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Um ataque das forças russas atingiu nesta terça-feira um tanque de ácido nítrico em uma fábrica de produtos químicos localizada em Severodonetsk, leste da Ucrânia, anunciou o governador local, Sergii Gaïdaï, o qual pediu à população que se mantenha abrigada.

"Não saiam dos abrigos" e "preparem máscaras de proteção", pediu o governador no aplicativo Telegram, lembrando que o ácido nítrico pode, em particular, causar danos aos pulmões e perda de visão.

De acordo com líderes separatistas pró-Rússia, o tanque "explodiu" em uma área controlada pelas forças ucranianas.

"Na fábrica química de Azot, um tanque com produtos químicos explodiu. Em princípio, é ácido nítrico", disse Rodion Mironchik, líder da autoproclamada "República" de Lugansk,nNo Telegram.

As autoridades ucranianas locais informaram nesta terça-feira que os militares russos controlam "a maior parte" de Severodonetsk, a última grande cidade da região de Luhansk que não está sob o controle de Moscou.

"Os ataques do Exército russo, incluindo os bombardeios aéreos indiscriminados, são simplesmente uma loucura absoluta", denunciou o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, em vídeo publicado no Telegram.

A ONU exigiu, nesta quinta-feira (12), o fim dos bombardeios de escolas na Ucrânia, ao mesmo tempo que denunciou seu uso para fins militares, durante uma reunião do Conselho de Segurança convocada a pedido da França e do México.

"Estes ataques (a escolas) devem parar", disse Omar Abdi, alto funcionário do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

"Até semana passada, pelo menos 15 das 89 escolas - uma em cada seis - apoiadas pelo Unicef no leste da Ucrânia haviam sido danificadas ou destruídas desde o início da guerra", em 24 de fevereiro, lamentou.

"Centenas de escolas em todo o país foram atingidas por artilharia pesada, ataques aéreos e outras armas explosivas em áreas povoadas, enquanto outras estão sendo usadas como centros de informação, abrigos, centros de abastecimento ou para fins militares, com impacto a longo prazo no retorno das crianças à escola", denunciou Abdi.

Durante o debate, México e França reiteraram que os ataques às escolas são uma violação flagrante do direito Humanitário.

"O exército russo continua matando civis, incluindo crianças" e "o custo da guerra" para esses últimos "é terrível", afirmou o embaixador da França na ONU, Nicolas de Rivière, pedindo um cessar das hostilidades.

Seu homólogo russo, Vasili Nebenzia, rejeitou as "acusações absurdas" contra as forças armadas de seu país.

Ele assegurou que a Rússia fornece ajuda humanitária a crianças no Donbass (leste da Ucrânia), onde há mais de oito anos o exército ucraniano vem travando "uma guerra civil contra seu próprio povo".

Com um livro didático em mãos, o diplomata russo disse ainda que o ensino de história para crianças na Ucrânia é tendencioso.

O embaixador da Ucrânia na ONU, Sergiy Kyslytsya, por sua vez, pediu à agência que atue para que as crianças separadas de suas famílias possam se reunir com elas.

Ele mais uma vez acusou a Rússia de continuar o "sequestro de crianças ucranianas". "Depois de serem transferidas à força para a Rússia, elas são adotadas ilegalmente por cidadãos russos", denunciou.

Joyce Msuya, responsável do Departamento de Assuntos Humanitários da ONU, argumentou que "os combates intensos estão causando um sofrimento humano imenso" e que "os civis, principalmente mulheres e crianças, estão pagando o preço mais alto".

É particularmente necessário apoiar a "ação contra as minas", destacou. "A desminagem é uma prioridade para abrir o espaço humanitário."

Msuya pediu também que "as partes em conflito eliminem qualquer obstáculo ao movimento do pessoal humanitário para garantir a entrega contínua de ajuda vital através da Ucrânia".

A Rússia bombardeou Kiev nesta quinta-feira (28) durante a primeira visita à Ucrânia do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que lamentou o "fracasso" do Conselho de Segurança em evitar o conflito.

Em Washington, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu ao Congresso US$ 33 bilhões em ajuda adicional para a Ucrânia, dos quais mais de US$ 20 bilhões serão destinados à assistência militar.

"Não estamos atacando a Rússia. Estamos ajudando a Ucrânia a se defender contra a agressão russa", justificou Biden, argumentando que os Estados Unidos não podem "ficar parados" diante das "atrocidades e agressões" russas.

A Ucrânia disse que identificou 10 soldados russos como suspeitos do massacre de Bucha e registrou 8.600 crimes de guerra desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro.

- Rússia quis "humilhar a ONU" -

Os bombardeios de Kiev, os primeiros desde meados de abril, deixaram pelo menos três feridos, segundo o prefeito da cidade, Vitali Klitschko.

Esses bombardeios "dizem muito sobre os esforços da liderança russa para humilhar a ONU e tudo o que esta organização representa", afirmou o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.

O presidente indicou que "cinco mísseis" caíram sobre a cidade "imediatamente após o encontro" que teve com Guterres. "Isso requer uma reação poderosa, da mesma intensidade", acrescentou.

Guterres e sua comitiva ficaram "chocados" com a proximidade do bombardeio russo, embora todos estejam "seguros", disse um porta-voz da ONU.

À tarde, Guterres visitou Bucha, uma cidade perto de Kiev, onde dezenas de corpos foram encontrados após a retirada das tropas russas, e exortou as autoridades russas a "cooperarem com o TPI (Tribunal Penal Internacional)" para "estabelecer as responsabilidades".

