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A Polícia Civil de Minas Gerais informou que foram identificados os corpos de três vítimas do acidente com um ônibus de torcedores do Corinthians na Rodovia Fernão Dias, na madrugada deste domingo (20), que deixou sete mortos. De acordo com a polícia, são três homens, e a liberação dos corpos deverá ocorrer ainda hoje. 

O ônibus com torcedores do time paulista sofreu um acidente na BR-381 (Fernão Dias), sentido São Paulo, na madrugada de hoje, no município de Brumadinho (MG). Segundo a concessionária da rodovia, a Arteris Fernão Dias, o ônibus perdeu o controle em uma curva, chocou-se contra o talude, um terreno inclinado na lateral da pista, e, na sequência, tombou. 

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Inicialmente, o Corpo de Bombeiros informou que o veículo transportava 48 pessoas. No entanto, no fim da tarde, a corporação corrigiu o número para 43. Desse total, sete faleceram e 27 precisaram ser socorridos e levados para quatro hospitais da região: o Hospital Municipal de Betim (MG); o Hospital Municipal de Oliveira (MG); o Hospital João 23, em Belo Horizonte; e o Hospital Municipal de Contagem (MG), onde está a maior parte das vítimas feridas. 

Já os corpos dos sete torcedores mortos no acidente foram levados ao Posto Médico-legal de Betim (MG). 

De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT), o ônibus que transportava os torcedores do Corinthians estava irregular: não possuía registro e também não tinha autorização para realizar transporte interestadual de passageiros.  

Segundo a concessionária da rodovia, as duas faixas de rolagem, no local onde ocorreu o acidente, foram liberadas para tráfego e não há mais filas de veículos na região.

Agentes da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) prenderam, neste sábado (19), um homem acusado de roubar um motorista de aplicativo. De acordo com a investigação da unidade, ele e um comparsa cometeram o crime no dia 27 de julho deste ano, na região do Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio.

A 42ª DP apurou que a dupla acionou um veículo por aplicativo para uma corrida, que tinha como ponto de partida a porta de um shopping e, após embarcarem no veículo, anunciaram o assalto, apontando uma pistola para o motorista. A vítima foi obrigada a desbloquear o seu aparelho celular e o aplicativo do banco, para que o autor realizasse uma transferência.

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Segundo os agentes, depois de subtrair o veículo e diversos objetos pessoais do motorista, os autores libertaram a vítima em Barra de Guaratiba, na mesma região. Poucas horas depois, o automóvel foi recuperado.

O homem preso neste sábado foi localizado em seu endereço, também no bairro de Guaratiba. Contra ele, foi cumprido um mandado de prisão temporária. As investigações prosseguem para identificar o outro autor do crime.

Da assessoria 

As autoridades italianas prenderam sete jovens, incluindo um menor de idade, acusados de terem cometido um estupro coletivo contra uma mulher que, embriagada, foi levada a uma área isolada no centro de Palermo, no sul do país, para ser agredida sexualmente.

Uma ordem de prisão preventiva foi cumprida nesta sexta-feira (18) contra três jovens e outra contra o menor acusado. Aos quatro suspeitos juntam-se outros três cúmplices que já tinham sido presos no último dia 3 de agosto.

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Todos são investigados pelo crime de violência sexual em grupo, tendo em vista que a apuração das autoridades italianas mostrou que os jovens abusaram sexualmente da mulher em estado de embriaguez no último dia 7 de julho.

Na ocasião, eles levaram a vítima para um espaço isolado no centro da cidade e se revezaram para cometer o crime, segundo documentado por câmeras de segurança.

"Eu não tinha ideia de onde eles estavam me levando. Eles responderam: 'nós sabemos'", relatou a vítima, que pediu ajuda para pedestres, mas "ninguém entendia o que estava acontecendo".

Um dos criminosos filmou o ato de violência com seu celular, provavelmente para divulgar, mas depois teria deletado o vídeo com medo de que a jovem o denunciasse, de acordo com a polícia.

Segundo os carabineiros, a operação demonstram que, "encontrando forças para não se calar e pedindo ajuda às forças policiais, todas as formas de violência contra as mulheres podem ser combatidas adequadamente".

Da Ansa

A Justiça francesa abriu uma investigação sobre dois alertas falsos de bomba no sábado (12), que forçaram a evacuação da Torre Eiffel duas vezes no mesmo dia, informou a Promotoria à AFP nesta segunda-feira (14).

Segundo o Ministério Público, é muito "normal abrir investigações após alertas falsos de bomba, o que infelizmente acontece com frequência" e pode acontecer em monumentos históricos, escolas, aeroportos etc.

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A delegacia do sétimo distrito de Paris ficará encarregada das investigações por ameaças de crimes contra pessoas e divulgação de informações falsas "com o objetivo de levar a crer que haverá ou que houve uma destruição de risco para as pessoas", afirmou o MP, confirmando informações do jornal Le Parisien.

Este tipo de infração é punível com até dois anos de prisão e multa de 30.000 euros (160.749 reais na cotação atual).

O SETE, órgão que administra o monumento, informou que especialistas em desativação de bombas e a polícia vasculharam a área, incluindo um restaurante localizado em um de seus três andares.

A Dama de Ferro atraiu cerca de 6 milhões de visitantes no ano passado.

Um alerta de segurança provocou, neste sábado (12), o esvaziamento da Torre Eiffel, um dos monumentos mais emblemáticos de Paris que atraiu 6,2 milhões de visitantes no ano passado.

