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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal pedido de prorrogação por mais 60 dias do inquérito dos portos. A decisão acompanha o pedido feito na semana passada pelo delegado Cleyber Lopes, responsável pelo caso.

A investigação apura se o presidente Michel Temer beneficiou a empresa Rodrimar, que atua no Porto de Santos, na edição do decreto dos Portos, assinado em maio de 2017. A apuração mira os possíveis crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva.

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Raquel, no entanto, alega que medida semelhante foi autorizada em dezembro do ano passado, sem que a PGR tivesse sido consultada. "Embora o objetivo tenha sido nobre, o deferimento de prorrogação de prazo sem prévia manifestação do titular da ação penal acaba por atrapalhar o próprio andamento da apuração, pois prejudica o conhecimento por parte do Parquet da linha investigatória desenvolvida e do estágio das investigações", disse.

O ministro do Supremo Luís Roberto Barroso é o relator do caso e decidirá sobre a prorrogação. O inquérito contra Temer foi solicitado pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em junho do ano passado e teve sua abertura autorizada por Barroso, em setembro.

Uma afirmação do diretor-geral da PF, Fernando Segovia, sobre possível arquivamento desse inquérito resultou em pedido de explicações de Barroso e em crise dentro da corporação. Em entrevista à agência Reuters, Segovia disse que as provas contra o presidente Michel Temer na investigação sobre o decreto dos Portos são frágeis e indicou que o inquérito deveria ser arquivado. Na mesma entrevista, Segovia chegou a levantar a possibilidade de investigar o delegado do caso por conta das perguntas enviadas ao presidente Temer.

O delegado Cleyber Lopes encaminhou nesta terça-feira (20) ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido de prorrogação por mais 60 dias do inquérito dos Portos. A investigação apura se o presidente Michel Temer beneficiou a empresa Rodrimar, que atua no Porto de Santos, na edição do decreto dos Portos, assinado em maio de 2017. Barroso é o relator do caso e decidirá sobre a prorrogação.

O inquérito contra Temer foi solicitado pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em junho do ano passado e teve sua abertura autorizada por Barroso, em setembro. A apuração mira os possíveis crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva.

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Uma afirmação do diretor-geral da PF, Fernando Segovia, sobre possível arquivamento desse inquérito resultou em pedido de explicações de Barroso e em crise dentro da corporação. Em entrevista à agência Reuters, Segovia disse que as provas contra o presidente Michel Temer na investigação sobre o decreto dos Portos são frágeis e indicou que o inquérito deveria ser arquivado. Na mesma entrevista, Segovia chegou a levantar a possibilidade de investigar o delegado do caso por conta das perguntas enviadas ao presidente Temer.

Na segunda, Segovia foi pessoalmente ao gabinete do ministro Barroso e deu sua versão sobre o ocorrido. Segundo ele, suas declarações "foram distorcidas e mal interpretadas" e "que não teve a intenção de ameaçar com sanções o delegado encarregado, tendo também aqui sido mal interpretado".

Histórico. As suspeitas sobre Temer em torno da edição do Decreto dos Portos surgiram a partir de uma conversa de pouco mais de 2 minutos com Loures interceptada pela Polícia Federal em 4 de maio de 2017. Loures, que foi assessor especial da Presidência, estava grampeado. O deputado tentava saber sobre a assinatura do Decreto dos Portos e Temer informou o parlamentar que iria assinar o decreto na outra semana.

Depois da conversa com Temer, Rocha Loures passou informações por telefone a Ricardo Conrado Mesquita, membro do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira dos Terminais Portuários e diretor da empresa Rodrimar, que opera no Porto de Santos.

Na conversa ao telefone, o presidente indica o que é uma das principais mudanças previstas no decreto, o aumento para 35 anos de prazos dos contratos de arrendatários, prorrogáveis por até 70 anos. Após Loures comentar que teve informação de que já teria sido assinado o decreto, Temer responde: "Não. Vai ser assinado na quarta-feira à tarde .. Vai ser numa solenidade até, viu?". Em outro trecho da conversa, o presidente diz que "aquela coisa dos setenta anos lá para todo mundo parece que está acertando aquilo lá…".

"Têm-se, pois, elementos de prova no sentido de que o denunciado Rodrigo Loures, homem de total confiança do também denunciado Michel Temer, não apenas mencionou diversas pessoas que poderiam ser intermediárias de repasses financeiros ilícitos para Temer, como também atuou para produção de ato normativo que beneficiara justamente a sociedade empresária possivelmente ligada às figuras de "Ricardo" e "Celso", no caso a Rodrimar S.A., nas pessoas de Ricardo Conrado Mesquita, diretor, e Antônio Celso Grecco, sócio e presidente", escreveu Janot ao pedir a abertura da investigação.

O governo quer realizar, ainda neste ano, o leilão de três terminais portuários localizados no Pará, projetos que preveem investimentos de R$ 168 milhões. O arrendamento dos terminais para a iniciativa privada está previsto para o Porto de Miramar, localizado em Belém. Se o plano se concretizar, seria uma antecipação do prazo original. A ideia do governo era licitar esses projetos somente no primeiro trimestre de 2018.

A expectativa é realizar o leilão das áreas na primeira quinzena de dezembro. Para isso, no entanto, o governo precisa de um sinal verde do Tribunal de Contas da União (TCU), que analisa a minuta do edital desses terminais. Internamente, a coordenação do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), da Secretaria Geral da Presidência, acredita que a liberação pela corte de contas deve ocorrer na próxima semana.

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O leilão dos terminais portuários será feito pelo modelo de outorga, no qual vence a proposta quem apresenta o maior lance pelo projeto, além de assumir seus compromissos de investimentos. Diferentemente do que ocorre nos leilões de aeroportos, porém, nos quais o governo estipula um preço mínimo para o lance, não há um valor de saída para a oferta dos portos.

"O modelo é assim porque o que buscamos com os portos, efetivamente, é garantir os investimentos, e não a arrecadação", diz o diretor do programa pelo PPI, Diogo Piloni.

Interesse. Apesar de não haver projeções públicas de pagamento de outorga, o governo está convicto de que haverá interessados para os três terminais. "Não há dúvidas sobre o interesse nesses terminais. Na realidade, o que estamos fazendo atende a uma demanda reprimida do setor", disse José Carlos Medaglia Filho, diretor-presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), estatal responsável pelos estudos de viabilidade dos empreendimentos.

Até janeiro do ano que vem, outros 12 terminais portuários estarão com seus estudos concluídos e prontos para serem leiloados, segundo Medaglia.

No primeiro semestre do ano que vem, um segundo bloco com mais seis terminais deve ser leiloado, com previsão de atrair mais R$ 470 milhões em investimentos. Outros seis projetos devem ser ofertados até o fim de 2018.

Os terminais que serão leiloados são voltados para a estocagem e distribuição de gás liquefeito e combustível, o setor que, segundo Diego Piloni, é o que mais tem demanda pela construção de novos terminais portuários em todo o País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na manhã desta quinta-feira (23) a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) leiloou, no valor de R$ 68,2 milhões, os dois terminais de combustíveis (STM 04 e STM 05) do Porto Organizado de Santarém, no Pará.

Formado pela Petróleo Sabbá e Petrobrás Distribuidora, o Consórcio Porto Santarém foi o vencedor do leilão dos dois terminais. O primeiro lote foi arrematado por R$ 18,2 milhões e o segundo por R$ 50,005 milhões.

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As áreas STM 04 e 05, como são conhecidas, já estão em operação e trabalham com movimentação e armazenagem de graneis líquidos de combustíveis, como gasolina, diesel e etanol, procedentes do Porto de Manaus.

O Consórcio Porto Santarém vai desembolsar um valor total de outorga de R$ 68,2 milhões. Pela regra, 25% será pago na assinatura do contrato e o restante será quitado em mais quatro parcelas. Os investimentos nos dois terminais somam R$ 29,8 milhões e serão destinados à ampliação dos tanques de abastecimento de gasolina, etanol e diesel.

O diretor-geral da Antaq, Adalberto Tokarski, destacou que os contratos de operação dos terminais estavam vencidos, o que poderia gerar problemas de abastecimento na região. “Esses dois terminais não dão suporte só para a região de Santarém, mas para toda a região amazônica”, enfatizou.

A modernização dos terminais portuários, a expansão da carga em contêineres e a instalação de esteiras para granéis sólidos praticamente eliminaram o trabalho braçal nos moldes do passado. Apesar disso, o Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) continua representando alguns milhares de trabalhadores, sendo que muitos deles não se especializaram.

Hoje em dia, para trabalhar nos terminais, os operadores precisam saber usar máquinas, tratores e equipamentos ultramodernos. Os velhos guindastes móveis foram substituídos pelos portêineres - equipamentos sob trilhos elevados, que fazem o embarque e desembarque dos contêineres nos navios. No pátio, as velhas empilhadeiras deram lugar aos eficientes RTGs, pórticos sobre pneus que cuidam da disposição do armazenamento nos terminais.

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Além de custar alguns milhões de reais, todos eles precisam ser usados por pessoas habilitadas - o que tem causado conflito entre o Ogmo e os terminais. As empresas brigam pela possibilidade de poder escolher o trabalhador que quiser para operar esses equipamentos. Mas, pela regra atual, qualquer terminal dentro de um porto público é obrigado a contratar dentro do Ogmo, que durante anos teve o monopólio da distribuição do trabalho da estiva nos portos brasileiros, em especial dentro do complexo santista.

Os estivadores são contratados por meio de uma escala, que obedece intervalo mínimo de 11 horas de descanso. Ou seja, há uma rotatividade grande dos trabalhadores dentro de um terminal. O estivador que faz um trabalho num terminal num dia poderá estar em outro local nos dias seguintes.

"As empresas querem ter liberdade de contratação dos trabalhadores, mas há uma resistência por parte dos sindicatos por manter os avulsos", afirma o presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli. Segundo ele, com os equipamentos modernos, os terminais precisam constantemente mandar os trabalhadores para serem treinados nas fábricas, a maioria no exterior. "Mas como mandar um trabalhador avulso para um curso desses. É complicado", afirma o executivo.

Hoje os terminais têm uma equipe própria e os trabalhadores avulsos, que são usados para os postos de conferentes, vigias e estivadores. Cada um deles tem um sindicato específico, além do Ogmo. "O empregador precisa negociar com todos eles. E mesmo que queira contratar fora do Ogmo alguém para compor sua equipe ele não pode", diz Manteli.

