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O cancelamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 639 alunos do Colégio Christus, de Fortaleza (CE) foi assunto esta semana no cenário educacional do país. A decisão foi do Ministério da Educação (MEC) e levantou novamente a polêmica sobre a credibilidade dos testes. No entanto, o que está em jogo não é apenas um exame aplicado nas escolas, mas um sistema que pode melhorar, e muito, a educação básica no Brasil,  além de  se tornar o caminho mais curto para a democratização do acesso ao ensino superior.

Assim como o Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), realizado recentemente, em 1.356 municípios do País, que contou com mais de 376 mil inscritos, concluintes de 8,8 mil cursos de graduação oferecidos por instituições de educação superior públicas e privadas, o Enem, criado pelo incansável ministro Fernando Haddad, que na nossa  ótica foi o ministro que mais fez pela educação brasileira nas últimas décadas, é de importância capital para o futuro da educação brasileira. Trata-se de um teste que obriga as escolas a melhorar a qualidade de ensino e se configura como uma  opção para as instituições de ensino superior adotá-lo como  forma de ingresso dos alunos, substituindo o retrógrado e ultrapassado sistema do vestibular. 

Nos últimos anos, porém, foram registrados  alguns problemas em sua aplicação, todos sanados tempestivamente pelo MEC. É que o Brasil é um pais de dimensão continental e a aplicação da prova envolve milhares de seres humanos suscetíveis de falhas, o que  torna-se humanamente  impossível evitar que pequenos problemas ocorram.     Em 2009, alguns exemplares foram roubados e, com a fraude, a realização do exame foi adiada.  Entretanto, todos os envolvidos no vazamento dos testes foram condenados pela Justiça Federal. No ano de 2010, houve questões embaralhadas na prova amarela, fazendo com que estudantes marcassem respostas no campo errado. Este problema também foi sanado pelo ministério.   Neste ano, vários candidatos no Rio de Janeiro foram informados por telefone que o local da prova que estava indicado no cartão de inscrição estaria errado. Por terem sido avisados a tempo, tal fato não acarretou prejuízo para os referidos candidatos.

Falhas à parte, vale ressaltar que o Enem consiste num importante instrumento de melhoria da qualidade de ensino e  numa oportunidade aos brasileiros que anseiam ingressar no ensino superior. A título de exemplo,  a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) decidiu oferecer 100% das vagas do vestibular 2012 através das notas do Enem de 2011. Para concorrer às vagas, os estudantes terão de se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (SiSU). A decisão foi comemorada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que considera uma mudança de paradigma no pensar das nossas instituições. 

De fato o é. O Enem, aliás, já é bastante utilizado por universidades públicas e por  quase todas as instituições privadas para o acesso ao ensino superior. Mais que isso, o exame ainda pode ser usado para a obtenção da certificação do ensino médio. No entanto,  as universidades têm autonomia para adotar a prova, seja como fase única, com o SiSU; como primeira etapa do vestibular; com a combinação com o vestibular da instituição ou ainda como fase única para as vagas remanescentes.

Para se ter uma ideia,  em Minas Gerais pelo menos onze universidades federais já adotaram o Enem como parte de seus vestibulares.   No ano passado, A UFMG passou a considerar a prova como primeira etapa do concurso, e, agora, continua com o mesmo processo, mas acrescenta algumas provas para a segunda etapa do vestibular. É um exemplo. Apesar de erros pontuais, o Enem e também o Enade precisam ser interpretados como essenciais para a educação brasileira.  O ministro Fernando Haddad  sabia da importância desses testes quando os criou. Agora é a sociedade que deve alcançar essa relevância. As falhas precisam ser corrigidas, mas a educação brasileira também. 

A OAB-PE realizará nesta sexta-feira (10), 9h, um importante evento sobre temas afetos ao ensino jurídico. A programação faz parte de um ciclo de debates mensais que acontecerão na instituição. Para dezembro está previsto uma mesa de discussões sobre o “Plano Nacional de Educação” - que tramita a “passos lentos” no Congresso Nacional.

Como todos sabem a educação não é um tema prestigiado no Brasil, haja vista as graves dificuldades que o setor enfrenta dia a dia. Daí a importância de eventos dessa magnitude promovidos pela sociedade, representada neste momento pela Ordem dos Advogados do Brasil.

Vejam abaixo a programação. Fica o convite!

CONVITE – Próximo dia 11.11.2011

Das 9h às 12h – Auditório da OAB/PE

A Ordem dos Advogados do Brasil – Secção de Pernambuco e a Comissão de Direito Educacional, a Comissão de Educação Jurídica e a Comissão de Exame de Ordem estarão promovendo o “I Ciclo de Debates sobre a Educação Jurídica Brasileira”, no dia 11 de novembro do ano em curso, das 9h às 12h, no Auditório Murilo Guimarães da OAB/PE.

O I Ciclo de Debate conferirá certificado eletrônico aos participantes e terá a seguinte programação:

·   Henrique Mariano, Presidente OAB-PE, tema: O piso remuneratório dos professores de Direito; 

·   Luciana Browne, Presidente da Comissão de Educação Jurídica, tema: O sistema estadual de educação e seus cursos jurídicos sem avaliação do CFOAB;

·   Inácio Feitosa, Presidente da Comissão de Direito Educacional, tema: Novos instrumentos de avaliação do Inep/Mec e a polêmica dos cursos jurídicos à distância; 

·   Gustavo Freire, Presidente da Comissão de Exame de Ordem, tema: A constitucionalidade do exame da OAB e a questão da qualidade dos cursos de Direito no Brasil. 

Com atraso de mais de 15 anos em relação aos países da OCDE, o Brasil começou um projeto piloto para a introdução da educação financeira nas escolas de ensino médio e fundamental. O projeto será implantando em 410 escolas da rede pública em seis unidades da federação e pretende atingir um universo de 15 mil alunos. É composto de um caderno, um livro texto (para o aluno e outro para o professor) e a capacitação à distância dos professores. Não existirá uma nova disciplina (educação financeira), mas o conteúdo será trabalhado “dentro” das disciplinas já existentes.

