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O monitoramento para a votação da reforma trabalhista no Senado indica um quadro preocupante para o governo. Há uma semana, o Palácio do Planalto previa 43 senadores favoráveis ao projeto no plenário. A pesquisa mais recente indica que um deles não acompanhará o governo e deve votar "não". Assim, o presidente Michel Temer embarcou para a Alemanha com a expectativa de que 42 senadores apoiarão a reforma - apenas um a mais que o mínimo necessário. A votação está prevista para ocorrer na próxima semana.

O monitoramento feito pelo governo para a reforma trabalhista não conta mais com o voto de Acir Gurgacz (PDT-RO). Empresário bem-sucedido, o senador diz que pessoalmente é favorável à mudança na legislação. Essa posição tem sido repetida pelo parlamentar em reuniões com lideranças empresariais e políticas.

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Durante a tramitação prévia do projeto nas comissões, o senador de Rondônia votou contra o texto defendido por Temer. Diante dessa divergência entre opinião e voto, o governo acreditava que poderia reverter a situação na fase mais importante do processo: o plenário. O parlamentar, porém, indicou que deverá manter o voto contra a reforma para seguir a decisão do PDT. Gurgacz, aliás, é líder do partido no Senado.

A interlocutores, Gurgacz tem classificado a situação como "complicada", já que concorda com o projeto, mas não pode desobedecer a posição do partido. Vale lembrar que, após a aprovação da trabalhista no plenário da Câmara em abril, o PDT expulsou o deputado Carlos Eduardo Cadoca (PE) por ter votado a favor do texto. A posição do partido contra a reforma trabalhista e da Previdência foi fechada em 17 de março.

Esse quadro mostra que foi breve a comemoração da aprovação do regime de urgência para a tramitação da reforma no plenário, que passou nesta semana por 46 votos a 19 contra. Nesse dia, aliás, Gurgacz não compareceu à votação.

Estratégia

Diante dessa margem apertadíssima de apenas um voto naquela que é considerada "a mais fácil das reformas" por precisar de maioria simples no plenário - a da Previdência exige três quartos, o Planalto tem se desdobrado para tentar derrubar a denúncia contra Temer e, ao mesmo tempo, convencer cinco senadores que ainda estão em dúvida sobre a reforma trabalhista.

O esforço é direcionado a Dario Berger (PMDB-SC), Lasier Martins (PSD-RS), Magno Malta (PR-ES), Omar Aziz (PSD-AM), Ronaldo Caiado (DEM-GO). Esses senadores reconhecem pontos favoráveis da reforma, mas criticam itens do projeto ou a tramitação do texto na Casa. No grupo, Magno Malta parece ser o mais inclinado a votar com o governo. O Planalto, porém, acredita que poderá convencer os demais.

Na reunião de Temer com 22 ministros antes do embarque para o G-20 na Alemanha, na noite de quarta-feira, o presidente pediu apoio à equipe não apenas para derrubar a denúncia no Congresso, mas também para garantir a reforma trabalhista. No Planalto, o projeto considerado fundamental para dar "fôlego político" ao governo.

A iniciativa para agradar o grupo está a cargo do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). O parlamentar tem carta branca de Michel Temer para costurar acordo de ajuste de pontos da reforma trabalhista e já se compromete a mudar oito pontos da reforma, como a criação de quarentena para a migração de um trabalhador para o contrato intermitente e o cancelamento do artigo que permitira que grávidas e lactantes trabalhem em locais insalubres. Outro tema que será alterado é a criação de uma alternativa ao imposto sindical.

A reforma trabalhista muda a relação entre patrões e empregados. O projeto, amplamente apoiado pelas entidades empresariais, prevê, por exemplo, que os acordos coletivos tenham força de lei. Também acaba com a obrigatoriedade da contribuição sindical e permite a flexibilização de contratos de trabalho. Direitos constitucionais, como o 13.º salário, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e salário mínimo, estão preservados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares de Pernambuco (Fetape), Doriel Barros disse que os membros dos sindicatos que integram a entidade vão trancar as BRs durante a Greve Geral marcada para esta sexta-feira (30). Dirigindo-se ao presidente da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras, durante a posse dos diretórios estadual e municipal do PT na noite dessa quarta (28), Doriel prometeu apoio da classe rural para os atos contra o governo Temer e as reformas trabalhista e previdenciária.

“Estamos, Carlos Veras, juntos no dia 30 na greve geral. Os nossos trabalhadores estarão fazendo mobilizações de trancamento de BR, então, estaremos juntos neste movimento do fora Temer e das Diretas Já para que a gente possa democraticamente escolher um presidente”, explanou em tom mais alto. 

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Doriel também afirmou que a Federação se “soma” na caminhada para a retomada do PT e fortalecimento da sigla. “O PT hoje está maior, mais unido do que nunca, e mais confiante acreditando que é possível, com garra e com ação política, voltarmos a governar este país e a governar várias cidades deste país”, continuou explanando.

O presidente da Fetape destacou ainda que de uma forma ou de outra Lula vai voltar a ser presidente do país. “Nós já sabemos. Será ou agora com as Diretas Já ou em 2018, mas com a força do povo, Lula voltará a governar este país e a dar dignidade e cidadania aos trabalhadores e trabalhadoras rurais. Vida longa ao PT”, enfatizou. 

Na ocasião, o presidente da Fetape também elogiou a recondução de Bruno Ribeiro para a presidência estadual da legenda. Doriel disse que os trabalhadores rurais sentem “um orgulho muito grande” em tê-lo como um líder e presidindo “um importante partido, com todo respeito, o melhor partido talvez deste país: o PT”.

Às vésperas da votação da reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), dois dos principais nomes do maior partido no Senado trocaram farpas ontem sobre a tramitação do projeto. Após Renan Calheiros (PMDB-AL) defender o adiamento da votação diante das denúncias contra Michel Temer, Romero Jucá (PMDB-RR) reagiu em defesa do presidente e ameaçou retirar o colega da liderança do partido.

Uma amostra da divisão do partido do presidente Temer e de eventuais dificuldades do governo em aprovar reformas no Congresso aconteceu quando Renan e Jucá discutiram no plenário do Senado. Lá, a reforma trabalhista será votada na CCJ e, depois, no plenário antes da sanção presidencial.

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Renan, líder do PMDB no Senado, disparou contra a reforma trabalhista: "Temer não tem confiança da sociedade para fazer essa reforma trabalhista na calada da noite. Num momento em que o Ministério Público, certo ou errado, apresenta denúncia, não há como fazer uma reforma que pune a população". Ele ameaçou trocar nomes na bancada do PMDB na CCJ para tentar prejudicar a aprovação da reforma. "Se o jogo for esse, vou admitir mudanças na composição da CCJ."

Jucá, presidente do PMDB e líder do governo, reagiu com a ameaça de tirar Renan da liderança do partido com a alegação de que a reforma trabalhista não é uma pauta de Temer, mas do País. "A posição do senador Renan sobre mudar membros da CCJ me estranha. Fizemos uma reunião de bancada em que, por 17 votos a 5, decidimos pelo apoio às reformas e pela manutenção de Renan na liderança. Se ele mudar membros da CCJ, podemos mudar liderança do PMDB", disse.

