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A nota enviada às 16h16 desta quinta-feira (26/11) estava errada. Rafael Andrade ficou com a vaga olímpica na ginástica de trampolim. Segue a versão corrigida:

Rafael Andrade, de 29 anos, será o único representante do Brasil na ginástica de trampolim nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Azarão na disputa que envolvia três homens e três mulheres, ele foi o brasileiro mais bem colocado na fase de classificação do Mundial de Odense (Dinamarca), na quinta-feira. Em 36.º, aproveitou-se da falha de Carlos Ramirez Pala, que não completou o segundo exercício, e saiu-se melhor do que Camilla Gomes, a 43.ª no feminino.

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"Estou muito feliz. É um sonho que foi concretizado e que marca o início da participação do trampolim brasileiro em Jogos Olímpicos. É motivo de muita honra para mim poder fazer parte desse evento em casa. Minha vida foi dedicada à ginástica e isso me trouxe esse presente", comentou Rafael, natural de Goiânia.

Ele não necessariamente disputará a Olimpíada por convite, mas estará com certeza nos Jogos do Rio. O Mundial classifica oito ginastas por naipe para a Olimpíada e outros 16 (os demais semifinalistas) para o Pré-Olímpico/evento-teste da ginástica de abril do ano que vem.

Rafael irá participar do Pré-Olímpico como convidado do país-sede e, lá, pode obter uma das cinco vagas em jogo no masculino. Mesmo que não atinja esta meta, fica com a credencial destinada ao país-sede nos Jogos do Rio. No Mundial, está eliminado, assim como os demais brasileiros.

Na quinta-feira, Rafael Andrade somou 102,325 pontos nas suas duas apresentações da fase de classificação, contra 93,920 de Luiz Arruda. Carlos Ramirez Pala, de 30 anos, heptacampeão brasileiro na modalidade, teve a melhor nota na primeira série, mas falhou na segunda. No trampolim, quando o atleta sai da área de saltos, a apresentação é encerrada, sem que ele possa retomar. Pala bateu no colchão de proteção e somou só 64,880.

Entre as mulheres a disputa foi muito mais acirrada. Favorita, Camilla Gomes somou 94.400 pontos e ficou pouco à frente de Ingrid Major, que recebeu 92,400 pontos em suas apresentações. Daienne Lima já não foi bem na primeira prova e falhou logo no início da segunda.

Camilla e Rafael depois ficaram na torcida contra seus concorrentes. Faltando duas rotações, estavam "empatados" em 32.º lugar. No masculino, Rafael caiu apenas para o 36.º lugar. Camilla foi ultrapassada por mais atletas e terminou em 43.º.

Foi inaugurado oficialmente nesta quinta-feira o Centro de Operações Tecnológicas (TOC) para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. O local é o centro de controle e comando de tecnologia que supervisiona todos os 144 locais olímpicos, de competições ou não. O local tem 800 m² de área e ajudará a processar os resultados em tempo real. A estrutura, pertencente ao COI, será reutilizada em outras edições dos Jogos.

De acordo com a Atos, parceira mundial de TI do Comitê Olímpico Internacional (COI), esta será a primeira vez que os Jogos Olímpicos de Verão vão utilizar a nuvem (armazenamento de dados online) em aplicações essenciais, como o Portal dos Voluntários e o Sistema de Credenciamento.

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Ainda pelo que explica a empresa, Também será a primeira vez que o TOC da cidade-sede será apoiado remotamente por um Centro Técnico de Operações de Tecnologia permanente, baseado na Espanha. A partir de 25 de julho de 2016, o TOC operará com plena capacidade de 500 profissionais.

"O TOC é crucial para a administração dos Jogos e estamos muito satisfeitos com a maneira pela qual ele já nos ajudou durante os eventos-teste. Com ele, vamos garantir que os resultados sejam transmitidos ao mundo de maneira correta, segura e em tempo real", diz Elly Resende, diretor de tecnologia do Comitê Rio-2016.

Precisando se recuperar após um ano muito ruim, Rafaela Silva e Sarah Menezes ficaram sem medalha no Grand Prix de Jeju, que começou a ser disputado nesta sexta-feira na Coreia do Sul. As duas, que estão entre os grandes nomes do judô brasileiro, chegaram até a decisão do bronze, mas perderam a luta e terminaram em quinto. Só Eric Takabatake subiu ao pódio, em terceiro.

Ainda assim, Sarah se despediu do torneio mais perto da vaga olímpica. A outra brasileira da categoria até 48kg, Nathalia Brígida, perdeu logo na estreia, para a forte cubana Dayaris Mestre Alvarez, campeã dos Jogos Pan-Americanos.

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Com esses resultados, Sarah deve ultrapassar Nathalia no ranking olímpico na atualização da próxima segunda-feira. A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) abriu o confronto direto entre as duas pela titularidade da seleção e tanto Sarah quanto Nathalia voltam a lutar na semana que vem, no Grand Slam de Tóquio, último do ano.

Em Jeju, Sarah foi beneficiada pelo sorteio, caindo numa chave mais tranquila. Venceu a alemã Sonjia Wirth (43.ª do ranking mundial), a taiwanesa Yu Ting Hung (49.ª) e a turca Dilara Lokmanhekim (10.ª). Na semifinal, perdeu para a casaque Otgontsetseg Galbadrakh (34.ª), ficando sem medalha após derrota para a sul-coreana Kyeong Bo Jeong (13.ª).

Também nas categorias masculinas até 100kg (que terá disputas no domingo) e até 60kg a CBJ abriu a corrida olímpica e levou os dois concorrentes tanto para Jeju quanto para Tóquio. Entre os ligeiros veio a única medalha do dia, de bronze, com Eric Takabatake.

Ele disputa a vaga no Rio-2016 com o medalhista olímpico Felipe Kitadai e vai ampliar a folga sobre o rival. Nesta sexta, para chegar à medalha, venceu o russo Albert Oguzov (53.º) e o indiano Kumar Yadav Vijay (sem ranking), antes de perder para o campeão mundial Boldbaatar Ganbat, da Mongólia. Na repescagem, superou Ilgar Mushkiyev (16.º), do Azerbaijão. e Vincent Limare (13.º), da França.

"Estou muito feliz com o resultado, por que foi uma competição de nível bem alto. Me senti bem e consegui soltar meus golpes. Agora tem Tóquio, que provavelmente vai estar com um nível igual ou maior que na Coreia. Mas, essa medalha me trouxe bastante confiança para lutar o Grand Slam", avaliou Takabatake. Felipe Kitadai, seu Rival direto, perdeu na segunda luta para o egípcio Ahmed Abelrahman, apenas o 189.º do mundo.

Rafaela Silva, que havia perdido na primeira rodada de três dos quatro torneios mundiais que disputou no ano, chegou até a disputa pelo bronze na categoria até 57kg, mas venceu apenas duas lutas para isso. Estreou ganhando da espanhola Jaione Equisoain (40.ª), perdeu da britânica Nekoda Davis (16.ª), se recuperou na repescagem contra a brasileira naturalizada israelense Camila Minakawa (32.ª) e ficou sem a medalha ao perder para a taiwanesa Chen-Ling Lien (11.ª).

Rafaela é apenas a 25.ª colocada no ranking olímpico, mas praticamente não tem concorrentes por uma vaga no Rio-2016. A outra brasileira com resultados na categoria era Ketleyn Quadros, que agora luta entre as atletas de até 63kg. Ketleyn e Bárbara Timo (até 70kg) representam o Brasil em Jeju no sábado.

Com 128 atletas de 27 países, começa nesta quinta-feira no Complexo Esportivo de Deodoro, que receberá algumas modalidades dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio, o Desafio Internacional de Canoagem Slalom. Entre as estrelas está o campeão olímpico do K1, o italiano Daniele Molmenti. A grande ausência é a australiana Jessica Fox, prata nos Jogos de Londres e uma das melhores canoístas da atualidade.

Para a brasileira Ana Sátila, melhor atleta do País, o nível da competição será alto. "Independente de faltar uma atleta ou outra, acho que será muito concorrido. Os melhores vieram, tem campeão olímpico, vai ser disputado e vou tentar chegar perto dos melhores aqui", disse a garota, feliz por competir em casa. "É uma sensação muito melhor. Estou no meu país, com as pessoas que conheço, a família por perto apoiando, é muito diferente. Estou muito feliz".

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O canal de canoagem slalom tem sido bastante elogiado pelos competidores. Segundo Rodrigo Garcia, diretor de esportes do Rio-2016, o evento testará principalmente a área de competição e os voluntários específicos da modalidade. "Já tivemos mais de mil descidas no canal, a instalação tem ainda o lago, as esteiras de acesso, e o evento testará tudo isso", disse.

Ele explica que o canal possui dois elementos, os blocos azuis, onde se consegue modular a correnteza, e as portas, que são onde os atletas precisam passar para respeitar o percurso. "No evento-teste o atleta consegue conhecer como a água se comporta. No próximo ano, vamos abrir a instalação mais algumas vezes para que os atletas possam treinar, mas na Olimpíada o percurso muda, para ter uma surpresa. Essa é a vantagem de um canal artificial".

Nos últimos dias, os competidores puderem treinar no local e a expectativa para a disputa é grande. "A gente já fez um bom trabalho até agora, faz mais de uma semana que estamos treinando aqui, já deu para conhecer bem a pista, que é maravilhosa. Acho que é uma das melhores que já remei. A gente tem essa vantagem de poder treinar antes dos outros atletas e agora é só fazer o trabalho e colocar em prática na hora da prova", concluiu Ana Sátila.

O presidente dos Correios, Giovanni Queiroz, anunciou nesta quarta-feira a renovação por mais dois anos do patrocínio da empresa à Confederação Brasileira de Handebol (CBHb). O atual contrato vence no fim do ano e, com a renovação, os Correios seguem ligados às seleções masculina e feminina que vão disputar os Jogos Olímpicos do Rio, no ano que vem.

O anúncio da renovação foi feito em cerimônia que contou com a presidente Dilma Rousseff e o ministro do Esporte, George Hilton, no Palácio do Planalto. Eles receberam a seleção brasileira feminina que se prepara para buscar o bicampeonato mundial no mês que vem e, a partir de sexta-feira, joga um torneio amistoso em Brasília.

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Nem os Correios nem a CBHb anunciaram os valores envolvidos no patrocínio, iniciado em 2012, apenas que a renovação é por dois anos. O handebol conta com dois patrocinadores estatais: os Correios e o Banco do Brasil, que passou a apoiar a modalidade como parte das ações do Plano Brasil Medalha, do Governo Federal.

"O investimento proporciona o treinamento dos atletas de alto rendimento e também a formação de categorias de base, além da manutenção de escolinhas que atendem milhares de crianças e adolescentes pelo Brasil", explicaram os Correios, em nota.

O ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU), afirmou nesta quarta-feira (25) que auditorias realizadas na área de segurança apontaram falhas no controle de fronteiras e na interação entre as secretarias estaduais de segurança pública. O alerta foi feito no Briefing Internacional de Segurança dos Jogos Olímpicos, que reúne autoridades estrangeiras de 78 países, e causou mal estar. A secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, reagiu às críticas. "Nosso papel é maior do que qualquer vaidade", afirmou ela, para quem a Olimpíada ocorrerá em segurança.

Segundo Nardes, o levantamento do TCU mostrou que não há comunicação ou troca de informações em 68% das secretarias e 92% delas não têm Código de Ética. Ele disse que pediu audiência ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para tratar da auditoria sobre fronteiras. "Essas auditorias não procuram ilegalidades, mas falhas, apontam gargalos para o governo sanar", afirmou.

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O ministro disse que não detalharia os pontos fracos encontrados por questões de segurança, mas que está preocupado com as fronteiras, principalmente a do Acre, por causa da "migração sem o controle adequado". A auditoria nas secretarias ocorreu em 2014. A sobre fronteiras, em setembro deste ano.

A secretária nacional lembrou que o país tem 17 mil quilômetros de fronteiras, que envolvem 11 Estados e 10 países. "Muitos duvidavam que conseguiríamos fazer uma Copa do Mundo com segurança total e esse foi o segundo item mais elogiado, perdendo apenas para a hospitalidade brasileira", afirmou.

TERRORISMO - O secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, Andrei Rodrigues, disse que os recentes ataques terroristas em Paris não vão alterar os planejamentos de segurança para a Olimpíada. Ele afirmou que, pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, foi montada uma central exclusiva para tratar do tema, o Centro Integrado Antiterrorismo (Ciant), que será coordenado pela Polícia Federal (PF). Também será a primeira vez que a segurança das instalações olímpicas ficará a cargo de agentes públicos, não de empresas privadas. O policiamento será tarefa da Força Nacional de Segurança.

"Ninguém pode ficar indiferente a episódios bárbaros como os que aconteceram em Paris. Teremos um foro específico próprio para tratar da questão do terrorismo e estamos intensificando as trocas de informações com o adido na França, acompanhando os desdobramentos", afirmou.

Para Rodrigues, a isenção de vistos para turistas, sancionada nesta quarta pela presidente Dilma Rousseff, terá "impacto zero" na segurança dos Jogos. "Não há liberação para todo e qualquer país. O visto é uma ferramenta de controle, mas na Copa tivemos quase 100 argentinos, que não precisam de visto para entrar no Brasil, barrados nas nossas fronteiras. Também tivemos um americano, que tinha visto, que foi impedido de entrar por outras questões", afirmou. Ele lembrou que a medida ainda será regulamentada e só deverá valer para turistas dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão.

Atual campeã do mundo, a seleção brasileira feminina de handebol já está treinando desde a última terça-feira, em Brasília, visando a disputa do Torneio Quatro Nações, que será realizado entre sexta e domingo, na capital federal. A competição amistosa serve de preparação para o Mundial da Dinamarca, que ocorrerá entre 5 e 20 de dezembro, período em que espera traçar campanha rumo ao bicampeonato da competição.

Esse torneio amistoso, que terá como palco o Ginásio Nilson Nelson, contará com a participação também das seleções da Argentina, da Eslovênia e da Sérvia. A estreia será diante das eslovenas, às 19h15 de sexta, e depois as brasileiras encaram as argentinas no sábado, às 13h50, e fecham a competição contra as sérvias, ao meio-dia de domingo.

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Ao falar sobre o Torneio Quatro Nações, o técnico da seleção, Morten Soubak, exibiu confiança em um bom desempenho e também na conquista do bicampeonato mundial no próximo mês. "Todas as meninas chegaram em boas condições e treinaram melhor do que o esperado. Estou contente com o desempenho delas nessas primeiras atividades. Vamos dar continuidade ao trabalho para chegarmos ainda melhores no Mundial", afirmou, em declarações reproduzidas pelo site da Confederação Brasileira de Handebol (CBHB).

O treinador dinamarquês, porém, enfatizou que o resultado final "será o menos importante" nestes jogos de preparação. "Serão três amistosos difíceis. Todos os adversários têm qualidade. Vamos usar o torneio para treinar o que estamos testando, o que será bom para ver onde podemos melhorar", completou.

A presidente Dilma Rousseff decidiu sancionar a lei aprovada pelo Congresso que prevê a dispensa de visto para estrangeiros, durante quatro meses, entre junho e setembro do ano que vem, para facilitar a entrada dos atletas e turistas que desejarem vir ao Brasil para acompanhar os Jogos Olímpicos de 2016. A lei foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira.

A decisão dividiu o governo, mas a presidente entendeu que a liberação do visto não colocará em xeque a segurança do Brasil, apesar de o rigor nas fiscalizações em todo o mundo terem aumentado, em decorrência dos ataques terroristas feitos pelo Estado Islâmico na França e no Mali. O entendimento final do governo foi que existem outros mecanismos de controle e que o visto serve, principalmente, para verificação do fluxo migratório. O foco do governo com essa medida é atrair turistas dos Estados Unidos, Canadá, Japão, Austrália e China.

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A área militar era contra a liberação do visto sob a alegação de que será menos uma porta de controle de entrada de estrangeiros. O chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos de Nardis, disse à reportagem que esta proposta "deveria ser revista, face a nova situação e conjuntura". Para ele, "a avaliação do ponto de vista da inteligência, segurança e defesa, não é bom".

O diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Wilson Trezza, embora tenha dito que "a possibilidade de prática de um atentado não dependeria de um visto", reconheceu que eliminá-lo é uma barreira a menos. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) defende a regra da reciprocidade, ou seja, tem visto para país que exige visto. A Secretaria de Grandes Eventos do Ministério da Justiça e o Ministério do Turismo defendem a liberação, sob a alegação de que ela não oferece riscos migratórios e nem ameaça à segurança nacional.

A nova lei estabelece que portaria conjunta dos Ministérios das Relações Exteriores, da Justiça e do Turismo poderá determinar a dispensa unilateral da exigência de visto para originários de países especificados na norma. Estes países ainda não foram definidos. Serão beneficiados aqueles que chegarem ao Brasil até 18 de setembro de 2016 (data final dos Jogos Paraolímpicos), com prazo de estadia limitado a 90 dias, improrrogáveis, a contar da data de primeira entrada em território nacional. O visitante estrangeiro também não precisará comprovar que possui ingressos para assistir a qualquer evento dos Jogos Olímpicos.

LEI ANTITERRORISMO - O governo gostaria também, que no menor prazo possível, a Câmara apreciasse e aprovasse o projeto de lei que tipifica crimes de terrorismo. O texto aprovado pela Câmara, foi modificado pelo Senado e agora retorna para decisão dos deputados.

Uma das polêmicas do texto é se atos provenientes de manifestações políticas e movimentos sociais ou reivindicatórios poderão ser enquadrados como crime de terrorismo. A Câmara entende que a lei não se aplicaria a manifestações políticas, movimentos sociais, sindicais e religiosos que tenham o objetivo de defender direitos, garantias e liberdades constitucionais. Mas o texto aprovado no Senado, relatado pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), prevê o contrário.

Outra mudança diz respeito ao tamanho da pena, que na Câmara é menor que a do Senado, além da própria tipificação do crime. A legislação brasileira não prevê o crime de terrorismo. Em caso de eventual atentado, os atos praticados seriam enquadrados com base em outros crimes, como homicídio doloso (intencional) e porte de arma de uso restrito, por exemplo.

Sexto colocado no Mundial de Atletismo deste ano na prova de 20km da marcha atlética, Caio Sena Bonfim vai participar também dos 50km nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O atleta brasiliense fez o índice na sua primeira prova da distância, ao vencer o Campeonato Norte-Americano, domingo, em Santee, na Califórnia (EUA).

O site do evento até esta segunda-feira não trazia os tempos oficiais, mas Caio subiu ao pódio com a marca extraoficial de 4h01min47s, de acordo com ele sob sol escaldante. Para estar nos Jogos Olímpicos, a marca mínima exigida é de 4h03min00s.

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Participar das duas provas de marcha atlética da Olimpíada significa marchar por 70km num intervalo de sete dias - cada prova será numa sexta-feira. Caio, entretanto, se espelha na lenda Robert Korzeniowski, polonês que nos Jogos de Sydney, no ano 2000, ganhou ambas as provas. O australiano Jared Tallent, em 2008, também foi ao pódio nas duas distâncias, mas são poucos os atletas que competem nas duas.

Caio, especialista nos 20km, fez excelente temporada em 2015 e alcançou um inédito sexto lugar no Mundial de Pequim (China), indicando que é candidato ao ouro nos Jogos Olímpicos do Rio, especialmente se os russos não puderem competir.

A prova de Santee foi a primeira dele nos 50km e Caio já se tornou o quarto melhor brasileiro de todos os tempos. Neste ano, Mario José dos Santos Júnior bateu o recorde nacional: 3h55min36s e fez índice olímpico. Jonathan Riekmann, que também tenta o índice, nunca fez abaixo de 4h08min.

A cerimônia de assinatura de parceria entre o Comitê Rio-2016 e a Organização Internacional da Francofonia (OIF) - entidade que representa 57 países que falam o idioma francês - foi marcada por uma homenagem às vítimas de atentados terroristas nas últimas semanas. Durante evento, realizado na manhã desta segunda-feira, no Rio, o representante da OIF, o músico camaronês Manu Dibango, afirmou que os atos "não serão capazes de acabar com tudo que já conquistamos".

Além dos atentados em Paris, ações de terroristas fizeram vítimas na Nigéria, no Líbano e no Mali nas últimas semanas. Uma delegação da OIF ficou entre os reféns do hotel Radisson de Bamako, capital do Mali, invadido por um grupo jihadista na sexta-feira. A ação deixou 21 mortos.

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"Pretendem nos destituir de tudo o que nós conquistamos, mas isso só faz com que reforcemos ainda mais os vínculos que nos unem uns aos outros", disse Dibango, pouco depois de a cerimônia iniciar com um minuto de silêncio. "O silêncio eloquente que acabamos de compartilhar demonstra o engajamento e a afirmação que todos temos sobre nosso projeto de sociedade."

O acordo assinado na manhã desta segunda-feira prevê a cooperação com o Rio-2016 em serviços linguísticos, com a utilização de tradutores e intérpretes de todos os países que falam o idioma francês, e um projeto de educação que pretende ajudar as escolas do País e os prestadores de serviço a falar melhor o idioma. Os detalhes serão anunciados em março do próximo ano, quando Dibango voltará ao Brasil.

"O importante não é só a parceria, mas também o interesse mundial pelos Jogos do Rio. Nas nossas viagens ao redor do mundo a gente presencia isso. Talvez sejam os Jogos mais esperados, por serem os primeiros da América do Sul e por ser em um país alegre. É uma oportunidade de o Rio de Janeiro se posicionar como uma das cidades mais importantes do cenário mundial", ponderou Renato Ciuchini, diretor Comercial do Rio-2016.

Após a assinatura do acordo, Dibango, primeiro artista africano a receber um disco de ouro nos Estados Unidos, em 1973, fez uma apresentação de saxofone ao lado do grupo musical brasileiro Orquestra Ciclofônica, que faz apresentações tocando instrumentos musicais enquanto pedala.

A apresentação da seleção brasileira de ginástica rítmica nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no próximo ano, terá a voz de Ivete Sangalo. Neste domingo, a técnica da equipe, Camila Ferezin, revelou que a cantora fará uma versão especial de "Aquarela do Brasil", do compositor Ary Barroso, para a apresentação das brasileiras.

Camila fez a revelação diante das atletas durante a disputa do Torneio Internacional de Ginástica Rítmica, em Vitória (ES). "Será nada mais, nada menos do que Ivete Sangalo", disse a treinadora, antes de fazer mistério, em entrevista à TV Globo. Ela não revelou detalhes sobre a versão que será apresentada pela cantora baiana.

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A ginástica rítmica será disputada na Arena Olímpica do Rio, no Parque Olímpico da Barra, entre os dias 19 e 21 de agosto.

O evento-teste do tênis de mesa, no Riocentro, atraiu poucos jogadores estrangeiros, em sua maioria sul-americanos. Só um atleta atravessou um oceano para chegar ao Rio, o inglês Paul Drinkhall, que foi recompensado ficando com a medalha de ouro do torneio. Número 57 do ranking mundial, ele venceu a final contra o brasileiro Thiago Monteiro (123.º), esta noite.

O dia não foi bom para o Brasil, uma vez que, na disputa pelo bronze, o argentino Gaston Alton (254.º) venceu o Cazuo Matsumoto (132.º). Eric Jouti, Humberto Manhani e Jeff Yamada ficaram nas quartas de final. Hugo Calderano (71.º) e Gustavo Tsuboi (41.º), os dois principais jogadores do País, não vieram ao Brasil para participar do evento-teste.

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No feminino, só deu Brasil, até porque o torneio teve a participação de oito brasileiras e três chilenas, apenas. E o Chile não tem nenhuma tradição na modalidade. Lin Gui (135.ª) ficou com o ouro, vencendo Letícia Nakada (229.ª) na decisão.

Ligia Silva (180.º), veterana do tênis de mesa brasileiro, foi surpreendida por Nakada e também pela menina Bruna Takahashi, de 15 anos. Campeã mundial cadete e já 141.º do mundo no adulto, Bruna ficou com bronze. Caroline Kumahara (140.ª) estava inscrita, mas deu W.O.

A competição, que não vale pontos para o ranking mundial, tem continuidade na sexta-feira e no sábado com o torneio por equipes. No masculino, são seis times brasileiros, um chileno e um argentino. No feminino, três "Brasil" e um "Chile".

Pouco mais de seis meses após ter o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) recredenciado e apto a fazer os exames antidoping nos Jogos do Rio-2016, o Brasil entrou novamente na mira da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês). Agora, quem corre o risco de ser descredenciada é Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), entidade ligada ao Ministério do Esporte e que tem entre suas funções cuidar dos testes em atletas brasileiros.

O alerta da Wada veio após a agência anunciar o descredenciamento da Agência Russa (Rusada) por "não estar em conformidade com o código internacional antidoping". O LBCD pode ter o mesmo destino se, até 18 de março do ano que vem, não se adequar completamente às normas. Bélgica, França, Grécia, México e Espanha também foram colocados em observação.

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O problema, segundo a ABCD, está na legislação. "O código 2015 da Wada estabelece que toda agência precisa ter 21 dias de prazo para entrar com recurso (nos casos de doping)", explicou Marco Aurélio Klein, secretário nacional da ABCD. "Mas o artigo 217 da Constituição Brasileira traz um dispositivo que estabelece um prazo de no máximo 60 dias para que as sanções esportivas sejam completadas."

É nesses 39 dias de diferença que reside o impasse. "Não posso infringir com uma norma esportiva a Constituição", comentou Klein. O secretário admitiu que "a não conformidade é um problema", mas garantiu que a entidade já encontrou uma solução para evitar o descredenciamento.

A intenção é pedir mudanças na Lei Pelé de modo que os tribunais de justiça desportiva passem a ser as primeiras cortes a julgar casos de doping. Por serem mais céleres, eles julgariam os casos em até três semanas - atendendo à resolução da Wada - e o recurso caberia a um tribunal especializado no controle de doping, atendendo ao prazo previsto na Constituição Brasileira.

"O tempo é curto, mas o que me dá confiança é que há um interesse do Brasil em se posicionar contra o doping no esporte e não há divergência no que a Wada pede", destacou Klein, que fez questão de frisar que o País está pronto para combater os casos de doping nos Jogos do Rio. "Não há nenhum laboratório com uma instalação tão moderna como o nosso."

O coordenador de seleções da CBF, Gilmar Rinaldi, vai se reunir na próxima semana com dirigentes do Comitê Olímpico do Brasil (COB) para começar a definir o planejamento para a Olimpíada de 2016. A principal preocupação da entidade é em relação ao período em que os jogadores poderão ficar à disposição da seleção. Antes dos Jogos Olímpicos, o Brasil disputará a Copa América nos Estados Unidos. Assim, é possível que alguns atletas fiquem longe dos seus clubes por até três meses, o que dificultaria a liberação dos jogadores.

"A ideia da conversa com o COB é discutimos algumas questões que consideramos importantes a respeito da nossa participação na Olimpíada", disse Rinaldi á reportagem do Estado.

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A temporada 2015/2016 na Europa terminará no dia 28 de maio. O início da Copa América está marcado para 3 de junho. Assim, Dunga teria menos de uma semana de preparação com todo o grupo antes do torneio.

A final da Copa América acontece no dia 26 de junho e a estreia do Brasil nos Jogos Olímpicos será no dia 4 de agosto, em Brasília. O mês de julho seria dividido entre descanso para os jogadores que atuam na Europa e treinamentos para a Olimpíada.

Dunga pode convocar para os Jogos três atletas acima de 23 anos. Um nome certo é o de Neymar. Os outros dois serão definidos apenas em data mais próxima da competição. Mas há também caso de jogadores que, mesmo com idade olímpica, já fazem parte da seleção principal e, por isso, devem participar da Copa América, como o zagueiro Marquinhos, do Paris Saint-Germain, e o lateral-direito Fabinho, do Monaco.

Outro entrave é com relação aos atletas que atuam nos clubes no País. Em 2016, o Campeonato Brasileiro não será interrompido durante a Copa América e os Jogos Olímpicos. Dunga tem chamado cada vez mais atletas de times brasileiros. Na lista de convocados para enfrentar o Peru, terça-feira, pelas Eliminatórias, por exemplo, dez atletas defendiam times do País.

Durante o intervalo entre a Copa América e a Olimpíada, quem participar das duas competições e defender algum time brasileiro dificilmente terá tempo para descansar. Estão previstas seis rodadas do Campeonato Brasileiro em julho, além de quatro jogos da Libertadores e da Copa do Brasil.

Após ter sediado o evento-teste de bocha paralímpica na semana passada, o Riocentro recebe a partir desta quarta-feira (18) o seu primeiro teste para os Jogos Olímpicos do Rio-2016. Até sábado (21), o Pavilhão 4 do complexo sediará um torneio amistoso de tênis de mesa, que reunirá 43 atletas da América do Sul e da Europa.

O evento, porém, ficará bem distante das disputas que irão valer medalha em agosto do próximo ano. Por não conceder pontos no ranking mundial, não ser classificatório nem mesmo prever premiação em dinheiro, a competição não contará com as principais potências do esporte. Além do Brasil, apenas Argentina, Chile e Inglaterra estarão na disputa.

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"Os países que têm tradição acabaram cancelando a vinda porque eles teriam que pagar todas as despesas", comentou Gustavo Tsuboi, um dos principais mesa-tenistas brasileiros na atualidade. "Mas pra gente vai ser uma oportunidade de já saber como é o ginásio, a luz, o piso, a mesa, a bola e o esquema de organização".

O local da disputa, porém, não será exatamente o mesmo dos Jogos do Rio-2016. Na Olimpíada, a competição acontecerá no Pavilhão 3. "Não deve ter muito impacto porque a área de jogo é praticamente a mesma. Estamos testando o mesmo equipamento, a mesma iluminação e o mesmo piso", garantiu Edmilson Pinheiro, gerente de Tênis de Mesa do Rio-2016.

São essas semelhanças que animam Bruna Takahashi, que, aos 15 anos, é uma das principais promessas do Brasil na modalidade. No início do mês, ela conquistou o título do Desafio Mundial da categoria cadete, disputado no Egito. "Dá uma motivação a mais porque você está testando o local e já vai ter passado por ali na Olimpíada", afirmou.

Como tem acontecido na maioria dos eventos-teste, a competição será fechada ao público em geral. Mas, na sexta-feira e no sábado, o local poderá receber até 200 pessoas. Elas ganharam convites em uma ação do comitê realizada na Central do Brasil.

O ministro George Hilton (PRB) encerrou, nesta terça-feira, a passagem do PCdoB pelo Ministério do Esporte com a saída do secretário-executivo Ricardo Leyser. A exoneração do homem forte da pasta foi publicada nesta terça pelo Diário Oficial da União, em decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff.

Leyser era o braço do governo dentro do Ministério do Esporte desde que a pasta foi assumida pelo PRB na reforma ministerial do início do segundo mandato de Dilma após 12 anos nas mãos do PCdoB. O antigo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, foi para a Ciência e Tecnologia, e depois para a Defesa, levando com ele o então secretário-executivo Luis Fernandes.

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O posto ficou com Leyser, que até então era secretário de esporte de alto rendimento e comandava a preparação esportiva do Brasil para os Jogos Olímpicos do Rio. Inicialmente ele acertou a contratação de Ricardo Trade, ex-CEO da Copa, que ficou poucos dias no alto rendimento antes de assumir como CEO da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

Sem Trade, Hilton entregou a secretaria para Carlos Geraldo, presidente do PRB de Pernambuco e ex-presidente da Record News. A secretaria de Educação, Lazer e Inclusão Social, antes sob o comando de Carlos Geraldo, foi herdada por Evandro Grela, ex-deputado distrital pelo PRB-DF.

A outra secretaria de primeiro escalão, a de Futebol e Defesa dos Direitos dos Torcedores, foi entregue a outro membro do PRB, Rogerio Hamam, restando com Leyser a única cadeira ainda ligada ao governo e não atrelada ao PRB.

Leyser começou a trabalhar com os governos do PT ainda na gestão Marta Suplicy na prefeitura de São Paulo, entre 2001 e 2003, quando coordenou a Fórmula 1. Desde então, estava no Ministério do Esporte, tendo comandado a preparação para os Jogos Pan-Americanos e, depois, para a Olimpíada.

O agora ex-secretário foi procurado pela Agência Estado na manhã desta terça-feira, mas não respondeu aos telefonemas. No mês passado ele visitou a redação do Grupo Estado e afirmou que gostaria de deixar o governo após os Jogos Olímpicos. Até lá, tinha uma missão a cumprir.

Sem torneios oficiais para jogar até o fim do ano, Thomaz Bellucci está de férias desde a derrota para Novak Djokovic na segunda rodada do Masters 1000 de Paris, há duas semanas. Nesta segunda-feira, o brasileiro anunciou seu calendário para o primeiro quadrimestre de 2016 e revelou que pretende disputar todo o giro sul-americano.

Belucci volta de férias na próxima segunda-feira, faz uma semana de preparação física e depois vai para o Rio treinar com o técnico João Zwetsch. Entre os dias 10 e 12 de dezembro, ele joga o evento-teste do Centro Olímpico de Tênis da Barra, também no Rio.

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Bellucci abre o ano em dois torneios preparatórios para o Aberto da Austrália, em Brisbane e Sydney, ambos na Austrália, em piso rápido. Depois, inicia o giro sul-americano, no saibro, passando por Quito, Buenos Aires, Rio (Rio Open) e São Paulo (Brasil Open). Em março, tem programado jogar dois Masters 1000 nos EUA, em Indian Wells e Miami.

Durante esse período, tem a defender apenas a semifinal em Quito (90 pontos) e a terceira rodada de Miami (45). Muito pouco para quem tem 1.105 pontos e um grande potencial para crescer a partir do 37.º lugar que ocupa atualmente no ranking.

"Todo mundo sabe que não costumo fazer projeção de ranking, até porque como sempre digo, o ranking é consequência dos resultados, mas vamos seguir trabalhando duro para me firmar entre os melhores", disse Bellucci, por meio de sua assessoria de imprensa.

Em se mantendo como melhor brasileiro do ranking mundial, Bellucci terá vaga garantida no Rio-2016 como dono da casa ainda que deixe a zona de classificação - atualmente, a linha de corte é o 73.º lugar. Mas Bellucci afirma que não vai traçar um planejamento específico para a Olimpíada.

"Não iremos fazer nenhuma preparação específica para os Jogos, mas vamos buscar chegar em agosto na melhor forma física e mental possível para ir atrás da medalha. A Olimpíada será um marco na minha carreira e sei que um bom resultado no Rio pode alavancar a minha carreira em muitos aspectos, a motivação e a superação vão ser muito grande em poder representar bem o Brasil", afirma.

Na lista de favoritos para defender o Brasil na maratona dos Jogos Olímpicos do Rio não estava Valério de Souza Fabiano. Afinal, o capixaba de 26 anos nunca sequer apareceu no ranking brasileiro da distância, o que indica que jamais havia corrido no pelotão de elite. Mesmo assim, ele fez índice olímpico para o Rio-2016 ao completar, domingo, a Maratona de Valência.

O índice veio com uma marca expressiva: 2h15min10s, que coloca ele no terceiro lugar no ranking brasileiro, ficando atrás de Marilson Gomes dos Santos (2h11min00) e Solonei Rocha da Silva (2h13min15), que fizeram os índices em abril, respectivamente em Hamburgo (Alemanha) e Milão).

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Fabiano, que era da Pé de Vento e atualmente defende o Instituto Internacional Correr Bem, do Rio, deixou para trás, entre outros, Franck Caldeira, que tem 2h16min35s. O campeão da São Silvestre de 2007 agora tem que correr abaixo de 2h15min até maio do ano que vem se quiser estar nos Jogos do Rio.

A tendência, entretanto, que pelo menos mais um brasileiro faça índice. Daqui a três semanas, Paulo Roberto de Paula corre em Fukuoka (Japão), para mostrar que ainda está entre os principais maratonistas do País. Logo que iniciou a carreira na distância, ele foi oitavo colocado nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e sétimo no Mundial de Moscou, em 2013. Depois, foi prejudicado por uma série de lesões e não completou mais nenhuma prova.

No feminino, Marily dos Santos correu abaixo do índice em Valência, com 2h40min40s, mas ela já tinha marca mais expressiva: 2h37min25s, feito em Sevilha, também na Espanha, em fevereiro. Ela só está abaixo de Adriana Aparecida da Silva, bicampeã dos Jogos Pan-Americanos, que tem 2h35min28s.

O técnico Rogério Micale comemorou a goleada da seleção brasileira olímpica sobre os Estados Unidos, por 5 a 1, em Belém, e exaltou a evolução demonstrada pela equipe ao longo do ano. Ao vencer a equipe norte-americana por duas vezes, no domingo e na quarta-feira, o time olímpico encerrou a temporada, já pensando nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.

"Encerramos este 2015 na certeza de que evoluímos. Foi um ano intenso, chegamos à final do Mundial Sub-20, disputamos medalha no Pan-Americano. Agora fizemos vários jogos com resultados importantes", avaliou o treinador, que substitui Dunga quando o treinador está no comando da seleção principal. "Mas temos muito a trabalhar, temos que continuar focado, com os pés no chão para que possamos chegar fortes na Olimpíada."

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Quanto ao jogo contra os norte-americanos, Micale aprovou a recuperação da equipe ao longo do jogo. O Brasil começou perdendo, mas buscou a virada e goleou. "Saímos atras e, mesmo assim, a equipe manteve o equilíbrio, tomou as rédeas do jogo ainda no primeiro tempo. E fizemos um placar elástico. Mais que o placar, mostramos evolução. A equipe vem demonstrando bom entrosamento, vem construindo o jogo, pressionado os adversários", exaltou.

O ano de 2015 da seleção olímpica se encerrou com o amistoso disputado na noite deste domingo. Mas o trabalho de Micale ainda se prolongará pelas próximas semanas. "Na quinta-feira já estarei vendo a final da Copa do Brasil Sub-20. Na sequência, vamos visitar alguns clubes, manteremos uma agenda intensa neste final de ano", revelou.

O presidente Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, expressou neste domingo a sua confiança na capacidade das autoridades brasileiras de protegerem os Jogos Olímpicos do próximo ano, no Rio. A declaração foi feita dois dias depois do atentado terrorista matar mais de 120 pessoas em Paris - um dos seis alvos de ataque do Estado Islâmico foi o Stade de France, onde jogavam França e Alemanha.

"Confiamos nas autoridades brasileiras e na cooperação internacional de suas agências de seguranças", declarou. "Estou seguro que todos esses serviços internacionais farão todos os esforços para proteger os Jogos Olímpicos desse tipo de ataque", prosseguiu.

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A segurança será o principal assunto da pauta de discussão na reunião que haverá no Rio nos próximos dias entre membros do COI e o governo local. "O COI não é uma agência de segurança. Essa é uma função da polícia e das forças de segurança do país anfitrião em cooperação com os serviços internacionais".

O COI tem preocupação redobrada com a segurança dos atletas desde os Jogos Olímpicos de Munique, na Alemanha, em 1972, quando 11 esportistas e treinadores israelenses foram assassinados por palestinos que invadiram a vila olímpica.

Paris, que sofreu o atentado terrorista na última sexta-feira, é candidata aos Jogos Olímpicos de 2024. A capital francesa já abrigou o principal evento esportivo do mundo em 1924. A definição será anunciada pelo COI em setembro de 2017. "É uma competição que acontecerá daqui nove anos. O terrorismo é internacional. E o terrorismo, também, não está restrito a eventos esportivos. Pudemos ver em Paris tristemente que afetou todo tipo de localidade".

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