A SETE, órgão que administra o monumento, disse que especialistas em desarmamento de bombas e a polícia estavam fazendo buscas na área, incluindo um restaurante localizado em um de seus três andares.

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"É um procedimento padrão neste tipo de situação, mas é, no entanto, raro", disse uma porta-voz.

Os visitantes foram retirados dos três andares e da praça sob o monumento pouco depois das 13h30 locais (8h30 no horário de Brasília).

A Polícia Federal (PF) em Foz do Iguaçu, no Paraná, e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), por meio de sua corregedoria, deflagraram, nesta quinta-feira (10), a Operação Spoliare, para desarticular esquema envolvendo servidores suspeitos de desviarem mercadorias apreendidas. De acordo com as corporações, a prática dos agentes públicos ocorria de forma regular. 

“O intuito é de obterem vantagens financeiras ilícitas, além de facilitar ações de particulares envolvidos com contrabando e descaminho”, diz nota conjunta. A investigação teve início com a Corregedoria da PRF e evoluiu para a instauração de um procedimento na Polícia Federal, com o apoio do Ministério Público. 

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Foram expedidos sete mandados de prisão e 32 de busca. As ações ocorreram nas cidades paranaenses de Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Medianeira, Céu Azul, Cascavel, Toledo, Telêmaco Borba, Curitiba e São Paulo (SP). As ordens judiciais foram expedidas pela 3ª Vara Federal de Foz do Iguaçu. 

Dos sete mandados de prisão cautelares expedidos, quatro foram contra policiais rodoviários federais - um deles já aposentado -, e três particulares. Mais sete agentes rodoviários federais investigados serão afastados de suas funções e responderão a processo administrativo disciplinar, dentro da própria PRF, que pode resultar na pena de demissão. 

De acordo com as corporações, em fases anteriores da investigação, foi possível coletar provas de que os agentes públicos realizavam vendas dos produtos em plataformas de comércio eletrônicos, ou contavam com auxílio de particulares para dar destinação ao material, normalmente enviado para o estado de São Paulo. 

Os servidores envolvidos responderão ainda por delitos funcionais, como crimes contra a administração pública, e, se condenados, estarão sujeitos a penas máximas que, somadas, ultrapassam 30 anos de prisão. Já os particulares responderão criminalmente por suas condutas.

O nome da operação - Spoliare - faz alusão às condutas ilícitas praticadas pelos suspeitos. A palavra de origem latina significa “esbulhar da posse; privar de alguma coisa ilegitimamente, tirando-a por fraude ou violência; esbulhar da posse de alguma coisa; roubar”.

A Polícia Civil de São Paulo indiciou três homens por suspeita de participação no assassinato do policial militar Patrick Bastos dos Reis. O soldado da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) foi baleado no último dia 27 de julho, em Guarujá, litoral paulista. Um outro policial ficou ferido na mão na ocasião.

Os três respondem pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio e associação ao tráfico de drogas. Um deles foi preso em flagrante e os outros dois tiveram prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça.

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Execuções

Após a morte do policial, o governo estadual lançou na Baixada Santista a Operação Escudo. Desde o dia 28 de julho, a ação já deixou 16 mortos na região. Moradores relatam abusos, como tortura e execuções. As denúncias foram colhidas por uma comissão que esteve no Guarujá, com representantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), da Defensoria Pública estadual, da Ouvidoria de Polícia do Estado de São Paulo, do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) e parlamentares.

“O que a gente ouviu de vítimas, nem posso chamá-las de testemunhas, porque elas foram todas vítimas, foi [que houve] abordagens sistemáticas, contínuas, de pessoas dentro de casa, na rua, [de] policiais entrando na casa das pessoas sem mandado judicial, sem nenhuma justificativa, e fazendo chamado a quem era egresso do sistema prisional ou que tivesse passagem pela polícia”, disse a deputada estadual Mônica Seixas (PSOL), integrante da comissão, em entrevista à Agência Brasil na quarta-feira (2).

As denúncias de abusos levaram essas organizações de direitos humanos a pedir o fim imediato da Operação Escudo em uma carta divulgada na sexta-feira (4). “O governador do estado não pode, antes de concluir todas as apurações detalhadas e técnicas pelos órgãos competentes, declarar que a operação está sendo bem-sucedida. No afã de, no seu dizer, combater o crime organizado até o momento a operação deixou dezenas de mortos civis e impinge à comunidade um ambiente de total insegurança”, diz o documento.

Prisões

Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo, em oito dias a Operação Escudo prendeu 147 pessoas e apreendeu 478 quilos de drogas. De acordo com a pasta “a ação segue para sufocar o tráfico de drogas e desarticular o crime organizado na Baixada Santista”.

O casal de influenciadores pernambucanos Gicely Rafaela e Léo do Coque se envolveram em uma confusão na noite dessa terça (1º), em um hotel em Maceió, em Alagoas. Ela fez uma série de publicações em que acusa o marido de agressão. Ele foi detido e levado à delegacia. 

Os fãs do casal foram pegos de surpresa com as acusações feitas por Gicely após os dois terem publicado diversos stories brincando. Ela disse que foi enforcada com um golpe mata-leão e impedida de deixar o quarto.   

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"A gente entrou brincando no quarto e, do nada, a gente começou a discutir. Ele se transformou e disse que eu [fazia] briga de ego em casa com ele, que eu queria ser melhor do que ele, que ele vivia frustrado perto de mim", relatou a influenciadora. 

Gicely também afirmou que Léo sofre com problemas psicológicos e estava drogado: "totalmente descontrolado".

Ela aponta que ele teria começado a se bater para lhe prejudicar: "começou a se bater no rosto, a se arranhar [e] quando eu consegui abrir a porta, ele pegou pelo pescoço, mordi ele aqui para me soltar e comecei a pedir socorro e todos os funcionários que tão aqui me tiraram do quarto".

Léo do Coque nega as acusações

Após receber apoio dos funcionários do hotel, a influenciadora acionou a Polícia Militar, que encaminhou os dois à delegacia para registrar a ocorrência e realizar exame de corpo de delito. 

Léo do Coque também deu sua versão nas redes sociais e alega ter sido vítima da esposa. Ele mostrou marcas de mordida e arranhões em torno do pescoço. "Ela me agrediu, fez o que fez e chamou a polícia para mim", rebateu.

Um pastor evangélico foi preso, na última segunda-feira (31), no município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, por um crime cometido há 21 anos no Cabo de Santo Agostinho, cidade da Região Metropolitana do Recife (RMR). Segundo as investigações, José Belmont Ferreira de Barros era foragido da Justiça sob acusação de latrocínio, roubo seguido de morte, cometido com ajuda de três cúmplices em 2002. 

Conforme o processo, eles roubaram um táxi quando estavam de passagem por Pernambuco, pois não tinham condições de arcar com os custos das passagens. A polícia apurou que eles haviam fechado uma corrida com o taxista do município de Santa Rita, na Paraíba, até o Recife. Quando chegaram ao Cabo, anunciaram o assalto e mataram o motorista por enforcamento com um cabo de aço e um cinto de couro. O corpo foi deixado na beira da estrada e eles voltaram para o Rio de Janeiro. O veículo foi vendido para desmanche. 

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O laudo conta ainda que em 2003, ele foi detido em flagrante na Paraíba, em visita à família. Em depoimento, Belmont confessou o crime cometido no ano anterior, foi condenado e preso por um ano, mas conseguiu liberdade por meio de um habeas corpus. De volta ao Rio, fundou uma igreja evangélica, onde atuava como pastor desde então. Em 2008, foi condenado, mas nunca compareceu para responder, e o mandado ficou em aberto até 2023, quando agentes da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), de Duque de Caxias, o prenderam.

Um perfil atribuído a um ex-policial militar e outro supostamente de um policial militar em atividade com mais de 140 mil e 29 mil seguidores no Instagram, respectivamente, fizeram postagens comemorando a morte de baleados pela Polícia Militar de São Paulo na operação que ocorreu no Guarujá, na Baixada Santista, que deixou dez mortos, de acordo com o governo estadual.

Nos stories, um ex-soldado que se apresenta como Paulo Mandalho compartilhou vídeos com uma música que diz "hoje as pessoas vão matar. Hoje as pessoas vão morrer". Ao passo em que o boletim de mortos era atualizado, o perfil atribuído ao ex-soldado fazia novas postagens, comemorando e utilizando músicas como "Brilha Brilha Estrelinha" ao fundo.

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"Rota está igual Tele Sena. Com resultados de hora em hora", disse Mandalho em uma das postagens. Após ter suas atitudes na rede social divulgadas pela Ponte Jornalismo, ele disse "obrigado por me citarem na matéria" e comemorou em seguida os números de engajamento e novos seguidores. O Estadão não conseguiu contato com Mandalho.

Já o perfil atribuído ao soldado Diogo Raniere escreveu que "hoje as pessoas vão matar" em uma publicação nos stories, de acordo com prints e vídeos que circulam nas redes sociais. Depois, compartilhou uma imagem que diz: "Não façam movimentos bruscos, boinas pretas na área", junto a uma atualização sobre o número de mortos contabilizados pela polícia.

A cada atualização sobre número de mortos, o soldado também fez uma nova postagem comemorando. "Estamos na expectativa do décimo. Estamos só esperando. Quando chegar a informação, eu já mando para vocês aqui", disse Raniere, conforme mostra um dos vídeos.

Nesta segunda-feira (31), apenas uma postagem falando sobre os mortos na operação continuava ativa no perfil de Raniere. Trata-se de um vídeo em que policiais aparecem fazendo buscas em uma comunidade do Guarujá. "A caçada não para!", escreveu o soldado, junto a oito emojis de caixão. Consultado pela reportagem por meio do Whatsapp, o soldado Raniere afirmou que não quer se pronunciar sobre o caso.

Procurada, a Meta, empresa responsável pelo Instagram, não se manifestou até a publicação desta reportagem.

Questionada pelo Estadão, a Secretaria de Segurança Pública não esclareceu se investiga a autoria do conteúdo. A pasta afirmou que "que todas as mortes resultantes de ações policiais estão sendo rigorosamente investigadas pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Santos e pela Polícia Militar por meio de Inquérito Policial Militar (IPM)".

Ainda de acordo com a pasta, neste ano cinco policiais da reserva e um em serviço morreram na Baixada Santista. "A fim de manter a segurança na cidade do Guarujá, a polícia irá prosseguir com a Operação Escudo por, pelo menos, 30 dias, com reforço policial na região."

Entenda o caso

A operação da Polícia Militar foi desencadeada após a morte de um soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Patrick Bastos Reis, de 30 anos, na quinta-feira (27). Questionado sobre denúncias da população local, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que "não houve excesso". "Houve atuação profissional que resultou em prisões e vamos continuar com as operações."