Ele conta que, depois da quebra do monopólio do sindicato dos estivadores na década de 90, as empresas tinham de dar prioridade à mão de obra do Ogmo, mas se não encontrasse o profissional ideal poderia buscar fora do mercado. Em 2013, no entanto, uma nova lei (12.815) mudou isso e voltou ao que era antes. Agora as empresas só podem contratar dentro do Ogmo.

Além dessa vitória, os sindicatos fazem campanha para que outros terminais, fora dos portos públicos, também sejam obrigados a seguir a mesma regra. Por ora, eles não conseguiram emplacar a medida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A primeira reunião do conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que vai autorizar lista de concessões e privatizações do governo, terá cinco empreendimentos em portos, segundo informou o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella. Serão dois terminais de combustíveis em Santarém (PA) e um terminal para movimentação de trigo no porto do Rio de Janeiro, além das renovações de duas concessões: terminal de fertilizantes de Paranaguá (PR) e terminal de contêineres de Salvador.

O terminal de trigo tem preço mínimo fixado em R$ 63 milhões e contrato de 25 anos. Em estudos desde 2014, a concessão foi formulada para atender a uma companhia trading que foi desalojada para obras do Porto Maravilha. As áreas em Santarém tiveram investimentos estimados inicialmente em R$ 13 milhões.

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Esses são, segundo a pasta, os empreendimentos novos para os quais há sinais de interesse do setor privado. Em março passado, o governo cancelou um leilão de áreas em portos no Pará justamente porque havia risco de não aparecerem concorrentes para elas.

"Estamos analisando caso a caso para verificar quais os ajustes que precisam ser feitos em cada um desses estudos, de modo a viabilizarmos esses investimentos da melhor forma possível", informou o ministério. "Esses ajustes podem se referir à simples atualização de determinados dados e/ou projeções de demanda, ou a mudanças mais estruturantes no desenho que havia sido proposto inicialmente."

Aeroportos

De todos os modais em infraestrutura, os projetos que estão mais maduros para irem a leilão são os quatro aeroportos: de Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre. O governo está confiante quanto ao interesse do setor privado, sobretudo de investidores estrangeiros, no negócio.

Para tanto, já está certo que os editais serão traduzidos para o inglês e que o prazo entre a publicação das regras e a realização do leilão será aumentado de 45 para 100 dias. O valor mínimo de outorga dos quatro aeroportos, somados, foi fixado em R$ 4 bilhões.

Para tornar os aeroportos mais atraentes, o governo alterou o fluxo de pagamentos da taxa de outorga. O objetivo é permitir que, no início do contrato, o concessionário concentre recursos financeiros nas obras de expansão. "Fizemos esse arranjo para não poluir a vida da concessão", explicou Quintella.

Assim, o vencedor do leilão entregará 25% do valor da outorga mínima à vista. Além disso, ele deverá recolher nesse primeiro pagamento tudo o que ofereceu acima do preço mínimo fixado para dar o lance vencedor.

Depois do pagamento à vista, ele passará os cinco primeiros anos do contrato sem pagar taxa de outorga. Entre o sexto e o décimo anos, recolherá valores que subirão gradualmente. A partir do décimo primeiro ano, a parcela ficará fixa até o fim do contrato. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um acordo judicial firmado no final de junho, entre a Companhia Docas do Pará – CDP e o Ministério Público do Trabalho PA/AP (MPT), converteu o valor de R$ 250 mil, provenientes de multa aplicada à Companhia, para realização de capacitação e qualificação a guardas portuários. Os cursos devem beneficiar 170 trabalhadores e serão executados ao longo de 12 meses.

Homologado pela 12ª Vara do Trabalho de Belém, o acordo é resultante de ação de execução de Termo de Ajuste de Conduta (TAC), ajuizada pelo MPT em 2015, quando decisão judicial determinou prazo de 60 dias para que a CDP cessasse a utilização de trabalhadores terceirizados nos serviços de vigilância e controle de acesso à área do porto organizado e nomeasse os candidatos aprovados no último concurso público para o cargo de guarda portuário, ainda que classificados fora do número de vagas.

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No decorrer do ano passado e início deste ano de 2016, a Companhia Docas do Pará cumpriu a obrigação pleiteada na ação do MPT, nomeando os candidatos aprovados em seu último concurso público, inclusive todos aqueles classificados em cadastro de reserva para o cargo de guarda portuário. Além disso, a CDP cessou também o contrato que matinha com a empresa Vidicon, que prestava serviços de vigilância.

Quanto à necessidade de realização de novo certame para o cargo, o MPT acompanha o levantamento da necessidade de abertura de novas vagas feito pela CDP em conjunto com o sindicato da categoria, cujos resultados devem ser informados à Justiça do Trabalho, no prazo de 60 dias. Sobre os cursos acordados, a Companhia Docas do Pará deve apresentar, no prazo de 30 dias, cronograma detalhado para a sua realização, discriminando carga horária, número de participantes em cada curso, número de turmas e objetivo, sob pena de retorno ao valor originário da execução, em caso de descumprimento.

