Tópicos | UFPE Livre

Na noite desta terça-feira (7), os ânimos se acirraram durante um debate realizado na Universidade Católica de Pernambuco entre os integrantes da chapa ‘Sem Medo de Mudar’ e a ‘Renovação’. Houve discussão e briga envolvendo diversos estudantes dos dois grupos, que protagonizaram cenas de agressão no meio do bloco G.

[@#video#@]

##RECOMENDA##

Grupos externos à universidade

Estudantes da chapa “Sem Medo de Mudar” fizeram um vídeo afirmando que a confusão foi iniciada por pessoas que não são da universidade e teriam sido trazidas por membros da chapa “Renovação” e que causaram confusão também fora da Universidade Católica de Pernambuco. 

Um estudante que estava assistindo ao debate e não quis se identificar contou ao LeiaJá que “desde o começo do debate pessoas da chapa renovação, que trouxe gente do Movimento Brasil Livre e do UFPE Livre, provocaram integrantes da chapa Sem Medo de Mudar” e que “quando eles não conseguiram mais argumentar politicamente, perdendo o debate, começaram a provocar, botando câmera no rosto das pessoas e começou a confusão”. 

O mesmo aluno também afirmou que as pessoas que começaram a confusão na Unicap e que são ligadas ao Movimento Brasil Livre (MBL) e ao grupo UFPE Livre causaram problemas na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o que mostra que a criação de brigas nas universidades seria uma estratégia desses grupos. 

Supostas provocações

Já os estudantes que são ligados ao grupo Renovação afirmam que desde o início o debate estava sendo filmado sem problemas e que em um dado momento integrantes da chapa Sem Medo de Mudar começaram a fazer provocações e a tentar impedir filmagens, começando então as agressões físicas. Um aluno afirmou, em entrevista ao Jornal do Commercio, que “tanto o Renovação quanto o Sem Medo de Mudar tentaram apartar o caso, mas membros dos dois lados fizeram isso”. 

A UNICAP se pronunciou quanto ao ocorrido, dizendo lamentar o que aconteceu e que está apurando o caso para tomar as medidas cabíveis. “A universidade, como espaço democrático que deve ser, condena qualquer tipo de intolerância, violência, desrespeito e tentativas de tolher a liberdade de expressão. Defendemos a pluralidade de idéias e de opiniões, dentro da civilidade”, publicou a instituição por meio de um comunicado oficial.

*Com Ana Tereza Moraes

Nesta sexta-feira (23), a Universidade Federal de Pernambuco realizou uma reunião do Conselho Coordenador de Ensino, Pesquisa e Extensão (CCEPE). Estiveram presentes o reitor Anísio Brasileiro, professores colegiados, docentes que não fazem parte do conselho e estudantes representantes dos cursos em greve estudantil, do Ocupa UFPE e do UFPE Livre. O objetivo era discutir propostas de datas para reinício das aulas e organização do calendário acadêmico de 2016.2. A reunião, que acertou o reinício das aulas no dia 9 de janeiro, terminou em confusão. 

Os estudantes acusam o reitor de autoritarismo no andamento da reunião e afirmam que foram fisicamente agredidos por dois professores do colegiado. Já a UFPE alega que foram os professores as vítimas de agressão e confirma, por meio de nota, a abertura de um inquérito administrativo para apurar as agressões. 

##RECOMENDA##

De acordo com a nota oficial divulgada pela UFPE, "os alunos discordaram do resultado e se colocaram na porta do auditório da Reitoria para evitar a saída dos conselheiros. Neste momento, um dos professores tentou sair, sendo fisicamente agredido pelos estudantes, o que gerou grande tumulto. Outro docente interferiu e também sofreu agressão". Ainda de acordo com a mesma nota, a universidade "vai tomar as medidas judiciais cabíveis para evitar novos casos de ocupação de prédios da Universidade".  

Versão dos estudantes é diferente

Em nota divulgada na página dos estudantes do movimento Ocupa UFPE, "tanto estudantes como muitos dos docentes presentes se posicionaram contrários a essa data (de reinício das aulas) e algumas alternativas foram dadas, entre elas o dia 9, 16 e 18, todas as datas para o mês de janeiro". Entre os argumentos estariam o recesso do Restaurante Universitário (até 18 de janeiro) e a dificuldade que estudantes de cidades vizinhas aos campi de Vitória e Caruaru enfrentaria para conseguir transporte gratuito nessas datas.

Os alunos se queixam da conduta do reitor Anísio Brasileiro. Segundo eles, o gestor desrespeitava as falas dos estudantes e quis encerrar a reunião. Ainda de acordo com a nota da página Ocupa UFPE, "duas estudantes foram para frente da porta para impedir que a reunião fosse encerrada daquela maneira e dois professores partiram para cima com empurrões. Uma das estudantes levou um tapa no rosto e teve sua roupa rasgada, enquanto outra foi jogada na porta e teve o braço machucado. Um terceiro estudante levou uma chave de braço no pescoço por trás de um desses docentes". 

Já o movimento 'UFPE Livre', que durante o movimento de ocupações se colocava de modo contrário à interrupção das aulas na universidade, também relatou uma versão que contesta o que foi dito pela nota oficial emitida pela universidade. "Não havia direito de voto, reservado somente para os professores e técnicos conselheiros". O movimento também pedia pelo início das aulas em 18 de janeiro, pois para eles "não adianta um calendário acadêmico ser reiniciado sem o reinício do R.U.(restaurante universitário), nem adianta dar início às aulas se alunos não podem comparecer sem o transporte".

Sobre as agressões, o UFPE Livre afirma que " integrantes do Ocupa UFPE reagiram se levantando e se dirigindo para barrar a porta, não aceitando a forma que a reunião foi encerrada. E foi aí que um tremendo absurdo ocorreu: um professor proferiu um forte empurrão em uma aluna que estava à frente da porta e, depois que a confusão se formou, dois alunos também foram agredidos". 

Advogados dos alunos confirmaram, neste sábado (24), que preferiram aguardar as imagens das câmeras de segurança (já solicitadas à Reitoria) para oficializar um Boletim de Ocorrência. 

LeiaJá também 

--> Semestre letivo 2016.2 da UFPE recomeça em janeiro 

--> Estudantes assinam acordo e desocupam a UFPE 

--> Professores da UFPE decidem encerrar greve 

--> UFPE oferta quase 7 mil vagas no Sisu para 2017

O movimento UFPE Livre, que se mostra contrário às ocupações da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), promete realizar algumas atividades nesta segunda-feira (31). Em sua página oficial no Facebook, o grupo programou um ato, em frente à Biblioteca Central do Campus Recife da instituição de ensino, a partir das 10h.

Na ocasião, os estudantes do movimento farão cartazes, faixas e formarão uma conversa sobre o ato, além de discutir as ocupações com outros estudantes. Também está programado um manifesto contra as ocupações, por meio de uma caminhada cujo trajeto só será definido nesta segunda-feira, mas o destino final será o Restaurante Universitário.

##RECOMENDA##

Formado por alunos da própria Universidade, o movimento UFPE Livre diz que as ocupações prejudicam o direito de ir e vir da comunidade acadêmica. O grupo procura deixar claro que não é nem a favor e nem contra a PEC do teto.

As ocupações, no entanto, combatem à PEC e lutam contra possíveis cortes financeiros na educação. Atualmente, dois centros estão ocupados no Campus Recife da UFPE: CE e CAC.  

Enquanto estudantes ocupam espaços do Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em protesto contra a PEC 241, começa a ganhar forma um movimento contrário às ocupações. No início desta semana, universitários que não concordam com as intervenções nos prédios da instituição de ensino criaram o movimento UFPE Livre, composto por alunos de vários cursos.

No Facebook, a página do UFPE Livre já conta com mais de 900 membros, além de exibir uma série de pautas para tentar justificar a posição contrária aos ocupantes. São elas: “Greves na UFPE não têm se mostrado eficientes no atendimento de suas reivindicações; Ocupações, quando impedem os professores de ministrarem aulas, são arbitrárias e ilegais; Greves e ocupações prejudicam a todos os estudantes, além de causar suspensão do transporte de alunos que vivem no interior e afetar comerciantes formais e informais do entorno da UFPE; As atuais manifestações têm sido fruto de um movimento político resultante do descontentamento com o governo atual, não sendo as ocupações a maneira mais eficiente de reivindicação”.

##RECOMENDA##

De acordo com um dos representantes do UFPE Livre, Marcos Teisant, o grupo conta com estudantes de centros como CCSA, CAC, CE e CFCH. Um dos objetivos do movimento não é se colocar contra ou a favor da PEC, e sim mostrar que as ocupações atrapalham o direito de ir e vir de estudantes e professores.

“Muita gente que não concorda com as ocupações encontrou apoio no nosso movimento. O que se vê nas atuais ocupações são discursos políticos, por causa do descontentamento com o atual governo e por conta do impeachment. Queremos garantir o direito de ir e vir dos estudantes, além do direito dos professores de dar aula. A gente também quer debater o tema e esperamos contar com as participações de representantes de cada ocupação”, explicou Teisant ao LeiaJá. Ele ainda alega que muitos estudantes não conseguem ir às aulas por causa das ocupações.

Representantes das ocupações da UFPE alegam que a luta é pela educação e para garantir as conquistas acadêmicas, sem que ocorram cortes dos investimentos financeiros. Eles também alegam que as ocupações são por tempo indeterminado.

No Campus Recife da UFPE, o primeiro prédio a ser ocupado foi o Centro de Educação (CE). Depois, um grupo ocupou a Reitoria da instituição e nessa terça-feira (25) o Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) passou a ser ocupado. Segundo balanço da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), mais de mil unidades educacionais estão ocupadas, entre escolas, institutos e universidades.

LeiaJá também

--> Estudantes ocupam unidade da UFRPE em Garanhuns

--> MEC afirma que AGU penalizará responsáveis por ocupações
         

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando