no Brasil a partir do plasma de cavalos apresentou anticorpos neutralizantes contra o novo coronavírus até 150 vezes mais potentes do que os presentes em ex-pacientes da doença. Obtido a partir da introdução do Sars-CoV-2 (o novo coronavírus) em equinos, o medicamento depende da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser testado em humanos. Se tudo der certo, poderá estar disponível aos pacientes ainda antes do meio deste ano.

"Por melhor que seja, não é milagre", alerta o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio (Faperj), Jerson Lima Silva, que participou do desenvolvimento do soro. "Mas sabemos que, mesmo com todo o otimismo, só teremos de 60% a 70% da população imunizada no final do ano. O ideal seria que já estivéssemos agora tratando as pessoas com o soro", diz o pesquisador da Universidade Federal do Rio (UFRJ).

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O plasma de pessoas que tiveram Covid já é usado no tratamento da doença. É uma forma de oferecer anticorpos extras ao paciente que luta para combater o vírus. O princípio do soro pesquisado é semelhante. A diferença: é produzido em cavalos e, segundo os primeiros resultados, muito mais potente. Os anticorpos obtidos dos animais serão posteriormente purificados para serem injetados em pacientes. Um produto semelhante já é aplicado na Argentina. Sua eficácia é de 30% a 40%.

O soro brasileiro sob teste será injetado, inicialmente, em 41 pacientes. O estudo tem previsão de conclusão de três meses. Nesse período, serão avaliados reações adversas, tempo de internação, curva de redução da infecção pelo Sars-CoV-2, número de pacientes que necessitarão de intubação e mortalidade, entre outros aspectos. A pesquisa já foi aprovada pelo Conselho Nacional de Ética em Pesquisas (Conep).

O trabalho começou em maio do ano passado, quando cinco cavalos do Instituto Vital Brazil (IVB) foram inoculados com uma proteína S (proteína spike) recombinante do coronavírus produzida no Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares da Coppe/UFRJ. Depois de 70 dias, os plasmas dos animais apresentaram os anticorpos muito mais potentes do que os produzidos naturalmente.

"Diante da inexistência de terapias específicas para a doença, os anticorpos de cavalos produzidos pelo IVB são uma grande esperança de tratamento possível e específico para a Covid-19", afirma a pesquisadora Leda Castilho, coordenadora do laboratório da Coppe.

Segundo Lima Silva, um dos motivos da obtenção da boa resposta imune é justamente o fato de que os cientistas usaram uma proteína recombinante inteira, não apenas fragmentos.

Uma das vantagens desse tratamento é que a soroterapia é usada há décadas contra doenças como raiva e tétano e também para picadas de abelhas, cobras e outros animais peçonhentos, sem registro de reações adversas. Além disso, é possível produzir uma grande quantidade de soro em pouco tempo. Somente no IVB são 300 cavalos, mas outros animais poderiam ser facilmente adquiridos se for necessário.

A transfusão de plasma sanguíneo de recuperados da covid em doentes na fase aguda da infecção é foco de ao menos 26 estudos clínicos no Brasil, a maioria não concluída ou com resultados ainda inconclusivos. O tratamento ganhou destaque no domingo (23), após a FDA, agência americana de medicamentos, autorizar o uso emergencial da terapia em meio à pressão do presidente Donald Trump, que defende a eficácia do método mesmo sem evidências científicas robustas.

Para cientistas brasileiros envolvidos em pesquisas sobre o tema, resultados dos primeiros estudos no Brasil e no mundo mostram que a terapia é segura e promissora. Por limitações na metodologia das pesquisas ou número pequeno de participantes, nenhuma delas permite afirmar que o tratamento, de fato, reduz significativamente o risco de morte por covid.

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As primeiras instituições brasileiras a investigarem o uso de plasma convalescente contra covid foram os Hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês. Na primeira fase da pesquisa, feita conjuntamente pelas duas instituições e já finalizada, 60 pacientes receberam o composto sanguíneo. Em uma segunda fase, ainda em andamento, outros 60 doentes farão uso da terapia, mas todos deverão cumprir o requisito de não estarem entubados para que a terapia seja avaliada antes de um agravamento maior do quadro.

"Os resultados são claros quanto à segurança. É uma terapia segura. E há uma indicação de efetividade, principalmente se o plasma é dado nos primeiros dias da infecção. Mas não tivemos grupo controle. Esses resultados podem não se confirmar em estudo randomizado e controlado", diz Luiz Vicente Rizzo, diretor-superintendente de pesquisa do Einstein.

Ele refere-se a estudos em que são incluídos, além dos pacientes que fazem uso da medicação em teste, doentes que recebem placebo - o chamado grupo controle. Só assim é possível comparar diretamente os resultados de quem tomou e de quem não recebeu a terapia e, assim, minimizar o risco de os resultados encontrados terem ocorrido por acaso. É importante ainda que os participantes de cada grupo sejam escolhidos aleatoriamente (de forma randomizada).

O principal estudo feito nos Estados Unidos até agora e citado por Trump no domingo para justificar a autorização do uso emergencial também não teve grupo controle.