O chefe da ONU chamou a guerra de "absurda no século XXI" e admitiu que o Conselho de Segurança "falhou" em acabar com a guerra.

- Investigação de atrocidades -

O Ministério Público ucraniano anunciou a abertura de uma investigação contra dez soldados russos por seu suposto envolvimento nos massacres de Bucha.

Em 2 de abril, jornalistas da AFP encontraram uma rua repleta de cadáveres na cidade. A ONU documentou o "assassinato, incluindo alguns por execução sumária", de 50 civis.

Moscou negou qualquer responsabilidade e citou uma "encenação" colocada em prática por Kiev.

A Procuradoria-Geral da Ucrânia também disse que catalogou "8.600 arquivos especificamente para crimes de guerra e mais de 4.000 relacionados a crimes de guerra".

Os fatos investigados incluem "assassinatos de civis, bombardeios de infraestrutura civil, tortura", além de "crimes sexuais" denunciados "no território ocupado da Ucrânia", detalhou a procuradora-geral, Iryna Venediktova.

"O uso de armas proibidas" também está sendo investigado, acrescentou.

Guterres indicou que a ONU está fazendo "todo o possível" para evacuar civis do "apocalipse" de Mariupol, a cidade no sul da Ucrânia devastada pela ofensiva militar russa.

"O povo de Mariupol vive em estado de necessidade desesperada. Eles precisam de uma rota de fuga do apocalipse", pediu Guterres.

- Intensificação da ofensiva no leste -

Após a retirada do norte e dos arredores de Kiev, a ofensiva russa concentrou-se no sul e no leste do país.

"O inimigo intensifica a ofensiva. Os ocupantes executam ataques praticamente em todas as direções, com uma atividade particularmente intensa nas regiões de Kharkiv e Donbass", afirmou o Estado-Maior ucraniano.

A Rússia acusou as forças ucranianas de atacar na quarta-feira à noite, com mísseis balísticos e foguetes, bairros residenciais do centro de Kherson (sul), a primeira grande cidade tomada pelas forças russas.

A administração russa desta cidade anunciou que pretende introduzir o rublo para substituir a moeda ucraniana, a grivna, a partir de 1º de maio.

- Alvos militares na Rússia -

O comandante da Força Aérea Ucraniana disse que os lançadores de mísseis fornecidos pelos países ocidentais tinham alcance insuficiente para derrubar "os aviões dos ocupantes, que lançam bombas sobre nossas cidades a uma altitude de 8 quilômetros ou mais".

O Reino Unido pediu na quarta-feira ao aliados da Ucrânia que demonstrem "coragem" e aumentem a ajuda militar, argumentando que a guerra na Ucrânia é a "nossa guerra" e a vitória de Kiev um "imperativo estratégico para todos nós".

O Kremlin, no entanto, respondeu que os envios de armas à Ucrânia "ameaçam a segurança" europeia. Putin advertiu na quarta-feira contra qualquer intervenção externa no conflito da Ucrânia, prometendo uma resposta "rápida e feroz".

Nesta quinta-feira, Biden criticou Moscou por fazer alegações "ociosas" sobre o possível uso de armas nucleares no conflito na Ucrânia, dizendo que tais alegações mostram o "desespero" da Rússia.

- Europa unida e solidária -

No plano econômico, o grupo russo Gazprom suspendeu na quarta-feira o abastecimento de gás para Bulgária e Polônia, alegando que os países não fizeram os pagamentos em rublos, como Putin exige desde março.

O primeiro-ministro búlgaro, Kiril Petkov, pediu nesta quinta-feira, durante uma visita a Kiev, que a Europa seja mais forte" e encontre "alternativas" ao gás russo.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, denunciou uma "chantagem com o gás" e afirmou que os dois países membros da UE e da OTAN, dependentes do gás russo, serão abastecidos pelos vizinhos europeus.

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia, dois grandes produtores agrícolas e de matérias-primas, acentuou os riscos de desaceleração econômica e aumento da pressão inflacionária em todo o mundo.

O presidente Zelensky afirmou que a Rússia "quer provocar uma crise mundial de preços" e o "caos" no mercado alimentício.

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Pelo menos cinco pessoas morreram, e 18 ficaram feridas no bombardeio russo da cidade portuária de Odessa, no sul da Ucrânia, no sábado (23) - disse o chefe de gabinete da Presidência ucraniana, Andrii Yermak, no Telegram.

"Odessa: cinco ucranianos mortos e 18 feridos. E são apenas os que conseguimos encontrar" até agora, anunciou Yermak.

"É provável que o número seja maior", completou, acrescentando que, entre os mortos, está "um bebê de três meses".

No Facebook, a Força Aérea Ucraniana destacou que as forças russas dispararam uma série de mísseis de bombardeiros Tu-95 sobre o Mar Cáspio.

Dois mísseis atingiram uma instalação militar e dois edifícios residenciais. Outros dois foram destruídos pelo sistema de defesa antiaérea, relatou a mesma fonte.

"O único objetivo dos ataques de mísseis russos contra Odessa é o terror", denunciou o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, no Twitter.

Kuleba pediu a construção de "um muro entre a civilização e os bárbaros que atacam cidades pacíficas com mísseis".

A Rússia emitiu um ultimato aos últimos defensores ucranianos de Mariupol, exigindo que deponham suas armas e evacuem este porto estratégico no sudeste da Ucrânia neste domingo (17), cuja conquista significaria uma importante vitória para Moscou.

