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O Exército e a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo investigam desde o fim da semana passada o furto de 21 metralhadoras do arsenal de guerra que estavam em um quartel das Forças Armadas em Barueri, na região metropolitana da capital. Cerca de 500 militares são mantidos aquartelados na unidade da cidade enquanto a apuração é realizada.

Entre os armamentos furtados estavam 13 metralhadoras calibre .50, consideradas de alto impacto e capaz de perfurar blindagens, e oito fuzis 7,62 mm. Entenda a seguir as principais questões sobre o caso.

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Quando foi notada a ausência das armas?

A ausência do armamento foi notada durante uma inspeção no local na terça-feira, 10. Segundo o Exército, o material era inservível e tinha sido recolhido para manutenção.

Trata-se de um furto? Um roubo?

O caso não é tratado oficialmente como roubo ou furto na nota emitida na sexta-feira pelo Exército. Apesar disso, o secretário de Segurança do Estado, Guilherme Derrite, chama o caso de furto, quando objetos são subtraídos sem uso da violência.

O Comando Militar do Sudeste disse ter instaurado um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias do fato. O Exército descreveu a ocorrência como "uma discrepância no controle" das armas e disse ter tomado todas as providências para investigar o caso.

O que se sabe sobre a investigação?

O Comando Militar do Sudeste informou no sábado, 14, que mantém cerca de 480 militares aquartelados. "Os militares estão sendo ouvidos para que possamos identificar dados relevantes para a investigação", diz a nota.

"Nós da segurança de São Paulo não vamos medir esforços para auxiliar nas buscas do armamento e evitar as consequências catastróficas que isso pode gerar a favor do crime e contra segurança da população", escreveu Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública do Estado de SP, no X (ex-Twitter).

Para que serve esse tipo de armamento e a quem poderia interessar?

Metralhadoras calibre .50 são equipamentos de alto interesse de grupos criminosos organizados, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), que é conhecido por "alugar" armas de alto calibre para assaltos a carros-fortes, transportadoras e agências bancárias. Em 2016, o assassinato do megatraficante Jorge Rafaat Toumani, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, foi realizado com uso desse armamento pesado.

Já o fuzil automático leve (FAL) de calibre 7,62 é adotado pelo Exército como armamento padrão de combate desde a década de 1960. "O FAL utiliza a munição 7,62x51mm NATO, que concede ao armamento uma alta precisão no engajamento dos alvos e grande letalidade", descreve um estudo da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais do Rio. A análise acrescenta que a partir de 2017 teve início uma substituição gradual do FAL por um armamento de calibre 5,56 mm.

Ao menos 38 pessoas ficaram feridas em um grande incêndio nesta segunda-feira (2) no principal quartel da polícia na cidade egípcia de Ismailia, no Canal de Suez, informou o ministério da Saúde.

O incêndio começou antes do amanhecer na sede da Direção de Segurança e foi controlado após algumas horas pelos bombeiros.

A causa do incêndio ainda não foi determinada.

Imagens publicadas nas redes sociais mostram grandes chamas em vários andares do edifício, que tem a presença contínua de policiais.

O ministro do Interior, Mahmoud Tawfik, ordenou uma investigação para estabelecer as causas do incêndio e uma inspeção das normas de segurança no edifício.

Os incêndios, muitas vezes provocados por curtos-circuitos, são relativamente frequentes no país mais populoso do mundo árabe (105 milhões de habitantes), com infraestruturas antigas e mal conservadas.

Em agosto de 2022, um incêndio matou 41 fiéis em uma igreja localizada em um beco de um bairro operário do Cairo, o que gerou uma grande polêmica sobre as infraestruturas e o tempo de resposta dos bombeiros.

Em março de 2021, ao menos 20 pessoas morreram no incêndio em uma fábrica têxtil no subúrbio do Cairo.

Em 2020, dois incêndios em hospitais deixaram 14 mortos.

A AMEPA – Associação dos Magistrados do Estado do Pará, por meio de suas Diretoria Executiva e Diretoria Eleita, manifestou em nota o seu veemente repúdio aos atos de caráter golpista e terrorista realizados na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no último domingo.

"Num episódio jamais visto na História do Brasil, criminosos destroem prédios dos três poderes em Brasília, entre eles a sede do Supremo Tribunal Federal, ofendendo sem precedentes a democracia brasileira e o normal funcionamento das instituições", diz a nota.