No Brasil, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) iniciou em junho um estudo randomizado e controlado com o uso de plasma convalescente. "Serão 120 pacientes divididos em três grupos: um recebe placebo, outro recebe plasma em maior volume e outro, em menor volume. Já foram incluídos 73 pacientes. As primeiras análises dos 30 primeiros confirmam que é uma intervenção segura, mas a amostra é muito pequena para confirmar o benefício. Temos de esperar", explica Esper Kallás, coordenador do estudo e professor da FMUSP.

A pesquisa, diz ele, deve terminar a inclusão de pacientes nas próximas semanas. Ela é financiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

Nesta segunda-feira, 24, a OMS ressaltou que os estudos clínicos finalizados até agora têm resultados "inconclusivos" e afirmou que irá esperar o término de ensaios clínicos randomizados e controlados para fazer qualquer recomendação a respeito.

Limitações

O uso de plasma convalescente já é usado há mais de cem anos contra outras doenças infecciosas. Ele foi investigado em epidemias mais recentes, como as de SARS, MERS e Ebola e, embora dados preliminares tenham demonstrado benefícios clínicos, estudos mais aprofundados não tiveram continuidade quando tais surtos arrefeceram.

A terapia, apesar de antiga, é cara e complexa do ponto de vista das análises que precisam ser feitas na amostra antes da transfusão. "Além dos testes já padronizados para doação de sangue, como o de HIV e tipagem sanguínea, é preciso fazer pesquisa de anticorpos específicos para o coronavírus e verificar a quantidade. Não são todas as pessoas que produzem anticorpos em níveis suficientes para que possamos utilizar em outro doente", explica Bruno Deltreggia Benites, hematologista e hemoterapeuta do Hemocentro da Unicamp, uma das instituições que participa da pesquisa da USP.

Os especialistas explicam que é recomendável ainda submeter o plasma coletado a um teste para um anticorpo específico (o anti-HLA), mais presente em mulheres que já tiveram filhos. Esse anticorpo pode provocar uma reação rara no receptor, que leva a uma lesão no pulmão - por isso a pesquisa do anticorpo é necessária.

De acordo com Rizzo, o custo do procedimento é outro desafio. "A cada 30 pacientes transfundidos com plasma, gastamos R$ 1,7 milhão. Tem o custo da bolsa, dos testes feitos na amostra para várias doenças, de trazer o doador", ressalta o diretor do Einstein.

Para Benites, a autorização para uso do plasma mesmo sem evidências mais fortes, como ocorreu nos EUA, pode prejudicar até o andamento dos estudos clínicos. "A gente precisa de grupo controle. Nos Estados Unidos, já há a dificuldade de incluir pessoas nos estudos porque ninguém quer correr o risco de cair nesse grupo. Mas temos de lembrar que é um tratamento experimental", diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estudos de cientistas do Rio de Janeiro e Minas Gerais indicam que um soro produzido com plasma de cavalo tem, em alguns casos, 100 vezes mais potência de anticorpos neutralizantes contra a Covid-19. As pesquisas iniciaram em maio e terão os resultados apresentados nesta quinta-feira (13), em um simpósio da Academia Nacional de Medicina (ANM).

O coordenador do estudo produzido no Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio (UFRJ), Jerson Lima Silva, conta que, a princípio, a proteína S recombinante da Covid-19 foi inoculada em cinco cavalos do Instituto Vital Brazil (IVB), durante três semanas. Após 70 dias, os plasmas das cobaias desenvolveram anticorpos neutralizantes de 20 a 100 vezes mais potente do que os plasmas de pessoas que já contraíram a infecção.

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"Os animais nos deram uma resposta impressionante de produção de anticorpos. Inoculamos em cinco e agora estamos expandindo para mais cavalos [...] O quinto (animal), assim como acontece nos humanos, teve uma resposta mais demorada, mas também respondeu produzindo anticorpos", descreveu Lima ao Gaúcha ZN.

Após aprovações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), os cientistas vão iniciar os testes clínicos e acreditam que o soro possa ser usado para imunoterapia ou para imunização passiva, com a vacina como complemento. Pacientes com o vírus mais leve devem ser os primeiros testados. "A gente está bem otimista. Mas essa é uma etapa que tem de ser feita", concluiu o coordenador.

Nesta quarta-feira (1º), o Hemocentro de Pernambuco (Hemope) deu início a um estudo com plasma convalescente para tratar de pacientes considerados graves, que estejam internados nos hospitais do Estado. A pesquisa clínica está fazendo agendamento de voluntários que encontram-se recuperados da Covid-19. O Hospital das Clínicas, Hospital Universitário Oswaldo Cruz e o Procape foram incluídos na fase inicial da análise.

"É importante destacar que a pesquisa é experimental, supõe-se que funcione, mas precisamos de análises sobre a efetividade do tratamento, que será destinado a pacientes graves, hospitalizados e com pior prognóstico", explicou Demócrito Miranda, médico infectologista, pesquisador e professor da Universidade de Pernambuco (UPE).

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De acordo com o Hemope, os interessados em colaborar com o estudo terão que fazer o agendamento para atendimento presencial através do telefone (81) 3182-4630, sempre de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. No site da fundação, mais informações estão disponíveis sobre o assunto.

