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O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, nesta terça-feira (23), que o seu investimento em offshores é legal e que a ideia de que ele possa ter especulado com o valor do dólar para aumentar o patrimônio não existe. Ele participa no período da manhã desta terça de audiência para prestar esclarecimentos sobre os investimentos no exterior às comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

Em outubro, uma investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) revelou a existência de uma offshore em nome do ministro.

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Segundo Guedes, a criação de uma offshore se deveu a razões sucessórias, para que seus investimentos no exterior pudessem ser transmitidos a herdeiros em caso de alguma fatalidade, para evitar que o governo dos Estados Unidos "expropriasse" de 46% a 47% do valor. Por isso, argumentou, não seria necessário declarar se sua esposa ou filha estavam na offshore, que seria uma "obviedade".

"A offshore é como uma ferramenta. É uma faca. Você pode usar para o mal, para matar alguém, ou pode usar para o bem, para descascar uma laranja", disse Guedes, que alegou ainda não ter investimentos em nenhuma ação brasileira fora do País.

O ministro afirmou ainda que os seus depósitos em offshore foram feitos entre 2014 e 2015 e que, depois, nunca fez nenhum novo depósito ou remessa de recursos para o Brasil.

De acordo com Guedes, os investimentos foram devidamente declarados à Receita Federal e ao Banco Central. Ele também argumentou que, se desejasse especular com o valor do dólar, não teria defendido o projeto de independência da autoridade monetária.

Na audiência, Guedes disse ainda que precisou se desfazer de todos os seus investimentos em empresas sob a sua administração direta antes de assumir o Ministério da Economia, em um processo que teria lhe custado mais do que o valor investido em offshore.

O ministro ainda afirmou que colocou em um 'blind trust' seus investimentos em ativos que pudessem sofrer um impacto indireto da sua gestão à frente da pasta.

Origem

Guedes disse também que seu patrimônio foi obtido por meio da criação de empresas como Insper, BTG Pactual e Abril Educação, além de MBAs executivos. "Eu fiz muitos investimentos e criei muitas oportunidades empresariais para muita gente", comentou.

Na audiência, Guedes argumentou que teve oportunidades de participar do governo antes e que não ingressou no Executivo por oportunismo.

"Se eu fosse alguém que quisesse ganhar dinheiro vindo no governo para usar informações privilegiadas, para promover meus próprios interesses, eu teria vindo muito antes", disse Guedes.

Guedes afirmou que havia sido convidado a participar do governo na década de 1980 pelo então ministro da Fazenda Francisco Dornelles, para compor a diretoria do Banco Central. "Eu não vim aqui pelo oportunismo, ao contrário", disse.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, nesta terça-feira (23), que tem uma boa relação com a Câmara dos Deputados e que não tentou evitar comparecer a uma audiência na casa para explicar movimentações financeiras no exterior. Guedes é ouvido na manhã desta terça pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público e de Fiscalização Financeira e Controle da Casa.

Na sua fala inicial na audiência, Guedes citou projetos da pauta do governo aprovados pela Câmara, como a reforma da Previdência e o auxílio emergencial e, mais recentemente, a PEC dos precatórios e a reforma do Imposto de Renda (IR).

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"Essas medidas foram aprovadas pela Câmara, minha experiência com a Câmara tem sido a melhor possível, é uma Câmara reformista que tem feito o trabalho", disse o ministro, que ressaltou ainda o funcionamento da democracia no Brasil.

Em outubro, a revista Piauí e o site Poder360 revelaram a existência de empresas offshore em nome de Guedes e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. As informações fazem parte da investigação dos Pandora Papers, coordenada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ).

A primeira audiência preliminar relacionada à dissolução de um órgão da ONG Memorial, um pilar histórico da luta a favor da democracia na Rússia, ocorreu nesta terça-feira (23) em Moscou, um sinal do endurecimento das autoridades para a sociedade civil.

Apesar das temperaturas baixas, dezenas de pessoas se reuniram no tribunal em apoio à ONG Memorial, a mais emblemática na Rússia, fundada em 1989 por dissidentes, entre eles o prêmio Nobel da Paz Andrei Sakharov, observou a AFP.

"Se voltássemos para o ano 2000, poderíamos dizer que é uma farsa, mas em 2021 é a realidade", lamentou Ilia Novikov, um dos advogados da Memorial, que também defendeu no início deste ano as organizações vinculadas ao opositor Alexei Navalny, que está preso.

Entre os defensores da Memorial reunidos em frente ao tribunal, Alla Frolova, coordenadora jurídica da OVD-Info, uma ONG de defesa dos manifestantes, destaca: "não se pode destruir a história, porque (sem ela) o país não tem futuro".

A Memorial começou suas atividades documentando as execuções stalinistas e a história do Gulag, para depois ampliar para a defesa dos direitos humanos e dos presos políticos.

O tribunal examinou nesta terça-feira uma solicitação do Ministério Público para a dissolução do Centro de Direitos Humanos, entidade não-governamental.

A Memorial afirmou que apresentou vários pedidos para que as audiências, que acontecem a portas fechadas, sejam abertas ao público e à imprensa. O tribunal marcou a próxima audiência preliminar para 29 de novembro.

O Centro de Direitos Humanos, com sede em Moscou, defende ativamente os presos políticos, os imigrantes e as minorias sexuais que são vítimas de discriminações na Rússia.

Um menino de 10 anos de idade furou a barreira de segurança e subiu no palco da audiência geral do papa Francisco nesta quarta-feira (20), no Vaticano.

Chamado Paolo Junior, o garoto se dirigiu diretamente ao líder católico, que o cumprimentou e perguntou se ele queria se sentar a seu lado. O menino aceitou o convite e, ao ocupar a cadeira vizinha ao Papa, bateu palmas e foi aplaudido pelo público.

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Antes de voltar para a plateia, Paolo ainda ganhou um solidéu branco igual ao do pontífice. De acordo com o portal Vatican News, o menino sofre de uma "deficiência cognitiva".

"Quando esse menino teve a liberdade de se aproximar e se movimentar como se estivesse em sua casa, me veio à mente o que Jesus dizia sobre a espontaneidade e a liberdade das crianças . E Jesus diz a vocês: 'Se não fizerem como as crianças, vocês não entrarão no reino dos céus'. Agradeço a esse menino pela lição que ele deu a todos", declarou o Papa antes de iniciar sua catequese.

"Que o senhor o ajude em sua limitação e em seu crescimento. As crianças não têm um tradutor automático do coração para a vida, as crianças vão em frente", acrescentou.

Da Ansa

Os prêmios Emmy encerraram sua sequência de piores recordes de audiência neste domingo (20), quando 7,4 milhões de pessoas nos Estados Unidos ligaram suas televisões para assistir à gala.

Trazendo de volta o tradicional tapete vermelho e uma constelação, ainda que reduzida, de estrelas, a cerimônia transmitida pela CBS alcançou um aumento de 16% na audiência em relação à edição do ano passado, que foi virtual e marcou o pior recorde televisivo, com 6,1 milhões de telespectadores.

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"No geral, foi uma noite maravilhosa na televisão e uma ótima maneira de começar a nova temporada", disse a CBS em um comunicado.

Mas a audiência deste domingo foi a terceira menor da história do Emmy, em um momento em que o público de todas as premiações sofre uma clara queda.

"The Crown", "O Gambito de Rainha" e "Ted Lasso" ganharam os principais prêmios no 73º Emmys, marcando as primeiras grandes vitórias para Netflix e Apple TV+, em uma noite em que as plataformas de streaming prevaleciam sobre as redes de televisão tradicionais.

O único prêmio individual concedido a uma das maiores redes da América foi para o "Saturday Night Live" da NBC, que recebeu a estatueta de melhor programa de variedades, enquanto a CBS foi embora de mãos vazias.

"É como televisionar seu próprio funeral", escreveu o colunista do The Hollywood Reporter Scott Feinberg, que disse que a transição da mudança da guarda da televisão da era a cabo para a era do streaming "foi completa".

O especial "Celebrating America", que foi ao ar em várias redes de televisão em janeiro e teve como foco o presidente Joe Biden, também foi reconhecido.

A CBS disse que a audiência final do Emmy deve aumentar até terça-feira, quando os números serão confirmados, e que a transmissão da cerimônia via streaming dobrou desde a última apresentação da gala pela CBS em 2017.

O Emmys de domingo competiu por audiência com um importante jogo da NFL entre o Baltimore Ravens e o Kansas City Chiefs.

Na manhã desta quarta (15), representantes da Articulação Negra Pernambuco (ANEPE), do Gabinete Assessoria Jurídica Organizações Populares (Gajop), do movimento negro e outras organizações sociais estiveram em frente ao Centro Integrado da Criança e do Adolescente (CICA), onde está localizada a 1ª Vara de Crimes Contra a Criança e do Adolescente, para um ato em favor da memória do menino Miguel, morto após cair do quinto andar de um prédio no Recife, em junho de 2020.

A manifestação ocorre enquanto testemunhas e a ré do caso, Sari Corte Real, prestam depoimentos no CICA, e conta, também, com a presença da mãe da criança, Mirtes Renata.

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A concentração do ato começou antes das 9h, em frente ao CICA, na Rua João Fernandes Vieira, bairro da Boa Vista, área central do Recife. Mirtes chegou ao local acompanhada pela mãe, Marta Souza, e falou aos jornalistas sobre suas expectativas em relação à audiência. A mãe de Miguel se mostrou esperançosa quanto a resolução do caso e disse confiar na Justiça. 

No entanto, não deixou de lamentar pela morosidade do processo. "Tenho fé em Deus que vai haver a condenação e prisão dela porque ela cometeu um crime. Vem acontecendo várias irregularidades dentro do processo, solicitamos as correções e não somos atendidos. Estão empurrando com a barriga, querem fazer um 'cala a boca' com a gente. Um ano e três meses da morte de Miguel, agora é que vai se encerrar a fase de instrução, isso é muito revoltante. É cruel". 

Mirtes criticou ainda a estratégia de defesa da acusada. "Me machuca muito, querem transformar Sara na vítima de Miguel. Uma criança de cinco anos, ele não tinha noção do perigo, mas ela como adulta sabia e querem transformar ela na vítima. Querem manchar a imagem do meu filho e eu não admito isso". 

Sari Corte Real é acusada de abandono de incapaz com resultado de morte. Miguel, de apenas cinco anos, estava sob seus cuidados, enquanto a mãe, Mirtes, passeava com o cachorro da patroa, quando caiu do nono andar do edifício Pier Maurício de Nassau, localizado no bairro de Santo Antônio, no Recife. Nesta quarta (15), uma nova audiência foi marcada para que a ré prestasse seu depoimento já que não se apresentou na primeira convocatória, em dezembro de 2020. Duas testemunhas de defesa também foram convocadas para a ocasião de hoje.

Após quase 10 meses, Sari Gaspar Corte Real irá prestar, nesta quarta-feira (15), seu depoimento à Justiça diante das acusações trazidas pelo Caso Miguel. As alegações dizem respeito à morte do menino Miguel Otávio Santana da Silva, morto em junho do ano passado, quando tinha apenas cinco anos, após cair de uma altura de aproximadamente 35 metros, em um prédio no centro do Recife. Na ocasião, Miguel estava sob tutela da empresária, enquanto sua mãe, Mirtes Renata e empregada de Sari, cumpria atividade externa no horário do seu expediente.

O interrogatório é o mais esperado do caso até então, levando em conta que a patroa faltou a primeira audiência de seu interesse, em dezembro de 2020. Apesar de não ser decisivo ainda, o depoimento deve produzir provas para conduzir ao julgamento que encerrará o caso. A audiência será iniciada às 9h, no Centro Integrado da Criança e do Adolescente (CICA), onde está localizada a 1ª Vara de Crimes Contra a Criança e do Adolescente.

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Antes de Sari Corte, duas testemunhas devem dar seus depoimentos, a empresária sendo a últilma a ser ouvida. Segundo estimou o Gabinete Assessoria Jurídica Organizações Populares (Gajop), que assessora o caso pela família de Miguel, a acusada será ouvida por voltas do meio-dia. Simultaneamente, será realizado um ato pacífico durante a realização da audiência, em frente ao CICA, para exigir justiça à família e memória de Miguel.

A concentração acontece a partir das 9h e contará com a presença de Mirtes Renata, mãe de Miguel; familiares e amigos, artistas locais, representantes da Articulação Negra Pernambuco (ANEPE), do GAJOP, do movimento negro e outras organizações sociais e populares que clamam por justiça para o crime. Após o término da audiência, Mirtes e os advogados habilitados como assistentes de acusação do caso concederão uma entrevista coletiva na sede do Gajop.

Relembre o caso

Em 2 de junho de 2020, Mirtes Renata de Souza, mãe do menino Miguel Otávio, à época com cinco anos, cumpria expediente na casa da família Hacker, em um edifício de luxo no bairro de São José, região central do Recife. A patroa, Sari Gaspar Corte Real, primeira-dama do município de Tamandaré, esposa do prefeito Sérgio Hacker, era quem dava ordens diretas à Mirtes. No dia, a empregada saiu de casa para passear com o cachorro da família, enquanto a patroa ficou em casa com uma manicure e com Miguel. Por causa da pandemia e do isolamento social, sem acesso às aulas, a criança precisava acompanhar a mãe ao trabalho.

Ao notar a ausência de Mirtes, o menino saiu e tentou usar sozinho o elevador, mas foi contido por Sari em um primeiro momento. Mais tarde, a criança insistiu em entrar no elevador. Imagens de uma câmera de segurança mostraram a proprietária do apartamento apertando um botão do elevador, indo embora e deixando a porta se fechar com a criança dentro, desacompanhada. Miguel chega a parar no sétimo andar do prédio, mas segue até o nono, que é onde decidiu sair e, à procura da mãe, escala uma grade atrás da qual estavam os aparelhos de ar condicionado dos apartamentos do andar. Após subir em um parapeito de alumínio que não resistiu ao seu peso, a vítima caiu de uma altura de 35 metros.

O caso gerou repercussão nacional e internacional e levantou uma acusação de abandono de incapaz contra Sari. O fato ocorreu no mesmo dia em que a Emenda Constitucional n.º 72, conhecida como "PEC das Empregadas Domésticas" completou cinco anos desde a sua publicação, reacendendo o debate sobre o racismo no Brasil e as relações de trabalho.

A justiça ouvirá, nesta quarta-feira (15), a partir das 9h, o depoimento inédito de Sari Corte Real, acusada de abandono de incapaz na morte do menino Miguel Otávio Santana da Silva, de cinco anos, morto após cair de uma altura de aproximadamente 35 metros em junho de 2020. A audiência ocorrerá no Recife, no Centro Integrado da Criança e do Adolescente (CICA), onde está localizada a 1ª Vara de Crimes Contra a Criança e do Adolescente.

Esta será a segunda oportunidade de escuta dada à ré, que esteve ausente na primeira audiência que colheria seu depoimento, em dezembro. A ocasião não é decisiva, mas fundamental para a produção de provas que levará ao julgamento.

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No caso, Sari é acusada de ter abandonado Miguel, que estava sob seus cuidados enquanto a mãe, Mirtes Renata e empregada doméstica da acusada, estava passeando com o cachorro da patroa, sob solicitação da própria e em horário de trabalho. Segundo foi apurado pelas equipes de investigação, a criança subiu até o nono andar e, ao sair do elevador para a parte externa do prédio, caiu de uma altura de aproximadamente 35 metros.

Simultaneamente, será realizado um ato pacífico durante a realização da audiência, em frente ao CICA, para exigir justiça à família e memória de Miguel. Segundo o Gabinete Assessoria Jurídica Organizações Populares (Gajop), que assessora o caso, o ato será realizado de acordo com os protocolos sanitários contra a Covid-19. A concentração será a partir das 9h e contará com a presença de Mirtes Renata, mãe de Miguel; familiares e amigos, artistas locais, representantes da Articulação Negra Pernambuco (ANEPE), do GAJOP, do movimento negro e outras organizações sociais e populares que clamam por justiça para o crime.

Após o término da audiência, Mirtes e os advogados habilitados como assistentes de acusação do caso concederão uma entrevista coletiva na sede do Gajop.

A morte de Miguel completou um ano e três meses neste mês de setembro.  Em sua homenagem foram realizadas inúmeras ações de solidariedade à família do menino, incluindo a Semana Internacional Menino Miguel que reuniu atividades em diversos lugares ao redor do mundo em memória de Miguel Otávio Santana da Silva e por tantas outras crianças negras que perderam suas vidas.

Nesta segunda (23), o cineasta pernambucano revelou, através de uma postagem no Twitter, ter enviado uma cópia do seu filme Bacurau ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando ele estava preso. A revelação foi feita após Lula celebrar um encontro com o ator Silvero Pereira, que interpreta o Lunga na produção. 

Com uma foto na qual aparece abraçando Silvero, Lula fez menção ao filme Bacurau em uma publicação em suas redes sociais. “Bacurau me fez companhia enquanto estava preso. Me fez matar um pouco da saudade do Nordeste. E lembrar porque não baixamos nossa cabeça.” O ex-presidente também contou ter encontrado o cineasta Juliano Dornellas, no Recife,  que divide a direção do longa com Mendonça.

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Kleber compartilhou o post de Lula e aproveitou para contar uma curiosidade. Ele disse ter enviado uma cópia do filme para o ex-presidente quando ele ainda estava preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. “Bacurau tava nos cinemas com todos os cuidados para que o filme NÃO vazasse. Deu certo. Nenhum arquivo aberto saía, 0 links. A ÚNICA exceção foi enviar o pendrive p Lula em Curitiba, que sofria perseguição imunda e histórica já corrigida pela Justiça”.


 

Uma nova audiência no dia 15 de setembro foi marcada para dar continuidade ao processo que julga a morte do menino Miguel Otávio. No seguimento da instrução convocado pelo juiz José Renato Bizerra, da 1ª Vara dos Crimes Contra Criança e Adolescente do Recife, Sari Corte Real e mais uma testemunha de defesa devem ser ouvidas.