O projeto faz parte do ENEF (Estratégias Nacionais de Educação Financeira), estabelecido pelo Governo Federal através do Decreto 7.397 que visa fortalecer a cidadania e a solidez do sistema financeiro nacional.

A iniciativa não partiu do MEC (como era de se esperar), mas é fruto do esforço conjunto de diversos órgãos que compõem o Sistema Financeiro Nacional – Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), Banco Central, CVM (Comissão de Valores Mobiliários), Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) e Susep (Superintendência de Seguros Privados) – e conta com o apoio de outras entidades públicas e privadas, como a BM&FBovespa e a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

O projeto tem como objetivo ensinar as crianças a tomar decisões de consumo; compreender o orçamento doméstico; conhecer sobre poupança, investimentos, seguros, aposentadoria, financiamentos e a planejar o futuro.

O despreparo do brasileiro no que se refere às questões de finanças pessoais é notório e já foi identificado em diversas pesquisas acadêmicas. O projeto, portanto, merece todo o apoio e incentivo. No entanto, a importância da questão nos impele a sugerir ir além. O passo atual é muito pequeno e urge um movimento nacional mais abrangente, começando pela introdução da disciplina de educação financeira no currículo de todos os cursos superiores (principalmente nas licenciaturas).

O professor precisa ser formado com este conhecimento (como acontece na maioria dos países desenvolvidos). Um curso rápido para que ele aprenda a usar o material não será suficiente para criar uma real condição de aprendizagem dos assuntos financeiros para seus alunos. Sem que ele (professor) viva esta realidade antes, pouco conseguirá agregar aos seus alunos. Lhe faltará a necessária vivência na área para dar respaldo ao que está contido no material didático.

Para surtir o impacto necessário, a educação financeira não pode ser colocada como um elemento complementar no currículo escolar, como querem alguns especialistas em educação, mas sim como elemento essencial. Por que álgebra, geometria, trigonometria, genética, botânica e diversos outros importantes temas são considerados superiores? Como educador, me parece claro que não são. Nem no aspecto de desenvolvimento cognitivo, nem tampouco no aspecto de utilidade pragmática.

Para reforçar ainda mais a importância da educação financeira sugiro também que os restes oficiais como o ENEM, devam incluir questões de finanças pessoais, de modo que os estudantes compreendam o devido valor deste tema.

A Universidade de Pernambuco (UPE) divulgou, em coletiva na manhã desta terça-feira (8), a concorrência do vestibular tradicional e da 3ª fase do Sistema Seriado de Avaliação. Confira os 10 cursos mais concorridos:

 

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Engenharia civil – 79,28

Medicina – 76,17

Administração – 66,36

Medicina / campus Garanhuns – 49,42

Odontologia – 40,44

Engenharia mecânica mecatrônica – 37,81

Engenharia da computação – 37,77

Enfermagem – 35,47

Engenharia mecânica industrial – 34,71

Direito / campus Arcoverde – 32,16

Com informações de Mariana Cadena

As matrículas no ensino superior no Brasil subiram 110% entre 2001 e 2010. Os dados do Censo da Educação Superior, divulgados hoje pelo Ministério da Educação (MEC), mostram que as matrículas chegaram a 6,4 milhões de pessoas. No entanto, apesar do avanço significativo da educação pública, as vagas ainda se concentram majoritariamente nas instituições privadas, com 74,2% do total.

As universidades federais, no entanto, também tiveram um avanço considerável. No mesmo período, as matrículas nas federais aumentaram 86% e chegaram a 938,7 mil. Desde 2001, as vagas oferecidas nos vestibulares também mais que dobraram, passando de 148.843 em 2002 para 302.359 em 2010. "No início do seu governo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu dobrar o ingresso nas federais, e essa meta foi levemente superada", destacou o ministro da Educação, Fernando Haddad.

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O maior crescimento das vagas no ensino superior foi nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. No Norte, as matrículas cresceram 148%. No Nordeste, 128,5%. A participação do Nordeste passou de 15,2% de estudantes matriculados em cursos presenciais em 2001 para 19,3%, ultrapassando a Região Sul. O Norte concentra hoje 6,5% das matrículas contra 4,7% há dez anos.

Já Sul e Sudeste perderam espaço. O Sul passou de 19,8% para 16,4% e o Sudeste, de 51,7% para 48,7%. "O ideal é que as matrículas se aproximem do porcentual da população. O Sudeste concentra 40% da população, então 48% ainda é uma concentração relativa", disse Haddad.

A polícia do Chile retirou na manhã desta segunda-feira estudantes que protestavam na prefeitura de Santiago e prendeu 44 pessoas que estavam tentando ocupar o prédio, disseram autoridades. Os policiais agiram em minutos após um grupo de 50 pessoas, a maioria do ensino secundário, entrar no prédio na Praça de Armas da cidade.

Antes de serem retirados pela polícia, os estudantes conseguiram desenrolar uma bandeira em uma das varandas do edifício na qual se lia: "A educação é um direito e nós vamos lutar para garantir isso". Os alunos se identificaram como membros da Assembleia Coordenadora de Estudantes Secundários.

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Os estudantes têm estado na vanguarda de um movimento que já dura seis meses para pressionar o governo do presidente conservador Sebastián Piñera a fornecer educação pública de qualidade a todos os chilenos até a universidade. O confronto se tornou mais violento com os lados se tornando mais polarizados. As informações são da Dow Jones.

Para o secretário de Ensino Superior do MEC, Luiz Cláudio Costa, o crescimento das matrículas deverá ser maior nos próximos anos. Isso porque, segundo ele, a expansão das vagas nas universidades federais, iniciada em 2007, ainda não se consolidou. “Esses programas já garantiram um aumento, mas ele será ainda maior nos últimos anos. O alicerce está perfeito e as coisas estão caminhando dentro de um projeto estruturado”, avaliou.

As instituições públicas de ensino superior foram responsáveis por 310 mil novas matrículas e o setor privado por 120 mil, totalizando 430 mil novos estudantes. Entre 2008 e 2009, o crescimento tinha sido de 2%. Apesar do esforço do MEC para aumentar o número de alunos nas instituições públicas, a proporção de matrículas entre os estabelecimentos privados e públicos continua desigual. Segundo os dados preliminares do censo, quase 75% das matrículas estão nas instituições privadas, patamar semelhante ao verificado em anos anteriores. Para Costa, os efeitos de programas como o de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades (Reuni) ainda não foram "completamente sentidos".

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“As vagas nas federais duplicaram, mas as matrículas ainda estão respondendo. Quando você abre um determinado número de vagas, as matrículas só se consolidam em cinco anos [à medida que as turmas avançam]. Na educação não há respostas imediatas, mas a médio prazo”, acrescentou.

Ainda que haja um aumento nas vagas das universidades públicas, o secretário considerou que não será possível atingir a marca de 10 milhões de estudantes no ensino superior sem o setor privado. Como as mensalidades ainda são inacessíveis para boa parte do público que está fora do ensino superior, a aposta do ministério é na expansão das bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

“No mundo inteiro você tem a presença do setor privado, seja em maior ou menor quantidade. Se você observar, a instituição mais bem avaliada nos Estados Unidos é Harvard, que é privada. No Japão e na Coreia também há forte presença do setor privado, mas a qualidade da educação é extremamente regulada. Por uma série de razões, nós temos a presença das instituições particulares com as públicas, o importante é que todas sejam compromissadas com a qualidade. Esse controle continuará sendo feito para que a expansão continue dentro desse princípio”, disse.


Neste sábado (5), estudantes de todo Brasil vão participar de mais uma etapa da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep).  São mais de 800 mil participantes divididos entre nível fundamental e médio em todos os estados do País. Pernambuco, este ano, irá competir com 184 escolas e centros educacionais.

Em colégios de vários estados as atenções estão voltadas para a competição. No Recife, não seria diferente. A Escola de Referência Ginásio Pernambucano prepara e espera com ansiedade a participação e o resultado dos seus 37 alunos selecionados para a segunda fase. Sorrisos tímidos, olhares curiosos e muita educação. Foi assim que seis alunos da instituição se comportaram. Com alguns minutos de conversa, o que era timidez se transformou em vontade de falar, histórias para contar e, como eles mesmos disseram, orgulho em participar da competição.

Hugo Azevedo, aluno do 3º ano do ensino médio, fala de como se sente participando de mais uma etapa da competição. “O colégio incentiva bastante, não só em matemática como em outras disciplinas. Participar da segunda fase de uma competição nacional é motivo de muito orgulho”, salienta. Para Emily Queiroz, aluna do 2 º ano, a rotina de estudo foi essencial para eles chegarem nesta fase. “Aqui os professores exigem muito da gente. O que é legal, porque eles nos mostram que temos capacidade de conseguir as coisas. Eu não sou boa em matemática, faço reforço e tudo, mas consegui provar que eu posso”, salienta.

Barbara Ferreira, 15, fala sobre a expectativa em relação à competição. “Eu já participei outras duas vezes: na 7ª e 8ª séries, mas nunca cheguei a ganhar medalha. Ganhei menção honrosa. Esse ano quero trazer uma medalha”, adianta.

Enquanto os amigos falavam, Evilaine Siqueira, Cibelle Reis e Vitória Ribeiro, outras alunas da escola, concordavam e tinham uma opinião em comum: o orgulho que sentem em estar participando do campeonato. Sentimento que também é compartilhado pelo professor de matemática Admilson Taurino, que acredita que esse tipo de competição só traz benefícios aos discentes. “A Obmep veio para mostrar aos alunos que eles são capazes. É mais uma ferramenta para fazer da matemática uma disciplina mais popular, que todos podem aprender. Por isso aqui na escola damos muito valor a competições deste tipo”, explica.

A OLIMPÍADA – Estão participando estudantes do sexto ou do sétimo ano (nível 1) e do oitavo ou nono ano do ensino fundamental (nível 2) e de qualquer série do ensino médio (nível 3). Nesta segunda fase, eles terão três horas para responder seis questões dissertativas, explicar e exibir os cálculos e o raciocínio empregado ao responder a cada item. A divulgação dos resultados está prevista para fevereiro do próximo ano.

Projeto de estímulo ao estudo da matemática, a olimpíada envolve estudantes e professores de escolas públicas de todo o país. Para atrair participantes, a Obmep produz e distribui material didático, oferece estágio a professores premiados e indica alunos premiados para participação no Programa de Iniciação Científica Júnior (PIC) — os indicados estudam matemática por um ano, com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A Obmep também prepara, a cada ano, cerca de 30 ganhadores de medalhas de ouro para competições internacionais.

Promovida pelos ministérios de Ciência e Tecnologia e da Educação, a Obmep é realizada pelo Instituto Nacional de Matemática Pura Aplicada (Impa) e pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). Este ano, a competição recebeu 18,7 milhões de inscrições de alunos de 44,6 mil escolas dos 26 estados e do Distrito Federal.

Agora somos sete bilhões de habitantes em todo o planeta. Segundo o Fundo de População das Nações Unidas, nasceu nesta semana  a criança que levou o mundo a esta marca populacional. Mas o que significa exatamente termos tanta gente habitando o espaço terrestre? Significa que é preciso pensar nos desafios e na qualidade de vida da população, que até 2050 deve atingir a marca dos 9 bilhões, e no final deste século deverá ultrapassar os 10 Bi. Saneamento básico, moradia, emprego, previdência, e planejamento familiar e, principalmente, alimentos básicos são alguns aspectos que devem receber um olhar mais crítico das autoridades mundiais.

No Brasil, por exemplo, a taxa de fecundidade é de aproximadamente dois filhos por mulher em idade reprodutiva, e  temos, no território, aproximadamente, 22 habitantes por quilômetro quadrado. Ademais, com a alta expectativa de vida do brasileiro  em torno de 66 anos, é inevitável pensar na pressão econômica e social  que surgirá por novos postos de trabalho no País.  Esta pressão, fatalmente ocorrerá por conta desta nova população em idade produtiva.   Por outro lado, a revisão do plano de aposentadoria será outro fator com o qual não poderemos deixar de nos preocupar, pois os jovens que  hoje abarrotam o mercado de trabalho estarão grisalhos dentro de quarenta anos. Registre-se que somamos atualmente 893 milhões de habitantes com mais de 60 anos. Em 2050 este quantitativo pode chegar a 2,4 Bilhões de pessoas em todo o mundo.         

É importante trazer à baila que esta superpopulação mundial acarreta radicais  mudanças no cenário demográfico.  A maioria da população se concentra em grandes centros urbanos, e, grande parte dela, vive em condições subumanas, haja vista que as grandes metrópoles - que deveriam proporcionar  condições dignas de vida para a população -  não conseguem acompanhar este  recrudescimento populacional e proporcionar as condições mínimas necessitadas pelos seus habitantes.  Nesse contexto, é particularmente triste consignarmos que em termos de sobrevivência as metrópoles estão longe de ser o lugar  ideal para viver.  O que se nota é a favelização em torno das grandes metrópoles com pessoas vivendo em condições precárias.  Esse acúmulo que resulta no crescimento desordenado dos centros urbanos só tende a crescer com o aumento populacional.  Não existe,  nas principais grandes metrópoles, uma infraestrutura adequada que englobe saneamento básico, moradia, saúde e educação  para acolher todas estas pessoas.

Com efeito, o fato de a população atingir a marca dos 7 Bilhões chega não como algo a  se comemorar simplesmente, mas sim como um alerta de que precisamos refletir sobre a qualidade de vida dos habitantes deste planeta. É preciso garantir,  acima de tudo,  que países emergentes,  como o Brasil, continuem crescendo.  Mas, é preciso garantir também  a  qualidade de vida digna de seus habitantes. As políticas governamentais precisam estar diretamente ligadas ao crescimento populacional e às taxas de fecundidade e produtividade. Do contrário, estaremos apenas povoando o mundo sem sequer ter responsabilidade sobre o futuro.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, declarou em nota que a decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), no Recife, que suspendeu a liminar que determinava a anulação de 13 questões de todos os candidatos inscritos no Enem, "fez justiça a mais de 4 milhões de estudantes que não tiveram nenhum envolvimento com o ocorrido em Fortaleza".

Com a decisão do TRF-5, apenas 639 estudantes do 3º ano do ensino médio do Colégio Christus, de Fortaleza, terão 13 das 180 questões anuladas.

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"Não podíamos aceitar que estudantes de todo o País fossem prejudicados por conta de uma guerra fratricida movida por instituições privadas e de elite da capital cearense. A decisão fez justiça e reafirmou a solidez do Enem em todo o País", afirmou o ministro, em nota publicada no site do Ministério da Educação (MEC).

O MEC e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do ministério que cuida do Enem, afirmam que seguem acompanhando as investigações da Polícia Federal, que apura o vazamento das questões. "Se ficar provado o envolvimento do Colégio Christus ou de seus agentes, eles serão responsabilizados civil e criminalmente", afirma a nota.

De acordo com o MEC, "caso a Polícia Federal apure que as apostilas tenham sido distribuídas também para os 320 alunos dos cursinhos pré-vestibulares da instituição, o Ministério da Educação e o Inep poderão adotar o mesmo procedimento".

Assumi, recentemente, a relatoria da Comissão Especial que vai elaborar uma Lei de Responsabilidade Educacional para o país.

Essa lei é de grande urgência e relevância para o Brasil. Nós vivemos aqui um apartheid educacional, que afronta o conceito de uma democracia plena, que é a equidade de oportunidade para todos.

A qualidade da escola pública no Brasil está muito abaixo da qualidade do ensino privado. Segundo dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos – Pisa, da OCDE, que em 2009 avaliou alunos de 15 anos em 75 países, se o Brasil fosse representado apenas pela rede privada, ocuparia a 18ª posição. Se representado somente pela rede pública, ficaria posicionado no 59º lugar.

O pior disso tudo é que os pais dos alunos da escola pública não conseguem fazer o controle social sobre a qualidade da escola dos seus filhos.  Quando são realizadas pesquisas de opinião, a educação nunca aparece como um problema para a população. Geralmente, as prioridades apontadas são a saúde pública, o desemprego, a violência e as drogas, entre outros.

Apesar de os jovens concluírem o ensino básico, na sua esmagadora maioria, na condição de analfabetos funcionais, a educação não é vista como um problema pelos seus pais. Enquanto isso, a classe média e os mais ricos resolvem essa deficiência na escola privada.

Para enfrentar essa questão, é necessária uma regulação que comprometa prefeitos e governadores com condições mínimas de qualidade das suas escolas e metas de desempenho. A discussão está apenas começando, mas promete muito. 

A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou na tarde de hoje (3) um recurso para derrubar a decisão da Justiça Federal no Ceará de cancelar 13 questões do último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicado nos dias 22 e 23 de outubro.

Na noite de segunda-feira (31), a Justiça acatou pedido feito pelo Ministério Público Federal no Ceará para que as questões fossem anuladas, após a constatação de que alunos do Colégio Christus, de Fortaleza, tiveram acesso antecipado ao conteúdo de 14 questões cobradas no exame. Os itens estavam em apostila distribuída pela escola semanas antes da aplicação do Enem. O vazamento ocorreu na fase de pré-testes do exame, da qual a escola participou em outubro de 2010.

O MEC defende que a prova seja anulada apenas para os 639 alunos do colégio cearense que participaram do Enem, dando-lhes a oportunidade de refazer o exame no fim de novembro. Outra possibilidade admitida pelo ministério é que as 13 questões sejam anuladas apenas para os estudantes do Christus, não para todos os participantes do Enem, como decidiu a Justiça Federal liminarmente.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, pretendia entregar pessoalmente o recurso no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em Recife, mas desistiu porque o presidente da corte, desembargador Paulo Roberto Lima, não estava na capital pernambucana.

O pré-teste de onde vazaram as questões do Enem é feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), autarquia do MEC responsável pelo exame nacional, para avaliar a validade das questões e qual o grau de dificuldade de cada uma. Os cadernos de questões do pré-teste deveriam ter sido devolvidos após a aplicação e incinerados pelo Inep. O MEC confirmou que 13 questões que estavam na apostila distribuída pelo colégio cearense foram copiadas de dois dos 32 cadernos do pré-teste, aplicado no ano passado a 91 alunos da escola. A Polícia Federal investiga o caso.

Nós, pais, não podemos perder de vista que, apesar das transformações pelas quais passa a sociedade, somos e seremos sempre a primeira fonte de influência comportamental, emocional e ética dos nossos filhos. Estamos cada vez mais preocupados a respeito do futuro deles, e é comum buscarmos ajuda.

A relação entre pais e filhos não é mais a mesma do passado, pois a família mudou, tomando novas configurações. Isso ocorreu através de divórcios e segundos casamentos, mães que trabalham fora de casa, “pais de fins-de-semana”, dificultando, desse modo, manter a mesma dedicação à Educação dos filhos como a de gerações anteriores.

O nível de preocupações dos pais e a influência negativa da sociedade aumentaram consideravelmente. Os jovens hoje estão expostos a uma diversidade de informações e de violências que antes não existia, e que, de forma inconsciente, impede os pais de promover o crescimento dos filhos. Esse fator influi diretamente no desenvolvimento da autonomia da juventude em nossa cultura, pois romper com a dependência emocional construída pelos pais e deixar de lado a postura que tinha quando criança  torna-se cada vez mais difícil.

Esse processo, caracterizado pelo conflito existente entre as duas partes, pode possibilitar ao jovem, no seu comportamento, certa dose de ambivalência e inquietude. E aos pais, a incerteza de como conduzir os filhos por um caminho no qual possam protegê-los e, ao mesmo tempo, prepará-los para o enfrentamento da vida. Mas como orientar sem manipular, como direcionar sem induzir, como proteger sem reprimir a liberdade? Para enfrentar a vida com confiança e para obter condições de sobrevivência, é fundamental que esse jovem construa seu caráter pautado na criatividade e na iniciativa, próprias da autonomia, na busca de um ser ético que se adapte às exigências do mercado de trabalho.

A postura dos pais, como mediadores, é de extrema importância, pois os filhos sentem necessidade de falar a fim de clarear seus sentimentos e idéias. Ao contrário do perfil do pai que, ao impor sua razão, tira do filho a possibilidade de pensar e de problematizar questões para chegar a uma resolução, sem falar na inibição que proporciona. O mediador abre espaço para as dúvidas e ganha confiança e respeito. Pois, se existe indecisão frente a duas possíveis soluções, ao fazer perguntas como: “Se você decidir por essa solução, quais são as vantagens e as desvantagens?; Qual resultado você acredita que terá daqui a seis meses?”, diferente da estagnação que seria ouvir, “A solução só pode ser essa!”, escutar e questionar vão ajudá-los no processo de reflexão. Uma pergunta ou sugestão abrem espaço assim para a busca do melhor caminho. O controle emocional é importantíssimo! Nesse momento, evite registros do tipo: “Você não sabe o que está fazendo.”; “Isso não vai dar certo.”É muito melhor dizer: “Porque pensa assim? Já presenciou situações semelhantes em outro lugar? O ideal é que ele reflita sobre vantagens e desvantagens. Sua conversa deve possibilitar esse espaço, que é fundamental para reflexão e deve acontecer em momentos informais, de forma a construir um elo de confiança para ajudá-lo a adquirir uma imagem positiva de si mesmo.

 

O prefeito João da Costa assinou, na manhã desta terça-feira (01), as ordens de serviço para a construção de sete Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) no Recife. A cerimônia reuniu cerca de 500 pessoas, e contou com a presença do vice-prefeito Milton Coelho, do secretário municipal, autoridades, técnicos da Prefeitura, pais e mães de alunos e professores da rede municipal. O evento foi realizado no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, localizado na Rua Real da Torre, 299, Madalena.

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Serão investidos mais de R$ 10 milhões na construção dos sete centros, que fazem parte de um conjunto de 40, que integram o Programa Primeira Escola. O objetivo é elevar a qualidade da Educação Infantil, oferecendo mais vagas à população. As novas sedes irão atender um total de 1080 estudante. Estima-se que em até 180 dias os sete CMEIs estejam prontos. Depois da assinatura, João da Costa comentou a importância do início dessas obras para a educação infantil no Recife. “Hoje é um dia histórico para a educação da Cidade. Os CMEIs significam duas ações ao mesmo tempo: cuidado com a educação das crianças de zero a 5 anos e criação de espaços onde elas poderão ficar e receber um serviço de qualidade enquanto os pais trabalham”, disse. O prefeito acrescentou ainda a importância de uma educação de qualidade para o crescimento de um país e afirmou que o Recife está no caminho certo.

Os novos centros serão construídos seguindo as normas e padrões estabelecidos pelo Ministério da Educação (MEC), por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e deverão priorizar a acessibilidade, permitindo a integração de pessoas com necessidades especiais aos centros.  As unidades terão bibliotecas, fraldários, salas de informática, sanitários infantis, recreio coberto, refeitório e secretaria. A secretária de Educação, Esporte e Lazer (SEEL), Ivone Caetano, apresentou o projeto dos CMEIs e ainda a prioridade que a prefeitura dá a qualidade da educação municipal. “Depois do governo Lula, a educação infantil tomou novos rumos e o Recife tomou o caminho da qualidade. Esses espaços (CMEIs) vão favorecer o aprendizado e o desenvolvimento da criança”, pontuou.

 Conheça onde serão construídos e o investimento dos sete CMEIs:

1 - CMEI UR – 5: Localizado na Rua Vale do Cariri, s/n, UR-5, a unidade atenderá 120 estudantes. Para a obra estão serão investidos, cerca de, R$ 1,4 milhão.

2 - CMEI Bola na Rede: localizado na Estrada de Mumbeca, 100, Chácara 10 de junho, Guabiraba, a unidade atenderá 120 estudantes, valor da obra R$ 1,1 milhão.

3 - CMEI Sítio dos Macacos: Loteamento Jardim Eldorado, Estrada da Fop, Guabiraba, a unidade atenderá 120 estudantes.Valor da obra R$ 1,2 milhão

4 - CMEI Rotary: Rua Ver. Otacílio de Azevedo, 1030, Nova Descoberta. A unidade atenderá 240 estudantes. Valor da obra R$ 1,3 milhão

5 - CMEI Fábrica de Estopa: Avenida Caxangá, 653, Cordeiro, atenderá 240 estudantes. Valor da obra R$ 2,1 milhões

6 - CMEI Iraque: Rua Havaí, s/n, Estância, atenderá 120 estudantes. Valor da obra R$ 1,5 milhões

7 - CMEI 08 de Março: Rua Engenho Bulhões, s/n, Ibura, atenderá 120 estudantes. Valor da obra R$ 1,5 milhões

 

 

                                                                                            

 

Tecnologia, informação a todo segundo, em qualquer lugar. Prédios, concreto, calor, poluição. Pois é, a vida moderna é cansativa, agitada, não sobra tempo. Os livros são substituídos pela internet. As salas de aula, por chats.  Mesmo diante de uma realidade tão agitada e coberta de inovações, existem pessoas que ainda visitam e utilizam os parques como lugares para a construção de conhecimento.

Em alguns deles, é comum notar que há passeios escolares, pessoas sentadas observando a movimentação ou lendo e alunos que elegem o local para reunir grupos de estudo ou preferem estudar por ali, pois moram distante demais para voltar para casa no intervalo entre as aulas.


Sentada sozinha em um dos bancos do Parque 13 de maio, com bolsa e caderno na mão. Foi assim que Thaíza França, 15, estava. Ela sorri e afirma que aquele é o local mais calmo para estudar. Mais calmo ainda que sua casa. “Estudar aqui é tranqüilo. Todos da escola vêm para cá. Muita gente mora longe, fica complicado se encontrar e estudar”, conta ela. Não demora muito e Thaíza já não está mais sozinha. Natália Silvestre,16, outra aluna da mesma escola, chega e logo começa a explicar o porquê de estudar no parque. “Aqui tem sombra, é ventilado. Já conhecemos todo mundo, torna-se seguro. Além de ficar perto da escola”, diz.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Os parques não são apenas ponto de encontro para estudantes e leitores. Em outro lugar da cidade fica o Parque Dois irmãos. Escolas de vários lugares do estado, ou até mesmo de fora, o utilizam como uma forma prática de ensinar sobre ecologia.

Ao entrar no parque, a sensação de que não estamos mais na cidade é grande. É como se fosse um pedaço da natureza perdido. O cheiro, o ar, vozes, crianças correndo e vários grupos andando juntos, normalmente vindos de alguma escola, tudo dá um ar familiar ao parque. O local ainda é um dos poucos (mesmo com problemas de infraestrutura) que mantém uma programação voltada para educação e preservação do meio ambiente.

No espaço funciona o Centro Ambiental Vasconcelos Sobrinho, que promove atividades voltadas para crianças e adultos nas áreas de ciências biológicas, veterinária, zootecnia e educação ambiental. Lá, os visitantes podem ver de perto a fauna e flora local. Taciana Lauriano, coordenadora de educação do centro, explica o funcionamento do parque: “Nós trabalhamos com o lema, ‘conhecer para preservar’, ou seja, mostramos com visitas guiadas e trilhas interpretativas um pedacinho da unidade de preservação da mata atlântica ao qual o parque está inserido. Ensinando na prática, a importância de se preservar a mata para a vida do planeta como um todo”.

No parque, é fácil notar a grande quantidade de crianças. Olhares curiosos, risadas, e porque não, medo. Por alguns momentos todas as atenções voltam-se para Nichele Oliveira, monitora do centro que passeia com uma cobra enrolada nos braços. Divididas entre tocar a serpente ou observar de longe, os pequeninos ficam eufóricos. Uma diversão ver a reação de cada um. “Quando fazemos trilhas com crianças de 5 a 6 anos, surgem perguntas bem engraçadas. Já chegaram a perguntar se salsicha dava em árvore ou o motivo de determinado animal ter pena e outro não. É bem interessante”, conta ela.

Diante de tanta empolgação e curiosidade, professoras e coordenadoras de colégios que fazem parte das trilhas também ficam agitadas, mas garantem que é de extrema importância passar esse tipo de informação para os alunos. Letícia Ruiz saiu do Rio Grande do Norte com os alunos para visitar a reserva. “Lá, não existem parques assim. Os meninos adoraram poder ver tantas espécies de animais, de perto. Foi um ótimo passeio”, conta.

Descansar, jogar bola, namorar, fazer caminhada, brincar, ler, estudar, aprender. São tantas coisas possíveis de se fazer dentro de um parque que fica difícil descrever. A maioria desses espaços faz parte da história ou até mesmo se confundem com a vida das pessoas que por ali passaram. Sim, o mundo moderno tirou um pouco do brilho dos parques. Mas eles continuam ali, sendo palco de momentos simples e importantes, como o de uma criança aprendendo a importância da educação e do conhecimento através da vida.

Muita movimentação e calor. É assim que começa mais um dia da feira Ciência Jovem, que segue até amanhã (28), na área externa do Espaço Ciência, no Complexo de Salgadinho. Estudantes de vários colégios da cidade e de todo Brasil se unem para mostrar todo conhecimento adquirido através de trabalhos voltados para as diversas áreas científicas.

Confira a galeria de fotos.

Um espaço imenso voltado para o conhecimento. É assim a feira promovida pela equipe pedagógica do espaço ciência. Apesar do calor e da grande quantidade de gente circulando pelos corredores, o clima é de descontração. Lá é possível conhecer desde os equipamentos eletrônicos até o funcionamento nada simples do nosso cérebro.

Ao andar pelos corredores foi fácil enxergar um estande rosa, com corações pregados na parede e uma menina sentada, observando o movimento. Clarisse Xavier,16, estudante do Colégio de Aplicação, tinha como “missão” explicar como funciona o amor, mais especificamente o cérebro de quem está apaixonado. O movimento começa a crescer e em meio a tantas perguntas e interesse dos visitantes, ela explica a importância da feira para ela e para quem está ali só de passagem. “Nós estamos aqui por diversão, por querer não só passar nosso conhecimento, mas aprender também. Conhecer pessoas e trabalhos de outros estados também é muito importante para nossa formação.”

Clarisse faz parte de apenas uma das mais de 300 escolas participantes da feira. O evento acontece até amanhã e deve premiar os melhores trabalhos a partir das 16h. Cada prêmio será entregue de acordo com sua categoria específica: iniciação à pesquisa, voltada para estudantes da educação infantil e ensino fundamental I; divulgação científica, dirigida ao ensino fundamental II; incentivo à pesquisa e desenvolvimento tecnológico, para alunos do ensino médio; e educação científica, voltada para os professores.

O professor Antônio Carlos Pavão, diretor executivo do Espaço Ciência, chega de uma forma descontraída, e demonstra toda sua empolgação com a realização do evento. Para ele receber trabalhos e escolas de todo Brasil é um grande passo para o crescimento da feira.

FEIRA CIÊNCIA JOVEM - A feira está em sua 17º edição e vem dando incentivo à disseminação do conhecimento dos jovens na área científica. A iniciativa tem apoio financeiro do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, Ministério da Educação, Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, Secretaria Estadual de Educação, Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco – FACEPE e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq.

Os efeitos da exclusão do saber estão em todos os lugares. Vão desde a criança reprovada na escola pública, mas, mesmo assim, promovida à série seguinte para que sua vaga seja ocupada por outra pessoa, ao adulto, que é desligado do seu emprego por não dominar a tecnologia, chegando ao cidadão que é assaltado à porta de casa.

O conhecimento - algo tão intangível - passa a ter materialidade na sociedade pós-industrial, restabelecendo uma nova ordem de organização social: a dos que possuem conhecimento e a dos seus excluídos. Na história da humanidade, o tear hidráulico, o tear mecânico e a máquina a vapor foram os símbolos da revolução industrial iniciada em 1750, que demarcou o território físico da criação do conhecimento humano exigindo dos operários o domínio das máquinas para a realização de uma produção seriada.

Em seguida, os ideais de “liberté”, “égalité” e “fraternité” da Revolução Francesa, em 1789, culminaram com a queda da Bastilha, símbolo do absolutismo francês, e fizeram surgir o “homem cidadão” detentor de direitos e de obrigações. Não mais subordinado às elites dominadoras e opressoras, mas um indivíduo livre cuja relação laboral passava a ser amparada por arcabouços jurídicos como, por exemplo, ocorreu no Brasil, com a Consolidação das Leis do Trabalho de 1943, aprovada pelo Decreto-lei n. 5.452, de 01.05.1943.  

Vivemos em um novo milênio, cheio de ebulições sociais, no qual o conceito de trabalho já não corresponde ao apregoado naquela lei celetista. Hoje, vê-se que o trabalhador, muitas vezes, exerce suas atividades em casa, sem subordinação, sem expediente, e com uma perfeição técnica inigualável. Mas, o acesso às informações dá-se de uma forma sem precedente - em todos os instantes - de diversas maneiras. Por isso, somos cobrados a ter um conhecimento global, além de nossas aldeias.

A valorização da educação, do conhecimento, da capacidade humana de assimilação de informações, mas, sobretudo, da retenção de conhecimento é o que tem diferenciado as pessoas bem sucedidas das que tiveram insucesso profissional. Essa é uma das piores exclusões: a do saber.

Em plena era da sociedade do conhecimento, vivemos em um Brasil com índices de exclusão educacional altíssimos. O último Censo do MEC/Inep, referente a 2005, comprova que estamos longe de inserir nossos jovens de 18 a 24 anos no ensino superior como objetiva os 30% do Plano Decenal de Educação. A taxa líquida de inserção desses jovens é de 10,9%, o que é muito baixo para um país de dimensões geográficas e culturais como o nosso.

É vergonhoso vermos os índices de violência de nossas cidades, em que a sociedade a cada momento se vê vítima também de suas crianças. A evasão escolar mostra onde elas estão: na rua mendigando ou vitimando a própria sociedade que as excluiu do convívio.

O projeto de inclusão social brasileiro funciona às avessas, mas o nosso planejamento estratégico de deformação social avança a cada dia em progressão geométrica. A criança fora da escola é o adulto que desconhece seus direitos, mas que aceita calado todos os deveres que os ditos “instruídos” lhe impõem.

Enquanto isso, nossos representantes legislativos aparecem nas páginas dos jornais se defendendo de denúncias de corrupção ou mesmo elaborando leis que os favoreçam. Parece até que as leis são criadas para os deixarem impunes!

As universidades de nossas ex-crianças de ruas são os presídios, onde passam a ser detentoras dos diplomas de indigentes sociais. Esses locais, verdadeiros “barris de pólvora”, estão prontos para explodir a qualquer momento. E nossas autoridades... O que fazem? Nossos juristas já falaram em punir, prender, trancafiar... Digo: sem educação não haverá solução para nossa crise social.

 

Um simulado realizado no Colégio Christus, de Fortaleza, dez dias antes da aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), apresentou nove questões idênticas à prova aplicada no fim de semana passado em todo o País. Segundo o Ministério da Educação (MEC), a suspeita é de que a escola tenha tido acesso a questões do pré-teste realizado em 2010. O MEC não crê em vazamento da prova após a impressão. Os 639 alunos do colégio terão de refazer o exame.

O MEC acionou a Polícia Federal (PF) para investigar o caso. As nove questões estavam em pré-teste realizado em outubro do ano passado em cinco Estados, entre eles o Ceará. Uma das linhas de investigação da PF é de que um funcionário do Colégio Christus tenha subornado um fiscal que aplicou questões do pré-teste na escola e copiado o caderno.

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De acordo com o colégio, o simulado ocorreu dez dias antes do Enem. A escola publicou uma nota de esclarecimentos na tarde de hoje em seu site oficial. O texto afirma que, "como há o pré-teste de questões utilizadas no Enem, existe a possibilidade de que essas questões caiam no domínio público antes da realização oficial do exame, as quais eventualmente podem compor o banco de dados de professores e de outros profissionais da área de educação". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Supremo Tribunal Federal (STF) recusou hoje um pedido para que bacharéis em direito fossem liberados para exercer a advocacia sem a necessidade de prévia aprovação no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Para advogar no Brasil, o bacharel tem de ser aprovado no exame da OAB. Mas os índices de êxito têm sido muito baixos. Na última prova, por exemplo, apenas cerca de 15% dos inscritos tiveram sucesso.

Os ministros do STF concluíram que se a atividade for praticada por profissional inabilitado pode trazer riscos à coletividade. De acordo com eles, o exame aplicado pela OAB objetiva verificar se o bacharel tem os conhecimentos e a qualificação necessários para exercer a advocacia. Dessa forma, o exame da OAB está de acordo com a Constituição Federal, que defende o interesse público.

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"Quem exerce a advocacia sem qualificação técnica prejudica a outrem, ao cliente e à coletividade", afirmou o relator do recurso no Supremo, ministro Marco Aurélio Mello. No início de seu voto, ele comentou a proliferação de cursos de direito de baixo custo. "Vende-se o sonho, entrega-se o pesadelo", disse.

"A exigência do concurso é em prol da ordem jurídica. É preciso que a ordem jurídica seja tecnicamente e eficientemente aplicada", afirmou o ministro Carlos Ayres Britto. Inconformadas, 11 pessoas que assistiam ao julgamento foram retiradas do plenário por seguranças depois que tentaram se manifestar em voz alta. Uma mulher desmaiou e foi atendida no serviço médico do Supremo.

O STF chegou à conclusão de que a prova é necessária ao rejeitar um recurso no qual um bacharel do Rio Grande do Sul sustentava que a obrigatoriedade de aprovação no exame da OAB para exercício da advocacia seria inconstitucional porque violaria princípios como a dignidade da pessoa humana. Entre as alegações estava a de que caberia às instituições de ensino superior e não à OAB verificar a aptidão de seus alunos para atuarem como advogados ou não.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, defendeu a legalidade do exame obrigatório para os profissionais que pretendem trabalhar como advogados. Gurgel retificou um parecer anterior do Ministério Público Federal que tinha sido favorável ao pedido. O presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, sustentou em nome da entidade e disse que o exame é uma proteção à sociedade e à democracia. Segundo ele, a atividade deve ser exercida apenas por profissionais qualificados. Cavalcante afirmou que a realização do exame não é uma invenção brasileira. "Não é nenhuma jabuticaba do Brasil", disse. Conforme ele, provas semelhantes são aplicadas em outros países democráticos.

Professores e estudantes da educação infantil ao ensino médio das escolas públicas e privadas já estão preparados para a 17ª edição da Feira Ciência Jovem. O evento é organizado pela equipe pedagógica do Espaço Ciência e tem como proposta apresentar às universidades, redes de ensino e a sociedade os trabalhos científicos e tecnológicos desenvolvidos por alunos e docentes. O evento irá acontecer nos dias 26, 27 e 28 de outubro, no próprio Espaço Ciência.

O evento tem sido um dos mais significativos desde o surgimento do Espaço Ciência, em 1995.  De 30 trabalhos na sua primeira edição, cresceu em 2007 para 160 projetos, com cerca de 10 mil pessoas visitando a feira. Este ano a feira passa a ser nacional, com a participação de trabalhos e escolas de diversos locais do País.

Segundo Antonio Carlos Pavão, diretor do Espaço Ciência, a feira é uma ótima oportunidade das pessoas conhecerem os trabalhos dos futuros cientistas. “A Feira é uma oportunidade para as pessoas conhecerem a produção científica dos alunos, nossos futuros cientistas e cidadãos, que aproveitam para divulgar seus conhecimentos e sua produção em ciência e tecnologia”, frisou.

Os projetos são divididos em cinco categorias: iniciação à pesquisa, voltada para estudantes da educação infantil e ensino fundamental I; divulgação científica, dirigida ao ensino fundamental II; incentivo à pesquisa e desenvolvimento tecnológico, para alunos do ensino médio; e educação científica, para professores. Todos os trabalhos são avaliados por profissionais liberais, professores, pesquisadores e técnicos de diversas instituições profissionais.

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