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Fã declarada de MMA e da lutadora Ronda Rousey, a judoca Mayra Aguiar admite o sonho de enfrentar a norte-americana no futuro, após se aposentar do judô profissional. Para a brasileira, uma das esperanças de medalha do País nos Jogos Olímpicos do Rio, o único empecilho ao eventual duelo será a diferença de peso.

"O problema seria o peso, eu teria que baixar ou ela teria que subir um pouco. Mas seria uma coisa interessante lutar com ela no MMA. Seria bacana", projeta Mayra, que tem 70kg e compete na categoria até 78kg no circuito mundial do judô. Ronda pesa 61kg quando está se preparando para lutar no UFC (Ultimate Fighting Championship). Quando competia no judô, se enquadrava na categoria até 70kg.

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É dessa época que vem a admiração de Mayra por Ronda. A americana competiu em alto nível no judô, com direito a duas participações em Olimpíadas. Em Pequim-2008, subiu ao pódio com a medalha de bronze. No Brasil, competiu duas vezes, com sucesso. Foi medalha de prata no Mundial de 2007 e campeã no Pan-Americano do mesmo ano - iniciou sua carreira no MMA três anos depois.

Com esta experiência de Ronda, Mayra acredita que poderia aprender muito, mesmo numa luta no octógono, local de disputa tradicional do MMA, ao invés do tatame. "Ela poderia me passar um pouco do que ela sabe. Seria bem legal", projeta a brasileira de 24 anos. "A Ronda é uma atleta que me inspira muito. Já foi judoca e desde então eu me inspiro bastante nela."

Mayra aposta no retorno triunfal de Ronda às lutas, depois da primeira e dolorosa derrota sofrida pela americana no MMA, em novembro. Grande estrela do UFC feminino, ela foi nocauteada pela compatriota americana Holly Holm e precisou ser encaminhada ao hospital ao fim do confronto. Ela chegou a fazer uma pequena cirurgia plástica para recuperar parte do rosto castigado pelos golpes que levou de sua adversária.

"Ninguém é vitorioso para sempre. Ela é uma atleta excelente e isso não mudou. Ela é guerreira, abriu as portas para o feminino no MMA. Com certeza, vai voltar, vai dar o melhor dela e vai conseguir o cinturão de volta", diz Mayra Aguiar, que garante que o MMA é um futuro muito distante em sua carreira.

Se acontecer a oportunidade, a brasileira precisará de uma aprovação especial. "Nunca treinei de verdade, sou totalmente focada no meu esporte. Gosto de assistir. Teria que treinar bastante para ver se eu iria me adaptar. Mas primeiro tenho que convencer a minha mãe disso", diz a judoca, entre risos. "Agora realmente estou com o foco totalmente voltado para o judô."

Não por acaso. Mayra é presença praticamente confirmada na Olimpíada do Rio. Ela ocupa a nona colocação do ranking olímpico e não é ameaçada pelas compatriotas - o Brasil tem direito a apenas uma representante por categoria nos Jogos de 2016. Além da boa colocação, ela já exibe a experiência de quem foi campeã mundial no ano passado e medalha de bronze no Mundial de 2013 e 2011. Foi ainda vice-campeã no Mundial de 2010.

O judoca David Moura ainda não sabe se estará nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no ano que vem, mas já sabe como derrotar o francês Teddy Riner, uma das lendas do esporte, caso venha a enfrentá-lo no tatame carioca. Pelo menos é o que garante o judoca brasileiro, da categoria acima de 100kg, faltando oito meses para a grande competição.

"Dá para ganhar dele. Ele não perde há muito tempo, é verdade. Por isso tem que fazer algo diferente e é nisso que estou trabalhando. O judô é um jogo, o tatame escorrega pra todo mundo e não vejo ele como alguém impossível de ser batido, vejo como algo bem possível", afirma Moura, que enfrentou Riner apenas uma vez e levou a pior, no Mundial de Cheliabynsk, na Rússia, em 2014.

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Foi apenas uma das 79 vitórias que o francês acumulou desde 2010, ano em que sofreu sua última derrota. O judoca de 26 anos é heptacampeão mundial, quebrando seguidos recordes e exibindo um domínio acachapante em sua categoria nos últimos anos. É ainda o atual campeão olímpico - foi bronze nos Jogos de Pequim-2008.

Por tudo isso, Riner é visto como quase imbatível no judô atualmente e favorito absoluto a buscar a medalha de ouro no Rio de Janeiro. David Moura, contudo, discorda disso. E avisa que vem estudando com cuidado o estilo do rival para vencê-lo no próximo ano.

"Eu tenho várias estratégias para enfrentá-lo. Acredito que a luta de chão é onde existe a maior possibilidade de eu ganhar dele. Estou treinando muito. O meu mestre é o Flavio Canto, que foi considerado o maior judoca de chão de todos os tempos. E está me ajudando muito nisso. É difícil jogar o Teddy Riner de costas, mas trazer para o chão eu já sei que consigo. Depois que estiver no chão, meu objetivo é finalizá-lo", explica o judoca.

Antes do grande confronto, David Moura precisa, é claro, garantir sua vaga na Olimpíada. Para tanto, precisa superar o compatriota Rafael "Baby" no ranking olímpico e ainda tem que convencer a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) de que está em melhores condições de representar o Brasil na categoria acima de 100kg.

Isso porque o ranking não será o único critério utilizado pela CBJ para definir os judocas no Rio-2016. A entidade deve considerar também a experiência e o melhor momento vivido por cada atleta às vésperas da grande competição. No momento, Moura leva vantagem por ter melhor ranking - ocupa o 12º lugar, com 1.247 pontos, contra o 14º de Rafael, com 1.111 - e está em atividade há mais tempo nestes últimos meses.

Rafael está afastado das competições desde junho, quando sofreu uma lesão no músculo peitoral e foi cortado da seleção brasileira que disputou os Jogos Pan-Americanos. Foi com sua ausência que Moura despontou na equipe. Ele aproveitou a chance e foi campeão olímpico em Toronto. Desde então, vem acumulando resultados positivos no circuito mundial. Rafael tem como vantagem os pódios que conquistou nos Jogos de Londres-2012 e nos Mundiais de 2013 e 2014.

David Moura reconhece a experiência do rival, mas acredita que terá mais chances de chegar ao pódio no Rio de Janeiro. "O fato de o Rafael ter sido medalhista olímpico e mundial mostra que é um atleta excepcional. Mas agora eu estou começando a provar que também sou. Acho que a confederação e todo mundo quer aquele atleta que estiver melhor preparado para conquistar uma medalha porque quem já conquistou não necessariamente vai ter condições de conquistar de novo. Tudo é cíclico, tudo passa e estou treinando para que este seja o meu momento", diz o judoca.

Enquanto aguarda a definição da CBJ, que só sairá no fim de maio, Moura segue sonhando com um possível confronto com Riner na final olímpica. "Agradeço a Deus por ter um cara como ele na categoria. Imagina ser campeão olímpico em cima dele? É só correr para o abraço. Já tô sonhando com isso há algum tempo. Não é um sonho 'viajado'. É um sonho com um pouco de realidade porque eu treinei bastante com ele, já competi com ele", afirma Moura.

Não é de hoje que o técnico Rubén Magnano está preocupado com o tempo em quadra dos jogadores que atuam na NBA. Os minutos são fundamentais no planejamento para os Jogos de 2016. O panorama neste momento é ruim e dificilmente vai mudar até o final da temporada da liga norte-americana de basquete.

Apesar de registrar o recorde de nove atletas, o Brasil perdeu o protagonismo. O caso mais emblemático é o de Anderson Varejão. O pivô perdeu espaço no Cleveland Cavaliers após sofrer uma lesão e registra média de apenas 8.7 minutos por jogo. A minutagem é muito inferior aos 25.2 minutos de sua carreira na liga. Nenê é outro provável titular da seleção que virou reserva nesta temporada. O pivô tem atuado 17.4 minutos em média pelo Washington Wizards.

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Armador titular do Brasil, Marcelinho Huertas confirmou o temor de Magnano ao trocar o Barcelona pelo Los Angeles Lakers. O sonho de atuar na NBA fez o jogador perder minutos preciosos em quadra. Na última temporada pelo time catalão, ele jogou 21.9 minutos em média. Agora são apenas 12.9 pela franquia californiana. A ida para o Atlanta Hawks também gerou um decréscimo no tempo em quadra de Tiago Splitter. O pivô, que é reserva, tem jogado 16.6 minutos contra 19.6 de sua média histórica na liga.

Campeão da NBA pelo Golden State Warriors, Leandrinho é um dos poucos que não teve alteração significativa no tempo em quadra. O ala registra média de 14.6 minutos contra 14.9 da temporada passada.

Raulzinho é o único jogador com chances de ir aos Jogos Olímpicos que é titular neste momento. Mesmo assim, o armador do Utah Jazz tem média inferior aos reservas da posição. O brasileiro atua 16.9 minutos contra 27.5 de Alec Burks e 23.3 de Trey Burke.

Sem vaga garantida na seleção, Lucas Nogueira, o Bebê, saiu do ostracismo no Toronto Raptors e tem atuado 10.4 minutos em média. Companheiro do pivô na franquia canadense, Bruno Caboclo está jogando na D’League e, no aspecto de minutos, está em vantagem, já que registra 32.3 minutos pelo Raptors 905. Cristiano Felício não tem atuado pelo Chicago Bulls.

A temporada regular da NBA termina em 13 de abril. Os playoffs vão até junho. O torneio olímpico começa em 6 de agosto. Magnano terá um pouco mais de um mês para tentar recuperar o ritmo dos jogadores para buscar uma medalha.

O Ministério do Esporte anunciou nesta semana que mais duas parcelas do Bolsa Atleta, programa do governo federal que beneficia atletas de modalidades olímpicas e paralímpicas, foram liberadas para 6.010 esportistas. Ao todo, o ministério prometeu desembolsar R$ 13,9 milhões aos atletas até o dia 30 deste mês.

O Bolsa Atleta, contudo, segue com sua programação atrasada no exercício 2015. Com a liberação das duas parcelas até o dia 30, terão sido pagas somente sete das 12 parcelas previstas para o ano. Por conta de restrições orçamentárias, estas sete parcelas começaram a ser pagas apenas em setembro.

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Não é a primeira vez que o pagamento do Bolsa Atleta atrasa. O ano de 2013 foi encerrado sem o desembolso de oito parcelas aos beneficiados. Os valores foram quitados em fevereiro do ano seguinte.

Ao anunciar o pagamento das duas parcelas do Bolsa Atleta, nesta semana, o Ministério do Esporte também informou que liberou o pagamento de mais uma parcela da Bolsa Pódio para 183 beneficiados, totalizando R$ 1,9 milhão.

Ainda faltam oito meses para os Jogos Olímpicos do Rio, mas muitos atletas brasileiros já estão ansiosos para entrar na disputa. É o caso dos judocas da seleção brasileira, que carregam a responsabilidade de fazer bonito em 2016, em razão do bom histórico de medalhas nas Olimpíadas anteriores. A modalidade é uma das apostas do Comitê Olímpico do Brasil (COB) para alcançar a meta de fechar o Rio-2016 entre os dez primeiros colocados no quadro de medalhas.

"Existe uma expectativa grande porque vamos para os Jogos Olímpicos em casa. E estamos numa modalidade que mais traz resultados para o Brasil em Olimpíada", reconhece Luciano Corrêa, que ainda busca sua vaga olímpica na categoria até 100kg. "Está batendo a ansiedade, sim. Todo mundo está muito ansioso pelo dia da estreia, para acertar em tudo, principalmente por competir em casa", reforça Tiago Camilo, outro experiente judoca da seleção.

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A preocupação com a ansiedade aumentou em 2014, quando a torcida brasileira viu a seleção de futebol praticamente sucumbir diante da responsabilidade de ser campeã mundial em casa. Ficaram famosas as imagens do zagueiro Thiago Silva, então capitão do time, em lágrimas diante do medo de errar seu pênalti nas cobranças decisivas das oitavas de final, contra o Chile - o Brasil venceu os chilenos, mas o defensor não participou das penalidades.

A fragilidade emocional da seleção brasileira culminara no trágico 7 a 1, na semifinal. Diante da superioridade inesperada dos alemães, a equipe sofreu um "apagão" em campo e foi presa fácil para os rivais em uma partida que já entrou para a história do futebol mundial.

Para evitar que isso se repita na Olimpíada, confederações e comissões técnicas vêm contando nos últimos anos com o auxílio de psicólogos. "Todo mundo está tendo um cuidado quanto à ansiedade. Os atletas têm a consciência de que precisam ser preparar psicologicamente, que precisam se programar para cada competição, para absorver essa pressão que já está acontecendo", diz Tiago Camilo, com classificação praticamente assegurada para defender o Brasil na categoria até 90kg.

"Na teoria, é uma coisa. Só que quando chega a competição, cada um reage de uma forma. Uns travam, outros não. É muito pessoal. O atleta que tiver maturidade para absorver toda essa pressão e transformar tudo isso em algo positivo vai ter bom resultado", prevê o judoca de 33 anos, campeão mundial em 2007, justamente no Rio, diante da torcida brasileira.

Um dos atletas mais jovens da seleção de judô, Charles Chibana diz já colher os frutos da ajuda psicológica na equipe brasileira. "Tem me ajudado muito nessa parte de ansiedade. Antes eu achava que psicólogo era só para quem precisava, mas no final a gente percebe que realmente precisa. A ansiedade é um fator que prejudica bastante", diz o judoca de 26 anos. "Estamos trabalhando essa parte psicológica para blindar um pouco a pressão. Vai ser a minha primeira Olimpíada. Então é inevitável ficar ansioso".

Mayra Aguiar, uma das apostas do time feminino, também se preocupa com a ansiedade. E revela como faz para evitar que isso atrapalhe seu rendimento no tatame. "Estou focando somente em mim, sem pensar tanto nas adversárias. Não vou estar pensando em chave, em colocação. Quero chegar na Olimpíada com o corpo em excelente forma, com a técnica fechada, e com a cabeça fortalecida."

Para Luciano Corrêa, se depender da parte mental, o Brasil não fará feio no Rio de Janeiro. "Está todo mundo bem amparado para chegar lá e tirar da mente qualquer tipo de coisa que possa estar atrapalhando no tatame", garante o judoca de 33 anos, acostumado a disputar grandes competições internacionais.

O judô é uma das apostas do COB para colocar o Brasil no Top 10 do quadro de medalhas em razão do bom desempenho nas Olimpíadas. Trata-se da modalidade que mais pódios conquistou para o País, com 19 medalhas ao longo da história da competição. Em 2016, as chances de brilhar são ainda maiores porque o Brasil terá representante nas 14 categorias em disputa (sete no masculino e sete no feminino).

Em uma temporada marcada pelo raro brilho no Mundial de Astana, no Casaquistão, judocas da seleção brasileira admitem que a equipe caiu de rendimento neste 2015, ano pré-olímpico, decisivo na preparação dos atletas para os Jogos do Rio-2016. No entanto, não deixam a confiança ser abalada pelos resultados irregulares.

"Fizemos um ciclo olímpico de regular para ótimo. O último ano não foi tão bom, é verdade, pelo resultado que tivemos nos anos anteriores. Mas não quer dizer que o Brasil não vai fazer uma boa Olimpíada", pondera Luciano Corrêa, da categoria até 100kg e um dos judocas mais experientes da seleção. Tiago Camilo, outro veterano do time, concorda com o desempenho abaixo do esperado em 2015: "Os resultados poderiam ter sido melhores, né?".

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O "vilão" da temporada dos brasileiros foi o Mundial de Astana, em agosto. O País obteve seu pior resultado em seis anos na competição, com apenas duas medalhas de bronze - de Érika Miranda (até 52 kg) e Victor Penalber (até 81 kg). "Não foi um Mundial bom, mas temos que ver o que cada um precisa corrigir", reconhece Charles Chibana (até 66kg), eliminado logo na estreia no Casaquistão.

Uma das esperanças do Brasil no Mundial era Mayra Aguiar, que defendia o título conquistado em 2014. Mas foi derrotada nas oitavas de final. Na avaliação da judoca, as oscilações fazem parte da rotina. "É normal ficar fora do pódio, conseguir manter a constância de vitórias é muito difícil", diz a atleta da categoria até 78kg. "No judô se oscila bastante. Na minha categoria, todo o pódio mudou de um Mundial para o outro. É uma coisa que acontece muito, o atleta varia bastante de uma competição para outra."

Os resultados irregulares, no entanto, não preocupam os atletas. "Sentamos para conversar e corrigir o que precisamos fazer na preparação física, na parte psicológica. Está todo mundo acertado, no mesmo caminho para chegar bem na Olimpíada", garante Corrêa, que venceu apenas uma luta em Astana. "Temos esse período pela frente para potencializar tudo que tem que ser feito e chegar bem no Rio", projeta Chibana.

Para Tiago Camilo, o tropeço no Mundial não indica apenas queda de rendimento da seleção. Os rivais, na sua avaliação, mostraram forte evolução. "Acho que o Brasil vem melhorando, só que os outros países também evoluíram. Os atletas da Geórgia, da Rússia, por exemplo, sempre 'morriam' no fim da luta. Hoje eles não cansam mais. Estão evoluindo, a estrutura está mais profissional", afirma.

No entanto, ele admite que o judô brasileiro precisa seguir crescendo para se manter entre os favoritos, como foi nos últimos Mundiais. "O Brasil está entre os melhores ainda, mas, se quiser fazer a diferença, tem que melhorar mais ainda", diz o campeão mundial de 2007 na categoria até 90kg.

Fonte de grandes medalhas para o Brasil em Olimpíadas, o judô é uma das apostas do Comitê Olímpico do Brasil (COB) para alcançar a meta de encerrar os Jogos do Rio-2016 entre os dez primeiros colocados no quadro de medalhas. A esperança é grande porque o País terá representante nas 14 categorias em disputa (sete no masculino e sete no feminino), ampliando as chances de pódio no ano que vem.

Uma das provas mais acirradas da natação brasileira nos últimos anos, os 100 metros peito garantiu mais três índices olímpicos ao País neste sábado, na seletiva disputada na piscina da Unisul, em Palhoça (SC). Felipe França, principal referência do Brasil na prova, obteve a marca ao lado de Felipe Lima e Pedro Cardona.

Ao vencer a prova, com o tempo de 59s56, França ainda bateu o recorde do campeonato. O nadador do Corinthians foi seguido de perto por Felipe Lima (1min00s09), do Minas Tênis, e por Pedro Cardona (1min00s41), do Pinheiros. O trio nadou abaixo do tempo de 1m00s57, o índice olímpico da prova.

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"A primeira coisa importante foi tirar o peso das costas. Estou treinando bem mais, ainda não estou totalmente descansado, mas graças a Deus deu tudo certo. A meta é sempre tentar diminuir o tempo. Até o Troféu Maria Lenk, tenho que continuar treinando muito, controlar a alimentação e segurar a ansiedade", disse França, referindo-se à segunda e última seletiva olímpica da natação brasileira, a ser realizada em abril de 2016.

Felipe Lima também demonstrou alívio com a meta alcançada nesta primeira seletiva. "Primeira página virada, primeiro passo dado. Primeira seletiva olímpica é muita pressão em cima de todo mundo, ainda mais sabendo que já têm três atletas nadando abaixo do índice, mas natação é assim, feita de superação. Todo mundo tem sua chance e a primeira já foi dada", declarou.

Também se destacaram neste sábado os velocistas Bruno Fratus, Marcelo Chierighini e Etiene Medeiros, todos com índice olímpico nos 50 metros livre. Fratus voltou a nadar abaixo do índice, como fez na quarta-feira, quando abriu o revezamento do 4x50m livre do Pinheiros, com 21s37, o segundo melhor tempo do mundo neste ano. Mas desta vez não foi tão veloz, com 21s66.

Com o resultado, manteve o índice obtido na quarta. Havia a possibilidade de ele perder a marca porque, pelo regulamento da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), os índices para provas de 50m, 100m e 200m livre feitos na abertura de revezamentos só valem se os respectivos atletas não participarem (ou tiverem participado) da prova individual no mesmo evento.

Fratus nadou a prova individual, mas não teve problemas para nadar abaixo da marca olímpica (que é de 22s27). "O objetivo foi cumprido. No revezamento era vencer a prova e hoje, conquistar o índice. Ganhei as três principais competições nacionais (Troféus Maria Lenk e José Finkel e Brasileiro Sênior), medalha nos Jogos Pan-Americanos e medalha no Mundial dos Esportes Aquáticos de Kazan. Ano que vem vai ser ainda melhor", disse o motivado nadador, que ameaça o domínio de Cesar Cielo da prova.

Marcelo Chierighini também obteve o índice, com 22s17. No feminino, Etiene Medeiros registrou 24s96. "É bom estar fazendo o índice, ver que estou conseguindo. Vou analisar com o meu técnico (Fernando Vanzella) o que vamos fazer para a nossa programação da Olimpíada", afirmou a nadadora.

Apenas 11.º colocado nos 100m livre no Brasileiro Sênior, na manhã desta sexta-feira, Cesar Cielo resolveu abandonar a competição em Palhoça (SC), primeira das duas seletivas olímpicas da natação brasileira. Sem se classificar para nadar o Open, o recordista mundial dos 100m e dos 50m livre decidiu deixar a cidade catarinense sem nem competir na prova mais curta, que será no sábado.

Cielo já havia deixado Kazan, no meio do Mundial de Natação, em agosto, reclamando de uma lesão no ombro. Ele nadou apenas os 50m borboleta, ficando em sexto lugar, e deixou a Rússia dizendo que "não tinha mais o que fazer" no Mundial. O campeão olímpico havia aberto mão de compor o revezamento 4x100m livre e deixou a competição antes de defender o tricampeonato nos 50m livre.

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Após dois meses se tratando da lesão no ombro, Cielo voltou aos treinamentos em outubro e pretendia usar a competição em Palhoça como um teste. Ele fez 21s44 com saída lançada no revezamento 4x50m livre do Minas, marca que indicava boa chance de índice olímpico na prova individual deste sábado.

Pensando na Olimpíada, Cielo mudou seu programa de provas e abriu mão de nadar os 50m borboleta para competir nos 100m livre. Além do índice na prova na qual é recordista mundial, queria se classificar para compor o revezamento 4x100m livre do Brasil que tem grandes chances de medalha no Rio-2016.

Na manhã desta sexta, entretanto, Cielo fez apenas o 11.º tempo nos 100m livre: 49s55, resultado que não o colocaria entre os 100 primeiros do ranking mundial. Como só os oito primeiros se classificam para o Torneio Open, que não tem Final B, Cielo não teria nova chance de nadar os 100m livre em Palhoça.

Agora, Cielo terá só uma oportunidade de se classificar para o Rio-2016: o Troféu Maria Lenk do ano que vem, que será disputado em abril no Centro Olímpico Aquático. Ali, deverá ter duas chances de nadar cada uma das provas (50m e 100m livre), uma vez que são disputadas eliminatória e finais A e B.

Dos 42 brasileiros que disputaram o Mundial de Atletismo de Pequim, só um, João Vitor Oliveira, dos 110m com barreiras, obteve o melhor resultado da carreira. Outros cinco tiveram na China o melhor desempenho deles na temporada. O resto, nem isso. O fracasso na competição e também nos Jogos Pan-Americanos de Toronto exigiu ações da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), que agora tenta evitar que o cenário se repita nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

Para isso, a entidade cobrou que cada atleta classificado para a Olimpíada (já são 49 credenciais garantidas, contando revezamentos) enviasse um planejamento detalhado do que fará até agosto de 2016, estipulando metas de marcas em março, maio, junho e nos Jogos do Rio. A CBAt quer que cada brasileiro, partindo do índice, melhore seus resultados três vezes ao longo da próxima temporada e deixe para chegar ao ápice na Olimpíada.

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"Vou cobrar melhora da performance. Todos apresentaram uma planilha com as metas de atingimento de marca. Eu já tenho uma planilha para cada um desses momentos. Quando chegar em março, vou verificar se o atleta cumpriu a meta para mantermos o apoio financeiro a ele", conta Antonio Carlos Gomes, superintendente de alto rendimento da CBAt.

Nos últimos anos, a CBAt adotou índices mais fortes do que os exigidos internacionalmente pela IAAF para a Olimpíada. Como os Jogos de 2016 serão em casa, a CBAt entende que é importante ter o máximo de brasileiros possíveis participando e, por isso, relaxou os índices. Ela já havia feito isso no Mundial de Pequim e os efeitos práticos não foram nada bons.

Por isso, quem tiver índice vai disputar a Olimpíada normalmente, mas só continuará a receber o melhor suporte possível da CBAt quem demonstrar evolução ao longo da temporada. "Eles têm apoio nos seus estados, nos municípios, nos clubes, campings internacionais, ajuda de custo para esses campings, todo o staff possível, equipamento. Estamos dando total cobertura para eles. Não estamos poupando nada", garante Marco Antônio. O programa, uma parceria entre CBAt e COB, deverá custar até R$ 4 milhões até a Olimpíada.

Individualmente os atletas têm metas a cumprir, mas a CBAt prefere não traçar uma meta numérica para o atletismo brasileiro na Olimpíada. Dois dos objetivos são bastante modestos: aumentar número de participantes (o que será atingido graças ao relaxamento dos índices) e de finais (foram apenas três em Londres-2012). A terceira meta é "ganhar medalha", depois de passar em branco em Londres.

A palavra adotada pela entidade é "prognóstico". O número de finalistas, pelo que apontam os estudos da CBAt, é de 10 a 11. "Estamos trabalhando para aumentar o número de finais. Eu estou percebendo na preparação dos caras que deveremos atingir isso. Chegar a mais finais é um passo do processo para ganhar mais medalhas", explica Marco Antônio.

Até agora, cerca de metade dos atletas classificados ao Rio-2016 apresentou seu plano de metas à CBAt. Fabiana Murer, por exemplo, disse que pretende saltar 4,90m, o que a colocaria como favorita ao ouro em qualquer competição. Ana Cláudia Lemos sonha com 10s95, que a poria na final dos 100m. Augusto Dutra, com os 5,90m que valeram o título mundial na vara a Shawnacy Barber este ano.

Aldemir Junior traçou fazer 20s00 nos 200m, também para ser finalista - seria quinto no Mundial deste ano. Duda foi mais longe e, se saltar os 8,50m que planejou, ganha o ouro olímpico com folga. O problema é que ele não passou de 8,03m este ano e nem tem índice para o Rio.

Joanna Maranhão chegou a largar o esporte, cansada de "dar murro em ponta de faca", como dizia. Voltou à natação em 2014 e agora, aos 28 anos, está qualificada para disputar sua quarta edição de Jogos Olímpicos. O primeiro índice para a Olimpíada do Rio veio na manhã desta quinta-feira (17), nos 400m medley.

"Eu amo essa prova de um jeito que não sei explicar. Eu posso até ficar um pouco nervosa no começo, mas quando estou atrás do bloco eu sinto uma felicidade imensa. Estar feliz assim e conquistar minha quarta Olimpíada é muito bom. Jamais imaginei que com 28 anos estaria vivendo isto", comentou Joanna após atingir o índice vencendo o Brasileiro Sênior, em Palhoça (SC).

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Ela foi finalista dos 400m medley em Atenas-2004, completando aquela final em quinto, com 4min40s00 no cronômetro. Por mais de 10 anos, falhou na tentativa de quebrar essa barreira, pegando trauma de nadar a prova. Ela só alcançou a casa de 4min39s no Pan de Toronto, em julho. Em Palhoça, fez 4min40s78 para quebrar o recorde da competição.

"Eu passei por vários momentos de dúvidas, mas pessoas entraram no meu caminho, ao longo dos anos, para me mostrar que ainda era possível e sem eles eu não estaria aqui fazendo esse quarto índice. Agora que sei que estou lá (na Olimpíada), eu quero muito viver isso", disse.

Em teoria, outras duas brasileiras ainda podem fazer marcas melhores no Troféu Maria Lenk, em abril, no Rio, e deixar Joanna fora da Olimpíada nos 400m medley. Na prática, entretanto, isso é impossível. A segunda melhor do País, Florencia Perotti, nadou uma única vez abaixo de 4min50s - fez 4min46s no Maria Lenk desse ano.

Medalhista de bronze no Mundial de Boxe Amador do ano passado, Clélia Costa foi pega em exame antidoping surpresa feito em setembro e, julgada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do Boxe, pegou apenas seis meses de suspensão. A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), que promoveu o teste surpresa, queria quatro anos de punição à boxeadora de promete recorrer até à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), na Suíça.

"Vamos recorrer sempre que necessário, inclusive levando ao CAS. A Wada (Agência Mundial Antidoping) está acompanhando junto conosco todos esses casos porque, como o país que recebe os Jogos, estamos sob o olhar internacional", diz Marco Aurélio Klein, presidente da ABCD.

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Clélia foi flagrada pelo diurético furosemida, usualmente utilizado para mascarar substâncias dopantes. Uma punição exemplar a ela, pelo que explica Klein, é importante para a credibilidade do trabalho antidoping realizado no Brasil. "Estão todos muito atentos e eles querem estar seguros de que estamos trabalhando. Várias das federações internacionais estão trabalhando conosco na preparação para que a gente possa testar inclusive atletas internacionais que vão passar pelo Brasil", conta.

Como a coleta foi realizada em 19 de setembro, a boxeadora fica oficialmente suspensa até meados de março. De acordo com Mauro Silva, presidente da Confederação Brasileira de Boxe (CBB), Clélia culpou a namorada pelo doping. "Ela explicou que a namorada dela que acabou colocando (o diurético) em uma bebida para ela tomar. Ela admite dessa forma." A Agência Estado não conseguiu contato com a boxeadora.

Mauro sempre foi um entusiasta de Clélia, titular da categoria até 49kg na seleção brasileira permanente. Mas até ele admite que a punição foi branda. "Analisando pelo lado de uma atleta que tem bastante conhecimento, tem acesso a informação, e observando o que o dispositivo da lei coloca, entendo que foi brando."

Na avaliação de Luis Horta, ex-presidente da agência antidoping portuguesa e do conselho dos laboratórios da Agência Mundial Antidoping (Wada) e agora consultor da ABCD, Clélia sequer demonstrou que não houve a intenção de se dopar. "Não houve evidência que pudesse garantir que não houve intencionalidade. Muito pelo contrário", comentou, lembrando que pesa contra ela o fato de que os diuréticos, por reduzirem peso, serem recorrentes no boxe.

Clélia já havia sido estranhamente retirada do Pré-Pan, evento classificatório para os Jogos Pan-Americanos, em junho. A versão oficial é que ela sentiu-se mal pouco antes da estreia e decidiu não lutar. Se subisse ao ringue e vencesse o combate, conquistaria vaga para o Pan.

Ainda que a punição de seis meses seja mantida, Clélia não deverá ter tempo para ser preparada para o Mundial de maio. Pelo modelo de seleção permanente, a CBBoxe só tem mais uma atleta para lutar na mesma categoria de peso: a também paulista Graziele Jesus. Erica Mattos, que defendeu o Brasil em Londres-2012 e se afastou do esporte para ter um filho com Robson Conceição, pode ser convocada no início do ano que vem.

Há quatro meses afastado das competições, Cesar Cielo fez seu retorno às piscinas nesta quarta-feira na primeira seletiva da natação brasileira, disputada em Palhoça (SC). Recuperado de uma lesão no ombro esquerdo, o nadador participou do revezamento 4x50 metros livre, no qual ajudou o Minas Tênis a buscar a vitória.

Cielo marcou o tempo de 21s44, sendo o segundo homem da equipe a cair na água. Alan Vitória, Ítalo Duarte e Felipe Martins completaram o time. "Foi bom para entrar na competição e quebrar o gelo. Não sei como foi a parcial e nem as frequências. Agora quero descansar e sexta-feira vir bem para nadar os 100m livre", comentou Cielo.

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O nadador não competia desde agosto, quando disputou o Mundial de Kazan, na Rússia. Irregular na competição, seu principal foco na temporada, Cielo sofreu com dores no ombro e precisou até desistir da prova dos 50 metros livre, sua especialidade.

"Fisicamente estou bem, essa foi a minha primeira competição depois do Mundial. Eu voltei a treinar faz pouco tempo, depois da fisioterapia para o ombro, até o meio de outubro. Mas treinei bem. Tenho que buscar o ritmo de competição rápido, mas vou usar a eliminatória para treinar a estratégia dos 100 metros", declarou Cielo, que vai nadar ainda os 50m livre, os 100m livre e o revezamento 4x100 metros livre em Palhoça.

"O importante agora é fechar bem o ano e tentar tirar um tempo legal aqui. Eu sei que é difícil, eu querer o máximo que eu posso fazer, sabendo que voltei a treinar faz pouco tempo. Acho que posso nadar bem, apesar de não ter feito uma temporada ideal ainda, posso fazer grandes tempos nesse final de semana", projetou o nadador.

Enquanto Cielo tenta recuperar o ritmo, Bruno Fratus segue fazendo grande temporada. Nesta quarta, ele obteve o índice olímpico ao abrir o revezamento 4x50m livre. Ao anotar 21s37, Fratus não apenas registrou seu melhor tempo da carreira como também obteve a segunda melhor marca da temporada do mundo.

"Este era um número que vinha procurando, embora ainda não é o tempo que vai me deixar feliz. Fiquei devendo este tempo no Mundial, mas foi logo depois do Pan, muitas viagens, mas hoje finalmente consegui nadar 21s30. Saí do hotel pra fazer meu melhor, pedi pra abrir o reveza, não necessariamente este tempo, podia ser 21s40, mas foi ainda melhor", afirmou Fratus.

Às vésperas dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, cresce a expectativa por um grande resultado do Brasil. A meta é conseguir o maior número possível de medalhas, mas para quem mira o crescimento do esporte no Brasil, o objetivo é muito maior. Foi o que explicou o secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, nesta terça-feira (15).

"Estamos aproveitando o momento para construir uma potência esportiva pensando não só em número de medalhas, mas na pluralidade de modalidades, na qualificação das equipes técnicas que estão por trás dos atletas. Também estamos pensando na profissionalização da gestão do esporte. E é preciso criar uma rede de prática do esporte bem estruturada, que vá da base ao alto rendimento", declarou.

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Leyser participou de um seminário no auditório de Furnas, no Rio, e reforçou que o planejamento do Ministério do Esporte é mesmo buscar a evolução a longo prazo. Por isso, classificou o evento como "ponto de partida" para uma nova realidade esportiva, e não "ponto de chegada".

"É o primeiro passo do que a gente imagina que seja a nova era do esporte brasileiro. Os Jogos não são o ponto de chegada, e sim ponto de partida. E não se restringem ao Rio de Janeiro", afirmou.

O secretário ainda detalhou as metas feitas pelo governo brasileiro. "Trabalhamos com quatro conceitos relativos ao legado dos Jogos Rio 2016: que seja amplo, chegando a todas as modalidades; democrático, da base ao alto rendimento; nacional, chegando a todas as unidades da federação; e a longo prazo, que não se esgote no ano que vem."

O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta quinta-feira, em Lausanne (Suíça), que acertou a venda dos direitos de transmissão dos Jogos Olímpicos no Brasil para a Rede Globo até 2032. A emissora carioca terá exclusividade para transmitir todas as edições de 2018 (de Inverno) até 2032 (Verão) em internet, mobile e TV a cabo. Para a TV aberta, entretanto, o contrato não prevê exclusividade.

"Estamos muito contentes com essa cooperação de longo termo com a TV Globo, que é a empresa de mídia líder no Brasil. Temos excelentes experiências de trabalho com a Globo e por isso decidimos estender a nossa parceria e colaboração até 2032. É um acordo a longo prazo, que vai trazer benefícios mútuos", disse o presidente do COI, Thomas Bach.

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Os valores do negócio não foram divulgados, mas o contrato surpreende pela duração do acordo. Em junho, o grupo que detém os canais Discovery comprou os direitos dos Jogos Olímpicos para a Europa até 2024. Também os contratos relativos a Japão, China e Coreia do Sul vencem em 2024.

O outro grande mercado é os Estados Unidos, que tem o contrato mais caro do movimento olímpico, com a NBC tendo pago US$ 7,75 bilhões para ter exclusividade nos EUA até 2032. Só Globo e NBC têm acordo até esta data.

Depois de perder os Jogos de Londres-2012 para a Record, a Globo assegurou o direito de transmissão das Olimpíadas de 2014 (de Inverno, em Sochi) e de 2016 (no Rio) para as quatro plataformas. À época, a Band foi sua parceira na aquisição para a TV aberta, enquanto a Record fechou um acordo paralelo com o COI também só para TV aberta.

"Levar os valores olímpicos ao povo brasileiro, através de diversas plataformas de mídia, é um desafio que o Grupo Globo tem orgulho de assumir. Através da Agenda 2020, o COI determinou uma estratégia clara para o desenvolvimento do esporte e a promoção dos valores olímpicos de forma global. Temos muita confiança em um futuro brilhante para o movimento olímpico", comentou Roberto Irineu Marinho, presidente do Grupo Globo.

A Globo é um dos "apoiadores oficiais dos Jogos Olímpicos do Rio-2016", junto com marcas como TAM, Skol, Batavo e Sadia. A Olimpíada carioca tem ainda dois outros tipos de cotas mais nobres: "patrocinadores olímpicos mundiais" (que detém contrato de longo termo com o COI) e "patrocinadores oficiais dos Jogos do Rio" (apenas para esta edição).

O Comitê Olímpico Internacional (COI) anuncia que vai auditar as contas do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Mas não pedirá nem mesmo para ver os contratos entre a cidade do Rio e empresas envolvidas na Operação Lava Jato, como a Odebrecht, responsável por erguer o Centro Internacional de Transmissão e o Parque Olímpico.

Thomas Bach, presidente do COI, anunciou que, para reforçar o combate contra a corrupção, a entidade vai ampliar as auditorias com todas as entidades nacionais e fiscalizará de forma independente o que será feito com cerca de US$ 1,2 bilhão que irá para o Rio de Janeiro. Nesta semana, ele já alertara que a corrupção está ameaçando a credibilidade do esporte. "Queremos que o dinheiro que vem do esporte vá para o esporte", disse, defendendo uma "boa gestão".

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A reportagem do Estado de S. Paulo questionou se o COI também pediria uma auditoria independente das obras para as instalações olímpicas do Rio. Mas Bach deixou claro que esse não é sua responsabilidade. "A auditoria se refere apenas ao Comitê Organizador. O restante são contratos entre a cidade e as construtoras", afirmou. "Temos total confiança no prefeito (Eduardo Paes) e na cidade, além de defender a presunção de inocência."

Questionado por uma agência internacional se não temia que os escândalos na CBF também surgissem no Comitê Olímpico do Brasil (COB) ou no Rio-2016, Bach se recusou a falar do assunto. "Não vou jogar suspeitas sem ter informação concreta".

Em entrevista à AP, a procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, não respondeu se está ou não investigando os contratos relacionados com os Jogos de 2016 no Rio.

IMPEACHMENT - Apesar de tentar se afastar das polêmicas de corrupção no Brasil, os altos dirigentes do COI admitem que estão "preocupados" com o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, com a recessão e garantem que estão "dispostos" a adaptar os Jogos de 2016 para se adequar às "novas realidades" do Brasil.

A meta do COI é clara: blindar seu maior evento do caos político brasileiro. "O Rio será uma ilha", garante Alex Gilady, membro do COI. Outros membros do COI, porém, são mais diretos. "A instabilidade política nos preocupa", admitiu Wu Ching-kuo, membro do Comitê Executivo do COI. "Se não temos estabilidade, o impacto pode ocorrer nos Jogos", disse. Para Gilady, porém, a realidade é que, seja o que ocorrer no Brasil, "não mais como voltar atrás".

Parte da estratégia é a de não dar detalhes do impacto econômico da crise na preparação. Oficialmente, ninguém sabe dizer qual o tamanho do corte do orçamento. "Eu não tenho ideia do que precisamos cortar", disse Thomas Bach. Mas, nos bastidores, os trabalhos apontam para uma revisão completa dos contratos para impedir uma contaminação.

Na quarta-feira, o COI anunciou a criação de um grupo de trabalho para estudar um corte nos gastos do evento. Nesta quinta, Bach confirmou que a entidade também vai contribuir na redução de exigências. "Sabemos dos desafios políticos e econômicos. A situação não é fácil", declarou Bach. "Estamos prontos a nos adaptar e adaptar o orçamento do Comitê Organizador do Rio2016 para esses novos desafios", disse o dirigente. "Vamos adaptar o orçamento para que atletas não sejam afetados", afirmou.

Sobre o impeachment, Bach tentou minimizar um eventual impacto no evento. "Estamos acompanhando isso de perto. Na organização dos Jogos, estamos na fase operacional e, portanto, estas questões políticas têm influência menor do que em outros estágios. Apesar dos problemas políticos, temos confiança com os Jogos", disse.

Décimo quarto colocado no trampolim no Mundial de Kazan, Cesar Castro comemorou a classificação para os Jogos do Rio, mas, na verdade, ainda não está garantido na Olimpíada do ano que vem. A Federação Internacional de Natação (Fina) teria mudado o entendimento do sistema de classificação dos saltos ornamentais para o Rio-2016 e, pela nova interpretação, Castro terá que buscar a vaga pela Copa do Mundo, evento-teste que vai acontecer em fevereiro no Rio.

Quando a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) deu a classificação de Castro como certa, alegou que os campeões europeu (o francês Matthieu Rosset) e pan-americano (o mexicano Rommel Pacheco) já tinham vaga no Rio-2016 pelos respectivos títulos continentais quando avançaram à final do Mundial disputado em agosto na Rússia.

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Assim, as duas vagas seriam abertas pelo Mundial, para 13.º e o 14.º colocados da semifinal, respectivamente o norte-americano Michael Hixon e o brasileiro Cesar Castro. "Houve um equívoco de interpretação por parte da própria Fina", argumenta Ricardo Moreira, coordenador técnico da CBDA. Os EUA nunca deram Hixon como classificado.

Agora serão 20 vagas disponíveis por meio da Copa do Mundo, sendo que cada país pode ter dois representantes por prova no Rio-2016. Para se classificar à Copa do Mundo, Cesar Castro tem que fazer índice na Taça Brasil de Saltos Ornamentais, que começa nesta quinta-feira em Brasília como seletiva para o torneio internacional.

Nos saltos ornamentais, o Brasil tem vaga garantida nas quatro provas sincronizadas - trampolim e plataforma, no masculino e no feminino -, uma vez que entende-se que essas competições são por "equipes". A CBDA vai apontar as duplas escolhidas para cada prova, mas Cesar Castro não concorre às vagas, uma vez que tem priorizado os treinos para o trampolim individual.

De acordo com Ricardo Moreira, o Brasil tem como meta classificar cinco atletas para as provas individuais. "O máximo que o Brasil já conseguiu foi ter quatro atletas", lembrou. Em Atenas-2004 e Pequim-2008, o País foi representado por Cesar Castro, Hugo Parisi, Juliana Veloso e Cassius Duran. Dos quatro, só Duran parou, ficando de fora já de Londres-2012.

A CBDA estipulou índices fortes para os brasileiros que queiram disputar a Copa do Mundo. Em Kazan, só Cesar Castro e a jovem Giovanna Pedroso, na plataforma, atingiram nota superior àquela que a CBDA agora exige para o evento-teste.

O Brasil terá cinco representantes no tae kwon do dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Além das quatro vagas que foram destinadas como país-sede, uma quinta foi obtida por meio do ranking mundial, por Iris Sing, que terminou no quarto lugar no ranking olímpico da categoria até 49kg e ficou com uma das seis vagas que estavam em jogo.

Bronze no Mundial e nos Jogos Pan-Americanos, ambos neste ano, Iris fechou a temporada no Grand Prix Final, evento realizado no fim de semana no México reunindo os oito melhores do mundo em cada categoria. Mesmo derrotada na primeira luta, a brasileira acabou beneficiada por derrotas de rivais e até subiu no ranking, do quinto para o quarto lugar. Ela somou 259,51 pontos ao longo da corrida olímpica, contra 242,21 da primeira atleta fora da zona de classificação.

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O tae kwon do é dividido em oito categorias de peso por gênero, mas nos Jogos Olímpicos a modalidade tem apenas quatro subdivisões no masculino e outras quatro no feminino. Iris, que foi bronze no Mundial na até 46kg, vai lutar no Rio entre atletas de até 49kg.

O Brasil teria boa chances de classificação na categoria masculina até 58kg, mas Guilherme Dias e Venilton Teixeira, que ganharam medalhas de bronze nos últimos dois Mundiais, se revezaram na titularidade da seleção e não somaram pontos suficientes nem para ficar entre os 10 primeiros do ranking. Diferentemente de todos os outros países, o Brasil, por ter convites como sede, não pode disputar os Pré-Olímpicos.

Agora caberá à Confederação Brasileira de Tae Kwon Do apontar as quatro categorias de peso (duas masculinas e duas femininas) nas quais usufruirá dos convites, para depois escolher os representantes do País na Olimpíada. No masculino, a entidade havia apontado a até 80kg (mais pesada) na esperança de contar com o lutador de MMA Anderson Silva, mas a ideia depois mostrou-se furada.

Líder do ranking mundial de tênis nas duplas, o brasileiro Marcelo Melo revelou que pretende disputar também o torneio de duplas mistas, quando a parceria é formado por um homem e uma mulher, nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. "Eu pretendo competir sim, mas ainda não sei com quem, pois depende de ranking", contou.

Se a parceria com Bruno Soares nas duplas já é certa, e eles são fortes candidatos ao pódio no Rio, nas duplas mistas ele ainda vai esperar para ver com quem poderá jogar. "Sei que tem a Teliana Pereira e a Bia Haddad, mas ainda não está definido", explicou, sobre duas das brasileiras mais bem colocadas no ranking mundial da WTA.

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Por ser país-sede, o Brasil tem duas vagas garantidas em simples, tanto no masculino quanto no feminino. Já nas duplas mistas, só terá vaga se estiver entre os 16 países mais bem colocados, levando-se em conta a pontuação dos dois. A presença em dois eventos no Rio seria uma ótima notícia para Marcelo Melo.

Ele teve uma temporada incrível, que incluiu o título de Roland Garros, na França, ao lado do croata Ivan Dodig. Tanto que o apelido de Girafa ganhou proporções que ele não imaginava. "Essa coisa de Girafa começou logicamente pelo meu tamanho. As pessoas passaram a me chamar assim no circuito, entre os jogadores, e acabou passando para os torcedores. Depois de Roland Garros, acho que foi o estouro dessa história, com as pessoas me reconhecendo e seguindo o Girafa no tênis".

A última vez que o Brasil tinha tido um líder do ranking foi com Gustavo Kuerten, em simples, em 2001. Marcelo Melo quebrou o jejum 14 anos depois, só que nas duplas. O tenista lembra que é mais comum o atleta querer disputar partidas individuais e traça as características de jogar em duplas.

"O Federer, quando veio ao Brasil, deixou claro que não é a favor de chamar de duplista, como se ele não fosse um tenista. Cada um tem suas qualidades, a dupla tem sua dinâmica, não demanda tanto do preparo físico quanto em simples, mas ao mesmo tempo alguns jogadores não conseguem jogar duplas. É um caminho natural tentar jogar simples, pois dá mais visibilidade e a premiação é 80% maior", disse.

Foi com o croata Ivan Dodig que ele obteve os melhores resultados na temporada e recebeu elogios até do sérvio Novak Djokovic, líder do ranking em simples. "Nas duplas, a maneira que se treina e o preparo físico são diferentes. É precio montar a estratégia de outra forma, pois tem uma pessoa do seu lado, então cada um encontra suas características".

Além de se dedicar à sua carreira, Marcelo Melo também encontra tempo para colaborar com os jovens tenistas do Brasil. O atleta quer deixar um legado para depois que parar e tenta auxiliar ao máximo os garotos. "Não tive isso quando era juvenil, por isso que faço. Esse papel ajuda bastante, sei o tanto de experiência que posso passar para eles, encurtando o caminho deles. Eu tive de descobrir muitas vezes sozinho", explicou.

Ele comenta que fica mais próximo dos jovens quando vai para a Copa Davis. "É uma ação muito boa levar os juvenis para as competições, é importante para eles. Tenho um grupo de bate-papo com alguns juvenis para trocar experiência, é válido ter essa comunicação com alguém que está jogando em alto nível. É um contato direto".

Como três vagas nos Jogos Olímpicos de 2016 estavam em jogo por categoria no Mundial Masculino de Boxe de outubro, Robson Conceição teve que disputar uma luta extra mesmo após perder na semifinal e garantir a medalha de bronze no torneio. O brasileiro foi derrotado naquele combate, mas vai ao Rio da mesma forma.

Nesta terça-feira (1º), a Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe) revelou que recebeu a confirmação de Federação Internacional (Aiba) de que Robson está oficialmente classificado para os Jogos do Rio entre os pesos leve, para atletas de até 60kg. Pelo complexo sistema de classificação para o Rio-2016 no boxe, os atletas podem obter vaga via Mundial, ranking mundial, Pré-Olímpico, torneios regionais, ou pelo ranking das duas ligas profissionais da Aiba.

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Albert Selimov, do Azerbaijão, algoz de Robson na semifinal do Mundial de Doha (Catar), e Lázaro Álvarez, de Cuba, tricampeão mundial, teriam direito a vagas pelo ranking da World Series Boxing (WSB). Um dos dois - a CBBoxe diz não saber quem - optou pela WSB e abriu espaço para o quarto colocado do Mundial, beneficiando o brasileiro.

A classificação antecipada de Robson é importante porque o Brasil não vai precisar "queimar" um convite para o Rio-2016. O País, como sede, tem direito a cinco convites no masculino e precisa indicar as categorias e os nomes escolhidos antes do Pré-Olímpico Continental, que vai acontecer em março.

Como esses convites não podem ser usados nas duas categorias mais pesadas (até 91kg e +91kg), a CBBoxe tem sete categorias para escolher nas quais usufruirá dos cinco convites: 49kg, 52kg, 56kg, 64kg, 69kg, 75kg e 81kg. Nas duas que sobrarem, mais as duas mais pesadas, os brasileiros terão que buscar a classificação pelo Pré-Olímpico, onde três vagas estarão em jogo por subdivisão de peso.

A comissão técnica ainda não definiu se vai usar os convites com os atletas que têm mais chance de brigar por medalha no Rio-2016 (como Patrick Lourenço e Robenilson Jesus), ou se vai confiar que eles podem obter a classificação pelo Pré-Olímpico e destinar os convites a atletas que teriam mais dificuldade.

As finais do torneio de futebol nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 poderão ser realizadas no Itaquerão. A informação, dada pela Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo durante seminário na sexta-feira, não foi totalmente rechaçada pelo Comitê Rio-2016 nesta segunda.

O estádio do Corinthians já tem a garantia de que irá receber dez partidas de futebol, entre jogos do masculino e do feminino, durante a Olimpíada. Agora, a cidade luta para abrigar também a final olímpica. A mudança pode ocorrer em virtude dos preparativos para a Cerimônia de Encerramento dos Jogos, que acontece no Maracanã apenas um dia após a decisão masculina e dois após a final do feminino.

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"Vamos sediar a disputa do bronze no futebol feminino e temos a grande chance de também sediar a disputa da medalha de ouro em São Paulo, no Itaquerão", disse Fabio Lavagettir, representante da Secretaria de Turismo no Comitê Paulista das Olimpíadas 2016. A declaração foi dada durante seminário da Associação Comercial de São Paulo, realizado no Anhembi, e reproduzida pela ACSP.

Nesta segunda-feira, o Comitê Rio-2016 disse que a previsão é de que as finais ocorram no Rio. A entidade, porém, não descartou totalmente a possibilidade de mudança, uma vez que ainda não foram realizados os sorteios das chaves e a Fifa ainda não bateu o martelo. "No momento, estamos trabalhando com a hipótese de que as finais sejam no Maracanã", declarou Mario Andrada, diretor de Comunicação do Rio-2016. Na plataforma de venda de ingressos, as duas finais estão previstas para o estádio carioca.

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