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As projeções de curto e longo prazos do nível da dívida soberana da Grécia são piores que o esperado, informou o jornal alemão Welt am Sonntag, citando fontes familiarizadas com o assunto. "Os gregos estão indo em direção a um nível de endividamento de 140% do Produto Interno Bruto no ano de 2020", afirmou uma pessoa à publicação.

O governo grego concordou com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) em reduzir a dívida para 120% do PIB nos próximos oito anos. Essa foi uma das condições para garantir a segunda rodada de ajuda.

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Ainda não está claro se a Grécia, o FMI, o BCE e a Comissão Europeia reagirão às projeções piores que o esperado, informou o jornal, em uma reportagem que será publicada na edição deste domingo. As informações são da Dow Jones.

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, disse nesta quarta-feira que a autoridade monetária trabalha com a perspectiva de crescimento moderado do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo semestre. Também disse que a economia global crescerá menos neste ano.

O diretor do BC fez ainda uma projeção de crescimento moderado para o crédito neste e no próximo ano. Hamilton participou de seminário realizado em São Paulo pelo Insper, com a palestra 'Perspectivas para a Economia Brasileira no Atual Cenário Econômico'. Ele afirmou que o BC espera que a que a inadimplência recue nos próximos trimestres e que o seu aumento se deu em função de excessos na contração de crédito em 2010. No entanto, segundo ele, o comportamento dos bancos mudou na hora de conceder crédito desde 2011, em parte por conta das atuações do Banco Central.

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Na visão dos analistas, disse o diretor do BC, o pior momento do mercado de crédito ficou para trás. O volume de créditos dos bancos dados como perdidos está diminuindo. "Os créditos baixados como prejuízo pelos bancos estão recuando", disse Hamilton. Além disso, ele avalia que a parcela da renda das famílias comprometidas com pagamento de dívidas estão caindo. A maior parcela da renda comprometida com pagamentos de dívidas ocorreu no segundo semestre de 2011. Para as empresas, Hamilton afirmou que a concessão de crédito continua favorável.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo sua perspectiva para a economia mundial e pediu às autoridades monetárias ações fortes para combater os múltiplos riscos ao enfraquecimento da recuperação global.

Na revisão trimestral do Cenário Econômico Global (WEO, na sigla em inglês), o FMI manteve a projeção de crescimento para a expansão da economia mundial em 3,5% em 2012, e reduziu de 4,1% para 3,9% a projeção para 2013, em comparação com a projeção divulgada três meses atrás.

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O Fundo alertou que os riscos de uma desaceleração rápida "continuam amplos" devido à ameaça de atraso ou ação insuficiente das autoridades monetárias. No relatório, o FMI advertiu as autoridades monetárias na Europa e EUA dos perigos impostos pelo estado atual da economia. "As pessoas sentem que o mundo se tornou mais sombrio", afirmou o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard. "A tendência é um pouco pior do que as projeções sugerem. Ainda temos uma recuperação fraca no mundo."

As projeções estão baseadas em três grandes hipóteses: os líderes da zona do euro tomarão "atitudes políticas suficientes" para reduzir a crise financeira na região; o governo dos EUA agirá para evitar um aperto nítido na política fiscal no próximo ano; e os esforços dos países emergentes para acelerar o crescimento ganharão impulso.

O FMI espera desaceleração no crescimento este ano em quase todas as principais economias devido aos temores de que uma desaceleração profunda pese globalmente sobre empresas e consumidores, contribuindo para uma retração no comércio. "Eu acredito que provavelmente isso terá um efeito nas decisões em todo o mundo."

Emergentes

O FMI reduziu sua projeção para o crescimento da economia do Brasil este ano para 2,5%. No relatório anterior, divulgado em abril, o FMI previa uma expansão maior de 3,1% no Brasil.

O FMI reduziu também suas projeções de crescimento em 2012 para a China, de 8,2% para 8,0%, e para a Índia, de 6,8% para 6,1%. Segundo o FMI, essas economias emergentes estão desacelerando devido "a forças globais, demanda doméstica mais fraca e maior aversão dos investidores ao risco".

