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Após o segundo dia do Enem, na tarde de ontem, a estudante paulistana Gisele Spatuzzi, de 17 anos, estava feliz com seu desempenho - só não sabia exatamente o que fazer, agora, com a nota. "O Enem serve pra tantas coisas, quero ver no que posso me dar bem." A dúvida se repetia entre alguns inscritos, por causa de uma prova que tem nome e função de avaliação do ensino, mas também serve como vestibular e é critério de bolsa de estudo.

O modelo híbrido do Enem alavanca o número de interessados em realizar a prova - neste ano, chegou-se a um número recorde de 5,3 milhões - mas resulta em um preço alto para a organização e aplicação. A abstenção em 2011 foi menor que a do ano passado, entretanto ainda representa mais de um quarto dos inscritos. Segundo o Ministério da Educação, 26,4% dos candidatos faltaram - como comparação, esse índice fica em torno de 6 % a 8% em um vestibular como o da Fuvest.

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O custo com os faltosos este ano foi de R$ 61,2 milhões - quando calculado um valor de R$ 45 por aluno inscrito. O governo cobra R$ 35 para o aluno fazer a prova, mas 71% são isentos. O contrato de aplicação do Enem teve aumento de 190% em um ano: saltou de R$ 128,5 milhões, em 2010, para R$ 372,5 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mudança é um dos temas constantes nos eventos e congressos de educação, sendo freqüente ouvirmos histórias com metáforas que comparam as instituições de Ensino de antigamente com as de hoje, ressaltando o fato de estarem praticamente da mesma forma. Entender a resistência e a necessidade de perceber esse processo é o ponto fundamental para uma percepção mais ampla do mundo moderno. O professor, peça fundamental nesse momento, assume assim mais um desafio, tirar o aluno da passividade, indo de encontro à metodologia enraizada na sociedade, na qual a repetição e a memorização eram os pontos centrais.

As transformações, desde a era agrícola, passando pela era industrial até a era da informação, estão presentes em todos os campos e em todas as áreas. O profissional de hoje, diferente do profissional do passado, precisa estar antenado a essas transformações, devendo estar pronto para propor novas estratégias, bem como definir metas em cima de situações novas.

O conhecimento necessário para potencializar as suas idéias é internalizado pelo sujeito, mas são os desafios propostos pelo professor que vão promover a busca de competências e habilidades próprias para a resolução dos problemas.

E, nesse cenário de tantas mudanças, qual é a melhor maneira de avaliar? Esse é o nosso maior desafio. O maior desafio das escolas e dos educadores está em proporcionar um espaço que priorize a ação nos alunos, mediados por profissionais que, além de possuírem um olhar voltado para as mudanças, também utilizem a avaliação como elemento próprio da aprendizagem. Uma avaliação que estimule a resolução de problemas, pautada na busca constante de possibilitar ao aluno um espaço para o pensar.

O modelo do passado que exige a memorização de acontecimentos, conceitos, datas e fatos, necessariamente não possibilita ao aluno uma reflexão sobre determinado conhecimento. As atividades desenvolvidas no ambiente escolar devem ter ligação direta com as atividades na vida comum, proporcionando uma constante reflexão das mais possíveis experiências realizadas mostrando como é eficaz deixar que o aluno faça, descubra e conclua, assim a aprendizagem virá naturalmente.

É imprescindível que o professor compreenda como o aluno elabora e constrói o conhecimento, respeitando assim as diferenças e valorizando a cidadania. Contextualizar fatos possibilita ao aluno a percepção de como utilizar os conteúdos trabalhados nas disciplinas, de forma prática e necessária, contribuindo para a elaboração de estruturas que permitirão uma aprendizagem significativa.

A avaliação que se adapta a essas transformações fundamenta-se no processo de aprendizagem em seus aspectos sociais, cognitivos e afetivos e na aprendizagem significativa. São os registros escritos, de forma individual e sistemática, que possibilitarão essa ação.

Dessa forma, a avaliação contribui para o desenvolvimento da capacidade do aluno, convertendo-se numa ferramenta pedagógica, permitindo uma melhora na qualidade do ensino e ampliando o espaço para que o aluno construa a própria história. Nós professores somos cúmplices dessa jornada, parceiros do processo que nos permite também aprender. A valorização tão necessária que buscamos deve partir da nossa própria conscientização, do nosso desejo em mostrar que somos professores. 