A disputa no Senado é uma amostra do intenso jogo de forças que ocorre em Brasília antes da votação do projeto na CCJ. O Palácio do Planalto também está ativo e, mesmo com a denúncia do procurador-geral Rodrigo Janot, Temer fez articulações na tarde de ontem pela reforma trabalhista.

Segundo fontes, houve uma romaria de parlamentares ao gabinete presidencial. Auxiliares dizem também que, em meio à escalada da crise política e com Michel Temer denunciado, é fundamental que a base "mostre serviço" na CCJ e busque imprimir um clima de superação no Congresso para tentar injetar capital político ao presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Líderes do PT na Câmara e no Senado qualificaram nesta segunda-feira, 26, como "gravíssima" a denúncia feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva. Segundo o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), a estratégia do partido será obstruir votações na Câmara até que a denúncia seja analisada pela Casa.

"Não vamos aceitar qualquer manobra que o governo tente fazer", afirmou o líder da bancada petista. Segundo ele, mesmo que Temer consiga maioria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara para barrar a denúncia, ele não atingirá os 172 votos necessários no plenário. "Eles vão tentar fazer todas as manobras na CCJ, mas mesmo se vencer lá na comissão, será uma vitória de Pirro, porque no plenário não há como substituir deputados. Como um deputado vai voltar para os seus Estados e dar entrevistas para os jornais, TVs e rádios de lá e ter que se explicar sobre como estão votando favoravelmente a um governo que só retira direitos de trabalhadores?"

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Para que o Supremo Tribunal Federal (STF) analise o pedido da Procuradoria-geral da República, é necessária que a denúncia seja autorizada por ao menos dois terços dos deputados.

O líder da minoria na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse não haver mais clima no Congresso para discutir as reformas trabalhista e da Previdência, principais apostas do governo Temer para tentar sair da crise política. "A primeira providência será parar as reformas. Não é possível, nem o Senado e nem a Câmara, votarem qualquer matéria. O Brasil não aguenta. A economia brasileira está derretendo", afirmou o deputado.

No Senado, o líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ), também tem a mesma opinião. "O governo Temer acabou. Não vai ser fácil eles conseguirem 172 votos. Será uma votação aberta, televisionada. E estamos perto das eleições. Queremos parar a tramitação das reformas. Não tem clima para votar a reforma trabalhista quarta-feira", afirmou o senador, em referência à votação marcada na CCJ do Senado.

O presidente do Brasil, Michel Temer, participou de um seminário com empresários e empreendedores russos nesta terça-feira (20) e defendeu que seu programa de reformas está criando um "ambiente favorável" para os investimentos no Brasil.

"Investir no Brasil é ganhar e quem quiser ganhar hoje, investe no Brasil", disse o mandatário em seu discurso. Ele citou o programa de leilões para concessões em infraestrutura e destacou que os resultados obtidos até o momento aparecem como "sinal de credibilidade e confiança".

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"Com nossa agenda de reformas, o Brasil entrou em nova etapa de desenvolvimento. Convidamos a Rússia a fazer parte deste momento", disse ainda aos investidores russos.

Além da exportação de carne, sendo a Rússia um dos principais mercados para o produto brasileiro, o presidente e sua comitiva também tentam alavancar a exportação de calçados. De acordo com dados do governo, o Brasil exportou mais de US$ 4 milhões em calçados para a Rússia entre os meses de janeiro e maio deste ano.

No ano passado, somando todos os setores, o comércio bilateral entre os países somou US$ 4,3 bilhões e a meta do governo Temer é elevar o comércio para US$ 10 bilhões.

Nesta quarta-feira (21), o presidente participará de uma série de compromissos e reuniões. Ele já depositou flores no Túmulo do Soldado Desconhecido, que lembra os militares mortos durante a Segunda Guerra Mundial e se reuniu com o primeiro-ministro, Dmitry Medvedev.

Neste momento, ele está em reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, e deve fazer um pronunciamento em breve.

Por meio do Twitter, o secretário de Turismo, Esporte e Lazer de Pernambuco, Felipe Carreras, divulgou, nesta terça-feira (20), informações voltadas à torcida tricolor. De acordo com o gestor, a Arena de Pernambuco, ao receber jogos do Santa Cruz, terá um setor exclusivo cujos valores dos ingressos arrecadados servirão para melhorias no estádio do Arruda.

Segundo postagem de Carreras, ele se reuniu com o presidente do Santa Cruz, Alírio Moraes, e definiu como se dará a iniciativa. Entretanto, o secretário não adiantou qual setor será utilizado para a arrecadação dos fundos.

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“A Arena irá ajudar o @SantaCruzFC a requalificar o seu estádio. Firmamos uma parceria para lotar a Arena e ajudar o Arruda. Torcedores poderão comprar ingressos para uma determinada área da Arena, que serão 100% revertidos para a reforma do Arruda”, postou Carreras, em sua conta oficial no Twitter.

Entre as melhorias prometidas pelo secretário está a troca do gramado do Arruda. Felipe Carreras ainda citou outras “reformas necessárias”, mas não detalhou esses procedimentos a serem adotados no reduto tricolor.

Em meio ao risco de desembarque do PSDB do governo, o presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR), pediu neste sábado (10) "união" dos partidos da base aliada para que o presidente Michel Temer possa fazer as mudanças que Brasil precisa. Em vídeo publicado em sua conta pessoal no Twitter, ele comemorou a absolvição de Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e disse que, a partir de agora, é preciso trabalhar pelas reformas, sobretudo, a política.

"O governo do presidente Michel Temer, do PMDB, tem sido forjado, enfrentando desafios e adversidades. Ontem (9) vencemos mais uma etapa (no TSE). Agora, mais do que nunca, é preciso de união. União dos partidos da base, união dos políticos, união da classe produtora, união classe trabalhadora, para que possamos fazer as mudanças que o Brasil precisa", afirmou. Segundo o peemedebista, a economia já dá sinais de melhora. Ele citou o resultado da inflação oficial em 12 meses até maio, que ficou em 3,6%, abaixo do centro da meta, de 4,5%.

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Nesse cenário, Jucá defendeu que, a partir de segunda-feira (12), "temos que arregaçar as mangas e trabalharmos pelas reformas". "Não só a trabalhista e previdenciária, mas, sobretudo a política, para fazer mudança na forma de eleger parlamentares no Brasil", afirmou. Ele defendeu a simplificação tributária e melhora na concessão de crédito e condições para investimento, para que o País possa gerar mais empregos. "Só assim vamos entregar ao povo brasileiro, em 2018, para uma nova eleição, um Brasil no caminho da modernidade", finalizou.

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A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e centrais sindicais já marcaram a data para a realização da próxima greve geral: 30 de junho. Segundo a CUT, a expectativa é que a manifestação seja ainda maior do que a do dia 28 de abril, que ficou marcada como uma das maiores realizadas nas últimas décadas. A data será referendada por categorias em plenárias e assembleias estaduais. 

Antes, no dia 20 de junho, as centrais marcaram um ato denominado “O Esquenta Greve Geral”. “Será a preparação para o dia da greve geral. Uma grande mobilização nacional com protestos, ações em todas as capitais, assembleia nas portas de fábrica, paralisação de lojas, bancos, comércios, enfim, uma grande manifestação criando condições para a greve do dia 30”, explicou o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre. 

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O secretário disse que, caso o Congresso Nacional decida antecipar a votação das reformas, é possível que as mobilizações aconteçam antes alertando que a classe trabalhadora “irá reagir” a qualquer ato contra a vontade do povo brasileiro. Na nota divulgada, é enfatizado que as centrais sindicais irão colocar “força total” na mobilização.

“As centrais sindicais (CUT, UGT, Força Sindical, CTB, Nova Central, CGTB, CSP-Conlutas, Intersindical, CSB e A Pública- Central do Servidor) convocam todas as suas bases para o calendário de luta e indicam uma nova greve geral dia 30 de junho. As centrais sindicais irão colocar força total na mobilização da greve em defesa dos direitos sociais e trabalhistas, contra as reformas trabalhista e previdenciária, contra a terceirização indiscriminada e pelo ForaTemer”, diz uma parte do texto. 

A ex-presidente Dilma Rousseff atacou na noite desta quinta-feira, 1, as reformas propostas pelo governo Michel Temer. Dilma relacionou a aprovação das mudanças estruturais com o seu impeachment, classificado por ela como "golpe".

"A reforma da Previdência não é uma reforma, ela visa transformar a aposentadoria em algo inócuo e acabar com as proteções ao trabalhador. Tudo isso faz parte dessa consciência que a oligarquia articulada, frustrada em quatro eleições, se articulou para implantar um sistema que as urnas não queriam", disse a ex-presidente durante o 6º Congresso Nacional do PT, em Brasília.

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Dilma criticou também parte da Justiça brasileira, que, segundo ela, compartilha da ideologia que embasa as reformas do governo peemedebista. "Esse pensamento neoliberal uma parte do nosso judiciário assume", afirmou. "Está em curso uma tentativa sistemática de criminalizar o PT."

Com 600 delegados, o Congresso acontece em meio à maior crise do partido, que completou 37 anos em fevereiro. À procura de um discurso, a legenda promete atualizar o seu programa e eleger nova direção.

O partido prega eleições diretas para presidente da República na tentativa de se reaproximar da sociedade, após ser envolvido em escândalos de corrupção. O encontro petista segue até sábado.

Em meio à crise política, o clima no Congresso deve continuar tenso nesta semana. Partidos de oposição prometem obstruir as votações em protesto contra o Governo Michel Temer e as reformas propostas pelo presidente. Eles cobram a saída de Temer, investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com base nas delações de executivos da JBS.

Na semana passada, a reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado destinada à leitura do relatório sobre a reforma trabalhista terminou em confusão e empurra-empurra entre aliados do Palácio do Planalto e oposicionistas. Os senadores devem tentar votar a proposta nesta semana. Na Câmara, também houve tumulto generalizado no plenário após a oposição questionar a convocação das Forças Armadas para conter a manifestação contra Temer na Esplanada dos Ministérios na quarta-feira passada.

Em protesto, deputados de PT, PSOL, PDT, PCdoB, Rede e PMB se retiraram do plenário.  Ainda em reação à situação política no País, senadores e deputados da oposição vão continuar pressionando para que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) de cada uma das casas legislativas vote uma alteração na Constituição a fim de mudar o prazo para a realização de eleições diretas nem caso de vacância de presidente e vice.

A Constituição prevê que, na hipótese de presidente e vice deixarem o comando do país nos últimos dois anos do mandato, deve ser realizada eleição indireta, em até 30 dias, pelo Congresso Nacional. Tanto as propostas em debate na Câmara quanto no Senado reduzem esse prazo. No caso da Câmara, ocorreria eleição indireta apenas quando o cargo ficasse vago nos últimos seis meses do mandato. No texto que está no Senado, à escolha indireta aconteceria no último ano de mandato.

Antes de votar a PEC do fim do foro, os senadores precisarão analisar seis medidas provisórias que “trancam a pauta” e precisam ser votadas antes de outros temas. Entre as propostas, está a que impõe regras para regularização fundiária urbana e rural. A medida estabelece, por exemplo, que o proprietário de uma casa poderá construir uma laje no andar superior ou no andar inferior e registrar escrituras separadas, o chamado "direito de laje". Com isso, a pessoa poderá continuar morando em um dos pavimentos e vender os outros.

DEGOLA DE RENAN – A permanência de Renan Calheiros (PMDB-AL) na liderança da legenda será discutida pela bancada na próxima terça-feira. Vários peemedebistas relatam desconforto com a postura que Renan tem assumido, contrária às reformas trabalhista e da Previdência que foram propostas pelo governo federal. Na última quarta (24), o descontentamento com Renan ficou explícito durante sessão do Senado. O parlamentar alagoano bateu boca com o correligionário Waldemir Moka (MS) e houve troca de ofensas.

Tucana lamenta equívoco – A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), não gostou de ver o município excluído da relação que o Governo decretou estado de emergência em razão das chuvas que desabaram no fim de semana. “Entendemos a preocupação do governo com as cidades da Mata Sul, mas estamos numa situação emergencial aqui em Caruaru. Estive na reunião com o governador Paulo Câmara e com o presidente Michel Temer, solicitamos a inclusão da cidade nesse decreto e esperamos que esse equívoco seja resolvido”, desabafou.

Medidas provisórias – Antes de votar a PEC do fim do foro, os senadores precisarão analisar seis medidas provisórias que “trancam a pauta” e precisam ser votadas antes de outros temas. Entre as propostas, está a que impõe regras para regularização fundiária urbana e rural. A medida estabelece, por exemplo, que o proprietário de uma casa poderá construir uma laje no andar superior ou no andar inferior e registrar escrituras separadas, o chamado "direito de laje". Com isso, a pessoa poderá continuar morando em um dos pavimentos e vender os outros.

Derrubada de veto – Está prevista para, hoje, uma sessão conjunta de deputados e senadores. Na pauta, 17 vetos presidenciais a projetos importantes aprovados pelo Congresso Nacional. Um dos vetos é a um trecho da proposta que atualiza as regras para a cobrança do Imposto sobre Serviços (ISS). O trecho vetado determinava que a arrecadação do imposto acontecesse no local de consumo de serviços e não na cidade em que a empresa está sediada. A derrubada desse veto é cobrada por prefeitos que enfrentam dificuldades financeiras em seus municípios.

Em colapso – Símbolo de um Brasil que tentou repetir o crescimento dos anos 70, o setor naval entrou em colapso. De um conjunto de 40 estaleiros instalados no País, 12 estão totalmente parados e o restante está operando bem abaixo da capacidade instalada. Sem encomendas, com o caixa debilitado e, em alguns casos, com sócios envolvidos na Operação Lava Jato, cinco desses estaleiros entraram em recuperação judicial ou extrajudicial. Dos tempos de euforia, sobraram uma dívida bilionária para pagar no mercado e quase 50 mil trabalhadores demitidos, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria Naval (Sinaval).

CURTAS

TABAJARA – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, disse na manhã desta segunda-feira, 29, que "coloca as mãos na cabeça" quando ouve ideias vindas de São Paulo, estado que liderou a Revolução Constitucionalista de 1932, sugerindo mudanças da Constituição. Gilmar criticou, ainda, a falta de lideranças no País e disse que costuma brincar que “o Brasil está se tornando uma grande organização Tabajara”.

SÃO JOÃO DE GRAVATÁ– O prefeito de Gravatá, Joaquim Neto (PSDB), transferiu o lançamento do São João e das suas atrações, que estava marcado para hoje no Recife, para a próxima quinta-feira. Está previsto para começar por volta das 9 horas no restaurante Spettus, no Derby.

 

Perguntar não ofende: Temer vai conseguir sancionar o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical? 

Por trás da discussão de nomes para eventual eleição indireta, caciques políticos já debatem como seria a tramitação das reformas no pós-Michel Temer. No debate, alguns têm defendido que primeiro deve ser costurada a agenda de consenso para, então, buscar um candidato.

Governistas e parte da oposição concordam com a necessidade da reforma previdenciária e trabalhista, mas falta consenso sobre a velocidade das discussões e a extensão das mudanças.

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Até entre aliados de Temer há críticas à condução das reformas. Os que já desembarcaram do governo, por sua vez, reforçam o coro da oposição sobre uma "dosagem" das reformas.

Enquanto Temer tenta ficar no cargo, o grupo ainda fiel ao presidente defende que um eventual novo governo deve manter a agenda da equipe econômica, com o argumento de que é preciso garantir a retomada do crescimento.

Alguns caciques importantes da base e da oposição, porém, dizem que manter a situação como está pode não ser fácil. Há governistas que não concordam com a tese de que não haverá solavancos e dificuldades nas reformas no pós-Temer.

Um influente senador que apoia Temer diz que a aprovação da reforma da Previdência já era difícil em cenário considerado "normal". Em eventual novo governo, "ficará ainda mais complicado". "Nessa circunstância, não será um tema econômico, será político", afirma ele.

Por isso, cresce a articulação em torno do tema. "Mais do que um nome, o que tem de prevalecer é a agenda. Defendo as reformas, mas o que está em discussão é qual reforma teremos. Com qual a calibragem?", diz o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL).

Terreno

Cada vez mais distante de Temer, o senador alagoano é o símbolo do grupo que tem desembarcado do governo e tenta marcar posição antes de eventual mudança no Planalto. O movimento defende uma repactuação suprapartidária em torno das reformas.

Esse grupo de insatisfeitos irrompeu e mostrou alguma força na última sessão da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Antes da confusão em que senadores quase se atracaram, o movimento contra a reforma trabalhista somou 11 votos em um requerimento que poderia atrasar a tramitação. Já o grupo favorável à reforma somou 13 senadores. Apertado, o placar surpreendeu muitos governistas.

Citado como um dos nomes que conseguem transitar entre a oposição e os governistas, o senador Jorge Viana (PT-AC) reconhece que algumas reformas são necessárias, mas defende nova tramitação. "Numa eleição indireta, reformas teriam de ter pactuadas primeiro aqui (no Congresso)", diz Viana, ao lembrar que "se o candidato não o fizer, não será eleito". Se isso acontecer, o senador vê um avanço em relação ao que acontece atualmente. "Já seria um passo adiante porque com Temer não foi assim."

O petista reconhece que há necessidade de ajustar a legislação trabalhista. Viana critica, porém, a maneira com que a reforma tem avançado. "Isso é que está colocando as pessoas na rua", diz. A crítica à tramitação une vários nomes. A reclamação é com a velocidade e a intensidade das reformas. "É lógico que as pessoas vão reagir quando o governo tenta empurrar goela baixo sem uma transição", diz Renan.

Diante das críticas às reformas, governistas tentam avançar o mais rápido possível com a reforma trabalhista e é possível que seja solicitada urgência na tramitação - o que poderia encurtar o período até que o tema vá ao plenário do Senado. Se isso ocorrer, dizem aliados de Temer, será um item a menos na mesa de negociação com quem desembarcou do governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em reação às incertezas políticas provocadas pelas denúncias contra o presidente Michel Temer, a equipe econômica traçou uma ofensiva para tirar o "carimbo" da crise da reforma da Previdência e das demais medidas econômicas. A avaliação é que há ainda uma base política relevante para dar continuidade à agenda, mesmo que isso signifique atrasar um pouco mais a votação, como já indicou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

A estratégia é manter as negociações para a aprovação das reformas da Previdência e trabalhista, mesmo sem uma definição de qual será o destino de Temer. O secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, por exemplo, disse que a reforma previdenciária vai além das questões de governo.

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A equipe econômica também está correndo para mandar ao Congresso projetos nas áreas de energia e de petróleo e gás, que devem ficar prontos num prazo entre 40 e 60 dias.

Há uma percepção que, se Michel Temer deixar o cargo, o próximo presidente terá o apoio da mesma base política atual e já terá prontas as medidas para serem encaminhadas. "Trabalhamos com o cenário de que Temer é o presidente da República e ele continuará. Mas temos de ir à luta independentemente do cenário político, para dar continuidade à agenda econômica", disse um integrante da equipe econômica.

O que mais preocupa é a reforma da Previdência. O governo tentará votar a proposta na Câmara em junho. Um alerta importante foi dado na segunda-feira pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s, que colocou a nota do Brasil em observação e condicionou um não rebaixamento ao prosseguimento das reformas.

Recomposição

Outro ponto que vem sendo dito aos investidores é que a nova rodada de leilões do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) está marcado para setembro. Assim, ainda há tempo de recompor a base política de tal forma que não atrapalhe a agenda de privatização.

O cronograma de votação da reforma trabalhista foi mantido e a votação está marcada para a próxima semana. Essa movimentação foi considerada um avanço. O governo, no entanto, não conseguiu avançar na votação da MP do novo Refis e do projeto de convalidação dos incentivos fiscais que visa a acabar com a guerra fiscal entre os Estados. A votação dessas medidas é considerada um teste importante.

"Teremos de avaliar como será a votação de medidas importantes, em especial, medidas provisórias, nesta semana e na próxima. Só depois disso, teremos uma ideia da fidelidade da base política do governo", disse fonte da área econômica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As centrais sindicais de Pernambuco iniciaram, nesta quarta-feira (17), a panfletagem da campanha “Se votar, não volta” nas estações de metrô no Recife. De acordo com a Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE) e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que organizam a campanha, a iniciativa tem o objetivo de fazer uma “denúncia” à população pernambucana referente aos deputados federais que, segundo eles, estão “atacando” os direitos da classe trabalhadora. 

Ao todo, serão mais de 35 outdoors colocados no estado e 500 mil panfletos com a foto e o nome dos deputados federais que votaram a favor da reforma trabalhista. O presidente da CUT-PE, Carlos Veras, em entrevista concedida hoje ao LeiaJá, afirmou que o número de peças produzidas podem aumentar muito se for necessário. “Não vai ser essa campanha e passar. Vamos fazer isso durante muito tempo. Vamos manter a população bem lembrada. Não vamos deixar que a aposta deles da memória curta da população pegue. Nós vamos estar o tempo todo alertando sobre quem está acabando com os nossos direitos. O povo será lembrado sobre os traidores”, cravou. 

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O dirigente disse que a campanha era necessária “para que cada um se lembre bem da cara de cada deputado que está traindo os trabalhadores. Já vínhamos alertando que iríamos fazer isso nas mais de 123 audiências que fizemos alertando o povo. Não ache que iria votar lá [o deputado], que a grande mídia iria esconder e que a gente não iria divulgar. Nós estamos cumprindo com aquilo que vínhamos falando”. 

Veras contou que os que “inventarem” de votar a favor da reforma da Previdência também serão alvos da campanha e que haverá atividades todos os meses. “Nós vamos tirar um dia de cada mês para continuar lembrando à população de quem está traindo e de quem traiu os trabalhadores. Vamos fazer material tanto para as redes sociais como material impresso. Vamos ficar lembrando a todo instante. Não vai ser por falta de esforço nem de material e de divulgação por parte das centrais sindicais, da Frente Brasil Popular e da Frente Povo sem Medo, que estão conosco nesta campanha, que a população vai deixar de ficar sabendo e esquecer”, advertiu. 

“Também vamos fazer a mesma coisa com os senadores que votarem a favor da reforma trabalhista, que está tramitando no Senado. Nós vamos fazer um outdoor e panfletos específicos para eles também. É fundamental para esclarecer a população e mantê-la alerta e lembrada de quem está retirando os direitos”, concluiu. 

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), conclamou empresários presentes à cerimônia em que recebeu o prêmio de Pessoa do Ano de 2017, concedido pela Brazilian-American Chamber of Commerce na noite desta terça-feira (16), em Nova York, a pressionarem o Congresso pela aprovação das reformas trabalhista e da Previdência. "Senão a minoria ruidosa vai vencer e isso não é possível", disse o tucano.

Doria voltou a criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "e seus asseclas, que destruíram o Brasil em 13 anos de governo". Para ele, Fernando Henrique Cardoso foi "um presidente de verdade e decente". O prefeito de São Paulo também elogiou a nova gestão da Petrobras, liderada por Pedro Parente há um ano. "Bastou um ano de gestão profissional e eficiente da Petrobras para recuperá-la depois que foi assaltada em R$ 50 bilhões."

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Apesar de abordar questões nacionais em seu discurso, Doria voltou a afirmar que tem como objetivo terminar seu mandato à frente da Prefeitura de São Paulo. "Vou cumprir meu papel, seguir a minha linha e, ao término de quatro anos, dizer que valeu a pena." O prefeito ainda elogiou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que o "ensina valores positivos da política há 37 anos".

Doria afirmou que administrar a maior cidade do País é um desafio "empolgante" e reforçou sua avaliação de que não é um político, mas sim um gestor no Poder Executivo da capital paulista. "Amo muito minha cidade. Amo muito meu País. Não sou político, sou gestor. Não desrespeito os políticos. Mas São Paulo precisava de um gestor. Capaz de dar um choque de eficiência no poder público municipal", disse o tucano, em discurso durante o recebimento

Segundo o prefeito, ele e sua equipe estão transformando São Paulo numa cidade mais global, humana e bonita. "O trabalho não me assusta. Gosto de trabalhar. Ousadia não me falta. Coragem também não", disse. "Assim que assumi, iniciamos um amplo programa de redução de despesas. Dentre outras iniciativas, diminuímos a estrutura burocrática, reduzimos contratos de aluguel, devolvemos automóveis, dispensamos mordomias, economizamos despesas e melhoramos receitas."

Para Doria, "a grande virada" para a gestão da cidade virá do "maior processo de privatização" que será realizado por um município no País. "Autódromo, centro de convenções, serviço funerário, mercados municipais, terminais de ônibus, estádio de futebol, vendas de terrenos e propriedades inúteis." Segundo o prefeito, é esperado que o programa de desestatização arrecade mais de US$ 2,5 bilhões com a venda e concessão desses ativos. Os recursos serão dirigidos a um fundo específico e investidos prioritariamente em saúde, educação, habitação popular, serviços e obras para a cidade.

"Na educação, os desafios são muitos. Melhorar o desempenho das escolas municipais nos testes de avaliação é um dos mais importantes", disse o prefeito. "O mais urgente, porém, é atender 66 mil crianças de 0 a 3 anos que esperam por uma vaga nas creches municipais. Em 12 meses, estarão todas matriculadas."

Para o prefeito, na saúde a urgência imediata era atacar o problema de uma fila de mais de 480 mil pessoas para realizar exames médicos. "Decidimos aproveitar a ociosidade dos técnicos e equipamentos dos hospitais privados em horários de baixa procura. Em três meses, a espera foi eliminada. Tudo isso pagando ao setor privado, valores iguais aos da rede pública."

Doria destacou que tem pressa para melhorar a gestão pública de São Paulo. "A cidade viveu um longo período de letargia. Precisamos acelerar. Em 100 dias, tornamos realidade um projeto que se arrastava por anos. Hoje é possível abrir uma empresa em São Paulo em apenas sete dias. A importância deste feito é tamanha que vai alterar a posição do Brasil no ranking Doing Business do Banco Mundial", apontou o prefeito.

O prefeito também apontou que até o próximo ano será implementado o projeto São Paulo Cidade Digital. "Vamos digitalizar todos os processos da Prefeitura, acabando com o trânsito de papel entre os setores do município", disse. Para Doria, será reduzida a burocracia e será eliminada a necessidade do cidadão se deslocar entre vários órgãos para obter licenças para seus negócios ou solicitar serviços. "Com isso também vamos diminuir a corrupção. E, claro, vamos poupar tempo das pessoas."

De acordo com Doria, a norma no poder público é não confiar no cidadão. "Invertemos essa lógica. Para nós, os cidadãos não são apenas contribuintes, são parceiros."

O prefeito também destacou que um outro movimento que sua administração iniciou no primeiro dia de governo foi o programa São Paulo Cidade Linda. "Realizamos toda semana, numa determinada região da cidade, mais de 30 serviços, como limpeza de ruas e praças, troca de lâmpadas queimadas, melhorias nas calçadas e vias, desentupimento de bueiros e troca de sinalização", disse.

"Eu próprio participo dessas ações, com a mão na massa. Quero com isso dar um exemplo de humildade. O prefeito é um servidor público, mas também quero incentivar os cidadãos a fazerem o mesmo, doar um pouco de seu tempo para o bem da sua comunidade", apontou João Doria.

O prefeito também lembrou que uma vez por semana participa de mutirão de construção e melhoria de calçadas e convida a população para participar a fim de tornar São Paulo uma cidade mais humana. "Isso significa cuidar daqueles que são mais vulneráveis. São Paulo possui enorme população que vive em situação de rua", apontou. "Decidi lançar um ambicioso programa para gerar 20 mil novos empregos para esta população de rua, dando atendimento médico, social e profissionalizante. E ao mesmo tempo dando emprego a quem precisa. Quero uma cidade melhor. Um País melhor."

No primeiro ano da gestão Temer, ontem, não houve comemorações, mas se há algo que merece reconhecimento é a sua capacidade de resistir e sua obsessão pelas reformas. Ao falar das suas realizações, o presidente enfatizou as ações de sua gestão e ressaltou reformas defendidas pelo Governo e que tramitam no Congresso, como a da Previdência e a trabalhista. Sem fazer referência direta à antecessora, Dilma Rousseff, Temer disse que pegou o País com "gastos excessivos" e falta de diálogo entre Executivo e Legislativo.

 

O presidente Temer assumiu, ainda interino, em 12 de maio de 2016, após o Senado aceitar a admissibilidade do processo contra Dilma. No discurso desta sexta, o presidente disse que, inicialmente, devia "colocar o País em ordem". "Era preciso, em primeiro lugar, colocar o País em ordem. Era preciso estabelecer o diálogo, que antes não havia. Aliás, foi dessa ausência de diálogo que decorreu essa dificuldade, no passado, de governar. Faltava entrosamento entre executivo e legislativo. Faltava pacificar o País", afirmou.

"Nós não queremos brasileiros contra brasileiros. Queremos brasileiro com brasileiros. Isso é o que eu quero enfatizar", completou. Segundo ele, os resultados de seu Governo começam a aparecer. “O desemprego, que é a pior herança de uma época de gastos descontrolados, começa a ceder. Não temos dúvidas, e temos verificado várias análises, que otimismo começa a transparecer na fala e no gesto do povo brasileiro”, disse.

O presidente disse ainda que a economia dá sinais de retomar o crescimento e que, na avaliação dele, este segundo ano de mandato resultará em um País "reestruturado e mais feliz". "Esse ano teve saldo positivo, podem acreditar. O Brasil está retomando o caminho do crescimento, agora é seguir em frente. Estou seguro que, ao completar o segundo ano de governo teremos um País reestruturado e mais feliz", afirmou.

O presidente também aproveitou a fala para defender a aprovação das reformas propostas pelo Governo ao Congresso. Ele comemorou ter conseguido fixar um teto para os gastos públicos ainda no ano passado e destacou as mudanças na legislação trabalhista com a aprovação do projeto de terceirização. Ainda seguem em tramitação as reformas trabalhista, no Senado, e a da Previdência, que ainda precisa passar pelo crivo da Câmara.

DILMA BRECOU LULA – Uma das responsáveis pelo marketing da última campanha presidencial do PT, a publicitária Mônica Moura contou à Procuradoria Geral da República (PGR) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve um "estremecimento" com a então presidente Dilma Rousseff, em 2014, porque ele "queria ser o candidato" ao Palácio do Planalto, e a petista "não aceitou". Em um de seus depoimentos do acordo de delação premiada com o Ministério Público, a marqueteira relatou conversas que o sócio e marido dela, o publicitário João Santana, mantinha com Dilma nos meses que antecederam a disputa eleitoral daquele ano.

Tucano fechado com Câmara – Presidente do PSDB, partido que está rompido com o Governo do Estado, o deputado Antônio Moraes contrariou, ontem, a sua legenda ao defender, ardorosamente, a reeleição do governador Paulo Câmara. Em fala no seminário “Pernambuco em ação”, na cidade de Carpina, Moraes disse, de forma enfática, que Câmara merece ser reeleito. “O governador fez o ajuste fiscal, equilibrou as finanças do Estado e tem obras espalhadas em todos os recantos de Pernambuco”, afirmou. Em Palmares, onde o governador terá, hoje, a segunda etapa da Zona da Mata, o líder tucano deve repetir a dosagem.

Transparência nota 10 – Repetindo o êxito de 2015, Serra Talhada alcançou nota dez em transparência pública, segundo a 3ª edição da Escala Brasil Transparente (EBT), divulgada pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU), ontem, em Brasília. Em Pernambuco, além de Serra Talhada apenas Recife e São Vicente Férrer obtiveram nota máxima no ranking. A metodologia da Escala Brasil Transparente avalia o cumprimento da Lei de Acesso à Informação (LAI) nos estados, Distrito Federal e 2.328 municípios brasileiros. “Fazemos da transparência o lema da nossa gestão”, disse o prefeito Luciano Duque (PT).

Sistema Siriji – O presidente da Compesa, Roberto Tavares, diretores e técnicos da companhia visitaram, ontem, as obras da Adutora do Siriji, em Vicência. O empreendimento está sendo executado pelo Ministério da Integração Nacional e vai levar água por meio de uma adutora, com 37 km de extensão, para 107 mil pessoas nas cidades de Surubim, Bom Jardim, Orobó e João Alfredo. Foram investidos R$ 33 milhões na obra, cujo projeto foi elaborado pela Compesa, que também presta apoio técnico na fiscalização dos serviços. Após a conclusão da obra, a companhia será responsável pela operação da adutora.

Foco no turismo – A prefeita de Ipojuca, Célia Sales (PTB), dará apoio total ao Turismo. Ela determinou, em parceria com o trade turístico, que esta área seja uma das prioridades de sua gestão. Os assessores Gledson Pimentel e Mário Pilar já estão com reunião agendada com o presidente da Associação dos hotéis de Porto de Galinhas (AHPG), Marcos Tibúrcio. Vários projetos de incentivo e atração de turismo estão sendo planejados com apoio da iniciativa privada. Desta vez, a novidade será uma estrutura móvel de cobertura transparente que será instalada na rua principal de Porto de Galinhas até a praça das piscinas, que deve permitir a realização de feiras, exposições, festivais culturais, atividades artísticas, apresentação de instrumentistas solo, de teatro e de cinema.

CURTAS

DELAÇÃO – O ex-ministro Antonio Palocci fechou com Adriano Brettas, advogado que já negociou outras colaborações em delação premiada. Procurado, o advogado disse que não vai se manifestar. José Roberto Batochio, advogado que vinha defendendo Palocci até agora, disse que, se Palocci decidir pela delação premiada, deixará a defesa do ex-ministro.

CINGAPURA – A marqueteira Mônica Moura disse, em depoimento à Procuradoria-Geral da República, que a ex-presidente Dilma Rousseff sugeriu que a empresária mudasse o local da conta que ela e João Santana possuíam na Suíça. De acordo com a delatora, Dilma citou Cingapura como um possível lugar para hospedar a conta dos marqueteiros.

 

Perguntar não ofende: É justo e humano Lula jogar a culpa na defunta? 

Com a promessa de “reorganizar” o país, o presidente Michel Temer (PMDB) completa nesta sexta-feira (12) um ano à frente do Palácio do Planalto. O peemedebista assumiu interinamente a gestão em maio de 2016, após o Senado acatar a admissibilidade do processo de impeachment e afastar a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) das atividades presidenciais, e foi nomeado oficialmente ao posto em 31 de agosto. 

Naquele momento, o país passava por uma grande instabilidade na economia e na política, mas mesmo em meio à resistências de um lado e articulações de apoio do outro, durante os últimos doze meses o peemedebista conseguiu levar o seu plano à diante. O que provocou, com uma maioria de medidas impopulares, uma rejeição da atuação dele. Segundo recentes pesquisas do Datafolha o índice atual de reprovação dele é de 61% no país, em Pernambudo o dado ainda é maior, 91%

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Apesar disso, pregando que deseja ser lembrado como “o presidente das grandes reformas” e frisando sempre não ter medo de ser impopular, neste primeiro ano Temer encabeçou como principal linha de atuação as concretização das reformas trabalhista e previdenciária, que agora passam pelo crivo do Congresso Nacional. 

A primeira já foi aprovada na Câmara dos Deputados e tem como “espinha dorsal”, entre as alterações na atual Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a prevalência do acordado sobre o legislado, ou seja, para alguns itens - como a concessão das férias - as negociações entre patrão e empregado vão passar a ter maior prevalência do que a lei. 

Já a reforma da Previdência, por sua vez, está pronta para ser avaliada no Plenário da Câmara e tem exigido um esforço maior do governo para convencer os parlamentares a votarem a favor do matéria. Isto porque as regras propostas por Temer são mais rígidas que as atuais e têm enfrentado uma resistência maior da sociedade, apesar da tese de que há um déficit bilionário nas contas do setor. 

Entre as mudanças, estão o aumento da idade mínima para a aposentadoria, 65 anos para homens e 62 para mulheres, e do tempo de contribuição, 25 anos para 70% de benefício e 40 anos para o valor integral. 

Seguindo a linha das reformas, Temer também tomou para si o protagonismo em mudanças nas regras do Ensino Médio no país e tem organizado propostas para revisar a questão tributária. 

Outras medidas e afagos aos brasileiros

Nos primeiros meses de governo, ainda como interino, o presidente estabeleceu uma nova meta fiscal para 2016 prevendo um déficit de R$ 170,5 bilhões para o ano; conseguiu estabelecer um limite de gastos para a administração pública nos próximos 20 anos e a partir de 2018, os gastos federais só poderão aumentar de acordo com a inflação acumulada conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Medidas impopulares à parte, Michel Temer também fez afagos a população brasileira. Ele conseguiu prorrogar a Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 2023, ampliando de 20% para 30% o percentual pode ser remanejado da receita de todos os impostos e contribuições sociais federais para o gasto do governo. 

Além disso, liberou os saque de contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) inativas até dezembro de 2015. Para, segundo ele, incentivar a retomada do crescimento na economia nacional. Os saques podem chegar a R$ 30 bilhões. 

E no fim de 2016, editou a Medida Provisória 753, que deu um novo fôlego as contas das gestões municipais e estaduais, ao partilhar com os entes os recursos arrecadados com a multa do programa de repatriação. De acordo com a Receita Federal, foram regularizados aproximadamente R$ 170 bilhões que estavam no exterior, e não eram declarados. Com a entrada desse valor no País, o governo arrecadou R$ 46,8 bilhões, dos quais R$ 23,4 bilhões de Imposto de Renda e R$ 23,4 bilhões de multa. 

Gafes e discursos machistas

Apesar da boa retórica, o ano do presidente Michel Temer também foi marcado por gafes em posicionamentos diante de situações delicadas no país e discursos dotados de machismo. Um dos casos que chamou a atenção de todo o país foi a postura dele diante do massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, que deixou 56 presos mortos. O presidente se manifestou após cinco dias do incidente e classificou a rebelião como um “acidente pavoroso”. 

No quesito participação feminina na sociedade, ao discursar em uma cerimônia que comemorava o Dia Internacional das Mulheres, em março, Temer disse que a mulher era importante para a economia brasileira. Na ocasião, ele justificou o argumento explicando que ninguém melhor do que ela para detectar variação de preços no supermercado. 

Já em entrevista recente ao apresentador Ratinho, do SBT, Temer afirmou que a solução para a crise no país era 'o governo ter marido'. 

O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, tenta ganhar tempo e voltar a se fortalecer dentro da bancada. Uma das estratégias foi a mudança do tom adotado em torno das reformas propostas pelo governo de Michel Temer.

Um dia após elogiar o presidente pela ideia de colocar os "excessos" da reforma trabalhista numa futura medida provisória, o peemedebista dedicou parte da agenda para receber no gabinete representantes de sindicatos contrários ao projeto. Na saída de um desses encontros, Renan defendeu: "Vamos trabalhar para que não seja necessária a edição de MP". Sem uma nova medida provisória, poderia haver mudanças no projeto e aprová-lo com base em negociações com vários setores atingidos pela reforma.

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Uma alteração na proposta acarretará, porém, o retorno do texto para a Câmara, possibilidade que a cúpula do governo tem trabalhado para evitar. Além de articular por mudanças na proposta, o que adiará a conclusão da votação, Renan ainda resiste à criação de um requerimento de urgência, que poderá dar celeridade na tramitação da proposta no Senado.

A ideia das principais lideranças da base aliada é aprovar a urgência após as audiências públicas das comissões temáticas, previstas para se encerrarem na próxima quarta-feira. Questionado pela reportagem sobre como se posicionaria a respeito da urgência, Renan riu e evitou comentar.

O cuidado com as declarações também foi notado em jantar com integrantes da bancada do PMDB do Senado, promovido pela senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), na terça-feira (9).

Surpresa

O recuo de Renan no enfrentamento público com o Palácio do Planalto ocorre uma semana após circular dentro da bancada do partido a coleta de assinaturas para destitui-lo da liderança.

Alçado por unanimidade para o comando da legenda no Senado, o alagoano foi pego de surpresa e não contava com a possibilidade de ser questionado internamente por parte dos peemedebistas. As articulações pela sua saída cresceram na mesma proporção dos ataques realizados por ele contra as reformas do governo e contra integrantes do Palácio do Planalto.

Numa contraofensiva aos "opositores", Renan pediu ao senador Eduardo Braga (PMDB-AM) para também realizar consultas. No levantamento ficou constatado que pelo menos 12 dos 22 integrantes da bancada estavam ao lado do alagoano. Observador das movimentações dentro da bancada do PMDB do Senado, Temer, que tem evitado o confronto público com Renan, recebeu de Braga a sondagem feita entre os peemedebistas, em reunião realizada na semana passada.

‘Sedução’

Na véspera do encontro, Renan conhecedor do potencial de sedução da máquina do governo e da possibilidade de traições, convidou integrantes do grupo opositor para uma reunião em seu gabinete para tentar acertar os ponteiros.

Segundo relatos, o encontro foi tenso e com direitos a gritos e palavras de ordem por parte dos descontentes. A maior parte das queixas é a de que Renan, se colocando como opositor ao governo Temer, não poderia falar pelo PMDB, mas apenas por ele mesmo.

Depois da reunião, Renan reformulou a estratégia para ganhar tempo dando declarações ambíguas - ora com elogios ao governo ora demonstrando que não mudou de posição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo brasileiro declara na ONU que a atual crise econômica no País "impõe sacrifícios" no curto prazo. Mas que o plano econômico e reformas vão gerar um "crescimento mais robusto no futuro". A declaração é de Luislinda Valois, ministra de Direitos Humanos do Brasil, e que nesta sexta-feira (5) participa do exame que o órgão das Nações Unidas faz sobre a política de direitos humanos no País.

Os relatores da entidade, antes do início da sabatina, criticaram as reformas no Brasil, alertando que o congelamento de gastos públicos é "incompatível" aos compromissos internacionais do País.

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Ao debater a situação nacional, porém, o governo saiu em defesa de sua orientação política. "O Brasil atravessa um momento que impõe sacrifícios no curto prazo", disse a ministra, diante dos governos. "Mas que irá garantir um crescimento com robustez no futuro. Precisamos de grandes reformas vitais para restaurar a credibilidade para ter um estado eficiente", afirmou, apontando ainda para o impacto que essas reformas teriam para atrair investimentos, criando empregos.

Para ela, "responsabilidade social e fiscal se somam" e é preciso haver "um cuidado com a coisa pública". "Diante da gravidade da crise que nos foi legada, queremos equilibrar as contas públicas, preservando programas sociais", insistiu.

Segundo o governo, serão essas reformas que irão levar a um ciclo vicioso e, caso elas não sejam realizadas, o País seria levado a um "desemprego crônico" e que minaria a capacidade de financiar programas sociais.

A ministra também apontou para a reforma da Previdência como uma medida para garantir sua "sustentabilidade de longo prazo". Ela insistiu que o projeto apresentado pelo governo de Michel Temer "respeita os direitos adquiridos". Mas alertou que o País precisa "modernizar suas leis".

Sem violar "direitos sagrados", a chefe da pasta aponta: "precisamos de regras mais ajustadas à economia contemporânea".

No total, 109 governos se inscreveram para cobrar respostas do Brasil, o que deve ocorrer durante esta sexta-feira. Mas o Broadcast apurou que países avaliam a possibilidade de usar o exame com fins políticos e levantar o debate sobre a corrupção. Outro tema será o impacto dos cortes de orçamentos nos programas sociais, também denunciado por relatores da ONU.

Países membros das Nações Unidas são obrigados a passar por uma Revisão Periódica Universal, um mecanismo criado nas Nações Unidas para examinar todos os aspectos de direitos nos países de forma regular. Para se preparar para o questionamento, a entidade elaborou um raio-x completo sobre a situação brasileira nesse período desde o último exame do País, em 2012. Nele, a entidade revela profundas violações de direitos humanos, regressão em assuntos como terras indígenas e a incapacidade em reduzir a violência policial e as crises nas prisões.

Líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE) acusou os deputados federais da base governista de venderem os seus votos e se posicionarem a favor do texto da reforma da Previdência após, o que ele chamou, de uma “negociata escandalosa” de verbas, emendas e cargos com o governo de Michel Temer (PMDB). 

“Os que não quiseram vender os seus votos estão sendo punidos com a exoneração de aliados e bloqueio de emendas parlamentares. O Palácio do Planalto transformou o Congresso Nacional num banco de feira, onde os direitos dos brasileiros são trocados por vantagens oferecidas a deputados”, afirmou Humberto, nesta quinta-feira (4). 

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O texto-base da proposta que atualiza as regras previdenciárias foi aprovado, nessa quarta (3), na comissão especial por 23 votos a 14. Já os destaques devem ser apreciados na próxima terça (9).

O resultado, segundo Humberto Costa, também “é enganoso”, porque vários parlamentares foram substituídos para que a matéria passasse na comissão especial. “Os outros foram convencidos a mudar de posição, sendo que muitos foram ‘corajosos’ em vender os seus votos. Isso porque, nesses tempos atuais, praticar explicitamente a venda de votos e se submeter à pressão do governo são fatos que precisam de muita coragem”, disparou. 

Na avaliação do líder, o governo não conseguirá os 308 votos necessários no Plenário da Câmara para aprovar a matéria. “A reforma é injusta e tem único objetivo de jogar nas costas dos mais pobres o déficit histórico da Previdência. Quem ganha um salário mínimo e recebe benefícios assistenciais não tem responsabilidade sobre isso”, declarou. 

O senador reiterou que é necessário pressão popular para evitar que o Congresso “trucide” os direitos dos brasileiros. "A proposta cria uma série de obstáculos aos brasileiros para se aposentarem. A população trabalhará mais para receber menos. Não podemos admitir isso”, salientou.

Poucos dias depois da greve geral que parou o Brasil contra as reformas trabalhista e previdenciária, o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), afirmou, nesta terça-feira (2), ao comentar uma pesquisa sobre a economia no país que “as reformas estão aquecendo a esperança dos brasileiros com a economia”.

O democrata disse que as reformas propostas pelo governo Temer deixam para trás os “desequilíbrios gerados nas contas públicas pelo governo anterior, que gerou milhões de desempregados”.

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Ao repercutir a pesquisa publicada pelo Datafolha, o ministro destacou a informação de que os brasileiros acreditam na melhora da economia do país. “Os brasileiros estão mais otimistas com a economia. Pesquisa publicada pelo Datafolha revelou que 31% dos brasileiros acham que as coisas vão piorar. Na pesquisa anterior, eram 41%. E 45% acham que sua vida pessoal vai melhorar economicamente. Eram 37%”, contou. 

Nessa segunda (1º), ao parabenizar os trabalhadores, Mendonça Filho chegou a dizer que a união entre todos é importante para o Brasil e que é necessário o respeito ao próximo. “A chave para mudar o Brasil é trabalharmos juntos na construção do país que sonhamos. Com ordem, respeito ao próximo, combatendo as desigualdades e investindo, muito, na educação”, declarou. 

Em meados de abril, ao participar de um evento no Recife, o ministro foi deparado com um grupo de manifestantes. No momento do episódio, ele elevou a voz e afirmou que não tinha medo de grito. Ainda enfatizou que sua atitude sempre foi republicana e de fazer o bem sem olhar a quem. “Nós não vamos transformar o Brasil numa Venezuela não, muito pelo contrário. Então, eu quero que fique claro a minha alegria e satisfação de continuar a trabalhar por Pernambuco e pelo Brasil. Continuem gritando, que eu vou continuar trabalhando”, ironizou na ocasião. 

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