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O Papa Francisco deu passos decisivos nesta semana para acelerar sua reforma das finanças do Vaticano, cenário de inúmeros escândalos por seus controversos investimentos. Escolhido em 2013, há sete anos, para mudar as estruturas econômicas e financeiras da Santa Sé e garantir sua transparência, Francisco deu esta semana mais um importante passo de sua ambiciosa missão.

Todos os fundos de todos os diferentes órgãos e ministérios da Santa Sé serão administrados por uma única entidade, a Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (Apsa), que administra entre outros as milhares de propriedades imobiliárias do Vaticano em Roma, explicou o presidente da entidade, o bispo Nunzio Galantino, em entrevista ao jornal Il Corriere della Sera.

O objetivo do Papa é impedir que os dicastérios, isto é, ministérios, assim como a poderosa Secretaria de Estado, manejem fundos que em alguns casos chegam a várias dezenas de milhões de euros e centralizem sua gestão para garantir também seu controle e transparência ao monitorar as contas do Vaticano.

A ideia vem do prefeito para a Economia, o jesuíta espanhol Antonio Guerrero Alves, nomeado no ano passado para substituir o cardeal australiano George Pell, acusado e absolvido em seu país por um caso de abuso infantil.

"O sistema de controle das operações financeiras era insuficiente. Levamos sete anos trabalhando nisso", afirmou o cardeal hondurenho Oscar Rodríguez Maradiaga, coordenador do grupo de seis cardeais que assessora o papa em suas reformas econômicas.

Os inimigos internos

O maior obstáculo para a realização das reformas são os "inimigos internos" do papa, ressaltou Rodríguez Maradiaga ao jornal italiano La Stampa. Para o especialista em Vaticano, Marco Politi - autor de vários livros sobre o pontificado, incluindo "A solidão de Francisco" - o papa está sozinho nessa batalha.

Apesar de ter usado a "mão de ferro" na sexta-feira contra o cardeal italiano Angelo Becciu, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, ao retirar todos os seus direitos de cardeal por causa do uso irregular de fundos da Secretaria de Estado, Francisco não tem recebido manifestações públicas de apoio até ao momento.

"Com este terremoto você pode ver a solidão de Francisco. O Papa está sozinho: os conservadores estão felizes que os escândalos estourem, há outro setor que nunca fala, nem com ele nem contra ele, e a frente reformista, que deveria apoiá-lo, também não quer interferir sobre a má gestão do dinheiro da Igreja", explicou Politi à AFP.

Em meio ao clima marcado por investigações e suspeitas de manipulação dos fundos do Vaticano, o cardeal australiano George Pell retorna a Roma esta semana, o poderoso "ex-ministro da Economia".

Em sete anos de pontificado, uma série de etapas importantes foram concluídas na luta contra a lavagem de dinheiro, que tiveram a aprovação do órgão de controle europeu denominado Moneyval.

Em 2015, foram encerradas 5.000 contas suspeitas do banco do Vaticano, e foi introduzida uma lei que rege as licitações, assim como as despesas internas, com o objetivo de prevenir outros escândalos de corrupção e evitar a adjudicação de contratos a amigos ou familiares.

Um dia após o Vaticano ter divulgado uma carta na qual afirma que o aborto "corrompe a civilização humana", o papa Francisco cobrou nesta quarta-feira (23), durante sua audiência geral semanal, a aprovação de leis contra a interrupção voluntária da gravidez.

Dirigindo-se a fiéis poloneses, o líder católico disse que abençoaria uma campanha chamada "A voz dos não-nascidos", cujo objetivo é "recordar o valor da vida humana, da concepção à morte natural".

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"Que a sua voz desperte as consciências dos legisladores e de todos os homens de boa vontade na Polônia e no mundo", afirmou o Papa. No dia anterior, a Congregação para a Doutrina da Fé já havia publicado uma carta relacionada a questões do fim da vida.

O texto é voltado às práticas de eutanásia e suicídio assistido, mas também condena o aborto como instrumento de "corrupção da civilização humana" e como "desonra" para aqueles que o realizam.

Da Ansa

A Congregação para a Doutrina da Fé publicou nesta terça-feira (22) a carta "Samaritanus bônus", com a aprovação do papa Francisco, em que discute questões relacionadas ao fim da vida e define a eutanásia e o suicídio assistido como "crimes contra a vida".

"São gravemente injustas, portanto, as leis que legalizam a eutanásia ou aquelas que justificam o suicídio e a ajuda para isso, pelo falso direito de escolha de uma morte que se define impropriamente só porque foi escolhida. Tais leis atingem o fundamento da ordem jurídica: o direito à vida, que dá base para qualquer outro direito, incluindo o exercício da liberdade humana", ressalta o texto.

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Para o Dicastério da Santa Sé, "incurável não é jamais sinônimo de 'incuidável'" porque todas as pessoas que sofrem de uma doença terminal assim como os que nascem com uma previsão limitada de sobrevivência têm o direito de "ser acolhido, cuidado e rodeado de afeto".

