Tópicos | plebiscito

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira que o plebiscito proposto há uma semana será importante para balizar a reforma política. "A proposta tem o sentido de transferir para a população o direito de ser consultada", disse Dilma, que participou durante o fim da tarde de uma reunião ministerial na Granja do Torto, em Brasília. Ela disse ainda que o plebiscito também é importante porque por "muito tempo" se tentou fazer a reforma política no País, sem sucesso.

"É também fundamental perceber que é preciso uma transformação para melhorar a representação do País", disse Dilma. "Nós consideramos como melhor o plebiscito porque achamos que é importante que haja esse protagonismo da população e esse respeito às reivindicações", resumiu.

##RECOMENDA##

O ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse ser contra a proposta da presidente Dilma Rousseff de fazer um plebiscito para a reforma política no País. "Primeiro que um plebiscito custa R$ 400 milhões, R$ 500 milhões. Segundo que não dá tempo. Quer mudar o sistema político? Faz por via normal, com emenda constitucional, por exemplo. Pra quê fazer um plebiscito?", afirmou o ex-governador em entrevista à Rádio Jovem Pan nesta segunda-feira. "Essa ideia de plebiscito foi feita por marqueteiro", disse.

Segundo o tucano, o anúncio feito pela presidente Dilma sobre o plebiscito foi uma estratégia para o governo "ganhar tempo", diante das manifestações em todo o País. "Plebiscito é para questões binárias: é sim ou não. O governo vai entupir o plebiscito de propostas para reforma política, complexas, com detalhes? Vamos ter um teste de múltipla escolha, com 15, 20 itens? Isso é brincadeira. Isso o que que é? É ganhar tempo, é tirar o foco dos problemas. A população não foi para rua para isso. O Brasil quer respostas", criticou Serra.

##RECOMENDA##

O ex-governador afirmou, ainda, que os protestos que tomaram conta do País mostram que a população está insatisfeita com o atual modelo político do Brasil. "O País está, evidentemente, insatisfeito. Ninguém tem uma bandeira única, a não ser a da insatisfação." O tucano também criticou a antecipação da campanha eleitoral de 2014. "É muito cedo para fazer política eleitoral. Não se governa um país com campanha eleitoral. Esse foi o maior erro da presidente."

Em meio à expectativa do envio pelo Palácio do Planalto dos principais itens que devem fazer parte do plebiscito da reforma política, lideranças da base aliada também aguardam um posicionamento sobre o tema por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A mensagem com a proposta do governo federal para a consulta popular deve ser encaminhada nesta terça-feira ao Congresso, que passará a debater sobre possíveis mudanças no texto original.

##RECOMENDA##

No mesmo dia, a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, deverá anunciar o custo e o tempo necessário para a realização dos programas que deverão ser transmitidos em cadeia nacional de rádio e televisão sobre o tema da reforma política. O anúncio da ministra deverá ocorrer após encontro com os presidentes dos tribunais regionais em Brasília.

A expectativa dentro da base é principalmente em relação ao prazo de duração dos programas. Dependendo do entendimento de Cármen Lúcia, não haverá tempo para que o resultado do plebiscito seja colocado em prática em 2014. De acordo com o calendário eleitoral, qualquer mudança nas regras do próximo pleito tem que ocorrer até outubro.

"Primeiro é preciso analisar essa questão do prazo, que pode dar um alívio no campo político", disse ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). O "alivio" mencionado pelo petista deve-se ao fato de que mudanças nas atuais regras podem atingir diretamente a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Pesquisa

Responsável pela articulação da base na Câmara, Chinaglia avalia que um dos impactos da queda de popularidade do governo nas últimas pesquisas é o surgimento de uma maior "exigência" por parte do Congresso.

"A pesquisa neste momento era de previsível queda, mas não tão acentuada. Vai exigir um trabalho de interlocução muito maior com a base. Vai exigir uma ação mais próxima", afirmou.

Integrante da base aliada, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), considerou que o momento é de "reflexão". "É preciso examinar, ler detidamente e entendê-las. A parti daí, cada um fazer a sua parte. Governo, partidos, políticos. Sem exceção. 2014 é amanhã", afirmou.

Para o ministro da secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, apesar da queda de Dilma nas pesquisas, os adversários não tiveram crescimento significativo. "Acho que houve queda, mas não está definido o destino. O porcentuais não marcam uma tendência", afirmou. (

No final da última sessão do primeiro semestre do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a presidente da Corte, Cármen Lúcia, informou que recebeu do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, uma consulta da presidente Dilma Rousseff sobre o tempo mínimo de preparação e os recursos necessários para a realização do plebiscito sobre reforma política.

