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Um silêncio impressionante reinou nesta segunda-feira em Trastevere, bairro agitado de Roma, que amanheceu com bares e restaurantes fechados, ruas desertas e pessoas trancafiadas em casa, após as ordens do governo para conter a epidemia de coronavírus.

“Não temos outras armas. Temos a mesma que foi usada no século XIV contra a peste negra. A de evitar o contato com outras pessoas”, resumiu na rádio pública RAI3 Carlo Palermo, do sindicato de médicos Anao Assomed, ao comentar sobre as medidas de isolamento adotadas no dia anterior para todo o país.

A histórica e inédita decisão, tomada diante da ascensão vertiginosa do contágio na Itália – que na segunda-feira subiu para 9.172 com 463 mortes – gera sentimentos contraditórios entre a população, do pânico e consternação, passando pela ganância e indiferença, mas também pela solidariedade e um certo otimismo.

“Não estamos preparados para um evento dessas proporções. Isso é pior que uma guerra. É algo global e o inimigo é invisível. É como se os extraterrestres tivessem chegado porque para uma gripe no inverno já temos a vacina”, confessa à AFP Raffaelle Scaramella, funcionário do Instituto Superior de Saúde, enquanto voltava para casa depois de fazer compras.

Depois que o chefe de governo Giussepe Conte anunciou na noite de segunda-feira que todo o país estava isolado, assim como a Lombardia e outras 14 províncias do norte, os supermercados que abrem 24 horas por dia foram praticamente assaltados.

“Molho de tomate, atum e papel higiênico são os produtos mais vendidos, além do álcool em gel”, comentou Michele, enquanto colocava embalagens de macarrão nas prateleiras vazias do supermercado.

O medo da escassez de alimentos forçou o governo a divulgar uma nota na segunda-feira explicando que os supermercados permanecerão abertos e serão abastecidos “regularmente”.

Apesar da indisciplina dos romanos, a maioria cumpre as disposições, conversam respeitando a ordem de manter pelo menos um metro de distância e poucos carros circulam nas ruas.

"Todos em casa"

Bares e correios estão vazios, assim como os ônibus, onde os passageiros usam máscaras e luvas de plástico.

Os deslocamentos foram proibidos em todo o território e as viagens só serão permitidas na Itália por motivos justificados de trabalho, saúde ou outras razões de urgência comprovadas.

Sob o lema “todos em casa” para deter a epidemia do coronavírus, o movimento no bairro agitado foi suspenso e a maioria das inúmeras casas de festas está vazia.

“Cancelei todas as reservas até abril”, afirma Sara Matteuzzi, 30 anos, que administra três apartamentos na região.

“Estou praticamente desempregada”, lamenta.

Mas enquanto o setor de turismo é atingido, outros descansam do cerco permanente.

“Sim, você precisa estar em casa. É a partir dessa experiência que emergirá um mundo melhor, mais unido, mais solidário e mais humano, que aprende o valor de contar com os demais, da família”, afirma Elena Boero, moradora em uma das ruas típicas de Trastevere, enquanto passeia com seu cachorro “apenas o tempo necessário” e desfruta do bairro curiosamente mais vazio.

Em um dos prédios desgastados do bairro, uma nota manuscrita anexada à porta é comovente: “Para a atenção dos idosos do prédio: estamos prontos para ajudá-los com suas compras. Tommaso e Giulia”.

“Tomo tudo isso com filosofia”, confessa por sua vez o motorista de táxi Francesco, 54 anos, que trabalhou muito pouco ao longo do dia.

As manchetes dos principais jornais italianos desta terça-feira são pouco tranquilizadoras.

“Agora toda a Itália está fechada”, diz o principal jornal da península, o II Corriere della Sera. “Todos em casa”, resume o jornal de esquerda La Repubblica, que descreve a medida como “tratamento de choque”.

No Vaticano, a poucos quilômetros de distância, a vida também parou e a imensa Basílica de São Pedro está fechada.

Uma decisão tão impactante quanto o vídeo do papa Francisco celebrando a missa diária na capela de sua residência Santa Marta, no Vaticano.

“Orem ao Senhor por nossos padres, para que tenham coragem de sair e visitar os doentes”, pediu o papa depois que o governo proibiu também as missas e funerais até 3 de abril.

Em uma medida extraordinária voltada a desencorajar aglomerações de pessoas por causa do surto de coronavírus, o papa Francisco não apareceu na sacada na Praça São Pedro para fazer sua bênção dominical e declarações. Em vez disso, um vídeo com uma leitura dele de comentários e também orações foi divulgado.

Os sinos da Basílica de São Pedro soaram e o pontífice apareceu por alguns segundos para saudar as pessoas que estavam na praça, mas ele não fez comentários da sacada. A medida - que já havia sido anunciada no sábado - teve como objetivo evitar grandes aglomerações na praça, que em dias de tempo bom pode receber até 40 mil pessoas à espera da mensagem do papa em um domingo. Fonte: Associated Press.

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A Cidade do Vaticano - o menor Estado do mundo, que abriga o Papa Francisco - anunciou nesta sexta-feira (6) um primeiro caso do novo coronavírus, uma pessoa que passou por seu centro médico.

As consultas neste centro foram suspensas provisoriamente "para desinfetar as instalações após a descoberta ontem (quinta-feira) de um caso positivo de COVID-19 em um paciente", disse o Vaticano em comunicado, afirmando que uma pequena unidade permanece aberta para primeiros socorros.

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O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, disse à AFP que "eles estão avisando todos os pacientes que passaram pelo centro médico". Bruni não deu mais detalhes sobre o status do paciente infectado, sobre sua data de admissão no centro médico, ou sobre sua possível transferência para outro estabelecimento.

Nesta sexta-feira, alguns escritórios da Secretaria de Estado do Vaticano também foram "fechados por precaução após o caso do coronavírus, para o qual esperamos os resultados do laboratório", disse outra fonte do Vaticano à AFP.

Após a desinfecção, esses escritórios reabriram. A Cidade do Vaticano está praticamente fechada entre muros altos, com a famosa Praça de São Pedro aberta à cidade e possui apenas 44 hectares (0,44 km2).

Milhares de turistas e funcionários que vivem em Roma cruzam os pontos de entrada diários, vigiados de perto pelos guardas suíços.

O centro médico é frequentado por funcionários que trabalham nos diversos serviços e ministérios extraterritoriais (fora de seus muros) e nos museus do Vaticano, visitados por milhões de turistas todos os anos.

O Vaticano "seguirá os protocolos sanitários em vigor", disse Matteo Bruni.

No território italiano, as autoridades médicas realizam testes por círculos concêntricos, ou seja, em torno de cada pessoa que apresenta sintomas da COVID-19.

- Medidas sobre a atividade do papa -

Dos 32.362 testes realizados na península por duas semanas, 3.858 foram positivos e 148 pessoas morreram do coronavírus. A Itália é, hoje, o segundo país com o maior número de mortes após a China, e o terceiro, em termos de infecções.

Há uma semana, o papa está em Santa Marta, seu local de residência, a alguns passos de São Pedro.

Na quinta-feira, o Vaticano anunciou que está avaliando novas medidas de prevenção, especialmente em relação às suas atividades, para impedir a propagação do novo coronavírus.

Essas medidas podem afetar o Ângelus já a partir deste domingo. Essa oração é oficiada pelo papa da sacada do Palácio Apostólico com vista para a Praça de São Pedro, onde os fiéis se reúnem.

O Vaticano não anunciou se manterá o pontífice, de 83 anos, que adora contato com paroquianos, longe da multidão que se reúne na audiência geral de quarta-feira.

O Vaticano está estudando novas medidas de precaução a serem estabelecidas nos próximos dias, principalmente em relação às atividades do Papa Francisco, para impedir a propagação do novo coronavírus, informou nesta quinta-feira (5) o porta-voz do Santo Padre.

"Medidas estão sendo estudadas para impedir a difusão do COVID-19, que será implementado em coordenação com as adotadas pelas autoridades italianas", indica o comunicado enviado pelo porta-voz Matteo Bruni.

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As medidas estarão ligadas às "atividades do Santo Padre, da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano a partir dos próximos dias", acrescenta o texto.

O porta-voz não especificou se o pontífice de 83 anos, tão próximo aos fiéis, permanecerá provisoriamente longe da multidão nas audiências de quarta-feira, ou evitará contato físico com seus visitantes.

O argentino Jorge Bergoglio é conhecido por sua predisposição para apertar a mão, dar beijos nas bochechas ou na testa, o que significa um possível contato com milhares de micróbios que não parecem assustá-lo.

Por outro lado, há um ano, o papa havia pedido para que não beijassem seu anel, explicando que isso poderia espalhar germes entre os fiéis que esperam para cumprimentá-lo em longas filas nas igrejas ou em audiências privadas.

Durante sua última aparição ao ar livre, na Praça de São Pedro, em 26 de fevereiro, o Papa Francisco, visivelmente resfriado, mais uma vez apertou a mão de dezenas de fiéis e beijou algumas crianças, no meio de uma multidão de cerca de 12.000 pessoas, menos do que o habitual por causa da epidemia viral.

Há uma semana, o papa, que oficialmente sofre um resfriado, permanece trancado em sua residência na Cidade do Vaticano por precaução.

No domingo passado, ele desistiu, em particular, a deixar Roma para participar de um retiro espiritual com prelados do governo do Vaticano.

Como precaução, Francisco passou por um teste de análise do novo coronavírus, que resultou negativo, segundo uma fonte do Vaticano citada na terça-feira pelo jornal italiano Messaggero, informações que a Santa Sé mais tarde não confirmou.

A Itália registrou 41 mortes ligadas ao COVID-19 nas últimas 24 horas, o que eleva o saldo total para 148 mortos, de acordo com um novo relatório fornecido quinta-feira pela Proteção Civil, que coloca a península em segundo lugar no mundo pelo número de casos fatais, atrás da China.

de China.

O governo italiano decidiu fechar todas as escolas e universidades a partir desta quinta-feira como outra medida para tentar impedir a propagação do vírus e, assim, evitar a saturação de pacientes em hospitais em toda a península.

O Vaticano revelará, na segunda-feira (2), os arquivos de Pio XII (1939-1958) aos pesquisadores, ansiosos para estudá-los e entender melhor um papa que permaneceu em silêncio durante o extermínio de seis milhões de judeus no Holocausto.

Duzentos especialistas se registraram para consultar uma montanha de documentos, acessíveis graças a um inventário que os arquivistas da Santa Sé levaram 14 anos para concluir.

O historiador alemão Hubert Wolf não perderá o compromisso em Roma, junto com seis assistentes. Durante a apresentação, esteve muito atento às indicações dos arquivistas e ficou encantado com a existência de documentos inexplorados de uma "secretaria privada" do papa.

Esse especialista na relação entre Pio XII e os nazistas seguirá outra pista: as notas escritas por 70 embaixadores do Vaticano, os olhos do papa no exterior. E os pedidos de ajuda de organizações judaicas ou mensagens trocadas com o presidente dos Estados Unidos Franklin Roosevelt.

Os arquivos do longo período pós-guerra e da censura de escritores e padres inspirados pelo comunismo também serão abertos pela primeira vez.

Para a fase do Holocausto, o Vaticano já publicou o essencial há 40 anos, em 11 volumes compilados pelos jesuítas. Mas faltam peças, especialmente as respostas do papa.

"Quando o papa recebe um documento sobre os campos de concentração [já revelado nos volumes dos jesuítas], não temos a resposta. Ou ela não existe ou está no Vaticano", disse Hubert Wolf à AFP.

O historiador já examinou os doze anos de vida na Alemanha de Eugenio Pacelli, embaixador da Santa Sé (1917-1929) e testemunha da ascensão do nazismo. Mais tarde, voltou a Roma para se tornar a mão direita de seu antecessor, Pio XI, antes de ser eleito papa.

Os arquivos já revelaram que o pontífice recebeu alertas sobre o extermínio de judeus na Europa.

"Não há dúvida de que o papa estava consciente dos assassinatos de judeus, o que realmente nos interessa é quando ele soube pela primeira vez e quando acreditou", diz Hubert Wolf.

- 1942: Mensagem de Natal -

Em 24 de dezembro de 1942, durante sua longa mensagem de Natal, Pio XII menciona "centenas de milhares de pessoas que, sem nenhuma culpa, e às vezes pelo único motivo de sua nacionalidade ou raça, são condenadas à morte ou ao extermínio progressivo".

A mensagem foi transmitida em italiano uma vez, sem mencionar explicitamente os judeus ou os nazistas, mas "os católicos alemães ouviram e entenderam?"

"Os únicos que ouviram foram os nazistas", resume Wolf, porque havia interferência nas ondas de rádio e o papa poderia ter falado em alemão.

"Depois da guerra, Pio XII disse a um embaixador britânico 'fui muito claro' e o embaixador respondeu 'não o entendi'", destaca o historiador.

Pio XII, um ex-diplomata que queria permanecer neutro em tempos de guerra, estava preocupado com a proteção dos católicos e não podia ser mais explícito, argumentam seus defensores.

Os historiadores estimam que cerca de 4.000 judeus foram escondidos em Roma em instituições católicas.

"Muitos judeus foram salvos em conventos, mas por que foram mortos por pessoas que alegavam ser cristãs?", aponta o especialista americano David Kertzer, autor de um livro sobre Pio XII e Mussolini.

Na sua opinião, o tema essencial permanece "o silêncio do papa" e uma Igreja católica que "demonizou" os judeus por muito tempo.

"O papa estava envolvido por esse massacre em massa, que ele estava consciente desde 1941", assegura à AFP este professor universitário, que acusa Pio XII de nunca ter pronunciado a palavra "judeu".

Hubert Wolf enfatiza que Pio XII permaneceu em segundo plano após a guerra, "sem dizer nada sobre o Holocausto". "E por que ele não reconheceu a criação do Estado de Israel em 1948?", pergunta.

David Kertzer começará a verificar os arquivos na segunda-feira para terminar um novo livro sobre o período fascista.

Ele já digitalizou dezenas de milhares de páginas de arquivos diplomáticos na Alemanha, Itália e França e examinou documentos militares dos EUA e arquivos fascistas italianos.

O especialista diz que um bom relatório diplomático ou um diário pessoal esquecido podem fornecer pistas sobre as "emoções" do papa. Mas acredita que "muita informação interessante sairá em conta-gotas do Vaticano ao longo dos anos".

O papa Francisco cancelou pelo terceiro dia consecutivo os compromissos e reuniões que tinha agendado por causa de um aparente resfriado. O líder da Igreja Católica tem 83 anos e perdeu parte de um dos pulmões por causa de uma doença respiratória quando jovem. Francisco nunca havia cancelado tantas audiências oficiais durante os sete anos de seu papado.

O Vaticano não revelou a natureza da doença de Francisco e caracterizou o quadro como "pequena indisposição". A enfermidade causou alarde pois ocorre ao mesmo tempo que um surto do novo coronavírus se espalha pelo norte Itália e já infectou mais de 800 pessoas.

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Francisco, entretanto, deve seguir trabalhando de sua residência no Hotel Santa Marta, no Vaticano, e, de acordo com sua assessoria, tem recebido visitas particulares. Amanhã, domingo, 30, o papa deve deixar sua casa para uma semana de exercícios espirituais na zona rural de Roma.

Os ministros das Relações Exteriores da China e do Vaticano, que não mantêm relações diplomáticas formais, realizaram uma reunião incomum em Munique, na Alemanha, informou neste sábado o órgão oficial do Partido Comunista da China (PCC).

O chinês Wang Yi e o arcebispo Paul Gallagher se encontraram à margem de uma conferência sobre segurança e defesa, em um contexto de aproximação bilateral após um acordo firmado em 2018 sobre a nomeação de bispos na China.

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O Diário do Povo indicou que Gallagher e Wang conversaram sobre os esforços da China para combater o novo coronavírus e observaram que era o primeiro encontro entre as duas partes.

Já o site oficial do Vaticano, o Vatican News, citou um comunicado dizendo que a reunião, realizada durante a Conferência de Segurança de Munique, se concentrou no acordo de 2018.

Os dois lados concordaram "em continuar o diálogo institucional em nível bilateral para promover a vida da Igreja Católica e o bem do povo chinês", afirmou o Vatican News.

Os cerca de 12 milhões de católicos chineses se dividiram por décadas entre uma associação liderada pelo governo, cujo clero foi eleito pelo partido comunista, e uma igreja clandestina não oficial e leal ao Vaticano.

Mas, segundo com os termos do acordo frimado em setembro de 2018, Pequim e o Vaticano agora participam da nomeação de bispos católicos.

Em transmissão ao vivo nas redes sociais, na noite dessa quinta-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que "a Amazônia é nossa", em resposta as declarações do papa Francisco no Twitter na última quarta (12). O líder católico vem se colocando fortemente em defesa do bioma.

"A Amazônia é nossa. Não é como o papa tuitou ontem, não, tá?", afirmou o presidente sobre a publicação do Papa que apontou a Amazônia como uma questão universal. 

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"Dirijo esta Exortação ao mundo inteiro, para ajudar a despertar a estima e solicitude pela Amazônia, que também é nossa", manifestou o pontífice na rede social. 

Em outro tuíte, o líder religioso ponderou: "Sonho com uma Amazónia que lute pelos direitos dos mais pobres, dos povos nativos, dos últimos, de modo que a sua voz seja ouvida e sua dignidade promovida".

Essa não foi a primeira crítica do presidente ao papa Francisco do dia. Ao sair do Palácio da Alvorada pela manhã, Bolsonaro contrariou o sacerdote, a igreja católica e aproveitou para alfinetar os ambientalistas. "Ninguém fala na Austrália", manifestou. 

Em documento final sobre o Sínodo da Amazônia divulgado ontem, o líder católico mostrou preocupação ao afirmar que a solução para "o desastre enfrentado pela Amazônia não é a internacionalização da floresta". O papa também acrescentou que é uma "injustiça e crime" a falta de atenção aos problemas ambientais enfrentados pelo bioma. Francisco não citou o nome de Bolsonaro nas declarações, mas contrariou a ideia do presidente brasileiro sobre os ambientalistas, ao defender a atuação das ONG's na região. A publicação do documento marcou o mesmo dia do encontro do religioso com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem deu a benção

"O papa Francisco falou ontem que a Amazônia é dele, do mundo, de todo mundo... Por coincidência, estava aqui com o embaixador da Argentina [Felipe Solá] eu disse: O papa é argentino, mas Deus é brasileiro”, disse Bolsonaro sobre o Papa. 

Aos ambientalistas, Bolsonaro cobrou posicionamentos a respeito dos incêndios na Austrália. “Não pega fogo floresta úmida. Ninguém fala na Austrália. Pegou fogo na Austrália toda, ninguém fala nada. Cadê o sínodo da Austrália?" indagou.

No mesmo dia, Bolsonaro havia atacado o Greenpeace, chamando a organização de ‘porcaria’ e de ‘lixo’

 O papa Francisco recebeu nesta quinta-feira (13), no Vaticano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma audiência privada. O encontro ocorreu por volta de 16h (12h em Brasília) e foi intermediado pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández, que se reuniu com o líder católico no dia 31 de janeiro.

Segundo o Instituto Lula, que publicou duas fotos da reunião, o Papa e o ex-mandatário discutiram "soluções para as injustiças e desigualdades no mundo". Uma das imagens mostra Francisco abençoando o petista com a mão em sua testa. O Vaticano ainda não se pronunciou sobre o encontro.

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Na última quarta (12), o líder católico publicou uma exortação apostólica na qual critica a "atividade extrativa predatória" na Amazônia, "que responde à lógica da ganância, típica do paradigma tecnocrático dominante".

"A depredação do território vem junto do derramamento de sangue inocente e da criminalização dos defensores da Amazônia", diz um trecho da exortação, que é resultante das discussões do Sínodo do ano passado, alvo de críticas no governo Bolsonaro.

Por conta da reunião com o Papa, a Justiça Federal adiou um depoimento de Lula sobre a suposta venda de uma medida provisória para empresas automotivas, que estava previsto para 11 de fevereiro. O ex-presidente se diz inocente. 

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Da Ansa

O Papa Francisco dirigiu, nesta quarta-feira (12), suas orações às vítimas chinesas da epidemia do novo coronavírus, "uma doença cruel", disse.

O pontífice pediu "uma oração pelos nossos irmãos e irmãs chineses que sofrem uma doença tão cruel".

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"Espero que encontrem o caminho da cura o mais rápido possível", pediu Francisco durante sua tradicional audiência de quarta-feira no Vaticano.

O número de mortes pela epidemia de coronavírus na China subiu para 1.100 nesta quarta-feira, com quase 45.000 infectados, mas o balanço de novos casos de contágio diminuiu pelo segundo dia consecutivo, um sinal considerado positivo.

A maioria das mortes e casos foram registrados na província central de Hubei, em cuja capital Wuhan o vírus apareceu em dezembro. bur-kv/mr

Condenados em 2017 por violação das normas contra a lavagem de dinheiro em transações, dois ex-diretores do banco do Vaticano (IOR) foram absolvidos em apelação por um tribunal civil - informou a agência de notícias italiana Ansa.

O ex-diretor-geral Paolo Cipriani e seu ex-vice Massimo Tulli foram condenados em 2017 a quatro meses e dez dias de prisão com suspensão condicional da pena por infringirem as normas antilavagem de dinheiro em transações em 2010.

Eles foram demitidos de seus cargos em 2013, um ano depois da polêmica saída do presidente do banco.

"É uma história terrível, vamos conseguir voltar a viver", comentaram à agência Ansa após a decisão de juízes em Roma. "Só fizemos duas transações bancárias regulares, de 20 milhões de euros e 3 milhões de euros, mas que depois foram apreendidos", completaram.

A investigação começou no fim de 2010 com o embargo de 23 milhões de euros que pertenciam oficialmente ao IOR (Instituto para as Obras de Religião, sua denominação oficial), após o registro de várias movimentações suspeitas para Itália e Alemanha.

O dinheiro foi transferido pelo banco do Vaticano para um organismo de crédito italiano, Credito Artigiano, e depois três milhões de euros foram enviados para a "Banca del Fucino" e 20 milhões ao JP Morgan Frankfurt.

Cipriani e Tulli foram condenados, porque não respeitaram as normas contra a lavagem de dinheiro, pois não apresentaram determinadas informações ao JP Morgan.

Os dois diretores também foram condenados em fevereiro de 2018 pelo tribunal do Vaticano a devolver à instituição o valor das perdas relacionadas com sua má gestão.

O IOR, que já teve o nome envolvido em vários escândalos de lavagem de dinheiro da máfia siciliana, foi submetido a uma importante operação de limpeza e chegou a encerrar 5.000 contas com o objetivo de apresentar uma transparência fiscal maior.

O Vaticano enviou cerca de 700 mil máscaras de proteção à China, epicentro de uma epidemia de coronavírus que já contaminou 17,5 mil pessoas e matou pelo menos 362

A notícia é do Global Times, tabloide do Partido Comunista Chinês, que diz que a iniciativa foi apoiada pelo esmoleiro do papa Francisco, cardeal Konrad Krajewski, pela Farmácia Vaticana e pelas comunidades de chineses cristãos na Itália.

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As máscaras foram obtidas por meio de doações e transportadas à China gratuitamente por companhias aéreas. Os itens são destinados às províncias de Hubei, onde a epidemia do novo coronavírus (2019-nCoV) teve início, Zhejiang e Fujian.

"Espero que as máscaras possam chegar o mais rapidamente possível aos lugares onde são necessárias, de modo que os pacientes possam sentir a preocupação da Santa Sé", disse o vice-reitor do Pontifício Colégio Urbaniano, Vincenzo monsenhor Han Duo. 