Assim, a "o aborto, a eutanásia e o suicídio voluntário corrompem a civilização humana, desonram aqueles que assim procedem do que os que os padecem; e ofendem gravemente a honra devida ao Criador".

"O Magistério da Igreja lembra que, quando se aproxima o fim da existência terrena, a dignidade da pessoa humana aparece como o direito de morrer na maior serenidade possível e com a dignidade humana e cristã devida. Proteger a dignidade de morrer significa excluir seja a antecipação da morte seja o adiamento dela com a chamada 'obstinação terapêutica'. A medicina atual dispõe, de fato, de meios de retardar artificialmente a morte, sem que o paciente receba em tal caso um real benefício", ressalta a publicação.

No texto, a Congregação ressalta que há "uma obrigação moral de excluir essa 'obstinação terapêutica'" porque a "renúncia a meios extraordinários e/ou desproporcionais 'não equivale ao suicídio ou a eutanásia'; exprime apenas a aceitação da condição humana perante a morte ou a escolha moderada de colocar em prática um dispositivo médico desproporcional aos resultados que poderão ser obtidos".

"A renúncia a tais tratamentos, que dariam apenas um prolongamento precário e penoso da vida, pode também significar respeitar a vontade do moribundo, expressa em declarações antecipadas de tratamento, excluindo porém qualquer ato de eutanásia ou suicida", acrescenta.

A Igreja Católica ainda afirma que a sedação dada para os pacientes no fim da vida como forma de dar a "máxima paz e as melhores condições interiores" é justa desde que não cause a morte. "A sedação deve excluir, como seu objetivo direto, a intenção de matar, mesmo que com ele o condicionamento à morte seja de qualquer maneira inevitável", pontua.

Sobre o acompanhamento espiritual daqueles que querem fazer a eutanásia, o documento destaca que é "necessária uma proximidade que sempre convide à conversão", mas que "não é admissível qualquer gesto exterior que possa ser interpretado como uma aprovação da eutanásia, como, por exemplo, estar presente no momento de sua realização" para evitar uma "cumplicidade".

Da Ansa

A Santa Sé e a China comunista se preparam para renovar um acordo histórico assinado há dois anos, que dá ao papa a última palavra na nomeação de bispos chineses, despertando a ira do governo americano.

Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump usa a repressão religiosa na China como um argumento para a campanha presidencial.

Seu secretário de Estado, Mike Pompeo, partiu para o ataque frontal ao Vaticano ao publicar no final da semana um tuíte e uma coluna denunciando as "horríveis" perseguições de crentes de todas as religiões na China que "revoltam" muitos países.

"Mais do que nunca, o povo chinês precisa do testemunho moral e da autoridade do Vaticano", disse ele na revista religiosa americana "First Things". Acrescentando que "o acordo entre a China e o Vaticano não protegeu os católicos contra as ações do partido".

O papa Francisco certamente acostumou os fiéis a denunciarem explicitamente muitas perseguições no planeta, mas adotou uma atitude diplomática de pequenos passos com Pequim, para unir uma Igreja chinesa dividida.

Os cerca de 12 milhões de católicos chineses - uma minoria muito pequena neste país de quase 1,4 bilhão de pessoas - estão divididos há décadas entre uma Igreja "patriótica" controlada pelo regime comunista e uma chamada Igreja "clandestina" que reconhece o autoridade do papa e muitas vezes é perseguida como tal.

Em 22 de setembro de 2018, o Vaticano selou um acordo "provisório" histórico com o regime comunista de Pequim, resultado de negociações intermináveis, cujo conteúdo exato nunca foi publicado.

O único ponto tangível anunciado na época: o papa Francisco reconheceu imediatamente oito bispos chineses nomeados por Pequim sem sua aprovação.

Dois anos depois, os resultados não são brilhantes para a diplomacia do Vaticano, mas dois novos bispos foram nomeados na China com o endosso final do líder dos 1,3 bilhão de católicos no planeta.

Antes, eles tinham que se tornar membros da Igreja Patriótica oficial, o que muitos antigos prelados perseguidos no passado ainda se recusam veementemente a fazer.

Em todo o mundo, é o papa quem decide sobre a nomeação dos bispos, homens que ele mesmo conheceu ou que lhe são recomendados pelas conferências episcopais nacionais.

Momento histórico em fevereiro de 2020: "ministros" das Relações Exteriores da China e do Vaticano se encontraram publicamente em um evento internacional, fato inédito em sete décadas.

As relações diplomáticas entre Pequim e a Santa Sé foram rompidas em 1951, dois anos depois que os comunistas chegaram ao poder.

O Vaticano também continua a manter relações diplomáticas com Taiwan. Um impasse, pois esta ilha de 23 milhões de habitantes é considerada por Pequim como uma província chinesa à espera da reunificação.

- Autorização do papa para renovar acordo -

O papa Francisco acaba de autorizar a renovação do acordo, ainda em modo "experimental" por mais dois anos, disse à AFP uma fonte próxima ao assunto.

Uma discreta troca de notas com a China deve ainda ser selada "em outubro".

Questões espinhosas, como a de padres católicos chineses que desaparecem repentinamente de suas paróquias por semanas "a convite" das autoridades, estão sendo levantadas por diplomatas do Vaticano, assegura este especialista.

São alvo de críticas recorrentes do cardeal Joseph Zen de Hong Kong, ou mesmo do padre italiano Bernardo Cervellera, ex-missionário na China, que publica em seu site AsiaNews depoimentos de católicos chineses muito insatisfeitos com o acordo.

"Nosso interesse atual com a China é normalizar ao máximo a vida da Igreja", explicou em meados de setembro o cardeal Pietro Parolin, braço direito do papa Francisco e principal arquiteto do acordo, ao admitir que os primeiros resultados do acordo "não foram particularmente notáveis".

Quatro dias antes, Zhao Lijian, porta-voz do chanceler chinês, falou positivamente do acordo bilateral, "implementado com sucesso".

Um elogio para um Partido Comunista Chinês que questiona qualquer organização, especialmente religiosa, que possa ameaçar sua autoridade.

Pequim observa há vários anos uma política de "sinização" das religiões, com o objetivo de adequá-las aos objetivos do poder comunista.

A China do presidente Xi Jinping, que assumiu o poder em 2012, também aumentou sua vigilância sobre todos os cultos. Igrejas foram destruídas, cruzes retiradas de campanários e creches religiosas fechadas.

O papa Francisco pediu neste domingo aos manifestantes em todas as partes do mundo que sejam pacíficos e às autoridades que respeitem os direitos, sem mencionar nenhum país em particular, no momento em que seu "ministro das Relações Exteriores" está em Belarus.

"Nas últimas semanas assistimos manifestações populares de protesto em muitas partes do mundo, que expressam o aumento do mal-estar da sociedade civil ante circunstâncias políticas e sociais particularmente críticas", destacou após a tradicional oração dominical do Angelus, no Vaticano.

"Exorto os manifestantes a apresentar suas demandas de maneira pacífica, sem ceder à tentação de recorrer à violência, e peço a todos aqueles com responsabilidades públicas e governamentais que escutem a voz de seus concidadãos e a cumprir com suas justas aspirações, garantindo o pleno respeito dos direitos humanos e das liberdades civis", completou o pontífice.

O secretário de Relações com os Estados, ou seja o "ministro das Relações Exteriores" do papa, monsenhor Paul Gallagher, está em uma visita a Belarus, que começou na sexta-feira e prosseguirá até segunda-feira. Ele tinha encontros programados com autoridades, civis e funcionários da Igreja Católica, de acordo com o Vaticano.

No mês passado, Francisco afirmou que acompanhava com atenção a situação pós-eleitoral em Belarus. O pontífice defendeu o "diálogo, o repúdio à violência e o respeito à justiça e lei".

A polêmica reeleição de Alexander Lukashenko como presidente bielorrusso em agosto provocou um movimento de protesto sem precedentes no país, violentamente reprimido pelas forças de segurança.

O Vaticano tranquilizou os fiéis nesta segunda-feira (3) sobre o estado de saúde do papa emérito Bento XVI, considerada "extremamente frágil", segundo o diário alemão Passauer Neue Presse que cita seu biógrafo Peter Seewald.

"As condições de saúde do papa emérito não são motivo de preocupação particular, além das de uma pessoa de 93 anos que superam a fase aguda de uma doença dolorosa, mas grave", anunciou a sala de imprensa do Vaticano, que citou seu secretário pessoal, o Monsenhor Georg Gänswein.

Segundo o jornal Passauer Neue Presse, Bento XVI sofre de erisipela no rosto, uma doença caracterizada por um inchaço e vermelhidão que causa coceira e dor intensas.

Segundo Seewald, o papa emérito está, no momento, extremamente frágil (...). Sua capacidade intelectual e memória não estão afetadas, mas sua voz é quase inaudível ", descreveu ao Passauer Neue Presse.

Peter Seewald se encontrou com Bento XVI em Roma no sábado para apresentar sua biografia, segundo o jornal.

"Durante essa reunião, o papa Emérito, apesar de sua doença, se mostrou otimista e declarou que, se suas forças melhorarem, talvez volte a escrever", acrescentou.

O papa emérito, o primeiro pontífice a renunciar em quase 600 anos, alegando motivos de saúde, leva uma vida reservada em um pequeno mosteiro do Vaticano desde 2013.

Funcionários da Prefeitura de Itaquiraí se surpreenderam enquanto cortavam troncos de árvores na cidade do interior do Mato Grosso e se depararam com uma imagem em um dos troncos que foi associada a Jesus. O caso aconteceu na quinta-feira (9). 

Um dos funcionários, Odimar Souza, explicou o ocorrido. "Quando o tronco caiu lá eu me deparei com uma imagem que essa aqui", diz. O homem ainda salienta que em nenhuma outra árvore podada teve algo parecido.

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Segundo o G1, Odimar ainda revelou que antes de podar o tronco a corrente da motosserra que era nova, quebrou. A paróquia do município não comentou o caso.

Confira o vídeo:

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O papa Francisco prestou homenagem neste sábado (20) aos profissionais da saúde, durante sua primeira audiência de grupo no Vaticano desde a flexibilização do confinamento, com a presença de médicos e enfermeiras da Lombardia, a região italiana mais afetada pela pandemia, informou o Vaticano.

Estes funcionários, que "confortaram e apoiaram" os enfermos e pacientes a ponto de morrer, são compostos por "anjos", disse. A Lombardia foi a região mais afetada na Itália pela epidemia de coronavírus, que provocou mais de 34.500 mortes no país.

O pontífice felicitou os visitantes pelos "pequenos gestos criativos de amor", como ajudar pacientes gravemente enfermos a ligar para seus entes queridos para vê-los ou conversar pela última vez.

"Vocês foram um dos pilares de todo o país", declarou, antes de expressar "estima e sincero agradecimento" aos profissionais presentes e a seus "companheiros em toda Itália". O Vaticano teve que cumprir as mesmas medidas de confinamento que o restante da Itália. Estas foram impostas no início de março e suspensas no início de junho.

O papa Francisco fez sua oração dominical pela primeira vez em três meses diante dos fiéis reunidos na praça de São Pedro, durante a qual expressou preocupação com os povos indígenas da Amazônia "particularmente vulneráveis" à pandemia de Covid-19.

"Hoje, festa de Pentecostes, evocamos o Espírito Santo para que dê luz e força à Igreja e à sociedade na Amazônia, posta à dura prova pela pandemia", declarou o pontífice que recordou o sínodo sobre a região que terminou no Vaticano há sete meses.

"Há tantas pessoas contagiadas e falecidas, também entre os povos indígenas, particularmente vulneráveis", lamentou Francisco, que terminou com um pedido para que ninguém no mundo fique sem atendimento de saúde.

A pandemia de COVID-19 é uma nova ameaça para os povos indígenas já muito afetados pelo desmatamento que não para de aumentar desde a chegada ao poder, há um ano e meio, do presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

De acordo com um balanço recente da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), o vírus se propagou em 40 povos indígenas, contaminando 537 pessoas, com 102 vítimas fatais.

De acordo com o censo de 2010, quase 800.000 indígenas de mais de 300 povos vivem no Brasil, muitos deles isolados.

Antes da oração, o papa celebrou a missa de Pentecostes na basílica de São Pedro na presença de quase 50 pessoas. No sábado, ele acompanhou a oração do rosário diante de 100 fiéis.

Desde o início do confinamento na Itália, em 10 de março, o Vaticano aplica as mesmas regras de distanciamento físico válidas no país. O papa havia abandonado, entre outras coisas, as orações de domingo da janela do palácio apostólico da praça de São Pedro, substituídas por uma transmissão pela internet do interior do palácio.

A favor da flexibilização progressiva do confinamento na Itália, Francisco retomou neste domingo a oração dominical diante dos fiéis, pouco numerosos, que foram autorizados na semana passada a entrar novamente na praça de São Pedro.

A Basílica de São Pedro, em Roma, abriu suas portas ao público nesta segunda-feira (18) de manhã, símbolo do retorno a uma relativa normalidade na Itália, onde o desconfinamento se acelera, com a retomada das missas e reabertura tímida de lojas e cafés.

Na presença de vários policiais usando luvas e máscaras cirúrgicas, um punhado de visitantes, seguindo as marcações no chão para respeitar uma distância mínima de 1,5 m, entrou na Basílica, fechada desde 10 de março, depois de medir a temperatura e desinfetar as mãos com álcool em gel, constatou a AFP.

Sob a enorme cúpula com mármore esculpido e policromado, os fiéis podiam ser contados com os dedos de uma mão, alguns recolhidos em oração de joelhos diante do túmulo do falecido papa João Paulo II.

- "Máscaras no nariz!" -

"Máscara no nariz!", ordena um membro da gendarmeria do Vaticano aos fiéis tentados a abaixar um pouco a máscara obrigatória para respirar melhor. Primeiro país a confinar há mais de dois meses toda a sua população para conter a pandemia de coronavírus, a península lamenta a morte de aproximadamente 32.000 pessoas.

No entanto, o país experimenta desde 4 de maio um pouco de liberdade, graças ao primeiro levantamento parcial das restrições. No domingo, os romanos pareciam se reapropriar da cidade eterna, sem nenhum turista estrangeiro e com poucos carros, mas atravessada por um número crescente de corredores, caminhantes e ciclistas.