Cármem Lúcia disse que convidou os presidentes de todos os 27 Tribunais Regionais Eleitorais para discutir o assunto nesta terça (2). Ela também afirmou que, se for necessário, também convocará sessões extraordinárias do Tribunal para tratar do assunto durante o recesso de julho.

##RECOMENDA##

O ministro Gilmar Mendes, que também integra o TSE, além do Supremo Tribunal Federal, fez questão de ressaltar que cabe ao Congresso Nacional convocar o plebiscito e não à Presidência da República. "É preciso que as coisas sejam orientadas pela pauta da legalidade", disse Gilmar Mendes. "Essa questão é competência do Congresso", completou.

O plebiscito sobre a reforma política poderá custar aproximadamente R$ 500 milhões aos cofres públicos, de acordo com avaliação de técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), publicado neste sábado na Agência Brasil. Essa previsão considera os números das eleições de 2012, que custaram, em média, R$ 2,81 por eleitor.

Para os técnicos do TSE, no entanto, o valor por eleitor pode aumentar devido à urgência no planejamento. Além disso, a consulta popular poderá ficar ainda mais cara devido ao aumento do eleitorado e à necessidade de reforçar a segurança nos locais de votação.

##RECOMENDA##

Segundo dados anunciados neste sábado (29), pelo Instituto Datafolha, 68% dos brasileiros acreditam que Dilma agiu bem ao sugerir uma consulta popular as mudanças na Constituição, através da Reforma Política. Apenas 19% avaliaram atitude como péssima e outros 14% não souberam responder.

Questionados sobre aprovar ou não a reforma política, 73% afirmaram que são a favor da apreciação desse tema por parte do grupo de eleitos. Já as opiniões contrárias somam 15%. O apoio ao plebiscito ocorre de forma mais ou menos uniforme entre homens e mulheres e em todas as faixas de renda, idade e escolaridade. No Nordeste, a aceitação é de 74% e no Sul de 57%.

##RECOMENDA##

Para o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco, Adriano Oliveira, a aprovação da população vem a ser questionável supondo que a mesma não conheça o significado tanto de plebiscito como de reforma política. "A questão principal é se a população sabe o que é reforma política e plebiscito. Elas podem estar concordando com algo que não sabem o que é, apenas por conveniência", pontuou.

O dilema entre que medida adotar para ouvir a população brasileira na concretização da Reforma Política, anunciada pela presidenta Dilma Rousseff na última segunda-feira (24), tem sido pauta no discurso de muitos parlamentares. O deputado federal João Paulo (PT-PE) declarou nesta sexta-feira (28), em seu perfil no Facebook, que é a favor do plebiscito, defendendo-o como a oportunidade de mudar a partir do Congresso Nacional.

"A crise representativa que sacode o Brasil é um perigo, mas é também uma oportunidade, uma chance para a gente mudar. Nós, parlamentares petistas, entendemos claramente a mensagem das ruas: essa mudança tem que começar pelo Congresso Nacional", pontuou o deputado. 

##RECOMENDA##

De acordo com o petista, só com o plebiscito o país terá um sistema político representativo, com campanhas limpas sem "patrocinadores" e sem pressão do poder econômico. "A maioria da população não mais se sente representada por boa parte dos políticos brasileiros. Por isso é que defendo o plebiscito proposto pela presidenta: para fazer uma Reforma Política, ampla e profunda", disse. 

João Paulo ressaltou ainda que as suas reivindicações sempre foram iguais as da população que tem ido às ruas do Brasil nos últimos dias. "Eu acredito piamente em democracia. Lutei a vida inteira pela cidadania plena, pelo transporte coletivo, pela saúde pública, pela educação de qualidade. Essas bandeiras sempre foram as minhas bandeiras, pois democracia só existe onde o povo é quem manda", concluiu.

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) defendeu nesta sexta-feira, em entrevista, a atuação do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, como articulador político informal do governo Dilma Rousseff nos debates sobre a realização de um plebiscito para realizar a reforma política pelo Congresso Nacional. O petista reagiu ao pedido de demissão, feito mais cedo pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF), de Mercadante da pasta da Educação.

"É natural que, nos momentos de crise como essa, os ministros com mais experiência e capacidade de articulação estejam mais próximos da presidenta ajudando na elaboração das respostas", disse Lindbergh Farias.