Em 2015, o MPT ajuizou ação de execução de Termo de Ajuste de Conduta, acordo de natureza extrajudicial, contra Companhia Docas do Pará, que mantinha terceirizados nas atividades de guarda portuária mesmo havendo concurso público vigente para o cargo. Em 2006, um TAC já fora celebrado entre o MPT e a CDP, prevendo diversas obrigações, dentre as quais a proibição de terceirização das atividades da guarda portuária pela Companhia. Em 2008, foi feito um aditivo ao termo original, prescrevendo de forma mais específica as atividades sobre as quais incidiria a proibição da terceirização.

No ano de 2010, o TAC foi executado pela primeira vez e as obrigações de pagar impostas à ré pelas infrações foram convertidas na promoção de projetos sociais. Posteriormente, candidatos aprovados no último concurso para guardas portuários da CDP denunciaram nova desobediência, desta vez à cláusula n° 2 do Termo de Ajuste de Conduta. Fiscalizações empreendidas pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/PA) comprovaram a utilização de segurança terceirizada para exercer atividades que são de competência da guarda portuária em portos sob responsabilidade da CDP, com o propósito de reduzir custos.

O Ministério Público do Trabalho requereu, então, nova execução do TAC à Justiça do Trabalho, constando, entre os seus pedidos, o pagamento pela ré de multa no valor de R$ 250 mil, além da nomeação dos candidatos aprovados em cadastro de reserva no certame e a cessação do contrato de terceirização mantido entre a CDP e empresa de vigilância.

Com informações do MPT/PA.

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) confirmou nesta segunda-feira, 28, o adiamento do leilão de portos marcado para a próxima quinta-feira, 31. Uma falha no sistema da agência reguladora levou à falta de resposta de questionamentos enviados por consórcios interessados nas seis áreas em portos paraenses do certame.

Em nota, a agência informou que 48 pedidos de esclarecimentos não foram respondidos devido a problemas no sistema de informática do órgão regulador. De acordo com a Antaq, o prazo de impugnação dos editais será reaberto e um novo cronograma deverá ser anunciado, com o leilão previsto para acontecer nos próximos 30 dias.

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As estimativas de receitas nos 25 anos de contratos dos terminais paraenses somam R$ 6,172 bilhões. Serão leiloadas duas áreas em Santarém, uma voltada para o embarque de soja e outra para minério de ferro. Em Outeiro serão três terminais idênticos para a movimentação de grãos. Já em Vila do Conde, o governo tentará leiloar o terminal para soja que não teve interessados no leilão de dezembro de 2015. Na ocasião, foram arrecadados R$ 430 milhões em outorgas com o arrendamento de três áreas no Porto de Santos (SP).

Setor privado

Segundo uma fonte do setor privado que atua no segmento portuário, o timing é desfavorável para esse tipo de operação. "O momento do mercado e do agronegócio mundial é conservador", disse a fonte, pedindo para não ser identificada. Das seis áreas portuárias que seriam leiloadas nesta quinta-feira, cinco seriam utilizadas para a movimentação de grãos.

O leilão de seis áreas em portos públicos no Pará, marcado para o próximo dia 31, será um importante teste para a tese que circula no governo, segundo a qual os investimentos em infraestrutura são menos impactados pela crise política e pelo atual momento de baixa na economia, por se tratarem de decisões de longo prazo. A expectativa da área econômica é que haja interessados para todas as áreas, que juntas exigirão investimentos estimados em R$ 1,766 bilhão.

"Torço para que apareçam vários interessados para ocupar essas vagas, que hoje estão ociosas", disse o presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli. "É uma região importante para o escoamento do agronegócio", afirmou.

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"Em condições normais de temperatura e pressão, o negócio teria bastante concorrência", comentou Fernando Marcato, sócio da GO Associados, para quem a crise não será determinante no leilão. "Os estrangeiros avaliam que o Brasil não sofrerá uma ruptura institucional e que, daqui a algum tempo, alcançaremos velocidade de cruzeiro." Ele acredita que o leilão terá concorrentes, tal como calcula o governo.

"O mercado está morno", disse o advogado Luís Felipe Valerim Pinheiro, sócio da VPBG Advogados e professor de Infraestrutura na FGV Direito em São Paulo. "Creio que não seja problema do projeto em si, mas pelo contexto macroeconômico."

Os problemas técnicos envolvendo o leilão de áreas portuárias no Pará foram bastante reduzidos nos últimos meses. O ministro dos Portos, Hélder Barbalho, fez uma série de reuniões com representantes do setor privado para ajustar o edital, depois que o governo precisou desistir de leiloar uma área no porto de Vila do Conde no final do ano passado. Também liderou um roadshow. "Ele fez a lição de casa", atestou Marcato.

O governo já havia acatado sugestões das empresas como, por exemplo, autorizar a instalação de um terminal de fertilizantes em Santarém e de três terminais de grãos em Outeiro. Originalmente, a previsão era de apenas um. Os terminais portuários não escapam, porém, dos problemas comuns às demais concessões. O principal deles é o crédito, já identificado pela área econômica como principal gargalo do programa.

Os terminais no Pará fazem parte de uma estratégia de governo e empresas, que querem direcionar o escoamento dos grãos produzidos no centro do País para os portos do Norte. A estimativa da Secretaria de Portos é que o volume de carga para aquela região aumentará 160% até 2020, passando de 8,5 milhões de toneladas para 22 milhões de toneladas.