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"Pouco importa a motivação e qualquer juízo de valor que possam acompanhar ou tentar justificar pessoas que compactuam com tais atitudes. O que se está testemunhando é um triste desrespeito ao Estado Democrático de Direito. O Plenário do STF foi totalmente depredado", completa.

A AMEPA se solidariza com as instituições ofendidas e ressalta que a destruição do patrimônio físico da nação "não dobrará a força de nossos poderes que, ressalte-se, funcionam e continuarão a funcionar dentro da normalidade exigida pela Constituição Federal".

Na manhã desta segunda-feira (9), a Prefeitura de Belém e Governo do Estado atuaram juntos para desmobilizar na capital paraense qualquer tipo de ato antidemocrático de grupos terroristas em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, inconformados com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula nas eleições de 2022.

Os grupos antidemocráticos se concentravam em frente ao Batalhão de Infantaria de Selva (2º BIS) do Exército Brasileiro, localizado na avenida Almirante Barroso, no bairro do Marco, há quase três meses. A ação foi coordenada pela Organização Pública de Belém, ligada à Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), com  o objetivo de garantir o cumprimento do Código de Postura do Município.

Por volta de 11 horas, a avenida Almirante Barroso já estava totalmente desobstruída, resultando em cinco extremistas detidos na ação pela Polícia Militar do Pará e encaminhados para a sede da Polícia Federal em Belém.

A ação de retirada dos antidemocráticos da Almirante Barroso, uma das principais vias da capital paraense, atendeu a determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que ordenou a desmobilização no país de todos os atos antidemocráticos dos eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Com informações da AMEPA e Agência Belém.

 

O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal informou neste domingo (18) que um raio atingiu quatro pessoas na região em que apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) se aglomeram há semanas em Brasília, em frente ao quartel-general do Exército.

A equipe de socorro chegou ao local pouco antes das 14h e concluiu que apenas uma mulher de 45 anos precisava ser atendida com "dormência nas pernas, queimação nos braços, quadro hipertensivo e sinais vitais alterados". A mulher foi levada ao hospital de base de Brasília. Ela estava consciente e estável.

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Um soldado do Exército Brasileiro é suspeito de furtar o carro de um colega do quartel e acabou sendo preso após uma perseguição policial em Taguatinga Norte, Distrito Federal, na noite desta última sexta-feira (10).

De acordo com informações do Correio Braziliense, militares estavam passando pela QNL 17, quando avistaram e suspeitaram do jovem. Ao ver a viatura, o suspeito acelerou o carro e entrou em uma quadra. Ao verificar a placa do veículo, os policiais constataram que o carro havia sido furtado do estacionamento do Comando Militar do Planalto.

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Depois de iniciada a perseguição, o soldado abandonou o veículo e tentou fugir a pé, sendo alcançado logo em seguida. Na abordagem, o suspeito confessou ter furtado o carro de um amigo do quartel que havia deixado as chaves no alojamento.

O soldado foi encaminhado para a 12ª Delegacia de Polícia. Por se tratar de um militar, acabou sendo levado ao Quartel General da força armada, onde passará por audiência de custódia.

O Superior Tribunal Militar (STM) decidiu manter preso o cidadão russo Denis Alexandrovich Saltanov, de 42 anos, acusado de invadir o quartel do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) do Exército em Manaus (AM). O habeas corpus impetrado pela Defensoria Pública da União (DPU) em favor do estrangeiro foi negado pelo Plenário da Corte nesta quarta-feira, 29. O pedido já havia sido negado liminarmente no último dia 17. Saltanov está preso desde 29 de abril em uma cela individual na 12ª Companhia de Polícia do Exército, na capital amazonense. A Embaixada da Rússia acompanha o caso.

Ao analisar o habeas corpus, o ministro José Coêlho Ferreira disse que não verificou qualquer ilegalidade ou abuso na prisão do russo. Segundo o magistrado, ao ingressar na unidade militar portando mochila e máquina fotográfica, o acusado sabia que agia contra a lei. O ministro afirmou ainda que a prisão cautelar está fundamentada em dispositivos do Código de Processo Penal Militar que foram recepcionados pela Constituição Brasileira. Por unanimidade, os ministros do STM acompanharam o voto do relator e mantiveram o curso normal da ação penal.

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Em depoimento no procedimento aberto pelo Exército logo após a prisão em flagrante do russo, uma tenente disse que, ao perguntar o motivo que o levou a saltar para dentro do quartel, ele respondeu que pulou o muro "para testar o treinamento dos soldados", com visível "ar de deboche, sorrindo e gracejando". Um major afirmou que, ao perguntar se a atitude de pular muros de instalações militares seria comum em seu país de origem, o russo disse que não. Ainda segundo o major, Saltanov disse que sabia que o que ele havia feito era contra a lei.

Ao ser interrogado, em inglês, com a ajuda de um intérprete, Saltanov disse que pretendia visitar o zoológico (que fica dentro do GICS), mas que pretendia usar a entrada principal. Ele não disse por que decidiu pular o muro. Ao final, pediu para ver a identificação do escrivão que lavrou o auto de prisão em flagrante.

O defensor público da União Thomas Luchsinger disse que Saltanov nega que tenha dito que queria testar o treinamento dos soldados. Segundo o defensor, o estrangeiro pretendia visitar o zoológico, e pulou o muro para cortar caminho pela mata. Ele estava com um mapa que não dizia que ali era uma instalação militar. Além disso, as placas de perigo são em português, e Saltanov mal fala inglês, diz Luchsinger. A DPU já recorreu ao Supremo Tribunal Federal para soltar o russo. O habeas corpus será analisado pelo ministro Dias Toffoli.

Em 10 de maio, o Ministério Público denunciou o estrangeiro pelo crime de "penetrar em estabelecimento militar por onde seja defeso ou não haja passagem regular", previsto no artigo 302 do Código Penal Militar. Se condenado, ele pode pegar de seis meses e dois anos de detenção.

A Embaixada da Rússia informou que Saltanov não responde por nenhum crime em seu país.

O cidadão russo Denis Alexandrovich Saltanov, de 42 anos, está preso desde o dia 19 de abril em uma cela individual na 12ª Companhia de Polícia do Exército em Manaus (AM). Por volta das 10h20 daquele dia, ele foi preso em flagrante por sentinelas acusado de ingressar clandestinamente no Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) do Exército, na capital amazonense. Em 10 de maio, o Ministério Público denunciou o estrangeiro pelo crime de "penetrar em estabelecimento militar por onde seja defeso ou não haja passagem regular", previsto no artigo 302 do Código Penal Militar. Se condenado, ele pode pegar de seis meses e dois anos de detenção. Na semana passada, o Superior Tribunal Militar (STM) negou liminarmente pedido de habeas corpus para Saltanov. A Defensoria Pública da União pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). A Embaixada da Rússia já foi comunicada oficialmente.

Em depoimento no procedimento aberto pelo Exército para apurar o caso, uma tenente disse que, ao perguntar ao russo o motivo que o levou a saltar para dentro do quartel, ele respondeu que pulou o muro "para testar o treinamento dos soldados", com visível "ar de deboche, sorrindo e gracejando".

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Um major afirmou que, ao perguntar se a atitude de pular muros de instalações militares seria comum em seu país de origem, o russo disse que não. Ainda segundo o major, Saltanov disse que sabia que o que ele havia feito era contra a lei.

Ao ser interrogado, em inglês, com a ajuda de um intérprete, Saltanov disse que pretendia visitar o zoológico (que fica dentro do GICS), mas que pretendia usar a entrada principal. Ele não disse por que decidiu pular o muro. Ao final, pediu para ver a identificação do escrivão que lavrou o auto de prisão em flagrante.

O defensor público da União Thomas Luchsinger disse que Saltanov nega que tenha dito que queria testar o treinamento dos soldados. "O zoológico é um dos pontos turísticos mais conhecidos de Manaus. Ele estava com um mapa que não dizia que ali era uma instalação militar. Além disso, as placas de perigo são em português, e ele mal fala inglês. Do local onde pulou o muro, ele não conseguia ver nenhum sentinela. Só quis cortar caminho pela mata".

Conhecendo a América do Sul

Saltanov está viajando pela América do Sul desde 5 de fevereiro. De acordo com bilhetes apreendidos com o russo, ele deu entrada no Brasil em 24 de abril por Tabatinga (AM), na fronteira com a Colômbia. Depois, seguiu de barco até Manaus. Em seu perfil no Facebook, há fotos tiradas no Brasil, na Argentina, no Chile, na Colômbia e no Peru.

Nascido em Moscou, Saltanov também tem cidadania equatoriana porque foi casado com uma mulher daquele país. Ele estava com passaportes da Rússia e do Equador. O russo é jornalista e fotógrafo registrado na Associação Mundial de Imprensa.

A Embaixada da Rússia informou que Saltanov não responde por nenhum crime em seu país, e que está prestando apoio consular e diplomático ao cidadão russo em conformidade com as normas russa e internacional.

O governo do Estado do Rio iniciou obras de reforma de cinco andares de um prédio, em São Cristóvão, na zona norte do Rio, para onde serão transferidos provisoriamente o comando-geral e toda a cúpula da Polícia Militar. O objetivo é implodir o quanto antes o prédio do atual Quartel-General (QG), cujo início da construção data de 1740, e em seguida vender o terreno, avaliado em R$ 336 milhões pela Petrobras no ano passado.

O negócio foi cancelado após a polêmica gerada com a divulgação dos planos da estatal de construir um moderno edifício no local, mas o governo Sérgio Cabral (PMDB) não desistiu de vender o terreno para quem se interessar. A queda de braço entre defensores e opositores à ideia promete parar na Justiça. Contrário à derrubada do quartel e autor de um projeto de lei que prevê seu tombamento, o deputado estadual Paulo Ramos (PDT) disse que vai ajuizar na terça-feira (2) um mandado de segurança para obrigar o plenário da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) a votar sua proposta, que tramita na Casa desde maio do ano passado. "Todos os prazos regimentais já venceram, mas o projeto não entra na ordem do dia por pressão do Executivo. Já que o governo tem a maioria, tem que mobilizar sua base para votar contra. O que não pode é a Casa não votar. A Alerj virou o quintal do Palácio Guanabara", afirmou o parlamentar. Procurada pela reportagem, a assessoria do governador Sérgio Cabral não se manifestou até o início da noite desta segunda-feira.

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Em resposta a um requerimento de informações sobre o atual QG feito pelo vereador Carlo Caiado (DEM), autor de outro projeto de tombamento do edifício, a prefeitura do Rio informou que o quartel não é tombado devido ao "alto grau de descaracterização do imóvel" que ocorreu em função de "consecutivas reformas, ampliações e alterações sofridas ao longo do tempo, de forma que possui atualmente poucos elementos remanescentes de períodos passados". Protocolado em 2008 na Câmara Municipal, a proposta de Caiado também ainda não foi votada. "Diversos historiadores asseguram que, mesmo assim, o prédio tem valor histórico. O projeto de tombamento está na pauta da sessão de amanhã (terça-feira). Vamos ver se finalmente a Casa vota".

A intenção da Secretaria de Segurança é trocar os grandes batalhões por unidades menores, verticalizadas, para colocar o maior contingente possível de policiais nas ruas, como ocorre em Los Angeles e Nova York. "O conceito de aquartelamento é anacrônico para a prestação de um serviço moderno. A Polícia Militar se repensou no caminho da pacificação e entendeu que temos que recuperar o tempo perdido em que ficamos afastados da população. A ideia é racionalizar o tempo com sedes modernas e preparadas para receber a comunidade com prestação de serviço eficaz", explicou o coronel Robson Rodrigues, chefe do Estado Maior Administrativo da PM.

A cúpula da PM vai ocupar provisoriamente cinco andares do Edifício Pedro Ernesto, pertencente à Universidade do Estado do Rio (Uerj), na Rua Fonseca Teles, 121. O prédio, que possui 18 andares e abriga outros órgãos do governo estadual e da prefeitura do Rio, está mal conservado: há janelas com vidros quebrados e trechos da fachada com a pintura descascando. Também há 250 vagas de estacionamento. A mudança está prevista para ocorrer ainda no primeiro semestre, tão logo acabem as obras de reforma e readequação do espaço. Segundo a PM, a nova sede definitiva do comando geral da corporação ficará no edifício onde hoje funciona o Batalhão de Choque, na Rua Salvador de Sá, no Estácio. O prédio histórico também passará por reformas após a venda do terreno do atual QG.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) expediu nesta sexta-feira recomendação ao secretário estadual da Casa Civil, Régis Fichtner, e à procuradora-geral do Estado, Lucia Léa Guimarães Tavares, para que não concretizem a venda do Quartel-General (QG) da Polícia Militar, no centro do Rio, à Petrobras. Na terça, a estatal confirmou que formalizou a intenção de compra da área de 13,5 mil metros quadrados, pelo valor de R$ 336 milhões, para construir mais um prédio próprio.

Para o MP-RJ, a venda do edifício, datado de 1740, não pode ser feita sem que seja justificado o interesse público; sem que haja prévia avaliação do bem; e sem que haja prévia autorização legislativa para o negócio. A recomendação estabelece prazo de dez dias para que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e a Secretaria da Casa Civil informem ao MP-RJ as medidas adotadas. Caso o governo do Estado não atenda à recomendação, o MP-RJ pode recorrer à Justiça para impedir a venda do QG.

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O MP-RJ abriu quatro inquéritos civis para apurar a venda do QG e de outros três batalhões da PM em áreas nobres da cidade: Leblon e Botafogo, na Zona Sul, e Tijuca, na zona norte. O governo do Estado pode arrecadar cerca de meio bilhão de reais com as quatro transações. A pedido da reportagem, consultores do mercado imobiliário avaliaram os terrenos dos batalhões de Botafogo (2º BPM) e da Tijuca (6º BPM). O primeiro valeria cerca de R$ 36 milhões; e o segundo, R$ 25 milhões.

Em estilo eclético, o edifício do 6º BPM foi construído em 1908 e fica no coração da Tijuca. A parte do batalhão do Leblon (23º BPM) que será vendida, de cerca de 5 mil metros quadrados, é avaliada pelo governo do Estado entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões. Somando com os R$ 336 milhões oferecidos pelo Petrobras pelo QG, a quantia chega a R$ 497 milhões.

Na área do QG da PM, que fica próximo aos Arcos da Lapa, o gabarito máximo permitido para novas construções é de 80 metros, o que corresponde a um edifício de 27 andares. Porém, segundo a Secretaria de Urbanismo da Prefeitura do Rio, a altura máxima do novo prédio não poderá ultrapassar o ponto mais alto dos edifícios vizinhos, de acordo com a Lei 2236/94. Para fechar a compra do terreno do QG, a Petrobras exigiu que o Estado do Rio entregue o terreno sem os prédios, justamente para minimizar riscos de problemas judiciais após o pagamento.

A Petrobras confirmou nesta terça-feira que formalizou a intenção de compra do terreno de 13.500 metros quadrados do Quartel-General (QG) da Polícia Militar do Estado do Rio na Rua Evaristo da Veiga, em uma área nobre do centro da capital. A compra, no valor de R$ 336 milhões, será a maior transação imobiliária na cidade nos últimos anos.

Entretanto, pelo menos um fator preocupa a direção da estatal em relação à compra. Dois projetos de lei - na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e na Câmara de Vereadores - pedem o tombamento do quartel, pelas importâncias histórica, artística e cultural. O início da construção dos edifícios data de 1740. Antes de acertar a compra, a Petrobras exige que o Estado entregue o terreno já sem os prédios, de modo a que seja minimizado o risco de embargos judiciais posteriores à conclusão do negócio.

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As negociações com o governo estão sendo tocadas pelo diretor de Assuntos Corporativos da Petrobras, José Eduardo Dutra, ex-senador, ex-presidente nacional do PT e ex-presidente da própria Petrobras. O diretor financeiro e de Relações com Investidores da estatal, Almir Guilherme Barbassa, disse que as negociações com o governo fluminense para a aquisição do terreno ainda não foram concluídas. "Não está fechado, está em finalização", afirmou. Se a compra ocorrer, Barbassa disse que a Petrobras construirá "mais um prédio para uso próprio". "Dentro do Rio de Janeiro nosso pessoal está distribuído, se não me engano, em 16 prédios", disse ele, para quem "é benéfica" a concentração de parte dos funcionários em uma área bem localizada como a do quartel, que definiu como "um espaço interessante".

Após o anúncio da negociação do terreno, o vereador Carlo Caiado (DEM) e o deputado estadual Paulo Ramos (PDT), autores de projetos de tombamento do QG da PM na Câmara do Rio e na Alerj, respectivamente, acertaram a votação de seus textos na próxima semana para impedir a venda. "O projeto entrou em pauta em março, mas decidi retirá-lo após um acordo com a liderança do governo, que ficou de trazer à Câmara representantes do Estado e da Prefeitura para explicarem como a venda seria feita. Fui surpreendido com esse anúncio antes do cumprimento do acordo. Então vamos votar o projeto antes da concretização do negócio", disse Caiado. "Apresentei o projeto no início do ano, assim que soube da intenção de vender o QG. Conversei com colegas e vamos votar o tombamento em plenário na semana que vem", explicou Ramos.

Não houve necessidade de licitação para a venda do terreno, já que a negociação será feita com a Petrobras, uma entidade da administração pública indireta. O governo Sérgio Cabral também pretende vender os terrenos de outros três batalhões da PM na cidade: Leblon e Botafogo, na zona sul; e Tijuca, na zona norte. Parte do terreno de 5.800 metros quadrados do 23º BPM (Leblon) será utilizado, até 2016, como canteiro de obras da Linha 4 do metrô, que vai ligar Ipanema à Barra da Tijuca, na zona oeste. Somente depois das obras será decidido o seu destino. O Estado pretende vender a maior parte da área do terreno, de cerca de 5 mil metros quadrados, voltada para a Rua Visconde de Albuquerque. O lote é estimado entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões, segundo a Casa Civil do governo estadual.

A Secretaria de Segurança e a PM não informaram por quanto pretendem vender os terrenos do 2º BPM (Botafogo) e do 6º BPM (Tijuca). A reportagem, então, solicitou à Secretaria de Fazenda da Prefeitura a área dos dois imóveis que constam no cadastro do IPTU, a fim de estimar o valor dos terrenos dos batalhões, mas também não obteve resposta.

Em nota, a Secretaria estadual de Segurança informou que a venda do QG "é apenas o primeiro passo de um amplo projeto de reestruturação dos batalhões e da sede administrativa da PM. O objetivo do projeto é dotar a Polícia Militar de instalações modernas e mais adequadas a seu trabalho". Ainda segundo a Secretaria, "os recursos das vendas serão inteiramente usados na área de Segurança Pública, seja em equipamentos, capacitação técnica, etc".

Um quartel da Polícia Militar (PM) foi incendiado ontem em Água Azul do Norte (PA). Segundo o soldado que estava no local, dois criminosos foram até o quartel simulando terem presenciado uma ocorrência. O policial foi desarmado e levou vários tapas dos suspeitos. Logo depois, eles colocaram fogo no prédio.

O fogo só não danificou a cozinha, que teve os móveis e os eletrodomésticos preservados. Cinco motos e duas armas que haviam sido apreendidas foram destruídas pelo incêndio, assim como alguns documentos internos. O soldado passava bem hoje, e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil. Os suspeitos estão foragidos.

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A Polícia Civil deve ouvir, ainda na tarde desta terça-feira (9) os depoimentos de Monique Freitas da Silva, de 21 anos, e Mércia Cristina Vieira da Silva,de 21,que estavam envolvidas na morte de Monique Valéria Miranda, de 20 anos, na madrugada do último domingo (7), no Hotel de Trânsito de Oficiais da aeronáutica, localizado no Ibura, zona sul do Recife.

O delegado da Polícia Civil Igor Leite, que está investigando o caso, relatou que o crime pode ter sido facilitado pelo militar que entregou a arma carregada para a jovem. “Houve um instante em que um soldado pegou a arma descarregada e saiu do quarto relatando que iria assinar a folha de ponto. Ao retonar entregou a arma a moça já municiada”, conta o delegado que vai investigar a atitude do militar.

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Segundo Igor leite os depoimentos das garotas serão tomados em salas diferentes, mas durante o decorrer do processo as duas podem vir a ficar juntas em algum momento. Caso seja necessário o depoimento pode ser estendido até a quarta-feira(10).

Já os três soldados que participaram do ocorrido serão ouvidos nesta quarta (10) na unidade da base aréa, onde estão presos inicialmentes por abandono de posto e por estarem promovendo uma festa com bebidas alcóolicas no local, reservado para hospedar pessoas que prestam serviços à aeronáutica.  

Na manhã desta terça, foram divulgadas fotos das garotas segurando a pistola 9 mm, momentos antes da arma ser disparada e ocasionar a morte de Monique com um tiro no rosto. Segundo familiares,  as amigas teriam entrado no quatel escondidas dentro do carro de um dos soldados na parte de trás do veículo.

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