##RECOMENDA##

Ao defender a atuação de Mercadante no Ministério da Educação, o petista afirmou que o ministro "conseguiu a maior vitória da educação brasileira": a aprovação, pela Câmara dos Deputados, de projeto que estabelece que 75% das receitas dos royalties do petróleo sejam destinadas para a educação. A matéria ainda será apreciada pelo Senado e, conforme o projeto original enviado pelo governo em maio ao Congresso, Mercadante insistirá na defesa que 100%, e não os 75%, sejam destinados para a área.

"O que sempre se criticou é que tínhamos ministros da Educação sem capacidade política", afirmou Lindbergh, lembrando que a atuação de Mercadante foi decisiva para a aprovação do texto. "A crítica é injusta, ainda mais neste momento", completou.

Mais cedo, Cristovam - ex-ministro da Educação no governo Lula - defendeu a demissão de Mercadante. "Sinceramente, se ele é realmente útil na Casa Civil, junto à presidenta, ela deveria tê-lo por mais tempo. E, para isso, a gente tem que colocar alguém no Ministério da Educação", respondeu o pedetista. "Eu sou da área, eu converso, as pessoas estão se ressentindo da falta de um ministro da Educação no Brasil", completou ele.

O senador Cristovam Buarque (PDT-MT) defendeu nesta sexta-feira, 28, a saída do ministro da Educação, Aloizio Mercadante. O ministro tem agido informalmente como articulador político do governo Dilma Rousseff nos debates sobre a realização de um plebiscito sobre reforma política no País. "Sinceramente, se ele é realmente útil na Casa Civil, junto à presidenta, ela deveria tê-lo por mais tempo. E, para isso, a gente tem que colocar alguém no Ministério da Educação", respondeu Cristovam à pergunta feita pelo Broadcast Político, serviço de informações em tempo real da Agência Estado. "Eu sou da área, eu converso, as pessoas estão se ressentindo da falta de um ministro da Educação no Brasil", completou ele, ex-titular da pasta no governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Para o senador do PDT, "não é bom" para a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, "ver que o seu papel está sendo preterido por um ministro de outra pasta". Pouco antes, Cristovam questionou a atuação de Mercadante. "Eu acho que ele é capaz de qualquer ministério. Ele só não é capaz de todos os ministérios", disse Cristovam, em discurso da tribuna. "Quem é o ministro da Educação hoje?", questionou.

##RECOMENDA##

Em aparte com o pedetista, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) também comentou o que considera "capacidade impressionante" de Mercadante. "Quando ele estava na Educação, era ministro da Educação, de Fazenda ou do Planejamento, porque a especialidade de Sua Excelência é a Fazenda, economia", disse. "De repente Sua Excelência vai para a política, coisa que, de certa forma, nunca fez. Todo mundo mexia com ele no Senado. Um homem competente, capaz, responsável, mas uma simpatia, era difícil no trato. E agora até vemos ele simpático, alegre, aparecendo. Agora essa heterogeneidade de competência de Sua Excelência. Dizem que Sua Excelência está a caminho da Casa Civil", completou.

Ao observar que a oposição é contra a proposta de plebiscito e defende a realização de um referendo, o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), também ironizou a atuação de Mercadante nos debates. O tucano disse que o ministro foi promovido à condição de "condestável do regime", numa referência ao comandante militar que respondia diretamente ao rei português.

"Quem está dizendo quais temas serão encaminhados ao Congresso para que o Congresso delibere é o ministro da Educação. Ele é quem vai dizer qual é o cardápio. O Congresso poderá acrescentar, eles concedem", afirmou o tucano.

Em reunião com a presidente Dilma Rousseff na manhã desta sexta-feira (28) no Palácio do Planalto, lideranças de movimentos de juventude manifestaram apoio à convocação de plebiscito para tratar da reforma política e defenderam o financiamento público de campanhas eleitorais, uma das bandeiras do Partido dos Trabalhadores (PT) para neutralizar o desgaste com o julgamento do mensalão.

Dilma prossegue nesta sexta com a agenda de ouvir movimentos sociais e atores políticos - nessa quinta (27), a presidente recebeu no Planalto presidentes de partidos políticos da base, lideranças da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

##RECOMENDA##

"É extremamente consenso entre todas as entidades, todos os movimentos sociais aqui presentes que, entre as propostas postas, a melhor forma é o plebiscito. Nenhum deles defende participação que seja posterior", disse o secretário da Juventude da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Alfredo Santos Junior. "Para nós, é fundamental a participação da população na elaboração da política, da reforma, por isso não só concordamos com o plebiscito, é essencial que a participação popular se dê anterior à elaboração do projeto, por plebiscito, não por referendo."

Segundo a presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Manoela Braga, Dilma achou uma "boa solução" o projeto de lei que destina 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde. O Planalto apoiava inicialmente 100% dos royalties para educação.

Os ministros da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e da Educação, Aloizio Mercadante, acompanharam a audiência.

O governo deve enviar, na próxima semana, para o Congresso Nacional uma proposta para o plebiscito sobre a reforma política. Antes disso, a presidente Dilma Rousseff deve se reunir com os líderes da oposição da Câmara dos Deputados e do Senado.

Ainda não se sabe que questões serão feitas à população durante o plebiscito. No entanto, dois pontos estão quase certos. Um é sobre como deverá ser o financiamento da campanha. O outro é sobre o sistema eleitoral e envolve as eleições proporcionais, por exemplo. "Vamos tratar do que é essencial, das balizas. Isso norteará a reforma", salientou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, após a reunião com os líderes da base aliada nessa quinta-feira (27).

##RECOMENDA##

Quanto aos custos, estima-se que os gastos pode chegar a R$ 500 milhões, mais do que o que foi gasto nas eleições de 2012.

Na reunião dessa quinta, o governo confirmou o apoio da base aliada. De acordo com o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), os senadores iniciarão um debate interno para a aprovação do plebiscito. Para ele, a definição do que será perguntado à população deve ser feita pelo Congresso e a reforma poderá mexer com outras áreas além do Legislativo. "Considero esse debate muito importante e estratégico para a sociedade. Mexe com o Congresso, com o Executivo, com o Judiciário e com o Ministério Público. É um debate que teremos de fazer ouvindo o clamor popular", disse.

Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que é da oposição, o plebiscito não é a melhor alternativa para oferecer uma resposta às demandas da população e “às expectativas das ruas”, já que as questões políticas são complexas e não podem ser respondidas apenas com sim ou não. Sobre a reunião com a presidente, ele se opõe à ideia. "Eu não iria. Nesses 10 anos, a oposição nunca foi convocada para uma reunião. Não há por que, nestas circunstâncias, a oposição aceitar essa manobra da Presidência da República", frisou.

O plebiscito sobre a reforma política poderá ser realizado em setembro a um custo de R$ 500 milhões. A estimativa é feita por técnicos da Justiça Eleitoral que, na corrida contra o relógio, tentam calcular os gastos e o tempo necessário para preparar a consulta popular. Desde quarta-feira, 26, quando a presidente Dilma Rousseff telefonou à presidente do TSE, Cármen Lúcia Antunes Rocha, para discutir questões práticas e logísticas do plebiscito, integrantes de várias áreas do TSE estão mobilizados para avaliar as providências e os gastos.

Normalmente uma consulta popular consome orçamento semelhante ao de uma eleição. Mas as estimativas atuais são de que o plebiscito sobre a reforma política custará mais do que a eleição municipal de 2012, quando foram gastos R$ 395 milhões. Além da inflação, dois fatores contribuirão para o aumento da conta. Por causa das mobilizações dos últimos dias e os episódios de confronto, a segurança durante o período do plebiscito deverá ter de ser reforçada com o apoio de homens das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica).

##RECOMENDA##

Em 2012, só para esse apoio foram destinados R$ 24 milhões. Diante das manifestações generalizadas no País, a expectativa é de que os pedidos de força federal sejam multiplicados. Além disso, o caráter de urgência deve tornar o plebiscito mais caro. No ano passado, por exemplo, a presidente do TSE anunciou que o custo do voto, de R$ 2,81 por eleitor, foi o menor desde a implantação do sistema eletrônico, em 1996.

Segundo ela, um dos fatores foi o planejamento. "Quanto maior o planejamento, menor é o custo", disse na ocasião. Se confirmado o valor final de meio bilhão de reais, o valor será o dobro do que foi gasto em 2005 com o referendo do desarmamento. Na ocasião, foram consumidos R$ 252 milhões. Já o plebiscito sobre a divisão ou não do Pará, em 2011, não custou mais que R$ 19 milhões.

Daquela consulta só participaram, porém, os eleitores paraenses. De acordo com técnicos do TSE, apesar do tempo escasso é possível fazer o plebiscito no início de setembro, dando tempo para que o Congresso aprove até 3 de outubro as leis necessárias para vigorarem na eleição presidencial de 2014. Pelas regras atualmente em vigor, as alterações no processo eleitoral têm de ser aprovadas até um ano antes do pleito.