As forças russas também anunciaram que bombardearam outra fábrica militar nos arredores de Kiev neste domingo, em um momento de intensificação dos ataques em torno da capital ucraniana, após a destruição do principal navio de sua frota no Mar Negro.

A situação em Mariupol é "desumana", descreveu o presidente ucraniano Volodimir Zelensky na noite de sábado, enquanto a Rússia afirma controlar quase toda a cidade.

O presidente ucraniano salientou que havia apenas "duas opções": o fornecimento de países ocidentais de "todas as armas necessárias" para romper o longo cerco de Mariupol ou "o caminho da negociação" em que "o papel dos aliados deve ser igualmente decisivo".

Suas declarações coincidiram com uma declaração do Ministério da Defesa da Rússia, qu pediu aos últimos soldados ucranianos entrincheirados em um enorme complexo metalúrgico em Mariupol para desistir da luta neste domingo às 06h00 em Moscou (00h00 no horário de Brasília) e deixar o local antes das 13h00 (07h00 em Brasília).

"Todos aqueles que abandonarem suas armas terão a garantia de salvar suas vidas (...) É sua única chance", disse o ministério no Telegram, assegurando que este complexo é o último foco de resistência na cidade.

Nas primeiras horas deste domingo, o Estado-Maior ucraniano disse que os russos bombardearam a cidade e "realizaram operações de assalto perto do porto", sem mencionar o ultimato russo.

Esta cidade, com 440.000 habitantes antes da guerra, é um alvo importante para Moscou e o último obstáculo para garantir seu controle na faixa marítima que vai dos territórios separatistas pró-russos de Donbass até a península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.

- Putin "acha que vai ganhar a guerra" -

O papa Francisco fez um apelo neste domingo para "ouvir o grito de paz" nesta "Páscoa de guerra", e aludiu a uma "Ucrânia martirizada", em sua bênção "urbi et orbi" diante de 50.000 fiéis na Praça de São Pedro, em Roma.

Por outro lado, de acordo com o chanceler austríaco Karl Nehammer, que se reuniu com Vladimir Putin na segunda-feira em Moscou, o presidente russo acha que venceu a guerra desencadeada por sua invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro.

"Acho que agora ele está em sua própria lógica de guerra", declarou Nehammer em entrevista à rede americana NBC.

Por seu lado, o chefe de governo italiano Mario Draghi lamentou este domingo em entrevista ao jornal Il Corriere della Sera a aparente ineficácia do "diálogo" com Putin, observando que isso não impediu que o "horror" continuasse na Ucrânia.

Após mais de 40 dias de cerco e sob constante bombardeio, o Programa Mundial de Alimentos da ONU estima que mais de 100.000 civis estão à beira da fome em Mariupol, onde também não há água nem aquecimento.

"Não há comida, nem água, nem remédios", disse Zelensky em entrevista.

Em termos de mortes, "Mariupol pode ser dez vezes Borodianka", uma pequena cidade perto de Kiev completamente destruída pela invasão russa, disse ele. Por outro lado, as autoridades ucranianas informaram neste domingo que, na ausência de um acordo com os russos para um cessar-fogo, suspenderão por um dia a retirada de civis do leste do país.

"Esta manhã, não conseguimos negociar um cessar-fogo nas rotas de evacuação com os ocupantes (russos). Por esta razão, infelizmente, não vamos abrir hoje os corredores humanitários", escreveu a vice-primeira-ministra Irina Vereshchuk no Telegram.

A líder indicou que as autoridades estão fazendo todo o possível para reabrir os corredores humanitários "o mais rápido possível". Vereshchuk também exigiu a abertura de uma estrada para evacuar soldados feridos na cidade de Mariupol.

- Redirecionar a campanha -

Embora tenha redirecionado sua campanha militar para o leste e o sul, a Rússia voltou a bombardear a capital nos últimos dias após o naufrágio de seu navio no Mar Morto, o cruzador Moskva, que a Ucrânia afirma ter atingido com mísseis Neptune.

Moscou nega essa versão e atribui o naufrágio a um incêndio causado por uma explosão de munição a bordo.

O ataque deste domingo a uma fábrica militar perto de Kiev foi precedido na sexta-feira pelo bombardeio de uma fábrica também perto da capital onde os mísseis Neptune foram produzidos.

No sábado, a Rússia atacou um complexo industrial de produção de tanques também nos arredores, matando uma pessoa e hospitalizando várias.

No leste, onde se espera a próxima grande batalha desta guerra, as forças russas atacaram uma refinaria de petróleo a quatro quilômetros de Lisichansk e continuaram bombardeando cidades como Kharkiv, a segunda maior cidade do país.

No sul, na região de Odessa, a Rússia alegou ter abatido "em pleno voo um avião de transporte militar ucraniano que estava entregando um grande lote de armas fornecidas à Ucrânia por países ocidentais", disse o Ministério da Defesa.

Embora não estejam diretamente envolvidos no conflito, os membros da OTAN forneceram amplo apoio de armas à Ucrânia, que aumenta à medida que a guerra avança.

A Rússia alertou em uma nota diplomática aos Estados Unidos contra o envio de armas "mais sensíveis" para a Ucrânia, que colocam "combustível no fogo" e podem causar "consequências imprevisíveis", segundo o The Washington Post.

Mesmo assim, Zelensky multiplica seus pedidos de envios militares, ao mesmo tempo em que insiste no possível uso de armas nucleares pela Rússia. Precisamos de "medicamentos [contra a radiação], abrigos antibombas", disse ele à mídia ucraniana.

Cerca de 5 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde 24 de fevereiro, segundo a ONU, que diz que mais 40.200 refugiados deixaram seu país nas últimas 24 horas.

A Rússia bombardeou uma nova fábrica militar na área de Kiev neste sábado (16), cumprindo assim sua ameaça de intensificar seus ataques à capital depois de perder seu principal navio simbólico no Mar Negro nesta semana em um ataque reivindicado pela Ucrânia.

O complexo industrial, localizado no distrito de Darnytsky e onde os tanques são principalmente fabricados, foi alvo de um ataque, segundo apuraram os jornalistas da AFP na manhã deste sábado. Um grande número de soldados e socorristas se reuniram no local, de onde saía uma grande fumaça.

Em Moscou, o Ministério da Defesa confirmou o ataque.

"Armas ar-terra de longo alcance e alta precisão destruíram edifícios de uma fábrica de produção de armas em Kiev", disse o ministério em comunicado na rede Telegram.

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, indicou no Facebook que não tinha informações sobre possíveis vítimas.

"De manhã, Kiev foi bombardeada. Houve explosões no distrito de Darnytsky, nos arredores da cidade. Equipes de resgate e médicos estão trabalhando no local", disse ele.Klitschko mais uma vez pediu aos habitantes que deixaram a capital que não voltassem ainda e permanecessem em um "local seguro".

Os ataques russos a Kiev são raros desde o final de março, quando Moscou retirou suas tropas da capital e anunciou que estava concentrando sua ofensiva no leste da Ucrânia.

- "Não nos perdoarão" -

Na sexta-feira, um ataque russo teve como alvo uma fábrica na região de Kiev que fabricava mísseis Neptune, usados pelo exército ucraniano para afundar o "Moskva", segundo fontes de Kiev.

Um funcionário do Departamento de Defesa dos EUA disse que o navio de 186 metros de comprimento foi atingido por dois mísseis ucranianos, chamando-o de "grande golpe" para a Rússia.

A Rússia sustenta que o "Moskva" foi danificado pelo fogo após a explosão de sua própria munição e que a tripulação - cerca de 500 homens segundo fontes disponíveis - foi evacuada.

Algumas alegações de que um oficial militar ucraniano negou. "Uma tempestade impediu o resgate do navio e a evacuação da tripulação", disse Natalia Gumeniuk, porta-voz do comando militar do sul da Ucrânia.

"Estamos perfeitamente cientes de que eles não nos perdoarão", acrescentou, referindo-se à Rússia e a possíveis novos ataques.

A perda do "Moskva" é um duro golpe para a Rússia porque "garantiu cobertura aérea de outros navios durante suas operações, especialmente para o bombardeio da costa e manobras de desembarque", explicou o porta-voz da administração militar de Odessa, Sergei Brachuk.

Medo de um ataque nuclear

Nesse contexto, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, considerou que "o mundo inteiro" deve estar "preocupado" com o risco de que seu colega russo, Vladimir Putin, encurralado por seus reveses militares na Ucrânia, use uma arma nuclear tática.

Zelensky ecoou as declarações do diretor da CIA, William Burns, que disse esta semana que ninguém deve "subestimar a ameaça nuclear" da Rússia.

Em uma nova mensagem em vídeo, Zelensky reiterou aos países ocidentais que eles podem "tornar a guerra muito mais curta" se fornecerem a Kiev as armas solicitadas.

Mas em nota diplomática, a Rússia alertou os Estados Unidos e a Otan contra o envio de armas "mais sensíveis" para a Ucrânia, julgando que tais equipamentos militares colocam "combustível no fogo" e podem causar "consequências imprevisíveis", segundo o jornal Washington Post.

A Casa Branca anunciou esta semana um novo pacote de ajuda militar de US$ 800 milhões que inclui helicópteros e veículos blindados.

"É impossível esconder"

Por outro lado, o chefe do Centro de Defesa Nacional da Rússia, Mikhail Mizintsev, acusou Kiev de preparar um ataque contra civis ucranianos que fogem da região de Kharkiv (leste) e depois acusar os russos do massacre.

Em ocasiões anteriores, Moscou culpou Kiev por ataques aparentemente realizados por tropas russas contra civis ucranianos em cidades como Mariupol e Kramatorsk.

A procuradoria ucraniana informou na sexta-feira que sete civis morreram e 27 ficaram feridos por disparos contra ônibus de evacuação nesta cidade, alvo de intensos bombardeios.

Além disso, pelo menos dez pessoas foram mortas, incluindo um bebê de sete meses, em um ataque a uma área residencial desta cidade, disse o governador regional, Oleg Sinegubov.

Em Bucha, uma cidade perto de Kiev que se tornou um símbolo de atrocidades atribuídas às forças russas, 95% das pessoas encontradas mortas foram abatidas, disse o chefe de polícia da região de Kiev, Andrii Nebitov.

"Durante a ocupação (russa), as pessoas estavam sendo baleadas nas ruas... É impossível esconder esse tipo de crime no século XXI. Não só há testemunhas, mas também foi registrado em vídeo", disse ele.

O prefeito de Bucha, Anatoli Fedoruk, garantiu que mais de 400 corpos foram encontrados após a partida das tropas russas.

- Ataques em Donbass -

No leste da Ucrânia, na região de Donbass, Donetsk foi palco de combates "na linha de frente", nos quais três pessoas foram mortas e outras sete ficaram feridas, segundo a presidência ucraniana.

Outra zona desta zona mineira, Luhansk, foi alvo de 24 bombardeios, que provocaram duas mortes e 10 feridos, segundo a mesma fonte.

A Rússia, cuja anunciada grande ofensiva em Donbass ainda não começou, tem problemas para controlar totalmente Mariupol, um porto estratégico no Mar de Azov que permitiria ligar Donbass à península da Crimeia, anexada em 2014.

Esta cidade, sitiada por mais de 40 dias, pode ter o pior saldo de perdas humanas nesta guerra. As autoridades ucranianas temem que haja cerca de 20.000 mortos.

Após semanas de cerco à cidade sitiada, as tropas russas encontram resistência especialmente na extensa área industrial da costa.

A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, disse que quase 2.900 civis foram transferidos de Mariupol e da vizinha Berdyansk para Zaporizhzhia, controlada por Kiev.

Mais de cinco milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Durante uma visita à Ucrânia, David Beasley, diretor-executivo do Programa Mundial de Alimentos (PAM), que pertence às Nações Unidas, pediu acesso às áreas e cidades sitiadas, onde as pessoas estão "famintas".

A retirada dos civis pelos caminhos de Kramatorsk, no leste da Ucrânia, seguiu, neste sábado (9), um dia depois que um bombardeio contra a estação de trens deixou mais de 50 mortos.

Vários micro-ônibus e caminhonetes chegaram para buscar os sobreviventes do bombardeio e que passaram a noite em uma igreja protestante do centro da cidade, próxima à estação bombardeada, constataram os jornalistas da AFP.

Cerca de 80 pessoas, em sua maioria idosos, buscaram abrigo nesse templo.

"Ontem entre 300 e 400 pessoas correram para cá logo após o bombardeio", contou Yevguen, membro da igreja.

"Estavam traumatizadas. A metade correu para se refugiar no porão, outros queriam partir antes. Alguns foram retirados à tarde em um ônibus. Finalmente, ficaram 80, também há sete na minha casa", explicou esse voluntário.

Os refugiados dormiram na pequena igreja em colchões no chão e tomaram o café-da-manhã preparado pelos voluntários antes de irem embora.

Segundo o último balanço oficial das autoridades regionais, no bombardeio contra a estação, na sexta-feira (8), morreram 52 pessoas e 109 ficaram feridas enquanto tentavam fugir desta região do Donbass sob controle dos ucranianos e que está sob ameaça de uma ofensiva maior dos russos.

- Estação fechada -

Um dia depois da tragédia, a estação estava fechada e os acessos bloqueados por faixas de interdição.

Tábuas de madeira substituíram algumas das janelas quebradas pelas explosões, mas os veículos queimados continuavam na esplanada em frente à estação.

O imponente corpo de um míssil, que ficou cravado no gramado de uma rotatória diante da estação, seguia onde caiu.

A noite foi tranquila, sem nenhuma explosão, mas de longe se escutavam os ruídos de artilharia nas linhas de frente próximas à localidade a 20 quilômetros dali.

Muitos temem que os russos lancem uma estratégia de pinça nesta região majoritariamente russófona, que então ficaria sitiada, como aconteceu com Mariupol.

- Evacuação em direção a zonas pró-russas -

As autoridades ucranianas de Donetsk e Lugansk reiteram nos últimos dias os pedidos para que os civis saiam do oeste do país.

Há trens e ônibus para a operação, que é realizada com a ajuda de inúmeros voluntários.

Devido à estação de Kramatorsk ter ficado inutilizada, há quatro trens previstos da cidade vizinha de Sloviansk em direção ao oeste do país.

Mais discretamente, seguem as retiradas no outro sentido, em direção a territórios pró-russos pelas estradas.

Várias filas de carros, frequentemente velhos Lada russos com malas no teto, se dirigem a cada dia em direção ao norte, aos territórios sob controle do exército russo, com o acordo tácito dos soldados ucranianos em seus últimos postos de controle, constatou um jornalista da AFP.

"Nós vamos para lá por que temos família. Há comida, calma e não há problemas", declarou à AFP um homem de uns 30 anos, que se preparava para a viagem com sua família.

À pergunta de se não temem as tropas russas, o homem responde que "há bons e maus em ambos os lados".

Esta região do Donbass, que foi uma zona industrial digna de orgulho durante a era soviética, agora está arruinada e dividida em dois pela guerra que começou em 2014.

Esta área tem historicamente se voltado para a Rússia, que tem apoio entre seus residentes.

Alguns habitantes não manifestam a intenção de fugir com a chegada dos russos, incluindo mulheres e famílias.

Uma jornalista russa morreu nesta quarta-feira (23) em um bombardeio em Kiev, a capital da Ucrânia, reportou o site The Insider, o meio digital russo para o qual ela trabalhava.

Oksana Baulina morreu após o disparo de um foguete enquanto filmava os danos causados por um bombardeio contra um centro comercial no noroeste da capital ucraniana, segundo um comunicado do próprio veículo de comunicação. Além disso, um civil morreu e outras duas pessoas que acompanhavam a jornalista ficaram feridas.

Antes de trabalhar para o Insider, Baulina foi produtora de uma fundação de combate à corrupção na Rússia. No entanto, as autoridades russas classificaram a fundação como "organização extremista", por isso ela teve que deixar o país.

Baulina continuou trabalhando sobre temas relacionados com a corrupção, desta vez para o meio de comunicação independente The Insider, que atualmente está baseado em Riga, Letônia.

Na Ucrânia, ela trabalhava como correspondente para o meio digital e realizou diversas reportagens em Kiev e Lviv, segundo o Insider, que enviou suas "mais profundas condolências" aos familiares e amigos da jornalista.

"Vamos continuar cobrindo a guerra na Ucrânia, incluídos os crimes de guerra russos, assim como os bombardeios às cegas sobre as zonas residenciais", afirmou o site independente, criado em 2013 pelo jornalista e ativista Roman Dobrokhotov.

Ao menos seis jornalistas morreram na Ucrânia desde o início da ofensiva russa em 24 de fevereiro, entre eles três estrangeiros: um cinegrafista franco-irlandês da Fox News e uma produtora ucraniana que o acompanhava, um documentarista americano, dois jornalistas ucranianos e, agora, Oksana Baulina.

Nesta quarta-feira, pelo menos dois foguetes foram disparados contra zonas residenciais do noroeste de Kiev.

O Exército russo bombardeou uma escola de arte que servia de abrigo para várias centenas de pessoas na cidade de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, disseram autoridades locais neste domingo (20), acrescentando que civis ficaram presos nos escombros.

"Ontem (sábado, 19), os ocupantes russos lançaram bombas na escola de arte G12 (...) onde 400 moradores de Mariupol - mulheres, crianças e idosos - se refugiaram", declarou a prefeitura da cidade portuária sitiada pelas forças russas.

"Sabemos que o prédio foi destruído e que pessoas pacíficas ainda estão sob os escombros. O número de vítimas está se tornando claro", acrescentou a prefeitura em comunicado no Telegram.

Mariupol, uma cidade no sudeste da Ucrânia com uma população de 450 mil habitantes antes da guerra, está sob bombardeio pesado há várias semanas pelas forças russas e seus aliados separatistas pró-russos.

Neste domingo, o governador da região de Donetsk, Pavlo Kirilenko, também acusou Moscou de "deportar à força mais de 1.000 moradores de Mariupol" que vivem no leste da cidade para a Rússia, sem especificar quando os eventos ocorreram.

Segundo ele, as forças russas montaram "campos de filtragem" onde "verificam os telefones" dos moradores de Mariupol antes de "confiscar seus documentos de identidade". "Eles então são enviados para a Rússia", afirmou no Facebook, acrescentando que "seu destino do outro lado (da fronteira) é desconhecido".

Essas declarações não puderam ser verificadas imediatamente de forma independente.

Na quinta-feira, a Ucrânia acusou Moscou de bombardear um teatro da cidade onde centenas de moradores estavam refugiadas, ignorando o aviso "Diéti" ("Crianças", em russo) escrito no chão em letras gigantes ao lado do prédio. Ainda não há relatório de vítimas.

Segundo o governo ucraniano, mais de 2.100 pessoas foram mortas em Mariupol desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.

Os sobreviventes se refugiam nos porões, encarando situações miseráveis. Algumas das famílias que conseguiram fugir disseram ter visto corpos nas ruas por dias.

Infligir "algo assim a uma cidade pacífica (...) é um ato de terror que será lembrado ainda no próximo século", disse neste domingo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, denunciando um "crime de guerra".

A cidade é de importância estratégica, pois sua captura permitiria à Rússia unir suas tropas na Crimeia com as de Donbas (leste), enquanto bloqueia o acesso ucraniano ao Mar de Azov.

Até esta quinta-feira (17), aproximadamente sete mil soldados russos foram mortos e 14 mil ficaram feridos no confronto na Ucrânia, calculam os órgãos de segurança dos Estados Unidos. Um prédio de 16 andares foi destruído em Kiev na noite dessa quarta (16), deixou um morto, três feridos e obrigou 30 moradores a deixarem o local.

O conflito no leste europeu chegou ao seu 22º dia com a informação de que 10 alvos russos foram abatidos nas últimas 24h. O comandante das Forças Armadas da Ucrânia, Valeriy Zaluzhny, confirmou que um avião russo Su-25 e um caça-35 foram derrubados enquanto sobrevoavam a capital.

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"No céu sobre a região de Kiev, um caça SU-25 foi destruído e um caça SU-35 inimigo foi abatido. Dez alvos aéreos da Rússia foram destruídos em um dia", publicou Zaluzhny.

 

Ao menos nove pessoas, incluindo duas crianças, morreram na segunda-feira (7) à noite em um bombardeio na cidade de Sumy, 350 km ao leste de Kiev, informaram nesta terça-feira (8) os serviços de emergência ucranianos.

"Aviões inimigos atacaram de maneira insidiosa edifícios residenciais", afirma uma mensagem publicada no Telegram pelos serviços de emergência, que chegaram ao local às 23H00 locais. Os socorristas encontraram os corpos de nove civis e conseguiram resgatar uma mulher dos escombros.

Sumy, perto da fronteira com a Rússia, é cenário de combates violentos há vários dias.

De acordo com a vice-primeira-ministra ucraniana Iryna Vereshchuk, o ministério russo da Defesa se comprometeu em uma carta enviada à Cruz Vermelha a respeitar o corredor humanitário para a retirada de civis nesta terça-feira, com uma trégua das 9H00 às 21H00 locais (4H00 às 16H00 de Brasília). O primeiro comboio com civis deveria sair às 10H00 locais.

