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Um menino de 10 anos de idade furou a barreira de segurança e subiu no palco da audiência geral do papa Francisco nesta quarta-feira (20), no Vaticano.

Chamado Paolo Junior, o garoto se dirigiu diretamente ao líder católico, que o cumprimentou e perguntou se ele queria se sentar a seu lado. O menino aceitou o convite e, ao ocupar a cadeira vizinha ao Papa, bateu palmas e foi aplaudido pelo público.

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Antes de voltar para a plateia, Paolo ainda ganhou um solidéu branco igual ao do pontífice. De acordo com o portal Vatican News, o menino sofre de uma "deficiência cognitiva".

"Quando esse menino teve a liberdade de se aproximar e se movimentar como se estivesse em sua casa, me veio à mente o que Jesus dizia sobre a espontaneidade e a liberdade das crianças . E Jesus diz a vocês: 'Se não fizerem como as crianças, vocês não entrarão no reino dos céus'. Agradeço a esse menino pela lição que ele deu a todos", declarou o Papa antes de iniciar sua catequese.

"Que o senhor o ajude em sua limitação e em seu crescimento. As crianças não têm um tradutor automático do coração para a vida, as crianças vão em frente", acrescentou.

Da Ansa

O Vaticano exigirá de trabalhadores e visitantes que apresentem um certificado sanitário de Covid-19 a partir de 1º de outubro, informou a assessoria de imprensa da Santa Sé nesta segunda-feira (20).

A medida foi tomada a pedido do papa Francisco, defensor ferrenho da campanha de vacinação contra o coronavírus.

Segundo o decreto, "a partir de 1º outubro de 2021" o acesso ao Estado da Cidade do Vaticano será permitido a todas as pessoas que apresentarem um certificado sanitário válido europeu ou do exterior, com o objetivo de "prevenir, controlar e combater" a emergência sanitária.

A gendarmerie vaticana será a encarregada de controlar o chamado "passaporte verde", que comprova a vacinação contra a Covid na Itália ou a imunização depois de ter contraído a doença.

Poderá ser apresentado também um teste PCR ou de antígeno com resultado negativo realizado nas últimas 48 horas.

A única exceção admitida é para os fiéis que comparecem a "celebrações litúrgicas devido ao tempo estritamente necessário para a realização do rito", destaca o texto.

Segundo alguns veículos da imprensa, a exceção é válida para as pessoas que assistem à missa das quartas-ferias no Vaticano presididas pelo papa.

Com essa medida, a Cidade do Vaticano - um enclave no coração de Roma - se alinha com as adotadas pela Itália, que decretou que a partir de 15 de outubro será obrigatório apresentar o passaporte sanitário para poder acessar os locais de trabalho tanto no setor público quanto no privado.

O papa Francisco admitiu recentemente à imprensa durante sua viagem de retorno da Eslováquia que existe um pequeno grupo de pessoas dentro do Vaticano que é contra a vacinação.

"Estamos analisando como ajudá-los", comentou.

A ordem do Vaticano não especifica se a falta de um certificado sanitário será punida como na Itália, que prevê que em cinco dias de ausência injustificada, a pessoa pode ser "suspensa" do trabalho e do salário.

Funcionários dos correios em Milão interceptaram um envelope endereçado ao papa contendo três balas, informou a polícia paramilitar italiana nesta segunda-feira, 9.

O envelope suspeito foi interceptado durante a noite em uma instalação de triagem de correspondência em um subúrbio de Milão, de acordo com o comando provincial dos carabinieri na cidade. A carta veio da França.

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O envelope, escrito à mão, estava endereçado para "O Papa, Cidade do Vaticano, Praça de São Pedro, Roma" e continha três balas, presumivelmente de uma pistola, e uma mensagem referindo-se a operações financeiras no Vaticano.

Uma investigação está em andamento. O Vaticano não comentou o caso até o momento. (FONTE: ASSOCIATED PRESS)

O Vaticano abre, na próxima terça-feira (27), um julgamento sobre a compra de um luxuoso edifício em Londres e a rede de empresas e fundos que deixou um rombo nas finanças da Santa Sé, um escândalo que afeta a imagem da Igreja.

No banco dos réus estará o destituído cardeal italiano Angelo Becciu, que foi suplente na Secretaria de Estado do Vaticano entre 2011 e 2018, um dos cargos mais poderosos da Cúria Romana e um conselheiro muito próximo do papa Francisco.

O julgamento deve determinar se a Santa Sé foi defraudada por um grupo de empresários inescrupulosos ou se houve um sistema de corrupção interna envolvendo importantes líderes da Igreja.

O julgamento, que durará vários meses, será realizado em uma sala especialmente preparada nos Museus do Vaticano, com a presença de um grupo limitado de jornalistas.

A primeira audiência, marcada para terça, será dedicada a questões técnicas, com base na complexa acusação de 500 páginas, resultado de dois anos de investigação.

Entre os 10 réus, metade estava a serviço do papa Francisco durante a controvertida compra, realizada em duas fases, de um luxuoso edifício de 17.000 m2 no bairro londrino de Chelsea, do qual o papa pediu para se livrar rapidamente.

A aquisição deste edifício, por um preço superior ao seu valor real, foi efetuada através de pacotes financeiros altamente especulativos, através de dois empresários italianos residentes em Londres.

Essa compra "gerou perdas substanciais para as finanças do Vaticano e até mesmo recursos destinados às instituições de caridade pessoais do Santo Padre foram usados", reconheceu a Santa Sé antes da abertura do julgamento.

Um grande desafio para Francisco, um crítico ferrenho da corrupção, que denuncia incessantemente a especulação financeira global desde sua eleição, há 8 anos.

No sábado, o Vaticano divulgou pela primeira vez o orçamento anual de um de seus principais departamentos encarregados da gestão de propriedades e investimentos.

"Viemos de uma cultura de sigilo, mas aprendemos que, em matéria econômica, a transparência nos protege mais do que o sigilo", declarou o secretário de Economia do Vaticano, Juan Antonio Guerrero.

Empresários e fundos

Entre 2013-2014, a Secretaria de Estado do Vaticano tomou emprestado US$ 200 milhões, grande parte dele do banco Credit Suisse, para investir no fundo do empresário italiano Raffaele Mincione.

Metade do valor foi destinado à aquisição de parte do prédio londrino e a outra parte destinada a investimentos em ações.

Raffaele Mincione usou o dinheiro da Igreja para "operações especulativas", incluindo a compra de bancos italianos em dificuldades financeiras.

A Santa Sé, que acabou por registrar perdas na bolsa, não tinha capacidade para controlar esses investimentos, pelo que decidiu quatro anos mais tarde, no final de 2018, encerrar a aliança.

Para isso, a Santa Sé escolheu Gianluigi Torzi como o novo intermediário, que negociou a saída de Raffaele Mincione, indenizando-o com 40 milhões de libras esterlinas (55 milhões de dólares) e modificando o acordo financeiro para que o Vaticano finalmente se tornasse o único proprietário do edifício.

Torzi, por sua vez, assumiu o controle da propriedade do Vaticano (por meio de ações com direito a voto) e, em seguida, extorquiu dinheiro da Secretaria de Estado para obter 15 milhões de euros (quase 18 milhões de dólares) para sua saída, segundo a acusação.

Os magistrados também identificaram duas figuras-chave que ajudaram Mincione e Torzi a entrar nas redes do Vaticano em troca de dinheiro.

O primeiro é Enrico Crasso, conhecido empresário suíço e ex-Credit Suisse, que administrou os fundos da Secretaria de Estado durante décadas.

O outro é Fabrizio Tirabassi, importante funcionário leigo da Secretaria de Estado, encarregado dos investimentos, que também recebia comissões dos bancos por suas intervenções e era considerado braço direito do cardeal Becciu.

Como em qualquer escândalo, as revelações de uma misteriosa personagem feminina, apelidada de "Dama do cardeal", alheia à compra de Londres, contribuíram para aumentar as suspeitas em torno do cardeal Becciu, afastado em 24 de setembro de 2020 pelo papa Francisco por suspeitas de peculato.

A mulher, de 40 anos, que disse que realizava atividades de inteligência em nome da Santa Sé para libertar religiosos sequestrados pelo mundo, recebeu uma alta remuneração.

A grande questão agora é se o caso vai atingir para outras personalidades na hierarquia da Igreja.

O secretário de Estado e número dois do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, anunciou que a entidade mais próxima do pontífice aparecerá como parte civil no julgamento, já que se sente vítima dessa rede que deixou "perdas consideráveis" nas finanças do Vaticano.

O papa Francisco continua se reabilitando após uma cirurgia no cólon e vai voltar para o Vaticano "o quanto antes".

É o que diz o novo boletim médico divulgado nesta terça-feira (13) pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, nove dias após a operação.

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Inicialmente, o Vaticano havia dito que o pontífice ficaria internado uma semana, mas até agora não há uma previsão concreta para a alta.

"O Santo Padre continua com o tratamento previsto e com a reabilitação, o que o permitirá voltar ao Vaticano o quanto antes", declarou Bruni.

De acordo com o porta-voz, Francisco também se encontrou com "muitos enfermos" nos últimos dias e dedicou uma mensagem aos que "não podem voltar para casa".

"Que possam viver esse tempo como uma oportunidade, ainda que vivida com dor, para abrir-se com ternura ao irmão ou à irmã enferma na cama ao lado, com quem compartilha a mesma fragilidade humana", acrescentou.

Jorge Bergoglio se recupera de uma cirurgia para corrigir uma estenose diverticular do cólon, estreitamento causado pelo surgimento de pequenas bolsas chamadas divertículos nessa parte do intestino grosso.

No último domingo (11), o Papa celebrou o Angelus da sacada de seu apartamento privativo no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, em seu primeiro encontro com os fiéis após a internação.

Da Ansa

Internado pela primeira vez desde o início de seu pontificado, o papa Francisco deve passar ao menos uma semana em um hospital de Roma para se recuperar de uma cirurgia no cólon.

Mas quem assume a gestão dos assuntos correntes do Vaticano durante a ausência do pontífice? Esse papel cabe oficialmente ao camerlengo da Santa Igreja Romana, cargo hoje ocupado pelo cardeal americano de origem irlandesa Kevin Joseph Farrell.

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Aos 73 anos de idade, Farrell é camerlengo desde 14 de fevereiro de 2019, posto acumulado com as funções de prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida e de presidente da Comissão de Matérias Reservadas.

O termo camerlengo deriva do latim medieval "camarlingus", por sua vez originado do germânico "kamerling", que significa, em tradução livre, "funcionário da câmara do soberano".

Tradicionalmente, o camerlengo assume a administração dos assuntos correntes do Vaticano em três situações: durante viagens ou internações dos papas ou após a morte de um pontífice, presidindo o período chamado de Sé Vacante.

Ele é ajudado por um vice-camerlengo, cargo ocupado atualmente pelo arcebispo brasileiro Ilson de Jesus Montanari. No entanto, ao contrário da Sé Vacante, onde há uma série de obrigações a cumprir até o conclave, a transferência de poder para o camerlengo durante ausências temporárias dos papas é uma mera formalidade.

No pontificado de João Paulo II, por exemplo, quem se ocupava da maioria dos assuntos correntes do Vaticano durante suas internações era seu secretário particular, cardeal Stanislaw Dziwisz.

Francisco foi submetido a uma cirurgia de três horas no último domingo (4) para corrigir uma estenose diverticular do cólon, estreitamento causado pelo surgimento de pequenas bolsas chamadas divertículos nessa parte do intestino grosso.

Segundo o Vaticano, o Papa está em "boas condições", não necessita de auxílio para respirar e deve ficar internado por "cerca de sete dias".

Da Ansa

O tipo de cirurgia a que se submeteu o papa Francisco neste domingo (4) é considerada comum principalmente em pacientes mais velhos, mas apresenta riscos, afirmam especialistas.

A estenose diverticular, espécie de estreitamento no intestino, apresenta diversas manifestações clínicas. O envelhecimento do tecido leva ao aparecimento de pequenas bolsas, os divertículos, que são pontos de fraqueza. Pode não ter nenhum sintoma associado, mas se há evolução, o paciente tem dificuldade para evacuar, alteração nas fezes e aumento de riscos de obstrução intestinal.

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Paulo Gustavo Kotze, coloproctologista dos hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, de Curitiba, também explica que a doença pode evoluir para uma inflamação maior, a diverticulite. "Ocorre quando há muitas perfurações dessas bolsinhas. A depender de seu grau, pode causar infecções mais severas, como uma perfuração maior que leva à peritonite, uma inflamação geral", afirma.

Kotze explica ainda que toda cirurgia no intestino grosso é considerada de média para alta complexidade. "Quando temos uma junção intestinal, é possível ter risco de vazamento, ou infecção local pós-operatória."

Recuperação

A cirurgia laparoscópica, menos invasiva, apresenta a melhor condição de recuperação. O paciente geralmente sente menos dor, e recupera as funções vitais mais rápido. Já a cirurgia aberta pode trazer dor associada, por ter trauma local maior, explicam os especialistas. O Vaticano não informou ontem qual foi o tipo de procedimento realizado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O papa Francisco, de 84 anos, foi internado, neste domingo (4), no Hospital Policlínico Gemelli de Roma para ser submetido a uma intervenção cirúrgia programada com o objetivo de reparar uma "estenose (estreitamento) diverticular sintomática do cólon", informou o Vaticano.

O comunicado da Santa Sé não dá mais detalhes sobre o estado de saúde do pontífice e afirma que novo boletim médico será divulgado após o procedimento. O profissional responsável pela operação é o professor Sergio Alfieri, especialista em cirurgias no aparelho digestivo.

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Mais cedo, Francisco participou da tradicional oração do Angelus, na Praça São Pedro, no Vaticano. Para dezenas de fiéis que acompanharam a celebração, o pontífice anunciou que pretende viajar para a Hungria e a Eslováquia em setembro, mas não mencionou a cirurgia.

O argentino Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, assumiu o posto mais alto da Igreja Católica em fevereiro de 2013, após seu antecessor, Bento 16, renunciar. Foi o primeiro pontifíce a abandonar o trono de São Pedro em 600 anos.

O papa Francisco preside nesta quinta-feira (1º) no Vaticano um dia dedicado à paz no Líbano com todos os líderes religiosos cristãos, uma iniciativa sem precedentes diante da grave crise social, econômica e política que assola o país.

É um ato emblemático, de reflexão e oração, para buscar uma solução pacífica para a crise neste país fundamental para a estabilidade do Oriente Médio.

Os 10 líderes religiosos cristãos libaneses debatem o futuro do país, à beira de um colapso social e econômico e sem governo desde agosto de 2020.

A crise no Líbano foi agravada ainda mais pelas explosões, em agosto de 2020, no porto de Beirute que devastaram parte da cidade.

Os participantes instalaram-se nesta quinta-feira na Residência Santa Marta, onde vive o papa, e depois rezaram na Basílica de São Pedro, antes das três sessões de trabalho a portas fechadas coordenadas pelo núncio no Líbano, Joseph Spiteri.

"Eu os convido a se juntar a nós espiritualmente, rezando para que o Líbano se recupere da grave crise que está passando e mostre mais uma vez sua face de paz e esperança", tuitou o papa.

À tarde, depois de uma oração ecumênica "pela paz" com textos em árabe, siríaco, armênio e caldeu, Francisco fará o tão esperado discurso final, na presença dos diplomatas.

O Líbano, que segundo o papa está em "extremo perigo", corre o risco de deixar de existir, então "não pode ser deixado sozinho", defendeu Francisco em setembro em mensagem enviada um mês após as explosões no porto.

"O Líbano representa mais do que um Estado, o Líbano é uma mensagem de liberdade e um exemplo de pluralismo, tanto para o Oriente como para o Ocidente", enfatizou.

Em abril, o papa expressou seu desejo de visitar o Líbano "assim que as condições forem reunidas" durante uma audiência com o primeiro-ministro Saad Hariri.

O Líbano atravessa a pior recessão desde a guerra civil de 1975-1990, com mais da metade da população vivendo abaixo da linha da pobreza.

Não está descartado que o papa visite o país no final de 2021 ou no início de 2022.

"A emigração de jovens e o impacto da atual crise nas escolas, hospitais, famílias e segurança alimentar" vão dominar o encontro no Vaticano, segundo o bispo maronita Samir Mazloum, entrevistado pela AFP.

Hoje, "entre 50 e 60% dos nossos jovens vivem no exterior, a população é formada por idosos e crianças", reconheceu, evocando o desemprego e a queda histórica da moeda libanesa.

Para o bispo, grande parte desta crise se deve "à ausência de um governo capaz de tomar decisões e relançar a economia, ou pelo menos acabar com a hemorragia".

Para o diretor da Obra do Oriente, entidade que coordena os programas de ajuda aos cristãos no Oriente, dom Pascal Gollnisch, o encontro servirá para mobilizar a comunidade internacional.

Entre os dez dignitários convidados ao Vaticano está o patriarca maronita Bechara Boutros Raï, à frente da maior comunidade cristã do Líbano, que não cessa de denunciar a corrupção da classe política.

"O encontro é um passo importante para ajudar o Líbano a continuar a ser a pátria da parceria islâmica-cristã", comentou ao jornal libanês L'Orient-Le Jour.

O papa Francisco recebeu nesta segunda-feira (28), no Vaticano, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, com quem conversou por 40 minutos e relembrou sua viagem aos EUA em 2015.

"A audiência aconteceu em um clima cordial. Durou cerca de 40 minutos e foi uma oportunidade para que o papa recordasse a viagem que fez em 2015 e expressar seu carinho e atenção ao povo dos Estados Unidos da América", disse o porta-voz do papa, Matteo Bruni, à imprensa.

Esta foi a primeira reunião do sumo pontífice com um representante do gabinete de Joe Biden, o segundo presidente católico da história dos Estados Unidos. A expectativa é de uma nova era nas relações entre os EUA e o Vaticano, após os quatro anos de tensões com o então presidente Donald Trump.

Antes do encontro com o papa, Blinken visitou a Capela Sistina, acompanhado por um guia, e visitou parte do Palácio Apostólico.

Ao final da audiência com o papa, o chefe da diplomacia americana se reuniu com o número dois do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, e com o arcebispo Paul Gallagher, encarregado das relações com outros Estados.

Embora o presidente Biden seja o segundo presidente católico depois de John F. Kennedy (1961-1963), a Igreja Católica americana, muito dividida, começou uma ofensiva para privar da comunhão os líderes políticos que apoiam o aborto - entre eles, o próprio Biden.

Em 18 de junho, a Conferência Episcopal dos Estados Unidos votou por ampla maioria uma proposta nesse sentido, liderada pelos setores mais conservadores. A medida pode significar um duro golpe pessoal para Biden, que é um católico fervoroso e frequenta a missa regularmente.

A proposta também gerou um debate dentro da Igreja. A situação levou o papa Francisco a intervir, alertando, em uma carta enviada aos bispos, que o tema gera "discórdia em vez de unidade".

O assunto voltará a ser examinado na próxima conferência episcopal prevista para novembro.

O pontífice latino-americano, que apoia a luta contra a mudança climática e defende migrantes e refugiados, entre as prioridades de seu pontificado, teve fortes divergências com o governo Trump sobre a construção de um muro na fronteira com o México.

No ano passado, Francisco se negou a se reunir com o antecessor de Blinken, Mike Pompeo, pouco antes da eleição presidencial dos Estados Unidos.

Blinken começou no domingo uma visita de três dias à Itália e ao Vaticano, com uma agenda bastante carregada. O primeiro compromisso foi um almoço com o ministro italiano das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, na Vila Madama, em Roma.

Entre as reuniões desta segunda-feira, está previsto um encontro da coalizão para a luta contra o grupo "extremista" Estado Islâmico (EI). Blinken também participará de um encontro sobre a atual situação na Síria. Na terça-feira (29), o secretário americano participa da reunião de chanceleres do G20 na cidade de Matera, no sul da Itália.

O papa Francisco teve um encontro incomum, nesta quarta-feira (23), com o popular super-herói Homem-Aranha, ao final da audiência geral no Vaticano.

O jovem Mattia Villardita, de 28, apertou a mão do papa vestido com o traje de Homem-Aranha, azul e vermelho, ao final da audiência realizada no pátio de São Dâmaso.

Há quatro anos, ele anima crianças internadas em hospitais pediátricos com seu personagem.

O artista de rua, que também se disfarça de Super-Homem, presenteou o pontífice com uma máscara de Homem-Aranha.

"Os verdadeiros super-heróis são as crianças que sofrem, e suas famílias, que lutam com tanta esperança", disse Villardita ao veículo Vatican News.

Villardita dirige uma associação de voluntários que se fantasiam de super-heróis para crianças internadas e contou que, mesmo durante a pandemia da Covid-19, conseguiram continuar trabalhando.

"Fiz mais de 1.400 videochamadas, já que não podia ir pessoalmente", afirmou.

Ex-paciente pediátrico, que passou por várias cirurgias devido a uma doença congênita, Villardita foi agraciado com o título de cavaleiro honorário por seu trabalho. A honra foi concedida em dezembro passado, pelo presidente italiano, Sergio Mattarella.

O papa Francisco expressou, neste domingo (6), sua "dor" pela descoberta no Canadá dos restos mortais de 215 crianças indígenas nas instalações de um antigo internato da Igreja Católica, embora sem se desculpar apesar dos múltiplos apelos nesse sentido.

"Acompanho com dor as notícias que chegam até nós do Canadá a respeito da chocante descoberta dos restos mortais de 215 crianças" na Colúmbia Britânica (oeste), declarou o papa ao final da tradicional oração dominical do Angelus na Praça de São Pedro do Vaticano.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, lamentou a recusa do papa e da Igreja Católica em reconhecer sua "responsabilidade" e "parte da culpa" na gestão dos internatos para crianças indígenas no Canadá.

Ele exortou os católicos canadenses a falar com seus padres e bispos para "transmitir a eles a mensagem de que é hora de a Igreja Católica reconhecer sua responsabilidade, sua parcela de culpa e, acima de tudo, estar presente para que a verdade seja conhecida".

Neste domingo, o papa evitou ir tão longe e simplesmente declarou: "Uno-me aos bispos canadenses e a toda a Igreja Católica do Canadá para expressar minha solidariedade ao povo canadense marcado por esta terrível notícia".

"Esta triste descoberta aumenta ainda mais a consciência da dor e do sofrimento do passado. Que as autoridades políticas e religiosas do Canadá continuem a trabalhar juntas com determinação para lançar luz sobre este triste caso e humildemente se comprometerem a embarcar em um caminho de reconciliação e alívio", acrescentou.

"Estes momentos difíceis representam um forte apelo a todos nós para nos afastarmos do modelo colonizador e também das atuais colonizações ideológicas, e marcharmos lado a lado no caminho do diálogo, do respeito recíproco e do reconhecimento dos direitos e valores culturais de todos os filhos e filhas do Canadá", disse ele, que convidou os peregrinos presentes na Praça de São Pedro a orar em silêncio pelas vítimas e suas famílias.

Os apelos de grupos indígenas para que o papa se desculpasse aumentaram nos últimos dias, depois que os restos mortais de crianças em idade escolar foram encontrados na semana passada em um antigo internato de Kamloops administrado pela Igreja Católica de 1890 a 1969.

Cerca de 150.000 crianças ameríndias, mestiças e inuítes (esquimós, termo que atualmente tem conotação pejorativa no Canadá) foram internadas à força em 139 internatos desse tipo em todo o país, onde ficaram isoladas de suas famílias, idioma e cultura.

Em 2015, uma comissão nacional de inquérito declarou essas práticas como "genocídio cultural".

A Conferência Episcopal Canadense estimou na segunda-feira que a descoberta dos restos mortais era "avassaladora" e expressou sua "profunda tristeza", mas sem oferecer um pedido formal de desculpas.

Na terça, o ministro canadense Marc Miller considerou "vergonhoso" a falta de desculpas do papa e da Igreja Católica.

Poucas horas depois das declarações do ministro, o arcebispo de Vancouver, Michael Miller, apresentou suas "sinceras desculpas e profundas condolências às famílias".

"A Igreja estava inquestionavelmente errada ao implementar uma política governamental colonialista que foi devastadora para as crianças, famílias e comunidades", considerou.

A Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) está imprimindo os documentos escritos por Dom Hélder Câmara que serão enviados ao Vaticano, com o objetivo de contribuir com o processo de canonização do arcebispo emérito de Recife e Olinda, falecido em 1999. O material está sob guarda do Instituto Dom Helder Camara (IDHeC) e já foi parcialmente digitalizado, estando disponível para o público no site do Acervo Cepe.

As impressões atendem a uma solicitação da Congregação das Causas dos Santos, na cidade de Roma, na Itália, onde o material será analisado para emissão de decreto de validade jurídica. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Cepe informa que o IDHeC selecionou e diagramou para impressão 52.800 imagens, das quais 91.627 já foram digitalizadas pela editora, segundo levantamento feito por Vanuzia Brito, bibliotecária da instituição.

Os documentos incluem cinco coleções com cartas circulares, programas de rádio, discursos, correspondências e hemeroteca. No momento, há mais 51 cadernos de meditação (9.500 páginas) e 12 livros (2.753 páginas) para serem reproduzidos. “Nós seguimos na identificação de outros documentos de interesse do Vaticano, guardados pelo IDHeC, e estamos encaminhando todos para digitalização na Cepe”, comenta Vanuzia Brito.

O Vaticano solicitou duas cópias impressas de todos os escritos do religioso, além de uma via em HD. O trabalho de impressão dos volumes está sendo realizado gratuitamente e deve ser concluído em dois meses.

Não está fácil. Até o Papa resolveu comentar a situação do nosso país. Nesta quarta-feira (26), o pontífice brincou com um grupo de brasileiros que visitava o Vaticano. "Santo Padre, reze por nós, brasileiros", pediu o padre João Paulo Souto Victor, que estava na comitiva.

Sorrindo, o Papa Francisco respondeu: "Vocês não têm salvação. É muita cachaça e pouca oração". As imagens, claro, viralizaram. Confira:

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O Vaticano instituiu um órgão interno que terá como foco o estudo do uso da inteligência artificial, após um pedido do presidente da Pontifícia Academia para a Vida, monsenhor Vincenzo Paglia.

    Segundo apurou a ANSA, o papa Francisco aceitou a sugestão do religioso e um documento sobre a criação foi firmado em 16 de abril pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin. A Fundação para Inteligência Artificial ficará sob o controle da Academia liderada por Paglia e já teve seu estatuto interno aprovado.

    Após a revelação da notícia, o religioso conversou com a ANSA e informou que a ideia de criar o órgão veio após a carta firmada em fevereiro de 2020, chamada de "Rome Call for AI Ethics", que visa ter uma "aproximação ética" sobre o uso da tecnologia.

    O texto foi assinado à época pelo presidente da Microsoft, Brad Smith, pelo vice-presidente da IBM, John Kelly III, pelo diretor-geral da agência da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO), Qu Dongyu, e pela representante do governo italiano, a então ministra para Inovação e Tecnologia, Paola Pisano.

    "A sua função será difundir essa carta por todo o mundo porque acreditamos que, perante à invasão dessa dimensão na vida de todos, seja importante reafirmar as perspectivas éticas, educativas e também jurídicas para a inteligência artificial. No momento da elaboração e da assinatura da 'Call', criamos o termo 'algorEtica' porque também os algoritmos têm necessidade de uma dimensão moral", pontuou Paglia.

    Segundo o presidente da Pontifícia Academia para a Vida, há atualmente diversas questões sobre o uso indiscriminado dessa tecnologia, como no caso do "reconhecimento facial" usado por governos em vias e transportes públicos e que podem "bloquear a vida de qualquer um".

    "Precisamos evitar uma ditadura dessas novas tecnologias e que quem possui o 'big data' faça o que bem quiser. E não queremos que o desenvolvimento tecnológico saia da perspectiva humana", acrescentou ainda o religioso.

    Paglia afirmou que está sendo negociado um novo evento sobre o assunto, que provavelmente será realizado em outubro em Dubai, e que o documento não é de ninguém em particular "mas sim de todos que o assinam".

Da Ansa

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O papa Francisco reapareceu neste domingo (18) na tradicional janela do Palácio Apostólico com vista para a Praça de São Pedro para pronunciar em público sua tradicional oração semanal, que desde 21 de março vinha sendo transmitida de sua biblioteca, devido às restrições da pandemia.

“Uma cordial saudação a todos vocês, romanos e peregrinos brasileiros, poloneses e espanhóis (...). Graças a Deus, podemos nos encontrar novamente neste lugar para o nosso encontro dominical”, lançou o papa, sorrindo, perante os fiéis na majestosa praça emoldurada pela famosa colunata de Gian Lorenzo Bernini, em frente à imponente Basílica de São Pedro.

“Devo confessar a vocês uma coisa: senti falta da praça. Quando tive que rezar na biblioteca, não estava contente. Graças a Deus, obrigada pela presença (...) desejo a todos um bom domingo!"

A oração do último domingo pronunciada pelo papa em público datava de 14 de março. As restrições contra o coronavírus adotadas na Itália, e portanto em Roma, onde está localizado o Vaticano, não permitiam a realização de reuniões e foi necessário suspender este evento popular entre fiéis, peregrinos e turistas.

Francisco expressou sua "preocupação" com o "aumento das atividades militares" na Ucrânia, onde a Rússia é acusada de implantar numerosas tropas na Crimeia (uma península anexada em 2014) e na fronteira, com novos combates, que quase acabaram com a trégua do verão (boreal) de 2020.

"Estou profundamente preocupado com os acontecimentos em algumas regiões da Ucrânia, onde nos últimos meses se multiplicaram as violações do cessar-fogo", disse ele em uma passagem de seu discurso aos fiéis.

O Papa Francisco celebrou nesta quinta-feira um ritual da Semana Santa particular com um cardeal que destituiu meses atrás, em um aparente gesto de reconciliação.

O cardeal Angelo Becciu foi destituído em setembro, depois que o Papa lhe comunicou que ele era acusado de desviar para seus irmãos dinheiro de obras de caridade da Santa Sé. Mas hoje Becciu recebeu a visita de Francisco, que celebrou uma missa na capela de seu apartamento, informou o cardeal em comunicado à imprensa.

Uma fonte do Vaticano disse que não podia comentar "compromissos particulares" do Papa, mas considerou que "um gesto fraterno assim, em um dia como a Quinta-Feira Santa, não parece raro".

Francisco não compareceu na tarde de hoje à cerimônia na basílica romana de São João que lembrou a Última Ceia de Jesus com seus apóstolos, que ficou a cargo do decano do Colégio de Cardeais, o italiano Giovanni Battista Re. Devido à pandemia, o público da missa foi restrito.

Angelo Becciu também foi envolvido em um caso de investimentos com prejuízo do Vaticano em Londres, mas sempre alegou inocência. Ele não foi formalmente acusado por nenhum crime.

Os números ainda estão no vermelho para o Vaticano devido à queda nas doações (25%), à perda líquida de receita dos Museus do Vaticano (85%) e às reduções que teve de aplicar em 2020 aos aluguéis de suas instalações para empresas em crise após um ano difícil causado pela pandemia.

"É um período difícil para o Vaticano, como para todo o mundo", admitiu um alto funcionário da Santa Sé, que consultou as contas de 2020 e as comentou para a AFP.

“A situação financeira não é alarmante”, frisa.

A Cúria Romana, administração central da Igreja, que agrupa 60 entidades ao serviço do papa, regista um buraco "na ordem dos 90 milhões de euros" (108 milhões de dólares), nas suas contas de 2020, face a um déficit de 11 milhões de euros (13 milhões de dólares) em 2019.

Essa é uma das peças do quebra-cabeça que constituem as contas não consolidadas do Vaticano, calculadas separadamente pelo Governador do Estado da Cidade do Vaticano, o banco do Vaticano, o Denário de São Pedro, um fundo de pensões e fundações. No total, o Vaticano emprega cerca de 5.000 pessoas, que recebem regularmente seus salários.

O orçamento para 2021 da Cúria foi aprovado terça-feira pelo "Conselho de Economia", do qual fazem parte cerca de vinte pessoas, que se reuniram por videoconferência, informou o Vaticano na quarta-feira, sem dar mais detalhes.

- Milhões de euros desapareceram -

No ano passado, a Santa Sé teve que utilizar suas reservas financeiras, que estavam bem supridas para poder sustentar "vários anos" em caso de necessidade.

Com isso, compensou uma queda da ordem de "20 a 25%" em suas receitas em 2020, que provavelmente se repetirá em 2021, segundo a mesma fonte vaticana.

O chamado "Denário de San Pedro", que arrecada doações ao papa de todo o mundo, registrou uma queda de cerca de 25%. Grandes doações de dioceses ou instituições também registraram quedas semelhantes.

A reabertura dos Museus do Vaticano em 1º de fevereiro significaram uma boa notícia. O Governador do Estado, que os administra, teve que cortar pela metade os 30 milhões de euros que costuma contribuir com a Cúria para seu funcionamento.

Por sua vez, o Banco do Vaticano (IOR) aumentou a sua contribuição para a Cúria, cerca de 32 milhões de euros, contra 12 milhões em 2019.

Devido à pandemia, o papa aumentou os gastos com ajuda humanitária, em particular as contribuições para igrejas no Leste.

O Vaticano, dono de muitos imóveis, principalmente em Roma, decidiu apoiar empresas em dificuldade com a redução dos aluguéis comerciais.

Paralelamente, a Cúria no ano passado economizou cerca de 10% de suas despesas cancelando conferências e viagens, de acordo com uma fonte interna do Vaticano.

A margem de manobra do Vaticano é estreita porque "ele não pode pedir emprestado ou aumentar impostos como um estado", explicou o jesuíta espanhol Juan Antonio Guerrero Alves no início de outubro, chefe da Secretaria de Economia do Estado desde janeiro de 2020. do Vaticano.

"Além disso, a Santa Sé não funciona como empresa, não visa o lucro", sublinhou o religioso.

O Vaticano ameaçou demitir funcionários que recusarem se vacinar contra o novo coronavírus sem apresentar comprovadas razões de saúde.

Um decreto editado recentemente pelo presidente da Pontifícia Comissão do Estado da Cidade do Vaticano, cardeal Giuseppe Bertello, prevê uma linha dura contra os antivacinas.

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Segundo o documento, quem recusar a imunização contra a Covid-19 está sujeito a "consequências de diversos graus, que podem chegar até a interrupção da relação de trabalho". Já aqueles que tiverem razões de saúde para rejeitar a vacinação podem ser rebaixados de cargo, mas com a manutenção do salário.

A imunização contra a Covid-19 no Vaticano é, em teoria, voluntária, e a cidade-Estado fornece doses gratuitamente para seus funcionários.

No decreto, o cardeal Bertello afirma que tomar a vacina é uma "decisão responsável", já que recusar a imunização "pode constituir também um risco para os outros e aumentar seriamente os perigos para a saúde pública".

O texto remete a uma lei vaticana de 2011 que já previa punições, incluindo demissão, para funcionários que não se submetem a avaliações de saúde obrigatórias. Também foram estabelecidas multas de 25 euros por não usar máscaras de proteção e de 1,5 mil euros por violação da quarentena por infectados. 

Da Ansa

Os Museus Vaticanos, entre os mais visitados do mundo antes da pandemia de coronavírus, reabriram suas portas nesta segunda-feira (1) após 88 dias fechados, um privilégio que será desfrutado principalmente pelos romanos.

As monumentais portas do museu foram abertas nesta segunda-feira pela manhã e entre os primeiros visitantes estavam Martina Sorrenti e Vincenzo Spina, dois guias turísticos.

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"Nos últimos anos, o museu foi a nossa segunda casa. Hoje quisemos voltar a descobrir este lugar, porque estava se perdendo na nossa memória", confessou Vincenzo.

Ao longo de suas salas e corredores, o casal parou para contemplar as estátuas gregas, os sarcófagos egípcios, os mapas italianos, entre as peças mais famosas de uma das coleções de arte e história mais importantes do mundo.

O deus Apolo, o sacerdote Laocoonte, o herói Hércules, o atleta Doríforo estão entre as centenas de estátuas esculpidas em mármore há milhares de anos.

Depois de 88 dias de fechamento obrigatório, o segundo desde o início da emergência sanitária, foi aberto também o setor do museu dedicado ao Antigo Egito, com objetos da vida cotidiana encontrados em escavações de tumbas, como vasos, peças de bronze, sarcófagos e máscaras funerárias.

"Hoje é um dia para festejar", exclamou a diretora do museu, Barbara Jatta, ao receber as equipes de filmagem que percorriam os corredores quase vazios.

Jatta recomenda parar nos antigos apartamentos Borgia, a residência privada do papa Alexandre VI, falecido em 1503. "Você entra em um ambiente admirável do século XV", afirma.

Durante os longos meses fechados, a Capela Sistina, obra-prima da arte renascentista, conhecida pelos afrescos de Michelangelo, com pinturas que cobrem todas as paredes à vista, inclusive o teto, foi submetida a um grande controle.

Foi realizada também uma complexa operação de limpeza da poeira das pinturas, que representam diferentes cenas e personagens da Bíblia.

A abertura dos Museus Vaticanos (de segunda a sábado, com reserva prévia), principal fonte de entrada de recursos para o Vaticano, garante um alívio para as finanças. A reabertura coincide com a campanha de vacinação contra a covid-19 de toda a equipe do Vaticano, o que gera tranquilidade.

Os museus receberam uma média de 23.000 visitantes por dia em 2019, e Bárbara Jatta calcula que a entrada passará para "milhares de pessoas" por dia nas próximas semanas.

A Cidade do Vaticano, que optou por garantir o emprego de seus 5.000 funcionários, emprega 700 pessoas no museu, incluindo 300 guardas, além de restauradores da arte e historiadores.

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