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A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) autorizou nesta segunda-feira (6) o uso de tocilizumabe, um tratamento para artrite, para pacientes hospitalizados por uma forma grave da Covid-19, alegando que reduz o risco de morte.

O anti-inflamatório, fabricado pela gigante farmacêutica suíça Roche e comercializado sob o nome RoActemra na Europa, deve ser administrado com corticoides a para essa categoria de pacientes, concluiu o regulador da União Europeia, saindo à frente da Organização Mundial da Saúde e dos Estados Unidos.

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A EMA recomendou expandir o uso de tocilizumabe para adultos com covid-19 que estão recebendo terapia "sistêmica" com corticoides e requerem oxigênio suplementar ou ventilação mecânica.

A Comissão Europeia terá agora que seguir a recomendação do regulador, com sede em Amsterdã, na Holanda.

Disponível para o tratamento de artrite em adultos e crianças, o tocilizumabe atua suprimindo a perigosa "tempestade de citocinas", uma reação exagerada do sistema imunológico ao coronavírus.

De acordo com a EMA, um estudo com mais de 4.000 pacientes com casos graves de covid-19 mostrou que o medicamento, administrado por via intravenosa ou por injeção, reduziu o risco de morte e o tempo de internação hospitalar.

No entanto, deve ser prescrito junto com os corticosteroides porque "o aumento da mortalidade não pode ser excluído" se usado sem eles, enfatizou.

O tratamento aumenta a gama de ferramentas da UE para combater a covid-19. Isso já inclui quatro vacinas, dois tratamentos com anticorpos, incluindo o Regeneron da Roche, e o futuro uso emergencial da pílula desenvolvida pela MSD.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na sexta-feira, 17, a indicação do medicamento baricitinibe, voltado para artrite e dermatite, para o tratamento contra a Covid-19 de pacientes internados, que necessitam de oxigênio por máscara ou cateter nasal ou que necessitam de alto fluxo de oxigênio ou ventilação não invasiva.

De acordo com a agência reguladora de saúde, a indicação é terapêutica, já que o medicamento possui registro no Brasil para o tratamento de artrite reumatoide ativa moderada a grave e dermatite atópica moderada a grave.

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O baricitinibe é um inibidor seletivo e reversível das enzimas janus quinases (JAKs), em especial JAK 1 e 2, responsáveis pela comunicação das células envolvidas na hematopoese (processo de formação e desenvolvimento das células do sangue), na inflamação e na função imunológica (função de defesa do corpo).

A Anvisa ressaltou ainda que, para a inclusão da nova indicação, a Eli Lilly do Brasil apresentou dados que sustentam a eficácia e a segurança do medicamento para essa finalidade.

O laboratório francês Sanofi anunciou nesta terça-feira que os testes clínicos internacionais de fase 3 sobre a eventual eficácia de seu medicamento Kevzara para o tratamento das formas severas de Covid-19 não apresentaram resultados conclusivos.

O ensaio de fase 3, ou seja, a etapa de testes em larga escala, "não alcançou o critério de avaliação principal nem secundário, comparativamente ao placebo e, nos dois casos, além dos cuidados hospitalares habituais", afirma o grupo francês em um comunicado.

No momento, a Sanofi e o laboratório americano Regeneron - parceiro no desenvolvimento do remédio, lançado em 2017, para tratar a artrite reumatoide - não pretendem organizar outros estudos clínicos com o Kevzara para o tratamento de Covid-19.

O teste avaliava a eficácia do Kevzara (sarilumab) no tratamento de formas severas de Covid-19 com 420 pacientes e foi organizado na Alemanha, Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Espanha, França, Israel, Japão e Rússia.

"Apesar de não ter apresentado os resultados que esperávamos, estamos orgulhosos do trabalho realizado pela equipe que ficou responsável por aprofundar nossos conhecimentos sobre a potencial utilização do Kevzara no tratamento da covid-19", afirmou o doutor John Reed, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Sanofi, citado no comunicado.