Um dos principais pontos do planejamento do plebiscito deverá ser a campanha de esclarecimento aos eleitores. Se a consulta for feita em setembro, o ideal é que a campanha seja veiculada no rádio e na televisão em agosto. As peças publicitárias terão de explicar que todos os eleitores deverão participar do plebiscito porque o comparecimento é obrigatório. Também deverão informar sobre as perguntas que terão de ser respondidas. A tarefa não é considerada fácil uma vez que estarão em questão assuntos que não fazem parte do cotidiano da maioria dos eleitores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula quer participar ativamente da campanha a favor do plebiscito da reforma política, defendido pela presidente Dilma Rousseff. No encontro que teve com Dilma, na semana passada, para tratar das grandes manifestações nas ruas, Lula teria sugerido que ela encampasse o debate sobre a reforma política, segundo fontes ouvidas pelo Estado.

Lula reuniu-se na última terça-feira (25) pela manhã com representantes de movimentos sociais aliados do governo para ouvi-los a respeito da onde de protestos. Nas conversas, defendeu a limitação de reeleições dos mandatos eletivos (para deputado, senador e vereador). O petista lembrou que, quando presidente do Sindicado dos Metalúrgicos do ABC, reformou o estatuto da entidade para proibir reeleições seguidas dos cargos de direção.

##RECOMENDA##

De acordo com um dos participantes da reunião, o ex-presidente demonstrou curiosidade sobre as ferramentas das redes sociais para chamar o povo às ruas, como o Facebook, o Twitter e outros semelhantes. Lula disse que mobilizações pela internet seriam valiosas para aprovar a reforma política. O ex-presidente estaria empenhado em testar as redes sociais para mobilizações políticas.

Participaram da reunião com Lula representantes da União da Juventude Socialista, braço do PC do B, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), da Juventude PT, da Juventude MST e da Marcha Mundial das Mulheres, este também ligado ao PT.

Entre os assessores de Lula estavam presentes os ex-ministros Luiz Dulci (Secretaria-Geral) e Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), que o acompanharam depois da fundação do Instituto Lula.

África

O ex-presidente contou que viaja hoje (28) para a África, onde participará de eventos sobre o combate à aids e à fome e que, ao retornar ao Brasil, pretende ajudar na mobilização a favor da reforma política.

Conforme um dos participantes do encontro, Lula falou que a defesa do passe livre (reivindicação que deu início à ocupação das ruas) para o transporte era "justa" e que, na sua opinião, o cenário era otimista.

Depois de indagar aos presentes o que estava levando grupos a praticarem o vandalismo, Lula ouviu dos representantes dos movimentos sociais que a reação ocorria por causa de ataques da Polícia Militar de São Paulo aos participantes de uma passeata, no dia 13 deste mês.

Os representantes dos movimentos sociais disseram a Lula que fazem parte de uma geração que tinha entre 8 e 13 anos quando o ex-presidente assumiu o governo. Nasceram já no Estado Democrático de Direito e, portanto, diferentemente das gerações anteriores, "a moçada de agora" só conhecia o pleno direito de manifestação. E que, por intermédio das redes sociais, milhões se mobilizaram para reagir a agressões.

O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), afirmou nesta quinta-feira que a presidente Dilma Rousseff vai se reunir com lideranças da oposição na segunda-feira, dia 1º de julho, para discutir a reforma política. Braga e demais lideranças partidárias da base aliada participaram de uma reunião na tarde desta quinta com a presidente Dilma, no Palácio do Planalto, para discutir o assunto.

Ao contrário da maioria dos integrantes da base aliada, que defende a realização do plebiscito, a oposição quer que se faça um referendo após o próprio Congresso fazer a reforma política.

##RECOMENDA##

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou na tarde desta quinta-feira, 27, que a "interpretação amplamente majoritária" dos presidentes dos partidos da base aliada, que se reuniram com a presidente Dilma Rousseff, é de que o plebiscito é o instrumento para a participação popular no debate sobre uma reforma política.

"Diria que houve uma grande convergência, companheirismo e atitude solidária em relação à agenda, aos pactos e aos objetivos", afirmou o ministro, ao final do encontro no Palácio do Planalto. Segundo informações do Planalto, participaram da reunião os presidentes do PR, Alfredo Nascimento; do PTB, Benito Gama; do PDT, Carlos Lupi; do PP, Ciro Nogueira; do PSB, Eduardo Campos; do PSD, Gilberto Kassab; do PRB, Marcos Antonio Pereira; do PCdoB, Renato Rabelo; do PT, Rui Falcão; e do PMDB, Valdir Raupp.