"É importante respeitar os critérios para doação. Pode ocorrer do paciente doar o plasma mas não ter o anticorpo, por exemplo. Após a coleta, o Hemope irá realizar as análises que são imprescindíveis para classificar e avaliar o material como plasma convalescente ou não", pontua Demócrito. 

O ano de 2020 começou com fortes emoções para o paraibano Álvaro Filho. O medalhista mundial, pan-americano e campeão mundial militar iria estrear nos Jogos Olímpicos. E logo ao lado do campeão dos Jogos Rio 2016, Alison Cerutti. Mas, em março, veio a pandemia de Covid-19 e tudo mudou. A Olimpíada foi adiada, e o atleta, contaminado.

Mas, depois de se curar, ele decidiu tirar algo bom dessa história. "Peguei o vírus há mais de um mês. E, agora, já recuperado, doei o plasma sanguíneo (parte líquida do sangue) para uma pesquisa aqui do Hemocentro de João Pessoa”, conta Álvaro. “A ideia surgiu nas redes sociais, quando vi muitos amigos pedindo ajuda. Acho que é nesse momento de dificuldades que as pessoas devem colaborar com o próximo e dar as mãos", comentou o atleta à Agência Brasil. Para orientar os interessados, o jogador publicou no seu perfil do Instagram os critérios para os interessados em participar dessa campanha.

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Álvaro lembrou dos dias em que conviveu com o vírus. "Comecei com uma dor na garganta, que foi evoluindo. Tive dores no corpo, quatro dias de febre. Mas depois foi passando. Tive também perda do olfato, não sentia cheiro de nada. Mas em oito, 10 dias, estava curado da doença”, recorda. Antes do início da pandemia, ele estava treinando com o parceiro Alison em Vitória, no Espírito Santo. “Vim para João Pessoa para ficar com a família, já que a gente não ia poder treinar na praia. Não conseguiria manter a rotina de preparação. Já faz uns dois meses que estou aqui com a Marcella, minha esposa”. Ela está grávida de cinco meses e o primeiro filho do casal tem previsão de nascer em outubro.

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A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) aprovou o uso do plasma de pacientes convalescentes da covid-19, ou seja, pessoas recuperadas da doença do novo coronavírus com a comprovação de testes já negativos para o SARS-COV-2, para o uso em pacientes doentes. No Pará, a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia (Hemopa) realizou estudos para a alternativa de tratamento. O plasma sanguíneo de pacientes curados de covid-19 pode ajudar na recuperação dos infectados pela doença no Estado e combater a pandemia.

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De acordo com a gerente da hematologia clínica e membro do Comitê Transfusional do Hemopa, Cátia Valente, o estudo surgiu a partir da observação de protocolos semelhantes em grandes centros de pesquisa do Brasil e do mundo. A realização da pesquisa no Hemopa, por meio da Diretoria Técnica e Núcleo de Ensino da Fundação, surgiu da necessidade de melhorar a resposta dos pacientes frente à infecção.  “Observou-se por meio de pesquisas que o plasma convalescente é rico em anticorpos e, após a sua administração, ocorre uma melhora na resposta imunológica do paciente, pois são fornecidos anticorpos contra a doença”, informa Cátia.

“O plasma é retirado por meio da aférese, que um procedimento que filtra apenas o sangue do doador e separa o plasma sanguíneo e os anticorpos específicos contra a covid-19 que serão utilizados para o tratamento. São retirados 500 ml e o método dura em torno de uma a duas horas”, afirma Cátia Valente sobre processo da doação. “Após a coleta, esta bolsa de plasma passa por exames específicos, com a titulação de anticorpos lgG e PCR-RT, pós-covid-19, que vão habilitar a utilização ou não do material para transfusão. Se tudo for aprovado, ela ficará guardada no espaço chamado ‘distribuição’ dentro do Hemopa assim como é feito com o sangue e outros componentes”, destaca.

Segundo a gerente da hematologia clínica, quem decide o uso do plasma é o médico do doente que está internado na rede hospitalar. “O médico solicita no próprio formulário do Hemopa o pedido e nós, os responsáveis, dispensamos a bolsa para ser usada”, afirma Cátia Valente.

“Nós obtivemos resposta positiva da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), na elaboração de protocolos para a utilização da técnica experimental do plasma convalescente”, destaca o presidente da Fundação Hemopa, Paulo Bezerra. “É muito importante que o hemocentro possa participar desta movimentação com uma técnica relevante na qual, por meio do plasma, é possível transferir anticorpos e ajudar fortalecer o sistema imunológico dos pacientes que estão acometidos e salvar vidas”, complementa.

Arthur Braga, delegado da Polícia Civil do Pará, contraiu o coronavírus atuando na linha de frente na fiscalização nas ruas da capital. No período de isolamento social, leu bastante a respeito da doença e constatou que já existiam pesquisas relacionadas ao plasma. “Fiquei entusiasmado com a possibilidade de poder ajudar. Procurei me informar mais a respeito e liguei para o Hemopa, eles fizeram uma entrevista comigo por telefone, tive que fazer um novo teste mostrando que não estava mais infectado e uma série de novos exames de saúde”, afirma.