Da Ansa

O governo argentino escolheu a diplomata Maria Fernanda Silva como a nova embaixadora do país na Santa Sé. Com a nomeação, ela se torna a primeira mulher negra a ocupar o cargo, informou o jornal Página 12 nesta quinta-feira (30).

Segundo a publicação, a decisão foi tomada pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández, pouco tempo antes de desembarcar em Roma para encontrar o papa Francisco. A expectativa é de que o nome da argentina seja apresentado nas próximas horas na Nunciatura Apostólica.

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O objetivo da Casa Rosada era anunciar o nome do representante durante ou após a visita de Fernández ao país europeu, mas sua escolha vazou e foi revelada pela imprensa. Ao longo de seus 30 anos de carreira, a diplomata acompanhou a embaixadora política Alicia Castro em Caracas, durante os governos Kirchner (2003-2015), além de ter representado a Argentina nas embaixadas de Quito e na União de Nações Sul-americanas (Unasul).

Se o Vaticano aprovar a escolha, Maria Fernanda terá sua primeira experiência fora do país, já que nunca ocupou a função de embaixadora no exterior. "Silva está muito comprometida em defender o catolicismo e o direito dos migrantes, uma das bandeiras do papa Francisco desde que era sacerdote", afirmou o jornal.

A viagem de Fernández ao Vaticano será a segunda internacional desde que foi empossado presidente da Argentina, em 10 de dezembro. A primeira foi a Israel.

Da Ansa

O cardeal brasileiro João Braz de Aviz, prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada, revelou nesta quinta-feira (23) que o Vaticano investiga casos de abuso sexual contra freiras, inclusive por parte de outras religiosas.

Apesar de o papa Francisco ter admitido em fevereiro de 2019 que a violência sexual contra freiras era um "problema" na Igreja Católica, esse tema segue sendo um dos maiores tabus dentro da Santa Sé.

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Em entrevista ao suplemento mensal "Donne Chiesa Mondo", do jornal vaticano "L'Osservatore Romano", Aviz disse que esse fenômeno permanecia "escondido", mas deverá "sair à luz". "O Vaticano está investigando casos de abuso de religiosos contra freiras, mas também casos de abuso entre freiras", afirmou o cardeal.

O brasileiro citou como exemplo um episódio que envolveria uma "formadora" e uma freira que estava em treinamento. Em novembro de 2018, a União Internacional das Superioras Gerais (Uisg), que reúne congregações religiosas do mundo todo, já havia feito um apelo para freiras denunciarem violências sexuais.

Apesar dos recorrentes escândalos de pedofilia na Igreja, acusações de abusos sofridos por freiras eram relativamente raras, porém ficaram mais comuns nos últimos anos, em um período marcado pela eclosão do movimento "Me Too", que encoraja vítimas de crimes sexuais.

Da Ansa

O papa Francisco completará sete anos à frente da Igreja Católica no próximo dia 13 de março, mas 2020 pode ser o ano mais desafiador do seu Pontificado até agora. Nos próximos meses, a Igreja passará por uma série de acontecimentos capazes de redefinir tanto seu papel no mundo quanto suas estruturas internas.

O primeiro deles acontecerá nesta quinta-feira (9), quando Jorge Mario Bergoglio receberá em audiência o corpo diplomático junto à Santa Sé. Apesar do encontro ser anual, desta vez ocorrerá em meio a um clima de tensão política no Oriente Médio e episódios de incêndios florestais pelo mundo, temas que dizem respeito aos constantes apelos de paz e de preservação ambiental presentes na agenda de Francisco.

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Já em março, a Santa Sé pode concluir um projeto chamado de "A Economia de Francisco", no qual trabalha há dois anos. Trata-se de um evento de três dias em Assis, entre 26 e 28 de março, que contará com a participação de especialistas e entes civis para discutir os fundamentos da economia e sua dimensão ética e humanística. O objetivo é estimular a participação de jovens de até 35 anos como forma de renovar a sociedade.

Dois meses depois será a vez de Roma sediar mais um evento mundial idealizado pelo Papa: o chamado "Pacto Educativo", encontro que propõe um diálogo sobre o modo como a humanidade tem construído o futuro e sobre a necessidade de investir em talentos e em educação para criar uma sociedade mais solidária e acolhedora. De acordo com o próprio Papa, "nunca, como agora, houve necessidade de unir esforços numa ampla aliança educativa para formar pessoas maduras, capazes de superar fragmentações e contrastes e reconstruir o tecido das relações em ordem a uma humanidade mais fraterna".

Assim como a imigração e o meio ambiente, a economia e a solidariedade são os outros pilares do Pontificado de Francisco, que idealiza uma Igreja missionária que chegue até as periferias. No entanto, um dos eventos mais aguardados para 2020 será a publicação, agendada para 29 de junho, do documento que está sendo preparado por um grupo de cardeais, o chamado C6, para a reforma da Cúria Romana.

