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O Governo Federal assinou no fim da manhã desta terça-feira (19), juntamente com representantes de sindicatos e empresas do ramo de serviço, dois termos de compromisso voltados à promoção do "trabalho decente" e ao aperfeiçoamento das condições de trabalho no setor de turismo e hospitalidade durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio-2016. A iniciativa é semelhante à adotada há dois anos, às vésperas da Copa do Mundo do Brasil.

A adesão ao compromisso é voluntária, mas o governo espera contar com a participação de um grande número de hotéis e restaurantes do Rio e das cidades-sede do futebol. "(Os termos tratam) do cumprimento integral das relações de trabalho, informação a todas as empresas dessas normas e condutas, informação aos usuários de hotéis, turistas e restaurantes de tudo aquilo que deve ser evitado, deve ser condenado - o turismo sexual, o abuso do trabalho infantil, o desrespeito às condições de trabalho", explicou Miguel Rossetto (PT), ministro do Trabalho e Previdência Social, logo após solenidade realizada no Rio de Janeiro.

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"Queremos criar um grande ambiente de responsabilidades positivas, para transformarmos a Olimpíada numa referência de relações de trabalho positivas. São esses trabalhadores que vão assegurar a realização desse espetáculo extraordinário", comentou o ministro. Pelos cálculos do governo, pelo menos 120 mil pessoas deverão trabalhar em função dos Jogos Olímpicos.

Questionado sobre a situação de trabalho dos voluntários - serão 50 mil distribuídos entre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, que receberão apenas transporte, alimentação e uniforme, além de um curso de inglês -, Rossetto defendeu o programa. "Os voluntários são uma solução positiva, que integram esse esforço de receber bem os milhares e milhares de cidadãos do mundo inteiro que estarão por aqui."

O técnico Mike Krzyzewski, o Coach K, deverá contar com os melhores jogadores dos Estados Unidos para formar mais um 'Dream Team' nos Jogos Olímpicos do Rio. O treinador da seleção norte-americana masculina de basquete anunciou sua pré-convocação de 30 nomes nesta segunda-feira e listou todos os melhores atletas disponíveis. Entre os que ficam de fora, destaque para Kobe Bryant, que se aposenta ao fim da temporada e voltou atrás na decisão de defender o país no Rio, e Tim Duncan, que já se despediu da seleção. Mas, dos 30, só 12 vão para a Olimpíada.

Ainda que só se reúna para jogar duas vezes por ciclo olímpico (para o Mundial e para a Olimpíada), a seleção norte-americana tem um elenco fixo. Na única convocação desde o título mundial de 2013, o Coach K chamou oito novatos para um camping de três dias de treinos em Las Vegas. Desses, só Jimmy Butler (Chicago Bulls), Draymond Green (Golden State Warriors), Harrison Barnes (Golden State Warriors), Mike Conley (Memphis Grizzlies) e DeAndre Jordan (Los Angeles Clippers) seguem no grupo.

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O atual campeão, o Golden State Warriors, tem um time inteiro entre os convocados: Barnes, Green, Stephen Curry, Andre Iguodala e Klay Thompson. Do Oklahoma City Thunder vêm Kevin Durant e Russell Westbrook. Do Cleveland Cavaliers, Kyrie Irving, Kevin Love e LeBron James.

"Esse processo de seleção foi difícil desde o início e obviamente vai se tornando mais difícil até que nos olharmos para definirmos os 12 convocados", comentou o Coach K. "Estou entusiasmado com as possibilidades que esse time tem. Temos muitos jogadores que já ganharam medalhas de ouro em Olimpíadas e em Mundiais."

Krzyzewski, técnico da Universidade de Duke, assumiu a seleção dos EUA em 2006 e, naquele ano, foi derrotado na semifinal do Mundial pela Grécia. Desde então, passou a reunir os melhores do país no Dream Team e nunca mais perdeu. São 52 vitórias em jogos oficiais, 75 no total. Sob o comando dele, os EUA ganharam o Mundial em 2010 e 2014, a Olimpíada em 2008 e 2012, e a Copa América de 2007, uma vez que foi necessário jogar o torneio para obter vaga em Pequim.

Por isso, ver os melhores do mundo na seleção dos EUA passou a ser algo regular. Carmelo Anthony e LeBron James vão em busca do quarto ouro olímpico de cada um. Só eles e David Robinson jogaram três Olimpíadas pelo país, feito que Chris Paul também busca no Rio.

Do time que jogou em Londres, ficam de fora Tyson Chandler, Deron Williams e Kobe Bryant. Todos os demais nove campeões seguem no time. Já da equipe que ganhou o Mundial de 2014, não estão na convocação Derrick Rose e Mason Plumlee. Só LaMarcus Aldridge e Jimmy Butler nunca defenderam os EUA.

Quase todos os melhores jogadores da temporada na NBA nas estatísticas estão entre os convocados. As exceções são Rajon Rondo, líder de assistências, e Ricky Rubio, líder em roubos de bola, que é espanhol.

CONFIRA A CONVOCAÇÃO COMPLETA:

Armadores: Mike Conley (Memphis Grizzlies), Stephen Curry (Golden State Warriors), Kyrie Irving (Cleveland Cavaliers), Chris Paul (Los Angeles Clippers), John Wall (Washington Wizards), Russell Westbrook (Oklahoma City Thunder).

Alas-armadores: Bradley Beal (Washington Wizards), Jimmy Butler (Chicago Bulls), DeMar DeRozan (Toronto Raptors), James Harden (Houston Rockets), Klay Thompson (Golden State Warriors).

Alas: Carmelo Anthony (New York Knicks), LeBron James (Cleveland Cavaliers), Harrison Barnes (Golden State Warriors), Kevin Durant (Oklahoma City Thunder), Rudy Gay (Sacramento Kings), Paul George (Indiana Pacers), Gordon Hayward (Utah Jazz), Andre Iguodala (Golden State Warriors), Kawhi Leonard (San Antonio Spurs).

Alas-pivôs: LaMarcus Aldridge (San Antonio Spurs), Anthony Davis (New Orleans Pelicans), Kenneth Faried (Denver Nuggets), Draymond Green (Golden State Warriors), Blake Griffin (Los Angeles Clippers), Kevin Love (Cleveland Cavaliers).

