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A juíza substituta da 4ª Vara da Justiça Federal em Goiânia (JF), Luciana Laurenti Gheller negou o pedido feito pela BBOM (Embrasystem) para a liberação de mais de R$ 200 milhões da empresa, bloqueados judicialmente desde o dia 5 de julho de 2013. A decisão acolhe parecer do Ministério Público Federal em Goiás (MPF) pela manutenção do bloqueio dos bens e valores da empresa.

Segundo divulgou o MPF em Goiás, a BBOM queria a liberação dos R$ 200 milhões alegando que R$ 33 milhões seriam para aquisição de 163.555 rastreadores, e o restante seria dividido em pagamentos de tributos (mais de R$ 140 milhões), de empregados (R$ 8,7 milhões), na manutenção da empresa (R$ 15,5), e em despesas operacionais (R$ 2,2 milhões).

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O MPF considerou o valor dos tributos "totalmente descompassado da realidade", e sobre o qual não há notícia de cobrança judicial ou extrajudicial que justificasse a liberação de montante tão elevado. Além disso, o objetivo principal da ação judicial dos procuradores da República em Goiás, tem linha oposta, e visa que o dinheiro da empresa seja utilizado para reparar os danos causados aos consumidores e investidores.

Em decisão do dia 24, divulgada nesta segunda-feira (31), pelo MPF, a juíza observou que a BBom não juntou ao pedido de desbloqueio sequer os demonstrativos originais de apurações de contribuições, enquanto uma liminar anterior era clara quanto à demonstração da regularidade dos recolhimentos. Para ela, a empresa apenas confessou débitos "estranhamente estratosféricos", sem dar sinais concretos de que pretendia fazer esta quitação.

Conforme o MPF, a Justiça Federal também indeferiu uma solicitação da Justiça do Trabalho de São José do Rio Preto/SP que pretendia liberar parte do dinheiro bloqueado visando o pagamento de débitos trabalhistas da BBOM.

A pedido da Delegacia do Ipsep, peritos do Instituto de Criminalística (IC) realizaram um laudo técnico com base em três livros de movimentação contábil da Priples. Concluído, o documento demonstra que a empresa funcionava no esquema “Ponzi”, a pirâmide financeira, modelo considerado ilegal pela Justiça brasileira desde a década de 50. 

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Carlos Couto Ferraz, a perícia é clara ao revelar os percentuais relacionados à empresa. “Relativo ao movimento de abril, maio e junho, o IC constatou que 99,9% de toda a receita da Priples era advinda do recebimento de novos usuários. Do total de mais de R$ 103 milhões movimento, apenas R$ 80 mil provinha de outra receita, número irrelevante”, contou o delegado. 

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As ofertas de até 60% de rentabilidade mensal não poderiam ser oferecidas pela Priples. “Enquanto em outras empresas os participantes esperavam cerca de três meses e meio para ressarcir o valor inicialmente investido, na Priples essa espera era de no máximo um mês e meio”, disse Couto Ferraz. O laudo já foi encaminhado à Justiça e ficará na responsabilidade da juíza Sandra Beltrão, da 9ª Vara Criminal da Capital. 

A assessoria do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) informou que ainda não há datas previstas para possíveis audiências. Após passarem 12 dias presos em agosto de 2013, os proprietários da Priples, Henrique Maciel Carmo de Lima e sua esposa, Mirele Pacheco de Freitas, responderão o processo em liberdade. O bloqueio dos bens móveis, imóveis e dos saldos dos sócios, conseguido pela Polícia ainda em 2013, continua em vigência.

 

 

 

 

Tendo como principal característica a famosa propaganda “boca a boca”, o Marketing Multinível ainda continua gerando uma série de discussões, depois do bloqueio da maioria das empresas. A maioria das pessoas que já ouviram falar sobre essa forma de negócio, acredita que investir nesse tipo de ramo não é sustentável. Visão diferente dos divulgadores que afirmam que a falta de informação sobre as atividades do mercado criam um pré-julgamento negativo das empresas. 

O Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) realizou uma pesquisa para testar vários parâmetros do Marketing Multinível, inclusive a confiabilidade. As entrevistas foram realizadas no início do mês de setembro deste ano com 623 pessoas de várias idades. Os resultados apontaram que 63,7% das pessoas que responderam conhecer as empresas, não investiriam nelas porque não acreditam que o investimento gere um lucro fixo. 

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“Esse tipo de investimento tem seus riscos sim, para investir nesse ramo precisa se dedicar muito, porque você vai ganhar muito mais dinheiro que um trabalho convencional, além de ganhar reconhecimento”, afirma o estudante de biologia, Rodrigo Carvalho, de 21 anos. Ele era um dos divulgadores da TelexFree e conta que no início ele não confiava na rede, mas após procurar informações sobre ela, mudou de ideia.

“Ela nunca me deixou na mão e garante uma atenção grande com os seus divulgadores, esclarecendo dúvidas e mostrando qual é a real situação que a empresa apresenta”, disse. A corporação que ainda está passando por processos no MPF, que bloqueou todas as atividades. “Eu acho que no começo ela dependia de novos cadastros para se capitalizar, mas com o passar do tempo ficou mais consolidada, deixando a imagem de pirâmide para trás. O que a TelexFree deveria ter feito para se sustentar, era investir em publicidade na internet, já que esse o meio de comunicação mais usado no mundo, utilizando os produtos de grandes empresas, como a Apple”, diz o estudante. 

Já o economista do IPMN, Djalma Silva Guimarães, afirma que é com o trabalho que gera o valor. “O produto da TelexFree é uma coisa que não tem valor muito menos sustentabilidade teórica”, conta.  Ainda segundo ele, muitos utilizam de outros recursos para disfarçar o crime.  “A linha é muito sensível entre uma coisa e outra, porque o marketing multinível é uma forma de engajar uma pessoa à realizar uma tarefa, o seu ganho vai acontecer através de venda de coisas de físicas ou um serviço, diferente do que está sendo realizado dentro dessas empresas. Na verdade arrumaram um novo nome para a atividade da pirâmide financeira”, garantiu. 

Rodrigo Carvalho, investidor da Telexfree, concorda em parte com o que diz o economista. “A Priples, por exemplo, não tinha como pagar 60% do seu investimento apenas com publicidade, assim como a BBOM que não cumpriu com que prometia, e isso corta com a credibilidade com a empresa”, diz o futuro biólogo.

Já o administrador Williams Sérgio, 27 anos, pensou em largar o trabalho fixo para se dedicar exclusivamente a BBOM. “A melhor e mais confiável é a BBOM. Tem o rastreador como seu principal produto, onde são feitos contratos anuais com outras empresas para alugá-los podendo assim pagar uma porcentagem aos seus afiliados”, defende.

Segundo ele, o Marketing Multinível realmente existe e rende muitos benefícios e outros lugares do mundo. “Ele está sendo ensinado na Universidade de Harvard, e em Stanford, nos Estados Unidos, ou seja, se esse modelo de negócio não fosse sustentável, como é que a faculdade de HARVARD, uma das melhores do mundo, estaria ensinando como utilizar o serviço? Ainda mais nos EUA que é rigoroso em termo de fiscalização e praticamente não existe corrupção”, afirma Williams Sérgio.

No entanto, Williams aceita que algumas das empresas que tiveram os bens bloqueados podem estar enganando o investidor. “Acredito que no meio de tantas que surgiram nesses últimos meses, tem algumas que sejam pirâmide com certeza. Mas cabe ao Ministério investigar e tomar os procedimentos necessários”.

O economista Djalma Guimarães explica que independente do produto oferecido, a forma de trabalhar do sistema acarreta em pirâmide. “É uma multiplicação muito perversa dos lucros para os produtos vendidos. O marketing Multinível é uma forma de maquiar a pirâmide”, diz. “Pode ser pessoalmente ou através da internet, a pirâmide se forma quando a maior parte da receita que você adquire se deriva do simples fato de colocar novas pessoas dentro do sistema. Os divulgadores utilizam de inúmeros argumentos para convencer o contrário”, explica o especialista. 

A pesquisa do IPMN também apontou que 61,5% dos divulgadores que investiram nas empresas de Marketing Multinível dizem ter conseguido recuperar o dinheiro. “Não me arrependo de ter investido, até porque isso foi uma experiência nova, conheci pessoas influentes e recuperei o meu dinheiro. Caso libere o lucro e a as atividades da empresa voltar, com certeza retornaria a trabalhar nela”, contou Rodrigo Carvalho. 

Mas Williams Sérgio não teve a mesma sorte, pois só readquiriu 50% do valor investido. “Teria recuperado 100% se a empresa não tivesse sido bloqueada. Mas assim que for liberada, terei o dinheiro novamente”, confia. 

Assim como estas pessoas, muitos divulgadores que tiveram o seu dinheiro preso esperam a liberação das operações para continuar investindo. A pesquisa apontou que 61,5% voltariam a aplicar seu dinheiro nesse ramo. “Quem entrou nesse tipo de negócio, por mais tenham perdido, continuaria investindo para recuperar o dinheiro. Mas acredito que só tem duas maneiras de quebrar o ciclo da pobreza, estudar e trabalhar duro”, finaliza Djalma Guimarães.

 

O Tribunal de Justiça do Estado (TJPE) concedeu Habeas Corpus, na noite dessa quinta-feira (15), ao casal dono da Priples. Henrique Maciel Carmo de Lima, de 26 anos, e sua esposa, a enfermeira Michele Pacheco, 22, agora responderão em liberdade pela acusação de crime contra a economia popular e de relações de consumo. O juiz responsável pela concessão do Habeas Corpus do casal foi Paulo Victor Vasconcelos de Almeida, da 3º Câmara Criminal.  

Henrique Maciel saiu ontem do Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, no qual estava preso desde o dia três de agosto. Michele Pacheco deve ser liberada ainda hoje (16), da Colônia Penal Feminina Bom Pastor do Recife, no bairro do Engenho do Meio, Zona Oeste da Cidade.

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Durante a investigação constatou-se que 95% do lucro da Priples eram provenientes do cadastramento de pessoas, o que configura uma pirâmide financeira. Mas de acordo com o TJPE, a liberação foi concedida porque os réus são primários, possuem endereço fixo, o crime é de 1º grau e foram impostas medidas para inibir esse tipo de atividade.

O TJPE ainda informou que foram realizadas a quebra do sigilo de dados, bancário, bloqueio das contas e sequestro de bens dos suspeitos. Nesta manhã, a loja da Priples, localizada em Piedade, na Região Metropolitana do Recife (RMR), estava fechada. 

Na porta do estabelecimento, um aviso (foto) informa aos “Pripleiros” que devido a problemas bancários alguns pagamentos não foram emitidos. A empresa chega a declarar que está regularizando a situação e mudando de plataforma bancária.

Em um bate papo entre amigos, num programa de televisão ou no ambiente de trabalho. Se o assunto é a TelexFree ou qualquer outra empresa do segmento, sempre há polêmica e opiniões distintas sobre se a companhia é ou não uma pirâmide financeira. Mesmo diante de pontos de vistas diferentes, judicialmente, a empresa que vendia anúncios próprios, está proibida de atuar. A proibição “esquentou” mais a discussão entre quem acredita que a trata-se de um meio de ganhar dinheiro fácil e aqueles que acham que é um trabalho como outro qualquer.

Sem se ater a um pré-julgamento, outro debate sobre a atuação da empresa diz respeito à aplicação dos ganhos financeiros de quem entrou na rede financeira. Alguns apenas usaram dinheiro para adquirir bens, como carros, motos ou lanchas. Outros, vislumbrando negócios empreendedores e atentos à possibilidade de a TelexFree parar de atuar, resolveram investir o dinheiro de outra forma.

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Heitor Cavalcanti, de 25 anos, em 2008 “ganhava a vida” como motoboy e realizava serviços técnicos em hospitais. Na época, juntando as duas funções, sua renda girava em torno de R$ 1.800 mensais. Em outubro do ano passado, por meio de um amigo, o rapaz conheceu a TelexFree e resolveu investir. Seja instituição de marketing multinível ou pirâmide financeira, o certo é que a empresa mudou a vida de Heitor.

“Na melhor época da minha rede, cheguei a tirar por mês cerca de R$ 22 mil. Eu não vejo a TelexFree como uma pirâmide financeira, pelo fato de que os usuários têm que vender voips. O problema é que os próprios divulgadores começaram a divulgar errado, o que prejudicou o trabalho de quem vendia os produtos corretamente”, comenta Heitor.

Exceção empreendedora

O jovem rapaz pensou e resolveu aplicar bem o que ganhou com a TelexFree. Antes mesmo da empresa parar de funcionar, Heitor investiu dinheiro em três empreendimentos. “A gente tem que ter várias torneiras, porque, quando algumas pararem de pingar, haverá outras pingando”, brinca.

