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A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) recebe investimentos de R$ 20 milhões do Ministério da Educação (MEC) para reformas. O Centro de Convenções (Cecon) da UFPE e a Faculdade de Direito do Recife (FDR)/Centro de Ciência Jurídicas (CCJ) são beneficiados com o repasse.

Na FDR as ações chegam na 5ª etapa com obras relativas a coberturas, cúpulas, forros e fachada custeadas em R$ 6.076.505,84. No Cecon e no Conjunto Arquitetônico da Concha Acústica da UFPE a medida atinge a construção do parqueamento, conjunto de acessos de veículos, pedestres e estacionamento, com o valor de 13.989.569,28, sendo dos quais R$ 10 milhões já foram repassados pelo MEC.

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A solenidade que marca a liberação da verba e ordem de serviço acontece nesta sexta-feira (22), na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), no Recife. O evento contará com a presença do reitor da UFPE, Anísio Brasileiro, e do ministro da educação, Mendonça Filho. 

O presidente Michel Temer afirmou que tem sofrido uma "oposição radical", mas "curiosa", porque não há manifestações contra ele na rua. Segundo ele, isso ocorre porque a população está notando a diferença entre o que ocorreu "no passado" e o que ocorre em seu governo.

"Todo mundo percebe que eu tenho sofrido uma oposição radical, mas uma oposição curiosa: Não tem gente na rua. Você perceber que, muitas vezes, quando há movimentos contra o presidente a serem examinados pelo Congresso Nacional... Não há uma pessoa em frente ao Congresso Nacional, não há um movimento de rua. O que acontece é que o povo está percebendo o que aconteceu no passado e o que está acontecendo agora", disse em entrevista ao programa de estreia do apresentador Amaury Jr. na Band na madrugada deste domingo (28).

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A entrevista faz parte de uma ação do Planalto para divulgar e tentar popularizar a reforma da Previdência. Neste domingo, o presidente será entrevistado pelo apresentador e dono do SBT, Silvio Santos. Na segunda-feira, 29, estará no programa do Ratinho, também no SBT. O presidente ainda afirmou que quer ser lembrado como "o sujeito que fez as reformas indispensáveis ao País".

Uma dessas tarefas é a aprovação da reforma da Previdência, que, segundo ele, já está sendo absorvida pela população. "E absorvido pela população isso repercutirá no Congresso Nacional. Tenho certeza que em fevereiro vamos conseguir aprovar a reforma da Previdência", reiterou.

Temer destacou que, além de ser necessária para garantir a aposentadoria da população, há um efeito internacional significativo da aprovação da reforma da Previdência, comentando o recente rebaixamento do rating do Brasil pela agência de classificação de risco S&P. "O que levou a essa nota de crédito foi a história de que você não vai conseguir a reforma da Previdência e isso é fundamental para o Brasil."

Ele ainda lembrou as medidas de seu governo, como a reforma trabalhista, a recuperação do "prestígio da Petrobras" e o estabelecimento do teto de gastos. "Quem é que teve coragem de estabelecer um teto para os gastos públicos? Porque o que o governante mais quer é gastar, se tiver interesses eleitorais, sem dúvida alguma, quanto mais gastar, melhor", defendeu ele.

Apesar de negar a pré-candidatura ao comando do Palácio do Planalto, o presidente Câmara Federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) tem adotado uma postura que sinaliza o contrário. Em publicação nas redes sociais, ele afirmou que pretende firmar um pacto com os 27 governadores, entre governos aliados e opositores, para criar uma agenda de reformas para o Brasil. 

Mirando a da Previdência como principal, que já tem data marcada para ser apreciada pelos deputados federais, 19 de fevereiro, ele disse que “independente de ser popular ou não, ela é fundamental para o futuro do Brasil”. 

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Para o democrata, depois da análise das novas regras para o setor previdenciário, “quem quiser fazer um discurso sério [nas eleições], para uma agenda social séria no nosso país, terá de discutir as despesas obrigatórias do governo”.

“Toda a vez que a gente tem uma crise na área de segurança, por exemplo, o debate sempre é que não há recursos. E se a gente não fizer a reforma do lado das despesas, vamos continuar sem ter recursos”, declarou.

Maia acredita na necessidade de “pactuar algo que possa beneficiar a sociedade brasileira”. “O Brasil recuperou a capacidade de gerar novos empregos, mas precisamos recuperar os empregos formais, com carteira assinada, para dar cidadania à sociedade brasileira. A gente só vai fazer isso se tiver coragem para enfrentar os problemas. Com retórica, com demagogia e com populismo a gente não vai a lugar nenhum”, disparou.

Ainda falta um ano para que o presidente Michel Temer (PMDB) deixe o mais alto cargo político, mas um fato é certo: o peemedebista foi protagonista de escândalos dos mais diversos, contrapôs uma boa parte da população ao insistir em reformas e deixará o mandato com um título nada desejável: é considerado o presidente mais impopular do mundo, de acordo com uma pesquisa do grupo de análise política Eurasia. 

Só para ficar mais claro em números, Michel Temer detém apenas 3% de aprovação popular, a menor já registrada sendo mais rejeitado do que o venezuelano Nicolás Maduro. A desaprovação de Temer começa desde o início do seu mandato. Ele foi chamado, por muitos, de “traidor” ao tomar posse após o impeachment da então presidente Dilma Rousseff, em agosto de 2016.

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A própria Dilma chegou a falar sobre o assunto em algumas ocasiões afirmando que jamais esperou que Temer fosse um “traidor”. “A traição, no nosso caso, não é pessoal. A nossa traição é política neste caso. Ele é um traidor. A mim ele traiu não com a pessoa Dilma Rousseff, ele me traiu enquanto presidente da República. Ele traiu uma Instituição e, mais, ele traiu uma campanha”, pontuou durante entrevista para uma emissora árabe. 

