Tópicos | Raul Córdula

No próximo dia 25, a galeria Amparo 60 abre suas portas ao público, a partir das 19h, para a primeira exposição de 2023. Espaço-Tempo é uma retrospectiva do trabalho de Raul Córdula, artista que comemora seus 80 anos em 2023 e tem uma trajetória de mais de 60 dedicados à arte. A exposição marca, ainda, o início das celebrações dos 25 anos da Amparo 60 comemorados este ano.

"O ano de 2023 é super importante para a galeria. Estamos completando 25 anos de história e vamos comemorar isso ao longo dos próximos meses. Nesse clima festivo, achei mais do que justo e pertinente convidar Raul Córdula, esse grande artista paraibano, radicado no Recife há tanto tempo, para abrir nosso calendário, nessa mostra que é celebrativa de sua trajetória", explica a galerista Lúcia Costa Santos.

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O projeto Espaço-Tempo reúne trabalhos de várias fases do pintor, do início, na década de 1960, até trabalhos mais recentes, feitos em 2023. A seleção foi feita pelo próprio artista. "São pinturas, gravuras, aquarelas sobre papel, guaches sobre papel. Meu trabal ho começou na geração dos anos 1960, passou pelo abstracionismo e depois ela tornou-se mais geométrica, o que sigo fazendo até hoje", diz Raul.

São mais de 20 obras que mostram o percurso do artista na pintura, nesse espaço e nesse tempo. Alguns trazem a interferência das figuras, depois a geometria vai se tornando cada vez mais presente, culminando com a geometria triangular, tão característica de seus trabalhos.

"O triângulo da ponta da seta da Rosa dos Ventos se desenrolando, levou-me a pintar triângulos equiláteros girando na tela, uma procura de caminhos que me interessam até agora, neste momento de minha vida, e esta procura me deu inúmeras composições formais e colorísticas que são o arcabouço de minha pintura", escreve o artista.

A seleção traz obras como Cuidado com este chão (1965), dat ada do período da ditadura militar, tendo a terra e as ligas camponesas como motes; Sem título, de 1991, uma aquarela realizada durante temporada parisiense e Composição, obra desenvolvida este ano, que expressa a força cromática e geométrica que marcam o trabalho de Córdula. Um catálogo virtual foi montado com o recorte selecionado pelo artista e reúne, também, textos sobre sua poética assinados por diversos críticos de arte.

Serviço

Espaço-Tempo

25 de abril | A partir das 19h

Visitação: de 26 de abril a 26 de maio| Segunda a sexta, das 10h às 19h

Galeria Amparo 60 (No 3º andar da Dona Santa) - Rua Professor Eduardo Wanderley Filho, 187, Boa Viagem, Recife

Da assessoria

 A partir desta quarta-feira (20), a Arte Plural Galeria (APG), no Recife, recebe a nova exposição do artista plástico Raul Córdula. A mostra, que fica disponível até o dia 18 de maio, reunirá 18 obras entre pinturas em telas, desenhos e escultura, algumas inéditas e outras do acervo pessoal do artista.

Usando diferentes técnicas nas composições das obras, Raul apresenta a ligação entre o tempo e o espaço, resgatando momentos e locais representativos para ele. “Não tenho interesse de ser um artista que comece e termine a carreira da mesma forma”, ressalta Córdula.

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Com mais de 50 anos de carreira, o artista paraibano aposta na utilização do abstracionismo geométrico, do grafismo e da nova figuração brasileira. A exposição, com curadoria de Joana D’Arc Lima, fica aberta ao público sempre de terça a sexta, das 13h às 19h. Aos sábados, o funcionamento da galeria é das 14h às 18h. A entrada é gratuita.

Serviço

Exposição- Raul Córdula Vernissage

20 de março a 18 de maio

Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140, Bairro do Recife)

Terça a sexta-feira | 13h às 19h; sábados | 14h às 18h

Gratuito

Informações: (81) 3424.4431

*Com informações da assessoria

Um grupo de artistas se reuniu para promover um final de semana de protestos, discussão e microfones abertos, em Olinda. Nesta sexta (27), sábado (28) e domingo (29), na antiga Casa do Cachorro Preto, haverá espaço para spray, stencil, poesia e debate em um movimento que pede pela liberdade do ex-presidente Lula.