A Secretaria de Educação da Cidade de Paulista, localizada na região metropolitana do Recife, lançará, na próxima segunda-feira (24), o Programa Leite nas Escolas. O programa vem para reforçar a alimentação dos estudantes da rede de ensino daquele município e auxiliar no combate à desnutrição infantil. Por meio dele, aproximadamente 12 mil alunos (até o quarto ano do ensino fundamental) serão beneficiados com um litro de leite cada, nas segundas, quartas e sextas-feiras. O programa será lançado às 11h, nas instalações da Escola Miguel Arraes, no bairro do Janga.

Uma boa opção de auxílio escolar para a criançada está no programa de aulas de reforço da Biblioteca Popular de Afogados, bairro localizado na Zona Oeste do Recife. As aulas são gratuitas e oferecidas para os estudantes do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. Para se inscreverem, os pais dos alunos podem se dirigir pessoalmente ao local (nas segundas, quartas e sextas) ou ligar para o telefone 3355-3123.

Com o reforço proposto pela biblioteca, a ideia do espaço é oferecer mais uma oportunidade de aprovação no calendário escolar da garotada. Além do reforço, a biblioteca oferece, diariamente, programação cultural e de lazer (com filmes, oficinas, horas do conto, brincadeiras e atividades lúdicas). Para essas atividades, estudantes de pedagogia dão todo o apoio.

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SERVIÇO
Rua Jacira, s/n, Afogados
Das 8h30 às 10h30 (manhã) e das 13h30 às 15h30 (tarde),

Nesta manhã de sexta-feira (21) o ministro da educação Fernando Haddad empossou a nova reitora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), Cláudia da Silva Santos (Sansil). A cerimônia aconteceu no Ministério da Educação, em Brasília. A solenidade contou com a presença do secretário de educação profissional e tecnológica do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco, e do ex-reitor do instituto, Sérgio Gaudêncio.

Cláudia Sansil, como é conhecida, não se tornou apenas a primeira mulher a comandar o cargo, foi a primeira a ser escolhida de fato, pelos estudantes, servidores e docentes da instituição em uma eleição. As eleições aconteceram em junho deste ano, quando ela obteve 35,79% dos votos.

O IFPE hoje é o maior campus da Rede Federal de Ensino Tecnológico. Com um orçamento de R$ 200 milhões anuais, atende cerca de 14 mil estudantes do ensino técnico, superior (tecnológico e bacharelado), pós-graduação e Proeja. O IFPE atende não somente a capital, também está presente em municípios como Ipojuca, Pesqueira, Barreiros, Vitória, Belo Jardim, Caruaru, Afogados da Ingazeira e Garanhus. Até 2014, mais sete unidades no Estado

O fórum Estadual de Educação de Pernambuco deve se tornar público através de um manifesto que está acontecendo na Assembléia Legislativa de Pernambuco nesta sexta-feira (21). O fórum deve atuar como um espaço de consolidação e de luta pela construção de uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade social.

A iniciativa tem como proposta auxiliar o Governo do Estado em políticas públicas, projetos e programas que visem melhorar a qualidade do ensino em Pernambuco. Também tem como função acompanhar de perto todo o processo de desenvolvimento das propostas e problemáticas em torno do assunto.

Fazem parte do fórum: Secretaria de Educação, Assembléia Legislativa, Conselho Estadual de Educação, Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (Uncme), União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Sindicato dos Trabalhadores nos Estabelecimentos de Ensino de Pernambuco (Sintepe), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (Contee), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), União Nacional dos Estudantes (UNE), entre outros.

Histórico
- Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), criada em 1996, que previa a construção do Plano Nacional de Educação, instituído em 1997;
- Em 2010, foi instituído o Fórum Nacional de Educação, criado para contribuir com Governo Federal para implantar e implementar políticas públicas na área de educação;
- Na sequência, foi criada uma comissão para fomentar a criação dos fóruns estaduais e municipais. Pernambuco é um dos primeiros a criar o Fórum Estadual de Educação;
 - Em 2011, manifesto que tornará o Fórum Nacional de Educação Público.

Brasília – A secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Maria do Pilar Lacerda, disse hoje (20), nas páginas pessoais dela no Twitter e no Facebook, que o governo desistiu da ideia de ampliar os dias letivos das escolas de educação básica. A proposta havia sido anunciada pelo ministro Fernando Haddad em setembro, como forma de ampliar o tempo de permanência dos alunos na escola.

O MEC não confirma oficialmente a decisão, mas, segundo Pilar, o ministro reuniu-se com entidades que representam professores, estudantes, gestores e universidades e o consenso é que os atuais 200 dias letivos sejam mantidos. A ampliação deverá se dar pela ampliação da jornada diária. “O Legislativo receberá a proposta consensuada nessa reunião e assumida pelo MEC”, disse Pilar, sem definir qual seria o mínimo de horas-aula.

Atualmente, o ano letivo tem 200 dias, com carga horária de 800 horas. O aumento de quatro para cinco horas diárias, por exemplo, ampliaria a carga horária para mil horas. Em alguns países da Europa, Ásia e até mesmo da América Latina, a jornada chega a 1,2 mil horas anuais, como no México, ou 1,1 mil horas, como na Argentina.

A poucos dias do início do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), informações desencontradas sobre a logística da prova podem colocar em risco a segurança do processo. Coordenadores de aplicação de diferentes locais do Brasil relataram três versões de como as provas sairão da guarda do Exército, onde estão protegidas à espera do exame, e chegarão às escolas para a aplicação. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais (Inep), responsável pela prova, nega divergências.

A reportagem ouviu nove coordenadores. Segundo o relato de uma professora que vai trabalhar na cidade pernambucana de Petrolina, as provas serão retiradas da guarda do Exército pelos coordenadores no sábado, às 7 horas, e ficam sob a responsabilidade deles até as 10 horas, quando devem estar nas escolas.

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"Os chamados 'chefes de prédio', responsáveis por coordenar a aplicação dos exames, estão autorizados a retirar todos os cadernos de perguntas que serão usados nas instituições em que vão trabalhar", conta ela. "Daí em diante, o que cada um faz com as provas, se leva para casa, se deixa no carro, é responsabilidade dele". São 38 chefes de prédio na cidade.

Foi no município pernambucano que, no ano passado, o vazamento do tema da redação do Enem foi apontado pela Polícia Federal. Dois professores da cidade de Remanso (BA) teriam tido acesso à prova e repassado informações ao filho, que fez o exame em Petrolina. O estudante teve a prova cancelada, mas como o Ministério da Educação considerou o vazamento um "evento isolado", o exame foi validado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Aprender com criatividade e imaginação é o objeitvo do workshop “Era uma vez”, que acontece na próxima terça-feira (25), das 10 às 11h, na Livraria Jaqueira, no Recife. A iniciativa do encontro é da Faber Castell, que pretende levar novas idéias e oferecer formas diferenciadas de ensino e incentivo à leitura para professores da educação infantil.
 
O evento será ministrado pela educadora Lourdes Atié, socióloga, com pós-graduação em educação e especialização em educação infantil.  O evento é gratuito e os interessados podem se inscrever na própria livraria ou por telefone.

Serviço:
Rua Antenor Navarro, 138 Jaqueira - Recife - PE
Tel.: 81 3265.9455
www.livrariajaqueira.com.br

A lei que institui o ensino religioso na rede municipal de ensino do Rio de Janeiro foi sancionada hoje pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB). A partir de 2012, as escolas municipais de ensino integral (atualmente, cerca de 100 das 1.064 unidades existentes) vão oferecer a disciplina de forma opcional aos alunos do 1º ao 9º anos do Ensino Fundamental. A lei, encaminhada à Câmara pelo prefeito, havia sido aprovada pelos vereadores por 28 votos a 5.

O ensino religioso só será ministrado aos alunos cujos pais ou responsáveis desejarem.

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Serão oferecidas as doutrinas católica, evangélica/protestante, afro-brasileiras, espírita, orientais, judaica e islâmica. Quem não quiser esse tipo de ensino terá, no mesmo horário, a disciplina Educação para Valores. A Secretaria Municipal de Educação fará uma pesquisa para verificar o interesse dos alunos por essa disciplina. A pasta já pesquisou o perfil religioso dos alunos.

"Fizemos uma consulta com seis mil pais e, desse universo, 42% seguiam a religião católica, 32% optaram pelo ensino de valores, 23% eram de religiões evangélicas e o restante, dos demais credos. Em fevereiro teremos todos os dados tabulados para saber a demanda específica para cada credo. Quando fizermos o concurso para professor de ensino religioso, já saberemos o quantitativo de vagas", disse a subsecretária municipal de Educação, Helena Bomeny.

Para o prefeito, a disciplina não indica uma intervenção da igreja no Estado. "Não estamos impondo a nenhuma criança e a nenhum jovem que tenha fé, que siga credo nenhum. Ao contrário, a gente quer que aquele que tenha sua crença possa aprender os valores e os conceitos mais básicos. Quanto mais as pessoas conhecerem a história das religiões, menos preconceito terá", disse. Até 2020, todas as escolas da rede municipal terão turno integral e vão oferecer ensino religioso.

O Programa Paulo Freire começa a cadastrar os municípios de Pernambuco a partir desta quinta-feira (20). A iniciativa é da Secretaria de Educação de Pernambuco, para diminuir o alto índice de analfabetismo do Estado. Os municípios que desejem participar devem fazer o download do termo de adesão que se encontra no site da secretaria. O documento, assinado pelo prefeito, deve ser enviado através dos correios, direcionado a coordenação do programa. A primeira fase para cadastros segue até o dia 20 de dezembro.

Depois do cadastro, a próxima etapa será indicar um servidor municipal para atuar como coordenador local.  Ele ficará responsável por analisar e identificar os locais com maior índice de analfabetismo, indicar um local para realização das aulas e organizar as inscrições dos estudantes. O Governo do Estado de Pernambuco deverá ficar encarregado pela formação do coordenador e professores, merenda para os alunos, distribuição do material escolar, pedagógico e de apoio literário,  suporte técnico do programa e gerenciamento do pagamento da bolsa dos alfabetizadores, que deve ser feita pelo Ministério da Educação (MEC).

Programa Paulo Freire – O programa da Secretaria de Educação de Pernambuco faz parte da ação Pernambuco Escolarizado. O projeto visa fortalecer a alfabetização enquanto política pública de acesso a educação da população de jovens e adultos maiores de 15 anos que não tiveram oportunidade de freqüentar uma escola. A iniciativa engloba todo território pernambucano, e atende 164 municípios que apresentam maior índice de analfabetismo.  

No início deste mês de outubro, 28 brasileiros embarcaram para Londres com um sonho em comum, ficar entre os primeiros colocados do maior torneio profissional do mundo, o World Skills. Agora, eles voltam para o Brasil com a realidade tão esperada: as medalhas no peito e a 2º colocação do campeonato.

A delegação brasileira competiu em 25 modalidades, passou por provas de conhecimentos e habilidades técnicas e execuções de tarefas dentro dos padrões internacionais de qualidade. Ficou atrás apenas da Coréia do Sul, que sempre faz uma ótima campanha desde torneios passados.  

Os brasileiros trouxeram para casa 11 medalhas, 6 de ouro, 3 de prata e 2 de bronze. Além de 10 certificados de excelência. As modalidades premiadas com medalhas de ouro foram desenho mecânico em CAD, eletrônica industrial, joalheria, mecânica de refrigeração, mecatrônica e webdesign. Já nas modalidades de polimecânica, tecnologia da informação e design gráfico, as medalhas foram de prata. O bronze ficou para fresagem CNC e soldagem.

O Senai deve oferecer aos ganhadores emprego como instrutor, bolsas de para cursos universitários e cursos técnicos no exterior. Para mais informações sobre a campanha dos brasileiros em Londres é só acessar o site do evento.

Segue abaixo a lista de ganhadores:

Medalhas de ouro:
Guilherme Augusto Franco de Souza -  SP - Desenho mecânico
Gabriel D'Espindula - PR - Eletrônica Industrial
Willian Ramon de Souza - DF - Mecânica de Refrigeração
Christian Alessi e Maicon Carlos Pasin - RS - Mecatrônica
Natá Miccael Barbosa - SC - Webdesign
Rodrigo Ferreira da Silva - RJ- Joalheria

Medalhas de prata:
Guilherme Souza Vieira – SP- Design Gráfico
Rodrigo da Silva Panifer – Polimecânica
Paolo Haji de Carvalho Bueno-SP- Tecnologia da Informação

Medalhas de bronze:
Thiago Guilherme de Carvalho- MG- Fresagem CNC
Lucas Landriny Filgueira –RN- Soldagem

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Recentemente o sistema estadual de educação de Santa Catarina autorizou o funcionamento do primeiro curso jurídico à distância. Também há poucos meses o INEP/MEC aprovou e divulgou o novo instrumento de avaliação de cursos de Direito “presencial e a distância”.

Este instrumento de avaliação do MEC abrange tanto pedidos de autorização, quanto pleitos de reconhecimento ou de renovação de reconhecimento na esfera federal.

Já na esfera estadual a “avaliação” para autorização de cursos, não obedece necessariamente ao mesmo padrão de avaliação do SINAES, Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, e se quer passa pelo crivo da OAB Federal. Fundamentam essa “prerrogativa” na divisão de competências educacionais previstas na Lei de Diretrizes e Bases (LDB), nos artigos 16 e seguintes, além do pacto federativo de alçada constitucional.

Existem fortes indícios de flexibilização dos cursos jurídicos com a publicação desse instrumento de avaliação em comento e com o posicionamento de Santa Catarina. 

São sinais de fumaça. E onde há fumaça...

Portanto, a autorização de cursos jurídicos a distância passou de ser mera hipótese com previsão legal, para ser institucionalmente admissível pelo INEP/MEC e pelos Estados. 

O que isto em tese representa? 

Creio que essa possibilidade representará, caso seja concretizado em larga escala, uma maior precariedade em relação à qualidade dos cursos jurídicos no Brasil. 

Portanto, o que está ruim poderá ficar ainda pior. 

Nada contra o ensino a distância. Sou um defensor ardoroso do uso de tecnologias educacionais e a promoção de um ensino sem distância. Porém, é preciso que antes seja feito o dever de casa, entre tantos, a aprovação do PNE – Plano Nacional de Educação – pelo Congresso Nacional e o cumprimento de suas metas pelo Executivo.

Acontece que hoje nossa sociedade não está preparada educacionalmente para tais avanços e facilidades tecnologicas. Poderá ser que no futuro até estejamos. 

Queremos a todo custo participarmos do seleto grupo de países “desenvolvidos”, ou do Conselho de Segurança da ONU, etc. Nossa realidade educacional não nos permite esse “passe livre”, mesmo que os números econômicos contrariem essa tese.

Nossa educação está no “quarto mundo”. Educar é uma coisa. Promover aluno analfabeto, realizar avaliações e reprisar modelos de preenchimento de questionários nas Prefeituras para se ter um bom resultado é outra totalmente diferente.

A nossa educação básica é de péssima qualidade. Tal fato reflete na educação superior e em nossa sociedade. Precisamos educar nossa população do ponto de vista pedagógico, e também social.  

O analfabeto social é a ignorância personalizada no “jeitinho brasileiro”, na corrupção e na política feudal de nosso país. 

Ser educado não é apenas saber ler e escrever, é também respeitar as pessoas, o meio ambiente, a cultura e a sociedade. Jogar lixo na rua, pichar muros e oferecer (e receber) propina é analfabetismo também!

O ensino jurídico a distância corre o risco de se distanciar também da qualidade, da preocupação com uma formação humanística e com o fortalecimento do bacharelismo como solução para as crises de estabilidades dos pretensos concurseiros. 

Inclusive, irá prejudicar as graduações em Direito presenciais. Estas estão em processo de amadurecimento acadêmico diante da Lei do Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior), estão no caminho de atigirem o ponto de equilíbrio. 

Com a abertura de cursos jurídicos a distância muitas instituições presenciais sérias terão dificuldades de existência. E também o que seria lamentável: de aperfeiçoarem sua agenda positiva em favor de um ensino jurídico de qualidade. 

É hora de discutir com seriedade este tema. Fica nosso registro.

O Brasil quer chegar a 2022 com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) igual ao de países desenvolvidos, com o analfabetismo erradicado e com oportunidade para todos. Foi o que disse a assessora especial do Ministério da Educação, Linda Goulart. Ela coordena o 1ª Seminário Internacional de Mobilização Social pela Educação, que acontece até amanhã, em Fortaleza, reunindo 500 participantes de todo o País. Entre os palestrantes, estão renomados estudiosos como os colombianos Bernardo Toro e Bernardo Nieto, especialistas em mobilização e reformas educacionais, e Heather Weiss, diretora do Havard Family Research.

De acordo com Linda Goulart, o diálogo pela educação deve ser estendido à sociedade. "É por esse motivo que o MEC está se dedicando a repassar para os agentes que atuam no setor técnicas e experiências de mobilização no sentido de promover a interação entre família, escola e comunidade", explicou.

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Segundo ela, o seminário tem como objetivo proporcionar espaço para discussões sobre a importância da participação das famílias na vida escolar dos filhos, bem como de que maneira a colaboração de segmentos organizados da sociedade e os órgãos públicos de áreas correlatas à educação, além das lideranças sociais e religiosas, podem contribuir no processo de melhoria da qualidade da educação.

Hoje, os palestrantes Bernardo Nieto e Márcio Simeone Henriques falaram sobre o tema Comunicação e Mobilização. Nieto definiu e apontou as implicações dos processos de trocas sociais que buscam a mobilização. "A comunicação é fundamental para estabelecermos essas mudanças, porém não pode fazer milagre", comentou. Segundo ele, o "motor fundamental é o impulso criador dos dirigentes". Ele lançou a seguinte pergunta para a plateia, formada por gestores em sua maioria: "Somos impulsionadores ou obstáculos para essas mudanças?".

Já Henriques, professor do Departamento de Comunicação Social da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, da Universidade Federal de Minas Gerais, perguntou: "Que estratégia de comunicação é necessária para envolver o público em temas relativos à Educação?". Segundo ele, a resposta é dada pelo educador brasileiro Paulo Freire: a da coparticipação.

A poucos dias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) definiu novas regras para o ingresso na instituição, ao estabelecer pesos diferentes para as provas do Enem, de acordo com a carreira escolhida pelo candidato. É a segunda mudança, este ano, promovida pela instituição: em junho, o Conselho Universitário aboliu o vestibular próprio e anunciou a adesão total ao Sistema de Seleção Unificada (SiSU), do Ministério da Educação.

A nova mudança provocou críticas dos educadores. Para Márcio Branco, um dos diretores da Rede Pensi, que reúne cinco mil alunos, a mudança "desvirtua o próprio Enem". "A intenção do Ministério da Educação era acabar com o aluno `especialista' em química ou física. O foco é a educação integral do estudante. Quando a UFRJ dá pesos para as matérias, faz um retrocesso e vai de encontro com o projeto do ministro, que é democratizar o acesso", acredita.

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Já Rui Alves, diretor de ensino da rede pH, com 4 mil alunos, critica mais uma mudança às vésperas da prova. "Os alunos deveriam conhecer as regras do jogo no início do ano letivo. Mudar a dez dias da prova gera muita ansiedade". Ele ressalta que o que vale para a UFRJ não é norma para a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), que também seleciona seus alunos pelo SiSU. "Ficou confuso para o estudante. É a mesma prova, mas regras diferentes".

As regras publicadas no edital preveem que as notas em redação devem ser multiplicadas por 3, para todos os alunos. As matérias têm maior ou menor peso, dependendo da carreira específica para os alunos. A prova do aluno de medicina, por exemplo, terá peso 3 em redação e 2 em língua portuguesa. Já as notas de química, física e biologia têm peso 2.

"Tentamos adaptar o SiSU ao que se aproximava do vestibular da UFRJ, que tinha matérias específicas e não específicas. Não desvirtuamos o Enem porque mantivemos o equilíbrio. As provas de redação e língua portuguesa têm, no mínimo, peso 4. O aluno continua precisando estudar todas as matérias. E o mínimo que ele precisa saber para entrar numa universidade é se comunicar bem pela escrita", afirmou a pró-reitora de graduação, Ângela Santos da Rocha.

Ela reconhece, no entanto, que a mudança foi "tardia". A demora deveu-se à greve de funcionários, feriados às quartas-feiras, dia em que o conselho se reúne, e à mudança de reitor, explica. "Estou me comprometendo a evitar decisões tardias nos próximos anos", afirmou. Até 2008, o vestibular da UFRJ era inteiramente discursivo. Em 2009, a instituição passou a utilizar o Enem como substituição da primeira fase de seu vestibular. No ano seguinte, selecionou 40% dos alunos pelo SiSU e manteve as provas discursivas para o ingresso dos demais.

Após fechar parcerias com colunistas das mais diversas áreas do conhecimento, o portal Leiajá, a partir desta quinta-feira (29), acomodará a sua mais nova coluna assinada pelo advogado e presidente da comissão de direito educacional da OAB-PE, Inácio Feitosa. Intitulada “Direito, Educação e cidadania”, a coluna abordará assuntos do cotidiano envolvendo os três temas. Neste primeiro dia de participação, o advogado traz um artigo falando sobre as suas primeiras experiências, ainda jovem, com o bullying em algumas escolas em que passara. Como fruto do entendimento desse termo (bullying), até então desconhecido, o advogado viria, mais tarde, a escrever um anteprojeto de lei pernambucana sobre prevenção, diagnose e combate ao bullying. Tempos depois, este mesmo anteprojeto se tornou a primeira lei estadual do Brasil. Confira e boa leitura.

 

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Voltando o pensamento aos meus primeiros anos de escola, recordo-me de algumas situações que devem ter corroborado com a minha luta contra o bullying escolar na atualidade.

Uma das primeiras imagens que surge dessa época era no Colégio dos bancários, no bairro da Madalena, em Recife, no qual recebi um convite para lá estudar. Minha permanência só seria efetivada naquela escola caso eu alcançasse aprovação em todas as disciplinas com destaque.

De lá só tenho boas recordações. Uma boa escola, bons professores e um pequeno parque de jogos, aquela época parecia-me enorme. Ao lado tínhamos uma escola pública e a recordação me traz a lembrança de um momento em que houve uma “guerra” de pedras entre os alunos maiores dessas duas escolas. Poderia ser o início de minha vivência sobre a propriedade “pública” e a “privada”, mesmo a minha escola já nos anos de 1978, incluindo-se no conceito de ser “uma escola com fins públicos, porém não estatal”.

Lembro-me feliz de haver conseguido a bolsa de estudos para continuar naquele belo educandário. Porém, meus pais estavam de mudança da Madalena para Olinda, e consequentemente eu teria que mudar de escola também.

Em Olinda, fui estudar em um Instituto de nome americano, pois não havia sido selecionado no Colégio Imaculado Coração de Maria, - e não existia mais tempo de prestar exames em outro Colégio. Dessa escola as lembranças não são boas. Era o reverso da dos bancários. E lá ainda tinham dois irmãos Sérgio e Fábio (poderia ser qualquer outro nome fictício) que de forma intencional e constante “enchiam” minha paciência todo santo dia. Daí os requisitos do bullying que anos à frente eu iria projetar em uma lei.

Eu queria ir para qualquer lugar, menos para aquela escola. Não falava nada para ninguém. Guardava tudo e estava prestes a “explodir”. Acordar cedo e pensar em encontrar aqueles dois irmãos era algo aterrorizante para uma criança com lancheira e sem ninguém no ambiente escolar para conversar.

Finalmente terminou o ano de 1979. Acho que meus pais sabiam que aquela escola não me fazia bem. Fui para o São Bento cursar a terceira série do fundamental e lá estudei minha vida escolar toda. Convivi com várias pessoas, vários credos, mesmo sendo uma escola beneditina.

Tinha uma turma de “parafinados” - alunos surfistas dos anos 1980 que passavam parafina nos cabelos para ficarem loiros - eles pertubavam na sala um descendente de Japoneses, os CDFs (tradução proibida) e um aluno negro de peixinhos, carinhosamente chamado de “Axé”. Porém, nada que o SOE – Serviço de Orientação Educacional – de uma escola religiosa não resolvesse juntamente com a família dos agressores.

O passado é peça fundamental em nosso futuro. Tanto que só o notamos quando ele passa a estar presente em nossas vidas. Minhas vivências foram capazes de me inspirar a escrever o anteprojeto de lei pernambucana de prevenção, diagnose e combate ao bullying, a primeira lei estadual do Brasil. Na teoria nada melhor que uma boa prática!

A partir da próxima quinta-feira (22), os estudantes espalhados por todo Pernambuco poderão se inscrever no vestibular 2012 da Universidade Federal de Pernambuco, um dos mais concorridos do estado. Nesta edição do processo seletivo, os candidatos terão uma boa novidade. Trata-se do número de vagas que teve um acréscimo de mais 102 vagas tendo em vista a criação do curso de bacharelado em Educação Física no campus Recife. Com isso, o vestibular deste ano terá 6.492 vagas oferecidas aos concorrentes. Para participar do vestibular, os candidatos deverão acessar o site oficial da Covest até o dia 13 de outubro e efetuar a inscrição. As provas da segunda etapa do concurso estão marcadas para os dias 27 e 28 de novembro. Isso porque, a primeira etapa será a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que acontecerá nos dias 22 e 23 de outubro. O valor da inscrição é de R$ 95 reais.

Um aulão gratuito será realizado no Espaço Ciência, na cidade de Olinda, região metropolitana do Recife, no dia 24 de setembro. Logo, os interessados em participar do encontro, que será voltado para os estudantes que realizarão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), poderão se inscrever, a partir de hoje, nas instalações do Espaço. Ao todo, 200 vagas estão sendo disponibilizadas para os interessados. Para o processo de inscrição será imprescindível que os interessados apresentem o CPF e RG. Participarão do aulão os professores de Física, Davi Morato; Flávia Vaconcelos, Quimica; Lucilo Campos, Biologia; Diego Fonseca, Matemática; Edmário Menezes, Geografia; Josemar Ademar, História; e Elizabete Menezes, Linguagens e códigos.

Serviço
O Espaço Ciência localiza-se próximo ao Centro de Convenções e Chevrolet Hall.

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Atendimento: Das 8 as 12 e das 13 às 17h

3183-5531

Entidades e organizações da sociedade civil de 11 países que trabalham em defesa da melhoria da qualidade da educação lançam nesta sexta-feira (16) uma rede e movimento pela educação na América Latina. O grupo quer incentivar a troca de experiência entre organizações latinoamericanas que foram criadas para cobrar ações de seus governos para melhorar a oferta de ensino.

A maioria das entidades é formada por empresários desses países. No Brasil, o representante é o movimento Todos pela Educação que, durante esta semana, promoveu um congresso internacional para discutir temas como formação de professores, avaliação educacional e ampliação da jornada escolar. Amanhã (17), os líderes dos movimentos dos diferentes países vão debater os principais desafios para a melhoria da educação na região e experiências de mobilização pelo tema.

“Temos em comum o fato de sermos movimentos plurais que reúnem educadores, gestores públicos, empresários. Na América Latina nós vivemos uma oportunidade única para garantir uma educação de qualidade”, defende a diretora executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz. Apesar de as realidades dos sistemas de ensino dos países latinoamericano serem diferentes, um dos objetivos da formação da rede é a troca de experiências. Mas, segundo Priscila, a pretensão não é ser apenas um espaço de discussão, mas de ações conjuntas que serão traçadas a partir do lançamento oficial. 

O projeto é apoiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Participarão da iniciativa a Associação Empresários pela Educação, do Peru; o movimento Educa, da República Dominicana; o Eduquemos, da Nicarágua; Empresário pela Educação, da Guatemala; a Fundação Educação 2020, do Chile; Fundação Empresarial para o Desenvolvimento Educativo, de El Salvador; Fundação Empresários pela Educação, da Colômbia; Fundação Educativa Ricardo Ernesto Maduro Andreu, de Honduras; o Grupo Faro, do Equador; Mexicanos Primeiro, do México; Projeto EducAR 2050, da Argentina, e Unidos pela Educação, do Panamá.

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