O desgaste de Temer iria aumentar quando começou a propor algumas reformas ministeriais como a Trabalhista e a previdenciária, o que ocasionou diversos protestos em todo o país. O Brasil chegou “a parar” no dia 28 de abril de 2017. Sem transporte público na maior parte dos estados, o Dia da Greve Geral foi marcada por uma onda de caos mostrando que o povo contra o governo não iria aceitar “calado” as propostas. 

No entanto, isso não abalou o presidente. Pouco depois, Michel Temer chegou a “enfrentar” os revoltosos gravando um vídeo para deixar um recado ousado: “Meus amigos, o Brasil não parou e não vai parar”, avisou. Chegou a dizer, também, que continuaria a combater “o desperdício do dinheiro público”. 

Apesar das tentativas, a reforma trabalhista foi aprovada e entrou em vigor no dia 11 de novembro de 2017. Já a Previdenciária, após um acordo entre os presidentes da Câmara e do Senado, deve ser votada no próximo mês. 

Esperança esvaziada

A esperança dos insatisfeitos voltaria a ser renovada no dia 17.05.2017. Nessa data, o jornal O Globo divulgou que um diálogo, pouco depois comprovado, entre o dono da JSB, Joesley Batista, e Michel Temer. A gravação ganhou repercussão porque o presidente aparece aprovando que o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha receba propina para se manter em silêncio. "Tem que manter isso, viu?" diz Temer a Joesley em uma parte do áudio. 

Apesar disso, a Câmara dos Deputados rejeitou as duas denúncias da Procuradoria-Geral da República contra o presidente para que fosse investigado. Na primeira, ele era acusado de corrupção passiva. Na última barrada, por obstrução de justiça e organização criminosa. 

Apesar das críticas, há quem o defenda. O deputado federal Marco Feliciano (PSC) chegou a afirmar que Temer foi vítima “de uma sórdida armação” perpetrada pelos irmãos Joesley e Wesley Batista. O parlamentar Wladimir Costa (SD) também salientou que continua ao lado do peemedebista. “Eu continuo sendo Temer. Poderia dizer Fora Temer, que agora eu odeio Temer, seria muito legal, mas eu não vim para cá para ser juiz, meus amigos. Eu não vim ser promotor”, disse por meio de um vídeo. Defesas, críticas e escândalos, o questionamento que fica é de qual o rumo o país toma com a saída de Temer? Quem será o novo presidente do país? 

O presidente Michel Temer aproveitou sua participação em um evento da indústria química na manhã desta sexta-feira, 8, para relatar os feitos de seu governo. O peemedebista afirmou que usou a sua impopularidade para realizar as mudanças que nenhum outro governo ousou fazer.

"Usei a minha impopularidade para fazer as reformas necessárias", afirmou o presidente durante palestra na abertura 22º Encontro Anual da Indústria Química na capital paulista. "Eu me lembro que, no Conselhão, o Nizan Guanaes publicitário se levantou e me disse para usar a minha impopularidade e fazer tudo o que eu precisava. Foi o que eu fiz", reforçou. "A economia não reage por simpatia ao governo, mas com dados concretos", disse.

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Na retrospectiva, Temer salientou que sua administração tocou projetos que "ninguém tinha coragem de fazer". O peemedebista destacou que três são as palavras-chave em sua gestão: diálogo, responsabilidade fiscal e responsabilidade social. "Ancorados nessas três palavras, fomos combatendo a recessão e hoje já temos resultados positivos na economia. Todos sabem que enfrentamos uma das maiores recessões da história do nosso País", disse Temer.

Entre as realizações de seu governo, Temer citou a aprovação do teto de gastos públicos. "Apesar de parecer uma coisa singela, o limite constitucional é uma coisa muito complicada", porque "governantes querem gastar, querem recursos para seus Estados e municípios". "Foi uma medida muito bem aceita pelo Congresso. O diálogo com os parlamentares deu muito certo e aprovamos o teto", afirmou.

Temer afirmou que nenhuma das medidas adotadas em seu governo foi populista e, sim, responsável e popular. "Fizemos a reforma trabalhista, uma das medidas que não tiveram coragem em governos passados", afirmou Temer, que está no Executivo federal desde 2011.

Temer lembrou também que realizou a reforma do Ensino Médio. Ele observou que, no início, as mudanças educacionais sofreram resistência dos profissionais da Educação e hoje é aplaudida por 90% deles. "Estamos tentando colocar o Brasil nos trilhos e isso não para."

Ao falar do pré-sal, o peemedebista afirmou que, em sua gestão, a Petrobras voltou a ter "resultados extraordinários". Nesse processo, uma contribuição importante, segundo Temer, foi o fim da obrigatoriedade do conteúdo nacional na indústria petroleira. De acordo com o presidente, a Petrobras pode exigir 30% de conteúdo nacional mas não é mais obrigada a isso.

"Hoje a economia reage aos resultados das reformas que fizemos e não ao governo", disse Temer, acrescentando que seu governo fez a repactuação da dívida dos Estados. O peemedebista afirmou que, esse acordo resultou, por exemplo, em R$ 3 bilhões para o governo de São Paulo.

O presidente Michel Temer (PMDB) iniciou uma série de articulações para uma nova reforma ministerial com a intenção de ampliar as possibilidade de aprovar a reforma da Previdência. As mudanças no comando das pastas estavam previstas inicialmente para acontecer apenas entre os meses de março e abril de 2018 - prazo em que os candidatos devem se desincompatibilizar para a disputa eleitoral -, mas a saída do deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE) do Ministério das Cidades antecipou o processo. Com as alterações, Temer quer agradar os partidos do chamado Centrão e alas do próprio PMDB, que está insatisfeita com a participação da legenda na gestão.

A pasta das Cidades, uma das principais do governo, já estava sendo cortejada por diversos partidos, entre eles o PP e o PMDB, mas Temer optou por fazer um afago ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e nomeou o deputado federal Alexandre Baldy (GO). Baldy é amigo de Maia e estava filiado ao Podemos, que o expulsou depois da indicação ao cargo. Agora, nos bastidores, já é dada como certa a filiação do novo ministro ao PP. Caso isso aconteça, o ministério terminará ficando com a sigla que já o pleiteava. 

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O agrado a Maia e, consequentemente ao Centrão, resulta em benefícios para Temer diante da tramitação, por exemplo, da reforma da Previdência que estava travada na Câmara, mas agora já tem data prevista para a votação: 6 de dezembro. Para passar pela Casa, o texto que promove uma emenda à Constituição precisa do apoio de pelo menos 308 parlamentares, mas nas contas dos líderes aliados ao presidente ainda não tem a quantidade de votos necessários.

Isso pode mudar, entretanto, com a saída do PSDB da base, já que abrirá mais espaço no primeiro escalão governista e Temer vai poder agradar a outros partidos. A expectativa é de que o partido desembarque oficialmente do governo após a convenção nacional marcada para o próximo dia 9. O presidente, inclusive, já ensaiou a mudança de mais uma pasta administrada por tucanos: a Secretaria de Governo. Ela é de responsabilidade do ministro Antonio Imbassahy (BA) e no último dia 22, quando aconteceu a posse de Alexandre Baldy, o Twitter do Palácio do Planalto divulgou que o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) assumiria a titularidade da secretaria que tem status de ministério. 

A publicação foi excluída em seguida, mas o resultado dela respinga até hoje, uma vez que o clima entre Temer e Imbassahy azedou. Já a sinalização da alteração é positiva e ficou mais endossada porque pouco antes da posse de Baldy, Marun e Temer estiveram reunidos. O deputado peemedebista é um dos defensores ferrenhos do presidente no Congresso Nacional. Um cena recente marcou a aliança entre os dois, depois que a segunda denúncia por corrupção e obstrução de justiça contra o presidente foi arquivada na Câmara, ele fez uma paródia com a música “Tudo está no seu lugar” de Benito de Paula para comemorar a derrota de oposição. 

O recuo, segundo informações de bastidores, aconteceu depois de um acordo de Temer com o senador Aécio Neves. Além de Imbassahy, os tucanos Aloysio Nunes (Itamaraty) e Luislinda Valois (Direitos Humanos) ainda compõem a equipe ministerial. Ou seja, três pastas podem ficar desocupadas e abrir espaço para que Temer contemple outros partidos. 

Manifestantes realizam protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência Social e o governo do presidente Michel Temer (PMDB), no centro do Rio, nesta noite de sexta-feira, 10. Organizado por entidades sindicais e da sociedade civil, o ato começou às 16h, ao redor da igreja da Candelária.

Às 18h40 o grupo começou a ocupar a Avenida Rio Branco, por onde seguiria até a Cinelândia. Acompanhado por policiais militares, o ato seguia pacífico até as 18h50. Lideranças sindicais discursavam criticando Temer e as ditas reformas, que acusam de eliminar direitos dos trabalhadores. Políticos como o deputado federal Chico Alencar (PSOL) participam do ato.

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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o potencial de crescimento do PIB do País, "num horizonte de três a quatro anos" é de 4%, com a adoção de reformas econômicas que permitirão um aumento do nível de atividade, consumo e investimentos.

Ele acrescentou que as mudanças estruturais no País permitirão que a taxa neutra de juros continue caindo, dando condições para um crescimento maior. "Acredito que é possível, sim. Isso evidentemente depende de aprovação das reformas macroeconômicas, por exemplo da reforma da Previdência e da reforma tributária, que é muito importante, simplificando o sistema tributário brasileiro", disse. "Mas também (depende de ) toda a série de reformas microeconômicas. Algumas delas já foram aprovadas, como a taxa de (juros de) longo prazo para o BNDES, que é muito importante."

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Para Meirelles, todas essas mudanças estruturais no País, que incluem o teto de gastos públicos, permitirão que a taxa de juros neutra continue caindo, dando condições para que "o Brasil cresça mais com menos inflação e menos juros", disse, e acrescentou: "Isso tudo é muito importante".

O ministro também citou que a inflação nos últimos 12 meses no Brasil, de 2,5%, está nos índices mais baixos da história recente. Acrescentou que a taxa de juros real sobre a inflação de um ano "também está nos níveis mais baixos da história". Para Meirelles, esses fatores mostram que a política econômica está funcionando em todas as áreas. "Agora, é importante que tudo isso seja complementado pelas outras políticas que farão com que a taxa de crescimento potencial do Brasil aumente, o que eu acho que é possível", apontou o ministro.

O pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, declarou nesta terça-feira (26), que pretende revogar todas as reformas aprovadas no governo de Michel Temer caso seja eleito nas eleições gerais do ano que vem.

Segundo Ciro, que participou de uma sessão de perguntas e respostas enviadas por usuários do Twitter na sede brasileira da empresa, em São Paulo, "todas as reformas que Temer fizer têm uma ferida de origem, que é a ilegitimidade". "Portanto, sim, serão revogadas todas e substituídas", disse.