O encontro contará com o DJ Ari no Sana Beer, que na sexta (27), apresenta uma seleção de músicas de resistência; com o músico Niero, que, apresenta seu repertório no sáabdo (28); além de Raoni Assis, Raul Córdula, Shiko e Alex Bispo. Os artistas estarão ministrando oficinas de spray, stêncil e serigrafias. Outros artistas também poderão juntar-se ao movimento para repassar suas técnicas de trabalho. 

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Além disso, Raoni Assis estará ilustrando camisetas e bandeiras do público presente e Raul Córdula estará aplicando desenhos em peças. No domingo (29), o microfone estará aberto para quem desejar contribuir com poesias, músicas e falas. 

Serviço

Resistência

Sexta (27), sábado (28) e domingo (29) - 16h

A Casa do Cachorro Preto (Rua Treze de Maio, 99 - Cidade ALta - Olinda)

Gratuito

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Nascida no início de junho deste ano, a Brigada da Hora - coletivo que reúne artistas plásticos e grafiteiros do Recife e Olinda - surgiu como um movimento pelo uso da arte em prol do engajamento político. A primeira ação do grupo se deu no Cinema Duarte Coelho, equipamento cultural abandonado da cidade olindense, e, nesta terça (28), uma reunião na Casa do Cachorro Preto, às 20h, decidirá as próximas atividades da Brigada. O artista plástico Raul Córdula, idealizador do projeto, conversou com o Portal LeiaJá sobre os ideais e ideias do coletivo. 

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Incomodados com o atual momento político que o país atravessa, Raul e sua esposa, a fótografa Amélia Couto, pensaram numa maneira de materializar seu decontentamento e, artistas que são, escolheram a arte como meio para tal: "Pensei na ideia de manifestar nossa indignação a respeito do momento político que vivemos, estampando no muro nossos protestos e clamando pela restauração da democracia", disse Raul. O casal foi então ao encontro de Raoni Assis, artista plástico e coordenador da Casa do Cachorro Preto (localizada em Olinda) e, juntos, recrutaram mais de 30 artistas visuais para um primeiro encontro. A ideia de usar o grafite como meio de comunicação foi imediata: "Considero a grafitagem uma forma de comunicação fantástica, melhor de que o outdoor, porque está no horizonte da pessoa que passa".

Nesta primeira reunião, o grupo deicidiu iniciar os trabalhos da Brigada com a intervenção no Cinema Duarte Coelho, abandonado há cerca de 40 anos. "O primeiro trabalho foi feito a partir da ideia de Raoni de pintar tudo de vermelho, escrevendo apenas a assinatura 'Brigada da Hora'. Esse nome serve tanto para definir a urgência política que o momento requer, quanto para homenagear o incansável artista lutador Abelardo da Hora", explicou Córdula. Durante a ação, ocorrida no dia 19 deste mês, vizinhos do imóvel chegaram a chamar a polícia: "Um casal de policiais, por sinal muito simpáticos, parou e nos disse que telefonaram dizendo que 'vândalos' estavam atujando no cine Duarte Coelho. Conversamos bastante e eles saíram numa boa, sem nenhuma desavença", contou Raul, esclarecendo não haver necessidade de uma preocupação com este tipo de abordagem. "No caso específico do Cine Duarte Coelho, nós interferimos num edifício fisicamente degradado portanto, qualquer interferência que não signifique depredação seria uma forma de utilizar este espaço de forma política e ética.Nosso trabalho continuará no Recife e em locais de Olinda fora do Sítio Histórico onde a questão patrimonial permita".  

Agora, a Brigada da Hora se prepara para discutir uma nova ação. Nesta terça (28), os artistas se reúnem na Casa do Cachorro Preto para idealizar a próxima intervenção. "Tudo ainda é muito novo, não temos uma programação definida, mas já temos uma doação espontânea de uma parede no Recife, e já estamos em contato com outras áreas para atuar", disse o artista plástico. Ele também explicou como a sociedade pode colaborar com o movimento: "Claro que existem algumas normas estéticas que precisam ser seguidas em função da finalização da ideia, mas todo apoio será muito bem vindo. A sociedade pode contribuir se engajando na luta, doando tintas, divulgando nas redes sociais nossos propósitos e imagens geradas".