Esta manhã, o tráfego era quase normal aos pés do Coliseu ou nas principais avenidas do centro da cidade. Hoje vários pequenos e grandes comércios, salões de beleza, bares e restaurantes, devem reabrir. "A Itália acende as luzes após 69 dias de fechamento", resumiu o jornal La Repubblica.

"Sinal de esperança" para o papa Francisco, as missas e as celebrações religiosas foram retomadas nas igrejas de Roma e no resto do país, com medidas adequadas de distanciamento social.

Alguns devotos assistiram a uma celebração matinal na igreja de Santa Maria em Transpontina, perto do Vaticano, com separação obrigatória nos bancos e comunhão "sem contato". Nenhuma celebração pública está prevista oficialmente na Basílica de São Pedro.

No entanto, está marcada uma missa para o meio-dia na majestosa catedral gótica de Milão (norte), símbolo da capital da Lombardia, uma região duramente atingida pela Covid-19.

- "Ainda um pouco cedo" -

"Não podemos nos dar ao luxo" de esperar pela descoberta de uma vacina para reabrir o país, justificou no sábado à noite o presidente do Conselho Italiano, Giuseppe Conte.

"Nossos princípios permanecem os mesmos: proteger a vida, a saúde dos cidadãos. Mas devemos fazê-lo de maneira diferente", argumentou ele, enquanto a epidemia parece estar sob controle.

O número diário de mortes caiu neste fim de semana, com 145 registradas no domingo, seu nível mais baixo desde o início do confinamento.

Em Roma, pizzarias, confeitarias e outros comércios se prepararam para a reabertura nos últimos dias. Nesta segunda, algumas fachadas estavam abertas, mesas reapareceram nos terraços, mas a retomada parece limitada.

"Ainda é um pouco cedo, vai ficar agitado esta tarde", quer acreditar Elena, que veio tomar seu café da manhã perto da praça Campo dei Fiori.

Essa etapa do desconfinamento deixa a cada uma das 20 regiões uma ampla margem de manobra, às vezes alimentando "confusão" segundo certas vozes críticas.

Como em toda a Europa, à medida que o levantamento das restrições avança, a imprensa italiana se debruçou sobre as medidas planejadas, decifrando o que é autorizado e "o que permanece proibido".

Família, amigos, colegas, agora os italianos poderão ver quem quiserem, em casa ou fora. No entanto, grandes reuniões seguem proibidas, como festas particulares. A máscara é obrigatória em espaços fechados com público.

A próxima etapa está prevista para 25 de maio, com a reabertura de academias, piscinas e centros esportivos. Em 3 de junho, o país reabrirá suas fronteiras aos visitantes do espaço Schengen e, portanto, aos turistas europeus, a fim de relançar o setor do turismo o mais rápido possível.

O papa Francisco telefonou para Andrea Pirotta, um jovem autista de 19 anos, na noite desta quarta-feira (29), informam diversos veículos da mídia italiana.

A ligação ocorreu após o rapaz enviar uma carta para o Pontífice pedindo para que ele não dissesse durante as missas, que estão sendo transmitidas de maneira online, a frase "cumprimentem-se em sinal de paz" por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), já que os contatos físicos devem ser evitados ao máximo para evitar a doença.

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Além disso, Pirotta pediu um solidéu para o líder católico. "Olá, Andrea, como você está? Sabia que vou te enviar o solidéu que você me pediu?", contou a mãe do jovem, Maria Teresa, em entrevista ao jornal "Avvenire" sobre a apresentação do religioso. Segundo ela, o rapaz acompanha diariamente as missas do líder da Igreja Católica.

"O telefonema para Andrea e para nós foi uma fonte de muita alegria e serenidade. Nós ouvimos nas palavras do Papa a tenacidade e a paz. Para Andrea, que é muito religioso, disse para ele seguir assim. Foi um conforto providencial", disse ainda Maria Teresa ao jornal.

Pirotta escreveu a carta usando um método de comunicação alternativa, chamada de "CAA", com o pedido inusitado.

Em uma das missas dessa semana, o Papa então falou sobre a carta e disse que ela era um "exemplo da espontaneidade dos jovens, da sua concretude, da sua liberdade de dizer as coisas como elas são". E pediu que todos os cristãos se inspirassem neles para viver sua fé com mais verdade. 

Da Ansa

O papa Francisco agradeceu neste domingo aos jornalistas depois de celebrar uma missa no Vaticano sem fiéis, durante a qual fez um alerta contra "um vírus ainda pior" que o coronavírus, o "egoísmo".

"Obrigado por seu trabalho. Ao invés de ficar na cama no domingo, vocês trabalham. Obrigado. É importante comunicar", disse o papa apos jornalistas que o aguardavam diante da igreja romana de Santo Spirito in Sassia, muito próxima do Vaticano.

Durante a celebração da missa, o pontífice advertiu contra o "perigo de esquecer os que ficaram para trás".

"O risco é ser atingido por um vírus ainda pior, o do egoísmo e da indiferença", afirmou Francisco.

