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Esta terça-feira (11) foi o dia que os internautas do mundo se uniram para protestar contra a vigilância em massa praticada pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA), relatada por Edward Snowden. Nomeada como “O dia em que revidamos” (The day we fight back, em inglês), a manifestação foi organizada totalmente online e contou com a participação de grandes empresas da tecnologia, como a Google e a Mozilla. A data foi escolhida para lembrar o dia em que o ativista digital Aaron Swartz cometeu suicídio, no dia 11 de janeiro de 2013.

O objetivo dos participantes é pressionar os órgãos a mudar as políticas de vigilâncias de cidadãos. Para isso, foi criado um abaixo-assinado online para que todos colaborem.  Também para continuar com a ação, os organizadores pedem que os interessados utilizem as redes sociais para anunciar sua participação, criem memes, ferramentas e site que lembrem a causa e instalem widgets em suas páginas para encorajar visitantes. 

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Em comunicado emitido nesta terça-feira (28), a Rovio, criadora do game Angry Birds, que tem sede na Finlândia, afirmou que não compartilha dados ou colabora com qualquer agência de espionagem do governo, como a NSA (Estados Unidos) ou a GCHQ (Reino Unido).  A nota oficial esclarece os rumores de que o game produzido pela companhia era utilizado para espionar os usuários finais. A especulação é baseada em informações de documentos vazados por Edward Snowden.

"A confiança de nossos fãs é a coisa mais importante para nós, e nós levamos a privacidade muito a sério. Nós não colaboramos, conspiramos ou compartilhamos os dados com agências de espionagem em qualquer lugar do mundo” reforçou o CEO da Rovio Entertainment, Mikael Hed.

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Em sua defesa, a empresa afirma que, se há alguém que possa fornecer os dados pessoais dos usuários às agências, esse alguém seria as empresas que cuidam das redes de publicidade. “A fim de proteger os nossos usuários finais, iremos, como todas as demais empresas que utilizam as redes de anúncios, reavaliar o trabalho com essas redes e verificar se elas estão sendo utilizadas para fins de espionagem”, complementou o executivo.

Diretamente do seu asilo na Rússia, Edward Snowden, ex-analista de inteligência americano que tornou públicos detalhes sobre os esquemas de espionagem eletrônica dos Estados Unidos (EUA) e do Reino Unido, enviou uma mensagem para os internautas onde reforça a importância de privacidade e pede o fim da vigilância em massa. A gravação foi divulgada no canal britânico Channel 4 nessa terça-feira (24), véspera de Natal.

Na mensagem, Snowden reforça que uma criança nascida hoje irá crescer sem nenhum tipo de concepção de privacidade. “Elas nunca saberão o que significa ter um pensamento não registrado, não analisado. E isso é um problema, porque a privacidade é o que nos permite determinar quem somos e quem queremos ser”, pontua.

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O delator ainda reforça que o debate que ocorre atualmente sobre espionagem irá determinar o nível de confiança que todos poderão depositar na tecnologia e sugere a busca por um equilíbrio entre troca de informações e privacidade. “Juntos, podemos acabar com a vigilância em massa e lembrar ao governo que se ele realmente quer saber como nos sentimos, perguntar é sempre mais barato do que espionar”, finaliza. 

Confira a mensagem na íntegra: 

































Oito gigantes americanos da internet, incluindo Twitter, Facebook e Apple, pediram ao presidente Barack Obama uma "reforma das práticas de vigilância" nos Estados Unidos após as revelações do ex-consultor da NSA Edward Snowden.

"As revelações deste verão (hemisfério norte) demonstram a necessidade urgente de reformar as práticas de vigilância dos governos em escala mundial", afirma em uma carta aberta conjunta, publicada em um site da internet 'ad hoc'. Entre os signatários estão AOL, Apple, Facebook, Google, LinkedIn, Microsoft, Yahoo! e Twitter.

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"O equilíbrio em muitos países oscila de forma excessiva a favor do Estado em detrimento dos direitos individuais, direitos que estão inscritos em nossa Constituição. Isto afeta as liberdades que tanto queremos. É hora de mudar".

