O Movimento Brasil Livre (MBL), fundado para combater o Partido dos Trabalhadores (PT) e o governo da presidente Dilma Rousseff, recebeu apoio financeiro de partidos como PMDB e Solidariedade para a impressão de panfletos e uso de carro de som, segundo reportagem do UOL.
Os áudios mostram conversas de Renan Antônio Ferreira dos Santos, um dos coordenadores do MBL, e Ygor Oliveira, secretário da Juventude do PSDB (JPSDB), confirmando o apoio de partidos à manifestação do dia 13 de março deste ano.
##RECOMENDA##Na gravação, Renan diz: “O MBL acabou de fechar com PSDB, DEM e PMDB uma articulação para eles ajudarem e, ah, e também com a Força Sindical, que é o Paulinho, né, para divulgar o dia 13 usando as máquinas deles também, enfim, usar uma força que a gente nunca teve. E foi o MBL que montou isso, a gente tá costurando agora com todos eles para ter o impeachment, então a gente tá em outra, a gente tá realmente causando problemas para Dilma”.
Segundo a reportagem, o PMDB teria custeado a impressão de 20 mil panfletos com os dizeres “Esse impeachment é meu”, após solicitação do presidente da Juventude do PMDB, Bruno Júlio, ao presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Moreira Franco. A assessoria de Moreira Franco negou o custeio.
No áudio de Ygor Oliveira, ele menciona a ajuda na captação de hospedagem e alimentação no translado. “Aqui no Rio de Janeiro foi feita uma parceria entre o MBL, na pessoa do Bernardo Sampaio [coordenador do MBL], e na minha pessoa Ygor Oliveira, pela Juventude do PSDB. Fizemos uma, um projeto de a JPSDB captar com amigos, colaboradores, o valor referente a hospedagem, alimentação no translado, entre outras despesas, e o MBL chegar com o ônibus”.
Ele continua: “O Bernardo conseguiu captar 50% do valor envolvido no ônibus e ficou pendente 50%. A JPSDB conseguiu captar os valores que precisava pra alimentação e hospedagem. Além disso, o Bernardo também conseguiu nos ajudar com alimentação, com kit lanche pra viagem, então estava tudo arrumadinho, bonitinho, até ontem. Só que os outros 50% pendentes de ônibus, algumas pessoas que propuseram a ajudar o MBL declinaram, disseram que não iam conseguir ajudar. Com isso, o MBL não tem recursos hoje pra arcar com 100% do ônibus. Foi isso que ocorreu, não é maldade do MBL estar furando com o PSDB, não, houve uma questão simplesmente dos financiadores declinarem, ponto, é isso”, conclui Ygor.
Nas redes sociais, o MBL se diz apartidário e frequentemente pede contribuições de apoiadores para “se manter”. O grupo oferece planos mensais para se filiar ao movimento. Os planos vão de R$ 30 a R$ 250. Em seu site, o movimento também pede doações e comercializa camisetas e o pixuleco.