Pivôs: DeMarcus Cousins (Sacramento Kings), Andre Drummond (Detroit Pistons), Dwight Howard (Houston Rockets), DeAndre Jordan (Los Angeles Clippers).

Com a expectativa de receber 350 mil turistas estrangeiros, a maior parte deles no Rio de Janeiro, o governo federal já trabalha para evitar que o sistema aéreo brasileiro enfrente problemas durante os Jogos Olímpicos de 2016. De acordo com planejamento elaborado pela Secretaria de Aviação da Presidência da República, 39 aeroportos do País terão operação especial no período dos Jogos.

Além dos que contam com terminais de passageiros, os aeroportos que deverão ter preparação especial incluem os de menor porte. Eles estão localizados no Rio de Janeiro, nas cidades-sede do futebol ou a até 200 quilômetros de distância delas. Segundo o governo, a coordenação não afetará os horários dos voos comerciais regulares, que continuarão tendo prioridade.

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Na avaliação da Secretaria de Aviação, os aeroportos deverão registrar pelo menos quatro picos de movimentação durante a Olimpíada e a Paralimpíada. O principal deles deve ser em 22 de agosto, um dia após o encerramento dos Jogos, quando 95 mil embarques estão previstos. Na abertura, em 5 de agosto, a previsão é de 90 mil desembarques. Nos Jogos Paralímpicos, o pico deverá ser de 45 mil desembarques no dia da abertura (7 de setembro) e 40 mil embarques em 19 de setembro.

Os números foram divulgados nesta segunda-feira, data que marca os 200 dias para início dos Jogos do Rio-2016. "A execução do planejamento do setor começou há mais de 100 dias, orientada por um manual que rege as operações durante os Jogos. Agora, nosso objetivo é fazer os ajustes necessários para solucionar possíveis demandas complementares e desafios do setor como um todo", informou Thiago Meirelles, coordenador do Comitê Técnico de Operações Especiais (CTOE), por meio de nota.

Além do embarque e desembarque de turistas, a chegada de atletas e equipamentos também é estudada. A Secretaria de Aviação selecionou sete eventos-teste para avaliar o funcionamento dos aeroportos: remo (realizado em agosto), bocha (novembro), saltos ornamentais (19 a 24 de fevereiro), rúgbi em cadeira de rodas (26 a 29 de fevereiro), pentatlo moderno (10 a 14 de março), tiro esportivo (14 a 25 de abril) e ginástica (16 a 24 de abril).

Com apenas 18 anos, Katie Ledecky já tem um currículo esportivo de dar inveja a muito veterano. Sensação norte-americana das piscinas, ela tem tudo para ser o grande nome da natação nos Jogos Olímpicos. "Sem dúvida ela tem tudo o que precisa para ser o nome da natação nos Jogos do Rio. Com certeza vou parar para assistir suas provas", avisou o brasileiro Bruno Fratus, especialista nas provas rápidas da natação e que já tem índice olímpico.

Morando nos Estados Unidos, onde treina, ele vê de perto o quanto Ledecky é boa. O atleta do Clube Pinheiros sabe que as façanhas da atleta estão apenas no início. A primeira da menina que começou a nadar com 6 anos, perto de casa, foi conquistar a medalha olímpica nos Jogos de Londres, em 2012, quando tinha apenas 15 anos. Na ocasião, assombrou o mundo com o lugar mais alto do pódio e com o tempo de 8min14s63 nos 800 metros livre, a segunda melhor marca da história.

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Se o tempo era ótimo na época, foi sendo diminuído por Ledecky em 2013 e 2014, com novos recordes mundiais, e pulverizado recentemente no Mundial de Esportes Aquáticos de Kazan, no ano passado, quando ela marcou 8min07s39, baixando quase quatro segundos do seu melhor tempo. Na prova dos 800 metros livre, a norte-americana é tão boa que não perde uma disputa desde que tinha 13 anos.

"Katie Ledecky é um daqueles fenômenos que aparecem uma vez a cada geração. Assim como Melissa (Missy) Franklin, Michael Phelps, Ryan Lochte e Matt Biondi, entre outros, ela é o reflexo da potência que os Estados Unidos são nesse esporte e da capacidade que o país tem em produzir fenômenos aquáticos", apontou Bruno Fratus.

Depois da Olimpíada, Ledecky continuou evoluindo e conquistou quatro ouros no Mundial de Barcelona. Só que dois anos depois, em Kazan, ganhou cinco ouros, se tornando a primeira mulher a ganhar quatro medalhas individuais no Mundial de Esportes Aquáticos e a primeira, entre homens e mulheres, a vencer todas as provas no nado livre de 200 metros em diante. "Nem nos meus melhores sonhos eu imaginei que pudesse conseguir isso", disse.

Ela percorreu no total 6.150 metros na piscina e saiu da competição super premiada e candidata a ocupar o posto de Michael Phelps, maior medalhista olímpico da história. O nadador norte-americano reconhece o talento da amiga e não se cansa de elogiar o desempenho de Ledecky.

No ano passado, em uma competição em Mesa, no Arizona, os dois marcaram, coincidentemente, o mesmo tempo nas eliminatórias dos 400 metros livre: 4min02s67. Durante a entrevista, Phelps brincou com a amiga e perguntou se ela aceitaria um tira-teima para ver que era o melhor na disputa. "Assistir a ela nadando e memorável", afirmou.

Claro que tudo não passou de uma brincadeira entre amigos, mas é certo que Ledecky consegue nadar mais rápido que muitos homens. Para se ter uma ideia, os tempos dela nos 400 metros e nos 1.500 metros livre são bons o suficiente para garanti-la na seletiva olímpica entre os homens.

"É natural vermos, de tempos em tempos, atletas mais jovens evoluindo e trazendo resultados inimagináveis até para atletas mais experientes, mas de fato pode-se dizer que ela está algumas gerações à frente das adversárias. Ela é fora de série e em vários países, a maioria diga-se de passagem, ela competiria facilmente de igual para igual com os homens", comentou Fratus.

Uma das habilidades da nadadora é conseguir fazer tempos negativos em longas distâncias, ou seja, mesmo cansada por já ter nadado boa parte da prova, ela consegue muitas vezes fazer parciais melhores no final da disputa. O grande segredo está nas batidas de suas pernas, que imprimem uma velocidade grande à atleta.

O treinamento com o técnico Bruce Gemmell é pesado. Ela nada 8.000 metros a cada duas horas e meia de prática e geralmente faz de oito a nove treinos por semana. Por causa da determinação da garota, o treinador conseguiu fazer com que ela transformasse os 400 metros livre em uma prova de velocidade na natação.

A expectativa é que ela dispute sete eventos na Olimpíada do Rio, com chance de ouro em todas as provas. No momento que ela subir no bloco de partida do estádio Aquático e der três palmas rápidas, com sempre faz antes das largadas, todos os olhos dos torcedores estarão nela.

O torcedor brasileiro que sonhava em ver o último ato da carreira de Kobe Bryant na Olimpíada deste ano, foi frustrado pelo astro. Aos 37 anos, o ala do Los Angeles Lakers mudou de ideia e descartou qualquer possibilidade de defender as cores dos Estados Unidos nos Jogos do Rio.

No ano passado, Kobe afirmou em duas oportunidades que se sentiria "honrado" se pudesse se despedir da carreira profissional na Olimpíada. Talvez pelas más atuações em sua última temporada na NBA, no entanto, o astro mudou de ideia e explicou o motivo da desistência: "Meu momento já passou".

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Kobe Bryant está disputando sua 20.ª e última temporada na carreira. Um dos maiores astros do basquete em todos os tempos, ele conquistou cinco títulos da NBA, foi uma vez MVP (jogador mais valioso) da temporada e 17 vezes escolhido para o All-Star Game da liga. Em 2015/2016, no entanto, a idade e os problemas físicos estão impedindo que ele tenha uma sequência de boas atuações.

"Desde que anunciei minha aposentadoria, pude admirar meus colegas com outra visão. Aceito a realidade de que eles são o futuro deste esporte. Eles são os que merecem estar no Rio. Eles são os jogadores que a gente deve admirar e apoiar. Eles são os jogadores que devem mostrar aos fãs o rumo deste esporte", declarou.

Kobe atuou em 34 das 42 partidas do Lakers nesta temporada e vem tendo médias bem mais modestas do que no resto da carreira, com 16,7 pontos por jogo, além de um aproveitamento de somente 34,6% dos arremessos.

O ala explicou que já havia tomado a decisão de desistir da Olimpíada e que a comunicou a alguns atletas, como Leandrinho. Kobe revelou que em um duelo com o Golden State Warriors, foi cumprimentar o brasileiro, que respondeu: "Te vejo no Rio". "Eu, então, voltei e falei para ele: 'Nããããão'", contou, aos risos.

Dono de dois ouros olímpicos, em Pequim-2008 e Londres-2012, Kobe prometeu ficar na torcida pelos Estados Unidos e ajudar o técnico Mike Krzyzewski como puder, apenas não como jogador. "Se ele quiser que eu vá falar com os caras, eu vou, mas é isso. Por mais que fosse bonito atuar de novo pelo meu país, quando digo que será meu último jogo, será meu último jogo."

Medalhista de bronze no Mundial Feminino de Boxe de 2014, Clélia Costa está fora dos Jogos Olímpicos do Rio. A boxeadora paulistana, que havia sido suspensa por seis meses por doping em julgamento em dezembro do ano passado, voltou ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do Boxe na noite de segunda-feira (11) e, desta vez, foi afastada por dois anos. Agora, ela só pode recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça, que não costuma ser benevolente com doping.

Clélia foi flagrada pelo diurético furosemida, usualmente utilizado para mascarar substâncias dopantes, num exame surpresa. Inicialmente, levou seis meses de suspensão, em punição considerada branda tanto pela Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe) quanto pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), que promoveu o teste e queria quatro anos de punição à boxeadora.

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Como a coleta foi realizada em 19 de setembro do ano passado, a boxeadora fica oficialmente suspensa até a mesma data de 2017. De acordo com Mauro Silva, presidente da CBBoxe, Clélia culpou a namorada pelo doping. "Ela explicou que a namorada dela que acabou colocando (o diurético) em uma bebida para ela tomar. Ela admite dessa forma", conta.

Clélia já havia sido estranhamente retirada do Pré-Pan, evento classificatório para os Jogos Pan-Americanos, em junho. A versão oficial é que ela sentiu-se mal pouco antes da estreia e decidiu não lutar. Se subisse ao ringue e vencesse o combate, conquistaria vaga para o Pan.

Pelo modelo de seleção permanente, a CBBoxe só tem mais uma atleta para lutar na mesma categoria de peso: a também paulista Graziele Jesus. Erica Mattos, que defendeu o Brasil em Londres-2012 e se afastou do esporte para ter um filho com Robson Conceição, estava em vias de ser convocada para voltar à seleção.

A seleção brasileira feminina de futebol já tem compromisso até o carnaval. A equipe convocada pelo técnico Vadão se apresentou nesta segunda-feira na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), e iniciou a preparação para a temporada 2016. Em busca de uma medalha olímpica, a equipe deverá ficar reunida por boa parte do primeiro semestre.

Pelo que explicou a CBF, a primeira semana será de exames médicos e físicos. Só na semana que vem é que serão iniciados os treinamentos com bola. A delegação ficará concentrada na Granja Comary até 6 de fevereiro, sábado de carnaval.

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Em março, a equipe, que venceu o quadrangular amistoso disputado em Natal em dezembro, vai jogar a tradicional Copa Algarve, em Portugal. Oito dos melhores times do mundo estarão no torneio, que serve como preparação para a Olimpíada.

Após a Copa Algarve, as jogadoras da seleção permanente serão distribuídas, por meio de draft, aos oito times que seguirem vivos no Campeonato Brasileiro. A competição acaba em 25 de maio, a partir de quando elas deverão retornar ao comando do técnico Vadão. A Olimpíada será em agosto.

O ano olímpico da vela começa neste domingo, no Rio, com a disputa dos Campeonatos Brasileiros das classes Laser (masculina) e Laser Radial (feminina no programa olímpico). A competição, realizada no Iate Clube do Rio de Janeiro, na Baía de Guanabara, reúne alguns dos principais nomes da modalidade no mundo.

Na vela, as regatas dos campeonatos nacionais e regionais são abertos a atletas de qualquer nacionalidade. Isso tem sido visto com regularidade no Rio. Cada vez que a Baía de Guanabara recebe uma competição de vela, diversos estrangeiros aproveitam para se acostumar a velejar na raia olímpica.

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No Brasileiro de Laser estão o holandês Roelof Bouwmeester, o irlandês Roger O'Gorman, o guatemalteco Juan Ignacio Maegli Aguero (campeão do Pan de Toronto), o britânico Elliot Hanson, o grego Andreas Reinisch Perdicaris e o argentino Agustin Vidal Incatasciato, além do britânico Nick Thompson, atual campeão mundial.

A competição atraiu até Robert Scheidt, que não disputava a competição desde 2013 e tem residência na Itália. No ano passado, sem a presença de Scheidt, que será o representante brasileiro na Olimpíada, Bruno Fontes venceu uma competição que contou com 13 estrangeiros.

Vice-campeão mundial adulto em 2014, Marcus Vinicius D'Almeida alcançou o status de candidato à medalha nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Para poder possibilitar ao arqueiro brigar de igual com igual com os melhores do mundo, o Governo Federal autorizou o repasse de R$ 642,5 mil à Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTArco) apenas para a preparação do carioca.

O valor não contempla o pagamento de bolsa para Marcus Vinicius, que recebe R$ 15 mil por mês do Governo Federal por meio da Bolsa Pódio. Pelo convênio, o Ministério do Esporte vai colocar à disposição do arqueiro um médico (R$ 6 mil, por quatro horas semanais), uma psicóloga (R$ 3,5 mil, por oito horas semanais), um auxiliar técnico, um fisioterapeuta e um preparador físico. Além disso, vai pagar os salários da técnica Dirma Miranda, ex-atleta, que descobriu Marcus Vinicius em Maricá (RJ). Ela receberá R$ 10 mil por mês.

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O convênio ainda contempla a aquisição de material esportivo, apesar de a CBTArco ser patrocinada pela mesma empresa que da qual irá comprar os equipamentos. Só em materiais para o arqueiro o governo vai investir R$ 22 mil.

Além disso, o Ministério do Esporte assinou outro convênio com a CBTArco para "preparação de atletas para a Olimpíada". Ao custo de R$ 2,1 milhões, o governo vai pagar para 16 arqueiros competirem no exterior, entre eles Marcus Vinicius. Só seis, entretanto, estarão no Rio-2016.

Após uma temporada irregular em 2015, Marcus Vinicius é o 14.º colocado do ranking mundial do tiro com arco. No ano passado, ele foi campeão mundial cadete (até 18 anos) e medalhista de bronze por equipes no Pan. Em competições adultas, ficou em nono em duas etapas da Copa do Mundo e em sétimo no Mundial.

O ano de 2016 começou com derrota para o esporte olímpico brasileiro. Na noite de segunda-feira (5), a seleção masculina de polo aquático estreou no chamado Torneio Quatro Nações e perdeu para a Croácia, campeã olímpica, por 12 a 8, em jogo realizado em Dubrovnik, casa do rival. Nesta terça, o Brasil faz mais dois jogos, contra Alemanha e Montenegro.

Como o torneio é amistoso, a seleção brasileira contou com a participação do goleiro sérvio Slobodan Soro, medalhista olímpico pela Sérvia, que foi naturalizado pelo governo brasileiro para jogar a Olimpíada. O veterano, entretanto, ainda não tem autorização para participar de partidas oficiais e corre o risco de não jogar o Rio-2016.

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Outro jogador naturalizado pelo governo, o croata Josip Vrlic foi o artilheiro do Brasil no jogo, com três gols. Felipe Perrone, considerado o melhor do mundo na atualidade, não jogou. Ele está no Brasil para resolver "problemas particulares".

Em junho, uma vitória sobre a Croácia por 17 a 10, na primeira rodada da Superfinal da Liga Mundial, foi considerada o maior resultado da história do polo aquático brasileiro. A seleção acabou ganhando o bronze neste torneio e o técnico Radko Rudic foi escolhido pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) o treinador do ano no País em 2015.

Como todos os jogadores da seleção brasileira jogam na Europa, o calendário da seleção é "europeu". Os atletas tiveram curto recesso de fim de ano e viajaram dia 26 de dezembro para um camping de treinamento na Croácia, que se encerra com este torneio. Na sequência, o Brasil vai à Sérvia para treinar e jogar.

O Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia da temporada 2015/2016 será mais curto do que o anterior. E isso é uma boa notícia para a modalidade no País. A pedidos dos atletas e de um canal de TV, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) transformou três etapas do circuito nacional em eventos do Circuito Mundial.

As etapas de Maceió (23 a 28 de fevereiro), Vitória (15 a 20 de março) e Fortaleza (26 de abril a 1.º de maio) constam no calendário internacional como sendo da série Open, a que distribui menor premiação financeira e em pontos no ranking mundial. Mesmo assim, devem ter nível técnico elevado na comparação com o Circuito Brasileiro.

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"A gente sentou com os nossos atletas, com a liderança do Emanuel, e optamos por transformar eventos nossos nacionais em internacionais. Sentamos com a FIVB, com a televisão e vamos ter finais não Brasil contra Brasil, mas Brasil contra alguém ou duas equipes internacionais", contou Ricardo Trade, CEO da confederação.

De acordo com a CBV, a entidade tentou encaixar os eventos internacionais dentro do planejamento financeiro que já existia para o Circuito Brasileiro. "São transformações para eventos que são mais motivantes, não só para os jogadores, mas também para a TV", explicou Trade.

Além dessas três etapas da série Open, o Brasil também vai organizar um Grand Slam, como ocorre tradicionalmente. O torneio será no Rio, de 8 a 13 de março. Assim, as quatro duplas brasileiras já convocadas para o Rio-2016 terão oito eventos no Brasil para jogar só até maio, quando ocorre o Super Praia, torneio que fecha o calendário da temporada nacional 2015/2016.

Após o recesso de fim de ano, o vôlei de praia nacional volta na última semana de janeiro, em Niterói (RJ). Passa por Natal de 17 a 20 de fevereiro e, em seguida, vai a Maceió. Em março há o Grand Slam do Rio e o Open de Vitória, enquanto que em abril Fortaleza recebe o Circuito Brasileiro e, na cola, o Open.

Aí os atletas terão duas semanas de treinos antes do início da parte mais intensa do Circuito Mundial, com seis torneios de nível Grand Slam ou Major antes da Olimpíada, entre a última semana de maio e o fim de julho.

Mais curtas que o usual por conta dos Jogos Olímpicos do Rio, a Liga Mundial e o Grand Prix de Vôlei terão apenas uma fase no Brasil em 2016. E tanto a competição masculina quanto a feminina passarão, no País, apenas pelo Maracanãzinho. A ideia da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e do Comitê Organizador dos Jogos é que os torneios sirvam como teste do ginásio, ainda que não caracterizado como "evento-teste".

"Queríamos atender os dois técnicos e foi por isso que conversamos com o Rio-2016 para jogar no Maracanãzinho. É importante porque facilita nossa organização e para testar algumas coisas, como placar, que já vai ser novo, e os voluntários. É juntar a fome com a vontade de comer e dar aos jogadores a chance de jogar mais uma vez no Rio antes da Olimpíada", explica Ricardo Trade, CEO da confederação.

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A Liga Mundial e o Grand Prix terão formatos muito parecidos em 2016, com cada time realizando nove jogos, em três sedes diferentes, em três finais de semana, durante a fase de classificação. Nas duas competições a primeira parada da seleção brasileira será no Rio, com o time feminino jogando em 9, 10 e 12 de junho e o masculino exatamente uma semana depois.

De acordo com a CBV, a decisão de escolher o Rio como sede brasileira dos dois torneios não tem a ver com economia financeira. O Comitê Rio-2016 não irá colaborar com o orçamento e todos os custos serão arcados pela CBV.

"Já estava no nosso orçamento. Eu faria em outra cidade ou aqui. Optamos por fazer aqui (Rio) porque para os nossos técnicos vai ser bom. Conversei com o Giovani (Gávio, responsável, no Rio-2016, pela organização dos eventos de vôlei) e o Agberto (Guimarães, diretor de esportes do Rio-2016) e vamos testar bastante coisa para o vôlei brasileiro", contou Trade.

O fato de que os jogos do Brasil em casa serem logo na primeira rodada tanto da Liga Mundial quanto do Grand Prix é comemorado pela CBV pensando na Olimpíada. "A preparação ficou bem bacana. A gente treina em casa, joga em casa, sai para jogar fora por três semanas e se prepara em casa."

A ideia é que os jogadores tenham cerca de 10 de dias de folga após o fim da Superliga, que terá sua decisão feminina se encerrando em 3 de abril e a masculina uma semana depois. As seleções treinam em Saquarema, jogam no Rio, e depois viajam. As mulheres jogam em Macau (China) e Ancara (Turquia) e buscam a classificação para a fase final em Bangcoc (Tailândia). Os homens viajam a Belgrado (Sérvia) e Nancy (França) e tentam chegar à fase final na Polônia.

A final da Liga Mundial está marcada para 17 de julho, exatamente um mês após seu início, enquanto o Grand Prix termina uma semana antes. Já no Brasil, o time masculino deve fazer amistosos contra os EUA. O feminino negocia para enfrentar a Polônia.

A Confederação Brasileira de Tae Kwon Do (CBKTD) estabeleceu critérios bastante complicados para definir três dos quatro representantes do País nos Jogos Olímpicos do Rio, em agosto. A entidade primeiro escolheu as categorias de peso nas quais usufruirá dos convites dados ao país-sede e, depois, estipulou três seletivas que não necessariamente eliminam os derrotados.

A primeira seletiva, aberta, envolveu atletas que não fazem parte da seleção brasileira, nem são os melhores do país no ranking olímpico. Agora, no próximo dia 17 de janeiro, em Santos (SP), a segunda seletiva, restrita a atletas convocados - sendo dois por convite -, vai definir três atletas por categoria para a última e decisiva seletiva.

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O curioso é que a CBTKD está cobrando R$ 250 de inscrição de cada um dos 21 atletas que ela mesma convocou para esta seletiva. São duas competidoras na categoria até 49kg (para definir a reserva de Iris Sing, classificada pelo ranking olímpico), sete na até 57kg feminina, seis na até 58kg e outros seis na +80kg masculina.

Esta etapa da seletiva será no modelo 'robin round', com todos lutando contra todos. Os três primeiros de cada categoria ganham o direito de participar da seletiva final, para a qual a comissão técnica terá o direito de convocar mais um atleta por critérios técnicos.

Entre as mulheres, as favoritas são Josiane Lima, Rafaela Araújo e Julia Vasconcelos. Na categoria mais leve masculina deve ter briga entre Venilton Teixeira e Guilherme Dias, ambos medalhistas de bronze nos últimos Mundiais. Já entre os pesos pesados a briga é franca, com Guilherme Felix aparecendo como favorito.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, divulgou nesta quarta-feira uma mensagem de ano novo em que garante estar confiante que o Rio organizará com êxito os Jogos de 2016 - a primeira edição de uma Olimpíada na América do Sul -, apesar dos problemas enfrentados pelo Brasil.

"Em agosto, o mundo se reunirá no Rio de Janeiro para os primeiros Jogos Olímpicos na América do Sul. Estou confiante de que o Brasil vai saudar entusiasticamente o mundo com a sua alegria de vida e sua paixão pelo esporte", escreveu o dirigente.

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O Rio se prepara para receber para a Olimpíada em meio a pior recessão do Brasil em décadas, a um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e a um amplo escândalo de corrupção centrado na gigante petrolífera estatal Petrobrás. Bach reconhece esses desafios, mas aposta que o País vai superá-los.

"Sabemos que a situação econômica e política atual no Brasil fará com que os próximos meses de preparativos finais sejam mais desafiadores, mas junto com o grande apoio dos cariocas e do povo brasileiro, os organizadores podem contar com a solidariedade de toda a família olímpica para fazer dos Jogos um sucesso", afirmou Bach. "Os Jogos Olímpicos vão trazer ao mundo uma mensagem de esperança e alegria nos momentos difíceis", acrescentou.

Bach também alertou para que as organizações esportivas devem trabalhar mais do que nunca em 2016 para limpar o esporte após um ano marcado pela corrupção e escândalos de doping que mancharam o movimento olímpico. O dirigente declarou que o mundo olímpico deve viver de acordo com as expectativas do público de integridade e aceitar o chamado de "mudar ou ser mudado".

"É preciso olhar para os acontecimentos ao longo dos últimos 12 meses e perceber que esta mensagem é ainda mais urgente hoje para salvaguardar a credibilidade das organizações esportivas e para proteger os atletas limpos", disse Bach. "Sem dúvida, os recentes acontecimentos em alguns esportes lançam uma sombra em todo o mundo esportivo"

Embora Bach não tenha citado nenhum esporte, está claro que ele se refere ao escândalo de corrupção na Fifa, que gere o futebol, e também aos casos de suborno e encobrimento de doping envolvendo a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) e a Rússia.

"É nossa responsabilidade no movimento olímpico fornecer novas respostas para novas perguntas", declarou Bach, notando a crescente demanda do público por comportamento ético dos atletas e das entidades esportivas.

A Fifa tenta superar um escândalo de corrupção que levou à prisão de dezenas de autoridades do futebol e de empresa de marketing. Além disso, Joseph Blatter, presidente da Fifa e ex-membro do COI, e Michel Platini, presidente da Uefa, foram suspensos por oito anos.

A Federação de Atletismo da Rússia foi suspensa após um relatório da Agência Mundial Antidoping apontar a existência de um esquema generalizado de doping, apoiado pelo Estado. Com a punição, o atletismo russo pode ficar fora da Olimpíada do Rio.

Ex-presidente da IAAF, Lamine Diack, foi detido e acusado pelas autoridades da França de corrupção e lavagem de dinheiro, decorrentes de acusações de que ele recebeu dinheiro para encobrir testes positivos para doping da Rússia.

O COI passou por seu próprio grande escândalo de corrupção no final da década de 1990, com dez membros sendo afastados após receberem dinheiro e outros favores da vitoriosa candidatura de Salt Lake City para sediar os Jogos de Inverno de 2002.

Bach disse que federações esportivas e comitês olímpicos nacionais devem implementar a "Agenda Olímpica 2020" do COI, programa de reformas, aprovado no ano passado, e aplicar as regras de boa governança.

Ele observou que o COI propôs a retirada do controle de doping das mãos de organizações esportivas para tornar o sistema mais independente e crível. O comitê quer um sistema antidoping independente para os Jogos de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul, em 2018. "Estamos convencidos de que todas estas mudanças são necessárias para proteger melhor os atletas limpos e aprimorar a integridade do esporte", disse Bach.

Há algum tempo a ginástica artística brasileira esperava que 2015 chegasse para que, enfim, Flávia Saraiva e Rebeca Andrade pudessem estrear nas competições adultas e proporcionarem um recomeço à seleção. Sem vaga na Olimpíada por enquanto, o Brasil deu, em 2015, um passo muito menor do que se esperava. Mas comemora ter descoberto o talento de uma ginasta que vivia à sombra de Flávia e Rebeca: Lorrane Oliveira.

Em seu primeiro ano na seleção, depois de um 2014 consumido por lesões, Lorrane foi o grande destaque de 2015, 11.ª da fase do individual geral na fase de classificação do Mundial de Glasgow. Brilhou quando o Brasil mais precisou dela, uma vez que aquelas apresentações valeriam na briga por uma vaga por equipes na Olimpíada.

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Se Rebeca Andrade ficou fora do Mundial por conta de uma grave lesão no joelho, Jade Barbosa não retomou o nível anterior à das últimas cirurgias e Flávia Saraiva falhou nos momentos decisivos, Lorrane fez mais do que se esperava dela. "A Lorrane é uma atleta que além de ela ter os quatro aparelhos muito bons, tem grandes chances de final no individual, no salto, no solo e na paralela", opina a veterana Daniele Hypolito. "Na trave depende muito de como ela vai estar no dia, mas também dá."

Lorrane, mais bem articulada do que as demais novatas da ginástica, concorda com a opinião da colega. "Só não conto muito com a paralela, tenho que colocar mais dificuldades na série", diz. No Mundial, ela não se classificou para nenhuma final de aparelho, só no individual geral. Ali, teve a quarta melhor nota do salto.

No Campeonato Brasileiro, chegou como favorita e ganhou nas barras assimétricas e no solo, ficando em terceiro na trave. No individual geral, colocou 2,350 pontos de folga sobre a segunda colocada, Jade Barbosa. "Em cada competição que vou bem, só vou melhorando e ficando mais confiante", avalia Lorrane, que nega que as atenções e a pressão agora depositadas nela possam atrapalhá-la.

Depois de ficar em nono lugar no Mundial, o Brasil vai brigar com outros sete países por quatro olímpicas por equipes através do evento-teste do ano que vem, já no Rio. Rebeca deve estar de volta e, em boa forma, tem lugar assegurado no time. Flávia Saraiva e Lorrane Oliveira também.

Se a vaga na Olimpíada vier, serão só cinco credenciais, para uma seleção formada por 12 atletas. Dani Hypolito e Jade Barbosa devem concorrer com Letícia Costa e jovens como Thauany Araújo, Lorena Rocha, Milena Theodoro, Julie Kim e Mariana Oliveira.

"Eu acho que ninguém está garantido nem no evento-teste nem na Olimpíada. A gente tem que colocar coisas inesperadas no papel também. Ninguém é certo nessa seleção, todo mundo tem o objetivo de classificar o Brasil. As 12 atletas estão com um único objetivo", garante Daniele.

Faltando apenas 220 dias para os Jogos Olímpicos do Rio, a equipe de saltos do hipismo brasileiro tem novo técnico. Nesta terça-feira, a Confederação Brasileira de Hipismo (CHB) anunciou a contratação do veterano George Morris, norte-americano de 77 anos, que vai substituir no cargo o francês Jean-Maurice Bonneau.

Técnico do Brasil desde 2011, Bonneau, campeão mundial com a França em 2002, deixou o posto no início de novembro. À época, disse à agência de notícias francesa AFP que "a atual situação econômica do Brasil, assim como a desvalorização do real" eram as causas da ruptura do vínculo e que sofria uma grande decepção.

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Sob o comando de Bonneau, o Brasil conquistou um expressivo quinto lugar por equipes nos Jogos Mundiais Equestres do ano passado, na Normandia (França), ficando a mero 0s23 de ficar com a medalha de bronze. Em 2013, havia sido prata na Final da Copa das Nações, principal evento daquele ano.

A temporada 2015, entretanto, foi bastante ruim para o hipismo saltos brasileiro. Sem o campeão olímpico Rodrigo Pessoa, que trabalhava como auxiliar de Bonneau, o Brasil foi apenas quinto colocado nos Jogos Pan-Americanos. Depois, com a escalação considerava titular (Rodrigo Pessoa, Doda, Pedro Veniss e Marlon Zanotelli), ficou em nono na Final da Copa das Nações.

Agora, George Morris chega para tentar reverter esse cenário. Medalhista de prata por equipe nos Jogos Olímpicos de Roma, em 1960, ele trabalha como treinador há décadas e levou ginetes a medalhas em quatro edições olímpicas, de 1984 a 2005. Como técnico dos Estados Unidos, foi vice-campeão mundial em 2006 e campeão olímpico nos Jogos de Pequim-2008.

"Estamos felizes com a nova contratação do Sr George Morris e temos certeza que sua capacidade e competência inegáveis vão ajudar muito nossos cavaleiros nesta reta final rumo a conquistas nos Jogos Olímpicos do Rio", comentou Luiz Roberto Giugni, presidente da CBH. A entidade assinou contrato apenas até a Olimpíada e não informou se o Comitê Olímpico do Brasil (COB) ajudará a arcar com salários.

O marchador Mário José dos Santos Júnior, classificado para os Jogos Olímpicos na marcha atlética de 50km, publicou nesta segunda-feira um duro desabafo criticando a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). O atleta, que também é veterinário e este ano bateu o recorde brasileiro da distância, diz que não recebe apoio e que não irá "mendigar" dinheiro da gestão "incompetente" da entidade.

"Faz nove meses que fiz a marca para os Jogos do Rio-2016 e agora faltam oito meses para competição. O que a CBAt fez por mim? Nada (em letras garrafais), e tem até dificultado a jornada. Porém, o que esperar de uma administração arbitraria, incompetente, sem responsabilidade financeira e perdida?", questiona o atleta.

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O marchador, de 36 anos, faz parte da principal equipe de atletismo do País, a BM&F Bovespa, a que melhor paga salários. Por conta dos resultados de 2014, ele não faz parte do Programa Nacional de Apoio a Atletas de Alto Nível em 2016. A entidade ainda não anunciou a lista dos beneficiados para o ano que vem.

Mario José, em sua postagem no Facebook, trata a gestão de CBAt como uma "ditadura". "O que esperar de administradores que não honram o que prometem? Ilustríssimos 'Antônios', presidente (José Antônio Martins) e diretor técnico (Antônio Carlos Gomes), não é digno oferecerem esmola para mim, não vou mendigar, sou um atleta e podem ceifar tudo menos a minha dignidade", escreveu o marchador.

Sem qualquer risco de não ficar como um dos três melhores brasileiros do ranking da marcha 50km e, assim, garantido no Rio-2016, Mario José diz não temer abrir guerra contra a CBAt. "Conheço os riscos de falar a verdade, contudo alguém precisa começar a questionar onde os recursos (algo por volta de 19 milhões) estão sendo empregados. Nós atletas não somos apenas corpos em movimentos, somos cabeças pensantes e com organização mostraremos que CBAt não existe sem atletas."

Se na principal liga de basquete do mundo, a NBA, os jogadores brasileiros vivem péssima fase, ficando em quadra poucos minutos, na segunda mais importante, a Liga Endesa, da Espanha, Augusto Lima é o nome do momento. O pivô é o destaque da Universidad Católica de Múrcia (UCAM Murcia), 13.ª colocada na pausa para o fim do ano.

Augusto é o segundo jogador nas estatísticas de rebotes ofensivos (2,54 por jogo, em média) e ainda aparece entre os primeiros em tocos (0,85, em 11.º), em recuperação de bola (1,31, em oitavo) e em rebotes totais (6,31, em oitavo). Em pontos, tem média de 8,3 na sua terceira temporada no clube.

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Ídolo em Múrcia, onde jogava com Raulzinho até o primeiro semestre deste ano, Augusto tem merecido rasgados elogios do técnico Fotis Katsikaris. "Ele é o jogador mais nobre com quem trabalhei na carreira. Ele se doa por inteiro para o coletivo e acredito muito neste garoto como pessoa. Ele deu muitas alegrias para essa torcida", disse o grego.

Augusto, que fez 24 anos em setembro, é dado como reforço certo do Real Madrid na próxima temporada. O pivô, que é natural do Rio, disputa um lugar no garrafão da seleção nos Jogos de 2016 com Nenê, Varejão e Tiago Splitter.

Varejão perdeu espaço no Cleveland Cavaliers após sofrer uma lesão e registra média de apenas 8,7 minutos por jogo. A minutagem é muito inferior aos 25,2 minutos de sua carreira na liga. Nenê é outro provável titular da seleção que virou reserva nesta temporada. O pivô tem atuado 17,4 minutos em média pelo Washington Wizards.

A ida para o Atlanta Hawks também gerou um decréscimo no tempo em quadra de Tiago Splitter. O pivô, que é reserva, tem jogado 16,6 minutos contra 19,6 de sua média histórica na liga.

Sem vaga garantida na seleção, Lucas Nogueira, o Bebê, saiu do ostracismo no Toronto Raptors e tem atuado 10,4 minutos em média. Cristiano Felício não tem atuado pelo Chicago Bulls.

A Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) ficou muito incomodada com as recentes declarações do técnico da seleção feminina, Morten Soubak, criticando a falta de estrutura da modalidade no País. Entre os pontos levantados pelo treinador estão a ausência de campings de treinamento para as equipes de base e a falta de um trabalho para identificar jogadoras com potencial nos estados.

Nesta segunda-feira, a CBHb enviou à imprensa uma entrevista da assessoria de comunicação da entidade com o técnico da seleção masculina, Jordi Ribera, na qual diversas das respostas podem ser utilizadas para responder às críticas de Morten.

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"Infelizmente, o projeto dos campings não pôde ser executado esse ano, já que o Ministério do Esporte não abriu edital e não houve recursos para continuarmos. Ainda assim, em 2015, trabalhamos fortemente com as seleções juvenil e júnior, já que neste ano tivemos os Mundiais dessas categorias", disse Ribera. As seleções de base do feminino não se reuniram nenhuma vez.

Em outra questão logo no início da entrevista, a assessoria de imprensa da CBHb conta que

"o handebol masculino, sob sua coordenação (de Ribera), vem fazendo um forte trabalho de busca por novos atletas pelo Brasil" e que o treinador conta com ajuda de técnicos espalhados pelo País.

"Dos 26 estados do Brasil, mais o Distrito Federal, já passei por 24, contando minhas duas passagens pela seleção. Só faltam Maranhão, Tocantins e Rondônia", relata o treinador da seleção masculina. Morten, da feminina, reclama que o Brasil não identifica talentos nos estados.

A comparação indireta com o trabalho de Morten também está presente em outra questão, em que Ribera é convidado a contar que acompanha todas as competições de base realizadas no País. "Se não posso estar em alguma, vai outra pessoa da comissão técnica acompanhar."

No início do mês, em entrevista ao portal UOL, Morten disse que o handebol brasileiro só piorou desde o título de 2013. "Antes, diziam: 'Vocês vão ter algo depois de conquistarem um título'. Não é verdade. O handebol do Brasil só piorou depois do Mundial de 2013. A Liga Nacional tem poucos times e é muito curta. Eu não vejo clubes, cidades ou Estados investirem no handebol. É só fala. Faltam mais lugares para a molecada jogar. Não falo de estrutura escolar, que essa está boa, mas e aqueles craques do Mato Grosso? De Minas Gerais? Vão para onde? Eu digo isso porque eu venho de uma fábrica de talentos que é a Dinamarca. É uma fábrica de talentos que a cada ano produz atletas em nível altíssimo", disse Morten.

Depois, em resposta, o presidente da CBHb, Manoel Luiz Oliveira, sugeriu que Morten volte à Dinamarca, seu país de origem. "Imagino se Morten fosse da área médica, de educação, o que ele iria falar do nosso país. Não podemos nunca comparar com o que se faz na Europa. Um país do tamanho de São Paulo (a Dinamarca), rico, compará-lo com o handebol brasileiro. Se essas condições são tão ruins, ele deveria estar dirigindo a Dinamarca, não o Brasil", disparou 'seu Manoel', em entrevista à Agência Estado.

O judoca Luciano Corrêa conta com uma motivação extra para buscar a vaga olímpica e sonhar com o pódio nos Jogos do Rio de Janeiro, no próximo ano: a namorada Joanna Maranhão. A nadadora já garantiu presença na grande competição e agora está na torcida para ter a companhia de Corrêa na Olimpíada.

"É uma motivação a mais porque no judô a vaga ainda não está definida. Então, para mim, saber que ela está lá é uma motivação e uma 'responsa'", diz o judoca da categoria até 100kg. "Ela até falou pra mim: 'Agora você tem que estar lá também, hein'. Estou correndo atrás e ela me motiva a cada dia."

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O impulso extra da namorada deve ser essencial para Corrêa porque ele ainda precisa de pontos no ranking para deixar o compatriota Rafael Buzacarini para trás e selar sua classificação. Por enquanto o veterano lidera a briga por ocupar o 16º lugar do ranking olímpico. Buzacarini é o 25º.

A definição da vaga, segundo a Confederação Brasileira de Judô (CBJ), não dependerá apenas do ranking. A entidade vai levar em conta também a experiência dos judocas e o momento vivido por cada um às vésperas dos Jogos Olímpicos. No quesito experiência, Corrêa também leva vantagem. Aos 33 anos, tem um título mundial, conquistado no Rio, em 2007, e uma medalha de bronze obtida no Mundial de 2005.

"Tenho certeza de que essa categoria está muito acirrada. A disputa final será nas primeiras três etapas do ano, na Europa. Já começamos em janeiro", diz, já projetando a temporada, que terá início com o Grand Prix de Havana, em Cuba, entre os dias 22 e 24 do próximo mês. Em seguida, a principal competição será o Grand Slam de Paris, em 6 e 7 de fevereiro. "Tem que pensar passo a passo. Não adianta pensar nos Jogos Olímpicos sem pensar primeiro na vaga."

Corrêa e Buzacarini devem disputar ponto a ponto estas grandes competições em busca de uma posição melhor no ranking. O dono da vaga olímpica só será conhecido no fim de maio, quando a CBJ vai anunciar os classificados. Até lá, Corrêa espera uma disputa "sadia" com o compatriota.

"É uma relação bem sadia. Uma coisa gostosa no judô é o respeito pelo adversário. A gente viaja junto, todo mundo é amigo. Claro que no tatame todo mundo dá o seu melhor. Mas, se tiver que lutar um contra o outro, tem o respeito. E até lá é pensar em pontuar em todas as disputas", comenta.

Se sacramentar a vaga, Corrêa vai se aposentar ao fim dos Jogos Olímpicos, selando sua carreira com três participações em Olimpíadas. Uma a menos que a namorada Joanna Maranhão, que vai para a quarta participação olímpica. O judoca diz não se importar com a "derrota" em casa e até brinca com a proximidade do fim da carreira. "Ela tá na frente e vai continuar assim, porque não tem como ir mais quatro anos", afirma o judoca, entre risos.

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