A gestão estadual disse ainda que dez pessoas foram presas, incluindo o homem suspeito de atirar contra o soldado que morreu. Tarcísio disse que os casos que resultaram em mortes serão investigados pela Polícia Civil. "Cada ocorrência é investigada, não há ocorrência que não seja investigada. Todas vão ser investigadas." O governador pontuou que "a polícia quer evitar o confronto de toda forma".

O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, justificou as mortes dizendo que a violência parte dos criminosos e a polícia supostamente reage de maneira proporcional a ela. De acordo com ele, serão investigadas as imagens das câmeras das fardas dos PMs que participaram da operação para averiguar se houve excessos, mas a Secretaria entende que as denúncias de tortura e excesso de força policial não passam de "narrativas".

"Não chegou oficialmente nenhuma informação ou indício sobre caso de tortura", afirmou. Segundo Derrite, o vídeo gravado pelo suspeito de ter disparado contra Reis antes de se entregar a polícia, dizendo que faria isso para "acabar com a matança" foi uma instrução de seu advogado para "reforçar as narrativas".

Colaboraram Marco Antônio Carvalho e Fabio Grellet.

A investigação policial aponta que o suspeito de ter disparado contra o policial da Rota, Erickson David da Silva, de 28 anos, seria uma das novas lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) que despontam na Baixada Santista. 'Deivinho' conheceu a facção há sete anos e teria recebido lições de tiro em uma das células do grupo criminoso instaladas nos morros existentes na região.

O promotor de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), Silvio de Cillo Loubeh, que atuou na investigação e repressão aos saques de trens na Baixada Santista, acredita que os traficantes atiraram contra a polícia para proteger o ponto de tráfico. "Infelizmente, essa é a realidade da Baixada Santista. Nesses lugares a polícia é sempre recebida a tiros." Segundo ele, o atirador fazia parte da chamada "contenção" - grupos de pessoas armadas que protegem o ponto de tráfico.

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"Isso acontece em Santos, no Rádio Clube; em Cubatão, na Vila Esperança e na Vila dos Pescadores; em São Vicente, em Fazendinha, Dique do Piçarro, Dique da Caixeta e Sambaiatuba; e no Guarujá, na Vila Zilda. Se a polícia intensificar as operações, vamos ter mais confrontos", afirma Loubeh.

Investigações conduzidas em 2020 pelo MP-SP mostraram a ação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na Baixada Santista. Na ocasião, foi identificado que o traficante Frank Cavalcante Nobre, além de exercer a função de "cadastro final" na região do litoral paulista, também coordenava o tráfico de rua do PCC no Amazonas. Frank foi preso em agosto daquele ano, em Cubatão, mas outras lideranças ocuparam seu posto rapidamente.

Alguns chefes do PCC até são oriundos da Baixada Santista, como é o caso de André Oliveira Macedo, o André do Rap, um dos criminosos mais procurados do Estado. Também está foragido, mas sem abandonar a região, o traficante André Luiz dos Santos, o Keko, uma das pontes do PCC com o tráfico internacional.

Dificuldades enfrentadas

Um policial militar lotado no Guarujá, e que falou ao Estadão sob a condição de não ser identificado, contou as dificuldades que os policiais de fora, enviados para reforçar o policiamento na região, estão enfrentando.

"O pessoal aqui é mais fechado, mais desconfiado e solidário entre eles. Tem morro, mangue, muita 'quebrada'. Quem não conhece fica exposto", disse ele. Segundo o agente, o PM da Rota morto não teve tempo de conhecer a região. "Nesse aspecto, estava vulnerável", disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O clima é de tensão e medo no Guarujá em meio à operação que a Polícia Militar realiza na cidade do litoral paulista desde o fim da semana passada, após a morte de um soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) na quinta-feira (27). Moradores relataram ao Estadão tiroteios, temor de sair de casa à noite e comércios vazios. "Todo mundo está com medo de andar na rua de noite, porque tem muitas viaturas por aí e pode ter confronto entre policial e bandido, e quem sofre são as pessoas que não têm nada a ver com isso", diz Almir Carvalho, morador do bairro Parque Estuário, onde um homem foi assassinado na sexta.

A operação da Polícia Militar no Guarujá contra o crime organizado e o tráfico de drogas ao longo do fim de semana deixou oito pessoas mortas entre sexta, 28, e domingo, 30. E a Polícia Civil do Guarujá confirmou mais duas mortes em confrontos na tarde desta segunda, 31. A operação continuará por pelo menos 30 dias. "Tá feia a situação. Fiquei sabendo que mataram uns aí. A gente que mora no morro ouve que nem é para ficar de bobeira na rua de noite. Sou catador e vejo muitas viaturas por todo lado. Tenho medo de acontecer alguma coisa comigo, mas tenho de trabalhar para ganhar um dinheirinho pelo menos para comer", disse Fabiano Oliveira, morador do morro da Vila Edna.

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Ao menos três tiroteios ocorreram ontem, segundo relatos ouvidos pelo Estadão. Um deles teria sido na região da Paecara, a poucas quadras da Avenida Santos Dumont, e outro em Conceiçãozinha, próximo do centro, nos arredores do terminal rodoviário. "Aqui do lado tem uma lanchonete que fica sempre cheia, mas agora está vazia", diz um comerciante que não quis se identificar. Viaturas passam em alta velocidade pelas principais ruas da cidade a todo momento. "Está uma insegurança muito grande, todo mundo tenso", disse.