"Todos elas, de formas diversas, viram as exportações ou os investimentos desacelerarem", disse Olivier Blanchard, economista-chefe do FMI. "Minha impressão é que... essas taxas de crescimento serão um pouco menores do que foram" ao longo da década passada. As informações são da Dow Jones.

A Secretaria de Educação de Pernambuco (SE), através do secretário Anderson Gomes, divulgou nesta segunda-feira (9) os dados das projeções do Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco (IDEPE) para o ano de referência de 2011, sobre a educação no estado. O IDEPE serviu para comparar os números com os dados qualitativos do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), do Ministério da Educação (MEC), que avalia a qualidade educacional em todos os níveis de escolaridade, desde os iniciais até o ensino médio. 

De acordo com informações da SE, nos anos iniciais do ensino fundamental, o índice subiu de 4 para 4,4, e nos anos finais, saiu de 3,4 para 3,5. Sobre o ensino médio, o número subiu de 3 para 3,3. Segundo a secretaria, as médias aguardadas pelo MEC, por meio do Ideb, são de 3,9; 2,8; e 3, respectivamente.

Conforme informações da assessoria de comunicação da SE, na avaliação de Anderson Gomes, o resultado aponta que o estado está no percurso correto para chegar em um bom nível educacional. “Os indicadores mostram que estamos no caminho certo com crescimento em todas as modalidades. Com a política pública instituída pelo governador Eduardo Campos, a intenção é que os alunos saiam da escola cada vez mais preparados para fazer uma faculdade ou ingressar no mercado de trabalho”, opina o secretário, segundo a assessoria.

Outro resultado destacado por Gomes foi o das Escolas de Referência em Ensino Médio (EREM) em tempo integral. De acordo com a SE, o número subiu de 4,6 para 4,72, e o resultado geral das escolas de referência, unificando as integrais e as semi integrais, subiu de 4,15 para 4,4. 

Participações


Segundo dados da secretaria, do total de 103 de escolas que foram avaliadas, 20 unidades alcançaram índice superior a 5, que é um resultado superior ao esperado pelo MEC em 2021, que é de 4,5. O maior índice é o da Escola de Referência em Ensino Médio Arnaldo Assunção, localizada no Agreste pernambucano, em Caruaru.

Ainda de acordo com o órgão público, mais de 127 mil estudantes foram avaliados, oriundos de 928 escolas estaduais.

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O crescimento previsto pelos bancos para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste e no próximo ano será puxado pelo mercado doméstico, prevê o economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg, ao comentar a primeira Pesquisa Febraban de Projeções Macroeconômica e Expectativas de Mercado deste ano e que projeta um crescimento do PIB de 3,4% neste ano e de 4,1% em 2013.

Entre os fatores de estímulo ao crescimento, Sardenberg cita o aumento de 14% do salário mínimo, as medidas de incentivo ao crédito adotadas pela equipe econômica do governo, os estímulos fiscais e, sobretudo, a redução da taxa básica de juros (Selic).

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De acordo com os 30 bancos que participaram da pesquisa de janeiro, a taxa Selic deve continuar a receber mais dois cortes de 0,50 ponto porcentual e parar em 9,50% ao ano em 2012, taxa que deverá ser mantida ao longo de 2013.

Além disso, diz Sardenberg, também ajudará na expansão da economia neste e no próximo ano a esperada aceleração dos investimentos puxados pelo calendário das obras para a construção das praças esportivas que sediarão os jogos da Copa do Mundo e olímpicos.

Sardenberg pondera, no entanto, que todas essas projeções contam com a manutenção da trajetória de afastamento da ruptura na economia internacional.

A recuperação esperada para a produção industrial é o diferencial para o cenário econômico de crescimento projetado para este e para o próximo, segundo avaliação do economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg, comentando a Pesquisa Febraban de Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado referente ao mês de janeiro.

Segundo a mediana das expectativas dos 30 bancos que participaram da pesquisa entre os dias 26 e 31 de janeiro, a produção industrial deverá crescer 3% neste ano e 4% em 2013. O Produto Interno Bruto (PIB), pela ordem, deve crescer 3,4% e 4,1%.

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"No geral, o cenário é positivo. Não é excepcional, mas é bom se comparado com o resto do mundo, em especial Europa e Estados Unidos", diz o chefe do Departamento Econômico da Febraban, reforçando que, no agregado da pesquisa, o diferencial é a recuperação da indústria. No ano passado, a produção da indústria de transformação cresceu apenas 0,3%.

As operações de crédito da carteira total do Sistema Financeiro Nacional (SFN) deverão crescer 16,5% em 2012 e 15,8% em 2013, segundo a mediana das expectativas de 30 bancos consultados entre os dias 26 e 31 de janeiro na Pesquisa Febraban de Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado. Na pesquisa anterior, realizada em dezembro, a previsão era de uma expansão de 16% no volume de concessões de crédito neste ano.

Para as operações de crédito com recursos direcionados, a pesquisa atual aponta para um crescimento de 17,8% para este ano e de 16,8% para 2013. As operações de crédito com recursos livres devem fechar este ano com expansão de 15,5% e de 14,8% em 2013.

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As operações de crédito para Pessoas Físicas com recursos livres, segundo as previsões dos bancos, devem encerrar 2012 com expansão de 15,5% e de 14,8% no ano que vem. As operações de crédito para Pessoas Físicas incluindo consignado deverão crescer 16,3% em 2012 e 14,8% em 2013. Para as operações de crédito pessoa física para aquisição de veículos, incluindo leasing, as previsões são de uma expansão de 15,3% em 2012 e de 14,7% em 2013.

Para pessoas jurídicas, o crédito com recursos livres deverá aumentar 15,3% neste ano. Para 2013, a previsão é de crescimento de 14,9%. No que diz respeito à taxa de inadimplência - atrasos acima de 90 dias -, a previsão dos bancos para este ano é de 5,3% e para o ano que vem, de 5,1%. Febraban;

O presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade, deixou claro a insatisfação com o atual desempenho da economia brasileira. "Eu acho que nós não podemos nos dar por satisfeitos com este crescimento. A indústria vai ter, no máximo, um crescimento entre 2% e 2,5%", disse Andrade, ao acompanhar uma delegação de estudantes do Senai e Senac que foi recebida pela presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.

O comentário foi feito um dia depois de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ter divulgado que o Produto Interno Bruto (PIB) do País apresentou crescimento zero no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre. De forma isolada, o PIB da indústria caiu 0,9% no terceiro trimestre contra o segundo trimestre do ano.

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Para o presidente da CNI, no entanto, o cenário permanece desfavorável. "Considerando uma taxa de juros elevada, uma importação muito acima do limite esperado, uma taxa de câmbio desfavorável, uma carga tributária elevada, todos esses aspectos foram agravados agora no quarto trimestre pela crise da Europa e dos Estados Unidos", comentou. Andrade pede urgência na adoção de medidas de estímulo à economia, como os mecanismos de estímulo às exportações.

Pimentel

O presidente da CNI falou também sobre a contratação da consultoria de Fernando Pimentel, atual ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Segundo o jornal "O Globo", um dos clientes da P-21 Consultoria e Projetos Ltda, de Pimentel, foi a Fiemg, justamente na época em que a federação mineira era presidida por Robson de Andrade. "Nós contratamos um homem experiente que vinha do setor privado, formado em economia e que teve uma experiência, uma vivência muito grande no setor público, em projetos e propostas de desenvolvimento", disse Andrade.

Segundo o atual presidente da CNI, a Fiemg firmou um contrato com Pimentel para que ele auxiliasse a federação a preparar projetos e programas de desenvolvimento que pudessem ser apresentados ao poder público nas esferas estadual e federal, envolvendo questões como redução de carga tributária, além de melhoria das condições e do ambiente de trabalho, de investimento. Além disso, Pimentel teria realizado uma série de palestras em unidades regionais, a pedido da Fiemg, lembrou Andrade.

"Ele (Pimentel) nos deu uma contribuição muito grande pela sua larga experiência como homem público e pela sua experiência como economista e empresário", explicou Andrade. Segundo o atual presidente da CNI, a experiência do atual ministro foi utilizada no aprimoramento de programas voltados para diversos segmentos da indústria mineira, como fogos de artifício, calçados, vestuário, moveleiro, joias e gemas. Robson Braga de Andrade ressaltou que Fernando Pimentel não era "nem ministro, nem prefeito" na época do contrato.

Na tarde de sexta-feira, o mercado futuro de juros indicava que a Selic, a taxa básica de juros, vai cair dos atuais 11,5% ao ano para pouco menos de 10% em abril. Desde outubro, à medida que a crise europeia ia se agravando, as taxas dos contratos futuros tiveram tendência de queda, refletindo projeção de cortes mais acentuados da Selic nos próximos meses. O contrato de janeiro de 2013, por exemplo, saiu de 10,39% em 27 de outubro para 9,97% no fim da tarde de sexta-feira.

A aposta do Banco Central (BC) no forte impacto da crise europeia na atividade econômica no Brasil parece ter sido plenamente aceita pelo mercado financeiro. Em 31 de agosto, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) cortou a Selic de 12,5% para 12%, parte expressiva dos analistas reagiu com contrariedade, considerando a ação prematura diante do quadro internacional ainda incerto.

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Agora, a situação europeia deteriorou tanto que o mercado parece antever quedas da Selic ainda mais fortes do que a comunicação do BC, que tem reiterado a expressão "ajustes moderados".

"Os spreads dos bônus italianos foram subindo e a gente viu aqui os DIs (contratos futuros de juros) indo para baixo", diz Carlos Kawall, economista-chefe do banco de investimento J. Safra. Ele se refere ao fato de que, à medida que piorava a percepção de risco da Itália, os juros pagos pelo governo do país para colocar títulos públicos foram aumentando, chegando a se distanciar em mais de cinco pontos porcentuais do custo de captação da Alemanha no pior momento da crise.

No extremo, para quem já vê um cenário de ruptura da zona do euro como o mais provável, a Selic pode cair bem abaixo de 9% em 2012. Mas essa é uma aposta minoritária, que não se reflete até agora no mercado futuro. O fato de que o mercado financeiro agora projeta firme queda da Selic, acompanhando o agravamento da crise internacional, não quer dizer que há aprovação unânime da estratégia do BC.

"Uma coisa é dizer que o mercado está prevendo, outra é dizer que todo mundo concorda com isso", diz um ex-diretor do BC. Ele nota que, de fato, na última semana o mercado futuro começou a projetar aceleração dos cortes da Selic, inclusive indicando em alguns dias a possibilidade de que o corte da taxa básica nas reuniões do Copom de dezembro e janeiro seja de mais de 0,5 ponto porcentual. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deverá crescer 3,2% em 2011, segundo a mediana das expectativas de 30 bancos que participaram de pesquisa divulgada hoje pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O levantamento, feito entre os dias 28 de outubro e 1º de novembro, também estima uma expansão de 3,6% do PIB em 2012.

A pesquisa atual apresenta uma piora nas expectativas dos bancos para quase todos os indicadores na comparação com o levantamento realizado em setembro. Na pesquisa anterior, a projeção dos 33 bancos consultados naquele momento em relação ao PIB apontava para uma expansão da economia de 3,5% em 2011 e de 3,8% no ano que vem. Isso mostra que, do levantamento de setembro para o de outubro, os bancos reduziram a expectativa de crescimento do PIB em 0,3 ponto porcentual (pp) em 2011 e em 0,2 pp para 2012.

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Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador utilizado como medidor oficial da inflação, o levantamento atual mostra que a mediana das expectativas para este ano é de 6,5% e em 2012, de 5,7%. Na pesquisa anterior, as previsões eram de 6,4% no encerramento deste ano e de 5,5% em 2012. Neste caso, a mediana das previsões de inflação para 2011 foi aumentada em 0,1 ponto porcentual e a do ano que vem, em 0,2 ponto porcentual.

A taxa básica de juros, a Selic, segundo os bancos que participaram da pesquisa de outubro, deverá terminar 2011 em 11%, a mesma taxa prevista no levantamento anterior. Para 2012, no entanto, os bancos reduziram a previsão para 10% de uma expectativa anterior que era de 10,63%.

