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A mobilização do movimento contra a corrupção e "Fora Dilma" reuniu, em Rio Branco, capital do Acre, apenas 300 pessoas, segundo cálculo da Polícia Militar. A organização estimou em cerca de 700 pessoas.

Durante a semana, foi divulgada a informação de que 20 mil pessoas participariam do movimento. Isso acarretou em uma mobilização por parte da PM maior do que o normal. Até policiais do Bope foram acionados. Nenhuma ocorrência policial foi registrada.

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A concentração iniciou em frente ao Palácio Rio Branco, às 14 horas (16 horas de Brasília), percorreu as ruas centrais da Capital, passando pela sede da Prefeitura de Rio Branco e da Casa Rosada, sede administrativa do governo do Acre.

A presidente Dilma Rousseff está reunida na tarde desta quarata-feira, 11, com o governador do Acre, Tião Viana (PT), e prefeitos de municípios do Estado para discutir medidas de ajuda às famílias atingidas pelas enchentes. Também participam do encontro, que acontece no aeroporto de Rio Branco, os ministros da Saúde, Arthur Chioro; e da Integração Nacional, Gilberto Occhi.

Um dos integrantes da comitiva presidencial é o senador Gladson Cameli (PP-AC), investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Operação Lava Jato. Logo mais, a presidente vai ao ginásio do Sesi onde se encontrará com desabrigados.

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Cumprindo agenda pública na noite desta quarta-feira (11), na cidade de Rio Branco, no Acre, a presidente Dilma Rousseff (PT) aproveitou o seu discurso durante entrega de 967 chaves aos contemplados com programa Minha Casa, Minha Vida, para enaltecer sua gestão. Em meio a críticas recentes marcadas por um “panelaço” e com protesto previsto para o próximo dia 15 de março, a petista afirmou “continuar trabalhando para melhorar a vida de cada família brasileira”.

Dilma também se comprometeu com os brasileiros e anunciou o intuito de sua gestão. “O objetivo do meu mandato é continuar trabalhando para melhorar a vida de cada família brasileira”, ressaltou, enaltecendo seu governo logo em seguida. “Todas as medidas que o meu governo toma têm um sentido: garantir que o país cresça, gere empregos”, prometeu. A petista foi à cidade de Rio Branco inaugurar o Residencial ‘Cidade do Povo’.

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Depois de ter sido surpreendido em mais um protesto contra a presidente Dilma Rousseff, nessa terça-feira, 10, ao visitar os estandes da 21ª Edição do Salão Internacional da Construção, em São Paulo, o governo decidiu intensificar a tentativa de entendimento com os movimentos sociais durante as viagens presidenciais. Nesta quarta-feira, 11, a presidente estará em Rio Branco, no Acre, e um protesto "Fora Dilma" deve esperá-la no aeroporto da cidade, conforme foi detectado pelo Palácio do Planalto.

A presidente deverá visitar áreas afetadas pelas chuvas, entregar quase mil casas do Minha Casa Minha Vida e conversar com lideranças locais no aeroporto. O governo busca conversas com líderes do movimento, que poderá ser expressivo, de acordo com o Planalto, para evitar algum tipo de confronto.

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Dilma foi avisada por auxiliares que, daqui para a frente, os protestos deverão ser permanentes. Além dos protestos armados para esta quarta em Rio Branco, também foram detectados movimentos contra ela na quinta-feira, no Rio de Janeiro, e na sexta-feira, em Belo Horizonte - cidades que a presidente visita nos próximos dias.

Para tentar evitar novas surpresas, a Secretaria Geral da Presidência - encarregada de entendimento com movimentos sociais e de monitorar possíveis problemas como esses em visitas presidenciais - vai intensificar as buscas por protestos organizados pelas redes sociais e por focos de insatisfação, a fim de que se possa fazer previsões mais realistas sobre eventuais manifestações.

Embora Dilma sempre reitere que protestos pacíficos são da regra democrática, ela ficou muito incomodada de ter sido submetida a vaias de expositores do Salão Internacional da Construção, nessa terça em São Paulo, fato considerado um constrangimento desnecessário. Na avaliação de um assessor muito próximo da presidente, "errou a segurança e errou a Secretaria Geral", em relação ao ocorrido na capital paulista. Ele pondera, no entanto, que houve dificuldades em se detectar esse movimento, pois, até então, os chamados das pessoas que estavam nas solenidades eram para tirar 'selfies' com a presidente.

Centrais

O governo também tentou convencer a Central Única dos Trabalhadores (CUT) a adiar as manifestações marcadas para sexta-feira, por avaliar que esses atos servem de combustível para os protestos contra a presidente, previstos para domingo. O primeiro a conversar com dirigentes da central sindical foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que jantou com Dilma, no Palácio da Alvorada, nessa terça. No encontro, os dois conversaram sobre esses protestos.

Na última segunda-feira, 9, o apelo foi reforçado pelo ministro da Secretaria Geral da Presidência, Miguel Rossetto, e também pediu à CUT que suspendesse as manifestações, ao menos por enquanto. Para o governo, os atos puxados pela CUT e por movimentos sociais, em defesa da Petrobrás e contra as medidas provisórias que restringiram os benefícios trabalhistas, podem ter efeito contrário e incentivar uma "onda" contra Dilma. Os petistas tentam ainda evitar que as manifestações de sexta-feira, 13, se transformem em repúdio ao governo e à política econômica.

Diante do acirramento dos ânimos, o governo vai monitorar todas as manifestações até domingo, em uma espécie de "gabinete de crise". Em nota, Rossetto negou que tenha tentado cancelar os atos de rua previstos pela CUT, MST, UNE e outras entidades. A informação, porém, foi confirmada ao Estado por outros dois ministros.

Diante das fortes chuvas que não param de cair no estado do Acre, o governo federal decretou estado de calamidade pública sumária nas cidades de Rio Branco e Brasiléia. Com isso, a Defesa Civil, vinculada ao Ministério da Integração Nacional, assumiu o controle sobre o atendimento de apoio nas cidades atingidas.

Por determinação da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Integração, Gilberto Occhi, está no Acre para verificar os problemas que assolam a região já que, desde ontem, a situação evoluiu - e muito - para pior. Segundo informações do Ministério, o Rio Acre hoje está 18,9 metros acima da normalidade e atingiu o maior nível dos últimos 45 anos. Mais de 85 mil pessoas foram atingidas pelas chuvas, pelo menos 32 áreas rurais estão com a produção comprometida, há três pontes interditadas e isso está provocando o desabastecimento de água potável em vários locais.

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A Defesa Civil está levando kits com colchões e cestas de alimento e água potável para atender os desabrigados. O governo federal também enviará kits de socorro para cidades do Amazonas que também estão enfrentando problemas com as chuvas.

O Exército vai reforçar o apoio logístico ao Acre, Estado que sofre com fortes cheias nos últimos dias. O reforço na atuação das tropas foi determinada nesta quarta-feira pelo ministro da Defesa, Jaques Wagner, após conversa por telefone com o governador Tião Viana. Serão enviados, imediatamente, mais 300 militares. Esse novo grupo vai se somar aos 350 homens do Exército que já estão na região desde que a capital acreana começou a sofrer os efeitos da enchente.

O Ministério da Defesa relata que as chuvas começaram a se intensificar em Rio Branco no dia 22 de fevereiro, quando o Rio Acre - que corta a cidade - transbordou. No dia seguinte, o rio atingiu a marca 14,60 metros de profundidade. Nesta terça (4), às 10 horas, o rio já atingia a marca de 18,11 metros. O governador Tião Viana sinalizou com a possibilidade de decretar estado de emergência.

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O Exército também está enviando 30 embarcações provenientes de Humaitá (AM) para o Acre. No local, as equipes de emergência já contam com 14 carros e 12 embarcações. Jaques Wagner está na região Norte, para uma visita ao Comando Militar da Amazônia. O ministro recomendou aos auxiliares que mantenham contato permanente com o governo acreano para caso de necessidade de ampliar o apoio logístico.

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A cidade de Rio Branco, no Acre, registra a maior cheia em 132 anos, com mais de 71 mil pessoas desalojadas e uma morte. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), o Rio Acre atingiu 18,01 metros. A cota de transbordamento na capital acreana é de 14 metros.

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O Corpo de Bombeiros de Rio Branco já faz apelos para mobilizar voluntários. Nas redes sociais, oficiais da corporação pedem barcos e pessoas com disposição para ajudar nas buscas de vítimas e desabrigados. A cheia supera a de 1997, quando o nível do rio chegou a 17,66 metros.

Já são 40 bairros atingidos e o prefeito decretou, no domingo, estado de calamidade pública. Junto com o governo do Acre, o município decretou também ponto facultativo para o funcionalismo público, para tentar diminuir o fluxo de pessoas e de veículos na região central da cidade.

As duas pontes centrais de Rio Branco foram interditadas por medida de segurança. Com essas ações, a rotina do rio-branquense foi completamente modificada. Engarrafamentos, trânsito lento e protestos comunitários foram registrados durante todo a segunda-feira, 2.

Morte

Uma servidora pública morreu eletrocutada enquanto entrava na casa da filha, alagada com água a quase 1 metro do chão. As aulas na rede pública de ensino também foram suspensas nas demais cidades em que houve problema de cheia do Rio Acre.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Educação (MEC) autorizou, nesta terça-feira (20), através do Diário Oficial da União (DOU) a criação de 1.780 vagas para quatro instituições de ensino superior. Instituições da Amazônia, Paraíba, Acre e Paraná foram as beneficiadas.

As vagas são para o curso de engenharia civil (150 vagas), no Instituto de Ensino Superior do Acre (IESACRE); biomedicina (300 vagas), da Faculdade Metropolitana da Amazônia (FAMAZ); graduação em enfermagem (200 vagas) e nutrição (200 vagas), tecnológico em gastronomia (180 vagas) e gestão pública (180 vagas), na Faculdade Internacional da Paraíba (FPB).

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Já na Faculdade Integrado de Campo Mourão (CEI) são 170 vagas para bacharelado em agronomia. Na Faculdade Integradas Brasil Amazônia (FIBRA) são 200 vagas para livenciatura de pedagogia e 150 para letras – português e inglês.

Em um comício do governador e candidato à reeleição, Tião Viana (PT), em Rio Branco, no Acre, nesta quinta, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou a importância das reeleições do petista e da presidente Dilma Rousseff (PT). Em discurso postado na página do ex-presidente no Facebook, Lula diz que foi seu segundo mandato que permitiu fazer a "grande revolução" no País.

"Eu aprendi que no segundo mandato eu sabia mais. Eu já tinha aprendido com meus erros e eu pude fazer o dobro e o triplo do meu primeiro mandato. Não é nenhum favor a gente manter aquele que está fazendo as coisas certas. Não é nenhum favor a gente manter aquele que está fazendo uma revolução", afirmou. Sem citar Marcio Bittar (PSDB), que concorre com o petista pelo governo do Acre, Lula disse não se pode "colocar um aventureiro para desmantelar tudo o que está sendo feito neste estado".

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Terra natal e reduto político de Marina Silva (PSB), o Acre foi um dos únicos Estados em que a candidata ganhou a votação para Presidência no 1º turno com 41,99% dos votos. Em discurso, Lula disse que não se governa olhando o resultado da eleição. "Eu duvido que em algum momento da história da existência do Acre ele recebeu metade do dinheiro que recebeu nestes 12 anos com Dilma e Lula e nunca perguntei em quem as pessoas votaram", argumentou. Em seguida, pediu ao povo para que transformem em "questão de honra" a reeleição de Dilma Rousseff a partir da votação do estado.

O ex-presidente ainda disse que conhece pouca gente que merece "respeito e confiança" como Tião Viana e pouca gente com "o caráter da companheira Dilma Rousseff". Lula e a candidata ainda não apareceram juntos neste segundo turno das eleições. Lula anunciou ainda que até o dia da votação vai participar de eventos em Manaus, Belo Horizonte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Pernambuco. Na disputa do 1º turno, Tião Viana (PT) teve 49,75% dos votos, e Márcio Bittar (PSDB) teve 30,10% dos votos.

O PSB do Acre deve formalizar ainda esta semana o apoio à presidente e candidata a reeleição Dilma Rousseff. O presidente do PSB/AC, Gabriel Gelpke, viaja até sexta-feira (10), para Brasília para declarar oficialmente a decisão do partido. A informação foi confirmada na manhã desta quinta-feira pelo vice-governador César Messias, eleito deputado federal pela sigla.

O PSB é um partido que há mais de 20 anos integra a Frente Popular do Acre. Foi um entendimento entre César Messias e o então pré-candidato à presidência Eduardo Campos que consolidou a permanência da sigla na FPA, montando palanque próprio para a campanha presidencial no Acre. Essa situação se manteve com Marina candidata.

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Agora, com o novo cenário de composições políticas para o segundo turno, a posição do PSB do Estado é formalizada no mesmo instante em que Marina se aproxima do PSDB. "Nós vamos apoiar Dilma Rousseff e vamos continuar apoiando o governador Tião Viana", reforçou Messias.

O Acre elegeu o senador mais jovem do Brasil: Gledson Cameli (PP), de 36 anos completados em março deste ano. É a mesma idade que Marina Silva tinha quando foi escolhida senadora, também pelo Acre, em 1994. Para ser senador no Brasil é preciso ter, no mínimo, 35 anos. Cameli foi eleito com votação expressiva: 58% dos votos, contra 36% de Perpetua de Almeida (PCdoB) - em números absolutos, levou mais votos que o candidato ao governo do Acre Tião Viana (PT), que vai para o 2.º turno com Márcio Bittar (PSDB).

"Ser o mais jovem triplica minha responsabilidade", diz Cameli, que reivindica representar a insatisfação das ruas de junho de 2013. A juventude do senador, no entanto, não se traduz em novas pautas na sua agenda política, que tem até uma proposta conservadora: redução da maioridade penal para 16 anos.

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Outras bandeiras do candidato são a diminuição da carga tributária e a instituição de mandatos de 5 anos, sem reeleição e a construção de ponte sobre o Rio Madeira, que ainda mantém o Acre apartado do País. "Com a cheia que tivemos no rio, ficamos isolados. Aí a União diz que não tem dinheiro para fazer a ponte, mas empresta para Cuba, país comunista, fazer um porto?"

Ele é um dos responsáveis pelo rejuvenescimento do Senado - os 27 eleitos têm, na média, 58 anos -, mas não é novato na política. Foi eleito deputado federal pelo Acre em 2006 e reeleito em 2010. Já passou por PPS e PFL antes do PP, e é sobrinho do ex-governador do Acre Orleir Cameli, morto ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após votar na sede do Incra, em Rio Branco, na manhã deste domingo, a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, fez ataques à adversária petista, Dilma Rousseff, e evitou falar sobre a sua queda nas pesquisas de intenção de voto e em possíveis alianças, caso não vá para o segundo turno. Marina disse estar confiante de que os eleitores "saberão honrar quem não quis ganhar a eleição apenas na base da calúnia, do boato."

A candidata reclamou de intimidações e constrangimentos feitos pelos adversários. "A democracia serve para melhorar a própria democracia e não criar uma situação de constrangimento e intimidação, como meus adversários fizeram", disse a ex-senadora.

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Pela primeira vez desde que Marina entrou na disputa presidencial em agosto, após a morte de Eduardo Campos (PSB), o senador Aécio Neves (PSDB) ultrapassou numericamente a candidata do PSB nas pesquisas de intenção de voto divulgadas neste sábado, mas ainda há empate técnico. Com o resultado, segue indefinido quem será o adversário de Dilma em um eventual segundo turno.

Marina atribuiu a queda repentina na preferência do eleitorado ao pouco tempo da campanha na TV em relação aos dois principais oponentes. Ela disse, no entanto, estar confiante que vai para o segundo turno, onde promete fazer "debate" e não "embate".

"Eu venho de uma realidade pobre. Está aqui meu pai, de 78 anos, seringueiro. Ele é pobre, sempre foi pobre, mas me ensinou que o cidadão não deve favor e sim tem direitos", declarou Marina. Depois da votação, ela seguiu com o marido em um jatinho particular para São Paulo, onde acompanhará a apuração dos votos.

Parte dos 506.724 eleitores do Acre vota em áreas isoladas. Nessas regiões, só se tem acesso por meio dos rios, avião ou helicóptero. Por isso, o ministério da Defesa conclui neste sábado (4) o transporte de urnas para essas comunidades.

São regiões muito remotas e afastadas dos grandes centros. Ao menos quatro municípios (Santa rosa, Jordão, Marechal Thaumaturgo e Porto Walter) o acesso só é feito por barcos ou aeronaves. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral, o Acre possui 101 seções eleitorais situadas em áreas de difícil acesso.

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Em 77 comunidades isoladas, a transmissão de dados ocorre via satélite. Estão incluídas nessas áreas isoladas, comunidades ribeirinhas, reservas extrativistas, seringais e aldeias indígenas. Em 42 dessas comunidades só se tem acesso de helicóptero.

Rio Branco concentra 232.073 eleitores (aproximadamente 45,9% do eleitorado do estado). O segundo maior colégio eleitoral é Cruzeiro do Sul, com 51.483 eleitores. Sena Madureira é o terceiro maior colégio eleitoral com 25.966.

O TRE treinou 36 mesários para fazer a transmissão de dados a partir de notebooks com antenas adaptadas especificamente para o envio das informações sobre o voto dos eleitores.

Desde quinta-feira, 2, esses profissionais já foram deslocados para os locais de votação. A operação de transporte dessas urnas ocorre desde o dia 30.

Irmã mais nova de Marina Silva (PSB), Maria Elizete da Silva, de 52 anos, diz que uma das primeiras providências da irmã, caso chegue ao Planalto, será tirar o pai, Pedro Augusto da Silva, de 87, da casa de madeira em que vive na Cidade Nova, bairro pobre de Rio Branco.

Suspenso por vigas de alvenaria, o imóvel é anualmente visitado pelas cheias do vizinho Rio Acre, um tormento que se repete há cerca de 30 anos na vida dos Silva.

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"Se a Marina ganhar para presidente, não vai deixar mais papai aqui neste bairro. Vai achar que também é demais, né? O que é que o povo não vai dizer: 'ela ganhou, o pai dela continua ali, no alagado, e ela não está fazendo pelo pai. Vai fazer por alguém?'", questiona Maria.

Ela conta que Marina tem pelejado para que seu Pedro - um ex-soldado da borracha, que por mais de 30 anos tirou o sustento dos seringais - finalmente aceite sair do local. Em vão. O pai prefere ficar perto da família, que vive, em sua maioria, na capital acriana e arredores. Duas irmãs moram em pequenas colônias na zona rural. O único irmão é instrutor de autoescola na cidade.

Numa das últimas enchentes, a água ficou a um palmo de invadir o pavimento de cima, o que fez a presidenciável viajar à cidade, na tentativa de tirar o pai do local. "Ela veio e pediu para ele sair, mas papai é uma pessoa que, quando quer fazer uma coisa, não tem ninguém que tire", afirma Maria, lembrando que a ex-ministra, diante da recusa, comprou madeira para o caso de ser necessário subir os móveis.

Entra enchente, sai enchente, seu Pedro adianta que não vai arredar o pé dali. Questionado se aceitaria se mudar para Brasília num eventual mandato da filha, foi taxativo: "Morar lá, não. De jeito nenhum. Acostumei aqui".

Foi Marina, contam os Silva, quem mandou construir uma casa mais alta para minimizar os danos provocados pelo Rio Acre. Antes da projeção política, ela morou num casebre na mesma rua.

Seu Pedro está no local há 34 anos. Mora com Maria e se sustenta com a aposentadoria por idade. Anos atrás, vendia tabaco na antiga rodoviária, mas a idade avançada já não permite muito esforço. Ele critica o valor do benefício social, de um salário mínimo, cujo ganho real nos últimos 12 anos é uma das principais bandeiras do PT. "Para o preço em que estão as coisas, não é um bom salário", reclama, acrescentando não saber o que um eventual governo Marina faria a respeito.

'Surpresa'

Seu Pedro é uma das pessoas mais próximas da presidenciável e, segundo os parentes, está sempre em contato com ela. No lançamento da chapa da filha com Eduardo Campos, em abril, estava em Brasília prestigiando a ex-ministra. "Foi de repente, pegou todo mundo de surpresa", comenta, quando perguntado sobre o acidente que matou o ex-governador. Para ele, foi natural que Marina assumisse a campanha após a tragédia, afinal, "ela já era a vice".

A campanha de Marina tem procurado blindar os familiares do assédio da imprensa. Nesta quarta-feira (3) o jornal O Estado de S. Paulo encontrou seu Pedro descansando numa rede, no andar de baixo de casa e conversou com ele por cerca de meia hora, mas parentes que integram a campanha pediram depois que a entrevista com ele fosse interrompida. Maria conversou com a reportagem na segunda-feira (1°) por cerca de uma hora.

Seu Pedro é católico, mas diz que entra onde "tiver Deus". Já Maria frequenta a igreja Deus é Amor da esquina. Ela concorda com a decisão da irmã de não apoiar o casamento gay, uma das primeiras polêmicas da campanha. "Esse negócio de homem casar com homem, mulher casar com mulher é coisa do inimigo", justifica, evocando conceitos da Bíblia. "A Marina não apoia, não. Não é contra, mas a favor também não é. Quem quiser viver sua vida, viva. Mas ela mesmo não assume a responsabilidade de ser a favor", emenda.

A exemplo de Marina, os Silva são comedidos quando se fala na rápida ascensão da ex-ministra nas pesquisas e evitam cantar vitória antes da contagem dos votos. Mas dizem que ela está pronta para governar e que as condições são boas. "É uma mulher preparada para ser presidente. Neste ano, tenho pra mim que a Marina vai ganhar dela (a presidente Dilma Rousseff). O povo já está cansado de tanta promessa."

Fábio Vaz de Lima, marido de Marina Silva, pediu exoneração do cargo de secretário adjunto que ocupava no governo do Acre, comandado pelo petista Tião Viana. O decreto foi publicado na edição desta terça-feira do Diário Oficial do Estado.

No ano passado, mesmo após Marina se filiar ao PSB para ser vice de Eduardo Campos, Lima decidiu permanecer no governo do PT. Marina deverá ser anunciada candidata à Presidência pelo PSB.

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Nesta segunda-feira (7), o Instituto Serzedello Corrêa, através do Diário Oficial da União (DOU) tornou pública a autorização do Presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) para a realização de certame para o provimento  de diversos cargos, dentes eles estão para Auditor Federal de Controle Externo - AUFC (12), especialidade Apoio Técnico Administrativo (ATA), sendo para Tecnologia da Informação (10) e Biblioteconomia (2); Técnico Federal de Controle Externo - TEFC, especialidade Apoio Técnico Administrativo - ATA, orientação Técnica Administrativa (18).

As vagas estão segregadas da seguinte forma, para o cargo de AUFC os aprovados atuarão no Distrito Federal. Já as de TEFC serão distribuídas para o Distrito Federal (11), Acre (1), Amazonas (1), Maranhão (2), Mato Grosso (1), Pernambuco (1) e São Paulo (1). As normas do certame e o edital ainda serão divulgados. 

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O governo do Acre desativou o abrigo que recebia os imigrantes haitianos na pequena cidade de Brasileia, no interior do Estado. Agora, os grupos que saem nos aviões da FAB têm dois pontos de desembarque. Um em Cuiabá e outro na Grande São Paulo, na cidade de Guarulhos. "A Defesa Civil Nacional tem uns abrigos fixos", pontua o secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Nilson Mourão. "De Guarulhos, muitos já têm destino certo para lugares do Sul ou mesmo de São Paulo."

Com o isolamento, os grupos de 40 a 50 pessoas que chegavam diariamente não tinham como sair para outras regiões do País, devido ao isolamento imposto pelo Rio Madeira, que deixou submersa a BR-364.

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Em Brasileia, o abrigo tinha condições de receber mais de 300 pessoas. Chegou a ter mais de duas mil. Hoje, há cerca de 750 haitianos no Acre, todos instalados no abrigo de Rio Branco.

A decisão do governo do Acre foi tomada na segunda feira. A partir de agora, os imigrantes que entrarem no Acre pela cidade de Assis Brasil, fronteira com Peru e Bolívia, já serão orientados a vir para Rio Branco.

Na capital, eles serão acolhidos e encaminhados para o Parque de Exposições Marechal Castelo Branco, local onde normalmente acontecem eventos populares e a feira agropecuária do Acre. O espaço abriga periodicamente famílias atingidas pelas cheias do Rio Acre e já tem infraestrutura adequada ao acolhimento.

Serão improvisados box de atendimento da Receita Federal, do Ministério do Trabalho e da Polícia Federal no Parque de Exposições. A lógica do governo é que nenhum imigrante fique mais do que três ou quatro dias abrigados em Rio Branco.

A presidente Dilma Rousseff desembarcaria, nesta manhã (15), em Porto Velho (RO) para sobrevoar as áreas atingidas pelas cheias dos rios da região. Depois de sobrevoar Porto Velho, que está vivendo a pior cheia da história do rio Madeira, Dilma seguirá para Rio Branco, no Acre. A viagem ao Acre não estava prevista anteriormente.

Nos dois estados existem cidades que estão isoladas, com problemas para abastecimento de comida e combustível. A presidente se reuniu com o governador de Rondônia, no Planalto, na quarta-feira, que pediu auxílio ao governo federal diante da calamidade no estado. Hoje a presidente irá se reunir com ele, novamente e outras autoridades locais. No Acre, o encontro será com o governador Tião Viana. Ontem, a informação era de que a presidente Dilma iria sobrevoar apenas Rondônia.

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A viagem à região está sendo realizada somente dois meses e meio depois de o governo de Rondônia ter decretado alerta no estado por causa das fortes chuvas e mais de três semanas depois de a região ter ficado completamente alagada e isolada por causa do agravamento da situação. Quando as enchentes atingiram Governador Valadares, em Minas Gerais, estado de origem de seu principal adversário nas eleições de outubro, Aécio Neves, que possui o segundo colégio eleitoral do País, Dilma não esperou. No dia 27 de dezembro, interrompeu seu descanso de fim de ano em Aratu, na Bahia, para vistoriar as áreas atingidas.

No mesmo dia, 27 de dezembro, segundo o governador de Rondônia, Confúcio Moura, foi decretado alerta no estado e há mais de um mês a situação ficou "crítica". No entanto, somente na quarta-feira, dia 12 de março, a presidente recebeu o governador Confúcio, em Brasília. Confúcio disse que não se queixou a Dilma pelo fato de ela não ter visitado a região que enfrenta a sua maior enchente da história e que já acumula, segundo ele, prejuízos "impagáveis" e "irrecuperáveis", apesar de não existirem vítimas fatais em decorrência da tragédia provocada pelas cheias.

O município de Rio Branco, capital do Acre, recentemente assolado por fortes chuvas, receberá R$ 940.112,19 para a execução de ações de socorro, assistência às vítimas e restabelecimento de serviços essenciais. O repasse dos recursos foi determinado pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (órgão do Ministério da Integração Nacional), conforme estabelece a Portaria nº 77, publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (11).

Os recursos financeiros serão empenhados a título de transferência obrigatória. "Considerando a natureza e o volume de ações a serem implementadas, o prazo de execução das obras e serviços é de 365 dias", cita a portaria. Rio Branco enfrenta os efeitos não apenas das fortes chuvas na cidade, mas também problemas causados pela cheia do rio Acre, que corta a capital. Milhares de pessoas foram desalojadas por causa dos alagamentos.

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O nível do Rio Madeira não para de subir e ameaça o fornecimento de mercadorias para o Acre. O curso d’água está cruzando a única estrada que dá acesso ao Estado, a BR-364.

Técnicos confirmaram que existe a possibilidade de que o rio alcance a marca de 19,20 metros. Intervenções pontuais possibilitam o escoamento lento das cargas, mesmo com as vias sob água, e a situação aumenta os preços dos produtos.

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