Em entrevista ao LeiaJá, Mirtes Renata criticou a lentidão do processo, mas considera  a intimação para os novos depoimentos como um aceno positivo da Justiça ao caso.

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"Tô bem satisfeita com a data porque foi rápida a marcação. Que ela seja ouvida e que seja logo concluída essa primeira 'chave' para poder seguir com o processo. Porque já poderia ter se resolvido há muito tempo e, infelizmente, o judiciário fica com certa morosidade", observou.

A audiência foi agendada às 9h, na própria sede da 1ª Vara dos Crimes Contra Criança e Adolescente, no bairro da Boa Vista, área Central do Recife.

"Só pelo fato de ter mandado prosseguir com o processo já é uma coisa boa", acrescentou Mirtes. Apesar da manutenção do julgamento, caso condenada, Sari não deve ser presa nessa etapa do processo, que ainda cabe recursos à defesa.

Mais uma oitiva de acusação

Os advogados de Mirtes também aguardam a expedição de uma carta precatória para marcar a oitiva da testemunha de acusação identificada como Luciene Raimundo Neves. Elas trabalharam juntas na casa de Sari em Tamandaré, Litoral Sul de Pernambuco.

Anulação de depoimentos da defesa

A mãe da criança já havia solicitado a anulação do depoimento de uma testemunha de defesa que mora em Tracunhaém, na Mata Norte de Pernambuco. Na ocasião, ela foi ouvida sem a presença de seus advogados. “A que foi ouvida de Tracunhaém não é funcionária dela, é funcionária da cunhada dela", ressalta Mirtes, que complementou: “não houve anulação da testemunha, mas mandou prosseguir com o processo".

O caso

Sari é ex-primeira-dama do município e foi acusada de homicídio doloso por negligenciar os cuidados a Miguel, que morreu em junho de 2020 após cair do 9º andar do condomínio de luxo Píer Maurício de Nassau, no Centro da capital. A ré chegou a ser presa em flagrante, mas pegou fiança de R$ 20 mil para responder em liberdade.

A Eurocopa foi eleita pela Rede Globo para minimizar uma eventual perda de audiência causada pela transmissão exclusiva da Copa América no SBT e nos canais Disney. Sem o torneio sul-americano de seleções, a emissora carioca aposta tudo na competição europeia. A aposta vem dando certo. Os jogos europeus têm levado vantagem na guerra da audiência. Por outro lado, o clássico sul-americano entre Brasil e Argentina terá apelo maior no final de semana, dizem os especialistas.

No final de semana, os dois torneios vão conhecer os campeões. No sábado, às 21h, Brasil e Argentina decidem a Copa América no Maracanã. O torneio europeu será decidido no domingo, às 16h. Não haverá, portanto, uma disputa direta por audiência. O maior clássico sul-americano deverá ter grande apelo no SBT.

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"A final da Copa América entre Brasil x Argentina, com a rivalidade histórica e tantos craques e os fenômenos Neymar e Messi, vai resultar em bons índices", aposta o professor Marcelo Palaia, especialista em marketing esportivo.

Para o estudioso, as diferenças das condições dos jogos também influenciam no interesse do público. Os jogos da Copa América são disputados sem a presença da torcida para conter a disseminação do novo coronavírus. Na Eurocopa, por sua vez, o público pode assistir às partidas, com limitações, em virtude do avanço da vacinação.

"O público está mais seletivo e gosta do futebol bem jogado. Tecnicamente falando, e também em termos estruturais e com a festa do público nas arquibancadas, a diferença entre Euro e Copa América é visível e reflete os números", diz Palaia.

Os números têm sido favoráveis ao torneio europeu no mês de junho. Na TV aberta, a competição transmitida pelo SBT ficou atrás em audiência da Globo na maioria das praças do país nos jogos do Brasil, seja competindo contra o Domingão do Faustão ou contra reprises de novela. Já na TV fechada, a exibição pelos canais ESPN e FOX Sports foi ultrapassada pela Eurocopa, mostrada pelo SporTV. No último mês, os jogos europeus registraram 47 das 50 maiores audiências da televisão paga.

Essa diferença ficou clara no primeiro final de semana de disputa dos dois torneios. No domingo, 13 de junho, as duas competições foram mostradas na TV aberta. A Euro teve Inglaterra x Croácia, às 10h (horário de Brasília) na Globo, e Brasil x Venezuela abriram a Copa América no SBT, às 18h (também horário de Brasília). Pela manhã, a Globo liderou o Ibope em todas as praças do país com o jogo europeu, tendo 9 pontos de média em São Paulo e 10 no Rio de Janeiro.

Já a partida da seleção brasileira no SBT, oito horas depois, teve pico de 15,6 pontos em São Paulo, mas também ficou atrás da Globo, que teve 16 pontos de média com o Domingão do Faustão apresentado por Tiago Leifert no mesmo horário.

Os dados da internet seguem a mesma lógica. Segundo o Google Trends, a Eurocopa foi um termo de pesquisa buscado em média quatro vezes mais que a Copa América durante o mês de junho.

Bruno Maia, especialista em inovação e novos negócios na indústria do esporte, afirma que a expertise da Globo na promoção do futebol é um fator importante. "A Globo trabalha o produto em muitas plataformas e pontos de contato. O espectador é atingido, desde a TV aberta até as chamadas em portais, na cobertura de todos os jogos feitas pelo Sportv e seu jornalismo. Até na tela de abertura do Globoplay gratuito tem chamada para a Eurocopa. Mesmo sendo um produto sem o Brasil, a promoção é mais forte e é natural que isso traga resultado em interesse e audiência", analisa o autor do livro "Inovação é o Novo Marketing".

Para diminuir a migração de espectadores para os jogos da seleção brasileira, realizados à noite, a emissora carioca tem feitos pequenas alterações nos horários dos programas. O Jornal Nacional, carro-chefe de audiência, tem tido 10 minutos a mais de duração. O mesmo acontece com a novela Império. Com isso, a Globo se mantém na liderança. Na última segunda-feira, a ponta foi mantida com 25,6 de média.

Para os jogos diurnos, a Globo vem modificando a programação de forma significativa, até com o cancelamento de atrações, como Sessão da Tarde e Malhação. A aposta tem dado resultados. A emissora registrou 22 pontos de audiência na Grande São Paulo na primeira semifinal da Eurocopa, disputada entre Itália e Espanha. No Rio de Janeiro e Porto Alegre, a emissora registrou picos de quase 30 pontos. No horário, a transmissão da emissora carioca apresentou média de 14,6 pontos em São Paulo, contra 7,3 do SBT, vice-líder.

Embora distante da liderança, o SBT tenta se consolidar na segunda posição na medição de audiência. Na transmissão da vitória do Brasil sobre o Peru por 1 a 0, no estádio Nilton Santos, na segunda-feira, 5, a emissora registrou a maior audiência – na Grande São Paulo - desde o início do torneio. Entre 20h e 21h57, o SBT marcou 14,7 pontos de média, com 17,3 pontos de pico. De acordo com os dados divulgados pela emissora, o índice foi 49% superior ao registrado pela emissora terceira colocada que marcou apenas 9,9 pontos de média. Considerando apenas o horário da partida, o SBT alcançou impactou 2,7 milhões de pessoas.

A polêmica acerca da tutela de Britney Spears acaba de ganhar um novo capítulo. Na última quarta-feira, dia 23, a cantora decidiu dar seu próprio depoimento para a juíza responsável pelo processo que busca avaliar se a tutela de Jamie Spears, pai da artista, deveria continuar. A atriz resolveu abrir o jogo sobre todas as violências que enfrentou ao longo dos últimos 13 anos que passou sob conservadoria.

O site da revista Variety disponibilizou uma transcrição do depoimento de quase 25 minutos que Britney emitiu no tribunal. Ao longo de suas falas, ela menciona o fato de ser ameaçada para que continuasse trabalhando contra sua vontade, e cita represálias sempre que discordava de alguma situação. Além disso, ela ainda menciona que seu pai teria prazer em fazê-la sofrer, e que não tem permissão de sua equipe para retirar um DIU - método contraceptivo intrauterino - e voltar a tentar engravidar.