Governo

Questionado, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse na manhã de ontem que "não houve excesso". "Não podemos permitir que a população seja usada, não podemos sucumbir às narrativas. Estamos enfrentando o tráfico de drogas, o crime organizado. A gente tem de ter consciência disso. A gente tem uma polícia extremamente profissional que sabe usar a força na medida que ela tem de ser usada. Não houve hostilidade, excesso, houve atuação profissional que resultou em prisões e vamos continuar com as operações", disse.

Tarcísio disse que os casos que resultaram em mortes serão investigados pela Polícia Civil. "Cada ocorrência é investigada", disse, ressaltando que "a polícia quer evitar o confronto de toda forma". "Nós temos uma polícia treinada e que segue à risca a regra de engajamento. A partir do momento que a polícia é hostilizada, do momento que há o confronto, do momento que a autoridade policial não é respeitada, infelizmente há o confronto."

Tarcísio destacou que "aqueles que resolveram se entregar foram presos". "O autor do disparo (contra o PM da Rota) foi preso, entregue à Justiça. A gente não quer o confronto, mas não vai tolerar a agressão porque a polícia reage e vai reagir." Entre as oito pessoas mortas na operação deste fim de semana, quatro já foram identificadas e têm passagens pela polícia, segundo o governo. Outras quatro continuam em processo de identificação. A gestão estadual disse ainda que dez pessoas foram presas, incluindo o homem suspeito de atirar contra o soldado Patrick Bastos Reis, de 30 anos, morto na quinta.

Arma

Segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, não foi apreendida ainda a arma usada no disparo contra o policial. No entanto, a perícia mostrou que seria uma pistola de calibre 9 milímetros. O secretário informou ainda que o PM utilizava colete quando foi atingido, mas a bala penetrou em seu ombro em um ângulo em que foi possível chegar até o peito.

Derrite justificou as mortes dizendo que a violência parte dos criminosos e a polícia supostamente reage de maneira proporcional a ela. De acordo com ele, serão investigadas as imagens das câmeras das fardas dos PMs que participaram da operação para averiguar se houve excessos.

Direitos humanos

Representantes de entidades de proteção aos direitos humanos e de controle policial, além de entidades da sociedade civil, viajaram ao Guarujá nesta segunda-feira, para apurar denúncias de abuso policial e tortura de moradores sem ligação com o tráfico de drogas.

Participaram da comitiva integrantes da Ouvidoria das Polícias, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe). O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), Silvio Almeida, acionou a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos para acompanhar o caso.

Claudio Aparecido da Silva, ouvidor das Polícias de São Paulo, assinou um documento publicado também nesta segunda-feira em que aponta o relato de movimentos sociais sobre uma série de possíveis violações de direitos na cidade do litoral paulista. "Diversos órgãos de direitos humanos vêm relatando uma série de possíveis violações de direitos na região, à margem da legalidade, com indicativos de execução, tortura e outros ilícitos nas ações policiais na região, por ocasião da referida operação." (COLABORARAM GONÇALO JUNIOR e MARCO ANTÔNIO CARVALHO)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse, nesta segunda-feira (31), que a operação da Polícia Militar no Guarujá ao longo do fim de semana deixou oito pessoas mortas. A ação foi desencadeada após a morte de um soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) no fim da semana passada. Questionado sobre denúncias da população local, o governador disse que "não houve excesso". "Houve atuação profissional que resultou em prisões e vamos continuar com as operações."

Tarcísio concedeu entrevista coletiva à imprensa nesta manhã para falar sobre a operação. Neste domingo, a Ouvidoria das Polícias relatou ter contabilizado dez pessoas mortas durante a operação da PM na Baixada Santista, mas o número confirmado pelo governo até aqui foi de oito mortes. A gestão estadual disse ainda que dez pessoas foram presas, incluindo o homem suspeito de atirar contra o soldado Patrick Bastos Reis, de 30 anos, morto na quinta-feira (27).

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"Não podemos permitir que a população seja usada, não podemos sucumbir às narrativas. Estamos enfrentando o tráfico de drogas, o crime organizado. A gente tem que ter consciência disso. A gente tem uma polícia extremamente profissional que sabe usar a força na medida que ela tem que ser usada. Não houve hostilidade, excesso, houve atuação profissional que resultou em prisões e vamos continuar com as operações", disse o governador.

Tarcísio disse que os casos que resultaram em mortes serão investigados pela Polícia Civil. "Cada ocorrência é investigada, não há ocorrência que não seja investigada. Todas vão ser investigadas." O governador pontuou que "a polícia quer evitar o confronto de toda forma".

"Nós temos uma polícia treinada e que segue a risca a regra de engajamento. A partir do momento que a polícia é hostilizada, do momento que há o confronto, do momento que a autoridade policial não é respeitada, infelizmente há o confronto", disse Tarcísio nesta manhã.

Ele destacou que "aqueles que resolveram se entregar, foram presos". "O autor do disparo foi preso, entregue à Justiça. A gente não quer o confronto, mas não vai tolerar a agressão porque a polícia reage e vai reagir para repelir a ameaça."

Ângulo do disparo superou proteção do colete do soldado

De acordo com o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, não foi apreendida ainda a arma que realizou o disparo contra o policial Reis. No entanto, a perícia mostrou que seria uma pistola de calibre de 9 milímetros. O secretário informou ainda que o PM utilizava colete a prova de balas quando foi atingido, mas a bala penetrou em seu ombro em um ângulo em que foi possível chegar até o peito do agente.

Entre as oito pessoas mortas na operação deste fim de semana, quatro já foram identificadas e têm passagens pela polícia, segundo o governo. Os outros 4 continuam em processo de identificação.