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O pedetista também reafirmou que pretende, se chegar ao Planalto, expropriar os campos de petróleo vendidos à empresas estrangeiras no governo Temer "com as devidas indenizações". Para Ciro, a estatal é uma das ferramentas para a saída da atual crise econômica e precisa ser "reforçada, capitalizada". "Portanto, quem quiser comprar agora, fique sabendo que, se este que vos fala for à Presidência da República, todos os campos serão devolvidos ao controle do povo brasileiro", afirmou.

Sobre a atual divisão do campo progressista da política brasileira, o pré-candidato disse ser necessário construir um projeto nacional que consiga unir a esquerda e o centro, mas que não pode ser feito nos mesmos moldes do anterior. "Se for para aplicar, sob jugo do PT, uma aliança com Renan Calheiros, Eunício Oliveira, Eduardo Cunha e Michel Temer, isso é o que deu no que deu aí. Portanto, eu estou fora", declarou.

Ciro também procurou manter certa distância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem chamou de "figura extraordinária, que fez muito bem a muitos brasileiros", mas ao mesmo tempo alguém que "por vaidade, descontrole, falta de gente que dissesse a ele que não fizesse, fez muita bobagem".

Questionado por um dos internautas sobre uma possível composição de chapa com Marina Silva (Rede), o pedetista afirmou que seria uma "possibilidade absolutamente generosa", pois a ex-ministra do Meio Ambiente é "uma excelente pessoa".

Apesar disso, os dois teriam divergências de visão de País. "E eu também tenho certa queixa que pessoas que não governaram suas cidades, seus Estados, querem ter como primeira experiência política a complexa tarefa de governar o País numa situação grave como essa". Ciro foi ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, governador do Ceará e prefeito de Fortaleza.

Nessa crítica, o foco de Ciro, no entanto, não foi Marina, mas o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). "Vinte e seis anos de deputado federal, nunca aceitou ser prefeito, nunca tentou ser governador do Estado, e agora quer ser presidente da República a golpes de frase feita", criticou.

Na manhã desta sexta-feira (15), o centro esportivo Santos Dumont, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, recebeu os jogos de handebol feminino da fase final da Liga do Desporto Universitário (LDU). Quem esteve presente foi o secretário de Turismo Esportes e Lazer de Pernambuco, Felipe Carreras. Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, Felipe falou da grande importância da cidade receber um evento deste tamanho.

"Pernambuco tem investido muito no esporte. A gente receber um evento desta envergadura, com 600 alunos-atletas universitários, grande evento da liga, casa com o momento muito importante na medida que o próprio centro esportivo está em completa requalificação para se tornar um grande centro de esportes a altura do que a comunidade esportiva merece. Um novo centro esportivo. A gente fica feliz recebendo cerca de 11 estados participantes. É uma alegria muito grande para nós aqui de Pernambuco", declarou.

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De acordo com o Secretário, o objetivo é que a cidade receba eventos ainda maiores. "A gente tem recebido cada vez mais eventos. E eventos não só como este, mas também circuitos paralímpicos, que também é uma meta nossa. Ter esse espaço de inclusão aqui no Santos Dumont. E nossa meta é encrementar cada vez mais e trazer mais eventos de porte nacional e até internacional", afirmou.

Além do complexo esportivo do Santos Dumont, o ginásio do Geraldão está em obras há muito tempo, mas ainda não foi entregue. Segundo Carreras, a previsão é que a entrega aconteça no ano que vem. "O equipamento está em obras, mas o prefeito Geraldo Júlio garante que até o final do próximo semestre do ano que vem, será entregue. Acho que será entregue junto ao Santos Dumont. E será uma grande vitória para o esporte pernambucano", concluiu.

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O presidente Michel Temer foi o principal alvo dos manifestantes durante a marcha do Grito dos Excluídos realizadas nesta quinta-feira, 7, em Brasília e em pelo menos dez capitais pelo País. O ato também foi marcado por protesto contra o momento político e contra as reformas trabalhista e da previdência. O lema do ato deste ano foi "Direito e democracia, a luta é todo dia". Os manifestantes ignoraram as recentes revelações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defenderam a sua candidatura à Presidência.

O Grito dos Excluídos começou em 1996 como uma iniciativa das pastorais ligadas à Igreja Católica e dialoga diretamente com a campanha da fraternidade de cada ano. em Campo Grande, MS, representantes indígenas protestaram contra a mudança no marco temporal das demarcações de terra. Em julho, Temer assinou um parecer mudando a forma como a administração pública lida com a questão das demarcações de terras indígenas em todo o país. No decreto, ficou definido a tese de que só poderão ser demarcadas terras indígenas em que os índios estavam presentes na data de promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988.

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Em São Paulo, os manifestantes ligados a movimentos sociais atacaram o projeto de concessão do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). Gritos contra o governador Geraldo Alckmin também foram ouvidos. Em Belo Horizonte e Porto Alegre, houve atos de defesa a presidente cassada Dilma Rousseff (PT) e ataques ao Governo federal.

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A Universidade de Brasília (UnB) terá R$ 8,7 milhões para concluir a reforma de duas pistas de atletismo que fazem parte do centro olímpico da instituição de ensino. Com a publicação no Diário Oficial da União (DOU), ficou definido que o valor será repassado em três parcelas até 2019.

Na primeira etapa, o valor de R$ 2,12 milhões será usado na reforma da pista de atletismo 1 do centro olímpico. Depois, haverá o investimento de R$ 1,8 milhão na segunda pista, em 2018. Na última fase, em 2019, haverá a implantação do sistema de iluminação das pistas, que custará R$ 4,7 milhões.

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No total, a reforma do centro olímpico custará R$ 13.926.020,45. A UnB já aplicou R$ 5.198.935,09 – verba destinada pelo governo federal – na compra de revestimentos para as pistas, equipamentos fixos, adesivos e tintas. O restante virá agora, para a reforma dos equipamentos esportivos.

Como legado dos Jogos Olímpicos de 2016, foram construídas e reformadas 47 pistas oficiais de atletismo em todo o País. As estruturas foram construídas em parceria com universidades, prefeituras, governos estaduais, Confederação Brasileira de Atletismo, federações estaduais e clubes. As obras são de responsabilidade da parte conveniada, com investimentos do governo federal.

A passagem do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), no Recife, na última sexta-feira (18), deu o que falar.  O tucano não só disse que é preciso "enterrar o mito" em referência ao ex-presidente Lula, como também não poupou elogios ao senador Aécio Neves (PSDB) e ao presidente Michel Temer (PMDB) chegando a dizer que a característica do peemedebista é a "gentileza". Doria foi além: ele afirmou que as reformas propostas por Temer, que gerou diversas manifestações pelo país, são necessárias para proteger o Brasil. 

"Sempre tenho dito e repito: nós temos que proteger o Brasil e proteger o país é avançar nas reformas, finalizar a aprovação da reforma trabalhista, retomar a discussão e aprovação da reforma previdenciária e a reforma política, pelo menos para as eleições do anos que vem, e engatar no início do próximo ano, se possível, a reforma tributária", declarou. 

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O prefeito da maior cidade brasileira chegou a dizer que a economia do país vai bem.  "Ao mesmo tempo, [temos] que proteger a política econômica, que vai indo bem. O trabalho do ministro Meirelles, a liderança na conduta da política econômica, vem produzindo bons resultados e se isso continuar bem, quem ganha é o Brasil".

Doria ainda afirmou que se a economia continuar nesse caminho, o desemprego vai acabar. "Nós vamos acabar com o desemprego, pelo menos estabilizar a partir do início do ano que vem a retomada do emprego e isso é fundamental para o país. Você só tem cidadania, só tem desenvolvimento com emprego. Não há hipótese de programas assistencialistas garantirem a sobrevivência de um país, de um povo, ou de uma nação. É o trabalho, o empreendedorismo e a geração de empregos".

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Durante a conferência anual do Banco Santander, que aconteceu nesta quarta-feira (16), em São Paulo, o presidente Michel Temer afirmou que o seu governo "fez em 17 meses o que não foi feito em 20 anos". Para demonstrar seu ponto de vista, Temer listou ações como a PEC dos gastos, o projeto de terceirização, a reforma trabalhista, o novo modelo de governança nas estatais e outras.

"Um debate franco sobre o Brasil exige reconhecer que os últimos anos têm sido desafiadores, mas que agora o Brasil tem rumo", disse o presidente. Segundo ele, "temos que fazer tudo rapidamente".

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Temer afirmou que no seu governo a postura é de "encarar os problemas de frente, sem recorrer a atalhos". E que tem adotado medidas populares e não populistas. "As medidas populistas causam prejuízos, as populares serão reconhecidas no futuro. Meu governo não cede ao populismo, mas persegue a eficiência", disse.

O presidente afirmou ainda que a reforma da Previdência é uma "reforma pra hoje" - e usou o Rio de Janeiro como o resultado de uma crise previdenciária." "Temos que reformular a Previdência em pouquíssimo tempo". Ele afirmou que a reforma da Previdência irá atingir os privilegiados do serviço público e não o trabalhador que ganha um ou dois salários mínimos. Para o presidente, as críticas à reforma são apenas de natureza política. Ele também afirmou estar trabalhando em um projeto de simplificação tributária.

Sobre a reforma política, Temer voltou a dizer que em seu governo "o legislativo é parceiro" e que "trabalhamos juntos para governar juntos". Em tom de crítica, Temer disse que o "Brasil tem uma vocação centralizadora e que o povo parece gostar dessa centralização".

Nesse sentido, segundo o próprio presidente, o seu governo estaria quebrando esse paradigma centralizador e trabalharia para "quebrar esse ciclo histórico de que a cada 25, 30 anos haveria a necessidade de um novo Estado". Temer afirma que o que é preciso é seguir as diretrizes da constituição de 1988 e "continuar com as adequações modernizantes da estrutura governativa, econômica e social".

No final do evento, o presidente disse para os presentes que saíssem de lá com a "alma inflamada", divulgassem suas ideias e os benefícios da reforma.

O presidente deixou o teatro Santander sem falar com a imprensa.

O presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, elogiou o presidente dizendo que com Temer houve uma "mudança importante na doutrina econômica".

O ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho (PSB), nesta segunda (14), concedeu entrevista exclusiva ao LeiaJá, na qual destacou que o país passa por uma "turbulência política e econômica", o que tem afetado um pouco o setor que comanda. No entanto, o auxiliar ministerial do presidente Michel Temer (PMDB) está otimista. Ele disse que há notícias muito positivas. "Se você for ver o resultado dos últimos leilões das distribuidoras e a expectativa da volta dos leilões de geração de energia e outros negócios acontecendo no desenvolvimento do setor. Isso mostra que apesar de todo o ambiente que nós estamos vivendo, existe uma construção. Estamos animados e conseguindo avançar em vários pontos", destacou. 

O pessebista falou que os déficits deixados nos governos passados são "monstruosos". "Eu acho que nós estamos vivendo uma extrema dificuldade do ponto de vista do equilíbrio das contas públicas. São déficits monstruosos do passado. Mesmo com todas as medidas que foram tomadas, então primeiro é saber que essa história de que governo não quebra é uma grande falácia. Está aí o exemplo do Rio de Janeiro bem nítido para todo mundo. Sem dúvida nenhuma, se fosse em outro ambiente, a gente poderia ter talvez um outro ritmo. É lógico que esse ambiente preocupada, principalmente, os investidores que investem milhões. Isso gera uma preocupação". 

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Fernando Filho defendeu as reformas propostas por Temer declarando que não há outra solução. Não se trata de fazer ou não fazer. Vai se fazer de todo jeito. O fato é saber se vai fazer antes de quebrar ou depois de quebrar. Vimos exemplos como da Grécia, Portugal e diversos outros países que passaram por dificuldades por não ter reformulado a questão da previdência, então as reformas são extremamente importantes. A trabalhista (reforma) eu considero um avanço", disse. 

O ministro citou o exemplo da reforma trabalhista e garantiu que não está se querendo tirar direito de ninguém. "Agora, você achar que uma lei trabalhista dos anos 50 funciona em um ambiente de trabalho completamente moderno, em um mundo globalizado, e com as tecnologias que nós temos... Eu acredito que essa vai ser uma medida que vai impulsionar a questão da geração de oportunidades e de aquecer a economia", pontuou. 

 

Para ele, o governo Temer tomou medidas corajosas e “necessárias” para o país. “Talvez as medidas sejam positivas para a popularidade do governo, mas eu digo por que é corajoso. Em um mandato de dois anos, de dois anos e meio, os impactos positivos não serão tão grandes. São muito mais para o futuro. Ele poderia não fazer, mas a determinação do governo de enfrentar isso foi fundamental para o desenvolvimento do país", elogiou. 

Num discurso em que defendeu as reformas da Previdência, tributária e política - que, segundo ele, fecham o ciclo de reformas lançadas nos últimos 14 meses -, o presidente da República, Michel Temer, disse nesta terça-feira, 8, que seu governo está modernizando e "reformulando" o País.

Ao participar da cerimônia de abertura do congresso promovido pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), entidade que representa as concessionárias de veículos, o peemedebista voltou a salientar que seu governo é reformista, cuja agenda é tocada em conjunto com o poder Legislativo, "parceiro" do Executivo.

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"Esse trabalho em conjunto nos permitiu chegar até aqui", afirmou Temer. Direcionando-se ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que também participou da solenidade e já manifestou interesse em disputar a corrida pelo Palácio do Planalto do ano que vem, Temer afirmou que o objetivo de seu governo é colocar o País de volta aos trilhos para seu sucessor.

"Na verdade, este é um governo, ouso dizer, reformista. É um governo que busca colocar os trilhos no lugar para que quem chegar, governador, em 2018 possa apanhar a locomotiva e caminhar com toda naturalidade" afirmou Temer, após elencar as medidas já implementadas por sua gestão, como a reforma trabalhista e o regime de teto dos gastos públicos.

"Estamos reformulando o Brasil. Convenhamos, não foi fácil propor teto dos gastos públicos no início do governo", assinalou o presidente da República. "Estamos modernizando o País, trazendo o País ao século 21", acrescentou.

Após a Câmara rejeitar a denúncia contra o presidente Michel Temer, parlamentares da base aliada querem agora concentrar esforços nas próximas semanas na aprovação da reforma política, que prevê mudanças no sistema político-eleitoral e estabelece um fundo com recursos públicos para financiar as eleições. Essas medidas precisam ser aprovadas na Câmara e no Senado em 60 dias para que tenham validade já nas eleições de 2018.

Neste período, porém, o governo estabeleceu como prioridade no Congresso o avanço da reforma previdenciária. Por ser uma proposta de emenda à Constituição, a alteração na Previdência precisa passar por dois turnos de votação em cada uma das Casas e ter, no mínimo, 308 votos a favor na Câmara. Na votação da denúncia, o presidente obteve 263 votos a favor e 227 contra.

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Nesta quinta-feira (3), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que espera que a reforma da Previdência seja aprovada na Câmara e no Senado até o fim de outubro.

A avaliação de parlamentares da base é de que não há tempo a perder na reforma política por causa do prazo determinado na Constituição, que prevê que só valem medidas aprovadas até um ano antes do pleito. Esse argumento é especialmente majoritário no Centrão, grupo do qual fazem parte PP, PSD, PR e PTB, e foi decisivo na votação que barrou a acusação formal por corrupção passiva contra Temer. Até deputados da oposição defendem dar prioridade agora à reforma política.

A aprovação de novas regras eleitorais é vista pelos parlamentares como essencial para garantir a reeleição e, por isso, tida como prioritária pela classe política. O foco será a criação de um fundo público de financiamento para as campanhas, na ordem de R$ 3,5 bilhões, para contornar as dificuldades de arrecadação criadas com a proibição das doações empresariais e as investigações da Lava Jato.

Outros três pontos também já encontram consenso entre os parlamentares: o fim das coligações, a aprovação de uma cláusula de barreira - ou desempenho - para dificultar a criação de novos partidos, e a antecipação da chamada janela partidária, que permite que um parlamentar migre de uma sigla para a outra sem perder o mandato.

Mais polêmico, o Congresso também deverá discutir alterações no modelo das eleições para deputados e aprovar o "distritão" - pelo qual são eleitos os candidatos mais votados. Pelo sistema atual, chamado proporcional, o nome mais votado não garante necessariamente uma cadeira na Câmara. Ele soma o número de votos de todos os candidatos da legenda e, a partir daí, se definem quantos assentos o partido terá direito.