A maioria dos adultos com lúpus ou artrite inflamatória não correm risco maior de hospitalização por Covid-19, apontaram dois estudos nesta terça-feira (25), uma notícia considerada tranquilizadora por pesquisadores.

O lúpus e as formas mais comuns de artrite fazem com que o sistema imunológico de uma pessoa ataque o próprio tecido, provocando inflamações nas articulações, na pele, no fígado e em outras partes do corpo. A maioria das pessoas afetada por essas doenças é do sexo feminino.

Os novos estudos foram publicados na revista científica Arthritis & Rheumatology e foram liderados por pesquisadores da Escola de Medicina Grossman da New York University.

A pesquisa, porém, descobriu que pacientes com artrite que tomaram medicação à base de esteroides, ao invés de medicamentos biológicos, corriam mais riscos de precisar de atendimento hospitalar.

No geral, os pesquisadores afirmaram que a descoberta foi positiva para os pacientes que sofrem dessas enfermidades e que viam-se em situação mais tensa por acreditar que estariam mais suscetíveis à Covid-19.

No primeiro estudo, pesquisadores monitoraram de perto a saúde de 226 adultos, de maioria negra, hispânica e do sexo feminino, que estavam sendo tratados para quadros de lúpus leve a grave entre 14 de abril e 1º de junho, no auge da pandemia em Nova York.

Dos 226 adultos, 24 das 83 pessoas diagnosticadas com Covid-19 foram hospitalizadas e quatro morreram.

No segundo estudo, pesquisadores monitoraram 103 adultos, de maioria branca e do sexo feminino, que receberam tratamento entre 3 de março e 4 de maio para artrite inflamatória. Todos os pacientes testaram positivo para Covid-19 ou provavelmente tinham sido contaminados pelo vírus.

Desses, 27 (26%) foram hospitalizados e quatro faleceram (4%). O resultado foi comparável à taxa flagrada em todos os nova-iorquinos (25%) que contraíram o coronavírus.

"Pessoas com lúpus ou artrite inflamatória tem o mesmo fator de risco para ficar gravemente doentes de Covid-19 do que pessoas que não têm essas enfermidades", concluiu a Dr. Ruth Fernandez-Ruiz, coautora de um dos estudos.

Os estudos também comprovaram que pacientes que usaram a hidroxicloroquina, muito usada no tratamento de doenças autoimunes, não corriam mais ou menos riscos de hospitalização.

A hidroxicloroquina está sendo separadamente estudada como possível tratamento para coronavírus. O fato dela não aumentar ou reduzir os riscos de hospitalização por Covid-19 é mais uma prova de que não serviria para este propósito.

De acordo com especialistas da Clínica Ortho Ortopedia, o joelho está entre as articulações que mais sofrem lesões. Segundo o ortopedista Ivo Melo, isso se deve ao excesso de uso da região e ao peso que ela aguenta desde que o se humano nasce. Por isso é tão comum pessoas sofrerem com dores que podem ser ocasionadas por diversos fatores. 

Dentre as lesões mais comuns estão a artrite, osteomalácia e lesões do ligamento cruzado. Nenhuma idade está livre dos possíveis problemas - a diferença é que as traumáticas, como lesão do menisco e o ligamento cruzado anterior (LCA), são mais comuns entre os jovens, enquanto na idade mais avançada são mais comuns as degenerativas.

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Segundo Ivo Melo, algumas dicas que podem evitar essas lesões são a prática de exercícios físicos, trabalhando principalmente na musculatura da coxa. Mas ele adverte: “é preciso evitar também o exagero de exercício, visto que esta pode ser uma das causas”. O ortopedista lembra ainda que o paciente não deve se automedicar, nem fazer fisioterapia antes de procurar um ortopedista.