Derrite justificou as mortes dizendo que a violência parte dos criminosos e a polícia supostamente reage de maneira proporcional a ela. De acordo com ele, serão investigadas as imagens das câmeras das fardas dos PMs que participaram da operação para averiguar se houve excessos, mas a Secretaria entende que as denúncias de tortura e excesso de força policial não passam de "narrativas".

"Não chegou oficialmente nenhuma informação ou indício sobre caso de tortura", afirmou. Segundo Derrite, o vídeo gravado pelo suspeito de ter disparado contra Reis antes de se entregar a polícia, dizendo que faria isso para "acabar com a matança" foi uma instrução de seu advogado para "reforçar as narrativas".

O secretário disse que a operação contra o crime organizado e o tráfico de drogas na baixada santista continuará acontecendo por pelo menos 30 dias. Ela faz parte do projeto "Impacto Litoral". A Secretaria de Segurança Pública pretende aumentar o número de policiais militares na região a partir de 2024, com a contratação de novos agentes.

Nota fiscal de salgado levou investigadores a suspeitos

Derrite disse ainda que o homem que se apresentou como o autor do disparo contra o soldado é a pessoa que realmente está envolvida no crime, segundo apontam indícios coletados pelos investigadores.

A polícia teria encontrado uma nota fiscal no local do crime e, a partir disso, chegou a um estabelecimento comercial em que uma uma mulher - supostamente envolvida no crime e posteriormente presa - teria comprado um salgado horas antes. A partir disso, foram investigadas câmeras de segurança na região e encontrada a suspeita, que delatou outros criminosos, alguns deles também já presos.

"Temos provas testemunhais dos outros indivíduos presos confirmam que o Ericson foi o autor do disparo", disse Derrite. Um outro suposto envolvido no crime continua sendo procurado pela polícia.

Ouvidoria vai pedir imagens de câmeras dos policiais

Neste domingo, a Ouvidoria havia relatado dez mortes decorrentes da operação. "Temos registros de 8 boletins de ocorrência com 10 mortos. Mas temos uma informação ainda não confirmada de mais 2 mortes. Se confirmadas, serão 12 vítimas de quinta-feira até hoje", afirmou o ouvidor Claudio Aparecido da Silva ao Estadão.

O ouvidor afirma que vai pedir as imagens das câmeras corporais dos policiais envolvidos na operação. "Instauramos procedimento para acompanhar as apurações e vamos pedir as imagens das câmeras corporais. Vamos pedir os laudos necroscópico, balísticos, residuográfico e de local", afirmou. 

A ativista ambiental sueca Greta Thunberg foi condenada, nesta segunda-feira (24), a uma multa por ter desobedecido à polícia durante umamanifestação em que o porto de Malmö foi bloqueado, em um julgamento realizado nessa cidade do sul da Suécia.

A ativista, de 20 anos, compareceu ao tribunal pouco depois das 11h (6h no horário de Brasília), sem responder a perguntas da imprensa.

Em 19 de junho, Thunberg "participou de uma manifestação que interrompeu o trânsito" e "recusou-se a obedecer às ordens da polícia, que pediu que deixasse o local", segundo a ficha de acusação, vista pela AFP.

"É correto que eu estava naquele lugar naquele dia, e é correto que recebi uma ordem que não dei ouvidos, mas quero negar o crime", disse Thunberg ao tribunal quando questionada sobre as acusações contra ela.

Thunberg afirmou que agiu por necessidade, devido à "emergência climática". Após um curto julgamento, o tribunal a condenou a uma multa de 1.500 coroas suecas (144 dólares, 687 reais na cotação atual) e a pagar 1.000 coroas suecas (96 dólares, 458 reais) a um fundo sueco para vítimas de crimes.

A ação foi organizada pela ONG ambientalista Ta Tillbaka Framtiden ("Peça o Futuro", em tradução livre), cujos militantes bloquearam a entrada e a saída do porto de Malmö para protestar contra o uso de combustíveis fósseis.

"Optamos por não ser espectadores e (...) paramos fisicamente as infraestruturas de combustíveis fósseis. Nos reapropriamos do futuro", declarou então Greta Thunberg no Instagram.

- "Queima as nossas vidas" -

A ONG Ta Tillbaka Framtiden indicou que sua determinação de combater a indústria de combustíveis fósseis permanece intacta.

"Se o tribunal decidir considerar nossa ação (interromper o trânsito) um crime, eles podem fazê-lo, mas sabemos que temos o direito de viver, e a indústria de combustíveis fósseis viola esse direito", disse Irma Kjellström à AFP.

Ela especificou que um total de seis militantes da organização devem ser julgados pela ação no porto de Malmö.

"Nós, jovens, não vamos esperar, vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para travar esta indústria que queima as nossas vidas", acrescentou, reivindicando o modo de atuação da desobediência civil.

Em uma sexta-feira de agosto de 2018, Greta Thunberg, na época com 15 anos e totalmente desconhecida, sentou-se pela primeira vez em frente ao Parlamento sueco com uma faixa onde se lia "Greve escolar pelo clima".

Em poucos meses, de Berlim a Sydney, de São Francisco a Joanesburgo, a juventude a seguiu e o movimento "Fridays for Future" (Sextas-Feiras pelo Futuro) nasceu.

Além de seus comícios climáticos, Greta Thunberg frequentemente ataca os formuladores de políticas e governos por sua inação em questões climáticas.