Serviço

Reunião da brigada da Hora

Terça (28) | 20h

A Casa do Cachorro Preto (Rua Treze de Maio, 99 - Carmo)

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A vida e obra do pintor, artista gráfico, cenógrafo, professor e crítico de arte, Raul Córdula, virou tema de livro. De autoria da pesquisadora Joana D’Arc Lima, a publicação intitulada Raul Córdula: Poéticas será lançada na próxima quinta-feira (16), na galeria Arte Plural.

Com mais de 50 anos de produção, o paraibano erradicado em Olinda-PE passou por diferentes áreas no seu estado natal e em Pernambuco. Dividido em duas etapas, a primeira parte do livro aborda o período de iniciação do artista e sua longa carreira. Já num segundo momento a autora dedica a série de arte postal proposta pelo artista em 1982, O País da Saudade.

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De acordo com Joana D’Arc o livro é a primeira publicação que narra a trajetória de Córdula e contou com a participação do próprio artista. "O fio condutor que amarra a narrativa crítica é a trajetória artística e poética de Raul Córdula. Sua existência atravessa toda a segunda metade do século vinte até os dias atuais. Essa existência é marcada por envolvimentos nos campos político, artístico e na política das artes", ressaltou a autora. 

Serviço

Lançamento do livro Raul Córdula: Poéticas 

Quinta (16) | 19h

Galeria Arte Plural (Rua da Moeda, 140 – Recife Antigo)

(81) 3424 4431

No campo artístico há um debate antigo que divide a funcionalidade da arte na sociedade em basicamente dois eixos: a arte engajada e a dita 'arte pela arte'. No Recife, celeiro cultural do Brasil e uma cidade historicamente envolvida em revoluções sociais, o assunto voltou à tona no meio artístico por conta de recentes movimentos, a exemplo do Ocupe Estelita, que fazem uso das intervenções artísticas de forma mais politizada.

Mas o que os artistas da cena pensam a respeito? Se de um lado há quem defenda o uso da arte engajada, do outro existem os que não necessariamente buscam um aspecto politizado para levar seu trabalho adiante.

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Antes de entrar nesta discussão, vale a pena relembrar fatos históricos que contextualizam o assunto. Tatiana Ferraz, professora de História da Arte da Faculdade ASCES, comenta sobre quando se começou a separar a arte através destes eixos. “A divisão de pensamento entre arte engajada e arte pela arte surgiu com força no período das revoluções industriais (XVIII) e das vanguardas modernistas. Uma época na qual os movimentos artísticos buscavam a originalidade e a questão do consumo começou a interferir na própria arte. Neste sentido, pensadores como Ferreira Gullar, Walter Zanini, Adorno e Canclini deram grandes contribuições para este tema”, comenta a professora.

Ocupe Estelita: público vibra com show de Otto

A dualidade nas artes cênicas

De acordo com o pesquisador Leidson Ferraz, autor de várias obras sobre o teatro pernambucano, essa é uma discussão mais complexa do que parece. “É muito dito que a arte pela arte é algo que não tem engajamento. Eu não entendo dessa forma. Para mim, qualquer arte é uma atitude política, pensada”, opina Leidson Ferraz.

“Por outro lado, no sentido de se ter uma arte mais engajada, na Região Metropolitana do Recife quem começou com essa proposta foi o grupo Ponta de Rua (1978), de Olinda, que tinha uma linguagem atrelada ao teatro de rua. Em 1979, o grupo Teimosinho (1976), de Brasília Teimosa, também passou a atuar no teatro de rua e levava ao público assuntos como habitação e segurança. No ano seguinte, em 1980, surgiu o grupo Vem Cá Vem Ver, de Casa Amarela, com a mesma pegada. Para mim os grupos de teatro de rua é que são dotados dessa linguagem politizadora, pois tratam de assuntos como homoafetividade, igualdade de gênero e trabalho infantil, entre outros”, explica o pesquisador.

Grupo de teatro de rua do Recife, o Boi D’Loucos tem acompanhado os recentes protestos na capital pernambucana, como o Ocupe Estelita e o realizado em prol do Teatro do Parque, mas prefere se manter no silêncio diante do cenário. “Acho que são muito importantes as manifestações culturais nos protestos, mas a gente percebe que tem muitos partidos e políticos que estão se aproveitando dessas histórias. Acho que temos que ter cuidado e é por isso que o Boi D’Loucos está à margem disso. Não queremos servir de trampolim para esse pessoal”, explica Carlos Amorim, ator e representante do grupo teatral.

