O chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Joselito Amaral, durante coletiva de imprensa realizada para contar detalhes de como foi a morte da estudante Remís Carla, que foi asfixiada pelo namorado Paulo César de Oliveira, disse que Remís foi ao encontro da morte. A declaração faz referência ao fato de que a própria jovem, anteriormente à tragédia, já tinha prestado queixa contra Paulo, inclusive requerido uma medida protetiva de afastamento, que foi deferida pela Justiça no último dia 6 de dezembro.
“Vai uma alerta para as mulheres, quando uma mulher comparece a uma delegacia, presta uma queixa e é decretado o afastamento, em hipótese alguma ela deve se aproximar do autor ainda que o autor não tenha sido notificado como foi o caso. Essa precaução deve ser adotada porque ela foi ao encontro da morte, infelizmente”, alertou Joselito.
##RECOMENDA##O pedreiro Paulo César não chegou a ser notificado da medida protetiva porque não foi encontrado pela Justiça na época, mas o delegado ressaltou que Remís tinha ciência. “Ela tinha ciência, eu tenho o requerimento dela. Ela tinha ciência de que o pedido dela fora acatado. A medida de afastamento era para que ele não se aproxime dela, mas se encontraram no dia 15”, disse o delegado.
“Ela tinha ciência de que o pedido dela fora acatado. Isso é um fato relevante, que deve ser retratado para que as mulheres, em uma situação dessas onde ela tem a ciência de que o afastamento foi decretado, não vá ao encontro. Se ele convidou e ela foi, ela foi ao encontro da morte”, reiterou.