Operação conjunta das polícias civis de Goiás e São Paulo prendeu, nessa quinta-feira (20), uma dupla suspeita pelo golpe do 'falso militar americano'. Fingindo ser integrante das forças armadas dos Estados Unidos, um homem enganou uma vítima de Goiás, fazendo-a transferir mais de R$ 10 mil para a conta bancária do comparsa.

Segundo as investigações, após adicionar a vítima nas redes sociais e obter seu número de telefone pessoal, o criminoso, passando-se por militar americano, conversou com a vítima, diariamente, durante 24 dias, ganhando a confiança desta. 

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Em determinado momento das conversas, o falso militar americano diz que enviou produtos de valor, como joias e outros bens móveis, para a vítima. A mentira contada era que tais objetos teriam ficado retidos na rede aeroportuária do Brasil, sendo-lhe cobrada uma taxa, no valor de cerca de R$ 10 mil para a liberação dos produtos.

O aplicador do golpe é um homem da Nigéria, de 35 anos, residente na cidade de São Paulo. Segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), nos últimos seis meses, o africano movimentou cerca de R$ 1,4 milhão em apenas uma de suas contas bancárias, algo incompatível com sua renda declarada, razão pela qual foi decretada sua prisão preventiva.

O segundo preso, também residente em São Paulo, de 18 anos, era o operador financeiro do esquema criminoso, responsável, portanto, por receber em suas contas bancárias os valores angariados ilicitamente.

Tendo em vista que foram descobertas outras vítimas que também pagaram valores nas contas do jovem, verificando-se, em apenas uma de suas contas, uma movimentação de R$ 200 mil em dois meses, foi decretada sua prisão preventiva.

A Operação Smith capturou os suspeitos nas cidade de São Paulo e Ferraz de Vasconcelos/SP. Além disso, foram cumpridos quatro mandados de busca domiciliar e sequestro de contas bancárias e arresto de bens móveis.

O governo da Bahia, Estado líder em número absoluto de mortes pela polícia em 2022 e segundo maior em taxa proporcional, disse nesta quinta-feira, 20, que as pessoas mortas em confrontos com os agentes são "homicidas, traficantes, estupradores, assaltantes, entre outros criminosos". Por essa razão, informou a Secretaria da Segurança local, não computa os registros junto com os dados de "morte praticada contra um inocente".

Dados divulgados nesta quinta-feira pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostrou que 1.464 pessoas morreram em confronto com a polícia baiana em 2022. O dado representa uma alta ante as 1.335 mortes registradas em 2021. A taxa no período passou de 9,5 para 10,4 por 100 mil habitantes. No País, os indicadores de letalidade policial registraram queda, de 6.524 para 6.430.

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A lei prevê que o policial que matar uma pessoa em ação de legítima defesa de si ou de terceiro não responderá a crime de homicídio desde que comprovada a necessidade de intervenção. Óbitos registrados em ocorrência são investigados pelas corregedorias das corporações e pela Polícia Civil dos Estados.

O Ministério Público, que tem prerrogativa do controle externo da atividade policial, também monitora as investigações e pode oferecer denúncia em caso de transgressão. O julgamento dos casos e de eventuais suspeitos envolvidos cabe à Justiça. A Constituição, destacam especialistas, prega a presunção de inocência.

O Fórum contabiliza o que chama de mortes violentas intencionais (MVI), cálculo que leva em consideração os casos de homicídio dolosos, latrocínios, lesões seguidas de morte e mortes decorrentes de intervenção policial. O cálculo foi alvo da crítica da secretaria baiana. A Bahia registrou 6.659 mortes violentas intencionais, queda ante os 7.069 casos de 2021. A taxa por 100 mil habitantes é de 47,1, a segunda maior do País.

"A SSP destaca ainda que não coloca o homicídio, latrocínio ou lesão dolosa seguida de morte praticado contra um inocente, na mesma contagem dos homicidas, traficantes, estupradores, assaltantes, entre outros criminosos, mortos em confrontos durante ações policiais", declarou a pasta baiana.

Sobre a letalidade policial, a pasta mencionou que "tem investido em capacitação e inteligência policial, buscando sempre atuar na proteção da sociedade". "Reforça que aqueles criminosos que atacam as forças de segurança, receberão resposta proporcional e dentro da legalidade", declarou.

Dados divulgados nesta quinta-feira, 20, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que as polícias brasileiras mataram 6.430 pessoas ao longo do ano passado. O número é menor que os 6.524 óbitos registrados em 2021. Entre os Estados, quem registrou a maior taxa proporcional de mortes pelas polícias foi o Amapá, com 16,6 vítimas por 100 mil habitantes.

Bahia, com 10,4, e Rio, com 8,3, aparecem na sequência entre as polícias que mais matam no País. Minas (0,7), Santa Catarina (0,6) e Distrito Federal (0,5) são os Estados com menos vítimas proporcionais pelos agentes de segurança pública. Veja abaixo a lista completa.

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Taxa de mortes pela polícia por 100 mil habitantes em 2022

Amapá: 16,6

Bahia: 10,4

Rio de Janeiro: 8,3

Sergipe: 7,9

Pará: 7,7

Goiás: 7,6

Paraná: 4,2

Rio Grande do Norte: 3,2

Mato Grosso: 3,0

Amazonas: 2,5

Acre: 2,3

Tocantins: 1,7

Ceará: 1,7

Espírito Santo: 1,7

Mato Grosso do Sul: 1,6

Alagoas: 1,6

Roraima: 1,6

Maranhão: 1,4

Paraíba: 1,3

Piauí: 1,2

Rondônia: 1,1

Pernambuco: 1

Rio Grande do Sul: 1

São Paulo: 0,9

Minas Gerais: 0,7

Santa Catarina: 0,6

Distrito Federal: 0,5

Em números absolutos, a Bahia apresentou a maior quantidade de vítimas pela polícia. Foram 1.464 casos ao longo do ano passado. Rio (1.330), Pará (621) e Goiás (538) aparecem na sequência. Já Rondônia (18), Distrito Federal (15) e Roraima (10) tiveram a menor quantidade de mortes dessa natureza.

