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A prefeitura de Olinda, na Região Metropolitana do Recife, promete montar uma força-tarefa neste fim de semana para garantir o cumprimento do decreto municipal que proíbe a realização de apresentações de música ao vivo no Sítio Histórico e a utilização de equipamentos de som mecânico e eletrônico.

Além disso, o trabalho também irá focar no cumprimento dos protocolos contra Covid-19, como uso de máscaras e distanciamento social. A iniciativa será integrada por Guarda Municipal, Controle Urbano, Vigilância Sanitária, Agentes de Trânsito e a Polícia Militar. 

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O efetivo total previsto é de cerca de 60 funcionários em cada dia. O ponto de partida será neste sábado (5), às 19h, na Secretaria de Segurança Cidadã, na Avenida Santos Dumont, Varadouro. De lá, a equipe segue fazendo rondas pelo Sítio Histórico. No domingo, partirão do mesmo local, sendo que às 17h. Nos dois dias as atividades seguirão até meia-noite.

O secretário de Segurança Cidadã, Pereira Neto, reforça que a conscientização de todos é fundamental. “Nossa prioridade é a vida, a saúde das pessoas. Estamos reforçando nossa estratégia no sentido de garantir o cumprimento das medidas para que possamos vencer esse período de pandemia da Covid-19”, pontua.

Decreto

A Prefeitura de Olinda emitiu um decreto nesta quinta-feira (3), que proíbe a realização de apresentações de música ao vivo e a utilização de equipamentos de som mecânico e eletrônico no Sítio Histórico nos fins de semana. 

A decisão vale para estabelecimentos comerciais, em especial nos bares e restaurantes, nas ruas e áreas externas de residências. A finalidade é evitar aglomerações de pessoas e, por via de consequência, reduzir o contágio da população local e dos turistas, pela Covid-19 e pelo vírus H3N2.

Em decreto publicado nesta quinta-feira (16), a Prefeitura de Olinda, no Grande Recife, definiu regras para o Réveillon de 2022 na cidade, proibindo a instalação de camarotes e toldos, a utilização de mesas, cadeiras, caixas térmicas e caixas de som ao longo da faixa de areia.

Essas atividades também estão proibidas no calçadão e na avenida da orla de Olinda, entre as 17h do dia 31 de dezembro de 2021 até as 6h do dia 1º de janeiro de 2022. 

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Pelo decreto, também fica vedado todo e qualquer tipo de comercialização ao longo da faixa de areia, do calçadão e da avenida da orla da cidade, das 17h do dia 31 até as 6h do dia 1º de janeiro. 

O secretário executivo de Controle Urbano e Ambiental, Rodrigo Cardoso, explica que uma ação de conscientização será iniciada na próxima segunda-feira (20) com os comerciantes da orla da cidade. 

“É importante destacar que essa medida vem para resguardar a saúde da população, sobretudo neste momento de nova variante. A pandemia ainda não acabou e a prefeitura segue atenta, tendo a vida da população como prioridade”, afirmou. A fiscalização no Réveillon se dará de forma integrada com o Controle Urbano, Guarda Municipal, Agentes de Trânsito e com o apoio da Polícia Militar de Pernambuco.

Queima de fogos

Mesmo com as restrições estabelecidas por conta da pandemia da Covid-19, a prefeitura da cidade decidiu manter a queima de fogos de forma descentralizada em dois pontos da orla, sendo uma queima no Sítio Histórico e uma no Alto Nova Olinda.

Convencido sobre a importância do acordo coletivo de imunização à Covid-19 após superar a avalanche de desinformação, um olindense que sofre de insuficiência cardíaca recebeu doses trocadas da vacina. Após sofrer fortes reações, a família teme que ele não esteja devidamente protegido e aguarda por uma orientação definitiva da Prefeitura.

Depois de esperar 84 dias pela segunda dose da AstraZeneca, na última quinta-feira (26), José Ramos, de 56 anos, foi ao ponto de vacinação na Escola Municipal CAIC Profª Norma Coelho, no bairro de Peixinhos, na esperança de complementar o esquema vacinal. Contudo, foi vítima da desatenção da aplicadora e recebeu uma dose da Coronavac.

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Preocupada pelo quadro de insuficiência cardíaca, a filha de 26 anos - que preferiu não ter a identidade revelada -, aponta que o erro pode ter sido motivado por desrespeito à fila de cadastrados. "Se ela tivesse aplicado na ordem, ia ter dado certo, mas por alguma razão ela chamou outra pessoa que tava no final da fila", relata.

Atenta à saúde do pai, ela chegou a perguntar duas vezes se a seringa realmente continha a substância da AstraZeneca. Sem resposta na primeira ocasião, ouviu da agente de saúde que "é tudo a mesma coisa" e decidiu filmar o procedimento, como havia feito na primeira vez. 

Desconfortável pela postura da profissional, especialmente por contrariar o pedido das autoridades sanitárias para que não haja escolha de vacinas, confirmou que o cartão de vacinação do pai foi preenchido com duas doses da AstraZeneca. "O cartão dele foi preenchido antes de tomar a vacina. Se de repente ele quisesse desistir, o cartão dele tava preenchido", denuncia.