 O policial disse que foi atendido em uma sala reservada e ressaltou que o procedimento é simples e indolor. "Fico feliz de ter contribuído e ajudado no mínimo possível. Estou esperançoso, e acredito que essa pesquisa trará muitos bons frutos e poderá ajudar pessoas que estão em estado de saúde grave”, diz o delegado.

Os voluntários para a doação devem obedecer aos seguintes critérios: homens com idade entre 18 e 60 anos, pesar mais de 55 kgs, ter tido exame positivo para SARS-COV-2 por teste de PCR-RT ou teste sorológico. A candidatura fica liberada após 30 dias sem nenhum sintoma decorrente da doença

A equipe multiprofissional de pesquisadores do projeto explicou que optou pela coleta de plasma por voluntários do sexo masculino porque mulheres em condições de gestação podem vir a produzir anticorpos anti-HLA (anticorpos direcionados a antígenos leucocitários humanos, o que pode provocar algumas complicações nos receptores, entre elas, a Lesão Pulmonar Aguda Relacionada (TRALI), que pode ser letal.

Por Amanda Martins.

 

 

 

O tenor italiano Andrea Bocelli revelou nesta terça-feira (26) que já contraiu o novo coronavírus e fez uma doação de plasma sanguíneo para um estudo sobre um possível tratamento contra a Covid-19.

O artista conversou com jornalistas do lado de fora do Hospital Cisanello, em Pisa, na Toscana, e disse não ter tido nenhum sintoma além de febre leve. Sua esposa e seus filhos também contraíram o vírus.

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Segundo Bocelli, ele descobriu a infecção no dia 10 de março, quando entrou em vigor a quarentena nacional na Itália. Cerca de um mês depois, ele faria uma histórica apresentação na Catedral de Milão, vazia por causa da pandemia.

"Fiz o exame e vi que estava positivo. Honestamente, quando descobri, em 10 de março, pulei na piscina porque me sentia bem", disse o tenor.

A Empresa Hospitalar-Universitária de Pisa (Aoup, na sigla em italiano) conduz um estudo sobre a eficácia do plasma de pacientes curados da Covid-19 no tratamento de pessoas infectadas - a parte líquida do sangue carrega os anticorpos necessários para combater a doença.

Essa terapia já vem sendo testada em diversos hospitais do país e também é alvo de um estudo de âmbito nacional liderado pelo Instituto Superior da Saúde (ISS) e pela Agência Italiana de Remédios (Aifa).

Da Ansa

Uma mulher da Costa Rica hospitalizada por Covid-19 está sendo tratada com plasma extraído de pacientes recuperados da doença, um experimento que pode ajudar a acelerar a luta contra o mal, informou nesta segunda-feira uma autoridade de saúde local.

O presidente da Previdência Social da Costa Rica, Román Macaya, indicou que a paciente de 37 anos recebeu sua primeira dose de "plasma convalescente" no sábado e a segunda no domingo.

O Centro de Assistência Especializada ao Paciente com COVID-19, onde ela está internada, relatou que a paciente mostra "boa evolução clínica", embora Macaya tenha admitido que é cedo para saber o verdadeiro resultado do tratamento.

Sebastián Molina, especialista em microbiologia e imuno-hematologia do Banco Nacional de Sangue, explicou que os anticorpos plasmáticos atuam como uma barreira contra o vírus, ajudando a paciente a se recuperar.

O Banco Nacional de Sangue recebeu 25 doadores recuperados de COVID-19, dos quais foram obtidos 61 sacos de plasma.

O plasma convalescente é um dos tratamentos sob investigação na Costa Rica.

Também está sendo estudada uma droga na qual as proteínas do novo coronavírus são injetadas em cavalos, para que o sangue da equipe gere anticorpos que sirvam para o tratamento de pacientes.

Nesta segunda-feira, 21 novos casos de COVID-19 foram relatados, o nível mais alto de contágio nas últimas seis semanas na Costa Rica.

O país registra 951 casos de transmissão do novo coronavírus, com 10 mortes.

 Os estudos que utilizam anticorpos presentes no plasma de curados do novo coronavírus estão apresentando resultados "promissores" na Itália.

A informação é do diretor do departamento de doenças infecciosas do Instituto Superior da Saúde (ISS), Giovanni Rezza, que falou à emissora Rai Tre sobre um dos principais focos das pesquisas para descobrir tratamentos contra a Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.

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"Esperamos com ansiedade e esperança provas científicas de sua eficácia", acrescentou Rezza. Diversos hospitais italianos, como os de Pavia e Mântua, estão usando plasma de curados para tratar pacientes infectados.

No entanto, segundo Reza, esse tratamento dificilmente pode ser reproduzido em larga escala, já que leva tempo para ter resultado, mas pode dar origem a outras terapias, como a que usa anticorpos monoclonais, ou seja, versões de laboratório dos anticorpos produzidos pelo sistema imunológico.

O plasma é a parte líquida do sangue e transporta substâncias, como proteínas, e anticorpos. 

Da Ansa

O Hemocentro da Unicamp, em Campinas (SP), vai começar a testar o uso de plasma sanguíneo de infectados pelo coronavírus que já se recuperaram para tratamento de pacientes com a covid-19 que ainda não chegaram ao estado grave da doença, quando é necessária a internação em UTI.