“Nossa proposta é a arte pela arte, e nossa missão é levar entretenimento para as pessoas. Mas o Boi D’Loucos é engajado politicamente. Participamos de uma associação de bois daqui do Estado, somos ligados às artes cênicas e, no meu caso, sou diretor do conselho fiscal do Sindicato dos Artistas de Pernambuco. Estamos bem antenados”, comenta o ator.

E quanto à música?

O cantor e compositor Cannibal, das bandas Devotos e Café Preto, tem uma opinião que flerta com os dois caminhos da arte. “A parada do Devotos sempre foi fazer música com cunho social. A banda surgiu pra falar da falta de saneamento, segurança e outros descasos no Alto Zé do Pinho por parte do poder público. Já o lance da Café Preto, que é um projeto meu e tem muito do meu sangue, segue um pouco essa linha. A música Oferenda trata disso, quando eu canto ‘Lixo na favela/ Cada esquina uma pedra/ mas tem uma flor”, comenta Cannibal.

No entanto, o músico diz não ter preferência por arte engajada ou aquela preocupada apenas com questões estéticas. “Ninguém é obrigado a misturar cultura com temas sociais, ou ser totalmente engajado. Cada pessoa faz o que quer. Quando eu posso ajudar, eu ajudo. Mas também só faço o que eu estou afim de fazer. O movimento no Ocupe Estelita é parecido com o Alto Zé do Pinho. A gente não tem área de lazer, a segurança é precária, e socialmente falando são duas regiões bem parecidas. Acho que por isso que eu sou envolvido com essa história.”, explica o cantor.

Vocalista do Mundo Livre S/A, banda marcada pelas letras politizadas, Fred 04 acredita que quem faz arte ativista tem que ter mais coragem e talvez mais talento. “É difícil fazer uma canção como Mulheres de Atenas ou Cálice, que atravessaram as gerações sem perder o significado. São músicas feitas num ambiente altamente repressivo. Falo que é preciso coragem porque queira ou não existe um falso consenso de que vivemos uma liberdade, e isso é uma ilusão”, opina o cantor pernambucano.

No entanto, 04 também defende os que fazem a arte puramente estética. “Eu tenho uma formação que vem de um ativismo da época da universidade, e lógico que isso naturalmente estaria presente na minha música. Mas cada um tem a sua verdade. Acho que existem compositores e artistas que tem personalidades mais ativistas e tem outros com tendência natural ao entretenimento. E faz muito bem aquilo, até porque cumpre uma função na sociedade”, comenta o cantor do Mundo Livre S/A.

Nome de destaque da Cena Beto, novo movimento musical do Recife, Juvenil Silva tem uma opinião mais individual sobre o debate acerca do valor artístico. “Acho que a arte não tem que se prender a qualquer coisa. O artista tem que ser um espelho e mostrar a sua vivência, e meu jeito de fazer é assim. Não me prendo a nenhum movimento. Eu simplesmente falo o que vem na minha cabeça. Mas é muito difícil viver de arte aqui no Recife. Não sigo isso de arte pela arte porque tenho que pagar minhas contas e encaro isso como um modo de viver”, declara o músico. 

Arte visual engajada ou estética?

O artista plástico recifense Paulo Bruscky trata das fronteiras entre as linguagens artísticas desde o fim da década de 1960. E aparentemente o assunto sobre a funcionalidade de arte na sociedade chama a sua atenção. Na foto de perfil da fanpage de Bruscky no Facebook, ele aparece segurando um papel com os dizeres ‘o que é a arte? Para que serve?’.

“Acho que o artista expressa o que sente. Você primeiro tem que conhecer sua aldeia para depois conhecer o mundo. Acho que arte é transformação, é expor a fratura exposta da sociedade. A arte é a última esperança. É a denúncia, embora ela seja uma utopia. Não existe arte pela arte apenas. O artista é um ser social e só o fato de o ser é por si só um ato político”, declama Paulo Bruscky.