O Vaticano divulgou nesta terça-feira (7) uma mensagem sobre o impacto da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) na vida dos idosos, alertando que a "solidão" também os matam.

"A geração dos nossos idosos, nestes dias - difíceis para todos - está a pagar o preço mais alto da pandemia de Covid-19. As estatísticas mostram que, na Itália, mais de 80% das pessoas que perderam a vida tinham mais de 70 anos", afirmou o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida.

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O texto, intitulado "Idosos: na solidão, o coronavírus mata mais", faz referência a todos os que se encontram "frágeis e desorientados".

"Se é verdade que o coronavírus é mais letal quando encontra um corpo debilitado, em muitos casos a patologia anterior é a solidão. Não é por acaso que estamos testemunhando a morte, em proporções e modalidades terríveis, de muitas pessoas que vivem longe das suas famílias, em condições de solidão verdadeiramente debilitantes e desanimadoras", adverte a instituição religiosa.

O documento também pede para as pessoas não deixarem os idosos sozinhos, porque "na solidão o coronavírus mata mais".

O Dicastério denuncia a "condição de abandono" em que os idosos se encontram, ressaltando que "ligações, mensagens de vídeo ou de voz ou, mais tradicionalmente, cartas endereçadas a quem está sozinho podem salvar vidas".

"A gravidade do momento exige que todos façamos mais. Como indivíduos e como Igrejas locais, podemos fazer muito pelos idosos: rezar por eles, curar a doença da solidão, ativar redes de solidariedade e muito mais", explica a Santa Sé.

O texto ainda dedica uma mensagem especial aos lares e residências, onde chegam "notícias terríveis". "A concentração no mesmo local de tantas pessoas frágeis e a dificuldade de encontrar os dispositivos de proteção criaram situações muito difíceis de administrar, apesar da abnegação e, em alguns casos, o sacrifício da equipe dedicada à assistência", complementa.

Por fim, o Vaticano revela que esta crise provoca "um abandono assistencial e terapêutico que vem de longe" e reafirma que salvar a vida dos idosos "é uma prioridade, tanto quanto salvar qualquer outra pessoa". 

Da Ansa

O Papa Francisco pediu neste domingo, ante uma Basílica de São Pedro vazia, coragem para enfrentar a pandemia de coronavírus, que já causou a morte de 65 mil pessoas, enquanto uma luz de esperança surge na Espanha.

O chamado do sumo pontífice durante a missa do Domingo de Ramos foi feito depois que o presidente Donald Trump pediu aos americanos que se preparem para uma "semana horrível", e antes de um discurso incomum da rainha Elizabeth II, que pedirá hoje que os britânicos assumam, juntos, o "desafio" da pandemia.

"Olhem para os verdadeiros heróis que vêm à tona nestes dias. Não são os que têm fama, dinheiro e sucesso, e sim os que se entregam para servir aos demais", disse o Papa em uma basílica vazia, salvo por um punhado de religiosos, cada um sentado em um dos bancos.

Os números implacáveis da Covid-19 não param de crescer. Até hoje, havia mais de 1,2 milhão de infectados, em 190 países, e 65.272 mortos, segundo o último balanço da AFP.

Mais de 47 mil mortos estão na Europa, e Espanha e Itália, os países mais atingidos, registram uma queda na chegada de doentes aos hospitais.

"Começamos a ver uma luz no fim do túnel", disse o chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez, que prorrogou até 25 de abril o confinamento no país, que já dura três semanas.

As cifras parecem sustentar sua esperança. O país observou hoje, pelo terceiro dia consecutivo, o registro diário mais baixo dos últimos 10 dias, com 674 mortos. Até agora, 12.418 pessoas perderam a vida para a Covid-19 na Espanha.

A Itália, que detém o recorde mundial de 15.362 mortos, também registrou avanços. Ontem, foram 681 mortos, uma queda de mais de 10%, e os pacientes em UTIs caíram para menos de 4 mil pela primeira vez desde o começo da crise.

"É uma notícia importante, porque permite que nossos hospitais respirem", declarou o chefe da Defesa Civil italiana, Angelo Borrelli.

Ao contrário da Espanha e Itália, os Estados Unidos estão em plena explosão da doença, ultrapassando 310 mil casos e 8.500 mortos. O estado de Nova York, epicentro da crise naquele país, teve seu pior dia ontem, com 630 mortos.

No Reino Unido, que ultrapassou 4.300 mortos, a situação é tal que a rainha pedirá hoje aos britânicos que enfrentem a crise com força, disciplina e companheirismo, em um discurso incomum à nação.

- América Latina supera 30 mil casos -

A pandemia também avança na América Latina, que registrava hoje quase 30.400 casos confirmados e 1.052 mortos. O Brasil registra um terço dos casos, 10.278, e o maior número de mortos, 432. O Chile (4.161 infectados e 27 mortos) se encontra em segundo lugar.

Na região, a doença teve cenas de horror no Equador (3.465 casos e quase 180 mortos), onde cerca de 150 corpos jaziam em residências e ruas da cidade de Guayaquil, em meio ao caos causado pelo colapso dos serviços funerários.