Veja a lista completa de mortes pela polícia

 

Bahia: 1.464

Rio de Janeiro: 1.330

Pará: 621

Goiás: 538

Paraná: 479

São Paulo: 419

Sergipe: 175

Ceará: 150

Minas Gerais: 148

Amapá: 122

Mato Grosso: 109

Rio Grande do Norte: 107

Rio Grande do Sul: 106

Amazonas: 99

Maranhão: 92

Pernambuco: 90

Espírito Santo: 65

Paraíba: 51

Alagoas: 50

Mato Grosso do Sul: 45

Santa Catarina: 44

Piauí: 38

Tocantins: 26

Acre: 19

Rondônia: 18

Distrito Federal: 15

Roraima: 10

A brasileira Andreia Munarão, suspeita de ter agredido o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no aeroporto de Roma, na Itália, na última sexta-feira (14), foi identificada em vídeo, apontando que ela teria iniciado a provocação verbal. 

De acordo com a análise do material recebido pela Polícia Federal (PF), mesmo sem áudio, é possível concluir que o relato dado por Munarão em depoimento contém inverdades. Na sua versão, a brasileira alega que houve apenas uma “confusão interpretativa”. 

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Agressão verbal e física 

Além dos xingamentos, Moraes afirmou que seu filho, que estava com ele no momento, foi agredido pelos brasileiros. Munarão estava acompanhada de seu marido, Roberto Mantovani, que o teria empurrado e dado um tapa no rosto. 

Munarão e Mantovani não foram os únicos a participarem do episódio de violência contra o ministro do STF. O empresário Alex Zanatta Bignotto também foi identificado, e já prestou depoimento, no último domingo (16), negando ofensas contra Moraes e seu filho. O casal presta depoimento à PF nesta terça-feira (18). 

 

A polícia sueca autorizou, nesta sexta-feira (14), um protesto em frente à embaixada de Israel em Estocolmo no próximo sábado, no qual os organizadores planejam queimar uma Bíblia e uma Torá, uma ação que foi condenada por Israel e organizações judaicas.

De acordo com a petição enviada à força policial, os idealizadores querem destruir os textos religiosos em resposta à queima de um Alcorão em junho, em frente à Grande Mesquita de Estocolmo, incidente que gerou indignação em diversos países muçulmanos.

O protesto, que deve acontecer entre 13h e 14h da tarde de sábado (entre 8h e 9h, no horário de Brasília), é uma ação de apoio à liberdade de expressão, de acordo com a solicitação enviada para a polícia.

Após ser contatada pela AFP, a instituição explicou que a autorização está em conformidade com a legislação sueca de conceder licença para um ato público, e não especificamente para as atividades previstas.

"A polícia não emite licenças para queimar vários textos religiosos. A polícia emite licenças para reuniões públicas e para expressar uma opinião. É uma distinção importante", analisou Carina Skagerlind, assessora de imprensa da polícia de Estocolmo.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, foi uma das autoridades que rapidamente condenaram a decisão, assim como Yaakov Hagoel, presidente da Organização Sionista Mundial, que disse que esta permissão não é uma "liberdade de expressão, mas sim antissemitismo".

Em junho, um refugiado iraquiano que reside na Suécia queimou algumas páginas do Alcorão em frente à Grande Mesquita de Estocolmo, coincidindo com a celebração do Aid al Adha, um feriado importante no calendário muçulmano.

Na última quarta-feira (14), o Conselho de Direitos Humanos da ONU adotou uma resolução, condenando a queima de exemplares do Alcorão e outros atos de ódio religioso.

Uma estamparia de peças nazistas foi desmontada, nessa terça (11), em uma operação conjunta entre a Polícia Civil de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. O grupo investigado cultuava Hitler e se identificava como “a nova SS de Santa Catarina”. 

O cumprimento dos mandados e busca e apreensão pela Delegacia de Repressão ao Racismo e a Delitos de Intolerância determinou o recolhimento dos materiais estampados com símbolos nazistas e supremacistas que estavam no local.  

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O inquérito foi deflagrado em outubro do ano passado e investigava a fabricação de arma de fogo, com uso de uma impressora 3D, por uma célula nazista de Santa Catarina. 

“Em encontros presenciais, além de produção de propaganda para fins de divulgação do nazismo, o grupo realizava rituais de culto à doutrina Hitlerista, nos quais os criminosos se autointitulavam ‘a nova SS de Santa Catarina’”, descreveu a polícia gaúcha, que atuou na operação. 

Em Nova Petrópolis, uma mulher foi presa em flagrante depois de atirar contra policiais que chegavam na residência. Foram encontradas duas armas, munições e itens nazistas dentro do imóvel. 

Além de Passo Fundo e Nova Petrópolis, foram cumpridas ordens judiciais nos municípios de Florianópolis, Blumenau, Joinville e Curitibanos, em Santa Catarina, em Praia Grande, em São Paulo, e em Curitiba, Maringá e Marialva, no Paraná. 

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