Os oito signatários "estimulam os Estados Unidos a tomar a iniciativa e a comprometer-se a realizar as reformas para que os esforços de vigilância da parte do governo estejam claramente dentro da lei, sejam proporcionais aos riscos, transparentes e objeto de uma vigilância independente".

"As revelações recentes sobre as atividades de vigilância dos governos afetaram a confiança dos internautas", explica a presidente do Yahoo!, Marissa Mayer. "Chegou o momento do governo dos Estados Unidos restaurar a confiança dos usuários, é o momento do governo atuar para restaurar a confiança dos cidadãos do mundo", completou.

Várias reportagens publicadas por jornais desde junho, incluindo Washington Post e The Guardian, com base nas revelações de Edward Snowden, destacaram a magnitude do sistema de vigilância, especialmente nos Estados Unidos e Reino Unido.

Um tribunal civil francês condenou a empresa alemã de certificação TUV no escândalo dos implantes mamários fraudulentos PIP, considerando que a líder mundial em controle de qualidade "violou suas obrigações de controle e vigilância".

O Tribunal do Comércio de Toulon (sul) ordenou a empresa a indenizar importadores e vítimas pelos prejuízos, segundo a decisão lida em audiência pelo presidente da instância. A certificadora alemã terá que pagar 3.000 euros para cada vítima, enquanto aguarda a perícia individual de cada uma.

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Seis distribuidores - um búlgaro, um brasileiro, um italiano, um sírio, um mexicano e um romeno - exigem que a empresa pague 28 milhões de euros, enquanto mais de 1.600 mulheres portadoras de próteses, principalmente da América do Sul, exigem 16.000 euros cada por danos morais.

No total, são cobrados 53 milhões de euros. Restava encontrar quem tivesse a responsabilidade de indenizar as vítimas, já que no julgamento criminal, realizado em Marselha (sul) e onde a TUV não foi citada, os cinco réus, os ex-executivos e diretores da companhia responsável pela fraude, a Poly Implants Prothèses (PIP), foram considerados sem solvência.

Jean-Claude Mas, fundador da empresa e outros quatro diretores da companhia foram acusados de fraude pelo uso de um gel de silicone impróprio para uso médico em implantes mamários. Os autores das queixas acreditam que a fraude não teria ocorrido se as inspeções da TUV fossem adequadas.

Durante o julgamento, os advogados dos distribuidores das próteses e das vítimas denunciaram que, apesar de seus "extensos poderes", a TUV nunca verificou os implantes, limitando-se a um controle de documentos. Na fraude perfeitamente organizada, a PIP conseguiu burlar facilmente todos os controles de qualidade, já que era advertida antecipadamente da visita dos controladores.

"Bastaria a análise de poucas próteses", ressaltou um dos representantes dos distribuidores, Olivier Aumaitre Após o veredicto, Aumaitre considerou a decisão "um avanço para todas as vítimas do mundo inteiro".

"A TUV tornou confiáveis no mundo inteiro produtos que não mereciam certificação", resumiu Laurent Gaudon, advogado de várias vítimas. Por meio de sua advogada, Cécile Derycke, a companhia alemã anunciou que vai recorrer da decisão. A advogada declarou que as indenizações representam "um grande risco para a empresa".

"A TÜV aplicou rigorosamente a regulamentação em vigor", insistiu, argumentando: "Não somos nem uma autoridade de vigilância nem um fundo de indenização". A promotoria não citou durante o julgamento uma eventual condenação. "As vítimas devem ser indenizadas, e serão. Mas será esta a instância?", questionou o promotor Nicolas Bessone, que, no entanto, observou a falta de atenção da TÜV com esse "pequeno cliente".

Ele também mencionou a nova regulamentação europeia, inspirada pelo caso PIP, que tornará os controles surpresa obrigatórios. "Se isso é necessário é porque podemos considerar que a TÜV não cumpriu suas obrigações", acrescentou.

No início de maio, a justiça francesa autorizou os distribuidores que apresentaram as queixas a bloquear 900.000 euros das contas bancárias da filial francesa da TÜV, em uma decisão que foi confirmada por um juiz de execução. Além dos processos movidos na França, trezentas mulheres argentinas também entraram com uma ação coletiva no país, exigindo 41 milhões de euros de indenização da PIP e da TÜV.

O jornalista britânico Glenn Greenwald e o seu companheiro David Miranda serão os primeiros depoentes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Espionagem. A expectativa dos membros da comissão, que aprovaram hoje o plano de trabalho, é que os dois sejam ouvidos na próxima semana.

Greenwald  é o responsável pelas denúncias de que a agência americana de Segurança Nacional (NSA) tem espionado as comunicações de internet no Brasil, inclusive as correspondências online da presidenta Dilma Rousseff e a rede de computadores da Petrobras. O jornalista escreve as matérias com base em documentos vazados pelo ex-agente da NSA, Edward Snowden.

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Depois do jornalista e de seu companheiro, que foi retido por mais de oito horas em Londres, e teve seu computador apreendido pelas autoridades inglesas, a CPI pretende ouvir autoridades brasileiras. Foram aprovados convites para a presidenta da Petrobras, Graça Foster, a diretora da Agência Nacional de Petróleo, Magda Chambriad, e um especialista em segurança eletrônica, que será escolhido.

Serão convidados também os ministros das Comunicações, Paulo Bernardo; da Justiça, José Eduardo Cardozo; da Defesa, Celso Amorim; de Relações Exteriores, Luiz Figueiredo; e do Gabinete de Segurança Institucional, José Elito. Nenhum dos convidados é obrigado a comparecer.

A CPI foi instalada na semana passada e elegeu a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) como presidenta, o senador Pedro Taques (PDT-MT), como vice, e o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), como relator. Na primeira reunião, os membros da comissão pediram proteção da Polícia Federal para Glenn Greenwald e David Miranda.

Pensando em manter a transparência em suas operações, o Facebook lançou nesta terça-feira (27) uma página em que mostra quais governos solicitaram informações sobre usuários do site.

O Relatório Global de Requisições de Autoridades detalha o volume de requisições recebidas por parte do governo de cada país, o número de usuários mencionados em cada requisição e o percentual delas em que foi revalada alguma informação.

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O Brasil aparece na lista com 715 solicitações onde um total de 857 contas foram solicitadas, dentre estas, 33% foram atendidas com algum tipo de informação. Os dados são referentes aos primeiros seis meses de 2013.

"Esclarecemos nas últimas semanas que temos processos rígidos em vigor para lidar com todas as requisições oficiais de informação. Acreditamos que esses mecanismos protegem os dados das pessoas que usam o nosso serviço e fazem com que as autoridades precisem cumprir diversos requisitos legais em cada uma das requisições a fim de receber informações sobre nossos usuários. Analisamos as requisições levando em conta os nossos termos, a legislação aplicável e ainda exigimos uma descrição detalhada de bases factuais e legais para cada requisição", escreveu Colin Stretch, Diretor Jurídico do Facebook.

Os Estados Unidos lideram a lista com o maior número de solicitações, de 11 mil a 12 mil, e um total de 20 a 21 mil contas solicitadas e 79% dos pedidos atendidos. Os dados são imprecisos, pois o Facebook não possui autorização para publicar números exatos do território norte-americano.  

A prática de espionagem por agências norte-americanas a cidadãos brasileiros foi alvo de críticas da comissão de especialistas do Brasil que viajou aos Estados Unidos para obtenção de informações sobre o tema. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse hoje (22) que a missão viajou com um roteiro de trabalho pronto e com uma metodologia advertindo que as ações de espionagem ameaçam afetar a infraestrutura e os marcos jurídicos.

De acordo com Patriota, o trabalho da missão de peritos que viajou aos Estados Unidos para apurar as informações tem um caráter sigiloso. A missão é integrada por representantes de vários ministérios, como os de Relações Exteriores, da Justiça e das Comunicações, além do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), entre outros.

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“Continuamos muito ativos, creio que o Brasil foi o país que foi mais longe, inclusive estamos conversando com vários países, [com] espírito de cooperação e de respeito à soberania”, disse Patriota, que participa de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara destinada a discutir temas relativos à política externa brasileira.

O chanceler acrescentou ainda que a reação do Brasil de indignação e incômodo foi compreendida pelas autoridades dos Estados Unidos. “A firmeza e a indignação do Brasil, eu acredito que foi transmitida de maneira a ser interpretada pela imprensa internacional como a mais forte até agora. Sem dúvida, é importante que o Congresso se manifeste também. Precisamos acabar com essas práticas”, disse ele.

Porém, Patriota evitou responder se o Brasil concederia asilo a Edward Snowden, que serviu de fonte para as reportagens que denunciaram o esquema de ciberespionagem implantado pelos Estados Unidos, caso a Rússia tivesse negado o pedido do norte-americano para viver naquele país. “Aprendi em 30 anos de diplomacia a não responder a perguntas hipotéticas. E, essa é uma questão hipotética”, disse.

Em seguida, o chanceler acrescentou: “O Brasil não deu nem deixou de dar uma resposta a Snowden, na medida em que ele tem onde ficar”. A partir das denúncias de Snowden, ex-funcionário de uma empresa terceirizada que trabalhava para a Agência Nacional de Segurança norte-americana (NSA), vieram à tona informações sobre a ausência de privacidade e o risco de monitoramento a dados pessoais em vários países, por intermédio de programas executados pelos norte-americanos.

O tema foi assunto da conversa da presidenta Dilma Rousseff e de Patriota, na semana passada, com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, pedindo informações e dados detalhados. Dilma e Patriota também cobraram o fim dos atos de espionagem envolvendo cidadãos brasileiros.

O WikiLeaks, organização transnacional que publica informações confidenciais, disse neste domingo que ajudou Edward Snowden a buscar asilo político em um "país democrático", após ele ter saído de Hong Kong. "WikiLeaks deu assistência ao asilo político de Snowden em um país democrático, tratou de seus papéis de viagem e de que saísse com segurança de Hong Kong", disse o grupo no Twitter.

Snowden, ex-funcionário terceirizado da Agência Nacional de Segurança, revelou para o mundo a existência de programas secretos de vigilância mantidos pela administração do presidente Barack Obama, e estava em Hong Kong desde maio, após revelar o programa secreto ao jornal britânico The Guardian. Fonte: Dow Jones Newswire.

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Edward Snowden, ex-funcionário terceirizado da Agência Nacional de Segurança que revelou para o mundo a existência de programas secretos de vigilância mantidos pela administração do presidente Barack Obama deixou Hong Kong neste domingo, voou para Moscou e seguirá amanhã para Caracas, capital da Venezuela, disse a imprensa russa, citando fontes da companhia aérea Aeroflot. Mais cedo, as autoridades do governo de Hong Kong informaram que Snowden havia saído de Hong Kong "sob sua responsabilidade" para outro país.

"Um passageiro de tal nome chegará a Moscou, vindo de Hong Kong hoje no voo SU213, e amanhã, 24 de junho, voará para Havana no voo SU150", disse a agência estatal de notícias Itar-Tass. "Também amanhã, ele seguirá de Havana para Caracas em um voo local", acrescentou a agência citando uma fonte da companhia aérea.

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O jornal chinês, South China Morging Post, o principal jornal de língua inglesa de Hong Kong, disse que Snowden iria desembarcar no aeroporto internacional de Shermetyevo, em Moscou, a partir de onde poderia seguir para outro destino, citando o Equador e a Islândia.

Ontem, o Conselho Nacional de Segurança disse em comunicado que o governo dos EUA contatou autoridades de Hong Kong para pedir a extradição de Snowden, mas evitou um pedido formal, que pode levar a anos de briga na Justiça.

Na sexta-feira o governo dos EUA abriu um processo contra Snowden, acusando-o de comunicação não autorizada de informações sobre a defesa nacional, comunicação intencional de relatórios secretos de inteligência e roubo de propriedades do governo. Cada um desses crimes tem uma sentença máxima de 10 anos de prisão.

O governo de Hong Kong vinha evitando comentários públicos sobre o caso envolvendo Snowden. Hoje, entretanto, além de informar sua saída, o governo de Hong Kong disse que os documentos que acompanham o pedido do governo dos EUA de detenção provisória "não cumprem com todas as exigências legais de Hong Kong". Sendo assim, sem receber as informações suficientes, o governo de Hong Kong disse não ter base legal para evitar que Snowden saísse da cidade. O governo acrescentou que ele deixou a cidade "de forma legal".

Enquanto em Hong Kong, Snowden causou furor ao vazar documentos para o South China Morning Post sugerindo que o governo dos EUA vigiou vários alvos de interesse na cidade e na China. Durante o final de semana, o jornal publicou detalhes sobre tal atividade, dizendo que as maiores provedoras de serviços de telefonia móvel da China e uma de suas principais universidade, Tsinghua, haviam sido "grampeadas". As informações são da Dow Jones Newswires.

Após a notícia que o governo norte-americano teria acesso aos servidores de grandes empresas da internet, e a precaução que isso gerou em todos os usuários, companhias começaram a disponibilizar relatórios com números concretos de quantas solicitações foram feitas pelos órgãos públicos dos Estados Unidos no intuito de deixar bem claro seu comprometimento com a privacidade de todos.

Na última segunda-feira (18) foi a vez do Yahoo. “Nós trabalhamos arduamente ao longo dos anos para ganhar a confiança dos nossos usuários e lutamos para preservar isto”, disse a empresa em comunicado oficial. “Por causa disso, estamos disponibilizando o número total de solicitações feitas por autoridades norte-americanas entre 1° de dezembro de 2012 a 31 de maio de 2013”, explica.

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Em relatório, o Yahoo diz ter recebido entre 12 mil a 13 mil pedidos relacionados a casos de fraudes, homicídios, sequestros e outras investigações criminais e fez questão de ressaltar que todas elas estavam de acordo com as exigências da lei, incluindo as referentes à Vigilância de Inteligência Estrangeira (FISA). “Nós continuamente avaliamos quais ações adicionais podem ser tomadas para proteger a privacidade de nossos usuários e nossas habilidades em defendê-las”, complementa.

 

No início da noite de segunda-feira o ministro José Elito, do Gabinete de Segurança Institucional, reconheceu a existência da "Ordem de Missão" da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre o movimento grevista nos portos, mas negou que tivesse mentido ao emitir, na semana passada, nota repudiando reportagem do jornal O Estado de S.Paulo que revelou a existência de monitoramento de portuários.

O general argumentou, desta vez, que o monitoramento foi amparado pela Lei 9.883, de 1999, que criou o Sistema Brasileiro de Inteligência. "A gente monitora tudo, assuntos que possam ser de interesse do País", afirmou. "Tudo o que a gente faz aqui é para assessorar a senhora presidenta e os órgãos de governo para decisões oportunas." "Não foi um monitoramento de movimento a ou b, mas de cenário", argumentou.

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Segundo ele, "as preocupações do Estado eram em relação às consequências da paralisação". O documento, porém, cita "dirigentes sindicais ligados à Força Sindical".

O general José Elito disse que, ao admitir agora o monitoramento em portos não está contradizendo a nota que divulgou no dia 4, em que declarou que "em nenhum momento o governo determinou ao GSI/Abin qualquer ação relativa ao tema referido na irresponsável reportagem do jornal".

Ele alegou que a nota tratava de questão "pontual", referindo-se à notícia de que agentes da própria Abin foram infiltrados no porto de Suape, em Pernambuco. "A resposta foi pontual para uma questão pontual." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Documento sigiloso confirma que o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI) mobilizou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar portuários e sindicatos contrários à Medida Provisória 595, conhecida como MP dos Portos. O ofício desmente o general José Elito, ministro-chefe do GSI, que na semana passada chamou de "mentirosa" reportagem do jornal O Estado de S.Paulo que revelava a ação da Abin no porto de Suape (PE).

Identificado como "Ordem de Missão 022/82105", de 13 de março de 2013, o ofício encaminhado a superintendências da Abin em 15 estados litorâneos traz em destaque o alvo dos agentes: "Mobilização de Portuários". O GSI confirma a autenticidade do documento.

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A "missão" da Abin, informa o documento, é identificar ações grevistas como reação à medida provisória que altera o funcionamento dos portos. O alvo central são sindicalistas ligados à Força Sindical. A central sindical se uniu às críticas feitas pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), contra a MP dos Portos. Campos é possível candidato à Presidência em 2014.

A reportagem mostrou na quinta-feira que a Abin vigia os passos dos portuários de Suape, em Pernambuco. Na ocasião, o general Elito, após reunião com a presidente Dilma Rousseff, divulgou nota dizendo ser "mentirosa a afirmação de que o GSI/ABIN tenha montado qualquer operação para monitorar o movimento sindical no Porto de Suape ou em qualquer outra instituição do País".

A ordem contida no ofício 022/82105, porém, é clara sobre o monitoramento de sindicatos que atuam em portos. "Dirigentes sindicais ligados à Força Sindical pretendem promover paralisação nacional de 24 horas no dia 19 mar. 2013", alerta o documento sigiloso. Em outro trecho, cita a Federação Nacional dos Portuários e a Central Única dos Trabalhadores (CUT): "Portuários filiados a essas entidades devem começar a se reunir em assembleias a partir de 15 mar. 2013 para definir os rumos da mobilização - ações paredistas não podem ser descartadas".

Pouco antes de deflagrada a Ordem de Missão, em 13 de março, uma equipe formada por agentes de Brasília percorreu os Estados alvo para uma ação de vigilância prévia que incluiu, pela primeira vez, a utilização de um equipamento de filmagem israelense que permite a transmissão, em tempo real e em alta resolução, de imagens captadas nos portos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta quinta-feira (31), a Prefeitura do Recife (PCR), juntamente com o Corpo de Bombeiros (CBMPE), inicia uma fiscalização nas casas noturnas da cidade. Durante a operação os agentes vão verificar se os estabelecimentos possuem alvará de funcionamento e se atendem as normas vigentes.

A situação das casas noturnas poderão ser acompanhadas através do site da PCR, onde será possível ter acesso a uma lista com o resultado da análise.

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A decisão de realizar a ação foi tomada pela PCR logo após a repercussão do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, no esatdo do Rio Grande do Sul que deixou 233 pessoas mortas e mais de uma centena de feridos.

Com informações da assessoria



Entre os meses de novembro a março, aumentam os acidentes provocados por animais peçonhentos, tanto na zona rural, como na urbana, segundo o Ministério da Saúde. Levantamento realizado pela Unidade Técnica de Vigilância de Zoonoses indica que houve um crescimento de 157% no número de notificações, nos últimos 10 anos. Somente em 2011, ocorreram mais de 139 mil acidentes, com 293 óbitos.

Inúmeras são as causas apresentadas pelos especialistas para justificar o crescimento, entre elas o desequilíbrio ecológico, as chuvas que desalojam os animais entocados, e ainda coincidem com o período reprodutivo de alguns desses animais. O coordenador da Unidade Técnica de Vigilância em Zoonoses do Ministério da Saúde, Eduardo Caldas, relaciona quais são os fatores que contribuem para o aumento dos acidentes. “As chuvas desalojam os animais que vivem em tocas, como escorpiões, aranhas e serpentes. Eles acabam procurando abrigo em locais mais secos, muitas vezes dentro de residências, aumentando, dessa forma, a chance de ocorrência de acidentes”, explicou.

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CUIDADOS - O Ministério da Saúde alerta para os cuidados que as pessoas devem ter, além das medidas básicas de prevenção. Em caso de acidentes, a pessoa deve ser encaminhada o mais rápido possível para o hospital. Durante o socorro, ela deve se mover o mínimo possível. O membro atingido deve ser colocado numa posição mais elevada em relação ao corpo e o local da picada pode ser lavado apenas com água e sabão. Em casos de acidentes por águas-vivas e caravelas, deve ser aplicada compressa de água gelada do mar (não utilizar água doce), e evitar esfregar a área acometida, ou aplicação de vinagre. Nunca colocar outras substâncias como urina, cachaça, borra de café, em nenhum tipo de acidente por animal peçonhento, pois pode ocasionar um quadro de infecção. O tratamento é oferecido gratuitamente em hospitais do SUS de todos os estados.

PREVENÇÃO – Para evitar acidentes com escorpiões e aranhas, a pessoa deve usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem; examinar calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las; vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés; utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos; preservar predadores naturais como seriemas, corujas, sapos, lagartixas e galinhas; limpar terrenos baldios pelo menos na faixa de um a dois metros junto ao muro ou cercas.

Quatro Veículos Aéreos Não-Tripulados (Vants) - pequenos aviões com câmeras e sem piloto, guiados remotamente - serão incorporados à PM e à Defesa Civil do Rio em novembro, mas poderão ter sua ação limitada por restrições da Aeronáutica. Montados no Brasil a partir de aeromodelos comprados em lojas especializadas e recheados pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) com tecnologia moderna, três deles se destinam ao Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM e um à Defesa Civil.

Desde 2011, porém, a Resolução AIC-N 21/10 do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) veda, entre outros pontos, que sobrevoem áreas habitadas, o que reduzirá seu uso. "Construímos demonstradores de tecnologia", resume o gerente do projeto, o major do Exército e professor do IME Jacy Montenegro Magalhães Neto. Cauteloso, ele afirma que Vants "não vão resolver problemas de segurança pública do Rio", mas destaca as vantagens da tecnologia.

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Os Vants do Rio começaram a nascer há dois anos, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), órgão de fomento à ciência. Por edital, o IME obteve R$ 180 mil para o projeto. Montenegro já pesquisava o assunto desde 1999 e viu ali uma chance. "Chamamos os alunos e surgiram soluções lindas, tudo comprado no Brasil ou feito na bancada." Várias turmas participaram do projeto, agora em fase final de testes, antes da entrega gratuita dos aparelhos.

Aviõezinhos do Bope estão pintados de preto e ganharam escudo da caveira atravessada por punhal, sobre garruchas cruzadas. São aeromodelos de fibra de vidro com 3m de envergadura (de uma ponta à outra da asa) e 2,60m de comprimento, movidos a bateria. "A eletrônica é nossa", diz Montenegro. Cada aparelho tem duas câmeras: uma para o piloto - que usa óculos especiais que projetam o que veria na "cabine" - e outra para filmar o solo, com zoom de dez vezes, alta definição e imagens coloridas, que são gravadas. Cada voo é acompanhado por uma segunda pessoa.

"Nossos Vants estão preparados para voar até uma hora e podem ir a 100 km/h", diz o major, lembrando que "macetes" podem prolongar o voo. É possível, por exemplo, desligar o motor em parte da viagem e fazer o aparelho planar, economizando energia. Também foi preparado, com dinheiro da Faperj, um quinto aparelho, que ficará para pesquisas no IME.

Restrições

Em cumprimento à regulamentação do Decea, os Vants têm sido testados até agora em espaços aéreos segregados (sem outras aeronaves) - a Restinga da Marambaia, o Campo de Gericinó e o Centro Tecnológico do Exército, em Guaratiba, todos na zona oeste do Rio. Eles chegaram a entrar em ação no início de 2011, quando uma tromba d’água devastou a região serrana, mas sob supervisão direta da Aeronáutica.

Além de proibir voos de Vants sobre "cidades, povoados, lugares habitados ou grupo de pessoas ao ar livre" e impor a segregação de espaço aéreo, o Decea faz outras exigências. Entre elas, que a operação dos aparelhos não aumente o risco para "pessoas e propriedades (no ar e no solo)", que garanta o mesmo padrão de segurança de aeronaves tripuladas e, quando for usado aeródromo compartilhado (com aviões regulares), as operações das demais aeronaves parem durante decolagem e pouso dos Vants. Tudo isso inviabilizará o uso dos aparelhos no apoio a operações policiais em comunidades dominadas por traficantes, por exemplo. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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