O tratamento consiste na transfusão do plasma (a parte líquida do sangue) de paciente recuperado da covid-19 para quem está com a doença. Desde o início de abril, o Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) aprovou testes para casos de pacientes em estado grave - aqueles que apresentam quadros de insuficiência respiratória e estão internados em UTI para uso de aparelhos de respiração forçada.

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Conduzido por médicos do Hemocentro da Unicamp, o objetivo é analisar a eficácia desse tipo de tratamento em pacientes com quadro clínico moderado, que ainda consegue respirar sem a ajuda de aparelhos. O médico Bruno Deltreggia Benites, um dos coordenadores do projeto, explica que dois grupos vão receber plasma no tratamento: um com anticorpos específicos para o novo coronavírus e o outro sem os anticorpos.

Durante 30 dias os pesquisadores vão monitorar e comparar a evolução do quadro clínico dos pacientes dos grupos. O objetivo é ter um tratamento que interrompa a progressão da doença e evite a internação na UTI.

Os pesquisadores do Centro de Hematologia e Hemoterapia da Unicamp aguardam aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) do protocolo de estudos e deve começar a coleta o plasma sanguíneo dos pacientes recuperados nos próximos dias. "A coleta de plasma será feita em pacientes curados 30 dias após o desaparecimento de todos os sintomas", explicou a médica Carolina Costa-Lima Salmoiraghi, outra coordenadora do estudo.

Consórcio

O Hemocentro da Unicamp também aguarda aprovação da Conep do protocolo de pesquisa para iniciar os testes de uso de plasma de pacientes recuperados da covid-19 no tratamento de casos graves da doença. Esse estudo integra o consórcio de pesquisas já em andamento, que envolve a Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo, e os hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês, e o Hemocentro da USP, em Ribeirão Preto (SP).

Em São Paulo, os testes com plasma remanescente para tratamento dos casos graves já estão em andamento. Juntos, as três instituições públicas e os dois hospitais particulares desenvolverão estudos controlados sobre o tratamento, para comprovação científica de eficácia. Os projetos foram iniciados com aprovação da Conep no início de abril, após a Food and Drugs Administration (FDA), agência de medicamentos americana, ter autorizado o uso da terapia, em caráter experimental.

Os Hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês, em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), testarão o uso de plasma sanguíneo de pacientes já recuperados da covid-19 em doentes que ainda têm a infecção. As instituições receberam no sábado o aval da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para fazer o estudo em humanos e iniciarão nesta Segunda-feira (6) triagem de possíveis doadores de plasma.

A autorização para a pesquisa brasileira veio um dia após a Food and Drugs Administration (FDA), agência de medicamentos americana, autorizar estudo similar com pacientes dos Estados Unidos.

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Os cientistas acreditam que o plasma de um indivíduo em recuperação pode ajudar um paciente doente por já conter anticorpos contra a infecção. "Essa pesquisa é baseada em experiências anteriores que, há mais de cem anos, identificaram que o plasma de convalescentes podia ser útil no tratamento de pessoas ainda durante a infecção. Este conceito é denominado transferência passiva de imunidade. Se a terapia funcionar, ela poderá fornecer os anticorpos necessários para aqueles que ainda não os têm em níveis capazes de protegê-los, levando a uma melhora dos sintomas e à diminuição do vírus no organismo", explica Luiz Vicente Rizzo, diretor-superintendente de pesquisa do Einstein.

Poderão receber infusões de plasma dentro da pesquisa pacientes graves internados em leitos de UTI ou na unidade semi-intensiva, em um período anterior ao da intubação e que ainda não tenham apresentado nenhuma resposta imunológica durante o pico da doença.

Rizzo explicou à reportagem que serão considerados doadores aptos pessoas que: 1) tiveram covid-19 há mais de 15 dias e há menos de 45 dias; 2) não apresentam mais sintomas, e 3) tiveram confirmação laboratorial prévia de infecção pelo vírus, mas que não apresentam mais o material genético do vírus em seu organismo.

Os possíveis doadores devem ainda apresentar anticorpos neutralizantes, moléculas capazes de combater a infecção. O protocolo brasileiro é baseado no da Universidade Johns Hopkins, que fará os estudos com plasma nos EUA.

Após a aprovação da pesquisa americana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nota afirmando que estudos com plasma "têm sugerido resultados promissores, porém derivam de análises não controladas e com tamanho limitado de amostras". Para o órgão, os estudos feitos até agora são insuficientes para comprovar a eficácia, o que requer pesquisas mais aprofundadas.

Anticoagulante

Outra aposta da ciência que começará a ser testada também no Brasil é um anticoagulante para tratar casos graves de infecção pelo coronavírus.

Um protocolo experimental do uso do medicamento heparina está sendo finalizado por profissionais do Hospital Sírio-Libanês e deve em breve ser avaliado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).

A substância já foi utilizada dentro de um protocolo de pesquisa de um grupo de cientistas chineses para avaliar se o medicamento diminuiria o índice de mortalidade entre pacientes com a covid-19. A hipótese era de que a heparina poderia ajudar no quadro, pois uma das complicações possíveis do vírus é um quadro de coagulação intravascular e tromboembolismo venoso.