##RECOMENDA##

Segundo Mercadante, o financiamento das campanhas eleitorais e o sistema de votação foram as duas diretrizes essenciais discutidas na reunião. Ele disse que a presidente continuará a ouvir as lideranças do Congresso para aprofundar a reflexão. "Essa proposta vem no sentido de fortalecer as instituições democráticas", disse.

O ministro disse que, a partir do plebiscito, o Congresso terá de trabalhar nas diretrizes a fim de implantar a reforma política. "Todos aqueles que têm interesse neste debate, terão espaço concreto de atuação", afirmou, ao destacar que não são todos os cidadãos que vão se interessar pela consulta popular.

Mercadante reafirmou que Dilma disse no encontro que é importante ouvir o "sentimento das ruas" e lembrou que o pacto anunciado pela presidente na segunda-feira já começa a ter "resultados importantes". Ele exemplificou essa mudança mencionando a redução das passagens de transporte coletivo e os pedágios, a derrubada pela Câmara dos Deputados da PEC 37, que restringiria o poder de investigação do Ministério Público, e a decisão do Supremo Tribunal Federal que determinou a prisão do deputado Natan Donadon (PMDB-RO), condenado por formação de quadrilha e peculato.

Oposição

Mercadante afirmou ainda que não acredita que haverá dificuldades de diálogo com a oposição sobre o tema. O encontro, segundo ele, será em breve. Os partidos oposicionistas têm defendido o referendo, ao invés do plebiscito, como a melhor forma de consulta popular para debater o assunto.

[@#galeria#@]

Os partidos de oposição ao Governo Federal DEM, PPS e PSDB se posicionaram, nesta quinta-feira (27), contra a realização do plebicito como consulta popular para a Reforma Política. Segundo eles a melhor forma de ouvir a população seria através de um referendo que ao contrário do plebiscito, convocado antes da criação do ato legislativo ou administrativo, é solicistado para dar ao povo o poder de ratificar ou rejeitar algum proposta.

##RECOMENDA##

Confira a nota na íntegra:

Nota das oposições

Os partidos de oposição ao governo federal – Democratas, PPS e PSDB – estão firmemente empenhados em buscar soluções e respostas para os problemas e anseios que os brasileiros têm manifestado nas ruas, de forma democrática e pacífica.

Por esta razão, ofereceram ao amplo debate uma agenda propositiva, que há tempos defende, com medidas práticas e factíveis de curtíssimo prazo, nos campos do imprescindível combate à corrupção, ampliação da transparência na área pública e fortalecimento das políticas nacionais de saúde, segurança, educação, infraestrutura e combate à inflação.

Os partidos de oposição denunciam e condenam a estratégia do governo federal de, ao ver derrotada a tentativa golpista de uma constituinte restrita, buscar, agora, multiplicar a polêmica em torno da realização de plebiscito sobre a reforma política. Se tivesse, de fato, desejado tratar com seriedade esta importante matéria, a presidente já teria, nesses dois anos e meio, manifestado à nação a sua proposta para o aperfeiçoamento do sistema partidário, eleitoral e político brasileiro.

Somos favoráveis à consulta popular. Mas não sob a forma plebiscitária do sim ou não. Legislação complexa, como a da reforma política, exige maior discernimento, o que só um referendo pode propiciar.

A iniciativa do plebiscito, tal como colocada hoje, é mera manobra diversionista, destinada a encobrir a incapacidade do governo de responder às cobranças dos brasileiros, criando subterfúgio para deslocar a discussão dos problemas reais do país. Tudo isso se dá enquanto se agrava o cenário econômico, com recrudescimento da inflação, pífio crescimento e acelerada perda de credibilidade do governo aos olhos dos brasileiros e do mundo.

As oposições registram que continuarão debatendo, como sempre fizeram, as questões que interessam aos brasileiros. Jamais faremos oposição ao País.

 

Brasília, 27 de junho de 2013

Aécio Neves – Presidente nacional do PSDB

José Agripino – Presidente nacional do Democratas

Roberto Freire – Presidente nacional do PPS

Ao que tudo indica, o governo contará com o apoio dos partidos da base aliada para a realização do plebiscito sobre reforma política. Após uma reunião da presidente Dilma Rousseff, nesta quinta-feira (27), no Palácio do Planalto, o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, confirmou a intenção.