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A cantora começou esclarecendo que fez todas as anotações sobre o que gostaria de falar em seu celular, e indica que estará consultando as notas durante o depoimento. Confira abaixo:

- Acabei de comprar um novo telefone e tenho muito a dizer, então tenha paciência comigo. Basicamente, muita coisa aconteceu desde dois anos atrás, a última vez - eu escrevi tudo isso - a última vez que estive no tribunal. Eu vou ser honesta com você. Faz muito tempo que não volto ao tribunal, porque não acho que fui ouvida em qualquer nível quando fui ao tribunal pela última vez. Eu trouxe quatro folhas de papel em minhas mãos e escrevi extensamente o que havia passado nos últimos quatro meses antes de ir para lá. As pessoas que fizeram isso comigo não deveriam ser capazes de ir embora tão facilmente. Vou recapitular. Eu estava em turnê em 2018. Fui forçada a fazer... Meu empresário disse que se eu não fizesse essa turnê, terei que encontrar um advogado…

A juíza Brenda Penny, que acompanha o caso de Britney, acaba interrompendo a artista para informar que todas as palavras estavam sendo tomadas pelo escrivão, e pedindo que ela falasse um pouco mais devagar para evitar erros. A cantora concorda, e retoma o raciocínio:

- Ah, claro. Sim. Okay. As pessoas que fizeram isso comigo não deveriam ser capazes de ir embora tão facilmente. Para recapitular: eu estava em turnê em 2018. Fui forçada a fazer... Minha administração disse que se eu não fizesse essa turnê, teria que encontrar um advogado e, por contrato, minha própria administração poderia me processar se eu não continuasse com as apresentações. Ele [o empresário] me entregou uma folha de papel quando eu saí do palco em Las Vegas e disse que eu tinha que assiná-la. Foi muito ameaçador e assustador. E com a tutela, eu não consegui nem mesmo ter meu próprio advogado. Então, por medo, fui em frente e fiz a turnê.

- Quando eu saí dessa turnê, um novo show em Las Vegas deveria acontecer. Comecei a ensaiar cedo, mas foi difícil porque estava em Vegas há quatro anos e precisava de uma pausa. Mas não, disseram-me: Esta é a linha do tempo e é assim que vai ser. Ensaiei quatro dias por semana. Metade do tempo no estúdio e a outra metade no estúdio Westlake.

- Eu estava basicamente dirigindo a maior parte do show. Na verdade, eu fiz a maior parte da coreografia, o que significa que ensinei aos meus dançarinos a minha nova coreografia. Eu levo tudo o que faço muito a sério. Há toneladas de vídeos comigo nos ensaios. Eu não estava bem. Liderei uma sala de 16 novos dançarinos em ensaios.

- É engraçado ouvir o lado da história dos meus agentes. Todos disseram que eu não participava dos ensaios e nunca concordei em tomar meu remédio - meu remédio só é tomado pela manhã, nunca no ensaio. Eles nem mesmo me veem. Então, por que eles estão afirmando isso? Quando eu disse não para um movimento de dança nos ensaios, foi como se eu tivesse plantado uma bomba enorme em algum lugar. E eu disse não, não quero fazer assim.

- Depois disso, meu empresário, meus dançarinos e meu coordenador das novas pessoas que deveriam fazer o show entraram todos em uma sala, fecharam a porta e não saíram por pelo menos 45 minutos. Senhora, não estou aqui para ser escravo de ninguém. Eu posso dizer não a um movimento de dança. Foi-me dito pelo meu terapeuta na época, Dr. Benson - que morreu [em 2019] - que meu gerente ligou para ele naquele momento e disse a ele que eu não estava cooperando ou seguindo as diretrizes nos ensaios. E ele também disse que eu não estava tomando minha medicação, o que é tão idiota, porque eu tive a mesma senhora me dando minha mesma medicação todas as manhãs nos últimos oito anos. E eu não estou nem perto dessas pessoas estúpidas. Isso não faz nenhum sentido.

- Houve um período de uma semana em que eles foram legais comigo, e eu disse a eles que não queria fazer o show. Eles foram legais comigo, eles disseram que se eu não quisesse fazer o novo show em Vegas, eu não teria que fazer porque eu estava ficando muito nervosa. Foi como tirar literalmente 90 quilos de cima de mim quando eles disseram que eu não precisava mais fazer o show, porque foi muito difícil para mim mesmo e era demais. Eu não aguentava mais.

- Lembro-me de dizer [isso] ao meu assistente, mas sabe o que acho estranho? Se eu disser não, sinto que eles vão voltar e ser maus comigo ou me punir ou algo assim. Três dias depois, depois que eu disse não a Vegas, meu terapeuta me sentou em uma sala e disse que recebeu um milhão de telefonemas sobre como eu não estava cooperando nos ensaios e não estava tomando meus medicamentos. Tudo isso era falso.

A cantora, então, revela que teve todos os medicamentos que estava acostumada a tomar tirados de si e substituídos por um outro medicamento que é geralmente usado no tratamento do transtorno bipolar para prevenir episódios maníacos e tentativas de suicídio.

- Ele imediatamente, no dia seguinte, me deu lítio do nada. Ele tirou meus remédios normais que estava usando há cinco anos. E o lítio é um medicamento muito, muito forte e completamente diferente do que eu estava acostumada. Você pode ficar mentalmente debilitado se tomar muito, se ficar por mais de cinco meses. Mas ele me colocou nisso e eu me sentia bêbada. Eu realmente não conseguia nem cuidar de mim mesma. Eu não conseguia nem ter uma conversa com minha mãe ou meu pai sobre qualquer coisa. Eu disse a ele que estava com medo, e meu médico colocou seis enfermeiras diferentes com esse novo medicamento, que vinham à minha casa, ficavam comigo para me monitorar com esse novo medicamento, que eu nunca quis tomar para começar. Havia seis enfermeiras diferentes em minha casa e elas não me deixaram entrar no carro para ir a lugar nenhum por um mês.

Com isso, Britney também revela que não teve apoio dos familiares em momento algum, e que nunca teve seu lado ouvido - especialmente por seu pai.

- Não só minha família não fez nada, como meu pai era totalmente a favor. Qualquer coisa que acontecesse comigo precisava ser aprovada por meu pai. E meu pai agiu como se não soubesse que me disseram que eu teria que fazer uma avaliação nas férias de Natal antes de eles me mandarem embora, quando meus filhos foram para a Louisiana. Foi ele quem aprovou tudo. Minha família inteira não fez nada.

- Durante o feriado de duas semanas, uma senhora veio à minha casa quatro horas por dia, sentou-se e fez um teste psicológico em mim. Demorou uma eternidade. Mas disseram-me que tinha que fazer aquilo. Depois, recebi um telefonema do meu pai, basicamente dizendo que tinha falhado no teste ou sei lá o quê. Sinto muito, Britney, você tem que ouvir seus médicos. Eles estão planejando mandar você para uma pequena casa em Beverly Hills para fazer um pequeno programa de reabilitação que iremos conseguir para você. Você vai pagar 60 mil dólares [quase 300 mil reais na cotação atual] por mês por isso. Chorei ao telefone por uma hora e ele adorou cada minuto.

- O controle que ele tinha sobre alguém tão poderoso quanto eu - ele amava o controle para machucar sua própria filha 100%. Ele amou. Arrumei minhas malas e fui para aquele lugar. Eu trabalhava sete dias por semana, sem folga, o que na Califórnia a única coisa semelhante a isso se chama tráfico sexual. Fazer qualquer um trabalhar contra a sua vontade, levando embora todos os seus bens - cartão de crédito, dinheiro, telefone, passaporte - e colocando-os em uma casa onde trabalham com as pessoas que moram com eles. Todos moravam na casa comigo, as enfermeiras, o segurança 24 horas por dia, sete dias por semana. Havia um chef que ia lá e cozinhava para mim todos os dias durante a semana. Eles me observavam trocar de roupas todos os dias - nua - de manhã, à tarde e à noite. Meu corpo - eu não tinha privacidade nem porta no meu quarto. Eu tirava oito frascos de sangue por semana.

- Se eu não fizesse nenhuma das minhas reuniões e trabalhasse das oito às seis da noite, o que são dez horas por dia, sete dias por semana, sem dias de folga, não teria permissão de ver meus filhos ou meu namorado. Nunca pude dar uma palavra sobre minha agenda. Eles sempre me disseram que eu tinha que fazer isso. E senhora, vou lhe dizer, sentar em uma cadeira dez horas por dia, sete dias por semana, não é divertido... Especialmente quando você não pode sair pela porta da frente.

- E é por isso que estou dizendo isso de novo, dois anos depois, depois de mentir e dizer ao mundo inteiro: Estou bem e estou feliz. É mentira. Eu pensei que se eu dissesse isso o suficiente talvez eu pudesse me tornar feliz, porque eu tenho negado. Eu estive em choque. Estou traumatizada. Você sabe, finja até conseguir. Mas agora estou dizendo a verdade, ok? Eu não estou feliz. Eu não consigo dormir. Estou com tanta raiva, é uma loucura. E estou deprimida. Eu choro todos os dias.

A cantora então desabafa sobre como é possível que um Estado permita que tudo isso aconteça à uma pessoa, e cita o fato de artistas mais jovens não serem punidos por suas ações mais gritantes enquanto ela é colocada sob tutela sem ter atitudes erradas:

- E estou dizendo isso porque não sei como o estado da Califórnia pode ter tudo isso escrito nos autos desde o momento em que eu apareci e não fazer absolutamente nada - apenas contratar, com meu dinheiro, outra pessoa e manter meu pai a bordo. Senhora, meu pai e todos os envolvidos nesta tutela e minha gestão que desempenharam um grande papel em me punir quando eu disse não - senhora, eles deveriam estar na prisão. Suas táticas cruéis trabalhando para Miley Cyrus enquanto ela fuma um baseado no palco no VMAs [situação ocorrida em 2013] - nada é feito para esta geração por fazer coisas erradas.

- Mas meu corpo precioso, que trabalhou para meu pai nos últimos 13 anos, tentando ser tão bom e bonito. Tão perfeito. Ele trabalha tanto. Quando eu faço tudo o que me mandam e o estado da Califórnia permite que meu pai - pai ignorante, que só tem um papel comigo se eu trabalhar com ele - leve sua própria filha, eles mudaram o curso e permitiram que ele fizesse isso comigo. Isso é dado a essas pessoas para quem eu tenho trabalhado, muito controle. Eles também me ameaçaram e disseram: Se eu não fizer o que mandam, tenho que ir ao tribunal. E será mais embaraçoso para mim se o juiz apresentar publicamente as provas que eles têm.

- Você tem que ir. Fui aconselhada: pela minha imagem, preciso ir em frente [para a reabilitação] e só ir e acabar logo com isso. Eles disseram isso para mim. Eu nem bebo álcool - eu deveria beber álcool, considerando o que eles fazem meu coração passar. Além do programa Bridges para o qual eles me mandaram, nenhuma das crianças lá - eu estava fazendo este programa por quatro meses, então nos últimos dois meses fui para uma instalação de Bridges. Nenhuma das crianças de lá fez o programa. Eles nunca apareceram para nenhuma delas. Você não precisava fazer nada se não quisesse. Como é que eles sempre me fizeram ir? Por que sempre fui ameaçado por meu pai e por qualquer pessoa que participasse dessa tutela? Se eu não fizer isso, o que eles me dizem para me escravizar, eles vão me punir.

- A última vez que falei com você [juíza], apenas mantendo a tutela em andamento, e também mantendo meu pai informado, me fez sentir como se estivesse morta - como se eu não importasse, como se nada tivesse sido feito contra mim, como você pensou que eu estava mentindo ou algo assim. Estou dizendo de novo, porque não estou mentindo. Eu quero me sentir ouvida. E estou dizendo isso de novo, então talvez você possa entender a profundidade, o grau e o dano que eles me causaram naquela época.

- Eu quero mudanças e quero mudanças que avancem. Eu mereço mudanças. Disseram-me que teria de me sentar e ser avaliada, de novo, se quiser encerrar a tutela. Senhora, eu não sabia que poderia fazer uma petição à tutela para acabar com isso. Sinto muito pela minha ignorância, mas honestamente não sabia disso. Mas, honestamente, não acho que devo a ninguém ser avaliada. Eu fiz mais do que o suficiente. Eu não sinto que deveria estar em uma sala com ninguém para me ofender, tentando questionar minha capacidade de inteligência, se eu preciso estar nesta tutela estúpida ou não. Eu fiz mais do que o suficiente.

A artista, então, revela porque demorou tanto para se abrir e relatar tudo o que passou, entregando ter pensado que ninguém acreditou nela, assim como ela não acreditou em outras pessoas quando estas se abriram sobre seus próprios traumas:

- Eu não devo nada a essas pessoas - especialmente a mim, que deu casa e alimento para toneladas de pessoas em turnês na estrada. É constrangedor e desmoralizante o que passei. E esse é o principal motivo pelo qual nunca disse isso abertamente. E principalmente, eu não queria dizer isso abertamente, porque eu honestamente não acho que alguém acreditaria em mim. Para ser honesta com você, a história de Paris Hilton sobre o que eles fizeram com ela naquela escola, eu não acreditei em nada disso. Eu sinto muito. Eu sou uma estranha e vou ser honesta. Eu não acreditei.

- E talvez eu esteja errada, e é por isso que eu não queria dizer nada disso para ninguém, para o público, porque eu pensei que as pessoas iriam zombar de mim ou rir de mim e dizer: Ela está mentindo, ela tem tudo, ela é Britney Spears.

- Eu não estou mentindo. Eu só quero minha vida de volta. E já se passaram 13 anos. E é o suficiente. Faz muito tempo que não tenho meu dinheiro. E é meu desejo e meu sonho que tudo isso acabe sem ser testada. Novamente, não faz sentido algum para o estado da Califórnia sentar e literalmente me observar com seus próprios olhos enquanto eu ajudo tantas pessoas a ganhar a vida e pago a tantas pessoas, caminhões e ônibus na estrada comigo, e então me informar: Eu não sou boa o suficiente. Mas eu sou ótima no que faço. E eu permito que essas pessoas controlem o que eu faço, senhora. E já é o suficiente. Não faz sentido algum.

- Agora, indo em frente, não estou disposta a encontrar ou ver ninguém. Já me encontrei com pessoas suficientes contra a minha vontade. Terminei. Tudo que eu quero é ter meu dinheiro, para que isso acabe, e que meu namorado me leve embora de carro.

Além disso, a artista ainda entrega que não pretende deixar que todo esse período de sofrimento saia barato para os familiares que foram negligentes para com ela:

- E eu honestamente gostaria de processar minha família, para ser totalmente honesta com você. Eu também gostaria de poder compartilhar minha história com o mundo, e o que eles fizeram comigo, em vez de ser um segredo silencioso para beneficiar a todos eles. Eu quero ser ouvida sobre o que eles fizeram comigo, fazendo-me manter isso por tanto tempo, não é bom para o meu coração. Eu estive com tanta raiva e choro todos os dias. Isso me preocupa, disseram-me que não tenho permissão para expor as pessoas que fizeram isso comigo.

- Para minha sanidade, preciso que o júri me aprove para dar uma entrevista na qual posso ser ouvida sobre o que eles fizeram comigo. E, na verdade, tenho o direito de usar minha voz e assumir minha responsabilidade. Meu advogado diz que não posso. Não é bom. Eu não posso deixar o público saber de nada que eles fizeram para mim e, por não dizer nada, estou dizendo que está tudo bem.

- Não está bem. Na verdade, eu não quero uma entrevista - prefiro apenas ter uma chamada aberta para a imprensa ouvir, o que eu não sabia que faríamos hoje, então, obrigado. [Se referindo ao fato de que foi permitido que jornalistas estivessem presentes no julgamento]. Em vez de ter uma entrevista, honestamente, preciso tirar isso do meu coração, a raiva e tudo o que está acontecendo.

- Não é justo que eles estejam contando mentiras sobre mim abertamente. Até mesmo minha família, eles dão entrevistas para quem eles querem nas estações de notícias. Minha própria família dando entrevistas, falando sobre a situação e me fazendo sentir tão estúpida. E eu não posso dizer nada. E meu próprio pessoal diz que não posso dizer nada.

- Já se passaram dois anos. Queria uma conversa gravada com você, na verdade, estamos fazendo isso agora - o que eu não sabia que estávamos fazendo. Meu advogado, Sam [Ingham], tem estado com muito medo de eu ir em frente, porque ele está dizendo que se eu falar, serei sobrecarregada naquela instalação daquele centro de reabilitação, aquele centro de reabilitação vai me processar. Ele me disse que eu deveria manter isso para mim. Eu pessoalmente gostaria de - na verdade, cresci com um relacionamento pessoal com Sam, meu advogado, tenho conversado com ele três vezes por semana agora, meio que construímos um relacionamento, mas realmente não tive a oportunidade de escolher pessoalmente meu próprio advogado. E eu gostaria de poder fazer isso.

- A principal razão pela qual estou aqui é porque quero encerrar a tutela sem precisar ser avaliada. Eu fiz muitas pesquisas, senhora. E há muitos juízes que acabam com a conservação de pessoas sem que eles tenham que ser avaliadas o tempo todo. As únicas vezes em que não o fazem é se um membro da família preocupado disser que algo está errado com essa pessoa.

- E considerando que minha família viveu da minha tutela por 13 anos, não ficarei surpresa se um deles tiver alguma objeção daqui para frente e dizer: Não achamos que isso deva acabar, temos que ajudá-la. Especialmente se eu conseguir minha chance de expor o que eles fizeram comigo.

- Também quero falar com você sobre minhas obrigações, as quais, pessoalmente, não acho que no momento devo nada a ninguém. Tenho três reuniões por semana às quais devo comparecer, aconteça o que acontecer. Só não gosto de sentir que trabalho para as pessoas a quem pago. Eu não gosto de ouvir que tenho que fazer isso, não importa o que aconteça, mesmo se eu estiver doente. Jodi [Montgomery], a conservadora, diz que preciso ver meu treinador Ken, mesmo quando estiver doente. Eu gostaria de fazer uma reunião por semana com um terapeuta. Eu nunca antes, mesmo antes de eles me mandarem para aquele lugar, tive duas sessões de terapia. Tive um médico e depois um profissional de terapia. O que fui forçada a fazer é ilegal em minha vida. Não deveria ser dito que tenho que estar disponível três vezes por semana para essas pessoas que não conheço.

- Estou falando com você hoje porque sinto novamente, sim, até mesmo [a conservadora interina] Jodi está começando a ir longe demais comigo. Eles me fazem ir à terapia duas vezes por semana e a um psiquiatra. Eu nunca no passado - espere, eles me fizeram ir, sim, duas vezes por semana e ao Dr. Gold, então isso é três vezes por semana. Eu nunca tive que ver um terapeuta mais de uma vez por semana. É muito difícil de mim procurar esse homem que não conheço.

- Número um, tenho medo das pessoas. Não confio nas pessoas pelo que passei. E a configuração inteligente de [a terapia] ser feita em Westlake, em um dos lugares mais expostos de Westlake, é que, ontem, paparazzi me mostraram saindo literalmente chorando da terapia. É constrangedor e desmoralizante. Mereço privacidade quando vou fazer terapia, mesmo seja em minha casa, como faço há oito anos. Eles sempre vêm à minha casa. Ou quando o Dr. Benson - o homem que morreu - foi em um lugar semelhante ao que fui em Westlake, que foi muito exposto e muito ruim. Ok, então onde eu estava? Era como se fosse idêntico ao Dr. Benson, que ilegalmente, sim, 100% abusou de mim com o tratamento que ele me deu, para ser totalmente honesto com você, eu estava tão…

A juíza, então, interrompe Britney novamente para pedir que ela fale mais devagar, de modo que o escrivão consiga entender tudo o que ela está dizendo.

- Okay, legal... E para ser totalmente honesto com você, quando [Dr. Benson] faleceu, ajoelhei-me e agradeci a Deus. Em outras palavras, minha equipe está me pressionando com isso novamente. Eu prendi minhas fobias em pequenos quartos por causa do trauma, me trancando por quatro meses naquele lugar. Não é certo que eles me enviem - desculpe, estou indo rápido - para aquela pequena sala como aquela duas vezes por semana com outro novo terapeuta que eu pago, que eu nunca sequer aprovei. Eu não gosto disso. Eu não quero fazer isso. E eu não fiz nada de errado para merecer esse tratamento.

- Não está certo me forçar a fazer algo que eu não quero fazer. Por lei, Jodi e esta suposta equipe deveriam honestamente - eu deveria ser capaz de processá-los por me ameaçarem e dizerem que se eu não for e fizer essas reuniões duas vezes por semana, não podemos deixar você ficar com seu dinheiro e ir para Maui em suas férias. Você tem que fazer o que lhe foi dito para este programa e então você poderá ir. Mas foi uma coisa muito inteligente, um dos lugares mais expostos em Westlake, sabendo que tenho o tema quente da tutela, que mais de cinco paparazzis vão aparecer e me fazer chorar saindo daquele lugar. Implorei a eles que se certificassem de que fizessem isso em minha casa, para que eu tivesse privacidade. Eu mereço privacidade.

- A tutela, desde o início, uma vez que você vê alguém, seja lá quem for, na tutela ganhando dinheiro, ganhando dinheiro para si próprio, e negando meu próprio dinheiro enquanto eu estou trabalhando - toda essa afirmação ali, a tutela deveria acabar. Eu não deveria estar em uma tutela se posso trabalhar e fornecer dinheiro e trabalhar para mim e pagar outras pessoas - não faz sentido. As leis precisam mudar. Que estado permite que as pessoas possuam o dinheiro e a conta de outra pessoa e as ameace dizendo: Você não pode gastar seu dinheiro a menos que faça o que queremos que faça. E eu estou pagando a eles.

- Senhora, trabalho desde os 17 anos [de idade]. Você tem que entender como isso é delicado para mim todas as manhãs, eu fico sabendo que não posso ir a nenhum lugar a menos que eu encontre pessoas que não conheço todas as semanas em um escritório idêntico àquele onde o terapeuta foi muito abusivo comigo. Eu realmente acredito que essa tutela é abusiva, e que podemos ficar aqui sentados o dia todo e dizer, oh, a tutela está aqui para ajudar as pessoas. Mas, senhora, existem milhares de conservadorias que também são abusivas.

- Eu não sinto que posso viver uma vida plena. Não devo a eles ir ver um homem que não conheço e compartilhar meus problemas com ele. Eu nem acredito em terapia. Eu sempre acho que você leva isso para Deus. Quero acabar com a tutela sem ser avaliada. Nesse ínterim, quero esse terapeuta uma vez por semana. Eu só quero que ele venha para minha casa. Não estou disposta a ir para Westlake e ficar com vergonha de todos esses paparazzis nojentos rindo da minha cara enquanto estou chorando, saindo e tirando fotos como todos esses jantares brancos agradáveis, onde as pessoas bebem vinho em restaurantes, observando esses lugares . Eles armaram para mim enviando-me para os lugares mais expostos, e eu disse a eles que não queria ir porque sabia que paparazzi iriam aparecer lá.

- Eles me deram apenas duas opções de terapeutas. E eu não tenho certeza de como você toma suas decisões, senhora. Mas esta é a única chance de eu falar com você por um tempo. Eu preciso de sua ajuda, então se você puder me dizer onde estão seus pensamentos. Sinceramente, não sei o que dizer, mas meus pedidos são apenas para encerrar a tutela sem ser avaliada. Eu quero fazer uma petição basicamente para acabar com a tutela. Mas não quero ser avaliada e ficar sentada em uma sala com pessoas quatro horas por dia, como eles me fizeram antes. E eles tornaram tudo ainda pior para mim depois que isso aconteceu.

- Honestamente, sou nova com isso. E estou fazendo pesquisas sobre todas essas coisas. Eu conheço o bom senso e o método pelo qual as coisas podem acabar - para as pessoas, acabou sem que fossem avaliadas. Então, eu só quero que você leve isso em consideração.

Britney ainda menciona o período em que sua mãe, Lynne Spears, assumiu o comando de sua tutela durante a pandemia do novo coronavírus, e conta que além de só ter sido visitada duas vezes por ela nesse período, também foi privada de coisas básicas como o direito de cuidar de sua aparência e de sua saúde:

- Também demorou um ano, durante a COVID, para conseguir algum meio de autocuidado. Ela disse que não havia serviços disponíveis. Ela está mentindo, senhora. Minha mãe foi ao local duas vezes na Louisiana durante a COVID. Por um ano, eu não fiz minhas unhas - nenhum penteado, nenhuma massagem, nenhuma acupuntura. Nada por um ano. Todas as semanas, via as empregadas em minha casa com as unhas feitas de forma diferente a cada vez. Ela me fez sentir como meu pai. Muito semelhante, o comportamento dela e do meu pai, mas apenas uma dinâmica diferente.

- A equipe quer que eu trabalhe e fique em casa em vez de férias mais longas. Eles estão acostumados a fazer uma rotina semanal para eles. E eu superei isso. Eu não sinto que devo nada a eles neste momento. Eles precisam ser lembrados de que realmente trabalham para mim.

- Eu deveria ser capaz de - tenho um amigo com quem costumava fazer reuniões de AA. [Alcoólicos Anônimos] Fiz AA por dois anos. Fiz três reuniões por semana. Eu conheci um monte de mulheres lá. E não consigo ver meus amigos que moram a oito minutos de mim, o que acho extremamente estranho. Eu sinto que eles estão me fazendo sentir como se eu vivesse em um programa de reabilitação. Esta é a minha casa. Gostaria que meu namorado pudesse me levar em seu carro. E eu quero me encontrar com um terapeuta uma vez por semana, não duas vezes por semana. E eu quero que ele venha para minha casa. Porque eu realmente sei que preciso de um pouco de terapia. [Risos]

- Eu gostaria de seguir em frente progressivamente e quero ter a coisa verdadeira, quero poder me casar e ter um filho. Disseram-me agora na tutela, não posso me casar ou ter um filho, tenho um [DIU] dentro de mim agora, então não posso engravidar. Eu queria tirar o [DIU] para começar a tentar ter outro bebê. Mas esta suposta equipe não me deixa ir ao médico para tirá-lo porque eles não querem que eu tenha filhos - mais filhos. Então, basicamente, essa tutela está me fazendo muito mais mal do que bem.

- Eu mereço ter uma vida. Eu trabalhei a minha vida inteira. Eu mereço ter um intervalo de dois a três anos e apenas, você sabe, fazer o que eu quero fazer. Mas eu sinto que há uma muleta aqui. E me sinto aberta e posso falar com você hoje sobre isso. Mas eu gostaria de poder ficar com você no telefone para sempre, porque quando eu desligo o telefone com você, de repente, ouço todos esses nãos - não, não, não. E então, de repente, eu me sinto cercada, me sinto intimidada e me sinto deixada de fora e sozinha. E estou cansada de me sentir sozinha. Eu mereço ter os mesmos direitos que qualquer pessoa, tendo um filho, uma família, qualquer uma dessas coisas e muito mais. E isso é tudo que eu queria dizer a você. E muito obrigado por me deixar falar com você hoje.

A juíza, então, agradece o depoimento de Britney e garante que se sensibiliza com a situação da artista, ressaltando que o tribunal está sempre de portas abertas para ouvir seus depoimentos:

- Sra. Spears, você é muito bem-vinda. E também, eu só quero dizer a você que certamente sou sensível a tudo o que você disse e como está se sentindo e sei que foi preciso muita coragem para você dizer tudo o que você tem a dizer hoje, e eu quero informá-la de que o tribunal aprecia você vir até nós e compartilhar seus sentimentos.

Em audiência nesta quarta-feira (2), cujo objetivo foi discutir o futuro do Edifício Holiday, em Boa Viagem, na Zona Sul da capital, representante da Prefeitura do Recife esclareceu que o município não reconhece na sua competência a obrigação de recuperar ou desapropriar as instalações do condomínio. A declaração foi feita pelo procurador municipal e engenheiro Paulo Gesteira, que falou que não há, mesmo que remota, “nenhuma sinalização no sentido de desapropriação” do imóvel. Mesmo após três horas de diálogo, nenhuma das partes havia apresentado uma solução.

“Todas as informações que recebi apontam que (o Holiday) é uma habitação privada e que cada um é responsável pela manutenção da sua unidade e do condomínio como um todo. Não há interesse do município em recuperar este imóvel ou desapropriá-lo, seja para dá-lo a outras pessoas ou para devolver aos proprietários que não cumpriram com o dever de manter seu imóvel. O Recife sempre se colocou à disposição apenas em colaborar com uma solução que os proprietários e condôminos vislumbrem”, elucidou, ao iniciar sua fala.

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Gesteira também enfatizou que, na presença de uma solução e verdadeiro diálogo entre os proprietários, a PCR, através dos órgãos responsáveis, pode oferecer suporte. No entanto, nada que envolva os interesses de desapropriação ou recuperação, em qualquer âmbito; e completou: “estamos fazendo até mais do que costumamos fazer se tratando de uma habitação privada”.

“O município só não pode abrir mão de que o imóvel volte sem os aspectos de segurança, tanto sobre as instalações elétricas, quanto sobre o combate ao risco de incêndio, e em menor gravidade, pontos relacionados à estruturação. Se houver uma solução em que os proprietários estejam de acordo e queiram apresentar para ter ajuda do município, o município vai enviar a solicitação para os diversos órgãos municipais competentes, inclusive para o Legislativo e Executivo, e as propostas serão analisadas”, finalizou.

A audiência foi iniciativa do magistrado do Tribunal de Justiça de Pernambuco, a fim de viabilizar uma solução interessante às partes prejudicadas. A sessão foi organizada pelo juiz Luiz Rocha, da 7ª Vara da Fazenda Pública do Recife. Após as falas de Paulo Gesteira, o magistrado teceu comentários indicando que a solução possivelmente viria da direção oposta.

“Até o presente momento eu não vi, do radar de nenhum dos setores públicos, seja da União, do Estado ou do município, qualquer aceno com relação à possibilidade de desapropriação, o que me leva a crer que a solução possa vir da iniciativa privada, isso da perspectiva do processo”, adicionou Dr. Rocha.

Estiveram presentes também representantes legais e comissões dos moradores e proprietários do Holiday; da Guarda Civil de Pernambuco; da Polícia Militar de Pernambuco; da Secretaria de Defesa Social do Estado; da Defesa Civil do Estado; do Ministério Público de Pernambuco; do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Estado; Arquidiocese de Olinda e Recife; da Prefeitura do Recife; da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe); da Associação de Defesa dos Usuários de Seguros; do Sindicato da Habitação de Pernambuco; e do Governo do Estado.

Além de todas as partes mencionadas, marcou presença o Corpo de Bombeiros de Pernambuco, através do tenente coronel Erick Aprigio, chefe de fiscalização da corporação e também o responsável pela apresentação do laudo que culminou na interdição do prédio. Em março de 2019, as 476 unidades habitacionais e comerciais do prédio foram desocupadas após uma ação judicial que constatou alto risco de incêndio e desabamento. Durante sua intervenção, o tenente relembrou os principais apontamentos do relatório.

“O Holiday iniciou em 2016 as ações e avaliações e muito me assusta ter articulado o laudo. Os mais de 400 apartamentos têm um grave problema de fuga de pessoas. As pessoas não conseguem sair do prédio, no sentido que não há condições de evacuação; há riscos altíssimos de incêndio, não só pelas instalações elétricas, mas pela existência de um comércio no primeiro, segundo e outros andares. Também há venda clandestina de gás de cozinha no edifício e o gradeamento dos corredores está em péssimas condições. O Holiday é uma tragédia anunciada”, informou o coronel.

Representantes de Rufino e dos proprietários também se manifestaram

A advogada Renê Patriota, uma das representantes legais do ex-síndico, Rufino Neto, parte das figuras mais importantes do processo e gestor à época das interdições, cobrou das autoridades um posicionamento quanto à capela presente nas dependências do edifício, além da relação de posse de propriedade para fins de esclarecer limites do processo.

“A moradia é obrigação do município. Concordamos que a interdição ocorreu em momento oportuno, em face do perigo de incêndio, para evitar mortes. Entretanto, entendemos também que faltou cuidado para resgatar essas pessoas. Nós insistimos, várias vezes, que os juízes liberassem o espaço da capela, espaço seguro com laudo de engenheiros. Ali seria um local de trabalho para os moradores, voltado à arrecadação de recursos, para congregar a todos, no sentido de evitar o que já ocorreu: a falta de segurança e a desarticulação dos proprietários. Desde setembro de 2019, pedimos as certidões que identifiquem quem são os proprietários”, apontou a defesa.

No entanto, ao mencionar a questão das certidões, foi interrompida pelo juiz Rocha, que afirmou que todas as partes já tinham acesso a essas documentações. A advogada alegou falta de clareza e inconsistência na relação.

Tomou fala também a líder Daniela Valadares, representante de grupos de proprietários do edifício Holiday. Segundo Valadares, é preciso “designar uma assembleia geral, para que se possa, na forma da lei, fazer uma representação que os condôminos e proprietários querem; além de uma votação do novo síndico, respeitando os votos dos proprietários”. A mandatária também solicitou à Celpe a instalação de uma torre de ponto de luz na habitação, o que já foi solicitado outras vezes, mas negado sob argumento da interdição, segundo ela.

Somando às falas de partes diretamente afetadas pela desocupação do Holiday, a comerciante e proprietária Suellen Pereira Lopes ratificou a opinião de outros proprietários, que é de que o problema não se concentrou na inadimplência dos condôminos e donos, mas também na má gestão do ex-síndico Rufino.

“Não foi somente inadimplência; havia muitos inadimplentes ali, mas também muitos pagantes. Além disso, entrava dinheiro dos outdoors, das carroças e barracas de praia. O condomínio arrecadava, sim, bastante dinheiro, e tinha como fazer (os reparos) aos poucos. Pagamos aluguel, a gente saiu das nossas casas. Queremos uma decisão final, tanto para venda quanto para recuperação. A gente é proprietário e não pode morar, não pode entrar e nem subir no prédio. E hoje já há muitas famílias morando ali embaixo, cada comércio e loja ali embaixo já está ocupado, há famílias morando. Vemos o nosso patrimônio sendo destruído e outras pessoas tomando conta”, concluiu.

A Comissão Temporária da Covid-19 fará na segunda-feira (31) uma audiência pública com o ministro da Economia, Paulo Guedes. O objetivo é debater o Plano Nacional de Imunização (PNI) e o cumprimento dos prazos para vacinação, bem como a situação econômica e fiscal do país. A audiência pública, interativa e remota, está marcada para as 15h.

A comissão foi criada em fevereiro após requerimento do senador Eduardo Braga (MDB-AM) para acompanhar as questões de saúde pública relacionadas à pandemia de coronavírus. O colegiado substituiu a comissão mista (composta por senadores e deputados federais) que funcionou até 31 de dezembro de 2020.

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As audiências mensais com o Ministro da Economia estão previstas no plano de trabalho da comissão, aprovado em março.  Até agora, foram feitas duas reuniões com representantes do ministério, uma em março e uma em abril. A última está prevista para junho.

Integrantes

A Comissão Temporária da Covid-19 é composta por 12 senadores titulares e 12 senadores suplentes. O presidente é o senador Confúcio Moura (MDB-RO); o relator é o senador Wellington Fagundes (PL-MT).

*Da Agência Senado

A audiência do Oscar deste ano despencou em mais da metade, alcançando uma nova média mínima de 9,85 milhões de telespectadores nos Estados Unidos, informou a rede de televisão ABC nesta segunda-feira (26).

A enorme queda de 58,3% referente a 23,6 milhões, o mínimo histórico alcançado no ano passado, era amplamente esperada para a maior noite da indústria cinematográfica de Hollywood. Outras premiações realizadas durante a pandemia também sofreram baixas desastrosas na audiência.

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Com os cinemas fechados na maior parte do ano e vários filmes com expectativa de grande sucesso, estrelados por atores renomados, adiados, uma safra menos conhecida de indicados competiu na cerimônia de domingo, em que "Nomadland", de Chloé Zhao, foi o grande vencedor.

A queda de telespectadores também vem de uma tendência geral de baixas de vários anos para o Oscar, que ultrapassou 43 milhões de espectadores em 2014.

Entre os que não compareceram à cerimônia estava Anthony Hopkins, que surpreendeu ao triunfar como melhor ator por "Meu Pai", um prêmio que se esperava que fosse para o falecido Chadwick Boseman. A categoria foi o prêmio final da noite.

O Oscar geralmente termina com a distinção de melhor filme, com muitos espectadores apontando que a falta de um discurso de aceitação no grande final da cerimônia foi outro elemento do anticlímax.

"Aos 83 anos, eu não esperava receber este prêmio, realmente não esperava", disse Hopkins em um vídeo postado em sua página do Instagram na manhã desta segunda-feira.

A cerimônia pouco ortodoxa do Oscar deste ano foi transferida para uma estação de trem glamourosa de Los Angeles, para cumprir o protocolo estrito imposto devido à pandemia covid-19, e reuniu as estrelas de Hollywood pela primeira vez em mais de um ano.

A Comissão Temporária da Covid-19 (CTCOVID19) ouve, nesta segunda-feira (26), às 10h, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. A audiência pública remota tem como finalidade debater questões relacionadas ao Plano Nacional de Imunização, como o cumprimento dos prazos previstos para a vacinação no país, além de discutir sobre medidas de combate à pandemia.    

Criada em fevereiro, a comissão temporária tem como objetivo acompanhar as questões de saúde pública relacionadas ao coronavírus. É composta por 12 membros titulares e igual número de suplentes, a comissão conta com prazo de 120 dias de funcionamento. O presidente do colegiado e o vice-presidente são os senadores Confúcio Moura (MDB-RO) e Styvenson Valentim (Podemos-RN), respectivamente. O relator é o senador Wellington Fagundes (PL-MT). 

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COMO ACOMPANHAR E PARTICIPAR

Participe:
http://bit.ly/audienciainterativa

Portal e-Cidadania:
senado.leg.br/ecidadania

 

Executivos do setor de tecnologia tiveram de encarar perguntas do Congresso americano mais uma vez. Os presidentes executivos do Facebook, do Google e do Twitter participaram nessa quinta-feira de uma audiência realizada pelo Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos EUA.

O tema da sessão, que aconteceu por videoconferência, foi a desinformação nas plataformas digitais, com foco em acontecimentos recentes, como o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro e também assuntos relacionados à pandemia.

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Primeira audiência com executivos de tecnologia após a invasão do Parlamento dos EUA, as influências e ações das redes sociais em relação ao episódio foram um tema muito discutido. Mark Zuckerberg, do Facebook, Sundar Pichai, do Google, e Jack Dorsey, do Twitter, foram incisivamente cobrados a responder com "sim ou não" se suas plataformas contribuíram com a disseminação de desinformação e o planejamento do ataque. Dorsey disse que sim, ressaltando que o problema não é apenas dos sistemas tecnológicos. Zuckerberg e Pichai se recusaram a dar uma resposta direta.

"Acho que a responsabilidade é das pessoas que agiram para infringir a lei", disse o presidente do Facebook. A exigência da resposta com "sim ou não", que se repetiu em outros momentos da sessão, pareceu irritar os executivos. Durante a audiência, Dorsey publicou uma enquete em sua conta no Twitter com as opções "yes" e "no".

Entre os questionamentos, foram recorrentes também assuntos relacionados à pandemia. Além disso, os deputados fizeram perguntas sobre o uso de plataformas digitais por crianças, bullying e discursos de ódio direcionados a grupos específicos.

Debate

Um dos pontos centrais sobre moderação de conteúdo na internet é a Seção 230, lei americana que protege empresas de internet de responsabilização por conteúdos de usuários. Pichai disse que algumas propostas para a legislação podem a desvirtuar.

Zuckerberg definiu etapas para reforma da lei, dizendo que as empresas devem ter imunidade de responsabilidade se seguirem as melhores práticas para remoção de conteúdo. Além disso, sugeriu que o Congresso traga mais transparência e supervisão sobre como as empresas devem agir em relação ao tema.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sikêra Jr. alavancou a audiência da Rede Tv! quando a emissora passou a transmitir o programa Alerta Nacional, da TV A Crítica, de Manaus (AM). Ele alçou seu nome entre os apresentadores de policialescos da televisão aberta e, de quebra, garantiu o aumento dos números de espectadores da emissora a nível nacional. No entanto, após um ano de muito barulho e declarações polêmicas, os bons resultados não estão mais sendo entregues. 

Segundo o colunista Ricardo Feltrin, o público não está mais respondendo de forma positiva ao apresentador. Em sua coluna, ele publicou a diferença na audiência da Rede TV! desde o início da exibição do Alerta Nacional. Nos últimos 12 meses, Sikêra foi de segunda maior audiência da emissora, com 3% de média no Ibope de São Paulo, a uma média de 1,5%.

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O apresentador costumava ocupar espaço, também, nas redes sociais. Suas tiradas polêmicas e demonstração de simpatia ao governo federal eram bastante comentadas entre o público. Em uma dessas polêmicas, Sikêra chegou a ser notificado pela Justiça, por meio de Xuxa Meneghel, que solicitou que ele fosse retirado do ar por fazer piada com zoofilia. 

Um homem armado invadiu a sala virtual de uma audiência pública realizada na manhã desta sexta-feira, 19, pela Assembleia Legislativa de Goiás. Os parlamentares se reuniram com empresários para tirar dúvidas sobre as linhas de crédito lançadas pelo governo estadual aos pequenos empreendedores diante da queda de arrecadação na pandemia. Cerca de 100 pessoas participavam da conferência. De acordo com o deputado estadual Virmondes Cruvinel (Cidadania), organizador do evento, perfis invadiram a sala online com sons e imagens "desconexos".

A reportagem conversou com Cruvinel. O parlamentar explicou que o ataque durou cerca de dez minutos e contou com a participação de pelo menos cinco pessoas. Foram exibidas imagens de pessoas armadas e do presidente Jair Bolsonaro. O grupo também colocou músicas para tocar e escreveu palavrões, contou o deputado.

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"Foi uma ação orquestrada, pelo menos cinco entraram juntos", explicou. "A gente só lamenta. A democracia admite a livre manifestação de todos, mas não tolera ataques que visem justamente impedir as pessoas de expressar suas opiniões. Lá estavam pequenos comerciantes buscando explicações, tirar dúvidas de utilidade pública", acrescentou Cruvinel.

A presidência da Assembleia informou que abriu uma apuração para investigar o ataque cibernético. Na tentativa de silenciar os microfones do grupo, a gravação acabou sendo interrompida. Equipes trabalham para tentar recuperar a íntegra do vídeo.

Com a confusão, uma nova sala virtual precisou ser aberta, desta vez com moderação para aprovar a entrada dos participantes. Ainda assim, segundo Cruvinel, duas pessoas conseguiram entrar no novo link, mas foram rapidamente removidas.

O deputado Virmondes Cruvinel se manifestou da seguinte forma: "lamentável que nossa audiência pública sobre linhas de crédito para pequenos empreendedores tenha sido atacada". Alguns perfis invadiram a audiência com sons e imagens desconexos atrapalhando a discussão de importantes informações. Um absurdo. Pequenos empreendedores estão preocupados com a crise e querem tirar suas dúvidas sobre o pacote de apoio lançado pelo governo. Agradeço a participação de todos, especialmente do Fernando Freitas, da Goiasfomento, órgão que deve ser procurado para mais detalhes do pacote. A democracia admite a livre manifestação de todos. Entretanto, não tolera ataques que visam justamente impedir que as pessoas expressem suas opiniões", disse.

O juiz Aírton Vieira, que atua no gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quinta-feira, 18, manter preso o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), detido na noite de terça-feira após publicar vídeo com apologia à ditadura militar e com discurso de ódio contra integrantes da Corte. Por 11 a 0, o plenário do Supremo confirmou a decisão do ministro de prender o deputado bolsonarista por ataques a ministros do STF, como forma de impedir novos ataques à democracia. A palavra final sobre a situação do parlamentar, no entanto, será da Câmara.

Daniel Silveira deverá ser transferido para o Batalhão da Polícia Militar, que tem melhores condições carcerárias. Conforme determinado por Moraes, Aírton Vieira presidiu a audiência de custódia.

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Segundo o Estadão apurou, o representante do Ministério Público Federal (MPF) alegou na audiência que a prisão foi regular.

Após o julgamento, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Daniel Silveira por grave ameaça e incitar a animosidade entre o tribunal e as Forças Armadas. A peça assinada pelo vice-procurador-geral Humberto Jacques de Medeiros lista três vídeos recentes em que o parlamentar praticou agressões verbais e graves ameaças contra ministros do Supremo.

Segundo o vice-procurador-geral da República, desde que entrou na mira de inquéritos do Supremo, Daniel Silveira usou a estratégia de praticar agressões verbais e graves ameaças contra os integrantes da Corte, tentando intimidá-los.

A PGR define o parlamentar como "ex-soldado da Polícia Militar do Rio de Janeiro, instituição na qual se notabilizou pelo mau comportamento, faltas, atrasos e, sobretudo, a gravação e postagem de vídeos ofensivos" nas redes sociais.

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