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O 5G, tema central do Mobile World Congress (MWC), inaugurado na última segunda-feira (22) em Barcelona, na Espanha, deverá aumentar a velocidade da internet, mas, antes de tudo, organizar a convivência entre os smartphones e milhões de objetos conectados, como carros e casas inteligentes.

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"O 4G foi uma evolução do 3G, com uma banda mais larga e mais velocidade, mas com o mesmo ecossistema, enquanto que o 5G pretende habilitar toda uma série de usos que saem desse ecossistema, como a indústria 4.0 e os transportes por exemplo", explica o diretor estratégico da Ericsson na França, Viktor Arvidsson.

Para os consumidores, o 5G deve trazer mais velocidade e mais uma banda mais larga para permitir o desenvolvimento do vídeo online, a realidade virtual e a chegada dos hologramas.

"Para os hologramas, precisamos de uma banda superior aos 10 gigabits por segundo (Gb/s) que as redes 4G não podem oferecer. Mas no futuro o 5G poderá alcançar os 20 Gb/s. As pessoas adoram esse tipo de serviço inovador", explica o diretor de pesquisa e desenvolvimento da operadora sul-coreana SK Telecom, Minsoo Na.

Além das necessidades humanas, o principal objetivo do 5G é a esperada explosão da internet das coisas em campos variados como o de sensores, saúde, transporte e máquinas industriais, para os que o 4G não está adaptado.

"A rede deve adaptar-se ao mesmo tempo a bandas largas muito significativas e capacidades enormes assim como a milhões de objetos comunicando-se muito pouco e de maneira pouco frequente. Também tem que responder a necessidades críticas, que precisam de tempos de resposta extremamente curtos", explica o especialista de tecnologias de rádio e espectro da Idate, Frédéric Pujol.

Questão de milissegundos

Graças ao uso de um espectro de onda mais largo, de antenas cada vez mais numerosas e adaptadas a diferentes ondas de rádio e a uma maior convergência entre redes fixas e móveis, será possível agilizar a rapidez da transmissão, uma necessidade absoluta na internet das coisas.

"Será necessária uma rede com milissegundos de latência para o automóvel, por exemplo. Com o 4G, um veículo autônomo a 100 km/h precisará de três metros para acionar o freio enquanto que com o 5G só serão necessários alguns centímetros", explica o diretor matemático e algorítmico da Huawei em Paris, Mérouane Debbah.

"Mas para isso precisaria de uma cobertura de 99,99% em qualquer ponto do globo", completa. Outro desafuo é a autonomia do dispositivo.

"Com o 4G, se oferecemos uma transmissão de 10 G/s, o smartphone fica sem bateria muito rapidamente. O 5G deveria responder esse tipo de problema e permitir também a internet imersivo, que chegará com o vídeo 8K (de ultra alta definição) e com os capacetes de realidade virtual", diz Debbah.

Esses diferentes usos, imaginados em 2014, abrem o apetite de investimentos em várias partes do mundo. Desenvolvê-los é o objetivo do programa europeu Metis 2020, integrado por cerca de trinta grupos europeus e mundiais a fim de definir os objetivos esperados do 5G.

Primeiros testes

Atualmente, a segunda etapa acontece por meio do consórcio público-privado Partenariat 5G (5GPPP), controlado pela Comissão Europeia, para desenvolver antes de 2018 as soluções técnicas para responder aos problemas ligados a esses usos.

A fim de chegar rapidamente a uma normalização do 5G, a União Europeia pode injetar até 700 milhões de euros no 5GPPP, que receberá outros 3 bilhões do setor privado.

"Para conseguir a liderança europeia, temos que trabalhar com os melhores do mundo, também fora da Europa, como Huawei, Intel, Qualcomm e outros", explica Thibaut Kleiner, responsável pelas tecnologias de rede da Comissão Europeia.

A Europa, contudo, não é a única concorrente. A corrida entre as diferentes regiões já está em curso e a Ásia quer continuar sendo protagonista.

Em 2018 pretendem realizar um ensaio em grande escala na Coreia do Sul, por ocasião dos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, e em 2020 farão o mesmo no no Japão durante os Jogos Olímpicos de Verão em Tóquio.

Os americanos também não querem ficar para trás. As operadoras Verizon e 1T&T anunciaram, em setembro e no início de fevereiro respectivamente, o lançamento dos primeiros testes de campo nesse mesmo ano.

A Ericsson e a operadora espanhola Telefónica anunciaram que vão unir forças para desenvolver tecnologias, produtos e serviços para a rede 5G - a nova geração de telecomunicação móvel - com foco específico nos programas 5G PPP e ETP Networld 2020, promovido pela Comissão Europeia.

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Uma das ações da parceria já em andamento é a criação do primeiro laboratório de excelência 5G da unidade de inovação da Telefónica, a Telefónica I+D. A iniciativa pretende criar um ecossistema aberto para inovação e investigação da nova geração de telecomunicação móvel. A Ericsson afirma ser a primeira empresa a aderir à iniciativa como parte do seu programa 5G na Europa.

Com a parceria, as empresas farão estudos, debates, testes de campo e demonstrações de tecnologia e equipamento para apoiar uma arquitetura de serviços e aplicações para a rede 5G.

No Brasil, a Ericsson já realiza testes em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal do Ceará (UFC). A expectativa é que a nova tecnologia seja testada a partir deste ano, por meio de uma parceria com o grupo Claro, da América Móvil.

O 5G é a mais nova geração de telecomunicação móvel, proporcionando velocidades mais rápidas que a 4G. A tecnologia ainda não tem padrões definidos, mas testes feitos em alguns países apontam que a velocidade de download aumentaria para 10 a 50 Gbp/s.

Atualmente, as redes 4G atingem uma velocidade média bem inferior, de 20 Mbp/s. Um filme em HD será baixado em poucos segundos no 5G, enquanto na conexão 4G leva alguns minutos.

A União Internacional das Telecomunicações (UIT), ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), determinou que a internet 5G deverá chegar ao mercado até 2020. A distribuição do espectro para o funcionamento da tecnologia começará em 2019. Em 2018, quem comparecer aos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, na Coréia do Sul, poderá navegar na rede 5G, que estará em fase de testes.

A Claro iniciará em novembro os testes de internet móvel 4,5G no Brasil, fase intermediária ao 5G. O projeto piloto ocorrerá na cidade de Anápolis (GO), que foi escolhida estrategicamente por ter uma alta demanda pelo uso de dados móveis. Além de oferecer mais velocidade, a nova rede tem menor latência e células com maior capacidade de conexões.

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A evolução da tecnologia de acesso móvel ainda permite agregar várias faixas de frequência na mesma estação radiobase (ERB). Com isso, é possível usar o sinal de modo mais eficiente e obter melhor uso dos recursos da rede. Segundo a Claro, será possível alcançar velocidade média 30% superior a do 4G e velocidades instantâneas acima de 200 Mbp/s.

A União Internacional das Telecomunicações (UIT), ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), determinou que a internet 5G deverá chegar ao mercado até 2020. A distribuição do espectro para o funcionamento da tecnologia começará em 2019.

A rede móvel de 5ª geração será capaz de transmitir dados em velocidades de até 20 Gbp/s, o que permitiria fazer o download de um filme em alta definição em apenas 10 segundos. A título de comparação, a operadora Claro, que tem o 4G mais rápido do Brasil, segundo a Open Signal, oferece velocidade de 5 Mbp/s, em média.

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Além disso, a rede 5G também deverá ser capaz de transmitir dados em uma velocidade de aproximadamente 100 Mbp/s para mais de um milhão de objetos conectados, como cafeteiras e lâmpadas inteligentes, em uma área de um quilômetro quadrado.

Em 2018, quem comparecer aos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, na Coréia do Sul, poderá navegar na rede 5G, que estará em fase de testes. Entre as empresas de telecomunicações que trabalham no desenvolvimento da tecnologia está a KT, que também é patrocinadora oficial do evento esportivo.

Enquanto as redes 4G ainda engatinham no Brasil, o mundo começa a definir o padrão da próxima geração para a banda larga móvel que deve começar a ser implementada a partir de 2020. O primeiro documento sobre o 5G prevê que a evolução da tecnologia permitirá velocidades de conexão de até 1 gigabits por segundo (Gbps), atualmente alcançadas só em redes fixas.

Um grupo formado pelas 24 maiores operadoras do mundo, além de 23 fabricantes de dispositivos e 20 universidades, prevê velocidades de até 1 Gbps em pontos próximos a antenas e de pelo menos 50 Mbps em toda a extensão das redes, incluindo áreas rurais. No modelo proposto, a tecnologia de 5G seria capaz de atender até 100 mil conexões por quilômetro quadrado, e permitiria o uso da internet mesmo em deslocamentos de grande rapidez, como nas viagens de avião ou de trens-bala.

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Batizado de Nova Geração de Redes Móveis (NGMN, na sigla em inglês), o grupo divulgou agora a primeira versão do estudo com as diretrizes do 5G. Os dados completos serão divulgados no fim de março, para depois serem levados à União Internacional de Telecomunicações (UIT), órgão vinculado à ONU.

Com a perspectiva de que, no futuro, casas, automóveis empresas e pessoas estarão cada vez mais conectados, a quinta geração de banda larga móvel precisará de uma arquitetura de rede que consiga prover abrangência e confiabilidade de cobertura para dezenas de bilhões de dispositivos que se comunicarão em tempo real, mas preservando a segurança e a privacidade dos dados.

O NGMN projeta um mundo no qual o 5G permitirá que a chamada "internet das coisas" esteja ligada "em todo lugar, a qualquer momento". Para conseguir alcançar tais objetivos, o grupo vai propor à UIT a liberação pelos governos de frequências altas, acima de 6 gigahertz (GHz), atualmente utilizadas para a comunicação de satélites e radares. Essas faixas altíssimas seriam combinadas com frequências mais baixas - e geralmente ocupadas por outros serviços, como TV ou rádio - para permitir uma maior cobertura de rede.

Para efeitos de comparação, o 4G no Brasil é oferecido na faixa de 2,5 GHz, que em breve será combinada com a frequência de 700 megahertz (MHz) leiloada no ano passado.

Para o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude, mais importante do que a frequência escolhida para o 5G deverá ser o tamanho da banda disponível para cada empresa. "Com certeza será necessário usar diversas frequências combinadas para oferecer o serviço de acordo com as diversas possibilidades de uso do 5G, mas o tamanho da banda será fundamental. No 4G, por exemplo, as empresas adquiriram lotes de 10 MHz (download) + 10 MHz (upload). No 5G poderemos ter leilões com lotes de pelo menos 50 MHz + 50 MHz, o que torna obrigatória a liberação de mais frequências para o setor", diz

Competição

Com a necessidade de mais espaço para cada empresa em um espectro magnético limitado e já bastante ocupado por outros serviços, Tude avalia que os futuros leilões do 5G devem ter uma disputa acirrada entre as companhias, algo que não aconteceu no último leilão de 4G.

"Temos atualmente um modelo com quatro grandes teles competindo no mercado brasileiro que podem vir a se tornar apenas três dentro de um processo de consolidação que talvez aconteça. Não acredito em um futuro com menos operadoras que isso, então a disputa por banda de frequência no 5G será importante", completa o especialista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Esqueça o 4G. A Ericsson já está de olho nas velocidades impressionantes que podem ser alcançadas com o 5G. Em teste realizado nesta semana, a fabricante de equipamentos de telecomunicações afirmou ter alcançado a velocidade de 5 Gbps em demonstrações feitas com as operadoras asiáticas NTT Docomo e SK Telecom. O resultado supera em 250 vezes os padrões atuais do 4G/LTE, segundo a Cnet.

A má notícia é que a implantação comercial da quinta geração de rede móvel só deverá ocorrer em 2020, prevê a Ericsson. Além disso, o teste marca uma velocidade de pico teórica em meio a condições ideais - algo que os consumidores raramente experimentam em seus cotidianos.

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Com uma conexão de 5 Gbps que a Ericsson alcançou em testes, um filme de 50GB levaria cerca de 80 segundos para ser baixado. Além disso, esta rede dos sonhos é cinco vezes mais rápida que o serviço de banda larga da Google, o Google Fiber.

Avanços tímidos

Em fevereiro deste ano, o Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul anunciou que já estava se preparando para desenvolver a tecnologia 5G, investindo US$ 1,5 bilhão no projeto.

A expectativa é que a inovação esteja em fase de testes em 2017 e seja disponibilizada comercialmente em 2020, quando Tóquio, a capital do Japão, sediará os Jogos Olímpicos.

O Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul anunciou que está se preparando para desenvolver a tecnologia 5G, que será mil vezes mais veloz que a atual 4G-LTE e terá um investimento de US$ 1,5 bilhão. A expectativa é que a inovação esteja em fase de testes em 2017 e seja disponibilizada comercialmente em 2020, quando Tóquio, a capital do Japão, sediará os Jogos Olímpicos.

Segundo o órgão, com a 5G será possível baixar um arquivo de 800MB em apenas um segundo. O investimento injetado também inclui a criação de funcionalidades para a tecnologia, como a transmissão de streaming de conteúdos em Ultra HD e hologramas.

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Quanto ao seu uso, o serviço deve ser implementado em parceria com as empresas de telecomunicações SK Telecom e Korea Telecom, além de fabricantes como Samsung e LG. O governo da Coreia do Sul estima que as vendas projetadas para indústrias relacionadas que poderão utilizar a infraestrutura 5G pode chegar a US$ 310 bilhões entre 2020 e 2026. 

A chinesa HTC pretende ser pioneira em relação a pesquisas em tecnologia 5G. A companhia chinesa investirá aproximadamente US$ 600 milhões em estudos relacionados a quinta geração da internet móvel nos próximos cinco anos. A inovação deve disponibilizar transferências em uma taxa de 10Gbps, que é cem vezes mais rápido que o 4G, segundo a empresa, que pretende comercializar o novo serviço a partir de 2020.

Apesar do foco na nova geração, a companhia reforçou que não deixará de investir em outras tecnologias, como a 3G e 4G. Entretanto, todo o esforço não será voltado para smartphones, por exemplo, já que a companhia não incluiu desenvolvimento de novos aparelhos na pesquisa. 

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