Assim como na África, na América Latina há países com sistemas de saúde frágeis ou deterioriados, e grande parte de sua população vive do setor informal, o que dificulta as medidas de confinamento.

- Corrida contra o tempo -

A pandemia tem sido tão devastadora, que, mesmo nos países mais ricos, faltam testes de diagnóstico, leitos de UTI e recursos humanos.

"No começo, nos davam quatro luvas (para serem vestidas uma sobre as outras), agora dizem que duas são suficientes, mas eu visto três", conta uma enfermeira em um hospital de campanha erguido nos arredores de Madri.

Os países estão mergulhados em uma corrida contra o tempo. A competição é impiedosa, em um mundo onde as fronteiras voltaram a subir com rapidez. Os países mais pobres podem, apenas, assistir com impotência à esta luta feroz.

Depois de ser informado, inicialmente, que apenas equipes médicas deveriam cobrir a boca, Alemanha, França, Estados Unidos e outros países recomendaram, recentemente, o uso de máscaras como parte do leque de medidas para lutar contra a infecção, além do distanciamento social e da higiene frequente das mãos.

A França já encomendou quase 2 bilhões de máscaras à China, onde a pandemia teve início, e que retorna, lentamente, à normalidade.

Além dos hospitais, o drama humano acontece também nos centros geriátricos e em outras instalações sanitárias. Das 7.560 mortes na França causadas pelo vírus, 2.028 ocorreram nestes centros não-hospitalares.

- Mais preocupações -

Metade da humanidade está confinada, com grande custo para a economia mundial. O impacto social e econômico da pandemia segue brotando por todas as partes.

Na Guatemala, o banco central informou que as remessas enviadas pelos emigrantes nos Estados Unidos começaram a diminuir. Uma refinaria no Equador suspendeu as operações por 14 dias.

A OMS afirma que "o pior está por vir" nos países em conflito ou onde há acampamentos de refugiados, geralmente lotados. Centenas de milhares de refugiados palestinos e sírios que vivem em acampamentos no Líbano, em meio à miséria, são muito vulneráveis ao novo coronavírus.

burs-mis/mar/lb

A Santa Sé anunciou nesta sexta-feira que as medidas de confinamento decididas para evitar a propagação do coronavírus no Vaticano foram estendidas até 13 de abril, como na Itália.

Em uma breve declaração, a assessoria de imprensa do Vaticano confirma a medida "em coordenação com as medidas adotadas pelas autoridades italianas em 1º de abril de 2020".

No dia anterior, o Vaticano confirmou o sétimo caso de coronavírus, a maioria funcionários que trabalham nas entidades e ministérios da Santa Sé.

Para coibir a disseminação do vírus no Vaticano, onde residem cerca de 500 pessoas, foram adotadas as mesmas medidas que na Itália, e o teletrabalho e turnos foram promovidos para proteger a saúde dos funcionários.

Por seu lado, o papa está há um mês cercado por um "cordão sanitário anti-contágio", que o acompanha em todos os seus deslocamentos.

Francisco parou de comer na sala comunal da residência Santa Marta, onde mora no Vaticano, e o faz em seu apartamento, e as pessoas que estão em contato com ele têm produtos desinfetantes.

O papa concelebrará com apenas dois prelados os ritos da primeira Semana Santa (de 5 a 12 de abril) sem fiéis da história moderna, segundo fontes da imprensa italiana.

O cardeal Angelo Comastri, arcipreste da Basílica de São Pedro e o arcebispo Vittorio Lanzani, delegado da fábrica de São Pedro, concelebrarão com Francisco e serão as únicas pessoas que poderão acompanhar o papa em todas as cerimônias, de acordo com o vaticanista Francesco Grana no Twitter.

O papa teve que se adaptar à situação e agora está se dirigindo aos fiéis por vídeo: ele celebra a missa diária da pequena capela da residência de Santa Marta ou fala de sua biblioteca particular no Palácio Apostólico, onde recebe poucas pessoas e se mantém sempre a distância.

O Vaticano especificou que todos os ritos da Semana Santa ocorrerão na Basílica de São Pedro, no altar, com exceção da Via Crucis da Sexta-feira Santa, que ocorrerá na esplanada da basílica.

A missa do Crisma não será celebrada em 9 de abril e será adiada para uma data posterior.

Um dos momentos mais importantes da tradição católica, que recorda a morte de Jesus na cruz, acontecerá pela primeira vez sem a presença dos fiéis e sem a tradicional lavagem dos pés.

O Vaticano confirmou nesta quinta-feira (2) o sétimo caso do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no país. Trata-se de um funcionário da Santa Sé casado com uma mulher que trabalha em um hospital italiano e que já havia sido infectada.

"Aos seis casos comunicados, acrescentou-se a positividade de mais um funcionário da Santa Sé, já em isolamento desde meados de março por causa da esposa, que havia testado positivo para a Covid-19 [doença provocada pelo novo coronavírus] após ter prestado serviço no hospital italiano onde trabalha", disse o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Matteo Bruni.

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Entre as sete pessoas já infectadas pelo Sars-CoV-2 no país está um padre que vive na Casa Santa Marta, residência oficial do papa Francisco. No entanto, segundo a Santa Sé, o líder católico não foi contaminado.

"Os diversos entes e dicastérios da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano mantêm apenas as atividades essenciais e inadiáveis", acrescentou Bruni. As missas e audiências do Pontífice têm sido acompanhadas apenas por streaming, e as celebrações de Páscoa no Vaticano não terão público. 

Da Ansa

Papa já havia visitado a peça, no dia 15. (Filippo MONTEFORTE / AFP)

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Um crucifixo de mais de 500 anos tido como milagroso pela religião católica foi levado para a Praça de São Pedro, no Vaticano. Os fiéis acreditam que, em 1522, o objeto, ao ser carregado pelas ruas de Roma, ajudou a conter o avanço da peste na Itália, país europeu que agora é o mais afetado pelo coronavírus. Nesta quinta (26), o papa Francisco realizou uma oração pelas vítimas da covid-19.

O crucifixo fica exposto na igreja de San Marcello al Corso, em Roma. O local, inclusive, foi visitado por Francisco, no último dia 15. Na ocasião, o papa rezou pelo fim da pandemia.

De acordo com a agência de notícias do Vaticano, a Vatican News, a devoção ao crucifixo nasceu em 1519. Neste ano, um grande incêndio se abateu sob uma importante igreja e apenas a peça permaneceu intacta.

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O "Crucifixo Milagroso" de Roma será levado para a Praça São Pedro, no Vaticano, nesta sexta-feira (27) para que o papa Francisco faça uma oração especial pelo fim da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2). A celebração está marcada para às 18h (14h no horário de Brasília).

A peça religiosa fica exposta na Igreja de São Marcelo no Corso e foi visitada pelo Pontífice em 15 de março. Naquele dia, o líder católico também fez uma oração especial pelo fim dos casos da nova doença.

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Segundo a tradição, o "Crucifixo Milagroso" é objeto de profunda veneração pelos fiéis de Roma desde 1519, quando permaneceu ileso em um grande incêndio que destruiu a igreja no centro de Roma. Pouco tempo depois, em 1522, foi usado em uma procissão pelas ruas da capital italiana, que durou 16 dias, e a ele foi atribuída o fim da peste que atingia a cidade Por conta disso, ganhou fama entre os romanos de por fim a grandes epidemias e é muito venerado inclusive pelos Papas através dos tempos.

Até o momento, de acordo com o Centro de Estudos John Hopkins, já são 474.204 casos da Covid-19 no mundo, com 21.353 mortes registradas. A maior parte dos falecimentos está na Itália, com 7.503, e na Espanha, com 3.647. 

Da Ansa

Um monsenhor italiano, funcionário da Secretaria de Estado do Vaticano, foi testado positivo para o novo coronavírus (Sars-CoV-2), elevando para cinco o número de casos registrados pelo menor país do mundo.

A informação foi revelada à ANSA nessa quarta-feira (25) por fontes do Vaticano, que afirmaram que o religioso foi hospitalizado. Ele mora há algum tempo na Casa Santa Marta, residência oficial do papa Francisco.

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Segundo o relato, todas as medidas preventivas previstas nos protocolos de combate ao vírus foram adotadas para o edifício e seus habitantes.

O primeiro caso da Covid-19 foi confirmado no último dia 6 de março e diz respeito a um participante de um congresso. Desde então, outras três pessoas foram infectadas, sendo dois funcionários dos Museus Vaticanos e um colaborador do Escritório de Mercadorias. 

Da Ansa

O Vaticano anunciou que com a "emergência sanitária internacional" causada pelo novo coronavírus, as celebrações da Semana Santa serão realizadas sem a presença física de fiéis. Até o domingo de Páscoa, as audiências do Papa Francisco e o Angelus serão transmitidos ao vivo pelo serviço de notícias do Vaticano.

Serão afetadas as missas do Domingo de Ramos (5 de abril), quinta-feira Santa (9 de abril), Sexta-feira Santa (10 de abril), Sábado Santo (11 de abril) e do domingo de Páscoa (12 de abril), além da bênção Urbi et Orbi, que acontece também em 12 de abril. A missa de 19 de abril, domingo da Divina Misericórdia, também não contará com a presença de fiéis.

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Ontem, a Santa Sé havia anunciado que o Papa decidiu que a Santa Missa na Santa Marta, celebrada às 7 horas da manhã, também seria transmitida ao vivo hoje e durante a semana.

De acordo com os dados mais atualizados, a Itália registra 21.157 casos confirmados da covid-19, com 1.441 mortes. É o país europeu mais afetado pela doença. O Vaticano registrou um caso.

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