Saiba mais sobre algumas lesões e tratamentos:

Artrite

Há mais de 100 tipos. As mais comuns são a osteoartrite, uma degeneração da cartilagem que afeta o osso, e a artrite reumatoide, doença autoimune. O tratamento depende muito do tipo da doença, mas normalmente se usa analgésico, para aliviar a dor, e injeções de ácido hialurônico.

Lesões do ligamento cruzado

Muitas vezes não provocam dor, mas causam instabilidade. Casos mais sérios (como quando há rompimento total) podem necessitar de uma cirurgia.

Lesões do menisco

Essa cartilagem pode estirar com a rotação do joelho. Casos mais simples podem ser resolvidos com fisioterapia, e os mais graves demandam cirurgia.

Lesões do tendão

Vão desde uma inflamação até o rompimento total. Normalmente são provocadas por atividades físicas que envolvem salto. O tratamento inclui analgésicos, aplicação de gelo e repouso.

Osteomalácia

É um defeito na mineralização do osso, que costuma aparecer em idades mais avançadas. Causa dor e microfraturas. Normalmente está ligada à carência de vitamina D. O tratamento envolve suplementação dessa vitamina e analgésicos.

A maioria dos pacientes que sofrem de artrite reumatoide não sabe que as lesões nas articulações provocadas pela doença são irreversíveis, mostra pesquisa divulgada nesta terça-feira (18) no Congresso da Liga Panamericana das Associações de Reumatologia (Panlar), em Punta del Este, Uruguai. Doença crônica e autoimune, a artrite reumatoide atinge cerca de 2 milhões de brasileiros e pode levar à incapacidade e até à morte.

O levantamento, o maior já realizado no mundo sobre a doença, aponta que, na América Latina, 55% dos entrevistados não sabiam que as lesões que comprometem as articulações não podem ser revertidas. Além disso, 43% dizem acreditar que a doença não é tão séria quanto outros problemas crônicos, como o diabetes e a hipertensão arterial. No Brasil, o índice chega a 46%, quase o dobro do observado no resto do mundo (24%).

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Apesar da desinformação, 88% dos entrevistados acreditam ter boa compreensão sobre a importância de manter a doença controlada e outros 61% disseram estar bem informados sobre como fazer isso. "Esses dados são preocupantes porque mostram que o paciente acha que compreende bem a sua doença, mas não sabe coisas básicas sobre ela. Sem essas informações, fica mais difícil de fazermos com que ele siga o tratamento e mantenha a doença controlada", afirma o reumatologista Roger A. Levy, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e membro do comitê que coordenou a pesquisa na América Latina. No continente, foram ouvidos 1.032 pacientes. Em todo o mundo, foram mais de 10 mil entrevistados.

Controle - O médico ressalta ainda que a artrite reumatoide pode ter complicações tão graves quanto às demais doenças crônicas e que, por mais que ela não tenha cura, precisa estar controlada. No entanto, muitos pacientes pensam que só devem tomar a medicação quando sentem dor. De acordo com a pesquisa, 63% dos entrevistados dizem acreditar que sua doença está controlada quando não manifestam o sintoma. "Essa percepção prejudica o paciente. Se ele para de tomar a medicação quando não sente dor, a doença pode evoluir e provocar as lesões irreversíveis, que vão causar deformidades e incapacidade de funções em vários membros, sobretudo nas mãos", alerta o especialista.

Líder de um grupo de pacientes, a universitária Priscila Torres, de 33 anos, diz que o comportamento de buscar ajuda apenas no momento da dor é comum. "Muita gente procura nosso grupo da internet, faz desabafos, tira as dúvidas, e quando a crise passa, apaga tudo e desaparece, como se acreditasse que a doença pudesse sumir", diz ela.

Para Levy, a falta de informação não é culpa do paciente. "Temos que fornecer informação de qualidade para ele e estabelecer uma relação de maior igualdade. Como médico, não posso apenas impor o tratamento ao paciente sem ouvir a opinião dele", disse. Com a desinformação constatada pela pesquisa, associações médicas, grupos de pacientes e indústria farmacêutica lançaram uma campanha para melhorar a educação daqueles que possuem artrite reumatoide. Batizada de "AR: Juntos Por Esta Causa", a iniciativa disponibiliza informação em uma página da internet (www.despertarbrasil.com.br) e elaborou um guia para que os pacientes estabeleçam um diálogo com o médico para que ambos possam decidir, juntos, um plano de tratamento viável e que o paciente possa seguir.

Cinco novos medicamentos para o tratamento de pessoas portadoras de artrite reumatóide serão distribuídos pelo Sistema Único da Saúde (SUS). São eles: abatacepte, certolizumabe pegol, golimumabe, tocilizumabe e rituximabe. 

Os portadores da doença terão acesso a todos os medicamentos biológicos para a artrite disponíveis no mercado e registrados na Agência Nacional de Saúde (Anvisa). A incorporação dos remédios amplia a oferta de tratamento para os pacientes que não respondem aos medicamentos convencionais ou que apresentam intolerância às demais terapias. 

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Atualmente, o SUS disponibiliza 10 medicamentos para o tratamento da doença, em 15 diferentes apresentações. Destes, três são biológicos, adalimumabe, etanercepte, infliximabe, e atendem cerca de 30 mil pessoas. Os medicamentos diminuem a atividade da doença, previnem a ocorrência de danos irreversíveis nas articulações, aliviam as dores e melhoram a qualidade de vida do paciente.

Atualmente, o Ministério da Saúde gasta, em média, R$ 25 mil por ano com cada paciente que utiliza medicamentos biológicos. Com esta inclusão, e a partir das negociações com os laboratórios envolvidos, o custo do tratamento por paciente pode cair para, até, R$ 13 mil por ano. Apenas em 2011, o Ministério da Saúde investiu R$ 1 bilhão na compra de medicamentos biológicos para a doença. 

Medicamentos – De 2010 até o momento, o número de medicamentos ofertados pelo SUS, cresceu 47%, saltando de 550 para 810, conforme itens contidos na Relação Nacional de Medicamentos (Rename). A relação é atualizada a cada dois anos e inclui medicamentos da atenção básica, para doenças raras e complexas, insumos e vacinas. O SUS tem o prazo de até 180 dias, a partir da publicação da portaria, para efetivar a ofertar dos medicamentos.

Com informações da assessoria

Exercícios físicos se tornaram tão importantes quanto os remédios no tratamento de doenças como osteoporose, osteoartrose e artrite reumatoide. Não à toa, estima-se que a frequência de pessoas com mais de 60 anos nas academias de ginástica tenha aumentado cerca de seis vezes nos últimos dez anos. De olho nesse filão, muitos estabelecimentos têm feito parcerias com consultórios médicos e oferecido descontos e atividades específicas para os idosos por eles encaminhados. Surgiram até academias especializadas nesse público, com equipe médica própria e instalações adaptadas a quem tem mobilidade reduzida.

O boom teve início após a comprovação, no início da década passada, de que exercícios com sobrecarga são capazes de impedir o avanço da osteoporose, conta Kleber Pereira, presidente da Associação Brasileira de Academias (Acad). "Os médicos passaram a recomendar a musculação para os idosos, que hoje representam quase 30% de nossos alunos."

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Estudos recentes têm demonstrado os benefícios da musculação para outro problema que atinge quase 60% das pessoas com mais de 60 anos: a osteoartrose. Caracterizada pelo desgaste das articulações, a doença causa dor e restringe os movimentos.

"Até pouco tempo atrás, pacientes com artrose recebiam a recomendação de praticar apenas atividades leves e evitar carregar peso ou subir escadas", conta Julia Greve, coordenadora do Laboratório de Estudos do Movimento (LEM) da Faculdade de Medicina da USP. Mas hoje já se sabe que o fortalecimento da musculatura reduz a sobrecarga na articulação, diminui a dor e recupera a amplitude dos movimentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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