Também artista plástico do Recife, Raul Córdula, por sua vez, é mais ligado ao diálogo com a arte pop e ao abstracionismo geométrico, mas como crítico de arte ele acredita que o limite entre arte pela arte versus arte engajada não pode ser definido. “Hoje eu tenho a tendência de pensar que 'arte pela arte' é a arte comercial, feita para enfeitar os ambientes. Esta é uma colocação simplista porque a construção artística é não ficar imóvel diante da emoção, e isso não se classifica. O que voga é o que você está fazendo. Não ‘como’, mas ‘o quê’. O artista e seu produto é algo original. Ele cria um pensamento novo. Eu mesmo faço arte engajada. A obra País da Saudade (1981), por exemplo, foi feito em plena ditadura militar e contava a saudade que amigos exilados tinham do Brasil”, diz Córdula.

Raul Córdula recebe prêmio da Associação Brasileira de Críticos de Arte

Um dos representantes do grafitti pernambucano mundo afora, Derlon Almeida acredita ser difícil julgar uma intervenção artística simplesmente como ‘arte pela arte’. “Eu não venho nenhum trabalho sem engajamento, pois todo o processo criativo passa por uma busca, uma informação a ser passada. Meu trabalho, por exemplo, tem uma referência social indireta, não tão agressiva como uma arte engajada, mas ela surgiu a partir de uma pesquisa que fiz, com referências no grafitti, uma linguagem nascida como forma de protesto. Ou seja, indiretamente e naturalmente ela tem cunho social”, comenta Derlon.

Eles são os Picassos do futuro?

Para ele, o grafitti está intimamente ligado a uma arte mais engajada. “Mesmo que o artista que faz grafitti, no momento da ação, não tenha o intuito de fazer algo engajado, ele mantém viva uma história e a continuidade de um trabalho que não morreu, uma linguagem não autorizada. Só o fato de você ocupar um espaço público com uma forma de comunicação é um ato politicamente engajado”, insiste Derlon.

Raul Córdula, escritor, crítico e curador da Arte Plural Galeria, recebeu da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) o prêmio Sergio Milliet, por conta do livro Utopia do Olhar, disponível para download no site do escritor. O anúncio foi feito na última terça (22) e a cerimônia de premiação será realizada em maio.

A obra é uma pesquisa sobre a transformação de Olinda em um dos principais polos culturais do Brasil. Essa é a segunda vez que Córdula ganha um prêmio da ABCA, e dessa vez ele concorreu com as curadoras Denise Mattar e Paula Braga. O primeiro veio em 2010, por sua atuação como crítico de arte (prêmio Gonzaga Duque). Além de escritor, crítico e curador, ele também atua como artista plástico.

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A Arte Plural Galeria encerra a programação do ano com uma exposição coletiva de artistas pernambucanos e obras que fazem parte do acervo do espaço. A entrada é aberta ao público e a mostra fica em cartaz até o dia 23 de dezembro.

Fazem parte da exposição trabalhos de artistas como Edson Menezes, Antonio Mendes, Pragana, Gabriel Petribú, Raul Córdula, Rinaldo e Thina Cunha A mostra tem o intuito de aquecer o mês de dezembro e movimentar o período natalino.

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Serviço

Exposição na Arte Plural Galeria

Até 23 de dezembro

Segunda a sexta | 9h às 19h

Sábados e domingos | 16h às 20h;

Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140 - Bairro do Recife)

Gratuito

(81) 3424 4431

A Arte Plural Galeria recebe entre os dias 22 e 26 de abril, das 19h às 21h, o curso Artes Visuais no Recife – do moderno ao contemporâneo que vai ser ministrado pelo artista plástico e professor Raul Córdula. As inscrições estão abertas e conta com vagas limitadas.

Com direito a uma apostila e um CD com imagens das obras, o workshop abordará a história das artes no Recife, levantando questões como a formação do olhar, a distinção das tendências artísticas e os artistas integrados nelas, os movimentos estéticos colocados nos seus devidos períodos e a introdução ao conhecimento da arte contemporânea realizada na capital pernambucana. 

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As inscrições devem ser feitas diretamente na Arte Plural Galeria, que fica localizada no Bairro do Recife Antigo, ou através do telefone (81) 3424-4431.

Serviço

Workshop Artes visuais no Recife – do moderno ao contemporâneo, com Raul Córdula

De 22 a 26 de abril, das 19h às 21h

Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140 - Bairro do Recife)

3424 4431

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A Arte Plural Galeria realiza, entre os dias 20 de março e 28 de abril, a exposição Únicos e Múltiplos, com curadoria de Raul Córdula e obras de Álvaro Caldas, Dyógenes Chaves e Bruno Monteiro. A mostra presta homenagem póstuma a Antenor Vieira de Mello e Braz Marinho. Segundo Córdula, o visitante pode conferir um diálogo entre as obras únicas e as múltiplas, sendo a primeira vez que as obras dos três artistas estão reunidas.

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O nome faz uma referência à diferenciação entre a arte múltipla - aquela que pode ser multiplicada através de cópias idênticas como gravuras, estampas e fotografias - e a única, que, por mais que se tente, não se consegue estabelecer uma reprodução exata, como ocorre com a pintura. Representando a primeira estão os artistas Chaves e Monteiro, a segunda tem em Caldas seu representante na exposição.

Álvaro Caldas foi o primeiro a falar na coletiva realizada na manhã desta segunda (18), destacando a figura humana que agora começa a aparecer em suas pinturas. "Estou introduzindo a figura humana e usando a técnica de aquarela. A chegada do humano em meus quadros ocorreu de forma intuitiva, não foi de maneira racional", comentou o pintor, complementando: "Comecei pintando paisagens, pois ao pintar paisagens poderia aprender a linguagem artística".

Já Bruno Monteiro revela seu sentimento por participar de Únicos e Múltiplos: "Estar aqui é uma alegria!". O recifense é artista visual autodidata e reclama das mudanças tecnológicas que acabam interferindo em sua arte. "A relação com a elaboração do trabalho era uma luta devido às mudanças na tecnologia”, conta Monteiro.

Com clima de descontração, ele falou sobre seu primeiro contato com a arte que produz hoje: "Enviava meus trabalhos digitados para uma mostra e recebia sempre a resposta de que as imagens iam com erros. Um dia, a responsável me enviou todas as imagens com erros e eu me interessei, acabei pedindo pra ela me mandar mais erros". Para ele, o erro continua sendo importante, mas atualmente está "guardado no armário".

Paraibano, Dyógenes Chaves traz sua experiência como artista visual, designer gráfico, gravador e curador independente e se mostra tranquilo e à vontade no solo recifense. "É muito natural estar aqui em Pernambuco, sempre houve essa aproximação física entre João Pessoa e Recife, eu me sinto em casa", diz.  Ele produz gravuras principalmente através da serigrafia, dando toques únicos a obras múltiplas. "Eu me aproprio de alguma coisa que alguém fez e reutilizo aquilo. É como se eu desse uma resposta ao trabalho do outro.

Córdula finaliza, explicitando sua opinião sobre o preconceito existente com as artes colocadas em papel, denfendendo assim a valorização de peças múltiplas: "Sempre existiu um preconceito com a arte colocada em papel, quando na verdade qualquer obra tem seus problemas com conservação", diz o curador.

Serviço

Exposição Múltiplos e Únicos

Galeria Arte Plural

Rua da Moeda, 140 Recife-PE

20/03 a 28/04 | ter a sex 13h/19h sab e dom 16h/20h

3424 4431

O primeiro disco da banda Babi Jaques e os Sicilianos, Coisa Nostra, será pré-lançado no dia 31 de janeiro, na Rua da Moeda, às 21h. A banda, que conquistou o primeiro lugar na edição de 2012 no Festival Pré-AMP, o qual resultou a produção do disco, fará o show no intervalo da edição deste ano do Pré-AMP.

O disco Coisa Nostra reúne, sonoramente, o que a banda absorveu nos últimos três anos de estrada e possui 13 músicas autorais. O encarte do CD traz além das letras, cifras, biografia dos personagens e obras do artista plástico pernambucano Raul Córdula que cedeu especialmente para algumas músicas do disco.

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Serviço
Show de pré-lançamento do disco Coisa Nostra 
Dia 31 de janeiro, às 21h
Rua da Moeda (Recife Antigo)
Gratuito

Três salas de um dos andares do Centro Cultural Correios (CCC) estão sendo ocupadas a partir desta terça-feira (6) com 73 quadros e 29 peças do artista plástico Plínio Palhano. As obras fazem parte das quatro décadas de produção ativa do artista e compõem a mostra Plínio Palhano: Trajetórias, em cartaz até 16 de dezembro.

Integrante da Geração 70 dos artistas pernambucanos, Plínio é um figurativista que foge dos padrões estáticos. Suas pinturas - com tendência à abstração, mas reconhecidas nas telas -  ganham movimento como na série Fernando de Noronha, em que as águas do mar parecem "dançar" na tela.

São 18 séries expostas no CCC, entre elas Partes de Corpo de Animal (1980), Olinda (2007) e Fractus (1996). Todas com inspirações das cores superpostas e entrelaçadas que, segundo Plínio, explodem em suas telas e definem a intensidade de suas obras a partir da escolha da luz. A exposição ainda conta com cerâmicas nas quais o artista reúne utensílios e paineis, centralizando sua temática na figura do peixe. Com curadoria de Raul Córdula, a mostra tem entrada gratuita.

Serviço

Plínio Palhano: Trajetórias

De 6 de novembro a 16 de dezembro

De terça a sexta-feira, das 9h às 18h; sábados e domingos, das 12h às 18h

Centro Cultural Correios (Av. Marquês de Olinda, 262 - Recife Antigo)

Informações: (81) 3224 5739 | 3424 1935

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A partir desta terça-feia (18) a Arte Plural Galeria, no Recife Antigo, abre suas portas para as 17 telas que compõem a mostra A Persistência da Paisagem de Antônio Mendes. Com curadoria de Raul Córdula, a mostra reúne obras produzidas pelo artista do ano passado para cá, todas em acrílica sobre tela, com traços abstratos inspirados na desordem urbana e nos desenhos inocentes e curiosos da filha pequena.

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Segundo Antônio Mendes, nenhuma tela foi racionalmente pensada. "Em nenhum momento eu tive preocupação em retratar paisagens, não obtive nenhuma referência concreta. Minhas telas representam estados emocionais, encontro de cores", explica. O título da mostra é fruto do olhar de Raul Córdula e faz uma referência à A Persistência da Memória de Salvador Dalí.

Para o curador, Mendes está inserido numa nova geração que faz o resgate da paisagem sem limitar-se a retratar o real, criando uma maneira própria de pintar o que vê em seu horizonte. "Antônio Mendes é hoje um senhor pintor de paisagens que domina a imagem em sua frente, conhece as nuances da luz, usa corretamente a perspectiva, pois desenha muito bem e sabe o que a cor significa", escreveu Córdula para o catálogo da exposição.

Algun símbolos são recorrentes nas telas do artista plástico a exemplo do farol que, segundo Córdula, representa a centralidade do homem. Cores fortes e traços nervosos dão identidade às obras. A música também tem sua influência na produção das telas. Sob influência de Villa Lobos e Bachiana Brasileira, trilha sonora do atelier do artista, Mendes estabeleceu uma linguagem afetiva com as canções, que serviram de inspiração para a forma como conduziu as pinturas.

A inspiração da música refletiu também nos nomes das telas a exemplo de Cidade para Bachiana Brasileira nº 4, Cidade com Sinfonia nº 5 em mi menor de Tchaikovski e Missa em Si Menor de Bach - Arquetípico."Nunca tive a pretensão de representar a música na pintura. Ela foi apenas um veículo que me levou a dialogar com meus espaços internos. Ela determinou o gesto que escolhi para a finalizar a tela".

Os visitantes que forem conferir a mostra terão a chance de entrar no universo do artista ao som de Bachianas Brasileira, trilha sonora da galeria. A Persistência da Paisagem pode ser visitada de terça a sexta, das 13h às 19h, sábados e domingos, das 16h às 20h.

Serviço

A Persistência da paisagem de Antônio Mendes

Visitação de 18 de setembro a 11 de novembro, de terça a sexta, das 13h às 19h; sábados e domingos, das 16h às 20h.

Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140, Recife Antigo)

Gratuito

Informações: 3424 4431

Nesta quarta-feira (5) a Arte Plural Galeria proporciona uma noite de exposição, com obras do artista Raul Córdula. A ideia é promover o encontro do público com peças deste pintor, que já comemora mais de 50 anos de carreira.

A mostra, que dura apenas uma noite, reúne 15 aquarelas raras, que fazem parte da série Paris, produzida em 1991 durante uma temporada do artista na cidade. As obras carregam forte presença de símbolos pitagóricos, em tons pastel.