Comissões

Atualmente, há duas comissões na Câmara debatendo esses assuntos. Relator de uma delas, o deputado Vicente Cândido (PT-SP) deve apresentar uma nova versão do seu parecer na próxima terça-feira. Esse é o texto que discute temas como financiamento de governo e sistema eleitoral.

Já o projeto relatado pela deputada Shéridan (PSDB-RR) trata de uma proposta de emenda à Constituição e tem como foco o fim das coligações partidárias e a cláusula de barreira.

Os dois textos precisam ser primeiro aprovados pelas respectivas comissões para depois seguir para o plenário. Após passarem pela Câmara, os projetos ainda têm de ser analisados pelo Senado.

'Infieis'

Em outra reivindicação, parlamentares do Centrão ameaçam votar contra a reforma da Previdência caso o governo não puna deputados que apoiaram o prosseguimento da denúncia contra Temer. O argumento é de que, se o Planalto não retaliar os infieis com a perda de cargos, parlamentares que foram leais se sentirão desobrigados a votar a favor da mudança previdenciária.

Para líderes do Centrão, se não houver punição, deputados da base vão achar que também estão no direito de desobedecer à liderança do partido nas próximas votações. Temer já pediu um levantamento dos infieis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Armando Monteiro disse, ontem, numa entrevista a este blogueiro, que não mudou nada em relação ao que defendia no parlamento quando o PT estava no poder. Foi uma resposta aos petistas que lançaram mão de uma candidatura própria a governador nas eleições de 2018 em detrimento de uma aliança com o PTB, que vai, mais uma vez, tentar chegar ao Palácio das Princesas com a candidatura do senador.

Quando Armando fala em mudança de comportamento ele se refere ao que o PT defendia quando estava com a caneta na mão. No caso da reforma trabalhista, já aprovada pelo Congresso, com o apoio do senador, ele lembra que no Governo Lula for criado o Fórum Nacional do Trabalho, que apresentou uma proposta de emenda constitucional para a reforma trabalhista.

A iniciativa não prosperou, não por vontade de Lula, mas porque faltou lastro em sua base, mas ele insistiu até onde foi possível. Já durante o Governo Dilma, houve uma proposta mais focalizada de criação do Acordo Coletivo Especial, para promover o negociado sobre o legislado, via projeto de lei, mas sem sucesso, porque Dilma não teve capacidade política nem interlocução com o Congresso.

As reformas, como queriam Lula e Dilma, são uma exigência em busca da modernização da CLT, uma medida necessária para aumentar a produtividade e melhorar o funcionamento da economia. Desde o fim do século passado, vários países europeus reformaram suas leis trabalhistas para dar mais flexibilidade aos contratos de trabalho e segurança aos trabalhadores.

“O Brasil não é uma ilha e não poderia prescindir dessas reformas”, reforça Armando, destacando que se as defendeu lá atrás, quando ministro de Dilma, não poderia deixar agora de apoiar. “Eu não mudei”, reforçou. Para ele, o PT pernambucano pode estar tentando buscar um pretexto para não discutir uma aliança.

“Houve momentos em que o PT priorizava uma política de alianças. Pode ser que agora essa não seja a melhor opção para o PT. Eu fiz alianças nesse campo, no campo de esquerda, muito consciente ao longo da minha vida pública porque convergia para projetos em que eu achava que se aliava alguma compreensão adequada do quadro econômico, aliada a sensibilidade e ao compromisso social desses setores”, afirmou.

DECISÃO SAI HOJE – O Governo está seguro de que reprova, hoje, em votação no plenário da Câmara dos Deputados, o pedido de investigação do Supremo Tribunal Federal. O que ficou acertado, entre os deputados da base que se manifestam a favor da investigação, é que compareçam ao plenário para dar o quórum dos 342 votos exigidos pelo regimento para colocar a matéria em votação. A estratégia está correta, até porque quem precisa dos 342 votos – e não tem – para aprovar a investigação é a oposição.

Os contra também empenham – Aos que dizem que o presidente Temer discrimina, em termos de empenho e liberação de emendas, os deputados que querem aprovar a investigação do Supremo, um exemplo na bancada pernambucana faz esta tese virar um castelo de areia: o segundo parlamentar que mais garantiu empenhos de emendas é o deputado Gonzaga Patriota, da bancada do PSB, voto certo e já declarado pela crucificação de Temer. Só perde para o tucano Bruno Araújo, que está se afastando da Pasta de Cidades para votar contra a investigação.

Segurança reforçada - Para a votação do pedido de investigação do presidente Temer, no plenário da Câmara, hoje, o Congresso reforçou a segurança. Jornalistas que já cobrem o Congresso tiveram que fazer um credenciamento especial e nem todos terão acesso ao plenário da Casa. O critério adotado para o plenário é mediante uma senha especial, duas por veículos de televisão. Haverá um cordão de isolamento na rampa do Congresso e a entrada será pelas vias laterais. Tudo para evitar manifestações.

Temer confiante – O presidente Michel Temer se disse, ontem, confiante de que a Câmara dos Deputados rejeitará a denúncia oferecida contra ele pela Procuradoria Geral da República. Temer participou de evento no Palácio do Planalto e concedeu rápida entrevista à imprensa após a cerimônia. Antes de iniciar o discurso, Temer citou 25 deputados presentes ao ato, de abertura de cursos de Medicina, entre os quais Paulo Maluf (PP-SP) e o petista Zeca Dirceu (PT-PR), filho do ex-ministro José Dirceu.

Dá para concorrer? – O deputado Sílvio Costa (PTdoB) comemorava, ontem, no salão verde da Câmara, o fato de seu discurso contra Temer ter viralizado nas redes sociais alcançando quatro milhões de acessos. 