Segundo ele, que é um dos articuladores políticos da reforma, a ideia é que a população possa opinar sobre questões centrais, que irão "nortear" as propostas a serem feitas. Para evitar mal-estar com parlamentares, ele voltou a frisar que apesar da consulta com o povo, a "palavra final será do Congresso Nacional". Desde o início da semana, quando fez o pronunciamento das cinco propostas do governo diante das manifestações populares, Dilma tem sido criticada por falar em plebiscito antes de articular a intenção com os parlamentares.

##RECOMENDA##

De toda forma, ainda não há nada decidido sobre o que será levado para a população opinar. No entanto, de acordo com o ministro, dois pontos estão quase certos. Um é sobre como deverá ser o financiamento da campanha. O outro é sobre o sistema eleitoral e envolve as eleições proporcionais, por exemplo. "Vamos tratar do que é essencial, das balizas. Isso norteará a reforma", salientou Mercadante.

O governo acredita que o Congresso deverá seguir a voz popular e considerar o resultado do plebiscito ao elaborar a reforma. "Acho difícil qualquer partido negar a vontade do povo", disse.

Apoio
Na reunião desta quinta, estiveram presentes, além de Mercadante, os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e o vice-presidente Michel Temer. Entre os líderes partidários, participaram do encontro Eduardo Campos (PSB), Rui Falcão (PT), Valdir Raupp (PMDB), Carlos Lupi (PDT), Renato Rabelo (PDdoB), Gilberto Kassab (PSD), Alfredo nascimento (PR), Benito Gama (PTB), Marco Antonio Pereira (PRB) e Ciro Nogueira (PP).

Após a reunião, Campos declarou que a maioria dos partidos da base apoiou o plebiscito, porque "entende-se que é preciso ouvir" a sociedade, antes de elaborar a nova legislação.

Estudo feito pela assessoria técnica do Palácio do Planalto está sendo usado pela presidente Dilma Rousseff como base para elaborar as perguntas do plebiscito sobre reforma política. Três temas são apontados como obstáculos para modernização do sistema partidário e eleitoral. A ideia é que o plebiscito traga questões sobre o financiamento público de campanha, o modelo de eleição de parlamentares e de escolha de candidatos. O governo reconhece que o tema é complexo e de difícil entendimento.

Na reunião com os presidentes das centrais sindicais, a presidente Dilma Rousseff defendeu ontem o financiamento público das campanhas. Nos diversos encontros que vem realizando, Dilma pede sugestões sobre as perguntas que devem ser feitas no plebiscito, destacando que precisam ser bem objetivas.

##RECOMENDA##

A presidente quer condensar as sugestões, o quanto antes. Ela pretende encaminhá-las ao Congresso até a próxima terça-feira, 2, sob forma de mensagem pedindo a convocação do plebiscito - que teria de ser realizado até agosto. Para a presidente, é "primordial" que as mudanças sejam aprovadas até o início de outubro e estejam em vigor na eleição de 2014.

O estudo do Planalto sugere três perguntas: a primeira seria sobre o sistema eleitoral para o Poder Legislativo. Se o eleitor escolheria entre um sistema proporcional, como é hoje, um sistema majoritário (apelidado de distritão), ou um sistema distrital misto. A segunda pergunta seria se o eleitor apoiaria lista aberta (como é hoje), com eleição proporcional, ou sistema de lista fechada (no partido), ou o voto em dois turnos, que é chamado de voto transparente.

Na reunião com os sindicalistas, a presidente elogiou a sugestão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em relação ao tema. Entidades, incluindo a OAB, lançaram campanha pelo voto em dois turnos. No primeiro o eleitor escolhe o partido e, em seguida, o candidato. Este sistema acabaria com os votos de legenda e os "puxadores de votos".

A terceira pergunta seria se o eleitor quer que o sistema de financiamento de campanha continue abrangendo doações privadas, como ocorre hoje (atualmente o sistema é misto), se poderia ser um sistema exclusivamente público ou se seria um financiamento público e de pessoas físicas, com limite de contribuição.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois da reação do Congresso e de recuar da proposta de uma assembleia constituinte, a presidente Dilma Rousseff convidou líderes da base aliada e da oposição para discutir, no Palácio do Planalto, como realizar o plebiscito sobre reforma política.