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Serviço
Paris de Raul Córdula
Quarta-feira (5), 19h
Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140 Bairro do Recife)
Informações: (81) 3424-4431

Antologia inédita da obra do artista plástico, Raul Córdula, pode ser conferida pelo público pernambucano, a partir desta quinta-feira (31), na Galeria Janete Costa, localizada no Parque Dona Lindu. A exposição, intitulada  “Raul Córdula: 50 anos de arte – uma antologia”, será aberta às 19h.

Com curadoria do próprio artista em parceria com a jornalista Olívia Mindêlo, que também assina o texto do catálogo, a exposição fica em cartaz até 29 de julho. Boa opotunidade de conferir a diversidade do trabalho de um artista que já é bem conhecido no mercado, também, como curador e crítico de arte.

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A mostra é aberta nesta quinta-feira (31), às 19h, gratuitamente para o público, disponível para visitação de quarta a sexta-feira, das 12h às 20h, e sábados e domingos, das 10h às 20h. O horário de quarta a sexta-feira, das 10h às 12h, é reservado para grupos que agendam antecipadamente por telefone.



O ARTISTA - Raul Córdula, 69 anos, paraibano, é pintor e curador de arte independente, e há 30 anos vive e trabalha em Olinda, Pernambuco. Sua primeira exposição individual foi realizada em 1960 na Biblioteca Pública de João Pessoa. Na década de 60, sua convivência com artistas cariocas da época fez com ele se engajasse nos movimentos da arte de vanguarda brasileira. Desde então em sua pintura ocorreu uma sucessão de fases e caminhos ligados à pesquisa e experimentações.



SERVIÇO



Exposição “Raul Córdula: 50 anos de arte – uma antologia”



Galeria Janete Costa - Parque Dona Lindu, Av. Boa Viagem.



Abertura nesta quinta-feira (31), às 19h, com entrada gratuita



Visitação de 1º de junho a 29 de julho de 2012



Horário: de quarta a sexta-feira, das 12h às 20h, sábados e domingos, das 10h às 20h



O horário de quarta a sexta-feira, das 10h às 12h, é reservado para grupos que agendam visita antecipadamente por telefone. 



Ingressos: R$ 2,00 (inteira) e R$ 1,00 (meia-entrada)



Informações: (81) 3355-9832 / 3355-9831  

Fonte: Assessoria de Imprensa da PCR

O artista plástico Silvio Hansen exibe a mostra Arte & Linguagem: 40 anos de arte visual Sílvio Hansen, a partir desta quarta-feira (23), no Museu do Estado de Pernambuco.

O pernambucano, que começou a trabalhar nos anos de 1960, está desde a década de 1990 sem expor e traz ao Recife mostra que contempla todas as fases de seu trabalho, incluindo desenho, pintura, arte postal, xerografia e escultura.

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Arte & Linguagem: 40 anos de arte visual Sílvio Hansen tem o apoio do Funcultura e curadoria de Raul Córdula. A exposição fica em cartaz até 24 de junho.

Serviço
Arte & Linguagem: 40 anos de arte visual Sílvio Hansen
Abertura 23 de maio de 2012, às 19h
Visitação de 23 de maio a 24 de junho
Museu do Estado de Pernambuco (Avenida Rui Barbosa, 960 Graças)

O pintor Maurício Arraes inaugurou, nesta semana, na galeria Arte Plural, uma exposição individual com 25 peças inéditas, sete delas desenhos sobre papel. Com o predomínio de telas pintadas em acrílico, a exposição tem a curadoria de Raul Córdula e segue em cartaz até o dia 10 de junho.

Com traços simples e diretos e usando muita cor, a obra de Arraes é um mergulho na vida dos subúrbios com suas ruas, personagens, bares e situações cotidianas. "Eu gosto de pintura de parede de bar, de parachoque de caminhão, são meus mestres", afirmou o artista para o LeiaJá. Ele também comenta que "50% das obras são inspiradas no que realmente vi. Tudo é muito verdadeiro". E suas telas retratam situações verdadeiras e fictícias de maneira direta e por vezes poética. São crianças brincando, mulheres fazendo um striptease em um boteco, muros pichados, bares com frases pintadas nas paredes, cenas banais, mas cheias de significado.

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Todas as obras estão à venda.

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