Tópicos | Tóquio-2020

O surto global do novo coronavírus, denominado Covid-19, continua dando dor de cabeça para as autoridades japonesas a poucos meses dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio-2020. Nesta quarta-feira (11), Seiko Hashimoto, ministra olímpica do Japão, afirmou que é "inconcebível" adiar ou cancelar os eventos, no momento em que a epidemia da doença provoca enormes dúvidas sobre a realização deles este ano.

"Do ponto de vista dos atletas, que são os principais atores dos Jogos de Tóquio, quando se preparam para este evento que acontece uma vez a cada quatro anos (...) é inconcebível cancelar ou adiar", afirmou Seiko Hashimoto em uma reunião no Parlamento Japonês, em Tóquio.

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A ministra reconheceu, porém, que o "Comitê Olímpico Internacional (COI) deve tomar a decisão final sobre os Jogos". "Pensamos que é importante que o governo ofereça uma informação correta para que o COI possa tomar a decisão apropriada", completou. Essa definição tem como data máxima o final de maio, já que a Olimpíada começa no dia 24 de julho.

A rápida propagação do Covid-19, que contaminou mais de 560 pessoas e já provocou 12 mortes no Japão, criou um clima de dúvida no momento em que a preparação da Olimpíada está na fase final. As declarações de Hashimoto foram feitas depois que um integrante do Comitê Organizador dos Jogos, Haruyuki Takahashi, afirmou que um adiamento de um ou dois anos era uma possibilidade.

Os organizadores mantêm a preparação do evento como estava previsto inicialmente, afirmou Hashimoto. O comitê de Tóquio-2020 exigiu "explicações" a Takahashi, que em um comunicado oficial explicou que "expressou de forma infeliz sua opinião pessoal em resposta a uma questão hipotética".

"Como o presidente do COI, Thomas Bach, declarou recentemente, nem o COI nem o Comitê Organizador planejam adiar ou cancelar os Jogos de Tóquio-2020. Continuamos com os preparativos para a abertura na data inicialmente prevista", insistiu a organização.

Já são dezenas de eventos esportivos cancelados ao redor do mundo por causa do coronavírus e a lista aumenta a cada dia. Faltando menos de cinco meses para os Jogos de Tóquio, principal competição da temporada, a preocupação agora é tentar controlar a proliferação da doença e por isso as aglomerações de torcedores não são bem-vindas.

Só que cada torneio adiado, transferido de local ou cancelado mexe bastante com a preparação dos atletas. Muitos ainda buscam pontos no ranking, índices ou classificação para a Olimpíada e a Paralimpíada. Por causa disso, o coronavírus tem atrapalhado os competidores de elite, que precisam repensar agenda, alterar viagens e vivem a ansiedade de possíveis mudanças no calendário internacional.

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O nadador Guilherme Costa, mais conhecido como Cachorrão, participaria neste fim de semana do Troféu Cidade de Milão. A competição seria o primeiro passo da preparação especial na altitude italiana, quando ele passaria 21 dias treinando em Livigno, a 1.816 metros acima do nível do mar. Mas após os inúmeros casos de coronavírus na Europa, a missão foi abortada. "A competição foi cancelada", contou o atleta, que como opção vai adaptar em sua casa um equipamento do Comitê Olímpico do Brasil (COB) para simular a altitude em seu quarto.

O equipamento pode ser programado para simular até 2.800 metros de altitude. O aparelho conta com uma bomba, que tem um tubo para sugar o ar do quarto. Com esse mecanismo, o ar vai se tornando cada vez mais rarefeito, até chegar à "altitude desejada" - Cachorrão vai estabelecer 2.500 metros como referência. É como se todo o quarto se tornasse uma bolha, com característica única em comparação aos demais cômodos da casa.

"Tenho de ficar o máximo de tempo possível dentro do quarto pelos próximos 20 dias, para fazer mais efeito e simular a altitude. Vou ficar no mínimo 12 horas por dia assim. E vou aproveitar este tempo, já que não vou viajar, para fazer uma análise técnica para acertar minha virada nas provas."

Quem também teve de mudar seus planos foi Alana Maldonado, que disputaria entre 6 e 17 de março um evento em Tóquio preparatório para os Jogos Paralímpicos. A competição foi cancelada e a delegação de nove pessoas não viajou. "É uma pena porque seria um evento-teste para a Paralimpíada e a gente iria ficar 10 dias depois lá treinando", afirmou a judoca, que é líder do ranking em sua categoria. "Temos mais duas competições que valem pontos, na Inglaterra e no Azerbaijão."

A situação foi pior para 20 nadadores paralímpicos, que competiriam em Lignano em um das etapas do circuito mundial. O evento foi cancelado e quando os atletas chegaram na Itália, incluindo o multicampeão Daniel Dias, receberam a notícia e tiveram de voltar para o Brasil.

Quem também vive uma situação inusitada é Hugo Calderano, do tênis de mesa. Ele precisa somar pontos no ranking mundial para tentar chegar em uma situação boa no evento olímpico para evitar cruzamentos precoces contra atletas chineses. As três próximas competições importantes são no Catar, na semana que vem, e depois no Japão e China. Apesar de não ter nada oficial, é possível que esses eventos sejam cancelados e, com isso, ele não poderia somar mais pontos.

"Estamos preocupados com as consequências para os eventos e principalmente para os Jogos de Tóquio. Mas confiantes de que o COI e o Comitê Organizador vão tomar as melhores decisões conforme as orientações da Organização Mundial da Saúde. O mais importante é preservar a segurança dos atletas, torcedores e todos os envolvidos", comentou Calderano.

As últimas chances de classificação olímpica para brasileiros dos saltos ornamentais e nado artístico para os Jogos de Tóquio serão em dois eventos marcados para abril no Japão. Por enquanto não houve qualquer sinalização de cancelamento das competições, dada a importância delas, mas os atletas nacionais estão cientes dos problemas que podem ocorrer.

"Seguimos observando e nos planejando para as certezas e eventuais incertezas, mas até que seja confirmada uma mudança, nosso planejamento de treinamento segue igual. Estamos monitorando de perto este assunto, mas, por enquanto, vida normal, com cautela e seguindo todas as precauções", explicou Tammy Galera, que vai tentar buscar sua vaga olímpica.

O Brasil vai enviar cinco atletas de saltos ornamentais e o dueto de nado artístico para tentar a classificação. Segundo o técnico Oscar Urrea, a Federação Internacional de Natação ainda não se pronunciou. "Estamos acompanhando as notícias, mas o nosso planejamento segue igual até que algo mude oficialmente", diz.

A situação no skate é semelhante. O Mundial de Park, competição que dá o maior número de pontos para o ranking olímpico, será em Nanquim, na China, de 26 a 31 de maio. Dois eventos importantes da modalidade em abril, que seriam no país, foram suspensos. "Estamos atentos e em diálogo direto com a World Skate, inclusive para ajudar a encontrar soluções para o calendário", explicou Eduardo Musa, presidente da Confederação Brasileira de Skate (CBSk).

Ele lembra que o mais importante é tranquilizar os atletas. "Ajustar a rotina de treinos não é o mais complexo. Certamente todo esse momento de expectativas e indefinições é o que requer nossa maior atenção. Entendemos que é um trabalho de preparação muito mais emocional que físico. Temos mantido um diálogo transparente e transmitindo as informações que recebemos sempre que há nova atualização. Mas, realmente, precisamos esperar o desdobramento das coisas."

PRECAUÇÃO DO COB - O Departamento Médico do Comitê Olímpico do Brasil (COB) orientou os atletas e comissões técnicas a evitar viagens para China e Coreia do Sul. "São totalmente contraindicadas", disse. A medida é mais rigorosa que as recomendações do Ministério da Saúde, que não inclui a Coreia como um destino a ser evitado.

A equipe médica da entidade elaborou um documento apresentando como se dá a transmissão do coronavírus e quais as formas de prevenir. O COB avisou que "seguirá as orientações das Federações Internacionais e definirá a participação em competições e treinos realizados em áreas de risco junto às Confederações Brasileiras Olímpicas." O COB também garante que dará todo suporte aos atletas para não terem prejuízo em sua preparação.

A esgrimista Bia Bulcão está treinando na Itália para conseguir sua vaga olímpica para os Jogos de Tóquio, em julho. O país é um dos mais afetados pelo coronavírus, mas a atleta de 26 anos garante que está segura e que o foco do problema está em outras regiões do país.

Em meio à preocupação mundial com a doença, a atleta brasileira conversou com a reportagem do Estado. Confira os principais trechos da entrevista:

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Como está a situação na Itália após os casos de coronavírus?

O problema está mais no norte, na região da Lombardia. Eu estou em Frascati, uma cidade pequena, a 30 minutos de Roma, e não tem nenhum caso ou risco, a vida está seguindo normalmente. Quando voltei de competição, notei que no aeroporto as pessoas estão tendo mais cautela, usando máscaras, mas não teve medidas de emergência.

Você teve de mudar sua rotina aí por causa desse problema?

Minha rotina continua a mesma, apenas tomo cuidado com a minha saúde, lavo bem as mãos, presto atenção na alimentação, essas coisas.

Você pensa em retornar ao Brasil antes do previsto?

Meu plano não é voltar para o Brasil agora e seguir com meu planejamento visando a classificação olímpica. Claro, se a situação piorar, posso rever o que vou fazer. Mas por enquanto a ideia é continuar aqui com meus treinos.

Quais são suas chances de classificação olímpica?

São boas. Tenho na próxima semana um Grand Prix nos Estados Unidos, para tentar a vaga pelo ranking mundial. Caso não consiga, depois em abril tem o Pré-Olímpico. Só o vencedor classifica, mas tenho boas chances. Estou me preparando para isso e espero fazer uma boa prova para alcançar o resultado.

Agora é oficial. O velejador Robert Scheidt, aos 46 anos, confirmou nesta quinta-feira a sua vaga para a disputa da classe Laser dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Maior medalhista olímpico da história do país - são dois ouros, duas pratas e um bronze -, ele está em 29.º lugar no Mundial, que está sendo realizado em Melbourne, na Austrália, mas já confirmou seu lugar no Japão.

Em 2019, Scheidt ficou na 12.ª posição no Mundial da classe Laser e obteve o índice técnico estipulado pela Confederação Brasileira de Vela (CBVela), que era ser Top 18 da competição. Mas ainda havia uma chance dele não se classificar, que era algum brasileiro ir ao pódio na edição deste ano. Além dele, o único do País presente no evento é Gustavo Nascimento, que está em 84.º lugar e não tem mais chances de conquistar medalha.

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Com a vaga garantida, Scheidt terá o recorde de brasileiro com mais participações em Jogos Olímpicos. Só que o velejador pode ter companhia. Formiga deve igualar esse recorde, já que é um dos destaques da seleção brasileira feminina de futebol que já está classificada para Tóquio-2020, mas que ainda não teve a sua convocação confirmada. Rodrigo Pessoa, do hipismo, e Jaqueline Mourão, do ciclismo, também brigam para competirem pela sétima vez em uma Olimpíada.

Scheidt disputou os Jogos Olímpicos pela primeira vez em 1996, aos 21 anos, e logo conquistou a medalha de ouro na classe Laser em Atlanta, nos Estados Unidos. Quatro anos depois, ficou com a prata em Sydney-2000, na Austrália, mas voltou a ir ao lugar mais alto do pódio em Atenas-2004, na Grécia. Em Pequim-2008, na China, com a prata, e Londres-2012, na Inglaterra, com bronze, conquistou medalhas em outra classe, a Star.

Para a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, voltou a velejar na classe Laser, mas acabou na quarta posição. Em 2017, tentou uma nova mudança de categoria, para a 49er, mas não obteve bons resultados, voltando à Laser em busca de sua sétima Olimpíada.

Em Tóquio-2020, Scheidt almeja se isolar como maior medalhista olímpico do Brasil. Ele divide este status com o velejador Torben Grael, que também acumula cinco pódios: dois ouros (em Atlanta-1996 e Atenas-2004) e dois bronzes (Seul-1988 e Sydney-2000), todos na Star, além de uma prata em Los Angeles-1984, na classe Soling.

Os Estados Unidos não quer repetir o fiasco do Mundial da China nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. A USA Basketball divulgou nesta segunda-feira uma lista prévia de 44 jogadores com todos os principais nomes da NBA como LeBron James, Kawhi Leonard, Anthony Davis, James Harden e Stephen Curry. Até Kevin Durant, que ainda não jogou nesta temporada pelo Brooklyn Nets, foi pré-selecionado.

A convocação tem 19 jogadores que conquistaram um total de 31 medalhas de ouro, incluindo Olimpíadas e Mundiais. São nove representantes da conquista nos Jogos do Rio de Janeiro, há quatro anos, e sete do título em Londres, em 2012, além de Dwight Howard, que subiu no lugar mais alto do pódio em Pequim-2008.

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O técnico Gregg Popovich incluiu ainda todos os jogadores que disputaram o Mundial da China, no ano passado. Sem os principais astros, os Estados Unidos ficaram apenas na sétima posição, pior colocação em sua história. A Espanha conquistou o título.

Agora Popovich não pretende passar por outro vexame. A seleção norte-americana não perde em uma edição dos Jogos Olímpicos desde o dia 27 de agosto de 2004, quando foi superada pela Argentina, em Atenas. São três ouros olímpicos consecutivos.

"A justiça é importante neste processo. Eles conquistaram o direito de estarem nesta lista. É um ótimo grupo, com os melhores jogadores à disposição e, o mais importante, é que todos eles já manifestaram o desejo de participar", afirmou Jerry Colangelo, presidente da USA Basketball.

Diferentemente dos últimos torneios não haverá uma fase de testes com boa parte do grupo. Popovich deve anunciar os 12 escolhidos no início de junho e começar os treinos para disputar os Jogos de Tóquio pouco depois das finais da NBA, em julho. A Olimpíada começa no dia 24 de julho.

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O futebol masculino do Brasil vai defender o título olímpico conquistado, pela primeira na história, nos Jogos do Rio-2016. Neste domingo, a seleção sub-23 derrotou a Argentina por 3 a 0, no estádio Alfonso López, em Bucaramanga, na Colômbia, e garantiu uma vaga em Tóquio-2020. O time comandado pelo técnico André Jardine ficou com a segunda colocação do quadrangular final do Pré-Olímpico com cinco pontos, atrás apenas dos próprios argentinos, campeões com um a mais.

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O grande destaque do Brasil em campo foi o atacante Matheus Cunha, que marcou duas vezes. O jogador, que atua na Alemanha e recentemente trocou o RB Leipzig pelo Hertha Berlin, terminou o torneio na Colômbia como o artilheiro com cinco gols. Paulinho, que também joga no futebol alemão - pelo Bayer Leverkusen -, anotou o outro tento.

A classificação brasileira veio na partida com melhor atuação neste quadrangular final. Nas duas primeiras rodadas foram dois empates contra Colômbia e Uruguai, ambos por 1 a 1. Com a vitória uruguaia por 3 a 1 sobre os donos da casa no primeiro jogo deste domingo, o Brasil tinha que vencer a Argentina de qualquer maneira para garantir a vaga olímpica.

Com os dois representantes da América do Sul definidos, já são 14 países garantidos em Tóquio-2020. Os outros são: Japão (país sede); Alemanha, Espanha, França e Romênia (Europa); África do Sul, Egito e Costa do Marfim (África); Nova Zelândia (Oceania); Coreia do Sul, Austrália e Arábia Saudita (Ásia). Faltam duas vagas da Concacaf (Américas do Norte e Central e Caribe), que serão disputadas em um Pré-Olímpico no México em março.

Em campo, o Brasil se impôs desde o primeiro minuto. Classificada e com o título do Pré-Olímpico assegurado com antecedência, a Argentina não pode contar com três titulares (Capaldo, Gaich e Urzi), todos suspensos, o que foi bem assimilado pelos brasileiros. Com velocidade no ataque, o jogo foi praticamente decidido no primeiro tempo.

Aos 12 minutos, o primeiro gol saiu de uma bela assistência de Pedrinho, por cima da zaga argentina, para Paulinho. O atacante do Bayer Leverkusen recebeu na entrada da área, sem marcação, e tocou por baixo na saída do goleiro Cambeses.

Com a vantagem, os brasileiros tiveram ainda mais espaço para tocar a bola e Matheus Cunha começou a aparecer. Aos 22 minutos, ele mandou uma bola no travessão. Aos 30, não desistiu de uma jogada e foi premiado. O zagueiro Nehuén Pérez errou o recuo de cabeça do meio do campo, o atacante deu um balão no goleiro e tocou para o gol. Pérez conseguiu salvar em cima da linha, mas a bola ficou limpa para Matheus Cunha chutar para a meta vazia.

O placar de 2 a 0 deu ainda mais tranquilidade ao Brasil, que se deu ao luxo de desperdiçar claras chances de fazer o terceiro. Especialmente com Reinier, agora do Real Madrid, que saiu de cara com o goleiro argentino e não marcou o gol. Teve, mais uma vez, que Matheus Cunha mostrar a sua fama de goleador e anotar o seu segundo no jogo, já aos nove minutos da segunda etapa, em um chute rasteiro cruzado.

Daí em diante, os jogadores das duas seleções caíram de rendimento e a partida ficou modorrenta até o final. A torcida colombiana passou a gritar "olé" no toque de bola brasileiro, mas nem isso incomodou os argentinos. Só aos 45 minutos que Paulinho recebeu dentro da área e mandou uma bomba no travessão.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 3 x 0 ARGENTINA

BRASIL - Ivan; Guga, Bruno Fuchs, Ricardo e Caio Henrique; Bruno Guimarães, Matheus Henrique e Reinier (Pepê); Pedrinho (Bruno Tabata), Paulinho e Matheus Cunha (Maycon). Técnico: André Jardine.

ARGENTINA - Cambeses; De la Fuente (Herrera), Nehuén Pérez, Medina e Bravo; Belmonte (Togni), Vera e Mac Allister; Julián Álvarez, Bustos (Castellanos) e Zaracho. Técnico: Fernando Batista.

GOLS - Paulinho, aos 12, e Matheus Cunha, aos 30 minutos do primeiro tempo; Matheus Cunha, aos 9 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Medina, De la Fuente, Nehuén Pérez, Bustos e Belmonte (Argentina).

ÁRBITRO - Alexis Herrera (Fifa/Venezuela).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Alfonso López, em Bucaramanga (Colômbia).

Faltam 200 dias para o início dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. O Brasil está na contagem regressiva para a disputa, na qual terá delegação recorde. A estimativa da comissão técnica é embarcar para o Japão com cerca de 400 integrantes, sendo 250 atletas. Os números serão definidos no mês de maio, quando o Comitê Paralímpico do Brasil (CPB) enviará a pré-lista de inscritos.

Segundo levantamento feito pelo Estado, o País tem 90 vagas confirmadas. O número está longe do previsto porque ainda não estão definidos, por exemplo, os índices e o número de provas no atletismo e na natação. Nessas duas modalidades foram considerados somente os brasileiros que garantiram a vaga pelo título de Mundiais.

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Destaques para Petrúcio Ferreira, que em Dubai se tornou o paralímpico mais rápido do mundo entre todas as classes, e Daniel Dias, que buscará o 15.º ouro paralímpico na natação.

No esporte adaptado há a particularidade de avaliação de quantas classes de cada modalidade serão disputadas. É comum ocorrer a união entre duas classes próximas quando poucos atletas obtêm índice para uma prova. O Brasil aguarda também a disputa do pré-olímpico de rúgbi, em março. "Se classificarmos, participaremos de todas as modalidades menos o basquete, que não temos mais chances", disse Alberto Martins, diretor técnico do CPB.

Alberto chefiará a delegação brasileira pela quarta Paralimpíada consecutiva. Na opinião dele, a logística será semelhante à dos Jogos de Pequim. No momento, a comissão técnica está definindo qual será o trajeto da viagem. "Não é só questão de preço, mas de logística. Em alguns países é mais difícil fazer escala, porque tem de despachar a bagagem novamente, precisa de visto...", contou Alberto.

O Brasil deve enviar 80 cadeiras de rodas para o Japão. A delegação chegará em 4 de agosto em Hamamatsu, a 260 quilômetros de Tóquio, para início da aclimatação. Dia 18, vai para a Vila dos Atletas. Os Jogos Paralímpicos ocorrem entre 25 de agosto e 6 de setembro. A meta do Brasil é ficar entre o Top 10 no quadro de medalhas em Tóquio.

Para isso, terá de conquistar entre 60 e 75 pódios.

MULTIMEDALHISTAS - Alberto alertou que a Paralimpíada no Japão deve marcar o fim dos atletas que faturam quatro, cinco medalhas. Isso também significa que mais competidores subirão ao pódio. Essa mudança envolve uma série de fatores, entre eles a modificação na maneira como é feita a classificação e o aumento da competitividade no esporte paralímpico.

"Minha hipótese é que cada vez mais haverá especialização em uma prova. Até agora a gente viu na natação, por exemplo, o mesmo atleta disputar os 100m, 200m, e 400m, ganhando em todas elas. Acho que isso está mudando. Não vai dar mais para fazer prova de velocidade e meio fundo, por exemplo. A era dos multimedalhistas está fadada a diminuir ou acabar mesmo", comentou.

As reclassificações de classe geraram muita polêmica no ano passado, pois aconteceu no meio de um ciclo olímpico. Para diminuir a polêmica, o IPC já informou a comissão técnica brasileira que no início de 2021 fará nova análise das classes. "Aí tudo bem, porque será no começo do ciclo para os Jogos de Paris de 2024", disse Alberto.

Um dos principais responsáveis pela organização dos Jogos Olímpicos de Tóquio, Toshiro Muto admitiu nesta quarta-feira que está "seriamente preocupado" com o coronavírus, que passou a se espalhar por outros países a partir da China. Faltam pouco menos de seis meses para a Olimpíada.

"Estou seriamente preocupado com a possibilidade de o vírus se espalhar e jogar água fria nas expectativas para os Jogos", disse Muto, CEO do Comitê Organizador Tóquio-2020. "Espero que o vírus seja eliminado o mais rápido possível", afirmou o japonês num encontro com dirigentes do Comitê Paralímpico Internacional.

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A preocupação foi compartilhada por Saburo Kawabuchi, "prefeito" da Vila dos Atletas, que deve receber 11 mil esportistas durante os Jogos. "Eu realmente espero que a epidemia acabe logo para que possamos operar a Paralimpíada e a Olimpíada de forma suave", declarou. "No pior cenário, vamos fazer o que pudermos para que os atletas possam ficar concentrados somente em suas performances esportivas."

Os organizadores dos Jogos não repetiram diversas vezes nas últimas semanas que não tem planos de cancelar o grande evento esportivo. E a mesma posição vem sendo adotada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

As dificuldades, contudo, vem crescendo ao longo dos últimos dias, em razão dos novos casos de coronavírus em diferentes países. Até torneios pré-olímpicos já foram adiados, cancelados ou transferidos para fora da China. Restrições para viagens também têm dificultado a organização destes eventos que dão vaga na Olimpíada.

Até agora o Japão não detectou nenhuma morte no país em razão do coronavírus. Mas, na China, país vizinho, já são 490 óbitos confirmados.

"No Japão, estamos enfrentando todo tipo de problemas, incluindo o coronavírus, segurança cibernética e sistema de transporte", declarou na terça-feira Toshiaki Endo, um dos vice-presidentes do Comitê Tóquio-2020. "O COI está satisfeito com a nossa preparação [para os Jogos]", completou.

Faltam exatamente seis meses para os Jogos Olímpicos de Tóquio, que serão realizados entre 24 de julho e 9 de agosto. A contagem regressiva para o principal evento esportivo do ano já começa a mexer com os atletas e o foco está totalmente voltado para a competição.

O Estado ouviu seis importantes atletas brasileiros, todos com chances de pódio nos Jogos de Tóquio, para entender o que passa na cabeça de cada um e como será o treinamento até a competição no Japão. A maior preocupação é em relação ao desgaste antecipado, ou com lesões, e a missão é conseguir chegar no auge na Olimpíada.

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Nathalie Moellhausen, da esgrima

"O atleta é como um artista, um artista plástico ou um chef de cozinha (falando de setores que eu amo e curto além do esporte). É preciso rever a própria obra ou coleção ou receita ou preparação técnica, pesquisar novas ideias e estratégias e se relançar no mercado com algo que seja inovador e inesperado. Este é o meu jeito de trabalhar a minha arte. Para Tóquio, estou trabalhando novas técnicas, além do preparo físico e mental. É preciso evoluir, porque dessa forma encontro motivação para continuar diariamente. Para mim, Tóquio não é amanhã, é o presente, o dia a dia... E, como todo artista, também gosto de guardar um pouco do segredo, até mostrar o resultado de forma efetiva. E isso pode acontecer no dia 25 de julho e ali saberei se a direção tomada concluiu uma nova obra."

Henrique Avancini, do ciclismo mountain bike

"O principal desafio nessa reta de aproximação dos Jogos Olímpicos é manter o equilíbrio entre a preparação, recuperação e as cargas entre as viagens. Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam adicionando alguns fatores diversos em relação à normalidade do calendário, então o planejamento como um todo é o maior desafio. É um ano em que a disposição e a demanda sempre acabam aumentando um pouco, principalmente se você já está em evidência, então vejo isso como a parte que, para o atleta, é mais desafiador: se manter organizado e manter suas prioridades em dia."

Tatiana Weston-Webb, do surfe

"Estarei focada na Olimpíada e tem o título mundial, mas uma medalha de ouro olímpica não tem comparação e esse será o grande objetivo. Eu, minha equipe, minha família e o Time Brasil estamos planejando começar o ano super forte, priorizando o que pode ser melhorado, para chegar lá pronta e com mais chances de ouro. Minha programação não mudará radicalmente, só farei mais treinos e testes físicos para aperfeiçoar o que pode ser melhorado. Vou trabalhar muito a questão de prancha, em onda pequena, porque o Japão não é um dos melhores lugares para surfar e quero estar preparada para qualquer situação. Agora é fortalecer e melhorar. Estarei pronta no começo da Olimpíada."

Duda Lisboa, do vôlei de praia

"Para esses meses que faltam, eu quero ficar bem focada. Sei que os Jogos Olímpicos têm uma energia diferente dos outros campeonatos, mas estamos treinando para isso. Já estamos acostumadas a enfrentar as duplas que estarão por lá, não terá nada de diferente com relação a isso. Nervosismo vai ter, medo vai ter, mas é só fazer o que a gente treinou, tanto fisicamente, quanto mentalmente. Quero entrar lá para fazer o que sei e aproveitar ao máximo, porque é um sonho, um momento incrível."

Pamela Rosa, do skate

"Estou muito focada nos campeonatos que ainda tenho no decorrer de 2020, porque ainda não está nada certo sobre quem vai para a Olimpíada. Estou muito dedicada para estar lá. Tenho muitas competições que já começam agora em fevereiro. Estou cuidando muito do meu corpo, treinando bastante e procurando sempre evoluir para chegar em Tóquio bem e sem lesões. Estou muito ansiosa, mas o meu foco é poder participar dos campeonatos e ficar em uma boa colocação para poder estar lá em julho representando o Brasil. Se Deus quiser vai dar tudo certo e estaremos lá representando o Brasil. Eu, as meninas e os meninos que também estão correndo atrás."

Bruno Schmidt, do vôlei de praia

"O objetivo para esse período é a gente estar bem esperto. Eu, principalmente, sou um atleta quatro anos mais velho do que estava na edição passada. O físico tem contado muito para o vôlei de praia, mas tenho a ajuda de um parceiro que é uma máquina. O Evandro é um cara que esbanja físico na nossa parceria. Acho que a gente está crescendo junto. É nosso principal objetivo, nesse curto prazo, melhorar a nossa sintonia, alguns ajustes na parte defensiva, coisas bem técnicas da nossa modalidade mesmo. Mas, o resto é esbanjar motivação e empolgação, que é o que ajuda a deixar essa fase ficar mais fácil. Eu gosto desse ano, vai ser uma preparação bem prazerosa, curta. Vamos buscar chegar a cada etapa se sentindo melhor, aproveitando ao máximo essa vantagem de ter uma classificação prévia."

Os anéis olímpicos estão em Tóquio. Nesta sexta-feira, eles chegaram através de uma balsa na Baía de Tóquio e vai permanecer por lá para a Olimpíada, que começará em 24 de julho e vai ter sua cerimônia de encerramento em 9 de agosto.

Os anéis nas cores azul, preto, vermelho, amarelo e verde serão substituídos depois pelos símbolos dos Jogos Paralímpicos, que vão se iniciar em 25 de agosto. O símbolo paralímpico é chamado de "Agitos", se assemelhando a três pinceladas em vermelho, azul e verde. A palavra em latim significa "eu me movo".

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Os cinco anéis olímpicos instalados na Baía de Tóquio são gigantescos. Eles têm 15,3 metros de altura e 32,6 metros de ponta a ponta. "Decidimos instalar os anéis olímpicos neste momento porque queríamos, assim, iniciar, o ano olímpico", disse Kenichi Kimura, dirigente olímpico do governo metropolitano de Tóquio.

A localização dos anéis na Baía de Tóquio é o Parque Marinho Odaiba, que será o

local de competições do triatlo e da maratona aquática nos Jogos. O local parece ser feito sob medida para transmissões televisivas, com vista para o horizonte das águas da capital japonesa e para a Ponte do Arco-Íris de Tóquio. Além disso, muitas das instalações olímpicas estão localizadas ao redor da baía.

Os anéis olímpicos deverão ser o centro das atenções do público em 24 de janeiro, quando Tóquio realizará um espetáculo com fogos de artifício para indicar que faltam seis meses para o início dos Jogos.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) divulgou nesta quinta-feira um guia para definir as regras para eventuais protestos políticos de atletas durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, em julho. Em termos gerais, o COI passa a proibir qualquer manifestação política durante as disputas esportivas e também nas cerimônias de premiação.

Gestos famosos como os dos norte-americanos Tommie Smith e John Carlos no pódio das Olímpicos do México, em 1968, ficam proibidos a partir de agora. E devem gerar punições disciplinares por parte do COI, assim como se ajoelhar no local da premiação, protesto comum nos esportes norte-americanos nos últimos anos.

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No entanto, a entidade vai permitir que esportistas expressem opiniões de cunho político em entrevistas coletivas oficiais e também nas redes sociais. "Nós precisávamos de clareza nas regras. A maioria dos atletas sentia que é muito importante que respeitemos uns aos outros como atletas", disse Kirsty Coventry, chefe da Comissão dos Atletas do COI.

Apesar das regras que permitem a manifestação de opiniões políticas em entrevistas, por exemplo, o presidente do COI, Thomas Bach, deixou claro nesta quinta que qualquer manifestação do tipo será vista de forma negativa por parte da entidade. "A missão dos Jogos Olímpicos é unir e não dividir. Somos o único evento do mundo que coloca o mundo inteiro junto numa competição pacífica", declarou.

O COI também quer evitar constrangimentos como o que aconteceu no último Mundial de Esportes Aquáticos. Em Gwangju, na Coreia do Sul, no ano passado, nadadores australianos e britânicos se recusaram a bater foto na companhia do chinês Sun Yang no pódio em resposta às acusações de doping contra o atleta asiático.

Outra situação que geraria punições foi a que aconteceu na maratona masculina dos Jogos do Rio-2016. Na ocasião, o etíope Feyisa Lilesa fez um sinal com os braços para demonstrar seu apoio contra manifestantes do seu país, logo ao cruzar a linha de chegada. Ele foi medalhista de prata e não sofreu qualquer sanção pelo gesto.

Nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, no ano passado, norte-americanos foi repreendidos por autoridades dos Estados Unidos por fazerem protesto no pódio. O esgrimista Race Imboden se ajoelhou e Gwen Berry, do lançamento de martelo, ergueu o punho. Ambos estão em período probatório por conta dos gestos.

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O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio-2020 divulgou nesta segunda-feira os pôsteres oficiais das duas competições, que acontecerão entre os meses de julho e setembro. As obras foram desenvolvidas por pintores, fotógrafos, calígrafos e artistas de mangá (quadrinhos) de todas as regiões do Japão.

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Ao todo são 20 pôsteres de 19 artistas, sendo 12 das Olimpíadas e oito das Paralimpíadas, que serão espalhados até o dia 16 de fevereiro pela capital japonesa para promover os eventos e aumentar a sua visibilidade.

"Os pôsteres olímpicos traçam visualmente a história e a identidade de cada edição dos Jogos Olímpicos, testemunhando o contexto artístico, social e político de sua época", afirmou o comunicado oficial emitido pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio-2020.

"Hoje eles transmitem os valores e ideais olímpicos e mantêm um diálogo com a comunidade artística internacional e os talentos criativos do país anfitrião", completou.

Naoki Urasawa, premiada artista de mangá por trás da série Monster, criou um pôster no estilo de uma história em quadrinhos japonesa, enquanto que Shoko Kanazawa, defensor dos direitos das pessoas com deficiência, contribuiu com um design apresentando o caractere chinês para "subir". Outros colaboradores incluem o fotógrafo japonês Takashi Homma, o artista contemporâneo Tomoko Konoike e o pintor britânico vencedor do prêmio Turner Chris Ofili.

O público terá acesso às obras originais em uma exposição na capital japonesa, no Museu da Arte Contemporânea de Tóquio, entre esta terça-feira e o dia 16 de fevereiro.

Os Jogos Olímpicos serão realizados de 24 de julho - daqui a exatos 200 dias - a 9 de agosto. O evento paralímpico terá início no dia 25 de agosto e terminará em 6 de setembro.

Entre os 152 atletas brasileiros que já garantiram lugar nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, alguns são da nova geração. Um deles é Ana Patrícia Ramos, do vôlei de praia. Ao lado da parceira Rebecca, ela faturou duas etapas do Circuito Mundial. As outras duplas do Brasil serão Ágata/Duda, Alison/Álvaro Filho e Evandro/Bruno Schmidt.

Aos 18 anos, Ieda Guimarães conseguiu vaga no pentatlo moderno. O quarto lugar no Pan valeu o passaporte para a disputa da prova que combina corrida, arremesso de disco, salto, lançamento de dardo e luta. "Já são nove anos de pentatlo, treinando bastante e abdicando de vida social e outras coisas. Valeu a pena", disse.

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Escolhido pela World Athletics, novo nome da IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo, na sigla em inglês), como um dos cinco candidatos ao prêmio de Revelação do Ano, Alison Brendom também vai estrear na Olimpíada. "Acabei superando as expectativas", declarou o atleta de 19 anos dos 400 metros com barreiras.

Também no atletismo, o velocista Paulo André Camilo obteve o índice nos 100 metros no Meeting de São João, em Portugal. Ele cravou 10s04. A marca exigida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para participar da prova em Tóquio-2020 é 10s05.

Menos de uma semana após conquistar o seu primeiro título mundial de surfe, Italo Ferreira já traça as metas para 2020. De olho na Olimpíada de Tóquio, onde estará ao lado do compatriota Gabriel Medina, ele se coloca entre os favoritos da modalidade que estreia nos Jogos e projeta subir ao ponto mais alto do pódio.

Natural de Baía Formosa, no Rio Grande do Norte, o surfista de 25 anos abriu mão de festejar o título no Havaí para retornar logo ao Brasil e iniciar os seus treinamentos.

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Em entrevista ao Estado, Italo comenta sobre a mudança de rotina agora que é um campeão do mundo, a rivalidade com Medina e destaca a importância da namorada, Mari Azevedo. Principalmente durante a última etapa do Circuito Mundial, a atriz e cantora marcou presença a seu lado e era constantemente flagrada pela mídia na torcida pelo brasileiro.

A ficha do título já caiu?

Estou tentando digerir, mas estou muito feliz com o que aconteceu nesses últimos dias. Um sonho de criança que se tornou realidade. Sem dúvidas, estou vivendo o melhor momento da minha carreira e feliz por estar de volta ao Brasil também.

Você já traçou metas para a próxima temporada?

Já. Até vieram me perguntar sobre a possibilidade de fazer um churrasco no Havaí depois do campeonato, mas eu falei que queria ir para casa. Eu quero ficar lá (em Baía Formosa) e começar os meus treinos na primeira semana de janeiro. Montei uma academia na minha casa, então eu me sinto muito à vontade de ficar treinando sozinho também. Quando quero colocar mais peso chamo o meu treinador, mas acho que isso faz parte de mim. Eu tento me sentir bem e deixar o corpo forte e preparado para qualquer coisa.

Nos Jogos Olímpicos, você estará ao lado do Gabriel Medina. O que você espera das disputas?

Vai ser incrível! É a primeira vez que o surfe vai participar da Olimpíada. Sou muito grato de poder fazer parte dessa história junto com o Gabriel. Queria muito que o Filipe Toledo tivesse, para ir nós três e ter medalha para todo mundo. Como eu disse, fico com o ouro e o Medina com a prata.

Sonha com o ouro?

Sem dúvida. É um objetivo e tenho grande chance. Lá é bem parecido com as ondas que a gente surfa aqui no Brasil, então estamos bem. Espero que a gente consiga representar bem o Brasil e trazer a medalha.

Após ganhar o Mundial, como vê a rivalidade com o Medina?

Gabriel é um atleta muito competitivo. Como eu já havia dito, até no futebol de mesa ele briga para ganhar. É um cara que virou ídolo nacional e internacional. Ele fez a diferença nesses últimos anos. É alguém que faz de tudo para vencer e, é claro, faz parte do jogo.

Após a sua conquista, a Mari (namorada de Italo) disse: "Nosso esforço e luta valeu a pena". Como você destaca a importância dela neste título?

Ela me ajudou muito, durante o ano inteiro. A gente se conheceu na final do ano passado e ficamos juntos desde dezembro (de 2018). Em todos os momentos, seja na vitória, derrota, ou até perdas familiares, ela estava presente. É quem acorda às cinco da manhã comigo. E ela é uma garota incrível, está sempre alegre.

Gabriel Medina e Adriano de Souza fizeram biografias depois de suas conquistas. Pretende fazer algo semelhante?

Tenho uma amiga que escreve muito e desde 2015, quando eu entrei no Circuito Mundial, ela queria fazer algo do tipo. Falava que iria fazer quando eu fosse campeão do mundo. Já falei para ela que agora é a chance para começar. Vai dar para fazer. Tem uma história linda. Talvez não da carreira, mas específica de 2019.

Estando em evidência, como você avalia a questão dos patrocinadores?

Hoje grandes marcas estão se envolvendo com o surfe pela visibilidade que a modalidade está trazendo. Essa nova geração tem mudado o cenário. Isso nos deixa em posição muito boa para conseguir patrocínios e trabalhar a nossa imagem. Tenho bons patrocínios e estamos indo para uma nova fase, somando os Jogos Olímpicos e possíveis outros títulos.

2020 será um ano de muitas competições e de maiores obrigações longe do mar. Como está planejando todos esses compromissos?

Após você se tornar campeão isso realmente acontece. Tem essa cobrança sobre estar presente. As marcas também exigem isso para valorizar o atleta, temos que estar disponíveis. É por isso também que eu não tenho muitos patrocinadores, não quero sair tanto da água para fazer campanhas. Prefiro estar surfando. Na minha opinião, quando você tem diversos patrocinadores, acaba se desgastando mais. É preciso saber equilibrar essa parte.

A gente não consegue encontrar registros de você disputando competições na base com Medina e Filipinho. O fato de ser do Nordeste e não ter muitos recursos fez com que só tivesse mais contato com eles quando adulto?

Eu cheguei a competir com o Gabriel na Praia da Pipa (Rio Grande do Norte), num Brasileiro amador, e enfrentei o Filipe na Bahia, onde ele ganhou e eu fiquei em segundo. Ele surfou com o chapéu na final e eu fiquei muito chateado. Ele tirou muita onda. Se eu não me engano, ele tirou duas notas nove e eu sete. Já fiz vários campeonatos com essa galera, mas o Gabriel foi muito rápido para o Circuito e eu entrei depois, acho que é meu quarto ou quinto ano. Então foram histórias diferentes.

O Brasil já tem definidos seus quatro representantes no surfe para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. Durante a disputa da etapa de Pipeline do Circuito Mundial, no Havaí, Italo Ferreira e Gabriel Medina garantiram sua vaga após a eliminação de Filipe Toledo nesta quarta-feira. No feminino, Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb já haviam confirmado suas vagas.

Italo disputou a primeira bateria do dia contra o também brasileiro Jadson André. Ganhou por 8,53 a 7,20 e passou para as oitavas de final. "Tentei pegar as melhores ondas, o mar estava complicado, mas cada bateria é uma história e vamos seguir em frente", afirmou o surfista, que também está firme na briga por seu primeiro título mundial.

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Como Filipinho era, entre os três atletas nacionais na briga pelo título, o de pior colocação geral, ele sabia que não podia perder sua bateria, fosse para continuar vivo em busca do troféu de campeão, fosse para se manter na corrida olímpica. Mas ele perdeu para Ricardo Christie, da Nova Zelândia, por 11,04 a 9,84, e acabou eliminado da etapa.

No feminino, Tatiana Weston-Webb foi a primeira brasileira a carimbar seu passaporte para Tóquio. "Poucas atletas na vida têm a chance de ganhar uma medalha de ouro olímpica. É um título gigante, sempre foi meu sonho e quero conquistá-lo. Seria incrível", comentou a surfista de 23 anos. "No tipo de onda do Japão, tudo pode acontecer. Vou treinar nesse tipo de onda para melhorar e estar pronta", avisou.

A experiente Silvana Lima, por sua vez, sabe que tem condições de coroar sua carreira com um pódio olímpico. "Eu sempre pensava em um dia disputar os Jogos Olímpicos e agora esse sonho se tornou realidade. Estou muito feliz em poder ter a chance de fazer isso pelo meu país, pela minha família, meus patrocinadores. Eu estarei lá no Japão", disse a atleta de 35 anos.

Neste ano, as duas disputaram os Isa Games, em Miyazaki, e chegaram longe na competição no Japão. Lá, conseguiram sentir melhor as ondas, que não são tão grandes como as que estão acostumadas a enfrentar no Circuito Mundial. Silvana ficou com a medalha de prata e Tati acabou caindo na última fase, terminando na quinta posição.

Na mesma competição, só que no masculino, os brasileiros brilharam e chegaram bem longe no evento. Italo ficou com a medalha de ouro, Medina foi bronze e Filipinho acabou chegando perto do pódio, mas acabou desistindo da competição quando ainda tinha chances de medalha por causa de uma dor nas costas.

Os resultados dos atletas nacionais, tanto no Isa Games quanto no Circuito Mundial de Surfe, mostram que o Brasil terá ótimos representantes nos Jogos de Tóquio e que brigarão por medalhas na praia de Chiba, onde será realizada a competição. Vale lembrar que esta é a estreia do surfe no programa olímpico.

O presidente do Comitê Olímpico da Rússia, Stanislav Pozdniakov, afirmou nesta quarta-feira (11) que os atletas sem ligações com casos de doping podem manter, sem qualquer alteração, as suas preparações para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, apesar da condenação de quatro anos de suspensão internacional imposta pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês).

"Continuam normalmente os preparativos para os Jogos Olímpicos (de 2020) e de outros grandes eventos esportivos", afirmou Stanislav Pozdniakov, nesta quarta-feira, em declaração dada à agência russa de notícias Interfax.

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Na última segunda-feira (9), a Wada condenou o esporte russo a quatro anos de banimento das grandes competições internacionais, período durante o qual vai ficar afastado de Jogos Olímpicos e Mundiais, incluindo o de futebol, em 2022 no Catar, mas permitindo e prometendo o apoio à participação dos atletas "limpos", sob bandeira neutra.

Por sua vez, o ministro dos Esportes da Rússia, Pavel Kolobkov, afirmou que esta decisão não vai afetar a organização de competições esportivas em solo russo que foram planejadas com antecedência. "Estou convencido que as federações internacionais (de cada modalidade) vão suportar o nosso direito de organizar estes eventos", frisou.

A cidade russa de São Petersburgo vai receber três jogos da fase de grupos da Eurocopa de 2020 em junho do ano que vem, bem como um duelo das quartas de final em julho. A mesma cidade vai receber a final da Liga dos Campeões em 2021.

A Wada aplicou esta sanção por conta do esquema de doping com apoio estatal, revelado há cerca de seis anos, e à obstrução na investigação de pelo menos 145 casos, com alteração ou eliminação dos dados do laboratório de Moscou, sendo alguns ocorridos até o último mês de janeiro.

O Brasil terá mais uma representante no surfe feminino dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Silvana Lima conquistou a sua vaga com o desempenho que teve, um nono lugar, na etapa de Maui, no Havaí, a última da temporada de 2019 do Circuito Mundial. Assim, ela se junta a Tatiana Weston-Webb na estreia da modalidade em Olimpíadas.

Silvana Lima conseguiu chegar até as oitavas de final, mas foi eliminada na última bateria do domingo pela australiana Stephanie Gilmore, heptacampeã mundial, por 10,50 a 4,23. A vaga direta em Tóquio-2020, dada às oito melhores surfistas da temporada (com limite de duas por país), foi confirmada com a eliminação da neozelandesa Paige Hareb, sua concorrente direta, na mesma fase.

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"O sonho se tornou realidade, então vamos com tudo Brasil", vibrou Silvana Lima. "Isso é realmente especial para mim e confesso que nunca imaginei que isso fosse acontecer, de poder representar meu país numa Olimpíada e surfando, que é o meu esporte. Eu sempre pensava em um dia disputar os Jogos Olímpicos e, agora, esse sonho se tornou realidade. Estou muito feliz em poder ter a chance de fazer isso pelo meu país, pela minha família, meus patrocinadores. Eu estarei lá no Japão, Tóquio-2020", disse a brasileira.

Só que a vaga olímpica veio com um má notícia para Silvana Lima. Com a derrota para Gilmore, a brasileira não conseguiu garantir a sua permanência na elite para a temporada de 2020 do Circuito Mundial e terá de disputar a divisão de acesso.

Já Tatiana Weston-Webb faz boa campanha em Honolua Bay. A norte-americana naturalizada brasileira fechou a primeira fase classificando-se em segundo lugar na bateria que a australiana Bronte Macaulay fez o maior placar do dia até ali, 15,67 pontos. Foi direto para as oitavas, onde eliminou Macy Callaghan por 12,63 a 11,33.

Na briga entre os homens pelas duas vagas olímpicas do Brasil, o bicampeão mundial Gabriel Medina disputa uma das duas vagas com Ítalo Ferreira e Filipe Toledo. O trio está na briga pelo título do Circuito Mundial, que termina na etapa de Pipeline, também no Havaí, entre os dias 8 e 20 deste mês.

As seleções brasileiras masculina e feminina de basquete conheceram na manhã desta quarta-feira seus adversários na busca pelas vagas nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Entre os homens, o Brasil conseguiu fugir da temida Sérvia, mas terá pela frente a Croácia, terra do técnico do Brasil, Aleksandar Petrovic, no Pré-Olímpico. No feminino, a seleção de José Neto medirá força com França, Porto Rico e Austrália.

Petrovic vibrou com o sorteio, mas não conseguiu deixar escapar um lamento por ter de enfrentar seus compatriotas. "Desportivamente para mim, ok. Mas, pessoalmente, para mim, como croata...", disse o treinador.

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No Pré-olímpico masculino, 24 equipes disputam quatro vagas aos Jogos de Tóquio-2020. As seleções foram divididas em quatro minitorneios de seis participantes. Serão quatro sedes, com seis equipes separadas em dois grupos. As equipes disputarão uma vaga dentro de cada um deles - ou seja, apenas o campeão de cada minitorneio estará na Olimpíada.

O torneio feminino será disputado de 6 a 9 de fevereiro, na Sérvia (Belgrado), França (Bourges), Bélgica (Ostend) e China (Foshan) e vai distribuir 10 vagas para Tóquio-2020. Já o masculino será de 23 a 28 de junho, na Sérvia (Belgrado), Canadá (Victoria), Croácia (Split) e Lituânia (Kaunas) e terá apenas quatro vagas em disputa.

No feminino, o caminho até a Olimpíada é menos tortuoso. No total, 16 seleções brigam por dez vagas. Durante o sorteio, o Brasil foi colocado no Pote 3. A seleção foi escolhida para jogar em Bourges, na França, e terá pela frente, além dos donos da casa, Porto Rico e Austrália. As três melhores classificadas em cada chave vão aos Jogos de Tóquio. Apesar de disputarem o torneio, Estados Unidos e Japão já estão garantidos. Portanto, em seus grupos três seleções brigam por duas vagas.

Confira abaixo os grupos do Pré-Olímpico:

MASCULINO

Sede: Belgrado (SER)

Grupo A: República Dominicana, Nova Zelândia e Sérvia

Grupo B: Porto Rico, Itália e Senegal

Sede: Kaunas (LIT)

Grupo A: Lituânia, Coreia do Sul e Venezuela

Grupo B: Polônia, Eslovênia e Angola

Sede: Split (CRO)

Grupo A: Alemanha, Rússia e México

Grupo B: Tunísia, Croácia e Brasil

Sede: Victoria (CAN)

Grupo A: Grécia, China e Canadá

Grupo B: Uruguai, República Checa e Turquia

FEMININO

Sede: Belgrado (SER)

Nigéria, Estados Unidos, Sérvia e Moçambique

Sede: Bourges (FRA)

França, Porto Rico, Brasil e Austrália

Sede: Foshan (CHI)

Coreia do Sul, China, Grã-Bretanha e Espanha

Sede: Ostende (BEL)

Canadá, Japão, Suécia e Bélgica

Aos 37 anos, Érika Souza tem muito claro qual o seu objetivo: disputar sua quarta edição dos Jogos Olímpicos em Tóquio-2020. Presente nas campanhas de Atenas-2004, Londres-2012 e Rio-2016, a pivô está confiante com o desempenho recente da seleção brasileira. O Brasil começa sua caminhada no Pré-Olímpico das Américas contra os Estados Unidos, nesta quinta-feira (14), às 18h30, em Bahía Blanca, na Argentina.

Para a jogadora do San Sebastían, da Espanha, o que antes era um sonho se transformou em uma realidade palpável. Além das americanas, a seleção enfrenta Colômbia (sábado, às 18h30) e Argentina (domingo, às 21h). Apenas os dois primeiros vão se classificar para o pré-olímpico mundial, em fevereiro do ano que vem, onde 16 países vão brigar por dez vagas para se unirem ao Japão e EUA. Antes da estreia, ela conversou com o Estado.

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Após o ouro no Pan e o bronze na Copa América, o Brasil recuperou sua confiança?

Nós estávamos precisando disso, bons resultados em duas competições importantes. Sabíamos do nosso potencial, mas precisávamos recuperar esta confiança que tínhamos perdido. A confiança voltou após o bom desempenho.

O que mudou efetivamente no trabalho da seleção feminina com o José Neto?

Eu costumo dizer que o Neto é um paizão para nós. Ele tirou o peso que tínhamos nas costas. A gente está jogando leve, com vontade, com determinação... Ele nos deixa muito à vontade em quadra, nos incentiva bastante. A conquista do ouro do Pan e do bronze na Copa América também ajudou bastante.

Qual o tamanho da dificuldade que o Brasil vai encarar no pré-olímpico das Américas?

É uma competição muito importante para nós. Temos de levar tudo que aprendemos, tudo que fizemos até agora para esta competição. Será muito difícil porque todo mundo quer ganhar, todo mundo quer buscar esta vaga. Os Estados Unidos vão vir completos. A Argentina também. A Colômbia sabe que pode jogar de igual para igual com o Brasil. Temos de fazer o nosso melhor, continuar jogando como estamos fazendo, atuar com tranquilidade, com confiança, porque sabemos que será muito difícil.

A vaga em Tóquio é um sonho ou está mais próximo da realidade?

Se você tivesse feito esta mesma pergunta há alguns anos, eu responderia que era um sonho. Agora tenho certeza que é uma realidade. Nós temos tudo para conseguir esta classificação e chegar nos Jogos de Tóquio. Só depende da gente. Temos de entrar com determinação em todos os jogos, seguir fazendo o que temos feito que tenho certeza que vamos conseguir esta vaga. Aí vamos dizer que o que era um sonho se tornou realidade indo para Tóquio.

Aos 37 anos, você continua com excelente desempenho. Qual o segredo da longevidade?

Eu amo o que faço, amo jogar basquete, eu me cuido muito, agora mais do que nunca porque quero chegar em Tóquio 200%, quero ajudar minhas companheiras, quero ajudar o Brasil a estar no topo do basquete mundial. Conto com o meu marido (Addler Mendes) e o Diego (Falcão, preparador físico da seleção feminina) para me ajudarem no trabalho físico. Não tem segredo. É só se cuidar e fazer o que gosta.

Está pronta para passar o bastão na seleção? O Brasil está bem servido de pivôs para o futuro?

(Risos) Pronta você nunca está. Mas o Brasil conta com boas pivôs, tanto na seleção principal quanto na sub-17. As meninas estão jogando um basquete delicado, bonito. São jogadoras que podem enfrentar qualquer adversária no mundo de igual para igual. Tenho certeza que quando eu estiver pronta para passar o bastão elas vão representar muito bem como eu fiz nestes anos todos. Posso me aposentar tranquilamente.

O que você tenta passar para estas meninas que serão você amanhã?

Cada uma tem sua personalidade, enxergam o basquete de uma maneira diferente, tento ajudar da melhor maneira possível, ser bastante positiva, mostrar o quanto é difícil. Elas também me ajudam bastante quando estamos na seleção e, fora dela, sempre estamos conversando.

Como foi ser eleita o melhor atleta de basquete no Prêmio Brasil Olímpico?

É algo que ainda não estou acreditando. É uma recompensa por todo o meu trabalho não apenas na seleção mas em todos os clubes em que passei. Fico muito feliz, honrada por receber este prêmio. Espero ganhar outros.

Dois dias após a seleção brasileira feminina decepcionar, a equipe masculina de ginástica artística se destacou no Mundial de Stuttgart, na Alemanha, e conquistou nesta segunda-feira a vaga na Olimpíada de Tóquio-2020. A classificação foi confirmada quando o Brasil garantiu o 10º lugar no qualificatório da prova por equipes.

As vagas foram distribuídas até a 12ª posição porque Rússia, China e Japão, que ocuparam as três primeiras posições, já estavam assegurados por conta de vagas obtidas no Mundial do ano passado. No sábado, o time feminino do Brasil terminou apenas na 14ª posição, e apenas as 12 primeiras colocadas se garantiam em Tóquio-2020.

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"Sabemos o quanto é difícil conseguir a vaga olímpica, existe um trabalho sério não somente nas quadras, mas também fora delas, então estar presente numa edição de Jogos Olímpicos, e somado a isso ficar entre as 10 melhores equipes num Mundial Pré-Olímpico, garantindo um leque de finais, nos impulsiona mais ainda a seguir com o trabalho", comemorou a presidente da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Luciene Resende.

Apesar da vaga olímpica, a seleção masculina não conseguiu avançar à final por equipes. Em compensação, os brasileiros foram a três finais individuais: Caio Souza, no individual geral; Arthur Zanetti, nas argolas; e Arthur Nory, na barra fixa.

Zanetti avançou com a segunda melhor nota nas argolas (14,700), atrás apenas do turco Colak Ibrahin (14,858) e à frente do francês Ait Said Samir (14,700), do grego Eleftherios Petrounias (14,700) e do italiano Marco Lodadio (14,700). O brasileiro, apesar da mesma nota dos rivais, ficou à frente por ter a melhor execução do aparelho.

Caio Souza, por sua vez, avançou com a 20ª melhor nota no individual geral. Arthur Nory foi o quarto melhor na barra fixa, com 14,600.

No total, o Brasil soma seis finais individuais, contando também as do feminina. Elas foram todas obtidas por Flávia Saraiva, no individual geral, trave e solo. Trata-se do maior número de finais brasileiras em Mundiais pré-olímpicos da história.

"A classificação da equipe masculina, além da presença assegurada de Flavia Saraiva no Individual Geral para a Olimpíada de Tóquio-2020 é resultado da eficiência do trabalho que a CBG vem fazendo na Ginástica brasileira, que se tornou hoje um dos maiores esporte do país", celebrou Henrique Mota, coordenador geral da CBG.

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