Para o dólar, a mediana das expectativas dos bancos é de que a moeda norte-americana fechará este ano cotada a R$ 1,74 e em 2012, em R$ 1,75. Na pesquisa anterior, as previsões eram de R$ 1,63 e de R$ 1,66 para 2011 e 2012, respectivamente.

Estados Unidos

A economia norte-americana deverá encerrar este ano mostrando um crescimento de 1,7%, segundo a pesquisa da Febraban. Para 2012, a mediana das expectativas dos bancos aponta para uma expansão de 2% do PIB dos EUA. Na pesquisa anterior, as projeções eram de um crescimento norte-americano da ordem de 1,8% em 2011 e de 2,2%, em 2012.

Já a inflação norte-americana medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) deverá encerrar 2011 em 3% ante projeção de 2,8% na pesquisa anterior, de acordo com os bancos pesquisados em outubro. Para o próximo ano, a previsão é de uma inflação de 2,1% no varejo norte-americano ante 2% no levantamento de setembro.

A taxa básica de juros dos EUA medida pelos Fed Funds deverá encerrar este ano em 0,25% ante 0,3% na pesquisa anterior. Em 2012, a projeção é de que a taxa de juros nos EUA feche em 0,25% ante 0,27% na pesquisa anterior.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou hoje para baixo a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2011. Para a entidade, a economia brasileira deve crescer apenas 3,4% este ano. Em julho, a estimativa era de uma expansão de 3,8%.

A produção industrial também foi revista para um patamar inferior ao previsto anteriormente. A projeção que era de 3,2% há três meses, agora passa a ser de apenas 2,2%. No ano passado, o PIB brasileiro cresceu 7,5% e o PIB industrial aumentou 10,1%.

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Os investimentos devem ser os mais afetados pelo menor crescimento da economia este ano. Enquanto a previsão da CNI para o crescimento do consumo das famílias foi mantida em 4,5%, a estimativa para a formação bruta de capital fixo caiu de 8,5% em julho para 5,5%. Em março, essa estimativa era de 9,0%. Apesar disso, a previsão para a taxa de desemprego no País ficou estável em 5,9%.

Inflação e juro

Já a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano deve chegar ao teto da meta do governo de 6,5%, segundo estimativas da CNI. A estimativa anterior, de julho, apostava em uma inflação de 6,0%.

Com o ciclo de queda da taxa Selic, iniciado pelo Banco Central no fim de agosto, a previsão da CNI para a taxa básica de juros ao fim do ano recuou de 12,5% para 11,0%. Com as duas revisões, a taxa real de juros no País deve ficar em 4,8% na média deste ano.

O bom desempenho da arrecadação dos tributos no ano levou a CNI a revisar sua projeção para o superávit primário do setor público de 2,70% do PIB para 3,0%. Com isso, a projeção para o déficit público nominal, que era de 3,2% em julho, caiu para 2,9%. Da mesma forma, a previsão para dívida pública líquida, que era de 39,5% do PIB, caiu para 39,2%.

As jazidas descobertas na área do pré-sal nas bacias de Campos, Santos e Rio de Janeiro devem proporcionar ao Brasil uma receita de US$ 27,9 bilhões com exportações de petróleo em 2020, calcula estudo preparado pela Ernst Young, em parceria com a FGV Projetos, e divulgado hoje no Rio, marcando a inauguração do Centro de Excelência da empresa para a área de óleo e gás.

Segundo o estudo, são esperados para 2020 volumes de 600 mil barris exportados por dia. A receita estimada representa um aumento de 73% em relação a 2010 (US$ 16,1 bilhões). Levando-se em conta o crescimento do PIB do País ao longo da década passada, as exportações geradas pelo pré-sal terão um impacto positivo de apenas 0,4 ponto porcentual para o PIB brasileiro em 2020 - ressaltando a necessidade de ênfase não só na produção e na exportação de petróleo bruto, mas também em investimentos no refino, para agregar mais valor. "Hoje o Brasil precisa de refinarias para elevar o valor deste produto a ser exportado", afirmou Elizabeth Ramos, sócia da Ernst Young.

