As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo totalizaram 1.689 unidades em julho, queda de 37,9% em relação ao mesmo mês de 2011 e baixa de 8,5% ante junho deste ano, de acordo com dados divulgados na manhã desta sexta-feira pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).
No acumulado de janeiro a julho de 2012, as vendas recuaram 5,1% ante igual período do ano passado. Em termos de valor, as vendas somaram R$ 6,9 bilhões nos sete primeiros meses do ano, queda de 8,5%.
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A velocidade das vendas (total de unidades vendidas dentre o total disponível para venda) foi de 61,2% nos últimos 12 meses encerrados em julho.
O Secovi-SP associa o recuo na comercialização de imóveis à desaceleração da economia brasileira, cuja projeção de crescimento foi diminuída para menos de 2% no ano. O sindicato lembra que o governo federal vem procurando estimular a economia, com redução da taxa de juros, e observa que essa medida favorece a compra de imóveis como investimento.
Em nota, o economista-chefe do sindicato, Celso Petrucci, afirmou que o desaquecimento das vendas de 5,1% no ano "é quase imperceptível, o que demonstra que o mercado ainda está aderente aos produtos lançados".
Migração de lançamentos
Os lançamentos de imóveis residenciais na capital paulista atingiu 1.737 unidades em julho, volume 36,4% menor que o registrado no mesmo mês de 2011, de acordo com dados levantados pela Empresa Brasileira de Estudo de Patrimônio (Embraesp) para a pesquisa do Secovi-SP.
No mesmo período, o total de lançamentos na região metropolitana atingiu 2.646 unidades, superando o montante da capital paulista. O movimento foi interpretado por empresários do setor como uma migração de novos empreendimentos para as cidades vizinhas de São Paulo, já que a capital vem mostrando muita demora e burocracia para aprovação dos projetos.
Outro ponto apontado pelo Secovi-SP é a redução dos estoques de outorga onerosa - espécie de cota adquirida pelas construtoras junto à prefeitura para construir acima do limite estabelecido em cada bairro. Segundo o sindicato, muitos distritos já esgotaram os estoques de outorgas e outros estão no limite, o que eleva o custo para aquisição de terrenos e pode motivar o empreendedor imobiliário a migrar para outras cidades.
"Ainda é cedo para se pensar em curvas de tendências. O aspecto importante é o sinal de alerta que se acendeu com os resultados da pesquisa", ponderou Petrucci.