Na cidade de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife, o agora empresário, juntamente com seu pai, Manassés Gonçalves, 48, Heitor instalou três empresas próprias. Há uma metalúrgica, que entrará em funcionamento nos próximos dois meses. Com a ajuda de um amigo, a outra empresa é uma fábrica de bolachas, que distribuirá os produtos para os comerciantes da região. O terceiro empreendimento é o mais curioso, não pelo fato de ser uma lanchonete de sanduíches, mas sim, pelo nome do estabelecimento.

“Criei também a TelexBurguer. Abrimos de domingo a domingo, das 18h às 6h, e o nosso foco em fazer entregas. Aqui, nenhuma lanchonete que vende hambúrgueres faz entre em domicílio”, explica Heitor. Para dar gosto e qualidade aos sanduíches, o empresário contratou os serviços do estudante de gastronomia Anderson Roberto dos Santos, 24. Ele é responsável por criar os molhos e temperar as carnes dos sanduíches. O estabelecimento fica na Rua Coronel José Duarte, sem número, no centro da cidade.

Para o pai de Heitor, que também foi investidor da TelexFree, é importante que usuários desse tipo de empresa resolvam investir o que ganham. “Nós não podemos nos acomodar. É muito importante sempre trabalhar e buscar gerar mais dinheiro”, opina.

De acordo com o economista Djalma Silva Guimarães, o caso de Heitor é uma exceção. “É um sistema de ganhar dinheiro fácil. O usuário vai vendo o dinheiro crescendo e investe cada vez mais. O rapaz utilizou o que ganhou de maneira correta. É importante também ter um plano de negócio para o empreendimento dar certo. É preciso ter vocação para ser empreendedor”, complementa.

Segundo Guimarães, além do empreendedorismo, existem outros meios para aplicar o que se ganhar nessas possíveis pirâmides financeiras. “Quem não quer empreender pode, por exemplo, aplicar o dinheiro em um título de previdência privada”, indica o economista.

Segundo a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), o protesto em frente ao aeroporto foi encerrado. A manifestação envolvendo investidores das empresas suspeitas de pirâmide financeira havia bloqueado os dois sentidos da Av. Mascarenhas de Morais. Porém, apesar do termino da manifestação, o tráfego continua congestionado nos dois sentidos.

 

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Cerca de 200 veículos, entre carros e motos, estão ocupando a Avenida Mascarenhas de Morais em frente ao Aeroporto. Depois de bloquearem o sentido Piedade/Centro, os manifestantes querem fechar o outro lado da via. Eles apoiam as empresas que estão sendo fechadas e tendo os bens bloqueados por estarem operando um suposto esquema de pirâmide financeira.

O trânsito segue lento e as pessoas estão descendo dos coletivos e táxis para chegar ao destino. Um taxista tentou furar o bloqueio e foi xingado e ameaçado pelos manifestantes. “São todos uns desocupados, só se ganha dinheiro trabalhando. Isso é uma pirâmide, alguém uma hora vai cair”, afirmou o taxista, Vladmir Martins.

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A polícia e a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) estão tentando entrar em acordo com os manifestantes para liberar a via, “Quem estiver estacionando os carros e motos no meio da via serão multados, pois isso foge da proposta de carreata”, afirmou o Tenente Ramiro, da PM.

Os investidores alegam injustiça. Segundo eles, o dono da empresa Priples foi preso e os de outras empresas do ramo não passaram por isso. “Isso é porque a Priples é menor e é de Recife. As outras empresas são de outros estados com representantes aqui. Eu espero continuar com a Priples assim que essa poeira abaixar” explicou o investidor e desempregado, Carlos da Silva de 22 anos.

Cerca de mil investidores de diversas empresas de marketing multinível estão reunidas nas proximidades do Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães, o Geraldão, no bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife. Eles estão seguindo em carreata, que já concentra mais de 100 veículos, em direção ao Aeroporto Internacional do Guararapes, onde prometem bloquear duas faixas da via. 

O ato desta segunda-feira (5) e contrário aos bloqueios de novas adesões e liberação de pagamento de empresas como a Telexfree e BBOM. A última a ser investigada sob a suspeita de atuar no esquema de Pirâmide Financeira foi a Priples. Neste final de semana dois sócios da empresa foram presos.

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De acordo com o administrador e divulgados da TelexFree, Geraldo Marques, de 24 anos, a mobilização também pretende desfazer a imagem de obter dinheiro fácil. “Queremos hoje uma resposta, por a partir disso podemos tomar algum tipo de providência. O maior problema é que marketing multinível no Brasil não é reconhecido. Nos Estados Unidos 42% das pessoas vivem disso”, afirmou.

Com informações de Rhayanna Fernandes

Os sócios da empresa Priples, o estudante de Ciências da Computação Henrique Maciel Carmo de Lima, de 26 anos e sua esposa, a enfermeira Michele Pacheco, 22 anos, estão presos desde sábado (3) sobe acusações de crime contra a economia popular e de relações de consumo. Segundo o Delegado responsável pelo caso Carlos Castro a empresa dos acusados Priples atuava sob esquema de Pirâmide Financeira, o que configura crime na Brasil. Investidores programaram um protesto para a tarde desta segunda, com concetração em frente ao Geraldão.

Foram apreendidos com os acusados 300 mil dólares em espécie, duas Range Rover, um Camaro e um Quadriciclo. Os bens bloqueados da empresa somam um montante de 72 milhões. 

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Histórico da investigação

A empresa começou a ser investigada por uma possível prática de estelionato, quando pelo menos 17 pessoas procuraram a delegacia no início de junho deste ano, para reclamar falta de atividade de cadastro, pagamento parcial ou não realizado.  Ao ser investigada constatou-se que 95% do lucro da empresa advinha do cadastramento de pessoas e constatou-se pirâmide financeira.  

Desde abril, quando foi criada, a empresa já movimentou 107 milhões e tem pelo menos 204 mil usuários cadastrados. A maioria destes em Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba, mas com adesões em todos os Estados brasileiros. Para fazer parte do esquema o usuário precisava investir um valor de 100 até 10 mil reais. A polícia ainda investiga outras suspeitas como inúmeros bens que podem não estar no nome dos acusados e a participação de crianças e adolescentes para “bular” o esquema de no máximo 10 mil reais por CPF. Pessoas que chegaram a lucrar até 700 mil reais também serão investigadas. 

Se houver condenação dos acusados os bens da empresa poderão ser destinados para ressarcir as pessoas que foram lesadas. Os sócios poderão pegar de seis meses a dois anos de prisão pelo crime de economia popular e de dois a cinco anos pelo crime de relações de consumo.   

A partir de hoje a empresa não poderá mais efetuar pagamentos ou novos cadastros, sob pena de multa de 50 mil reais e o site deve ser retirado da rede sob pena de 1 milhão de reais por dia que continuar no ar.

Carlos Castro fala sobre as perdas provocadas pela pirâmide aos usuários: “Geralmente em crimes dessa natureza estima-se que cerca de 70 a 80% da base da pirâmide não consegue recuperar o investimento inicial e fica no prejuízo”, relata. 

Ainda, segundo o Delegado Guilherme Mesquita que juntamente com a Inteligência da Polícia Civil – CORDIMPOL- deu suporte a operação este é o tipo de esquema onde muitos perdem para que poucos ganhem. “Quem está na base dá sustentação para quem está em cima”, explica. Ele ainda ressalta que a população deve ficar atenta diante de esquemas que garantem dinheiro fácil e que proporcionem grandes lucros sem muito esforço.  

O dono da empresa Priples, Henrique Maciel Carmo de Lima, de 27 anos, e a esposa dele, que não teve o nome revelado, foram presos na manhã deste sábado (3), na residência do casal, no bairro de Piedade, Jaboatão dos Guararapes. 

De acordo com a polícia, eles são acusados de crime contra a economia popular e formação de esquema de pirâmide financeira. Na casa deles a polícia recolheu cerca de 300 mil doláres e carros de luxo. A Priples promete aos afiliados retorno financeiro de 60% do investido ao mês, em troca de responder cinco perguntas diárias nas redes sociais, o que é carecterizado, segundo a polícia, como formação de pirâmide financeira.

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Os investidores das redes Telexfree, Priples e BBOM prometem ir às ruas neste sábado (29) para protestar contra o bloqueios de suas contas feito pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), por indícios de formação de pirâmide financeira. A manifestação está marcada para acontecer às 10h, no 2° Jardim de Boa Viagem, área central do Recife. 

Nesta última sexta-feira (28), o Diário Oficial da União (DOU), publicou a decisão do bloqueio contra a empresa Ympactus Comercial Ltda, a Telexfree. Segundo o órgão, a empresa estaria violando princípios básicos do Código de Defesa do Consumidor.

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