Convencido e vaidoso, informava ter perdido apenas para um vídeo da cantora Gretchen ao lado da cantora americana Katy Perry, que alcançou 12 milhões de visualizações. Ao seu lado, um deputado não perdeu a piada: “Também é muita pretensão sua querer concorrer com o bumbum da Gretchen”.

CURTAS

VOTAÇÃO – O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, ontem, que a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva estará resolvida na tarde de hoje. “Acho que será votado e, com a votação, isso gera uma tranquilidade para a sociedade de que esse assunto estará resolvido na parte da tarde de amanhã”, disse.

DE VOLTA – O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), pretende entregar a presidência do PSDB de volta ao senador Aécio Neves (MG), mas antes vai conversar com o parlamentar mineiro. Tasso assumiu o comando tucano interinamente em maio, depois que Aécio foi citado por delatores do grupo J&F, que controla o frigorífico JBS.

Perguntar não ofende: Quem, na verdade, mudou: Armando ou o PT?

O fechamento do acordo de socorro para o Rio de Janeiro e a votação da medida provisória que reonera a folha de pagamento das empresas foram parar na mesma mesa de negociação entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Maia pressiona para que a equipe econômica acerte logo a ajuda financeira ao Estado da forma como o governo fluminense apresentou ao Tesouro. Meirelles, por outro lado, cobra do presidente da Câmara que coloque logo em votação no plenário a MP que trata da reoneração da folha de pagamento das empresas - revertendo a medida adotada pelo governo Dilma Rousseff em 2011, que trocou a contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de pagamentos por até 4,5% sobre a receita bruta.

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Segundo apurou o Estadão/Broadcast, os Ministérios da Fazenda e do Planejamento não desistiram de conseguir que a reoneração da folha comece a valer ainda este ano, ajudando a aumentar em mais R$ 2 bilhões o combalido caixa do governo - decisão da comissão mista que analisa a MP jogou o início da reoneração para 2018. A entrada em vigor da medida ainda este ano pode ser conseguida com um destaque aprovado em plenário.

Em meio a essas negociações, Maia tem atuado para tentar acelerar a assinatura do acordo com o Rio e chegou a acertar um encontro entre Meirelles e o governador Luiz Fernando Pezão, ontem à tarde em Brasília.

Exceções

Apesar dos esforços da equipe econômica, setores empresariais brigam para ficar fora da MP da reoneração e pressionam o presidente da Câmara. Já estavam poupados da mudança na alíquota construção civil, comunicação e transporte de passageiros rodoviário e ferroviário. No relatório, entraram na lista de exceções as empresas estratégicas de Defesa, o setor de vestuário e o calçadista. Nos destaques, entraram ainda o setor de transporte de cargas e de máquinas mecânicas.

Procurada, a assessoria de Maia informou que a MP estava prevista para entrar na pauta extraordinária de ontem, mas não havia segurança que seria votada. Em outras ocasiões, o presidente da Câmara declarou que a matéria é "polêmica" em meio à crise vivida pelo País. "Por mais que possa gerar arrecadação, também vai gerar desemprego. Avisei o ministro Meirelles que o tema vai ter, novamente, muita dificuldade no plenário", disse na semana passada.

Acordo

Na outra ponta da mesa de negociações, o acordo do Rio ainda depende de um decreto para regulamentar a lei que cria o Regime de Recuperação Fiscal. Após a reunião de ontem, que também contou com quase metade da bancada do Rio na Câmara dos Deputados, Pezão disse que o Tesouro prometeu encaminhar o texto do decreto à Casa Civil na próxima sexta-feira. Em paralelo, o Rio tem buscado tapar o "buraco" que ainda persiste nas contas do plano de recuperação. O deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ) disse ao Estadão/Broadcast que ainda há cerca de R$ 2 bilhões que precisam ser cobertos ou por cortes de despesas, ou aumento na arrecadação.

O Rio já apresentou uma série de medidas que podem incrementar o caixa durante o período de recuperação, como a concessão de linhas de ônibus intermunicipais e a renovação da concessão da Companhia Estadual de Gás (CEG). O Estadão/Broadcast apurou que também devem compor a previsão de arrecadação a venda de direitos sobre a cobrança da dívida ativa do Estado (a chamada securitização) e a venda da gestão da folha de pagamentos dos servidores. Juntas, as duas medidas podem render de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões, de acordo com uma fonte.

O governador do Estado disse que, cumpridas essas etapas, será possível assinar o acordo com a União em 1.º de agosto. "Esperamos no mais tardar no fim de agosto ou início de setembro ter salários em dia", disse Pezão. Porém, fontes do governo estadual avaliam que o pagamento das folhas atrasadas pode demorar um pouco mais até que os R$ 3,5 bilhões do empréstimo que será contratado ingresse de fato nos cofres do governo. Os parlamentares do Rio tentaram pedir novamente a antecipação desse financiamento, o que foi negado pela equipe econômica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um grupo de funcionários de empresas metalúrgicas bloqueia a pista lateral da Rodovia Anchieta, em direção ao interior de São Paulo, na manhã desta terça-feira (11). Os manifestantes estão no quilômetro 15, próximo à sede da montadora Mercedes Benz, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

Eles protestam contra a reforma trabalhista, que deve ser levada a votação nesta terça pelo Congresso Nacional, e contra a reforma da Previdência encaminhada pelo governo. Não há previsão para a liberação da estrada. Às 7h30, há congestionamento de mais de cinco quilômetros em cada sentido da Anchieta.

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Na noite desta segunda-feira, 10, a Avenida Paulista foi local de protesto contra as reformas. Integrantes da Frente Povo Sem Medo e do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) organizaram a manifestação, que caminhou em direção à sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).

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