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Embora não tenham sido registrados confrontos entre manifestantes e policiais até as 19 horas, estabelecimentos da Avenida Rio Branco, no centro, onde ocorre a passeata contra o aumento das passagens de ônibus, estão fechados, por precaução. Às 18 horas, as lojas começaram a fechar as portas.

O Mc Donald's da esquina com a Rua Miguel Couto fechou às 18h30, o que, num dia normal, só ocorreria às 21 horas. A Drogaria Pacheco encerrou o atendimento às 18h45, três horas e 15 minutos antes do fechamento normal. Por causa do trânsito fechado na Rio Branco, a Estação Carioca do metrô tem movimento intenso.

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Há divisórias para organizar a entrada e saída de passageiros. Uma parte dos manifestantes que participam da passeata contra o aumento das passagens de ônibus deixou a avenida Rio Branco e seguiu pela Almirante Barroso, onde passou a hostilizar uma equipe da Rede Globo de Televisão que participa da cobertura da manifestação. Apesar do clima tenso, não há registros de confrontos entre policiais e manifestantes até agora.

Com o nome "O que não sai na TV", os manifestantes que protestam contra o aumento das tarifas em São Paulo criaram um site para divulgar relatos e depoimentos das pessoas que participaram das mobilizações realizadas até agora. Além de textos, a página no Tumblr traz fotos e vídeos que mostram as agressões de policias contra os manifestantes. Criado nessa quarta-feira, 12, o site conta com 44 postagens sobre os eventos ocorridos na capital paulista e também em outras cidades, como Goiânia e Rio de Janeiro.

Chamados de "baderneiros" e "vândalos" pelo governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), os jovens alegam que os atos de violência durante as três manifestações já realizadas foram iniciados pela polícia. Em São Paulo, o quarto protesto está marcado para a tarde desta quinta-feira, 13. Mais de 25 mil pessoas confirmaram participação por meio da página do Movimento Passe Livre (MPL) no Facebook.

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Agenda da presidente Dilma Rousseff programada para a tarde desta quinta-feira, 13, no Rio, que coincidiria com o horário marcado para o início de mais um protesto contra o aumento do tarifa de ônibus na cidade, foi cancelada e transferida para sexta-feira, 14. A presidente participaria, às 16h30, na zona portuária, da assinatura da ordem de serviço para o início das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) do centro, promessa da prefeitura para 2016. A concentração dos manifestantes está marcada para as 17 horas na Candelária, no centro.

Também estava prevista para esta quinta a presença de Dilma em evento na favela da Rocinha, na zona sul, para o anúncio de investimentos em infraestrutura e equipamentos sociais, às 10 horas, e no Centro Integrado de Comando e Controle, na Cidade Nova, às 15 horas. A assessoria de imprensa da Presidência não informou oficialmente o motivo da mudança. O evento relacionado ao sistema integrado de comando e controle para segurança de grandes eventos vai ocorrer nesta quinta, em Brasília, e as agendas na Rocinha e na zona portuária do Rio foram transferidas para sexta-feira, às 10 horas e 13h30, respectivamente.

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Investimentos na Rocinha

Dilma vai anunciar no Rio investimentos de R$ 2,6 bilhões nas favelas da Rocinha e dos complexos do Jacarezinho e do Lins, na zona norte - do total, R$ 1,8 bilhão são recursos da União, e o restante será financiado pelo Governo do Estado. O contrato do VLT, que vai ligar a zona portuária do Rio ao centro financeiro e ao Aeroporto Santos Dumont, está orçado em R$ 1,2 bilhão. Desse montante, R$ 532 milhões serão repassados pelo governo federal por meio do PAC da Mobilidade e R$ 590 milhões deverão ser investidos pelo consórcio privado vencedor da licitação, que vai explorar o sistema por 25 anos. O consórcio é formado por seis empresas, entre elas as que já exploram os serviços de barcas, metrô, trens e ônibus na cidade, mais uma operadora francesa e outra argentina. Estão previstas seis linhas de VLT, com 42 estações e 28 km de rede. De acordo com a prefeitura, o equipamento terá capacidade para transportar até 285 mil pessoas por dia.