A ideia inicial era reunir lideranças do governo e da oposição. Mas houve uma certa resistência dos oposicionistas e Dilma resolveu antecipar - para as 11 horas desta quinta-feira, 27, - a reunião com os partidos que a apoiam. À tarde, ela recebe os líderes partidários da Câmara e, depois, do Senado. Os líderes da oposição ficaram para amanhã, 28.

##RECOMENDA##

Dilma fez questão de abrir o leque de parlamentares governistas para fazer um afago na sua ressentida base política. Para tanto, marcou encontros separados com deputados e com senadores. Mesmo sabendo que os parlamentares nordestinos já estão envolvidos com as tradicionais festas juninas, a presidente, por meio de ministros e assessorias, apelou às lideranças para que não deixem de comparecer, para se dar prosseguimento às discussões sobre a reforma política e discutir os procedimentos para "atender ao apelo das ruas". Dilma tem pressa na elaboração das perguntas a serem feitas no plebiscito e quer encaminhá-la já com um consenso, para evitar resistências.

Mesmo entendendo que é difícil conseguir apoio da oposição, a presidente insiste na participação de todos, por considerar que essa é uma questão acima dos partidos. "Todos os partidos serão formalmente convidados a apresentar suas propostas", disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. De acordo com o ministro, que atua como espécie de porta-voz de Dilma no assunto, não houve nenhum tipo de discriminação.

"Querermos que todos possam contribuir", insistiu o ministro.

Oposição. O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), disse não estar disposto a ir ao Planalto sem uma pauta definida. "Não fomos convidados para nenhuma reunião e, se formos, vamos convocar a Executiva do PSDB para avaliar a pauta. Se for só para tomar cafezinho e ficar ouvindo essa loucura de proposta sobre plebiscito, não dá", disse Aloysio. Antes de ser presidente, Luiz Inácio Lula da Silva também dizia que só havia sentido conversar com o governo em torno de uma pauta.

Aloysio definiu a ideia de convocar um plebiscito como "manobra diversionista" do governo para abafar a crise política. "Antes de pedir que o Congresso convoque um plebiscito, Dilma deve dizer o que pretende com isso".

O plano da oposição, disse ele, é aproveitar a onda de protestos nas ruas para expor o que chama de "fragilidades" da gestão Dilma. "A inflação não está em alta por falta de reforma política, nem os 39 ministérios são exigência desse sistema", advertiu, "Os problemas de corrupção também não decorrem do sistema eleitoral."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff está convidando líderes e presidentes dos partidos da base e da oposição para uma reunião no Palácio do Planalto nesta quinta-feira, 27. O objetivo é apressar o plebiscito sobre reforma política. Apesar de saber que os parlamentares nordestinos já estão envolvidos com as tradicionais festas juninas, a presidente Dilma, por meio de seus ministros e assessorias, está apelando às lideranças para que não deixem de comparecer à reunião para que se possa dar prosseguimento às discussões sobre a reforma política e que se debatam os procedimentos para "atender o apelo das ruas".

No entendimento do governo, o plebiscito precisa ser realizado até a segunda quinzena de agosto para dar tempo de o Congresso aprovar as novas regras a tempo de elas valerem para as eleições de 2014. Por isso, o governo diz que está correndo contra o tempo. O governo estava com dificuldade de conseguir apoio dos partidos da oposição para comparecer ao encontro no Planalto. Mas insiste que é importante a participação de todos, porque considera que esta é uma questão acima dos partidos.

##RECOMENDA##

Nesta quarta, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que está sendo uma espécie de porta-voz do governo neste processo de convocação da reforma política, declarou que "todos os partidos serão formalmente convidados a apresentarem suas propostas e que ela fará consulta direta aos presidentes dos partidos e também com as lideranças da Câmara e do Senado, de governo e de oposição, assim como fez com governadores e prefeitos, da base e da oposição". De acordo com o ministro, "não houve nenhum tipo de discriminação. Nós querermos que todos possam contribuir com sua sugestão", insistiu.

A exemplo do que fez com diversos segmentos, a presidente Dilma quer ouvir os presidentes dos partidos e os líderes partidários, inclusive da oposição, em relação às sugestões para as perguntas a serem encaminhadas ao Congresso. A intenção do Planalto é apressar e queimar etapas para que as perguntas especificas já tenham sido objeto de consenso pelos diversos segmentos. Dilma quer estar com a perguntas prontas no fim de semana, para enviá-las ao Congresso na terça-feira da semana que vem, sob forma de mensagem, pedindo a realização do plebiscito.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando