Para muitas empresas, a faixa etária dos funcionários é um fator determinante para a construção da carreira profissional na companhia. De acordo com a pesquisa Etarismo, realizada em agosto pelas plataformas Vagas.com, Colettivo e Talento Júnior, um a cada quatro trabalhadores, cerca de 24%, perderam seus empregos por serem considerados mais velhos.
O levantamento tem como objetivo dar visibilidade sobre o cenário, os desafios e oportunidades na contratação de pessoas discriminadas pela idade. Cerca de 252 profissionais de Recursos Humanos (RH) participaram.
##RECOMENDA##O estudo questionou se a empresa na qual trabalham considera eliminar candidatos mais velhos por conta da idade no momento da contratação. Um em cada cinco (21%) informou que consideraria essa possibilidade, enquanto 79% foram contrários.
A pesquisa também buscou informações sobre a contratação de pessoas com mais de 50 anos nos últimos seis meses. A maioria (58%) se manifestou positivamente, contra 42% de negativas. Em contrapartida, 81% disseram que a companhia onde trabalham não promoveu nenhum programa para contratação de pessoas com mais de 50 anos no último ano contra 19% de respostas afirmativas.
Um problema que dificulta o ingresso de profissionais mais sêniores nas empresas é a falta de conhecimento sobre etarismo. A maioria dos participantes (58%) diz não ter domínio suficiente do assunto para recrutar esses profissionais enquanto 42% disseram ter conhecimento do tema. As palestras e ações sobre etarismo são praticamente inexistentes no ambiente corporativo. Segundo os dados, 90% afirmaram não ter conhecimento de ações nesse sentido, enquanto apenas 10% conhecem.
Outra informação relevante é o esforço que precisa ser feito nas empresas para contratação de pessoas mais experientes. O levantamento aponta que 55% analistas de RH tiveram de convencer o gestor ou alguém da equipe sobre a importância de contratar uma pessoa mais velha. Outros 45% reportaram que não tiveram de passar por essa experiência.