Em reunião com o Ministério Público Estadual nesta quarta-feira, dia 12, líderes do Movimento Passe Livre (MPL) concordaram com uma espécie de "cessar-fogo" para evitar novos protestos marcados para esta quinta-feira, 13. Os manifestantes prometem evitar outra interrupção no trânsito em troca de uma suspensão, por 45 dias, do aumento no valor da tarifa, que passou de R$ 3 para R$ 3,20.

Estado e Prefeitura, porém, afirmam que não haverá uma suspensão imediata. A avaliação, ao menos no governo do Estado, é de que a proposta soou como uma chantagem. Mas, oficialmente, o Palácio dos Bandeirantes informou que só comentaria a proposta após recebê-la oficialmente.

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O promotor público Maurício Ribeiro Lopes, da Promotoria de Habitação e Urbanismo da capital, foi incumbido de negociar uma forma de evitar a manifestação marcada para as 17h desta quinta, com concentração no Theatro Municipal. Ele promete levar nesta quinta-feira um documento assinado pelas lideranças, firmando o compromisso, para o prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que retornam de Paris, na França, onde defendiam a candidatura da capital como sede da Expo 2020.

A onda de protestos contra o aumento das tarifas de transporte público, cujo principal confronto aconteceu na noite desta terça-feira, 11, em São Paulo, tem repercussão nos principais veículos de informação do exterior. As imagens de quebra-quebra nas ruas da capital paulista chamaram a atenção fora do País e, nesta quarta-feira, 12, um pequeno grupo de brasileiros protestou em Paris contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o PT.

O "El País", da Espanha, afirma que a intensidade das manifestações surpreende. "O Brasil, pouco acostumado a protestar na rua, desta vez se levantou nas principais cidades do país contra o aumento das passagens do transporte público", afirma a publicação, lembrando que nem mesmo diante de grandes escândalos de corrupção política houve confrontos deste tipo.

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Para o diário espanhol, a classe média brasileira está aplaudindo a atuação das autoridades, que têm pedido uma ação mais enérgica dos policiais contra as manifestações "que estão paralisando o tráfego em cidades que por si mesmas já são supercongestionadas".

A rede norte-americana CNN lembra que o protesto desta terça-feira (11), mesmo debaixo de chuva, foi o mais intenso, e reforça acusações de manifestantes de que a polícia teria começado os atos de violência.

A britânica BBC, de Londres, afirma que as manifestações causam uma saia-justa para algumas cidades, em função da realização da Copa das Confederações. "Os protestos chegam em um momento sensível para o Rio, que está entre as sedes da Copa das Confederações, que começa no sábado", afirma o jornal.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta quarta-feira que pediu à Polícia Federal (PF) para acompanhar as manifestações contra o aumento das passagens de ônibus, em São Paulo e no Rio, que deixaram um rastro de vandalismo nas duas capitais. "É muito triste e lamentável ver uma situação como essa. Eu solicitei à Polícia Federal uma análise sobre o ocorrido, na perspectiva de, se necessário, ajudar os Estados", afirmou.

"Vivemos num Estado democrático, que permite a liberdade de manifestação e de opinião, mas nunca a prática de atos de vandalismo, abusos e danos ao patrimônio público." Cardozo negou, porém, que a Força Nacional de Segurança tenha sido acionada para conter a onda de vandalismo. Em São Paulo, manifestantes do Movimento Passe Livre fizeram na terça-feira, 11, o maior e mais violento protesto contra o aumento das tarifas de ônibus. Houve depredações, queima de ônibus, bloqueio de ruas e confronto com a Polícia Militar no centro e na Avenida Paulista. No Rio, ativistas de movimentos sociais atiraram pedras até em igrejas, na noite de segunda-feira, 10.

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"A Força Nacional só pode ser acionada quando o governador pede. Não posso me imiscuir na competência estadual. Até o momento, os fatos configuram ilícitos cuja investigação é das polícias estaduais", argumentou o ministro da Justiça.

Em entrevista publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, no domingo, 9, Cardozo disse que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) está "politizando" a segurança pública em São Paulo. A crítica foi feita na esteira de declarações do governador, para quem a violência em São Paulo é agravada pela falta de controle do governo federal sobre as fronteiras.

"Nosso trabalho é permanentemente de parceria", rebateu Alckmin, na segunda-feira, em Paris. "Nosso compromisso é arregaçar as mangas e trabalhar até o término do mandato."

As estocadas de Cardozo na direção de Alckmin foram interpretadas pela cúpula do PSDB como um sinal de que ele pretende conquistar apoio para ser indicado candidato do PT ao governo paulista. O ministro nega. "Sinceramente, não tenho projeto pessoal de disputar eleição", garantiu. Até agora, o nome mais cotado nas fileiras do PT para enfrentar Alckmin, no ano que vem, é o do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O problema é que a área da saúde não é hoje um cartão de visitas. Ao contrário: apresenta muitas dificuldades e Padilha ainda não tem uma marca para exibir em 2014.

A solução do impasse para a definição do desafiante de Alckmin passará pelo crivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff, até o mês que vem. Seja quem for o candidato, no entanto, é consenso em todos os partidos que a segurança será um tema muito importante na campanha eleitoral.

O prefeito de Campinas (SP), Jonas Donizette (PSB), anunciou na tarde desta quarta-feira a redução na tarifa de ônibus da cidade de R$ 3,30 para R$ 3,20. O novo preço da passagem passa a valer no dia 30 de junho. "Em virtude da desoneração do PIS e do Cofins que foi divulgada pela presidenta Dilma (Rousseff), fizemos estudos na cidade de Campinas e vamos rebaixar o preços da passagem de ônibus. O preço estava caro. Para mim, era muito incômodo esse valor que tinha subido na gestão passada. Eu achava salgado R$ 3,30. Agora estamos diminuindo os R$ 0,10, porque para o trabalhador, faz diferença", afirmou.

Sobre os protestos contra o aumento de tarifa, o prefeito defendeu que têm que ser respeitados, desde que sejam pacíficos. "Mas tem havido excessos. Hoje (12), vimos um policial sendo agredido por um grupo de manifestantes, isso é inaceitável, Todo protesto tem limite, ele tem que ter ordem. Aqui nos antecipamos, não aconteceu e espero que não aconteça."

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Pela internet um grupo de manifestantes se organiza para um protesto no dia 20. Mais de 1 mil pessoas confirmaram presença. Sobre a decisão de algumas prefeituras, em maioria de prefeitos petistas, ter reduzido a tarifa, Donizette defendeu que a decisão não é partidária. "Não sou do PT e estou tomando essa decisão. No governo, partido a gente tem para disputar a eleição. Foi uma mensagem minha para a população que teríamos um bom grau de convivência tanto com o governo estadual como com o governo federal", disse o prefeito, ao defender que outras prefeituras podem determinar a redução com base na desoneração do PIS e do Cofins, independente de partido.

O aumento foi comunicado aos empresários do setor do transporte em uma reunião na terça-feira, 11. "Houve da parte deles reivindicações que eu decidi não atender. O fato da desoneração em si era suficiente para que fizéssemos o rebaixamento. Eles alegaram que teve recentemente o aumento do preço do diesel e também o dissídio salarial dos trabalhadores que foi de 8%. Mas estamos fazendo esse rebaixamento, sem mexer em nenhum outro ponto financeiro", explicou o prefeito.

As empresas chegaram também a pedir aumento no subsídio pago pela prefeitura, que hoje é de R$ 2,1 milhões por mês. Os empresários alegaram, segundo o prefeito, que com a redução de R$ 0,10 na tarifa eles terão um prejuízo mensal de R$ 870 mil. A Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas (Transurc) informou que com a redução da passagem elas receberão com os 8,7 milhões de passageiros ano R$ 30 milhões - já com os subsídios - enquanto o custo do sistema, já com a desoneração dos PIS e Cofins, será de R$ 33 milhões.

"O desequilíbrio econômico financeiro da prefeitura com as concessionárias vai aumentar. As empresas esperam que a prefeitura passa a fazer a parte dela, desonerando o ISS de 2% e retirando a taxa de gerenciamento, que também é de 2%. E que o governo do Estado desonere o ICMS do diesel", afirmou o diretor de Comunicação da Transurc, Paulo Bardall.

Entre os 13 detidos pela Polícia Militar (PM) de São Paulo na noite desta terça-feira, 11, durante a manifestação contra o aumento da tarifa de transporte coletivo que resultou em confronto na capital paulista, 11 foram transferidos na manhã desta quarta-feira, 12, do 78.º Distrito Policial (DP) para o Centro de Detenção Provisória da Capital, na unidade Chácara Belém II. Dos presos, dois identificaram-se como professores e um é jornalista, do Portal Aprendiz. A prisão do jornalista Pedro Ribeiro Nogueira, de 27 anos, é contestada pela Associação Cidade Escola Aprendiz, que mantém a página na internet.

De acordo com a associação, Nogueira trabalhava durante os protestos. Em nota, a entidade afirma que ele foi preso "errônea e injustamente". "O que vimos foi uma ação policial baseada na truculência e na violência, o que constituiu um abuso contra as liberdades democráticas e um ataque violento à liberdade de imprensa", afirma o documento.

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Segundo a mãe de Nogueira, Beatriz Fátima Augusta Ribeiro, a prisão aconteceu por um mal-entendido. "Ele não é ligado a quadrilha alguma e não depredou nada. Estava com a namorada, indo para a casa dela, após o trabalho, quando tentou impedir que duas garotas apanhassem dos policiais. Foi levado à delegacia, todos os documentos que provavam que ele estava trabalhando foram apresentados, mas mesmo assim ele foi preso", diz.

A gestora institucional da associação, Solânge Costa Ribeiro, diz que o Portal Aprendiz acionou os advogados e presta apoio jurídico a Nogueira. "Ele é nosso jornalista, estava com outros dois profissionais do portal cobrindo a manifestação, como já tinha feito na cobertura da última sexta-feira, 7", declara. Até as 16 horas, a PM ainda não havia se pronunciado sobre a prisão. Outros dois presos se identificaram como professores: Ildefonso Hipolito Penteado, de 43 anos, da rede pública estadual, e Rodrigo Cassiano dos Santos, de 24. Única mulher do grupo, uma estudante de 25 anos permaneceu no 78.º DP e deve ser encaminhada para o 89.º DP.

Policiais do Batalhão de Trânsito (BPTran) de São Paulo que acompanharam nesta terça-feira a manifestação do Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento nas tarifas de transporte pública estimaram um público entre 10 mil e 12 mil manifestantes. Durante o trajeto, manifestantes tentaram entrar no Terminal Parque Dom Pedro II e foram contidos pela Tropa de Choque.

Um grupo ateou fogo em uma caçamba de lixo dentro do terminal e a polícia respondeu com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo. Abriu-se um clarão na multidão e alguns manifestantes atacaram pedras contra a Polícia Militar (PM). A Tropa de Choque avançou disparando tiros de bala de borracha e a multidão recuou pela Avenida Rangel Pestana. A circulação de ônibus foi totalmente interrompida. Antes, alguns manifestantes puseram fogo num trólebus da Prefeitura, mas as chamas foram contidas antes que se alastrassem, pelos demais participantes da passeata.

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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta terça-feira, em Paris, que a interrupção do trânsito durante um protesto é "vandalismo", portanto "caso de polícia". Alckmin fica na França até esta quarta-feira, 12, quando participa da apresentação final da candidatura da capital paulista para sediar a Expo 2020, mas afirmou que acompanha o desenrolar das manifestações na capital.

"Uma coisa é movimento, que tem de ser respeitado, ouvido, dialogado (sic). Isso é normal e é o nosso dever fazê-lo", disse, na saída de uma reunião com empresários franceses, nesta manhã. "Outra coisa é vandalismo: você interromper artérias importantes da cidade, tirar o direito de ir e vir das pessoas, depredar o patrimônio público, que é de todos. Isso não é possível. Aí, é caso de polícia, e a polícia tem o dever de garantir a segurança das pessoas."

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Durante a tarde, ele e o prefeito Fernando Haddad (PT) participaram de uma reunião para acertar os últimos detalhes da apresentação desta quarta-feira, mas permaneceram de olho nas notícias vindas da cidade. Alckmin e o prefeito de São Paulo também jantaram juntos na Embaixada do Brasil na França. Apesar da diferença de cinco horas do fuso horário em relação à França, as assessorias afirmaram que eles permaneceriam monitorando os acontecimentos no município.

Um grupo de manifestantes se organiza pela internet para uma manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus em Campinas, interior de São Paulo, no próximo dia 20. O movimento Frente contra o Aumento - Campinas marcou a concentração de manifestantes para as 17h, no Largo do Rosário, de onde eles sairão em passeata pela cidade às 18h.

Pela página do Facebook "Mãos ao alto: você está em Campinas", os manifestantes já conseguiram 705 confirmações de presença até o final da tarde desta terça-feira, 11. Eles vão cobrar do governo municipal a redução da tarifa de ônibus que é de R$ 3,30.

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Campinas foi uma das primeiras a aumentar a passagem, no dia 2 de dezembro do ano passado. O prefeito Jonas Donizette (PSB) aguarda um estudo de impacto da Secretaria dos Transportes para decidir se a cidade terá redução. Alguns municípios paulistas diminuíram o valor da passagem, após Medida Provisória do governo federal que desonerou as empresas de ônibus do PIS e do Cofins. A Associação das Empresas de Transporte Urbano Coletivo de Campinas (Transurc) condicionou o corte a um aumento dos subsídios pagos pela prefeitura.

O governo federal está conduzindo um acordo entre empresários do setor hoteleiro e a FIFA para tentar conter as tarifas abusivas durante a Copa do Mundo. Quem fez uma pesquisa de preço antes de confirmar a reserva para a Copa das Confederações pôde sentir o peso que os eventos esportivos trazem na cobrança das diárias.

Das seis cidades que irão receber os jogos da Copa das Confederações, Brasília é a que tem as tarifas mais caras. De acordo com um levantamento preliminar feito pela Embratur, a diária custa em média R$ 485. Como muitos hotéis no centro da cidade e próximos ao Estádio Nacional Mané Garrincha não têm mais vagas, os estabelecimentos com leitos disponíveis acabam aumentando os preços. Em alguns hotéis, a diária de um quarto duplo chega a R$ 750, além dos 10% da taxa de serviço.

No geral, todas as cidades terão um aumento no valor das tarifas durante o período das competições. O que até é aceitável para o Ministério do Turismo, já que os empresários têm contratado mais funcionários e aprimorado o serviço para agradar aos turistas. No entanto, abusos preocupam o governo federal porque mancham a imagem do Brasil e causam reclamações dos visitantes, assim como ocorreu durante a Rio+20, realiado no Rio de Janeiro, no ano passado.

Num acordo firmado nesta semana, ficou definido que as tarifas da Match Services, empresa oficial da FIFA para assuntos relacionados a acomodações nos campeonatos mundiais de futebol, servirão de base para o governo e o setor hoteleiro do país. Nos próximos dias, os hoteleiros deverão divulgar os patamares aceitáveis para as tarifas. “Estabelecemos o caminho do diálogo com os empresários para evitar que a esperteza de poucos prejudique a imagem de todo o país. Essa é a posição do governo”, comentou o ministro do Turismo, Gastão Vieira.

De acordo com presidente da Embratur, Flávio Dino, a ideia não é prejudicar o setor hoteleiro. “Não vamos intervir nas leis de mercado, mas também não podemos permitir abusos”, frisou. A Embratur continuará a  monitorar a cobrança de tarifas nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo.

O presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, garantiu que os empresários estão de acordo com as medidas adotadas. “Não há dois lados nessa questão. Também entendemos que o país passa por um momento importante e somos contra práticas abusivas de mercado, que, de maneira alguma, refletem a atitude majoritária dos nossos empresários”, salientou.

Um protesto de estudantes contra o aumento da tarifa de ônibus bloqueia a Avenida Nove de Julho, na altura da Praça da Bandeira, região central da capital paulista.

Segundo a Polícia Militar, cerca de 500 pessoas do Movimento Passe Livre partiram às 17h50 da Praça Ramos de Azevedo, no centro de São Paulo, em direção à Av. Nove de Julho. Estudantes disseram a reportagem, por telefone, que colocaram fogo em uma catraca de ônibus no cruzamento da via com a Av. Vinte e Três de Maio.

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A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que a manifestação bloqueia os dois sentidos da Nove de Julho e segue em direção à Avenida Paulista.

A companhia recomenda que o motorista evite o eixo Centro-Paulista, em função da lentidão. Agentes de trânsito estão acompanhando a interdição e orientando os usuários.

Internautas relatam nas redes sociais que os manifestantes colocaram fogo na saída do Túnel do Anhangabaú e ao longo da pista, entrando em confronto com a Tropa de Choque.

Desde domingo, estão em vigor as novas tarifas de ônibus, metrô e trem na capital paulista, que subiram de R$ 3 para R$ 3,20.

A operadora Oi (Telemar Norte Leste S/A) foi condenada pela 14ª Vara Federal da Justiça Federal no Rio de Janeiro por propaganda enganosa. A ação proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) se refere ao plano DDD Amigo.

Segundo a Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro, a ação movida pelo procurador Cláudio Gheventer defende que o consumidor é informado apenas sobre as vantagens, o funcionamento e a forma de adesão, e não é alertado sobre elevações de tarifas que o plano impõe. Ainda na ação, Gheventer destaca que apesar de ser destinado apenas a telefones residenciais, os descontos são aplicados somente em horários comerciais, sem que o usuário seja informado.

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A procuradoria explicou que a operadora terá que informar aos clientes sobre a elevação nos valores das tarifas. Conforme determinação da Justiça, as informações serão publicadas no siteda empresa, no seu serviço de call center e em todas as mensagens publicitárias.

Com o mesmo destaque da informação sobre os descontos, a operadora terá que informar também o percentual máximo de aumento, incluindo as diferenças em relação ao plano básico fazendo um quadro comparativo de tarifas. A empresa terá ainda que publicar a decisão da Justiça em pelo menos três jornais de grande circulação no Rio de Janeiro.

De acordo com a procuradoria, na sentença, a Justiça Federal determina também que a Oi entregue o contrato de adesão com as informações especificadas aos usuários que aderiram ao plano DDD Amigo e inclua na fatura enviada aos clientes uma mensagem divulgando a decisão. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), também ré na ação, deverá fiscalizar a Oi em relação ao cumprimento das obrigações determinadas.

Além de ressarcir os danos causados aos usuários do plano, a Oi foi condenada a fazer o pagamento de indenização de R$ 500 mil ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos, a título de dano moral coletivo. Conforme o processo, as elevações nas tarifas podem atingir a 750%, dependendo da distância e do horário da ligação. A Oi informou à Agência Brasil, por meio da assessoria de imprensa, que não comenta ações em andamento.

O Itaú Unibanco elevou as suas receitas com prestação de serviços, incluindo as rendas de tarifas bancárias, no primeiro trimestre, impulsionadas por cartões de crédito e serviços de conta corrente. Esses ganhos foram 18,8% maiores de janeiro a março ante igual intervalo de 2012, para R$ 5,122 bilhões.

Ante o trimestre anterior, foi vista queda de 0,5%, apesar da sazonalidade típica do período, que apresenta concentração de receitas no último trimestre do ano, segundo o banco. Desconsiderando o efeito da aquisição das ações dos minoritários da Redecard, ao final de 2012, que impulsionou as receitas com cartões, os ganhos com prestação de serviços do Itaú teriam apresentado crescimento de 8,8% em março ante um ano.

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Se levado em conta o resultado com operações de seguros, previdência e capitalização, as receitas do banco atingiram R$ 6,476 bilhões, queda de 1,1% em relação ao trimestre anterior e crescimento de 15,9% ante o mesmo período de 2012.

As receitas de serviços com cartões de crédito atingiram R$ 2,087 bilhões no primeiro trimestre, cifra 2,4% superior em relação ao trimestre anterior e 36,1% maior em um ano. Esses ganhos foram puxados, conforme o Itaú, pelo crescimento

nos volumes transacionados no período, pela aquisição de 100% das ações dos minoritários da Redecard e pelas maiores receitas de anuidades de cartões.

Já as receitas decorrentes dos serviços de conta corrente atingiram R$ 978 milhões no primeiro trimestre do ano, alta de 7,8% em relação ao trimestre anterior e de 30,4% em um ano. Os ganhos com administração de recursos somaram R$ 567 milhões, queda de 4,1% e alta de 14,5%, respectivamente.

A nota divulgada anteriormente contém uma incorreção. O reajuste na tarifa do Metrô Rio foi de 9,37% e não 6,66%, como informado. Já o aumento da passagem das Barcas Rio-Niterói foi de 6,66% e não 9,37%. Segue o texto corrigido:

Começaram a vigorar nesta terça-feira as novas tarifas do Metrô Rio e das Barcas Rio-Niterói, de acordo com reajustes permitidos pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp). O metrô passou a custar R$ 3,50, aumento de 9,37%. Já a passagem das barcas foi para R$ 4,80, alta de 6,66%. O impacto dos aumentos no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), porém, é pequeno.

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Segundo a Agetransp, os reajustes foram baseados em índices de inflação. Para a tarifa da Barcas S.A. - concessão administrada pela CCR -, foi considerada a inflação acumulada de 12 meses, até o início de fevereiro, pelo IPCA. Para a passagem do metrô, foi usado o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) acumulado em 12 meses, até janeiro. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a tarifa das Barcas Rio-Niterói tem impacto nulo no IPCA. A passagem do Metrô Rio pesa atualmente 0,15%. Já a tarifa do Metrô de São Paulo representa 0,17% do IPCA.

Começaram a vigorar nesta terça-feira as novas tarifas do Metrô Rio e das Barcas Rio-Niterói, de acordo com reajustes permitidos pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp). O metrô passou a custar R$ 3,50, aumento de 6,66%. Já a passagem das barcas foi para R$ 4,80, alta de 9,37%. O impacto dos aumentos no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), porém, é pequeno.

Segundo a Agetransp, os reajustes foram baseados em índices de inflação. Para a tarifa da Barcas S.A. - concessão administrada pela CCR -, foi considerada a inflação acumulada de 12 meses, até o início de fevereiro, pelo IPCA. Para a passagem do metrô, foi usado o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) acumulado em 12 meses, até janeiro. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a tarifa das Barcas Rio-Niterói tem impacto nulo no IPCA. A passagem do Metrô Rio pesa atualmente 0,15%. Já a tarifa do Metrô de São Paulo representa 0,17% do IPCA.

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O ministro do Turismo, Gastão Vieira, defendeu o aumento da oferta de assentos nas viagens aéreas e a redução dos preços das passagens e das diárias dos hotéis, ao comentar sobre a necessidade de aumento da competitividade do setor de turismo. Ele participa nesta terça-feira do Fórum Panrotas, na capital paulista.

Questionado se apoiava as propostas da Embratur para o estabelecimento de uma tarifa teto, Vieira disse que o ministério "está alinhado no pensamento de que há necessidade de que os preços não assumam proporções extraordinárias". No entanto, sugeriu em lugar de tarifas teto que o governo realize rodadas de negociação com representantes da indústria do turismo, particularmente o setor hoteleiro, para evitar a cobrança de preços abusivos, a exemplo do que foi feito para a Rio+20. "Abusos não serão tolerados", comentou.

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Sobre a proposta da Embratur para a abertura do mercado doméstico aos estrangeiros, de maneira a ampliar a oferta de assentos, Vieira declarou que as companhias aéreas brasileiras deveriam avançar primeiro neste objetivo. "(Essas propostas) envolvem discussões com outras áreas do governo, como a Secretaria de Aviação Civil, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e a Casa Civil", acrescentou, lembrando que não se trata apenas de ponto de vista econômico, mas também de uma concessão.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou, nesta quinta-feira, os valores tarifários máximos das ligações de telefone fixo para celular, tanto em chamadas locais quanto em interurbanas. As novas tarifas foram definidas na última reunião do Conselho Diretor da Agência, realizada em 28 de fevereiro.

A partir de 6 de abril, o minuto da ligação de fixo para celular custará, em média, R$ 0,04 a menos. O colegiado aprovou redução de 8,77% no valor dessa tarifa para as concessionárias Telefônica, CTBC Telecom, Sercomtel, Embratel e Oi, nos Estados da antiga Brasil Telecom. Já nas unidades da Federação atendidas pela Oi onde antigamente era a Telemar, a diminuição será de 18,6%. O porcentual é maior para esta empresa porque, devido a questões judiciais, suas tarifas não sofreram redução no ano passado. É o segundo ano consecutivo que o custo da ligação de fixo para celular é reduzido.

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A nova política de tarifação anunciada nesta terça-feira pela BM&FBovespa para o mercado à vista de ações não implica modificação no custo final para o investidor, "mas um rebalanceamento de preços dentro do processo de integração, captura de sinergias e ganho de eficiência", explicou o diretor presidente da Bolsa, Edemir Pinto.

Segundo ele, com a fusão da BM&F com a Bovespa havia subsídios cruzados nas tarifas, o que dificultava uma comparação clara com as bolsas internacionais. Mesmo assim, Edemir disse que não foram eliminados todos os subsídios. "Houve uma eliminação da gordura mais aparente", disse.

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Entre as principais iniciativas que estão sendo implementadas nesse sentido, e que entram em vigor a partir de 1º de abril, está uma redução de 28,5% da tarifa de negociação no mercado à vista de ações. Portanto, a bolsa passara a cobrar 0,005% sobre o valor negociado, contra 0,007% atualmente.

Edemir explicou que os fundos de investimento e clubes passam a ser cobrados na mesma faixa, mas que os subsídios que estavam cruzados na pós negociação foram ajustados, de modo que o custo final não mudou. Na pós-negociação, a taxa de liquidação foi elevada de 0,0180% para 0,0200%. Com a redução na tarifa de negociação, o custo final permanece em 0,250%.

As operações em leilão (abertura e fechamento) e as ofertas publicas de aquisição (OPAs) terão redução temporária das tarifas somente até 2 de dezembro deste ano, para permitir a adaptação dos sistemas da bolsa, das corretoras e dos fornecedores. Depois, voltará a ser cobrada a tarifa atual de 0,007% sobre o valor negociado.

O diretor presidente da BM&FBovespa afirmou que um dos fatores que permitiram as mudanças relacionadas à redução das tarifas foi o compartilhamento dos atuais ganhos de escala com a fusão das bolsas e que estão sendo transferidos ao mercado.

Tal transferência está também prevista em uma outra iniciativa anunciada, prevendo reduções progressivas das tarifas de negociação quando aumentarem os volumes negociados. Essa mudança entra em vigor a partir de 2 de dezembro deste ano.

Ou seja, de zero a RS 9 bilhões negociados em média diariamente, a tarifa aplicada é de 0,005%. Quando a media diária passar de RS 9 bilhões e chegando até RS 11 bilhões, a tarifa para os RS 2 bilhões excedentes cai para 0,004%; passando de RS 11 bilhões e chegando em RS 13 bilhões, sobre os RS 2 bilhões excedentes recua para 0,003%; e acima de RS 13 bilhões, para 0,002%.

Edemir explicou ainda que, supondo que a média de negociação diária chegue a RS 14 bilhões, o dobro da média atual, "no topo", ou seja, fazendo o cálculo das tarifas considerando as reduções aos volumes excedentes, a tarifa media é de 0,004357% sobre o negociado. "Trata-se de uma redução de 37,75% em relação aos 0,007% que estavam sendo cobrados", afirmou.

O executivo disse ainda que, como a Bolsa tem de oferecer previsibilidade do custo da operação feita em tempo real, às corretoras e aos investidores será divulgada mensalmente a tarifa a ser cobrada com base na média diária de negociação do mês anterior, calculada no último dia do mês, e sobre a qual será aplicada a taxa conforme a tabela de tarifas progressivas.

Outro aspecto citado diz respeito à extensão do benefício dos investidores de High Frequency, que operam 100% no day trade, aos demais investidores do day trade. Esse beneficio implica custos menores para certos volumes negociados, de acordo com uma tabela de tarifação da bolsa. Tal tabela também esta sendo readaptada à nova tarifa de negociação, ou seja, ela parte do custo anunciado hoje de 0,005% sobre o valor negociado. Essa iniciativa visa aumentar o volume de negócios na bolsa.

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