Erro confirmado

Só em casa, ao analisar as imagens das duas aplicações, percebeu que os rótulos das ampolas eram de cores diferentes. "Se a gente não tivesse filmado, era impossível saber que ele tomou a vacina errada, porque no cartão constava como certa", ressalta.

"Acredito que ele não está imunizado porque são vacinas diferentes, com períodos diferentes, com condições diferenciadas, então eu não sei, e é isso que me preocupa. Por isso a gente espera que a Prefeitura corrija a falha para que a gente possa ficar tranquilo", disse a filha.

Cerca de 2h após o erro, voltou ao local e apresentou as filmagens ao lado do pai. A intercambialidade de doses foi constatada por uma atendente, que disparou: "meu Deus, aplicou errado". A partir daí, foram deixados sozinhos, enquanto uma série de telefonemas despertaram um sentimento de desespero.

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A espera teve fim com uma informação improvisada: "seu pai vai ter que tomar outra dose daqui a 28 dias e você escolhe se vai ser AstraZeneca ou Coronavac", lembra. Para ela, foi uma tentativa de se eximir da gravidade de possíveis complicações. "O sentimento que eu tive era de que eles tavam querendo jogar para mim a responsabilidade", considerou.

Em meio ao impasse, recusou a orientação tomada às pressas. "Eu acho um absurdo ter que escolher qual vacina meu pai vai tomar, sendo que não sou médica. A gente faz de tudo para não escolher vacina e chega em uma situação onde vocês erraram, e me mandam escolher, é estranho", rebateu.

Mais tarde, ainda no CAIC Profª Norma Coelho, recebeu uma nova posição extraoficial de que deveria tomar uma dose da AstraZeneca o mais rápido possível. A indicação para aplicar no mesmo dia teria sido passada por um médico do município que, segundo a denunciante, teria se baseado na nota técnica. "E se ele morrer? Vocês vão dizer que foi a filha dele que escolheu, né?", questionou em uma nova recusa.

Sem acordo mesmo com a posição médica, voltou para casa com a promessa de que a Secretaria de Saúde entraria em contato para definir a melhor medida para garantir a imunização. "Eu estou dando um voto de confiança para a Prefeitura de que ela vai corrigir o erro e completar o esquema vacinal do meu pai, que hoje não existe. Hoje meu foco é a saúde dele", pontuou.

LeiaJá também: Colapso funerário obriga homem a enterrar a tia no Recife

Durante o fim de semana José teve fortes reações, o que aumentou ainda mais o receio da família. "Ele passou bem mal, teve noite de calafrio, ficou com o corpo muito mole. Passou 3 dias bem baqueado. Ontem que começou a melhorar", descreveu a filha.

Mesmo com o contato diário da Secretaria de Saúde de Olinda, nenhuma posição definitiva foi repassada e José ainda não tem certeza se está imunizado contra o vírus que já matou 19.425 pessoas em Pernambuco.

O que diz a Prefeitura

O LeiaJá buscou uma posição concreta da Prefeitura de Olinda sobre o caso. Em nota, informou que "aguarda da Secretaria de Saúde Estadual (SES) a orientação sobre qual tipo de vacina o paciente deve se submeter e quando deverá ser feita uma nova imunização".

A gestão acrescentou que a aplicadora que cometeu o erro foi desligada da função e esse foi o único incidente de troca de doses registrado no município.

Sobre a mistura de imunizantes, a Secretaria Estadual de Saúde reforçou a orientação do Plano Nacional de Operacionalização (PNO) do Ministério da Saúde, que aponta que "não se recomenda a administração de doses adicionais de vacinas COVID-19". Questionada sobre o acúmulo de casos registrados dessa natureza, a pasta não informou quantos incidentes ocorrerem em Pernambuco.

Esclarecimentos médicos

Segundo o infectologista do Hospital Oswaldo Cruz, Bruno Ishigami, pesquisas consideram que a mistura de vacinas não traz prejuízos ao paciente. "O último que eu vi inclusive era com a Coronavac e a AstraZeneca, que mostraram que quando você associa a imunização é melhor. Isso tem sentido porque você estaria estimulando de forma diferente seu sistema imune", disse.

Em relação a aplicação de duas doses no mesmo dia, como sugerido ao paciente, o médico explica que “não é uma coisa comum de acontecer, mas a gente já faz com outras vacinas. Quando a gente é mais novo e vai tomar vacina, sai tomando duas ou três doses de vacinas diferentes".

"O que pode ter de prejuízo ao paciente é efeito colateral mais agudo mesmo", como febre e corpo mole, que seriam reações naturais ao estímulo das duas aplicações.

O prefeito de Olinda, professor Lupercio do Nascimento, informou que o concurso público para a Guarda Municipal será aberto em breve. Ele publicou em sua página no Instagram, nessa terça-feira (17), um vídeo em que ele assina a portaria que autoriza a realização do certame.

 “Esta é a segunda permissão dada pela gestão para realização de concurso público, já que há menos de um mês autorizamos o concurso para a área de educação”, comenta o prefeito no vídeo. Ainda segundo Lupércio, os editais para os dois processos seletivos serão publicados em breve.

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A Prefeitura de Olinda, por meio da Secretaria de Saúde do município, anuncia novo processo seletivo com 28 vagas. A seletiva é destinada para os cargos de médico clínico de urgência e emergência plantonista (7), médico pediatria de urgência e emergência plantonista (6), médico intervencionista Samu (3) e médico PSF/EAP (12).

As inscrições ocorrem por meio do envio de documentação específica (currículo, CPF, RG, diploma, certificado de conclusão de pós-graduação, entre outros), de 17 a 23 de agosto, para o e-mail secretariasaudeolindarh@yahoo.com. Entre os requisitos presentes no edital estão a exigência de escolaridade compatível com o cargo desejado e registro ativo no respectivo conselho de classe.

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Os candidatos serão avaliados mediante títulos. O resultado preliminar tem previsão de divulgação em 31 de agosto, já o resultado final sai no dia 14 de setembro. Os selecionados trabalharão sob um regime de 24 a 40 horas e receberão uma remuneração que varia de R$ 6.500 a R$ 7 mil. 

 

A Prefeitura de Olinda anunciou, nesta terça-feira (10), a abertura das inscrições para o curso gratuito de camareira de hotel. Ao todo, a iniciativa, que é uma parceria entre a Secretaria de Turismo e Lazer do Estado e o Senar, oferece 15 vagas para pessoas com ensino fundamental completo e maiores de 18 anos de idade.

As inscrições são realizadas presencialmente na Casa do Turista, das 9h às 17h, que está localizada na Rua Prudente de Morais, 472 , bairro do Carmo. Os interessados em participar da formação precisam apresentar cópias da conclusão do ensino fundamental, RG e CPF.

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O curso será realizado de 23 a 26 de agosto e conta com uma carga de 32 horas. Ao final da formação, os participantes receberão certificado de conclusão.

A Prefeitura de Olinda, município de Pernambuco, por meio da Secretaria de Saúde, anuncia nova seleção simplificada com 20 vagas para agente de combate às endemias e formação de cadastro de reserva. Podem participar do processo seletivo candidatos que possuam ensino médio completo com curso de formação inicial.

O período de inscrição vai de 9 a 13 de agosto, das 8h às 17h, exclusivamente pela internet no endereço eletrônico secretariasaudeolindarh@yahoo.com. A seletiva conta com etapa única, ou seja, os candidatos serão avaliados a partir de análise de títulos, enviados no ato da inscrição como estipulado no edital de abertura.

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O resultado preliminar será divulgado em 25 de agosto no Diário da Associação Municipalista de Pernambuco. Os selecionados terão uma jornada de trabalho de 40 horas semanais e remuneração de R$ 1.550.

A Secretaria de Saúde de Olinda anunciou nesta quarta-feira (28) o avanço da vacinação para pessoas a partir dos 31 anos de idade O agendamento deve ser feito no site oficial da Prefeitura. Além do grupo geral, trabalhadores da indústria, construção civil, bancários e dos Correios, com idade acima de 18 anos, podem se vacinar na cidade.

São 13 pontos de vacinação para a Covid-19 no município, além do Expresso Vacina Olinda que toda terça e quinta-feira das 08h30 às 16h visita um bairro para aplicação apenas da segunda dose. Olinda já aplicou 230.269 doses da vacina contra o coronavírus. Dessas, 167.241 foram 1ª doses, 59.258 pessoas com 2ª dose e 3.770 foram imunizadas com dose única.

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A Prefeitura de Olinda, localizada na Região Metropolitana do Recife (RMR), anunciou que será lançado um novo concurso público que prevê, ao todo, contratar 200 profissionais e formar cadastro reserva.

O prefeito da cidade, professor Lupércio, assinou a portaria que define a comissão que vai elaborar todo planejamento do certame, previsto para ser realizado no próximo ano. As oportunidades serão destinadas aos cargos de professores.

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De acordo com o órgão, a comissão instituída vai conduzir todo processo licitatório necessário para a realização do concurso. É a partir dele que será definida a empresa que vai elaborar as provas.

A Prefeitura de Olinda avança, nesta sexta-feira (16), o seu plano de vacinação contra a Covid-19. Moradores do município a partir dos 37 anos podem agendar, pela internet, para receberem a imunização.

Segundo a gestão municipal, há 13 pontos de vacinação distribuídos pelo município, cujos endereços estão disponíveis no site da Prefeitura. Olinda possui, ainda, o reforço do Expresso Vacina, um ônibus estruturado para o processo de imunização que, às terças e quintas-feiras, das 8h30 às 16h, visita um bairro à procura de pessoas que ainda não tomaram a segunda dose. Confira o “vacinômetro” do município.

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O Ministério Público de Pernambuco através da Promotoria de Justiça Social recomendou que a prefeitura de Olinda não inicie a vacinação para a imprensa com o argumento de que a categoria não está inserida como prioridade no Plano Nacional de Imunização (PNI). A decisão desta quinta-feira (10) vem um dia após o prefeito Lupércio anunciar o início das vacinas para o grupo.

O MPPE ainda alegou que além de não constar no PNI a imprensa também está ausente na Comissão Intergestora Bipartite que toma decisões a nível estadual com a participação das secretarias de saúde dos municípios. O despacho foi feito pela 2ª promotora de Justiça de Defesa da Cidadania de Olinda, Maísa Silva Melo de Oliveira.

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A prefeitura de Olinda já foi notificada da decisão e afirmou que mesmo considerando a função dos jornalistas como essencial vai cumprir a norma e excluir todos os agendamentos dos profissionais da imprensa que iriam tomar a vacina. 

O prefeito de Olinda, Professor Lupércio, declarou nesta quarta-feira (19), que as aulas presenciais na rede municipal de ensino da cidade só serão retomadas quando todos os professores estiverem vacinados contra a Covid-19. Em pronunciamento nas redes sociais, o gestor ainda prometeu que incentivará os alunos a acessarem conteúdos pedagógicos remotos.

Segundo Lupércio, por meio de parceria com a Fundação Lemann, a Prefeitura disponibilizará dados móveis para estudantes e professores. O prefeito ainda reforçou, conforme informações da assessoria de comunicação da Prefeitura: “Diante do atual cenário, quero firmar aqui um compromisso de que a Rede Municipal de Ensino de Olinda só voltará às aulas presenciais quando todos os professores estiverem vacinados”.

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Segundo o site de Olinda, mais de 101 mil doses de vacina contra o novo coronavírus foram aplicadas até o momento no município. Trabalhadores da saúde, idosos a partir dos 60 anos, coveiros, pessoas com comorbidades, puérperas, gestantes e quilombolas receberam a imunização. A inclusão dos docentes no plano de imunização ainda não foi oficializada.

Em comunicado à imprensa na tarde desta quarta-feira (21), a Prefeitura de Olinda informou que já vacinou ou agendou imunização contra a Covid-19 para 96% dos idosos de 60 a 64 anos. Segundo a gestão municipal, o percentual corresponde a 13.764 pessoas.

A faixa de 60 a 64 anos está sendo contemplada pela mais recente remessa de vacinas enviada pelo Ministério da Saúde à cidade histórica, no dia 16 deste mês. A vacinação de idosos a partir de 65 anos, por sua vez, contemplou quase 100% do público, informou a gestão municipal.

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De acordo com a Prefeitura, diante da aplicação e dos agendamentos realizados, o estoque de vacinas contra o novo coronavírus está totalmente reservado. “As vacinas existentes, hoje, em estoque, já foram agendadas ou serão destinadas para o restante (4%) dos idosos entre 60 a 64 que ainda não agendou a vacinação ou estão, obrigatoriamente, reservadas para aplicação da segunda dose”, informou a Prefeitura.

O prefeito de Olinda, Professor Lupércio, destacou o reforço no quadro de colaboradores para dar prosseguimento à vacinação. “Estamos preparados para vacinar a nossa população. Olinda abriu 11 pontos de vacinação, contratou mais de 100 profissionais e reservou dinheiro para comprar novas doses de vacina. É com a vacina que conseguiremos vencer essa grande crise sanitária, social e econômica”, disse Lupércio, conforme informações da assessoria de imprensa olindense.

"Tu pode me ajudar a colocar o corpo no caixão?", foi indagado o arquiteto Frederico Mendonça diante do saco preto que acomodava a sua tia Maria dos Prazeres, no necrotério do Hospital Tricentenário de Olinda.

Vítima da Covid-19 no último dia 21, a idosa de 67 anos ficou apenas seis dias internada antes de ser enterrada pelo próprio sobrinho em um município vizinho. Frente ao iminente colapso da rede funerária de Pernambuco, a falta de vagas no cemitério de Guadalupe fez com que ela aguardasse dois dias até ser sepultada.

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Com o enterro transferido para o Cemitério Paroquial do Barro, na Zona Oeste do Recife, a cerca de 17 km de distância de onde morava, no Bairro Novo, por falta de vagas, Maria dos Prazeres foi colocada no caixão por Frederico, que não teve outra opção a não ser ajudar o único profissional enviado pela funerária à unidade de saúde.

Já no cemitério do Recife, assimilou os reflexos do alto índice de ocupação no sistema quando precisou esperar quase uma hora até que os coveiros estivessem disponíveis. Após um percurso insalubre entre lápides e o último adeus de outras famílias, finalmente o carrinho que carregava sua tia parou, no entanto, todos os sepulcros estavam preenchidos ali.

Foto: Arquivo pessoal

Um buraco começou a ser cavado no estreito entre duas sepulturas. Foi quando Frederico percebeu que a tia seria posta em uma cova rasa, em um caminho para transeuntes, como o trajeto que percorreu. Dos quatro coveiros que o acompanhavam até a descida do caixão à cova, de repente se viu amparado por apenas um. Os demais se ocuparam em atender a alta demanda de óbitos diários da Covid-19.

A pá velha e apenas duas mãos não davam conta, e Frederico se prontificou a ajudar o coveiro que, segundo ele, tem só seis meses de profissão. Nem o sol forte das 11h, nem o medo de ser infectado pelo novo coronavírus, ou até mesmo outras doenças, apagavam as orações da cabeça do arquiteto que, reforçava os votos em memória da tia enquanto despejava areia sobre seu local de repouso.

Do dia 15 de março, quando a tia foi internada, até a data do enterro, no dia 23, Frederico foi confrontado pela trágica realidade da Covid-19 em Pernambuco, que já tirou a vida de 12.623 pessoas até o dia 8 de abril de 2021.

Fora a fragilidade do sistema funerário, a condição desordenada recai sobre o resultado dos testes, que no caso de Dona Maria dos Prazeres, só foi confirmado pela Prefeitura de Olinda nessa segunda (5), 15 dias após sua morte.

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O resultado positivo do teste RT-PCR analisado pelo Lacen-PE foi liberado pelo laboratório no dia 26, cinco dias após o falecimento. Entretanto, Frederico questiona a demora para ser informado pela Secretaria Municipal de Saúde, que só o comunicou na tarde desta segunda (5).

Procurada para uma posição sobre a falta de vagas em seus dois cemitérios - de Guadalupe e Águas Compridas - e a situação imposta à população que não consegue enterrar seus familiares no município, a Prefeitura de Olinda reafirmou que os cemitérios possuem vagas e estão abertos para as vítimas da pandemia.

Em nota, a gestão aponta que "vem trabalhando na ampliação dos espaços para sepultamento das vítimas das Covid-19" e, sem apresentar o quantitativo, diz chegou a abrir novas vagas em Águas Compridas com a desapropriação de um terreno vizinho.

Sobre Guadalupe, a Secretaria Executiva de Manutenção Urbana (SEMU) explica que não pôde adotar o mesmo procedimento pois o cemitério fica alocado no Sítio Histórico, o que impede a ampliação dos limites da estrutura.

"A SEMU acrescenta que está tentando contratar junto à iniciativa privada sepulturas para absorver a demanda decorrente da Covid-19", acrescenta o comunicado, que garante "todos os esforços necessários para que os olindenses sejam assistidos de forma digna".

Funerários expõem a falta de vagas

O presidente da Associação Pernambucana de Dirigentes Funerários (APEDIF) indica que não houve oficialização sobre o fechamento dos cemitérios. Entretanto, questiona as supostas vagas indicadas pela Prefeitura.

"Realmente eles estão com dificuldade de ofertar espaço. A última vez que a gente precisou para um morador de Olinda, na semana passada, eles só iriam ter vaga para terça-feira dessa semana", ressalta Herton Viana.

"É difícil porque não tem como ficar nos hospitais e as funerárias não tem como manusear esse corpo, nem tampouco guardar nas instalações da gente. Automaticamente tá ficando nos hospitais, causando acúmulo e, pode vir a acontecer, de ter que ficar lá porque a família não tem para onde levar”, descreve o representante dos dirigentes funerários, que acrescenta, “se você precisar para hoje ou amanhã eles não têm vaga. É sempre uma programação dias para frente".

Prefeituras negam risco de colapso funerário

Diante da alta nacional de casos de Covid-19, a reportagem do LeiaJá questionou as prefeituras de algumas das cidades de Pernambuco que registraram o maior número de casos da doença a respeito da possibilidade de ocorrer um colapso funerário nos próximos meses. As gestões de Olinda, Recife, Petrolina e Caruaru garantem que seus sistemas estão sob controle e preparados para atender ao aumento da demanda. Algumas delas pontuaram que, passado um ano de pandemia, continuam ampliando a capacidade dos cemitérios.

De acordo com a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), os dois cemitérios públicos da capital pernambucana preparados para receber as vítimas da Covid-19 - Parque das Flores e Santo Amaro- possuem plena capacidade para atender à demanda e funcionam dentro do previsto para o cenário de pandemia. “No total, a Emlurb providenciou a abertura e/ ou construção de 5.671 covas e gavetas para receber este tipo de sepultamentos e, deste montante, há ainda 25% de covas/ gavetas sem uso (1.421 vagas) nos cemitérios de Santo Amaro e Parque das Flores”, pontua a instituição, em nota oficial.

Em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, a Secretaria Executiva de Manutenção Urbana (SEMU) informou que desapropriou um terreno vizinho para ampliar o Cemitério de Águas Compridas, onde também foram abertas novas covas. “Com relação ao Cemitério de Guadalupe o mesmo procedimento não pode ser adotado uma vez que o local se encontra dentro do Sítio Histórico, o que impede a ampliação dos limites da estrutura física. A SEMU acrescenta que está tentando contratar junto à iniciativa privada sepulturas para absorver a demanda decorrente da Covid-19”, coloca a SEMU. A informação oficial é a de que não há fila de espera para sepultamentos.

A Prefeitura de Petrolina, no sertão do estado, também firmou contrato, desde o início da pandemia, para que os sepultamentos de vítimas do novo coronavírus fossem feitos em um cemitério particular, com funcionamento 24 horas. A administração da cidade frisa que, em caso de óbitos ocorridos durante o dia, os corpos podem ser recebidos em qualquer cemitério público da cidade, caso seja da vontade da família.

Segundo a administração petrolinense, todos os coveiros da cidade já foram vacinados contra a Covid-19. “O município conta com o efetivo de 9 sepultadores municipais, a cidade está com processo seletivo de outras 10 vagas, para preenchimento do quadro normativo. Sobre o questionamento da quantidade de sepulturas, no cemitério particular, no qual existe contrato, há mais de 60 vagas. Já nos municipais, mais de 400. Petrolina segue todas as orientações do Comitê de Crise Estadual de Enfrentamento ao Coronavírus”, explica o posicionamento oficial.

Já a Secretaria de Serviços Públicos de Caruaru, no agreste pernambucano, não abriu novas covas em decorrência da crise sanitária. O órgão se resumiu a dizer que “tem trabalhado para garantir todos os serviços funerários no município, cumprindo todos os protocolos sanitários estabelecidos. Dessa forma, diante de todo trabalho realizado até o momento, todos os serviços seguem funcionando sem intercorrências”.

A Prefeitura de Olinda está com inscrições abertas para as pessoas que queiram receber o Auxílio Emergencial do Carnaval, que será concedido pela Secretaria de Patrimônio, Cultura e Turismo da cidade. A medida, mais uma de apoio neste momento de grave crise pandêmica da Covid-19, reforça o compromisso do poder público municipal com todos que contribuem para a cultura e para que a cidade tenha a festa mais popular do planeta.

Terão direito ao benefício: agremiações, atrações, catadores de material reciclado,  trabalhadoras e trabalhadores técnicos do setor cultural que atuaram no Carnaval de Olinda em 2020 e que receberam recursos diretamente do Município.

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O valor do auxílio será de até  35% do valor do cachê recebido do Município de Olinda no Carnaval de 2020.

As inscrições serão finalizadas às 18h (horário de Brasília) do dia 16 de abril de 2021, devendo ser realizadas exclusivamente de forma on-line, através do site: www.cultura.olinda.pe.gov.br

 

*Via Assessoria de Imprensa

A Secretaria de Saúde de Olinda - Região Metropolitana do Recife (RMR) - iniciou, no último domingo (21) a vacinação do segundo maior Quilombo Urbano do Brasil, o Quilombo Portão de Gelo, localizado em São Benedito. Segundo a gestão municipal, foram vacinados até agora 105 quilombolas.

Segundo a prefeitura de Olinda, o objetivo é imunizar todo o grupo quilombola do Portão de Gelo, independente da idade. De acordo com o presidente do Quilombo, Pai Ivo do Xambá, são cerca de 2.500 pessoas declaradas quilombolas no território, com idades entre 18 e 90 anos.

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Sem o carnaval, a classe artística se encontra em uma situação delicada e por conta disso a prefeitura de Olinda decidiu encaminhar um projeto de lei para a Câmara dos Vereadores para  criação de um auxílio emergencial direcionados para a classe. 

De acordo com Lupércio, até o fim desta semana a prefeitura deve encaminhar o projeto que tem a confirmação da aprovação por parte do prefeito. "Tenho certeza que a Câmara vai aprovar porque é um projeto salutar para toda classe artística, que se prepara o ano inteiro para o Carnaval”, afirmou.

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O valor destinado será de cerca de 1 milhão de reais. Artistas, agremiações e grupos, receberão 35% do valor pago no carnaval do ano passado, com teto de 10 mil reais. Catadores de recicláveis também será introduzidos no projeto.

O prefeito de Olinda, Professor Lupércio (SD), anunciou nesta quarta (10), um projeto de lei (PL) que visa auxiliar os artistas que fazem o Carnaval da cidade. Segundo ele, cerca de R$ 1 milhão será destinado aos trabalhadores da cultura da localidade na tentativa de sanar a falta da  festa em 2021, em virtude da pandemia do novo coronavírus.

O aporte da prefeitura municipal será destinado aos atores do Carnaval de Olinda, em forma de auxílio emergencial. Após o anúncio o PL seguirá para a Câmara de Vereadores do município para aprovação. “Até sexta-feira vamos encaminhar um Projeto de Lei para a Câmara dos Vereadores e tenho certeza que a Câmara vai aprovar porque é um projeto salutar para toda classe artística, que se prepara o ano inteiro para o Carnaval”. 

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Na última terça (9), o prefeito do Recife, João Campos (PSB), também anunciou um auxílio emergencial para artistas e agremiações da capital pernambucana. O Auxílio Municipal Emergencial - AME Carnaval do Recife, vai destinar até R$ 4 milhões para cerca de 27 mil artistas envolvidos com a festa. 

*Com informações da assessoria. 

Reeleito com 63,62% dos votos (123.534), em um pleito histórico na cidade de Olinda, Professor Lupércio (Solidariedade) está a caminho do seu segundo mandato no gabinete municipal e entra em 2021 com boa avaliação, mas coleciona desencontros entre a sua gestão e as promessas de campanha. Profissional da educação e populista, teve um discurso pautado na educação, na valorização do educador e na assistência básica social, que se renova na administração 2021-2024 com obras inacabadas e unidades de saúde para revitalizar.

O representante cristão prometeu revitalizar a Maternidade Brites de Albuquerque, na Cidade de Tabajara, que já enfrentava problemas desde antes da sua gestão e estava fechada há dois anos. Apesar dos esforços e do investimento de R$ 9 milhões, a obra para reativação da unidade permaneceu inacabada. A Brites é uma das duas únicas opções com serviço obstétrico em toda a cidade. 

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Para as mães olindenses, engravidar e receber atendimento é uma tarefa difícil, quando a única outra unidade obstétrica de Olinda, no Tricentenário, também vive de sucateamentos e enfrenta problemas para permanecer aberta. Atualmente, a Maternidade Brites de Albuquerque está reaberta para servir de polo de atendimento a pacientes com a Covid-19.

Ainda no eixo da saúde, outra promessa foi reativar e recuperar dez postos de saúde no município. Até o fim de 2018, Lupércio reativou oito unidades de saúde. Como promessa de campanha para os próximos quatro anos, fala em revitalizar as demais e ampliar a rede municipal.

As unidades móveis, que levam clínicos à população, também voltaram a operar nos bairros de Olinda. Já a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Rio Doce, localizada na IV Etapa da região, é outra promessa ainda não cumprida. A obra já acumula mais de quatro anos de trabalho e teve nova previsão de conclusão para abril de 2020, mas com o advento da pandemia, a administração relatou problemas para a progressão das atividades.

Em junho deste ano, durante a campanha, o prefeito visitou a estrutura e falou que os operários trabalham a todo o vapor para a entrega do prédio. Aguardada pela população, a UPA promete desafogar unidades básicas e policlínicas. Segundo a Prefeitura, o equipamento vai oferecer todo o suporte de urgência e emergência adulta para a população, contando com leitos de observação e triagem, consultórios médicos e espaços de acolhimento. O funcionamento será 24 horas, sendo o primeiro equipamento deste porte sob a administração exclusiva do município.

Na educação, o professor teve problemas com a categoria em junho de 2018, quando a rede municipal entrou em greve para reivindicar reajuste salarial de 6,81% com retroativo ao mês de janeiro, melhores condições de trabalho e o cumprimento do Plano de Cargos e Carreiras e Valorização. Os aumentos salariais bienais previstos no documento não eram concedidos desde 2016.

Na primeira oportunidade de negociação, a Prefeitura teria oferecido reajuste de 3% a partir do mês de setembro, o que levou a greve dos educadores adiante. Em abril de 2019, os professores da rede municipal de Olinda tiveram reajuste no salário de 4,17%, em cumprimento a Lei Federal nº 11.738 do piso salarial do magistério, determinado pelo Ministério da Educação.

O videomonitoramento nas escolas também foi uma promessa de campanha, mas não chegou a ser colocada em prática nos quatro anos de mandato. No eixo urbano, mais obras seguem no aguardo por uma finalização. Em andamento desde antes da posse de Lupércio, o Canal Bultrins-Fragoso acumula sete anos de trabalhos e entrou em uma nova fase de obras em setembro deste ano, para atividades de escavação, moldagem e revestimento.

Olinda recebeu um aporte de R$ 5 milhões do Ministério do Desenvolvimento Regional no mês de julho para dar continuidade à obra. A conclusão dessa obra resolverá problemas de escoamento de água de chuva em quatro bairros: Bultrins, Jardim Fragoso, Casa Caiada e Bairro Novo. A previsão para conclusão era o mês de dezembro, que já chega ao seu fim.

O gestor afirmou que, no segundo mandato, vai finalizar as obras na Avenida Presidente Kennedy, além de investir R$ 70 milhões em saneamento nos bairros de Sapucaia e Aguazinha. Com o encerramento dessas obras, Lupércio poderá cumprir de forma plena as suas promessas anteriores e voltar a focar nos seus eixos mais fortes, a educação e a saúde. O prefeito também afirma que investirá na promoção de empregos e em tirar as pessoas da informalidade, para poder gerar mais empregos em Olinda a partir de 2021.

Na última quinta (17), o Governo de Pernambuco oficializou sua posição quanto à realização do Carnaval no ano de 2021. Em coletiva de imprensa realizada pelas redes sociais, o secretário de saúde do Estado, André Longo, anunciou a suspensão do ciclo carnavalesco em Pernambuco, no próximo ano, devido ao aumento dos números da pandemia do novo coronavírus em solo pernambucano. Na data do anúncio, o Estado contabilizava 203 mil diagnósticos de Covid-19 e 9.361 mortes pela doença. 

A decisão dos gestores pernambucanos, no entanto, não causou muita surpresa na população. Outros Estados brasileiros, com Carnavais tradicionais como o de Pernambuco, já haviam decidido pela não realização da festa em 2021, a exemplo da Bahia e Rio de Janeiro; bem como São Paulo e Brasília. O aumento nos números da pandemia e na ocupação de leitos nos hospitais locais, além da incerteza quanto à data da chegada da vacina contra a Covid no país também davam indicativos da suspensão dos festejos momescos. 

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Com a decisão assinada, resta agora aos fazedores de Carnaval se articularem para que o ano não seja totalmente perdido. Para esses profissionais, a festa representa muito mais do que folia, garantido-lhes o sustento da família e provisões para além do período carnavalesco. O Carnaval de Pernambuco é considerado o quinto maior do país em faturamento e, só no Recife, o ciclo momesco de 2020 rendeu ao município R$ 1, 4 milhão. 

Em entrevista ao LeiaJá, Rafael Nunes - presidente da Federação das Escolas de Samba de Pernambuco (FESAPE), da Liga Nordeste das Escolas de Samba, da Escola de Samba Pérola do Samba e ainda, vice-presidente da Federação Nacional das Escolas de Samba (Fenasamba)  -, disse concordar com a decisão do governo, que ele classifica como “racional”. O carnavalesco contou que a suspensão já era esperada dentro do seu segmento e que muitas agremiações nem se prepararam para 2021. 

No entanto, Nunes faz uma ressalva; ele acredita que o poder público deva abrir um diálogo com a cadeia produtiva do Carnaval na busca de soluções para aqueles que dependem da festa para faturar. “ O governo devia sentar com quem produz Carnaval aqui no estado para conversar. A Fesape tem um projeto pronto para as agremiações não serem totalmente penalizadas e poderem mover a economia da sua comunidade. A apresentação de lives com seu samba enredo, no YouTube, pro seu público poder prestigiar de forma segura, em casa, o que seria o desfile de cada escola na avenida. A gente tá esperando o novo governo (municipal) tomar posse pra gente apresentar essa saída para que os carnavalescos não fiquem parados durante o ano”, disse. 

Segundo o presidente da Fesape, a maioria das escolas de samba não se preparou durante o último ano para um possível Carnaval em 2021. Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquiivo

Esse diálogo com o poder público já vinha sendo solicitado por parte dos trabalhadores da cultura pernambucanos desde meados de 2020. Em agosto, o coletivo  Acorde - Levante Pela Música de PE, formado por músicos e produtores locais, publicou em suas redes sociais uma carta aberta sugerindo um debate com os gestores acerca do tema. Já em outubro, o coletivo, em nova carta aberta, sugeriu propostas para a realização segura do Carnaval 2021 e, nesta última quinta (17), após o anúncio oficial da suspensão do ciclo, o grupo voltou às redes para propor uma conversa a fim de criarem juntos soluções que “garantam trabalho e renda para as pessoas que fazem o Carnaval, e também sejam capazes de amenizar, no coração do folião, a falta que fará não estar nas ruas, brincando junto com a multidão”. 

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Para o presidente da Associação dos Maracatus de Baque Virado de Pernambuco (Amanpe), Fábio Sotero), a falta de abertura entre gestões e classe artística é um “desrespeito”. “ O Governo do Estado, através da Fundarpe e da Secretaria de Cultura, não nos deu nenhuma satisfação, em momento algum, em relação à nossas perdas. Porque eles não estão cancelando um simples evento, um simples lazer, eles estão cancelando ou suspendendo o ganha pão de milhares de trabalhadores da área da cultura que dependem exclusivamente do Carnaval. O que realmente o Governo do estado fez? Cancelou ou a suspendeu? A gente tá com essa dúvida”, diz frisando que nenhum grupo ou artista da classe foi consultado antes do aviso da suspensão - realizado, também, sem a presença de qualquer representante da pasta de Cultura.  

Fábio conta que dentro da categoria do Maracatu de Baque Virado, ou Maracatu Nação, diversas pessoas trabalham para que um desfile seja organizado. São costureiros, aderecistas, luthiers, fora os desfilantes que saem na corte e no batuque. Muitos desses dependem do apurado da festa para se manterem durante todo um ano.

Os impactos de não haver um Carnaval atingem diretamente o bolso dessas pessoas, mas também, o emocional. “É um período de no mínimo cinco, seis meses, várias pessoas convivendo, trabalhando em prol daquele instrumento, das fantasias; esse período que a gente ta aquartelado praticamente, sem atividade, a gente já tá de uma forma... Eu confesso que às vezes eu vou pra sede (da nação), porque eu não aguento ficar longe do pessoal”, diz o presidente que também dirige a Nação de Maracatu Aurora Africana. 

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Para o representante da Amanpe, é possível haver atividades seguras para marcar o Carnaval de 2021, ainda que de forma bastante diferente do tradicional. Ele diz que assim como as nações, várias ouras categorias de agremiações já estão pensando em alternativas para não ficarem parados durante um ano inteiro. Mas, para que os projetos possam sair do papel, deve-se haver espaço para tanto. “Isso a gente só pode fazer quando a  gente sentar com os gestores, eles são nossos principais clientes, são eles que nos contratam para as apresentações, a gente depende do aval deles, a gente precisa que eles nos entendam e cheguem a um determinado acordo. O Governo do Estado não fez absolutamente nada pelos trabalhadores da cultura em geral (durante a pandemia). O auxílio emergencial é do Governo Federal, o dinheiro tá vindo de lá, a Secretaria da Fultura e a Fundarpe não fizeram absolutamente nada para auxiliar, para dar uma ajuda aos trabalhadores da cultura.”

Trabahadores que dependem do Carnaval estão preocupados com a falta de trabalho e renda. Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

Diálogo e auxílio

Procurados pelo LeiaJá, a Fundarpe (Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco) e Secretaria de Cultura informaram que, atualmente, é a Secretária de Turismo e Lazer (Setur) o órgão à frente dos assuntos pertinentes ao Carnaval. A reportagem tentou estabelecer contato com a assessoria da Setur, porém, não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço está aberto para qualquer esclarecimento. 

Já as prefeituras do Recife e Olinda não responderam aos questionamentos enviados. No entanto, a reportagem apurou junto à fonte ligada à classe artística que já foram iniciadas discussões junto aos gestores olindenses bem como na última sexta (18), alguns representantes de agremiações estiveram na sede da Prefeitura do Recife para tratar do tema em uma reunião “bastante favorável”. 

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