Os primeiros resultados do estudo, publicados em 27 de março no Journal of Thrombosis and haemostasis, apontam que o número de mortes foi menor somente entre pacientes com alguma predisposição a distúrbios de coagulação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diana Berrent deixou para trás sua quarentena pelo coronavírus e agora está ansiosa para se juntar à batalha contra a pandemia e doar seus valiosos anticorpos que, segundo os pesquisadores, poderão ajudar outros doentes com COVID-19.

Em 13 de março, a nova-iorquina acordou com febre de 38,9°C e a sensação de peso no peito, tornando-se uma das primeiras moradoras de Long Island a dar positivo para o coronavírus.

Esta semana, a fotógrafa de 45 anos também foi a primeira sobrevivente do coronavírus em seu estado a ser submetida a uma análise para ajudar a encontrar um tratamento para a infecção que matou mais de 53.000 pessoas em todo mundo.

O plasma é a parte líquida do sangue que concentra anticorpos após a doença. A dos pacientes curados já demonstrou ser eficaz, em estudos de pequena escala, contra doenças infecciosas como ebola, ou Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS).

A agência americana de medicamentos, FDA, aprovou os testes com plasma de convalescentes como tratamento contra o coronavírus, que já infectou mais de 245.000 pessoas nos Estados Unidos.

Os experimentos atuais não têm como objetivo encontrar uma solução milagrosa, esclarece Bruce Sachias, diretor médico do Centro de Coleta de Sangue de Nova York, encarregado de gerenciar as doações de plasma na primeira metrópole americana.

"Devemos estar cientes do fato de que ainda estamos em território desconhecido", afirma.

Eldad Hod e Steven Spitalnik, especialistas em transfusão de sangue que fazem esses testes no Hospital Irving da Universidade de Columbia, também destacam a incerteza em torno desses experimentos.

Pensamos que, "entre sete e 14 dias após o início de uma infecção, as pessoas desenvolvem uma reação imune e acabam criando uma grande quantidade de anticorpos. Mas não sabemos exatamente quando ocorre o pico dessa criação", explica o dr. Spitalnik.

Alguns dados sugerem que o pico ocorre 28 dias após a infecção, mas Spitalnik espera que sua pesquisa forneça uma imagem mais precisa do processo.

Cada doação de plasma poderia "salvar três ou quatro vidas", de acordo com o Dr. Hod.

O objetivo é coletar plasma suficiente para os pesquisadores realizarem estudos formais, nos quais eles compararão a reação de pessoas que recebem anticorpos de pacientes curados de coronavírus com um grupo de controle que terá injetado plasma de pessoas que não sofreram da COVID-19.

Hod observou que os primeiros plasmas vão ser destinados "por compaixão" aos pacientes com COVID-19 que não participam do estudo, mas para os quais outros tratamentos foram ineficazes.

Os pesquisadores querem testar seu método em pacientes hospitalizados e como tratamento preventivo em ambientes vulneráveis, como casas de repouso.

Em tempos normais, realizariam ensaios clínicos mais controlados e com resultados mais sólidos. Mas "estamos em crise", diz Spitalnik para justificar o caminho escolhido.

- "Ocasião incrível" -

Diana Berrent cruza os dedos e espera que esses testes possam salvar vidas. "Poderíamos ser super-heróis", diz.

"Vivemos tempos sem precedentes e preocupantes, onde não controlamos nada, mas nós, os sobreviventes, podemos ajudar", ressalta. "É uma ocasião incrível".

A fotógrafa possui anticorpos suficientes no plasma para participar dos testes, mas agora está aguardando os resultados de um teste nasal para verificar se não tem traços do coronavírus, uma condição necessária para que o sangue seja usado em pesquisas.

O grupo "Survivor Corps", que já tem 17.000 membros, foi aberto no Facebook para mobilizar os sobreviventes da epidemia que desejam compartilhar sua imunidade.

Centenas de pessoas curadas já ofereceram sua ajuda em Nova York, o epicentro da pandemia nos Estados Unidos, com quase 100.000 casos, segundo o dr. Sachias.

Se o processo for eficaz, será realizado em outros centros de transfusão, explica o pesquisador.

Um hospital de Houston, Texas, já tentou transfundir plasma de um paciente curado para outro gravemente doente, mas ainda é muito cedo para saber sua eficácia.

Para Hod, um dos lados positivos da pandemia é que ela está impulsionando a colaboração entre pesquisadores de todo mundo, que nunca compartilharam seus dados tão abertamente como agora.

"Muitos na comunidade científica tentam deixar de lado o ego (...) e trabalham juntos pelo bem comum. Acho que a ciência vencerá no final", completou.

Para saber sobre as diferenças dos processos de corte plasma e oxicorte, necessitamos entender um pouco mais sobre funcionalidades e vantagens que cada técnica oferece.

O processo de oxicorte se baseia na separação de metais que tem como componente, o calor e a feroz reação de oxidação com oxigênio puro. Costuma realizar cortes com espessuras de 3 mm a 1800 mm.

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O funcionamento consiste na aplicação de uma chama de aquecimento ao metal com gás combustível, para que assim, consiga atingir a ignição, é nesse momento que é aplicado o oxigênio puro, provocando a separação do metal em duas partes.

A realização do corte a plasma utiliza gás em alta temperatura para cortar qualquer material que conduza eletricidade, realizado através de um gás ionizado em temperatura elevada, como, aço de carbono, alumínio e oxidado.

Costuma cortar bitolas de até duas polegadas e recentemente o corte em plasma  ganhou novas tecnologias para realizar perfurações a plasma em metais com 75 mm de espessura e metais de 160 mm. de espessura.

Desvantagens do oxicorte

Em relação a máquina de solda de corte plasma, é difícil encontrar vantagens no oxicorte que supere suas características na produção, segurança e agilidade. O método de oxicorte é antigo, desatualizado e sua maior desvantagem é sobre o manuseio de gás combustível para esse processo.

Vantagens corte plasma

Por conta da modernidade de uma máquina de corte a plasma, existem diversas vantagens relacionadas ao oxicorte.

- O corte plasma possui melhor qualidade de corte, ou seja, não possui rebarbas ou escórias no produto cortado;

- A solda plasma em cortes de até 30 mm de espessura é bem mais rápida o que facilita a produtividade da empresa;

- É mais fácil de usar por não necessitar utilizar gases e nem química para domínio das chamas;

- Possui uma variedade maior de materiais que são compatíveis com o seu corte;

- As trocas dos equipamentos de corte plasma para manutenção são mais caros, porém o lucro fornecido pela produtividade compensa;

- Uma máquina plasma é bem mais segura por não precisar utilizar gases explosivos.

Para manter o consumismo, uma americana, de 20 anos, vende o próprio plasma para ir às compras em shoppings. Carisa Barker, moradora de Utah, nos Estados Unidos, já conseguiu arrecadar o equivalente a R$ 13,5 mil em cerca de um ano.

Ela contou que iniciou as doações no meio de 2018, após uma amiga sugerir. "É um dinheiro extra, mas um dinheiro que eu gasto sem ter que trabalhar duro para ganhá-lo. Que eu saiba não há riscos, e os meus pais estão cientes", afirmou a 'doadora'. "Sou compulsiva. Se pudesse, iria às compras todos os dias", confessou ao NY Post.

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O plasma é a parte líquida do sangue que é utilizada em diversos tratamentos de doenças raras. Nele contém proteínas, sais minerais, gás carbônico e diversas substâncias.

Um conflito entre o governo e a direção da estatal Hemobrás pode provocar o desperdício de R$ 40 milhões em bolsas de plasma nos próximos dois anos, conforme estimativa técnica do Tribunal de Contas da União. O impasse teve início em 2017, quando se retirou os poderes da estatal para gerir o processamento do plasma, usado em pessoas com queimaduras, hemorragias, sistema imunológico fragilizado ou com deficiência de coagulação.

Sem poderes para atuar, a estatal limitou-se a armazenar o produto que já havia chegado ao complexo de Goiana (PE). Para evitar gastos com câmaras frias, parte dos hemocentros estaduais passou a incinerar o plasma que não foi usado. Não há estimativas de quanto se perdeu. De acordo com Dimas Tadeu Covas, médico e diretor do Instituto Butantã, cada litro de plasma custa no mercado internacional US$ 70. "Estimamos que a coleta no Brasil seja de aproximadamente 800 mil litros de plasma por ano."

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Pregão

Desde a portaria, o Ministério da Saúde não contratou empresa para fracionar o plasma nem resolveu o impasse sobre a coleta nos hemocentros e o problema se agrava. Estoques dos produtos derivados do plasma se esgotaram em São Paulo, Pernambuco, Rio, Minas e Rio Grande do Sul. Questionado, o ministério informou estar em andamento um pregão internacional para o fracionamento, sem dar detalhes. Disse ainda que uma compra foi feita para abastecimento dos Estados.

Há dez dias, integrantes da Hemobrás e do Ministério Público Federal reuniram-se com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O encontro foi suficiente apenas para o ministro informar que nada seria feito enquanto a diretoria da Hemobrás fosse mantida. A estatal foi alvo de várias denúncias de corrupção, superfaturamento e erros, mas estaria saneada, segundo o MP.

Os armazéns da Hemobrás têm 600 mil bolsas de plasma. Desse total, 20% vencem até o fim do ano. Desde 2016, 83 mil bolsas se perderam, o que provocou prejuízo de R$ 5,8 milhões. Desde que as obras da Hemobrás tiveram início em 2010, R$ 1 bilhão foi desembolsado e nenhum hemoderivado foi produzido. O governo diz ter iniciado um processo para a reestruturação da Hemobrás e um estudo para definir os programas direcionados para a empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Samsung SDI, braço da corporação sul-coreana que produz baterias, anunciou que irá descontinuar a produção de telas de plasma (conhecidas como PDP, na sigla em inglês) até o fim do ano. A empresa pretende se concentrar em seus negócios de materiais e energia.

De acordo com um comunicado enviado à imprensa internacional, a decisão foi motivada pelo declínio nas vendas de TVs de plasma, que perderam espaço para modelos de LED. A Samsung mesmo já declarou que seu foco são os modelos 4K (ou UltraHD) e de tela curva, ambos com tecnologia LED.

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"Enquanto que instalações reutilizáveis e partes da produção de telas de plasma serão adaptadas para o negócio de baterias, muita coisa será vendida a outras empresas por dinheiro", declarou um porta-voz da empresa.

A assessoria da Samsung no Brasil disse estar esperando um posicionamento da matriz para se pronunciar sobre o assunto.

Outros grandes fabricantes estão deixando de lado a tela de plasma. A Panasonic parou de produzir esse tipo de aparelho em dezembro do ano passado, alegando "mudanças no ambiente dos negócios e demanda pelo PDP em queda". A LG também estaria prestes a seguir pelo mesmo caminho, segundo fontes da indústria citadas na imprensa estrangeira. A também coreana já converteu uma de suas linhas de produção de TV de plasma para baterias solares.

A dificuldade de se produzir uma TV de plasma com resolução 4K a um preço razoável pode ser outro fator por trás do abandono das telas de plasma. De acordo com um executivo da Samsung entrevistado pelo site norte-americano Cnet, o custo de se produzir um modelo assim em uma tecnologia de tela que já era mais cara que as versões de LED e LCD resultaria na desistência da Samsung de trabalhar com o plasma depois de 2014.

A imagem da televisão de plasma é considerada melhor que as outras tecnologias, especialmente nos aspectos de contraste e ângulo de visão. Os modelos de plasma, porém, se saem mal no consumo de energia quando comparados a outros tipos de TV de tela plana.

Brasil

Curiosamente, a TV de plasma registrou uma ligeira retomada no Brasil do ano passado para cá. Só no primeiro trimestre foram fabricados 658 mil televisores desse tipo no País, um volume 484% maior em relação a igual período de 2013. No varejo, as vendas de televisores de LCD e LED cresceram 13% em número de unidades no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período de 2013. Enquanto isso, a TV de plasma avançou 290% nesse mesmo período. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma cola elaborada a partir do plasma humano que poder reduzir e até deter hemorragias. Esta é a fibrina, primeiro produto produzido pela Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) que teve o primeiro bloco inaugurado no final do mês passado. 

De acordo com o secretário de saúde de Pernambuco, Antonio Carlos Figueira, o produto será um importante aliado nas cirurgias cardiovasculares, hepáticas, ortopédicas e nas neurocirurgias. “Ela substitui a própria costura fazendo com que não haja lesão nos tecidos e nos vasos”, explicou. 

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A cola de fibrina que até então era obtida por importação e usada, apenas, na rede privada por conta do custo. Os primeiros hospitais no Brasil que vão receber o produto estão todos no Recife. São o Hospital da Restauração (HR), Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC) e o Pronto Socorro Cardiológico Universitário de PE (Procape). “A ideia é que a Hemobrás comece a ofertar para todo o SUS do Brasil. Inicialmente vai ofertar para os hospitais de referência tanto de cirurgia cardíaca e neurologia o primeiro produto efetivamente fabricado pela Hemobrás. É uma conquista para autonomia brasileira na produzir hemoderivados,” explicou o secretário de saúde, Antonio Carlos Figueira.

Para o presidente da Hemobrás, Romulo Maciel Filho, o evento realizado na manhã desta segunda-feira (22), no auditório da Fundação Hemope, no bairro das Graças, é um marco para o Brasil na capacidade da produção do produto. “Isso é efetivamente o prenúncio da construção da autossuficiência brasileira, o controle da tecnologia, a capacidade que Brasil apresenta no controle da produção de hemoderivados,” esclareceu.

                                                                                     

 

Uma TV OLED de 55 polegadas com preço de 8.000 dólares no segundo semestre de 2012 poderá custar 2.300 em dois anos, uma redução dramática no preço que tornaria o produto acessível para a maioria dos consumidores.

As informações são de uma pesquisa de preço da empresa NPD DisplaySearch, que prevê um significante e estável declínio nos preços das TVs OLED um pouco após seu lançamento. Reconhecendo uma “grande incerteza” em torno dos preços das grandes TVs OLED, a NPD DisplySearch disse que o preço de um modelo OLED de 55 polegadas pode cair aproximadamente 50%, para 4.000 dólares, no fim de 2013 e continuar caindo até 1.500 no fim de 2015.

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A Samsung anunciou hoje que sua “Super” TV OLED 3D de 55 polegadas estará disponível na Coreia por aproximadamente 9.000 dólares no segundo semestre de 2012. A companhia não informou quando a TV chegará aos Estados Unidos.

As TVs OLED ultrafinas possuem cores vívidas e claridade e contraste superiores.  Simplificando: elas exibem uma imagem mais bonita do que os televisores atuais de LCD/LED e plasma. 

A LG também planeja lançar uma TV OLED de 55 polegadas com preço aproximado de 8.000 dólares. O jornal “Maeil Business”, da Coreia do Sul, disse no mês passado que a LG iria relevar sua OLED no Festival de Filmes de Cannes, na segunda quinzena de maio.

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