A secretaria cita cálculos do consultor da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) Luiz Antonio Fayet, pelos quais será possível economizar de US$ 47 a US$ 60 por tonelada com essa nova rota, que ficará de 500 a 1000 km mais curta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Sindicato dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão informou nesta sexta-feira, 18, que estivadores do Porto de Santos farão uma greve de 24 horas na próxima segunda-feira, 21, segundo a agência marítima Williams Brazil. O sindicato reivindica a reposição de perdas decorrentes da inflação, aumento real e participação nos lucros, disse a agência.

O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado do Pará (MP/PA) pediram à Justiça a suspensão urgente do licenciamento ambiental de três portos no distrito de Miritituba, em Itaituba, no sudoeste paraense. O Ministério Público defende que o licenciamento seja federal, e não estadual, e apresente avaliações ambientais que levem em conta todos os megaempreendimentos previstos para a região. As informações são do MPF/PA.

A ação foi encaminhada para a Justiça Federal em Itaituba na segunda-feira (15). O Ministério Público pede a suspensão do licenciamento das Estações de Transbordo de Cargas (ETCs, espécie de portos simplificados) Miritituba, de interesse da empresa Rio Turia Serviços Logísticos Ltda, HBSA Tapajós, da Hidrovias do Brasil – Miritituba S.A., e Itaituba, de interesse da empresa Cianport – Cia de Navegação Ltda.

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Além das empresas responsáveis pelos projetos dos portos, a ação foi ajuizada contra o Estado do Pará, a União, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Caso a Justiça acate o pedido do Ministério Público, e a decisão seja descumprida, a ação pede a aplicação de multa diária de R$ 100 mil.

A região sudoeste do Pará é considerada por empresas públicas e privadas da área de infraestrutura uma importante rota de exportação de produtos minerais e agrícolas, especialmente a soja cultivada no Centro-Oeste do País. Por isso, para a região estão previstas uma série de ETCs, uma hidrovia, uma ferrovia e um complexo hidrelétrico (estudos indicam que há mais de 40 barragens previstas para a bacia do Tapajós). No entanto, cada projeto está sendo licenciado isoladamente, por diferentes órgãos ambientais, sem considerar a soma e interação dos impactos desse conjunto de megaobras.

“A análise fragmentada ou parcial destes aspectos que constituem o bem ambiental desvirtua a natureza do instrumento, viciando o processo de licenciamento e tolhendo a sociedade do direito/dever de proteção do meio ambiente ecologicamente equilibrado”, critica a ação, assinada pelos promotores de Justiça Daliana Monique Souza Viana, Ione Missae da Silva Nakamura, Lílian Regina Furtado Braga e Rafael Trevisan Dal Bem e pela procuradora da República Janaina Andrade de Sousa.

O Ministério Público destaca que somente com avaliações ambientais integradas e estratégicas é possível a sociedade ter respostas a perguntas como: qual a relação custo/beneficio socioambiental do desenvolvimento portuário, ferroviário, hidroviário e hidrelétrico da região? Qual será o resultado desse desenvolvimento em longo prazo? E, principalmente: o que pode ser feito para que o resultado desse desenvolvimento seja melhor, em termos socioambientais.

No caso das ETCs de Miritituba, os licenciamentos ainda apresentam outra irregularidade: estão sendo realizados pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), apesar de a natureza jurídica dos entes envolvidos na concessão das autorizações de atividades, os valores empregados no financiamento, o domínio da área do complexo de portos e a extensão do dano socioambiental vincularem a obrigação do licenciamento ao Ibama.

“É assente [sólido] na doutrina especializada que o princípio norteador para definir-se a competência para o licenciamento ambiental é o da predominância do interesse, sendo que as obras que causarem significativos impactos ambientais de interesse da União e em seus bens, devem, necessariamente, ser licenciados pelo Ibama”, enfatiza o MP.

Além de não ser o órgão competente para a emissão das licenças, a Semas estava permitindo uma série de violações legais nos processos de licenciamento, denunciaram os membros do MP/PA e MPF. Indígenas e outras comunidades tradicionais direta e indiretamente afetadas não foram consultadas, uma pesquisa de campo com pescadores resumiu-se a entrevistas com dois deles, uma empresa foi autorizada a deixar de estudar impactos em uma comunidade indígena simplesmente porque essa mesma empresa intuiu que os indígenas não seriam impactados e impactos a espécies de peixes e quelônios foram ignorados.

O complexo portuário de Miritituba, localizado à margem direita do rio Tapajós e próximo ao entroncamento entre as rodovias BR-163 e BR-230, está na lista de prioridades das grandes empresas de agronegócio. O objetivo é transformar a região em um polo capaz de receber a produção do Médio-Norte de Mato Grosso e distribuí-la em comboios de barcaças para os portos exportadores de Santarém (PA), Vila Rica (PA) e Santana (AP).

Pelo menos oito empresas já adquiram terrenos em Miritituba para a construção de estações de transbordo à margem do Tapajós, um rio naturalmente navegável para barcaças. Destas, ao menos quatro – as tradings americanas Bunge e Cargill e as operadoras logísticas Hidrovias do Brasil e Cianport – possuem projetos em estágio final de licenciamento.