"Constituição Apostólica Praedicate Evangelium" (Proclamar o Evangelho) deverá ser o título do documento, que substituirá a "Pastor Bonus", publicada por São João Paulo II, em 28 de junho de 1988. Parte do conteúdo chegou a ser veiculada na imprensa no ano passado, mas o texto final ainda está sendo trabalhado e promete trazer mudanças às estruturas da Igreja, a qual o próprio Papa disse estar "200 anos atrasada" durante seu discurso de fim de ano no Vaticano.

De acordo com especulações, é possível que a tradicional Congregação para a Doutrina da Fé perca espaço dentro das estruturas da Igreja e que um novo superorganismo seja criado com foco em evangelização. Ainda no primeiro semestre de 2020, deve ser publicado o documento de conclusão do Sínodo sobre a Amazônia, ocorrido em outubro na capital italiana e que terminou suscitando polêmicas.

O texto aprovado no Sínodo fala em ordenação de homens casados para suprir a falta de padres na Amazônia, assim como a de mulheres para o diaconato feminino. No documento, os participantes do Sínodo também deixaram claro que "apreciam o celibato como um dom de Deus", mas apontaram que seria possível estabelecer critérios para "ordenar sacerdotes homens idôneos e reconhecidos da comunidade, que tenham um diaconato permanente fecundo e recebam formação adequada para o presbiterado, podendo ter família legitimamente constituída e estável".

As propostas estão sendo analisadas por Francisco, quem decidirá quais, de fato serão adotadas, pela Igreja. Outro tema aguardado para 2020 e que pode afetar o Vaticano é a conclusão da investigação sobre Theodore McCarrick, antigo arcebispo da diocese de Washington, acusado de pedofilia.

O caso ganhou os holofotes quando o ex-núncio apostólico em Washington Carlo Maria Viganò acusou o Papa de se calar sobre as denúncias de abuso sexuais supostamente cometidos por McCarrick.

Ao longo de 2020, Francisco também deve fazer as viagens internacionais, apesar da agenda ainda não ter sido definida.  Isso porque alguns dos destinos enfrentam instabilidades políticas e conflitos, como o Sudão do Sul e o Iraque, países que Bergoglio já disse publicamente que gostaria de visitar. Ainda tem a possibilidade do Papa ir para a Indonésia, Timor-Leste, Papua-Nova Guiné, Montenegro, Etiópia, África do Sul, Hungria ou até Chipre.

Da Ansa

O papa Francisco pediu nesta quarta-feira "esperança para todo o continente americano, onde várias nações estão passando por um período de agitação social e política", durante sua tradicional mensagem de bênção "Urbi et orbi" na Praça São Pedro de Roma.

O pontífice lançou palavras específicas para a Venezuela, pedindo que "o pequeno Menino de Belém anime o amado povo venezuelano" e que receba "a ajuda de que precisa".

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Francisco também elogiou "os esforços daqueles que lutam para alcançar a justiça e a reconciliação, e se esforçam para superar as várias crises e as inúmeras formas de pobreza que ofendem a dignidade de cada pessoa".

Em sua tradicional mensagem de Natal na Praça de São Pedro do Vaticano, o Papa Francisco também exortou a comunidade internacional a "garantir a segurança no Oriente Médio, particularmente na Síria".

Que Cristo "inspire os governantes e a comunidade internacional a encontrar soluções que garantam a segurança e a coexistência pacífica dos que estão na região e ponha fim aos sofrimentos", disse o papa.

"Que Cristo seja a luz para tantas crianças que sofrem a guerra e os conflitos no Oriente Médio e em vários países do mundo", desejou o papa.

O argentino Jorge Bergoglio também pediu uma solução para a crise política no Líbano, um país de "coexistência harmoniosa" e denunciou a ação de "grupos extremistas no continente africano", particularmente em Burkina Faso, Mali, Níger e Nigéria.

Ao falar das várias zonas do planeta que atravessam conflitos, o papa enfatizou que os habitantes da Terra Santa "aguardam dias de paz, segurança e prosperidade".

Ele também mencionou as "tensões sociais" no Iraque e a "grave crise humanitária" no Iêmen.

E se referiu à Ucrânia, "que aspira a soluções concretas para alcançar uma paz duradoura".

O papa, que nesta quinta-feira (19) instalou uma cruz de cristal emblemática no Vaticano, na qual se destaca um colete salva-vidas de um migrante afogado em 2019, pediu o esvaziamento dos campos de refugiados na Líbia, considerados locais "desprezíveis" e centros de tortura.

"Devemos trabalhar seriamente para esvaziar os campos de detenção na Líbia", disse ele, após pedir que se "denuncie e processe traficantes que exploram e maltratam migrantes, sem medo de revelar conluio e cumplicidade com as instituições".

Com essa instalação no Palácio Apostólico, o papa argentino, extremamente sensível a essa questão, pretende lembrar dos migrantes e refugiados que arriscam suas vidas no mar para chegar à Europa.

"O problema não é resolvido com o bloqueio de navios", alertou.

Hoje, Francisco recebeu 33 refugiados de um campo na ilha de Lesbos, na Grécia, que puderam viajar para a Itália, graças aos corredores humanitários organizados pela comunidade católica italiana Sant'Egidio.

Antes deles, o papa lembrou que o colete colocado na cruz foi encontrado em julho passado no Mediterrâneo e pertencia a um migrante anônimo que morreu afogado.

Visivelmente comovido, falou da "morte ilícita", da situação que "força muitos migrantes a deixarem suas terras e a atravessarem desertos, e a serem sujeitos a abuso e tortura em campos de detenção".

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Um homem identificado como Luiz França de Lima, de 25 anos, foi detido nessa terça-feira (3) sob a acusação de fingir ser padre para aplicar um golpe superior a R$ 100 mil. Durante dois anos, ele morou com um casal que pretendia desfazer o casamento da filha. Desconfiadas, as vítimas denunciaram o suspeito, que será indiciado por estelionato.

Após descobrir que o marido da filha era homossexual, os pais decidiram anular o matrimônio. Assim, conheceram o golpista, que garantiu ser padre e contou que passava por uma situação difícil. Muito religiosos, a família decidiu acolhê-lo.

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Natural de Pernambuco, o suspeito tinha batina e chegou a comandar uma missa no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Nas redes sociais, Luiz dizia ter cursado duas universidades na Europa e possuía doutorado. Para manter o golpe, ele também enviou o convite para uma suposta ordenação como diácono, que seria realizada na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Para manter as aparências, ele saía da residência por volta das 7h, alegando que iria "rezar missas". Contudo, mantinha uma quitinete próxima à casa das vítimas e chegou a adquirir terrenos com o estelionato. Para conseguir mais dinheiro, informava que precisava realizar viagens ou que mais recursos eram necessários para o processo de anulação do casamento.

O Vaticano criticou nesta quarta-feira (20) a decisão dos Estados Unidos de deixar de considerar ilegais as colônias israelenses e se juntou às críticas internacionais sobre essa mudança na política externa americana.

Sem citar diretamente os Estados Unidos, a Santa Sé assegurou em comunicado que "as recentes decisões ameaçam minar ainda mais o processo de paz israelense-palestino e a já frágil estabilidade regional".

"A Santa Sé reitera sua posição pela solução de dois Estados para dois povos, como única maneira de chegar a uma solução definitiva desse conflito de longa data", ressalta o comunicado.

Na segunda-feira, o secretário de Estado dos Estados Unidos Mike Pompeo, anunciou que os Estados Unidos já não considera que as colônias israelenses em territórios palestinos sejam "incompatíveis com o direito internacional".

A declaração coloca Washington em desacordo com praticamente todos os países e com as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

Os tribunais de Israel declararam legais a maioria dos assentamentos. Mais de 600.000 israelenses vivem nesses assentamentos no leste de Jerusalém e na Cisjordânia junto com mais de três milhões de palestinos.

Os assentamentos continuam sendo um dos temas mais espinhosos no conflito israelense-palestino.

A Santa Sé reiterou que apoia o direito de Israel a viver em paz e em segurança dentro das fronteiras reconhecidas pela comunidade internacional, e que apoia o mesmo direito para o povo palestino, "que deve ser reconhecido, respeitado e aplicado".

O papa Francisco se desculpou nesta sexta-feira pelo roubo de estátuas indígenas da Amazônia que foram lançadas ao rio Tibre, objetos considerados "pagãos" por ultraconservadores.

"Isto aconteceu em Roma e, enquanto bispo desta diocese, peço perdão a quem ficou ofendido pelo gesto", declarou o pontífice.

As estatuetas de madeira, entre elas uma que representa a Pachamama, a Mãe Terra, foram expostas em várias procissões pelos representantes de povos indígenas convidados a Roma com motivo do sínodo dedicado aos problemas da Amazônia, de 6 a 27 de outubro.

Em um vídeo transmitido nas redes sociais podem-se ver as imagens de dois homens que roubam cinco estatuetas em uma igreja perto do Vaticano onde se realizavam eventos paralelos ao sínodo da Amazônia.

Depois, um homem lança as estatuetas a partir de uma ponte no rio Tibre.

Uma das estatuetas e outros objetos simbólicos estiveram na basílica de São Pedro e foram carregadas em procissão pelos indígenas para um ato com o papa e os bispos durante o primeiro dia do sínodo.

As estatuetas em questão, "encontradas no Tibre, não foram danificadas", ressaltou o papa Francisco.

O uso desses objetos sagrados para os indígenas durante as celebrações católicas irritou os ultraconservadores, contrários a essas aberturas por parte do papa Francisco.

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