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Para a área de gás natural, as estimativas são de que entre 2011 e 2020, a conversão do gás em combustíveis líquidos (GLT) deve ter maior aplicação com a ampliação de sua oferta no mercado internacional por conta da exploração de gás de xisto nos EUA. O aumento do preço do petróleo ajuda a completar esse cenário. No Brasil, a entrada em operação dos campos do pré-sal e a extensão das redes de distribuição do produto farão com que o gás natural ganhe peso e relevância na oferta de energia ao longo das próximas décadas. Além do pré-sal brasileiro, devem entrar em operação o campo de Mexilhão, na Bacia de Santos, e o de Camarupim, na Bacia de Espírito Santo. Com isso, os números do consumo de gás no País serão maiores.

Atualmente são absorvidos 50 milhões de m3/dia; em 2019, serão 169 milhões de m3/dia. Agregada à recente implantação da infraestrutura de transporte que integra as regiões Sudeste e Nordeste, a nova oferta deve aumentar a gaseificação do consumo energético, atendendo a novas indústrias e garantindo a geração de termelétricas a gás natural.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou sua projeção para o crescimento dos Estados Unidos para 1,8% em 2012, de expansão de 2,7% estimada em junho, segundo seu relatório Perspectivas Econômicas Mundiais de setembro. O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA para este ano foi revisado também em baixa, para expansão de 1,5%, um ponto porcentual abaixo da projeção de junho.

O FMI destacou como prioridades aos Estados Unidos a criação de um plano de consolidação fiscal de médio prazo, para colocar a dívida pública do país em patamar sustentável e para implementar políticas que sustentem a recuperação, incluindo ajustes aos mercados imobiliário e do trabalho.

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"O novo Ato do Trabalho Americano deve dar o suporte necessário de curto prazo para a economia, mas deve estar em paralelo a um sólido plano fiscal de médio prazo que aumente as receitas e contenha o crescimento dos gastos com benefícios sociais", disse o fundo. As informações são da Dow Jones e do site do FMI.

O aumento nos preços das commodities (matérias-primas) deu um grande impulso para o crescimento econômico da América Latina no ano passado. No entanto, esse avanço tem sofrido redução devido à desaceleração na demanda pelas commodities, além de políticas macroeconômicas mais rígidas na região, segundo relatório divulgado hoje pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Em 2010, a América Latina cresceu 6,1%, porém isso deve cair para 4,5% em 2011 e recuar para 4,0% em 2012, segundo o relatório Perspectivas Econômicas Mundiais, que teve seus dois primeiros capítulos divulgados hoje pelo FMI.

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As estimativas do FMI sugerem que a América Latina pode ter um clássico pouso suave, cenário que pode ser bem-vindo para várias nações da região. Os fortes índices de crescimento de 2010 levaram à valorização da moeda no Brasil e em outros países, prejudicando importantes setores exportadores dos países e causando um aumento excessivo na demanda doméstica, conforme os importados tornavam-se mais baratos.

Porém, o FMI nota que essa desaceleração pode ser mais impactante para as economias da região. Se os preços dos commodities caírem mais rápido que o esperado, aprofundando os déficits nas economias latinas, isso poderia criar temores de estabilidade nas finanças da região, afirma o fundo.

"Os riscos para o panorama regional de curto prazo apontam para baixa", afirma o relatório. "Uma desaceleração mais brusca nas economias desenvolvidas, notadamente nos Estados Unidos, sufocaria o crescimento, particularmente em economias dependentes do comércio, gastos de turistas e remessas (Caribe, América Central, México)."

Juros

Muitos bancos centrais latino-americanos concluíram que as altas nos juros promovidas na primeira metade do ano, para controlar o crescimento, não são mais necessárias e podem inclusive ter de recuar nessas taxas. O Brasil cortou neste mês a taxa básica de juros de 12,5% para 12,0%. Já a Colômbia manteve sua taxa no mês passado inalterada, após seis altas seguidas, citando "alto grau de incerteza" com o panorama global.

Apesar da desaceleração provável na América Latina, o FMI diz que há "alguns" riscos de alta. "O crescimento da demanda doméstica poderia superar as expectativas se os riscos globais se reduzirem rapidamente, reiniciando a forte onda de fluxos de capitais para a região", afirma o texto. As informações são da Dow Jones.

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