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) publicou ontem (22) o edital para o segundo leilão de arrendamentos portuários, que será realizado no dia 31 de março e trará áreas localizadas no Pará. Embora os documentos não tragam valores para a outorga mínima pelos empreendimentos, as estimativas de receitas nos 25 anos de contratos dos terminais somam R$ 6,172 bilhões.

O primeiro terminal de Santarém tem 27,9 mil m² de área e será destinado ao embarque de soja. Com receitas estimadas em R$ 1,764 bilhão ao longo do contrato, o operador desse terminal pagará à administração do Porto uma taxa de arrendamento fixo de R$ 54.210 por mês, além de R$ 0,70 por tonelada movimentada.

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Já o segundo terminal de Santarém tem 26,6 mil m² de área e será voltado ao embarque de minério. O terminal tem receitas estimadas em R$ 751,141 milhões ao longo dos 25 anos de contrato. O vencedor do lote pagará R$ 30.391fixos por mês à administração do porto, além de R$ 1,30 por tonelada movimentada.

Em Outeiro, serão licitados três terminais idênticos, cada um com 35 mil m² destinados ao embarque de soja. Com receitas estimadas em R$ 632,687 milhões em cada área durante o contrato, cada terminal pagará à administração do porto R$ 18.980 fixos mensais, mais R$ 0,60 por tonelada movimentada.

Por fim, o terminal de Vila do Conde volta ao edital depois de não ter tido interessados no leilão realizado em dezembro. Com 56,8 mil m² voltados para o embarque de soja, o terminal tem receitas estimadas nos 25 anos de contrato de R$ 1,764 bilhão e o operador deverá pagar à administração do porto a taxa fixa de arrendamento de R$ 53.642 por mês, mais R$ 0,71 por tonelada movimentada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) avisou no Diário Oficial da União (DOU) que realizará no dia 31 de março leilão para arrendamento de áreas e infraestruturas públicas localizadas em portos do Estado do Pará. A licitação ocorrerá na sede da BM&FBovespa, em São Paulo.

Serão realizados quatro leilões, um para áreas do Terminal de Outeiro, do Porto de Belém, dois para áreas do Porto de Santarém e um para área do Porto Vila do Conde.

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A publicação divulgada no DOU não traz mais detalhes da licitação, apenas cita que os editais dos leilões poderão ser obtidos a partir desta sexta-feira, 22, nos sites da Secretaria Especial de Portos (SEP) e da Antaq, e também na sede da agência, em Brasília.

O governo federal vai promover no dia 9 de dezembro, em São Paulo, o leilão de quatro áreas para exploração portuária a serem licitadas dentro do Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP): uma em Vila do Conde, no Pará, e outras três em Santos, São Paulo. O leilão significa investimentos de R$ 1,1 bilhão no setor. Numa segunda fase, serão leiloadas outras quatro áreas, todas no Pará: três em Belém, capital paraense, e uma em Santarém, no oeste do Estado. As informações são da Agência Brasil.

Segundo o ministro da Secretaria Especial de Portos, Helder Barbalho, a maioria dos interessados é formada por empresários brasileiros. O plano, afirma o ministro, visa "à construção de um diagnóstico do setor portuário e a capacidade de fazer um prognóstico até 2042 levando em consideração números e dados”

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O setor portuário paraense enfrenta um momento difícil por causa da falta de infraestrutura. Em outubro, o naufrágio de um navio no porto de Vila do Conde, em Barcarena, provocou um acidente ambiental de grandes proporções. Milhares de bois morreram e ainda hoje pelo menos duas mil carcaças de animais estão presas na embarcação, no fundo do rio Pará.

Durante o Fórum Infraestrutura de Transporte, promovido pelo jornal Folha de S.Paulo, nesta quarta-feira (25), em São Paulo, Helder Barbalho falou que os investimentos públicos e privados previstos para o setor nos próximos cinco anos somam R$ 51 bilhões, sendo R$ 3,9 bilhões de investimentos públicos em dragagens e melhorias portuárias. Do setor privado estão previstos R$ 19,6 bilhões em novos terminais, R$ 16,2 bilhões em novos arrendamentos e R$ 11 bilhões em renovações contratuais.

O diretor-presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários, Wilen Manteli, também participou do evento e destacou que o setor ainda precisa ser estruturado, reduzindo a burocracia, qualificando a mão de obra e melhorando o acesso aos portos. “Outra questão é que é preciso descentralizar o setor”, defendeu ele.

Manteli questionou o ministro sobre os contratos dos terminais portuários pré-1993, que estão vencidos ou prestes a vencer, e que forçam a maioria dos terminais a operar via liminar. Antigamente, as empresas tinham um contrato de aluguel para operar nos terminais, que eram renovados. A partir de 1993, com a Lei dos Portos, o critério para exploração de uma área portuária pública passou a exigir licitação.

Segundo Manteli, os processos de licitação são demorados e o governo deveria criar um mecanismo para antecipar a prorrogação desses contratos. “É preciso antecipar a prorrogação para gerar segurança jurídica para os investidores. Serão mais bilhões de reais sendo investidos. É um processo rápido”, disse ele.

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A Agência Nacional de Transportes Terrestres (Antaq) informou no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (26) que realizará no dia 9 de dezembro o leilão de áreas localizadas nos portos de Santos (SP) e Vila do Conde (PA). O certame vai ocorrer na sede da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O documento publicado no DOU informa também que o edital e os seus respectivos anexos serão divulgados ainda nesta segunda-feira nos sites www.portosdobrasil.gov.br e www.antaq.gov.br.

Pelo leilão, serão licitadas três áreas no Porto de Santos e uma área no Porto da Vila do Conde. O governo estima investimentos nessas quatro áreas da ordem de R$ 1,1 bilhão, dos quais R$ 640 milhões em São Paulo e R$ 501 milhões no Pará.

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Os quatro terminais fazem parte de um total de 29 que serão licitados no Bloco 1 do Programa de Investimento em Logística portuária. O Bloco 1 contempla, além do terminal de grãos em Vila do Conde, outros 19 terminais no Estado do Pará e mais seis terminais em Santos, além dos três terminais já divulgados. Ao todo, são estimados R$ 4,7 bilhões em investimentos, sendo R$ 3,2 bilhões no Pará e R$ 1,5 bilhão em São Paulo.

Na ânsia de tirar dinheiro de onde for possível, o governo passou a ver nas concessões de portos uma forma de engordar o caixa minguado das contas públicas. A ordem é que a oferta dos primeiros terminais portuários à iniciativa privada, que até então se basearia na combinação entre o menor preço de tarifa e a maior quantidade de carga embarcada, agora foi substituído pela outorga, ou seja, a quem pagar o maior valor para explorar o terminal portuário.

O jornal "O Estado de S. Paulo" apurou que a expectativa do governo, a partir de levantamentos preliminares, é arrecadar cerca de R$ 1 bilhão ainda neste ano com a oferta de oito terminais, cinco deles previstos no litoral do Pará e outros três em Santos (SP). Seria um "dinheiro novo", que ajudaria a aliviar os rombos da União.

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A aprovação deste modelo de outorga ainda depende de um aval do Tribunal de Contas da União (TCU). A corte já havia aprovado a licitação desses terminais, mas apenas no modelo originalmente previsto. Como o TCU solicitou alguns ajustes à Secretaria de Portos, esta decidiu incluir na lista de ajustes a adoção das outorgas. Basicamente, o plano é "vender" os portos por um período de 25 anos, como acontece hoje com os aeroportos, em vez de simplesmente repassá-los à iniciativa privada, tendo em troca investimentos e cobrança de tarifas mais baratas, como é feito nas rodovias.

A expectativa de arrecadação com as outorgas foi confirma pelo ministro da Secretaria de Portos, Edinho Araújo. "Estamos trabalhando com esse plano. A segunda fase das concessões de portos já prevê o modelo de outorga. O TCU tem sido muito colaborativo para que esse trabalho avance nesta primeira etapa também", disse Edinho, em entrevista ao jornal.

Além da arrecadação com as outorgas, os leilões dos terminais preveem que outros R$ 2,1 bilhões sejam investidos na construção dessas novas estruturas. O governo espera que as primeiras ofertas de terminais sejam feitas já em outubro.

Com os primeiros leilões portuários, o governo quer testar o ânimo dos empresários em entrar nesses empreendimentos. Há cinco anos não é feita uma concessão portuária no Brasil, disse Edinho Araújo. O modelo de outorga, que o governo pretende aplicar no setor, também é uma novidade. Uma segunda rodada de terminais está prevista para acontecer no primeiro semestre do ano que vem.

Segundo o ministro, as primeiras movimentações do empresariado demonstram que há interesse. Em julho, a Secretaria de Portos publicou seis editais de chamamento público para procedimento de manifestação de interesse (PMI) de duas áreas no Porto de Santos (SP), duas no Porto de Suape (PE), uma área no Porto do Rio de Janeiro (RJ) e uma área no Porto de São Francisco do Sul (SC). São estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para os arrendamentos portuários.

"Recebemos dez empresas interessadas, que farão 28 estudos. Entre eles, nós escolheremos seis estudos. É uma demonstração clara que o mercado está interessado nesses projetos", comentou o ministro. Os estudos devem ser escolhidos até o fim de outubro.

O ministro da Secretaria Especial de Portos, Edinho Araújo, evitou nesta quinta, 6, comentar a possibilidade de sua pasta ser afetada por um eventual corte de ministérios no governo Dilma Rousseff. Ele destacou que o setor portuário é importante para a economia e tem tido grande atenção do governo, citando os investimentos de R$ 37,4 bilhões previstos no Programa de Investimentos em Logística (PIL) para a área portuária.

"Não vou discutir possibilidade de corte de ministério porque essa questão não foi trazida a mim. Tenho trabalhado com um equipe reduzida, mas competente, para implantar o novo marco legal do setor portuário. Esse é um setor com grande interesse privado, que está bastante aquecido", ressaltou.

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Ao ser indagado sobre a avaliação dele sobre as declarações do vice-presidente da República, Michel Temer, que ontem declarou que é necessário surgir alguém para reunificar o País, Araújo disse: "As falas de Temer são sempre no sentido da unidade, do equilíbrio e do bom senso". E acrescentou: É preciso termos uma visão de país, pois temos necessidade de sair dessa dificuldade. Não vejo que Temer se colocou à frente dessa visão de país. Vamos encontrar uma saída e o País sairá mais forte desse processo".

Após assinar nesta segunda-feira (18) o contrato de concessão da Ponte Rio-Niterói, a presidente Dilma Rousseff disse que a segunda etapa do programa de concessões do governo federal será lançada em junho e que espera que a nova fase repita os resultados da primeira.

“Acreditamos que ele [o programa de concessões] terá o mesmo sucesso que o primeiro teve. Este vai ser um programa de concessões um pouco mais amplo, porque vai abranger não apenas rodovias, mas ferrovias, aeroportos, portos e outras concessões”, adiantou.

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Dilma considerou a primeira etapa do programa “muito bem- sucedida”. O governo conseguiu licitar mais de 25 mil quilômetros, com previsão de investimentos de R$ 32 bilhões ao longo da vigência dos contratos.

Para a presidente, a continuidade das licitações mostra que o programa funcionou, com respeito às regras e aos contratos. “Mostra que temos maturidade suficiente para ter um programa que foi respeitado, que as regras foram observadas, cumpridas, que não houve nenhum desequilíbrio no contrato e isso significa robustez num projeto de concessão. Significa que o projeto de concessão brasileiro é credível e forte”, avaliou.

RJ - A concessionária Ecoponte vai administrar a Ponte Rio-Niterói por 30 anos. O contrato assinado hoje prevê investimentos de 3,3 bilhões em operação e obras. Entre as melhorias de infraestrutura determinadas pelo governo, estão a construção da Avenida Portuária, de uma alça de ligação com a Linha Vermelha e de uma passagem subterrânea em Niterói para separar o tráfego local dos veículos que chegam pela ponte.

Com a nova concessão, o valor do pedágio na ponte vai cair de R$ 5,2 para R$ 3,7 a partir de 1° de junho.

O ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, disse que o governo vai fiscalizar o cumprimento do contrato. “Não tenho dúvidas de que concessão atende a importantes solicitações da população do estado do Rio de Janeiro. Estaremos atentos aos compromissos assumidos pela concessionária, para que sejam todos cumpridos".

O governo está concluindo os detalhes para o lançamento do programa de concessões de logística, que deve incluir aeroportos, ferrovias, rodovias e portos. A informação foi confirmada nessa terça-feira (12) pela presidente Dilma Rousseff. A expectativa é de que a divulgação seja feita nas próximas semanas.

“Nós estamos finalizando e conversando com empresas, no sentido de ver quais são os interesses existentes. E estamos finalizando, também, as formas de financiamento possíveis. Elas ainda não vão ser as mais definitivas, mas estamos fazendo toda uma modelagem”, explicou Dilma em entrevista coletiva.

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Ela também disse que o pacote de investimentos implica em avaliações minuciosas do que cabe entrar na concessão ou não. “Há coisas que você não consegue concede, porque o custo da tarifação será muito alto. Dependendo da quantidade de tráfego de uma rodovia, se você conceder, vai ter um pedágio muito elevado. Quanto menos tráfego, maior o pedágio e vice-versa. Em uma ferrovia, se faz uma avaliação que precisa de um certo volume de carga  para ela ser viável em termos de concessão”.

O governo federal também está preparando um programa de energia elétrica para os próximos anos. Na sequência, será lançado o Minha Casa, Minha Vida 3.

 

Em Brasília, onde participou nesta terça-feira (5) de uma reunião com a cúpula do PSB para tratar da fusão com o PSB, o governador Paulo Câmara também esteve em audiências com os ministros Eliseu Padilha (Aviação Civil) e Edinho Araújo (Portos). Os encontros com os representantes da presidenta Dilma (PT) serviram para avaliar o apoio do Governo Federal a projetos de interesse de Pernambuco, relativos ao Aeroporto Internacional dos Guararapes e aos portos do Recife e de Suape.

“Viemos pedir atenção dos ministros para o andamento de algumas questões fundamentais para a economia do Estado, que vão ajudar Pernambuco a continuar crescendo, gerando novos empregos e renda, principalmente para aqueles que mais precisam”, detalhou o socilaista que esteve nos dois ministérios com o vice-governador Raul Henry, com o prefeito do Recife, Geraldo Julio, e com os secretários estaduais José Neto (Assessoria Especial) e Márcio Stefanni (Fazenda).

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A primeira reunião do dia foi com o ministro dos Portos. Na conversa com Edinho Araújo, o governador pediu atenção especial do Governo Federal para as licitações dos novos terminais do Porto de Suape, como o segundo terminal de contêineres, o terminal de minérios da Ilha de Cocaia e a conversão do terminal de açúcar em terminal de grãos, além da retificação do cais do Porto do Recife, principalmente na área onde fica o Terminal de Passageiros.

Com o ministro Eliseu Padilha, Câmara tratou dos planos do Governo Federal para o Aeroporto dos Guararapes. Ele também relatou a conversa que teve nessa segunda-feira (4) em São Paulo, com a presidente executiva da TAM, Claudia Sender, para defender o aeroporto do Recife como a sede do futuro “hub” de voos da Latam – empresa que reúne a TAM e a empresa aérea chilena LAN.

“O ministro Padilha se colocou à disposição para fornecer os dados e as informações que foram demandadas pela TAM e pelo Estado. Informações que possam ser úteis para a tomada de decisão sobre o ‘hub’”, contou o governador de Pernambuco.

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