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Em prova encerrada no final da noite deste sábado (no horário de Brasília), João de Lucca faturou a medalha de bronze nos 100m livre da etapa de abertura do circuito norte-americano de natação Pro Series (antigo GP), disputado em Minneapolis.

O brasileiro garantiu vaga no pódio ao cravar o tempo de 49s35, ficando atrás apenas do campeão olímpico Nathan Adrian, uma das estrelas da casa, que cravou 48s49 para garantir o ouro, e do canadense Santo Condorelli, prata com 48s65.

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Já Marcelo Chierighini, outro brasileiro que disputou esta final nos Estados Unidos, acabou em quarto lugar ao terminar a prova em 49s63, um tempo mais de um segundo mais lento do que o de Nathan Adrian, que neste ano foi prata nos 50m livre na final do Mundial de Kazan, na Rússia.

O quarto lugar acabou sendo decepcionante para Chierighini pelo fato de que ele avançou às finais com o segundo melhor tempo das Eliminatórias, que foi de 49s08, ficando atrás apenas de Santo Condorelli, destaque dos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Já o norte-americano Ryan Lochte, que havia cravado 49s64 nas eliminatórias, acabou não disputando as finais da noite deste domingo.

Já nos 100m livre feminino, a brasileira Etiene Medeiros acabou disputando a final B, e fora da disputa por medalhas, e ficou com a terceira posição nesta disputa paralela ao cronometrar 55s94, tempo pior que os 55s87 das eliminatórias. Ou seja, terminou na mesma 11ª posição no geral, que foi o seu posto nas eliminatórias. O ouro na final principal desta prova ficou com a norte-americana Simone Manuel, que cravou 54s19, um dia depois de ter sido derrotada por Etiene nos 50m livre, prova na qual a brasileira ficou com a medalha de ouro.

PHELPS LEVA OURO - Grande estrela desta competição norte-americana que já serve de preparação para a Olimpíada de 2016, no Rio, Michael Phelps conquistou o ouro na prova dos 200m medley ao cravar 1min59s30. Maior campeão olímpico de todos os tempos, o norte-americano superou o seu compatriota Conor Dwyer, prata com 2min00s73, e o venezuelano Carlos Claverie, bronze com 2min03s04.

Já Chase Kalisz, que havia obtido o melhor tempo das eliminatórias desta prova, amargou a quarta posição da final ao cravar apenas 2min04s30.

En outra final masculina disputada na noite deste sábado, o norte-americano Michael McBroom levou o ouro nos 1500m livre ao terminar a prova em 15min14s82. Já a prata ficou com Connor Jaeger, também dos EUA, com 15min19s59, enquanto o bronze foi obtido pelo tunisiano Oussama Mellouli (15min21s32).

Já na prova feminina dos 800m livre, a norte-americana Katie Ledecky confirmou a sua condição de recordista mundial da prova e ficou com o ouro ao cravar 8min19s16. Antes disso, ela havia sido quarta colocada na final dos 100m livre. Becca Mann (8min21s77) e Stephanie Peacock (8min28s39) completaram o pódio dos 800m livre.

Outra norte-americana que foi ao topo do pódio neste sábado foi Missy Franklin, ouro nos 200m costas com o tempo de 2min07s24, depois de também ficar fora do pódio na disputa dos 100m livre, na qual foi apenas a sexta colocada.

O futebol feminino vai abrir os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no próximo ano, no estádio Engenhão. A modalidade será a primeira a estrear, em 3 de agosto, a dois dias da cerimônia de abertura do grande evento. O torneio masculino de futebol estreará no dia 4, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. O Maracanã será palco tanto da final masculina quanto da feminina.

O primeiro evento olímpico será realizado às 13 horas do dia 3, no Engenhão, e provavelmente terá a participação da seleção brasileira feminina, por ser uma das cabeças de chave do torneio. Ambos os jogos, no dia 3 e dia 4, serão válidos pela fase de grupos de ambos os torneios.

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No total, sete estádios receberão os jogos de futebol da Olimpíada. Sedes da Copa do Mundo da Fifa em Belo Horizonte, Manaus, Salvador, São Paulo e na capital Brasília já estão credenciados. Assim como em Londres/2012, os anfitriões serão cabeças de chave nos Grupos A e E dos dois torneios.

O time de Neymar e companhia jogará em Brasília e Salvador, enquanto a equipe feminina atuará no Rio e em Manaus. Vale lembrar que o Brasil nunca ganhou o ouro olímpico no futebol masculino.

Confira as tabelas dos torneios masculino e feminino de futebol:

TORNEIO MASCULINO

Partida de Abertura (quinta-feira, 4 de agosto): Brasília

Quartas de final (sábado, 13 de agosto): Brasília, Salvador, Belo Horizonte e São Paulo

Semifinais (quarta-feira, 17 de agosto): São Paulo e Rio de Janeiro (Maracanã)

Disputa da Medalha de Bronze (sábado, 20 de agosto): Belo Horizonte

Disputa da Medalha de Ouro (sábado, 20 de agosto): Rio de Janeiro (Maracanã)

TORNEIO FEMININO

Partida de Abertura (quarta-feira, 3 de agosto): Rio de Janeiro (Engenhão)

Quartas de final (sexta-feira, 12 de agosto): Brasília, Salvador, São Paulo e Belo Horizonte

Semifinais (terça-feira, 16 de agosto): Belo Horizonte e Rio de Janeiro (Maracanã)

Disputa da Medalha de Bronze (sexta-feira, 19 de agosto): São Paulo

Disputa da Medalha de Ouro (sexta-feira, 19 de agosto): Rio de Janeiro (Maracanã)

O Comitê Gestor dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, órgão do Governo Federal, aprovou nesta quarta-feira (4) o fechamento do Aeroporto Santos Dumont, no Rio, durante a realização das provas de vela nos Jogos Olímpicos do ano que vem. O local ficará sem pousos e decolagens de 8 a 18 de agosto de 2016, das 12h40 às 17h10.

Há quase dois meses a Força Aérea Brasileira (FAB) já havia confirmado que o Santos Dumont ficaria fechado por "até cinco horas" durante as regatas, faltando apenas a definição exata dos horários. A medida encontra forte resistências nas empresas áreas, que alegam que mais de 100 voos por dia devem ser cancelados.

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A interrupção é necessária por causa do helicóptero que fará as transmissões da prova e também para não alterar as condições ideais para a competição, já que a área de manobra dos aviões fica próxima aos locais de realização dos jogos na Baia da Guanabara.

"A audiência acumulada dos Jogos de 2016 está estimada em 5 bilhões de espectadores em todos os continentes e as competições de vela estão entre as melhores imagens do Rio que as televisões vão mostrar ao mundo. Por isso é importante conciliar as demandas da organização do evento com as necessidades do aeroporto", argumenta o ministro do Esporte, George Hilton.

De acordo como Comitê Gestor, agora as autoridades aeroportuárias do País vão elaborar um plano de ação para minimizar os impactos no tráfego aéreo. Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a paralisação das operações no aeroporto vai impactar 150 mil passageiros e causará o cancelamento de 104 voos por dia.

De acordo com a Abear, cerca de 70% dos voos que passam pelo Santos Dumont se conectam com aeroportos de São Paulo, Brasília, Belo Horizonte Curitiba, Porto Alegre e Vitória. "Será prejudicial para os passageiros e afetará as companhias aéreas", disse a entidade, em agosto.

Que o ouro será da China ninguém duvida, mas pelo menos a medalha de bronze dá para beliscar. Três anos depois da aposentadoria de Hugo Hoyama na seleção, o Brasil evoluiu no tênis de mesa a ponto de passar a sonhar em subir ao pódio nos Jogos Olímpicos do Rio, no ano que vem, na disputa masculina por equipes.

"Os adversários sabem que o Brasil tem uma equipe perigosa. A gente tem potencial de brigar por uma medalha. No papel, as outras equipes são superiores, mas a gente tem esse potencial", opina Gustavo Tsuboi, que em outubro conquistou um histórico quinto lugar na Copa do Mundo da modalidade.

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Tsuboi avançar às quartas de final da competição em Halmstad (Suécia), vencendo dois atletas Top25 do mundo, foi só um dos feitos recentes do tênis de mesa brasileiro. Tsuboi foi eleito o jogador revelação da última Bundesliga, enquanto Hugo Calderano foi bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude de 2014 e venceu recentemente o ex-número 1 do mundo Timo Boll. Juntos, em fevereiro, eles foram finalistas em duplas em Doha (Catar), numa etapa equivalente ao Grand Slam do tênis.

"No último Mundial por Equipes, a gente fez frente com as maiores potências do tênis de mesa. Ganhou jogos, jogou pau a pau com outras equipes boas e estivemos perto de vencer. Nesse campeonato a gente mostrou potencial e de lá pra cá tivemos algumas vitórias importantes, significativas", argumenta Tsuboi.

Na competição citada por ele, realizada entre abril e maio de 2014, o Brasil perdeu de Sérvia e Áustria por 3 a 2 e da Polônia por 3 a 1, mas venceu a Rússia por 3 a 2. Nas competições por equipes do tênis de mesa, assim como na Copa Davis no tênis, há quatro duelos de simples e um de duplas.

Número 41 do ranking mundial, Tsuboi é o brasileiro mais bem posicionado, mas sua posição na lista não reflete seu atual momento, uma vez que ele tem jogado pouco o Circuito Mundial. Atleta do Bergnestaudt, é na Bundesliga, a liga mais forte do mundo, que ele mede seu potencial.

"Acredito que jogadores entre 10 e 20 do mundo eu ainda consigo fazer um jogo bom, ter chance de ganhar. É difícil, eles ainda estão num nível superior ao meu, mas dá jogo. Mas Top10 do mundo já é um pouco mais complicado e eles tão num nível superior", explica Tsuboi.

Se até pouco tempo o Brasil comemorava ter a hegemonia da América Latina, hoje a cabeça está em vencer atletas de escolas tradicionais. Para o mesa-tenista, essa mudança está diretamente relacionada à contratação do técnico francês Jean René-Mounie, que como atleta acabou com a hegemonia chinesa para ser campeão mundial em 1993.

"Ele começou a treinar a gente de outra maneira, encarar de outra maneira, e a gente foi evoluindo. O trabalho dele foi fundamental. Se ele não tivesse começado a trabalhar com o Brasil, eu acho que eu não estaria jogando tênis de mesa mais. Isso se vê no Pan. Em 2011 a gente ganhou por equipes, mas no individual não teve medalhas. Nesse último Pan, teve ouro, prata e bronze no individual. Com o Jean René, mudou a mentalidade da confederação, dos atletas. A parte financeira também mudou. Com o Jean, o dinheiro foi na direção certa", elogia Tsuboi.

Essa mudança de mentalidade dos brasileiros atraiu o interesse de clubes europeus - no tênis de mesa, os campeonatos, sempre por equipes, são como os de futebol ou qualquer outro esporte coletivo. Tsuboi e Hugo Calderano estão na primeira divisão da Bundesliga e Thiago Monteiro joga na elite da França. Cazuo Matsumoto é o único num clube da Liga dos Campeões e, entre os melhores do mundo, recentemente ganhou do português Marcos Freitas, então oitavo do ranking e vice-campeão europeu.

Dos quatro, um desses brasileiros não irá à Olimpíada. Hugo Calderano está classificado porque foi o campeão dos Jogos Pan-Americanos. Outras cinco vagas serão distribuídas pelo Pré-Olímpico Latino-Americano, no ano que vem, mas só mais um brasileiro poderá se classificar para jogar a chave de simples no Rio. Por fim, o terceiro convocado, para compor a equipe, será definido pela comissão técnica.

Com a presença de medalhistas olímpicos como Gustavo Borges, Hortência e Ana Mozer, foi lançado em São Paulo, nesta quarta-feira (28), o chamado 'Pacto pelo Esporte'. O projeto, liderado pela ONG Atletas pelo Brasil, pelo Instituto Ethos e pelo Grupo de Lides Empresariais (Lide), promete revolucionar o apoio privado a confederações, federações e clubes.

Vinte empresas, dentre as quais algumas das que mais investem em esporte no País, são signatárias do Pacto. O acordo é voluntário e vai definir regras e mecanismos nas relações entre os patrocinadores e as entidades esportivas.

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Os signatários do Pacto se comprometem com cláusulas que determinam que apenas as entidades que cumprirem determinados requisitos de gestão terão acesso a investimentos destas empresas. A tendência é que, com as entidades apresentando melhores modelos de gestão, aumente o interesse privado em investir no esporte.

"As cláusulas da autorregulamentação foram estipuladas pelas companhias participantes do grupo de trabalho do Pacto, formado há cerca de um ano, e tratam das novas condições nas áreas de gestão, governança e transparência para efetivação dos patrocínios feitos pelas empresas às entidades. Os contratos já em vigor serão respeitados. Após o período de dois anos, os novos patrocínios passarão a seguir as regras firmadas pelo acordo", explica o Pacto.

A secretaria-executiva do grupo será exercido pela ONG Atletas pelo Brasil, liderada pela ex-jogadora de vôlei Ana Moser. As empresas signatárias, que farão parte da plenária do Pacto, terão uma série de ações que visam contribuir para que as entidades esportivas consigam cumprir os itens presentes no documento.

São signatários do Pacto: Aché, Banco do Brasil, Bradesco, BRF, Carrefour, Centauro, Coca Cola, Construtora Passarelli, Correios, Decathlon, Estácio, EY, GOL, Itaú, Johnson & Johnson, McDonald's, P&G, Somos Educação, TAM e Vivo.

A equipe brasileira masculina de ginástica fez história nesta segunda-feira ao obter uma inédita classificação olímpica para os Jogos do Rio, em 2016. A vaga foi obtida no Mundial de Glasgow, na Escócia, com o time composto por Arthur Nory Mariano, Arthur Zanetti, Caio Souza, Francisco Barretto Júnior, Lucas Bitencourt e Péricles Silva.

A classificação olímpica foi resultado da sétima colocação obtida pela equipe brasileira na fase qualificatória do Mundial. Além de se garantir no Rio, os brasileiros avançaram à final por equipes, ao registrar 349,057 pontos. A disputa das finais está marcada para esta quarta. Também se garantiram na final Japão, China, Grã-Bretanha, Rússia, Estados Unidos, Suíça e Coreia do Sul.

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"Esse é o fruto de um grande trabalho que começou há alguns anos. É um momento histórico. Classificar uma equipe inteira sempre foi o nosso sonho. Já perseguimos isso há algum tempo", comemorou o treinador chefe da seleção, Renato Araújo. "Batemos na trave no último ciclo, pois em Londres tivemos três atletas, mas não a equipe completa. Este é o melhor momento da ginástica artística masculina do Brasil."

A vaga é muito comemorada porque amplia as possibilidades de medalha para o Brasil na Olimpíada. Com o lugar na disputa por equipes, a seleção pode ter mais atletas competindo no individual geral ou por aparelhos.

Com a vaga obtida na Escócia, a seleção também festeja o maior tempo para a preparação olímpica. "Temos, agora, pouco mais de nove meses para trabalhar focados na Olimpíada. Se não tivéssemos nos classificados, teríamos que nos organizar para o evento-teste e, só depois disso, começar a trabalhar para os Jogos Olímpicos. Acredito que podemos ter um resultado melhor em 2016 com essa preparação desde já", afirmou o treinador.

No Mundial de Glasgow, o Brasil também será representado na final da barra fixa, pela primeira vez, e no individual geral. Arthur Nory Mariano, terceiro colocado na classificação, competirá na barra fixa e no individual. Neste terá a companhia de Lucas Bitencourt.

Os brasileiros começaram mal no Mundial de ginástica, disputado em Glasgow, na Escócia. Neste domingo, no primeiro dia de disputas do masculino, a equipe nacional sofreu quedas em quatro dos seis aparelhos e teve dificuldades com o rigor mais forte dos juízes na competição que vale vaga nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

A equipe obteve 349,057 pontos: 57,849 no solo, 56,965 no cavalo com alças, 58,165 nas argolas, 59,448 no salto, 58,165 nas barras paralelas e 58,465 na barra fixa. O resultado foi melhor do que no ano passado, quando obteve 348,100. No entanto, ficou abaixo do que esperava a comissão técnica, entre 350 e 351 pontos.

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O time brasileiro quer ficar entre os oito melhores em Glasgow para assegurar a classificação olímpica. Para tanto, terá que esperar pela apresentação das demais equipes, nos próximos dias, para conhecer sua colocação geral. Se ficar de fora, terá mais uma chance de obter a vaga no Rio-2016 em competição marcada para abril. Mas, para ter esta nova oportunidade, precisará ficar entre o 9º e o 16º lugar no Mundial.

Apesar das quedas e do maior rigor dos juízes, Arthur Zanetti fez boa avaliação da apresentação brasileira. "A equipe, no geral, foi bem. Acho que cada um fez a sua parte. Todo mundo entrou bem focado, bem unido, como uma equipe bem forte", disse o especialista nas argolas, que se apresentou também no solo e no salto.

"Gostei bastante do meu salto (14.816). Não foi uma das melhores provas a que eu fiz nas argolas (15.433) e não gostei da minha nota, um pouco baixa, mas eu sei que tem o critério dos árbitros que estão descontando mais. Isso é normal. E só no solo que eu não gostei. Caí na segunda diagonal", lamentou o ginasta.

A ginástica artística feminina do Brasil não atingiu seu objetivo no Mundial que está sendo realizado em Glasgow, na Escócia. Com a apresentação mais regular da fase de classificação até aqui, a Holanda ultrapassou o Brasil por menos de 0,5 ponto e jogou a equipe brasileira para fora de zona de classificação para os Jogos Olímpicos do Rio-2016.

Na sua apresentação na sexta-feira, o Brasil somou 221,861 pontos. Por conta das diferenças de nível técnico, já era esperado que a equipe brasileira fosse superada por EUA, China, Grã-Bretanha e Rússia - como realmente foi. Dos rivais diretos pelas quatro vagas restantes, o Brasil ficou atrás de Itália, Japão e Canadá.

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Por isso, neste sábado, não havia margem de erro. Nenhuma equipe, exceto China e EUA, poderia passar o Brasil. O dia começou bom, com Bélgica, Coreias do Sul e do Norte, França e Austrália tendo desempenhos piores do que das brasileiras.

Faltava, porém, torcer contra a Holanda, 10ª colocada no Mundial do ano passado. Mas a equipe europeia conseguiu o que o Brasil não foi capaz: ser regular. As holandesas não brilharam em nenhum aparelho, mas também não falharam nenhuma vez. Nos quatro aparelhos somaram entre 55,2 e 56,0 pontos, terminando com 222,354.

Acabou fazendo toda a diferença para o Brasil o fraco desempenho nas barras assimétricas, onde somou 51,9 pontos. O Japão, que ficou 2,0 pontos à frente no geral, foi 3,2 pontos melhor nas barras. O Canadá, melhor por 0,9, tirou 3,7 de diferença só nesse aparelho. O erro de Jade Barbosa, campeã sul-americana das barras, que caiu na sua apresentação, acabou tirando do Brasil a vaga olímpica.

Em nono, faltando ainda outras quatro equipes (mais fracas) se apresentarem, o Brasil só vai com equipe completa aos Jogos Olímpicos do Rio se terminar entre os quatro primeiros do evento-teste da ginástica, que vai acontecer em abril, no Rio. Até lá, espera contar com o retorno de Rebeca Andrade, principal ginasta do País, que operou o joelho e não foi a Glasgow.

As Comissões de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) e Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovaram nesta quinta-feira (22) um projeto de lei vindo da Câmara que dispensa o visto de entrada no País para turistas estrangeiros durante o período de realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio, em 2016. Pelo proposta, do deputado Alex Manente (PPS-SP), o visto teria validade de 90 dias a contar da entrada do turista no País. Se o projeto for aprovado no Plenário do Senado e promulgado pela presidente Dilma, os estrangeiros terão autorização para entrar no Brasil até 18 de setembro do ano que vem.

"Acreditamos que a iniciativa tratará benefícios similares da Copa", comenta o presidente da CDR, David Alcolumbre (DEM-AP). No ano passado, também foi autorizada a entrada de turistas no País sem a necessidade de visto, mas eles tinham que comprovar que detinham ingressos para jogos da Copa. Pelo novo projeto, isso não será necessário na Olimpíada.

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"Isso é importante para o País, para o turismo brasileiro, principalmente num ano que será muito difícil para a economia. Será uma forma de atrair recursos para o Brasil, gerar renda para a população", destacou Alcolumbre. As informações são da Agência Senado.

As seleções brasileiras masculina e feminina de ginástica artística começam a disputa do Mundial de Glasgow, nesta sexta-feira (23), em busca de duas conquistas que talvez nem representem pódio, mas que para elas é tão importante quanto uma medalha: as vagas por equipes nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Os dois grupos passaram os últimos dez dias treinando na Europa e, além da confiança, demonstram sintonia também no discurso: o importante é não adiar a classificação olímpica.

Mesmo sendo país-sede da próxima Olimpíada, o Brasil só tem assegurada uma vaga no individual masculino e outra no feminino. Para classificar a equipe para o Rio-2016, a seleção precisa terminar entre as oito primeiras no Mundial que será disputado na Escócia até o próximo dia 1.º. Se não conseguir, terá de ao menos terminar entre os 16 mais bem colocados para ter uma última chance no evento-teste de abril do próximo ano.

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Apesar dos discursos semelhantes, as perspectivas são distintas. Entre os homens, é grande a expectativa para que o Brasil se classifique para os Jogos pela primeira vez na história já com uma das vagas do Mundial. "A gente trabalhou o ano todo para chegar este momento", resumiu o ginasta Arthur Zanetti.

Campeão olímpico nas argolas em 2012, Zanetti terá de se superar nos demais aparelhos. "Nas argolas estou tranquilo, mas, como estamos precisando da classificação por equipes, nas provas de solo e salto dá um friozinho na barriga, porque não são minhas especialidades", ponderou. Além dele, a seleção é formanda por Arthur Nory Mariano, Caio Souza, Francisco Barretto Júnior, Lucas Bitencourt, Péricles da Silva e Diego Hypolito, que será o reserva.

No feminino, mesmo com a confiança demonstrada pelas atletas, o caminho para os Jogos do Rio promete ser mais difícil. Isso porque, nos últimos meses, a seleção perdeu as ginastas Rebeca Andrade - apontada como grande promessa da modalidade - e Julie Kim Simon, ambas por lesão.

"A gente tinha tudo para estar na final, mas algumas frustrações aconteceram. Quando a gente perdeu a Rebeca foi um baque muito grande, que mexeu com a equipe. O mesmo aconteceu depois, com a Julie, porque as meninas estão muito focadas", comentou Georgette Vidor, coordenadora da seleção feminina.

Apesar disso, ela diz que "não é impossível" a classificação já neste Mundial. "A Jade (Barbosa) começou a crescer, ganhou a prova de trave na (etapa de Copa do Mundo da) Croácia com uma prova muito boa. E a Thauany (Araújo), que era nossa nona menina, fez a dupla pirueta no salto e deu uma chance de ter uma prova muito forte."

A seleção feminina que está em Glasgow é composta por Daniele Hypolito, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Letícia Costa, Lorenna Rocha, Lorrane Oliveira e Thauany Araújo. Entre elas, Flávia, Lorenna, Lorrane e Thauany disputarão o Mundial pela primeira vez.

A Confederação Brasileira de Desportos Aquático (CBDA) emitiu boletins às federações estaduais e oficializou os critérios de convocação dos nadadores brasileiros para os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Os índices necessários são os mesmos cobrados pela Federação Internacional de Natação (Fina) e apenas dois eventos serão classificatórios: o Torneio Open (entre 16 e 19 de dezembro, em Palhoça, Santa Catarina) e o Troféu Maria Lenk (entre 15 e 20 de abril, no Rio, provavelmente no Parque Aquático).

Há quatro anos, para os Jogos de Londres, a CBDA considerou os índices da Fina muito fracos para algumas provas e estipulou como índice para nadadores brasileiros o mais rápido entre aquele usado pela CBDA para o Mundial de Xangai, em 2011, e os da Fina para a Olimpíada. Depois, a CBDA adotou os chamados "índices Fina" para definir os classificados para os Mundiais de Barcelona (2013) e Kazan (2015).

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Para a Fina, os atletas que nadaram abaixo do seu índice em campeonatos como os Mundiais adulto e júnior e os Jogos Pan-Americanos já estão classificados para a Olimpíada. A CBDA, entretanto, só convocará quem atingir o índice nos dois eventos nacionais. Para Londres, eram nove torneios classificatórios aceitos pela CBDA.

Com a redução do número de eventos, havia a possibilidade de a CBDA transformar o Open em uma real seletiva olímpica, eliminando as provas de 50m costas, borboleta e peito, além dos revezamentos. A manutenção do formato de campeonato nacional deve fazer com que os principais nadadores caiam mais vezes na piscina, para pontuar para os clubes, responsáveis pelos salários.

Como já vinha acontecendo em outras seletivas, a abertura de revezamento vale como tomada de tempo apenas para os atletas que não tiverem participado da prova individual. Assim, se Cesar Cielo nadar os 100m livre, por exemplo, a marca dele na abertura do revezamento 4x100m livre do Minas não valeria como tomada de tempo.

De acordo com a CBDA, o Brasil tem quatro revezamentos classificados para a Olimpíada: 4x100m livre e 4x100m medley no masculino, 4x100m livre e 4x200m livre no feminino. Nestas quatro provas, os brasileiros foram Top12 no Mundial de Kazan.

Chegou-se a especular que o Brasil teria vaga também no 4x100m medley feminino, porque a equipe foi 14.ª no Mundial, mas dois finalistas foram desclassificados. A Fina, entretanto, não confirmou a vaga. De qualquer forma, o Brasil deve se garantir na Olimpíada nos demais revezamentos (4x100m medley feminino e 4x200m livre masculino) como um dos quatro melhores tempos do mundo entre aqueles ainda não classificados.

Com quatro revezamentos classificados, o Brasil tem direito a oito atletas adicionais, número que pode chegar a 12 se os seis revezamentos se garantirem no Rio-2016, mas a tendência é a CBDA usar poucas destas vagas.

Isso porque, para esta edição dos Jogos Olímpicos, a Fina determinou que os atletas inscritos apenas para nadar um revezamento precisam cair na piscina nas eliminatórias ou na final, sob risco de desclassificação da equipe. Na prática, isso significa, por exemplo, que se o Brasil tiver Cesar Cielo e Bruno Fratus nos 50m livre e Matheus Santana e Marcelo Chierighini nos 100m, só pode levar um atleta extra para os 100m livre se este nadar em algum momento.

Entre as novidades no boletim publicado pela CBDA estão os índices mínimos que a entidade vai exigir para convocar atletas exclusivamente para os revezamentos. As marcas, entretanto, são altas e a tendência é que diversos brasileiros as alcancem.

Outra novidade é que a CBDA vai levar à Olimpíada cinco técnicos, sendo quatro os de atletas com melhores índices técnicos nas seletivas. O quinto treinador será aquele com maior número de atletas na equipe.

ÍNDICES MASCULINOS:

50m livre - 22s27

100m livre - 48s99

200m livre - 1min47s97

400m livre - 3min50s44

1500m livre - 15min14s77

100m costas - 54min36

200m costas - 1min58s22

100m peito - 1min00s57

200m peito - 2min11a66

100m borboleta - 52min36

200m borboleta - 1min56a97

200m medley - 2min00s28

400m medley - 4min16s71

ÍNDICES FEMININOS:

50m livre - 25s28

100m livre - 54s43

200m livre - 1min58s96

400m livre - 4min09s08

800m livre - 8min33s97

100m costas - 1min00s25

200m costas - 2min10s60

100m peito - 1min07s85

200m peito - 2min26s94

100m borboleta - 58s74

200m borboleta - 2min09s33

200m medley - 2min14s26

400m medley - 4min43s46

Recomeça às 10 horas desta terça-feira (20) a corrida por ingressos para os Jogos Olímpicos do Rio. E, mais do que na primeira fase de vendas - quando os bilhetes foram definidos por sorteio -, o termo corrida agora faz todo o sentido. A compra será feita no modelo tradicional: quem chegar antes, leva.

O Comitê Rio-2016 anunciou na sexta-feira que haverá ingressos para todos os 518 eventos, incluindo os mais disputados. Assim, quando o portal rio2016.com/ingressos liberar os pedidos, será possível comprar bilhetes para as cerimônias de abertura e encerramento, finais do basquete e do futebol e até mesmo a decisão dos 100 metros rasos no atletismo, que deverá contar com a presença do jamaicano Usain Bolt.

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Tamanha expectativa, porém, poderá gerar alguns percalços. O mais temido é a instabilidade no sistema, que deixa o site lento e costuma ocorrer quando um grande número de pessoas tenta fazer a compra ao mesmo tempo.

"A gente espera uma alta demanda. Fizemos um trabalho superextenso de testes, simulando milhares de pessoas acessando, mas não é possível garantir com 100% de certeza que a ferramenta irá suportar", admitiu o diretor de Ingressos do comitê, Donovan Ferreti.

Apesar disso, quem tiver dificuldades para comprar as entradas ou encontrar algum evento esgotado não deve perder a esperança de assistir ao vivo aos Jogos no próximo ano.

"Lançamos em 1.º de outubro a opção de revenda dos ingressos. A pessoa entra no site, coloca que quer revender e a gente pega em consignação. Assim que ele é revendido, a pessoa recebe 100% do seu dinheiro de volta", explicou Ferreti.

Dos dois milhões de bilhetes vendidos na primeira etapa, cerca de quatro mil deles já foram colocados para revenda.

Em parte, graças à opção de revenda, alguns eventos, que chegaram a ser considerados esgotados, estarão novamente disponíveis. Mas a maior carga de novos ingressos vem de uma reserva de contingência, que o Rio-2016 havia deixado de lado por conta das arenas ainda em construção e de definições como a acomodação da imprensa, por exemplo.

"Temos ingressos desde os mais baratos até os mais caros justamente pela liberação da contingência", explica Ferreti.

Até dezembro, será possível comprar os ingressos de forma parcelada, em até três

vezes (mais informações ao lado). Inicialmente, o parcelamento estava previsto somente para a primeira etapa.

"A gente resolveu aceitar de novo porque a demanda nas duas fases de sorteio foi muito grande. Mais de 90% dos compradores que pagaram com cartão de crédito optaram pelo parcelamento", contou Donovan Ferreti.

Cada pessoa poderá adquirir até 120 ingressos. "É um número que a gente considera bem tranquilo para que todo mundo possa levar suas famílias", avalia o diretor. Ele descarta, contudo, que isso possa atrair a atenção de cambistas.

"Os ingressos são todos nominais, e a gente está num trabalho muito forte com os três níveis de polícia para combater esse tipo de venda", assegurou Ferreti.

Jovem, porém já bem-sucedido, muitas vezes ídolo da torcida de um grande clube e dono de uma trajetória vitoriosa nas seleções de base. Esse é o perfil médio dos jogadores do time olímpico que buscará em 2016, no Rio, a inédita medalha de ouro do Brasil.

A base do time sub-23 que disputará os Jogos no próximo ano será praticamente que a mesma que foi convocada pela dupla Dunga e Rogério Micale para os amistosos contra República Dominicana e Haiti, em Manaus. Na primeira partida, na sexta-feira passada, contra os dominicanos, o Brasil goleou por 6 a 0. Na segunda-feira, mais um placar elástico: 5 a 1 contra o Haiti.

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Os garotos da seleção olímpica já não mais tão meninos assim. Muitos atuam na Europa. Outros já tiveram a experiência de jogar no exterior e agora estão de volta ao Brasil. Vejam o exemplo de Vitinho, do Internacional. Com apenas 18 anos, ele despontou no Botafogo e despertou o interesse de Milan e Juventus após ser um dos destaques do torneio de juniores de Tirreno e Sport, na Itália. Assim que subiu para o profissional, foi eleito a revelação do Campeonato Carioca de 2013 e logo se transformou no principal jogador da equipe. Em agosto daquele ano, foi vendido para o CSKA Moscou, da Rússia, por 10 milhões de euros (R$ 31,6 milhões na época).

O atacante sofreu com a adaptação na Europa e em janeiro deste ano foi contratado por empréstimo pelo Internacional. No Sul, retomou o bom futebol dos tempos de Botafogo. É, ao lado de Valdivia, seu companheiro também de seleção olímpica, o artilheiro da equipe no Campeonato Brasileiro. Não à toa virou prioridade para a diretoria do time colorado renovar o contrato de empréstimo do jogador com o CSKA Moscou.

Há também casos de jogadores que não tiveram dificuldades para se adaptar ao futebol europeu e já brilham no exterior. Camisa 10 da Lazio, Felipe Anderson ganhou as manchetes na Itália graças às ótimas atuações que acumulou pelo time de Roma. De acordo com o jornal Corriere dello Sport, a diretoria estipulou que não venderá o brasileiro por menos que 100 milhões de euros (R$ 436,5 milhões). Na última janela de transferências do mercado europeu, o clube recusou as investidas de Chelsea, Manchester United e Juventus pelo meia.

Situação semelhante vive o lateral-esquerdo Wendell, do Bayer Leverkusen, da Alemanha. Criado nas categorias de base do Londrina, o jogador ganhou destaque no Brasil pelo Grêmio e foi vendido no ano passado por 6,5 milhões de euros (R$ 28,3 milhões). Titular do Bayer, agora entrou na mira do Real Madrid. Os dirigentes espanhóis pretendem, com a contratação de Wendell, fazer sombra ao titular Marcelo, que passou a reinar sozinho na lateral esquerda da equipe desde a saída de Fábio Coentrão para o Monaco.

O comando dessa geração de jogadores está com Dunga e Rogério Micale. Pelo planejamento definido pela CBF, Dunga será o treinador da equipe nos Jogos do Rio. Como o time olímpico atua nas mesmas datas da seleção principal, o técnico durante os amistosos têm sido Micale. As convocações são feitas pela dupla e, após cada jogo, Micale apresenta um relatório para Dunga com informações detalhadas sobre o desempenho de cada atleta.

"Trabalhamos em conjunto. Discutimos muito procurando definir um conceito de jogo, aquilo que acreditamos ser o futebol brasileiro e trocamos ideias. Com a coincidência de datas dos jogos dos dois times, a gente acaba definindo uma filosofia" explicou Micale.

Ele foi o treinador da seleção brasileira que disputou o último Mundial Sub-20, na Nova Zelândia, em junho. Micale assumiu o time depois que Alexandre Gallo fez a convocação e acabou demitido pela cúpula da CBF, que não concordou com a lista de jogadores.

Mesmo sem poder fazer modificações na convocação, Micale levou o Brasil à final, quando perdeu diante da Sérvia. Mais do que o segundo lugar, o que chamou a atenção foi o futebol ofensivo apresentado pela seleção no torneio.

Agora Micale tenta fazer o mesmo com o time olímpico e, para isso, promoveu jogadores que disputaram o Mundial Sub-20 para a equipe sub-23. É o caso de Gabriel Jesus, do Palmeiras. O garoto prodígio do Palestra Itália, de apenas 18 anos, mostrou o seu cartão de visitas nos amistosos contra República Dominicana e Haiti. Fez um gol em cada jogo e cavou o seu espaço na equipe.

Outro garoto sub-20 que está bem cotado com a comissão técnica é Gabriel, do Santos. Foram três gols nos amistosos: um no primeiro jogo e dois no segundo. Apesar da pouca idade, o atacante já é bem "rodado". Ele tem 117 partidas pelo time principal do Santos e vive a melhor fase da carreira. Desde a volta de Dorival Júnior à Vila Belmiro, o garoto vem crescendo de produção e acumulando gols.

A experiência de jogadores como Vitinho, Felipe Anderson, Wendel, Gabriel Jesus e Gabriel é justamente um dos trunfos da seleção para a Olimpíada. Diante da pressão de jogar em casa, a expectativa é que os jogadores não "tremam".

Medalha de prata nos Jogos de 1984, em Los Angeles, nos Estados Unidos, o ex-zagueiro Mauro Galvão fez parte do time cuja base era o Internacional. Ele já tinha a experiência de jogar entre os profissionais desde 1979, mas muitos dos seus companheiros chegaram aos Jogos sem "bagagem". "Algumas seleções já tinham jogadores com bastante experiência e isso pesava bastante", lembrou.

Na semifinal, por exemplo, o Brasil enfrentou a Itália com atletas de nome como Franco Baresi, Daniele Massaro e Walter Zenga.

Ainda não foi desta que vez que foi definida a dupla que representará o Brasil na classe 470 Masculina de Vela. Nesta sexta-feira chegou ao fim a fase de classificação do Mundial de 470, em Haifa (Israel), com nenhum dos barcos nacionais cumprindo os requisitos da Confederação Brasileira de Vela (CBVela) para serem convocados.

Para carimbar o passaporte e assumir a vaga dada o Brasil por convite, um barco tinha que ficar entre os 15 primeiros do Mundial, com uma campanha duas vezes melhor que do concorrente. Geison Mendes/Gustavo Thiesen, do Veleiros do Sul (RS), participaram da flotilha ouro, tinham a oportunidade de ficar entre os 15 melhores, mas terminaram só em 26.º.

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Mesmo assim, ficaram à frente de Henrique Haddad/Bruno Bethlem, do Iate Clube do Rio, que terminaram no 33.º lugar. Agora o Conselho Técnico da Vela vai se reunir para tentar escolher os convocados. Caso não haja unanimidade, a Copa Brasil de Vela valerá como seletiva final.

Na 470 Feminina, a dupla brasileira na Olimpíada já está definida e será Ana Luiza Barbachan/Fernanda Oliveira. A parceria, uma das melhores do mundo e favorita à medalha no Rio-2016, não competiu em Israel porque Ana Luiza se recupera de uma lesão.

O Brasil corre o risco de perder a sede das provas de hipismo na Olimpíada do Rio. Quem garante isso é Luiz Roberto Giugni, presidente da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH). Segundo ele, a demora do Ministério da Agricultura em acertar os protocolos sanitários para a vinda dos cavalos do exterior pode fazer com que a federação internacional da modalidade mude o local de provas. "Já existe plano B e C. A competição poderá ser em outro país", revela.

O dirigente, que participou nesta quarta-feira da abertura do Concurso de Saltos Internacional Indoor da Hípica Paulista, garante que isso não é especulação, apesar de ser algo que nunca aconteceu antes. "A alternativa seria fazer a competição em outro lugar que possa receber os cavalos. É uma situação real que pode acontecer. Tive uma reunião ontem e já se discute essa possibilidade", avisa, lembrando que a federação internacional deu um prazo até o final do mês para bater o martelo.

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Ele explica que existe um acordo sanitário que precisa ser feito entre países. Os cavalos até podem vir ao Brasil, mas tem de haver uma garantia para voltar sem nenhuma restrição de problemas sanitários. Esse certificado de entrada e saída tem de estar definido e ser aceito pela comunidade europeia. "O ministério criou o protocolo, mas não está preocupado em solucionar o problema com a comunidade internacional", diz.

Luiz Roberto Giugni afirma que já esgotou todas as possibilidades de contato com o Ministério da Agricultura e sabe que a comunidade internacional está pressionando. "As pessoas estão preocupadas, cobram isso da federação internacional, que já não sabe mais o que responder. É um acerto de protocolo que precisa ser feito. Apesar de cobrarmos do ministério, não temos resposta. A paciência deles chegou ao limite e já estão pensando em buscar alternativas, se não vamos ter uma Olimpíada linda, em um lugar maravilhoso, sem cavalos."

Numa tentativa de não estourar seu orçamento e acabar tendo de recorrer ao governo federal para evitar um rombo em suas contas, o Comitê Rio-2016 está passando por nova revisão de seus custos para a Olimpíada. A entidade, que trabalha com um orçamento de R$ 7,4 bilhões, solicitou a todos os seus departamentos que revejam os gastos e promovam alguns cortes.

Responsável pela operação dos Jogos Olímpicos do Rio-2016, o comitê trabalha com recursos exclusivamente privados. Quando a cidade ganhou o direito de sediar os Jogos, porém, foi estabelecido que um eventual déficit seria bancado pelo governo federal - até o teto de US$ 700 milhões (R$ 2,7 bilhões).

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"Estamos revendo todos os gastos para termos a certeza de que eles batam os R$ 7,4 bilhões", confirmou o Comitê Rio-2016. "Trabalhamos com um orçamento equilibrado. O comitê não precisa dar lucro, mas também não pretende ter prejuízo. Não queremos utilizar dinheiro público."

Segundo a entidade, os cortes previstos não trarão nenhum tipo de prejuízo à operação da Olimpíada. Como exemplo, foi citada a diminuição na impressão de materiais ou mesmo a eliminação de divisórias internas em estruturas temporárias.

Em julho, o presidente do Comitê Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, já havia confirmado que a entidade passava por readequação em suas contas. "É uma dinâmica que o comitê tem para poder ter equilibradas as suas finanças. Há necessidade em algumas áreas de aumento de recursos, e há outras em que um equacionamento tem que ser feito. E é isso que está sendo feito desde que nós ganhamos e será assim até os Jogos", afirmou Nuzman, durante evento nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá.

A seleção de Senegal garantiu neste sábado vaga no basquete feminino para os Jogos Olímpicos de 2016. A equipe confirmou a presença no evento do Rio de Janeiro ao vencer Camarões por 81 a 66 neste sábado e faturar o título do Campeonato Africano.

É a 11ª conquista do país no torneio que chegou a sua 22ª edição e aconteceu em Camarões, na cidade de Yaoundé. O principal destaque do jogo foi a ala Astou Traoré, que marcou 17 pontos. A armadora Ramses Lonlack foi a cestinha de Camarões, com 14 pontos.

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Senegal é a sétima seleção feminina a garantir vaga na Olimpíada do Rio. Além de Brasil, país-sede, também disputarão os Jogos: o Estados Unidos, campeão mundial, Sérvia, Canadá, Austrália e Japão. Restam ainda cinco vagas, que sairão do Pré-Olímpico Mundial. Pelo continente africano, Camarões e Nigéria, que ficou com o terceiro lugar ao vencer Angola por 65 a 55, disputarão o qualificatório.

A seleção chinesa masculina de basquete garantiu neste sábado (3) a última vaga direta para os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. A equipe se tornou campeã asiática de 2015 ao derrotar as Filipinas por 78 a 67, na cidade de Changsha, para delírio da torcida local, e, com isso, confirmou a passagem para o Brasil.

Com os representantes das Américas, da Europa, da África e da Oceania definidos, a disputa do basquete masculino no Rio-2016 já conheceu nove de seus 12 participantes. São eles: Brasil (país-sede), Estados Unidos, Argentina, Venezuela, Austrália, Nigéria, Espanha, Lituânia e a China.

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As últimas três vagas serão definidas em três torneios pré-olímpicos que serão disputados no ano que vem. Filipinas, Irã (terceiro colocado no Asiático) e Japão (quarto) vão disputar estas últimas vagas e ainda sonham em vir ao Brasil em 2016.

Para carimbar o 16º título em 28 edições do Campeonato Asiático, a China contou com uma mescla eficaz de experiência e juventude. O veterano Yi Jianlian, com passagens pela NBA, foi o cestinha do time na competição, com 16,7 pontos por jogo, e foi bem na decisão deste sábado, com 11 pontos e 15 rebotes. Mas o grande destaque do dia ficou por conta do Zhou Qi, de somente 19 anos, que terminou com 16 pontos e 14 rebotes.

O cestinha, no entanto, foi um terceiro chinês, Guo Ailun, com 19 pontos. Pelo lado filipino, destaque para o norte-americano naturalizado Andray Blatche, outro que passou boa parte da carreira na NBA, que terminou com 17 pontos.

O Corinthians estuda a possibilidade de pedir para a CBF a transferência de mando de campo de seus jogos no Campeonato Brasileiro ou o adiamento das partidas agendadas para o Itaquerão enquanto o estádio estiver entregue ao Comitê Organizador Rio-2016 durante os Jogos Olímpicos. A previsão dos organizadores é que o clube ficará por aproximadamente um mês sem poder usar a arena.

A medida seria uma maneira de evitar prejuízo devido à queda de arrecadação com bilheteria. Como a CBF não vai interromper o Brasileirão durante os Jogos Olímpicos, o Itaquerão deverá ficar interditado durante oito rodadas do Nacional do próximo ano.

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O Corinthians disputaria quatro partidas como mandante e um acordo prevê a utilização do Pacaembu no período sem precisar pagar aluguel. O problema é que, no estádio municipal, a renda com venda de ingressos nestes quatro jogos pode ficar até R$ 6 milhões inferior em relação aos jogos no Itaquerão. "O pedido de mudança nos jogos é uma possibilidade dependendo de como será a tabela do campeonato do próximo ano. Temos de olhar pelo lado positivo de o nosso estádio ser sede dos Jogos Olímpicos", disse o presidente Roberto de Andrade.

A transferência do mando de campo ou o adiamento de pode fazer com que na reta final do Brasileirão o Corinthians dispute várias partidas seguidas em casa, como ocorreu como o Flamengo em 2007. Naquele ano, por causa da interdição do Maracanã devido aos Jogos Pan-Americanos do Rio, a CBF adiou partidas que seriam disputadas pelo time carioca como mandante.

Assim, na últimas 12 rodadas do Brasileiro, a equipe jogou oito vezes no Maracanã. A sequência de jogos ao lado de sua torcida acabou sendo decisiva para o Flamengo deixar a zona do rebaixamento e conquistar a vaga para a Copa Libertadores com uma rodada de antecedência.

O Itaquerão receberá oito seleções (masculinas e femininas) para 10 partidas durante a Olimpíada. Serão sete dias de jogos, com três rodadas duplas. As partidas serão disputadas entre 3 e 19 de agosto, mas por causa de obras de adaptação do estádio, o Co-Rio assumiria a gestão do estádio a partir do dia 20 de julho.

O governador Geraldo Alckmin e o prefeito Fernando Haddad assinaram nesta quarta-feira (30) o contrato com o Comitê Organizador Rio-2016 que oficializou o Itaquerão com uma das sedes do torneio de futebol dos Jogos Olímpicos. O estádio receberá oito seleções (masculinas e femininas) para dez partidas. Serão sete dias de jogos, com três rodadas duplas. As partidas serão disputadas entre os dias 3 e 19 de agosto.

Como o Corinthians não receberá aluguel pelo estádio, o clube poderá usar o Pacaembu durante a Olimpíada de graça. "A Prefeitura não está entrando com dinheiro. Apenas com a estrutura e, por isso, vai oferecer o Pacaembu como uma compensação ao Corinthians", disse o secretário municipal de Esportes, Celso Jatene.

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Durante a cerimônia no Itaquerão, o presidente do Comitê Organizador das Olimpíadas de 2016, Carlos Arthur Nuzman, afirmou ter ficado impressionado com a estrutura da arena. "Sou torcedor do Fluminense e queria que o meu clube tivesse um estádio também. Não precisa ser igual (ao Itaquerão), mas pode ser parecido", disse o dirigente ao presidente do Corinthians, Roberto de Andrade.

Alckmin anunciou que parte da estrutura usada no Mundial de 2014 será reaproveitada durante os Jogos Olímpicos. "Vamos acionar todo o trabalho da Copa do Mundo. Temos em frente ao estádio a linha de trem da CPTM e iremos recolocar no próximo ano o Expresso, que faz o trajeto da estação da Luz até Itaquera em 17 minutos", disse.

Haddad prometeu melhorias na estrutura da cidade em relação à Copa. "Vamos sanar as eventuais debilidades de atendimento que tivemos em 2014. Creio que há o que fazer para melhorar a hospitalidade necessária para acolher os torcedores brasileiros e estrangeiros."

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