Mas logo em seguida, Vereshchuk denunciou uma violação das garantias.

"Temos informações de que o lado russo planeja perturbar este corredor e que há manipulações para obrigar as pessoas a seguir outro itinerário que não está coordenado (com os ucranianos) e é perigoso", disse.

Também insistiu nos pedidos de corredores humanitários para retirar civis de outras cidades como Kiev, Kharkiv, Mariupol e Volnovakha e pediu a Moscou uma 'coordenação urgente com os ucranianos" para garantir um cessar-fogo nestas regiões.

Uma observadora da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) morreu nesta terça-feira em um bombardeio em Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, informou nesta quarta-feira essa instância internacional.

"Maryna Fenina, membro nacional da Missão Especial de Vigilância da OSCE na Ucrânia (SMM), morreu em um bombardeio em Kharkiv ontem, quando "ia comprar mantimentos para sua família, em uma cidade que se converteu em zona de guerra", informou a organização em seu site.

A OSCE havia ordenado na noite de quinta-feira, logo após o início da invasão russa, a saída com urgência de sua missão de observação. No entanto, a pessoa que morreu era uma funcionária local.

"Em Kharkiv e outras cidades e povoados da Ucrânia, mísseis, projéteis e foguetes atingem prédios residenciais e centros urbanos, matando e ferindo civis inocentes: mulheres, homens e crianças, indiscriminadamente", denunciaram Zbigniew Rau, chefe da diplomacia polonesa e presidente em exercício da OSCE, e sua secretária-geral, Helga Maria Schmid.

"Condenamos veementemente a intensificação dos bombardeios nos centros urbanos, que deixaram mortos e feridos entre os civis, e reiteramos nosso apelo à Federação Russa por um fim imediato das hostilidades e para que se comprometa com um diálogo significativo", acrescentaram.

Kharkiv é uma das principais frentes do conflito, alvo de bombardeios letais nos últimos dias. Tropas aerotransportadas russas desembarcaram nesta quarta-feira e teriam atacado um hospital local, segundo as Forças Armadas ucranianas.

O exército russo está bombardeando o centro de Kharkiv - segunda maior cidade da Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia -, e os projéteis estão atingindo a sede da administração local, informou o governador da região, Oleg Sinegubov.

"Esta manhã, a praça central de nossa cidade e a sede do governo local de Kharkiv foram atacadas de forma criminosa", afirmou Sinegubov no Telegram.

"O ocupante russo continua usando armas pesadas contra a população civil", escreveu o governador, que não revelou um balanço de vítimas.

Na publicação uma imagem mostra uma grande explosão e escombros de um edifício.

Kharkiv é uma cidade de 1,4 milhão de habitantes, com uma grande população de língua russa, próxima da fronteira com a Rússia.

A cidade está sob cerco intenso desde que o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a invasão contra a Ucrânia na quinta-feira passada.

No segundo dia de invasão russa à Ucrânia, nesta sexta-feira (25), casas de civis foram destruídas em uma vila em Starobelsk, em Luhansk. O cenário de guerra se repete em outras regiões de fronteira do país.

O presidente Volodmir Zelenski afirmou que, pelo menos, 137 ucranianos, entre militares e civis, foram mortos e 316 ficaram feridos até o momento.

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O chefe de estado apontou que os demais países temem a Rússia e que abandonaram a Ucrânia após aos bombardeios.

A vice-ministra da Defesa da Ucrânia Hanna Maliar estimou que mais de 800 militares russos foram mortos quando tentavam invadir o país.

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Caso você não saiba, infelizmente o mundo anda novamente em guerra e um correspondente da CNN, Matthew Chance, estava no alto de um hotel em Kiev, a capital da Ucrânia, quando acabou testemunhando sem querer os primeiros bombardeios russos à cidade enquanto aparecia em um link ao vivo.

O relógio durante a transmissão anunciava que eram cinco horas da manhã no horário local e o jornalista ficou, claro, visivelmente abalado com os sustos de ouvir os primeiros grandes estrondos. A apreensão dele ficou cada vez mais visível assim que os fortes ruídos eram ouvidos.

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"Acabei de ouvir uma grande explosão bem aqui atrás de mim. Eu nunca ouvi nada parecido. Há grandes explosões acontecendo. Não posso vê-las ou explicar o que são. Mas vou dizer-lhe que os EUA avisaram as autoridades ucranianas que poderia haver ataques aéreos e terrestres também em todo o país, incluindo a capital. Não sei se é isso que está ocorrendo agora, mas é uma coincidência notável que as explosões venham poucos minutos depois de Putin fazer seu discurso", disse.

A tensão foi tão grande que o apresentador do programa tomou a palavra enquanto Chance de abaixava para pegar o kit de segurança com colete à prova de balas com identificação de membro da imprensa e um capacete, e o câmera que estava presente também fez o mesmo.

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A coalizão liderada pela Arábia Saudita iniciou neste sábado (25) uma operação militar de larga escala no Iêmen, depois de um ataque dos rebeldes huthis que deixou dois mortos e sete feridos, a primeira ação dos insurgentes em três anos que provocou vítimas.

De acordo com fontes médicas, um ataque de represália das forças de Riad no Iêmen deixou três mortos e seis feridos em Ajama, cidade ao norte da capital Sanaa, que está sob controle dos rebeldes.

Após o bombardeio de Riad, os huthis advertiram que responderão com "ações dolorosas", caso a coalizão não interrompa as "agressões".

O reino saudita lidera desde 2015 uma coalizão que apoia o governo do Iêmen, que está em guerra há sete anos com os rebeldes huthis. Estes últimos, ligados a Irã, atacam com frequência o território da Arábia Saudita a partir do Iêmen.

A defesa civil do reino saudita informou que duas pessoas, um saudita e um iemenita, morreram durante um ataque na região de Jizan, perto da fronteira com o Iêmen.

"Um projétil caiu em um edifício comercial e deixou dois mortos, um saudita e um cidadão iemenita. Também registramos sete civis feridos, seis sauditas e um cidadão de Bangladesh", afirma o comunicado oficial saudita.

Pouco depois do ataque, a coalizão informou que se preparava para uma "operação militar em larga escala".

- Intensificação dos combates -

Embora os rebeldes iemenitas dispare com frequência mísseis e utilizem drones contra os aeroportos e infraestruturas de petróleo da vizinha Arábia Saudita, este ataque é o primeiro com vítimas fatais desde 2018.

No lado iemenita, fontes médicas informaram que três pessoas morreram e seis ficaram feridas nos ataques aéreos de represália da coalizão ao noroeste de Sanaa.

"Três civis, incluindo uma criança e uma mulher, morreram na cidade de Ajama, e seis ficaram feridas", afirmou um médico à AFP.

Nos últimos meses aconteceu uma intensificação dos combates. Na capital Sanaa, que sofre desde 2016 o bloqueio da Arábia Saudita, os bombardeios de Riad atingiram o aeroporto, que desde terça-feira não pode receber os aviões das organizações humanitárias e da ONU.

Riad afirma responder a ataques com drones que decolam do aeroporto de Sanaa.

Na quinta-feira, a coalizão, que na véspera atacou uma base militar dos huthis em Sanaa, anunciou a destruição de um drone explosivo que seguia para o aeroporto de Abha, sul da Arábia Saudita, ação que não provocou vítimas.

No mesmo dia, a Marinha dos Estados Unidos anunciou a apreensão de 1.400 fuzis AK-47 e munições destinadas aos rebeldes iemenitas em um barco de pesca procedente, segundo os militares americanos, do Irã.

Teerã reconhece o apoio político aos rebeldes, mas nega o fornecimento de armas.

O Iêmen sofre com uma guerra civil desde 2014, quando os huthis assumiram o controle da maior parte do norte do país, em um conflito que a ONU considera que provocou a pior crise humanitária do mundo.

De acordo com a ONU, 377.000 pessoas morreram pelas consequências diretas e indiretas do conflito, em particular a falta de água potável, a fome e as doenças.

Mais de 80% dos quase 30 milhões de iemenitas precisa de ajuda humanitária.

Na quarta-feira, a ONU afirmou que foi "obrigada" a reduzir a ajuda alimentar ao Iêmen por falta de recursos, no momento em que a fome aumenta no país.

Dez pessoas de uma mesma família palestina, incluindo oito crianças, foram mortas neste sábado (15) em um bombardeio israelense na cidade de Gaza, informaram fontes médicas.

O ataque atingiu a casa da família Abu Hatab, no campo de refugiados de Al-Shati. O prédio de três andares em que estavam desabou após o bombardeio.

A mãe e seus quatro filhos - com entre 5 e 15 anos - morreram, segundo fontes médicas palestinas. Quatro primos - com entre 8 e 14 anos - e sua mãe, que os visitavam por ocasião do Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadã, também morreram, segundo a mesma fonte.

Os dois pais, Aala Abu Hattab e Mohamad Al Hadidi, que estavam do lado de fora do prédio, sobreviveram, assim como um bebê de cinco meses que foi hospitalizado.

As crianças "estavam seguras em casa, não carregavam armas, não disparavam foguetes", disse Mohammad Al Hadidi. "Usavam roupas novas para o Eid al-Fitr".

O chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, denunciou em um comunicado "um massacre hediondo no campo de Al-Shati".

O Exército israelense, por sua vez, anunciou que durante a noite realizou pelo menos cinco bombardeios em toda a Faixa de Gaza.

Entre os alvos, de acordo com um comunicado do Exército, estava um dos quartéis-generais de Taufik Abu Naim, comandante das forças de segurança do Hamas, bem como vários "locais usados para disparos de foguetes" no norte e sul do enclave, além de "edifícios da inteligência militar" do Hamas.

O último balanço fornecido pelas autoridades palestinas reporta 139 mortos, incluindo 39 crianças, e 1.000 feridos nos bombardeios que Israel realiza desde segunda-feira em Gaza.

Além disso, mais de 2.300 foguetes foram disparados de Gaza contra o território israelense, onde uma dúzia de pessoas morreram, incluindo uma criança e um soldado, e 560 pessoas ficaram feridas.

A força aérea israelense anunciou que bombardeou várias instalações do movimento islamita Hamas na Faixa de Gaza, em resposta ao disparo de um foguete no sábado à noite de Gaza em direção a Israel.

O Exército israelense afirmou em sua conta do Twitter que os bombardeios aéreos apontaram contra "duas oficinas de fabricação de munições para foguetes, infraestruturas subterrâneas e uma base militar".

Anteriormente, o Exército anunciou que havia registrado um disparo de foguete de Gaza, pouco depois que os alarmes soaram na cidade israelense de Ashkelon, perto da fronteira com o território palestino.

Os serviços de resgate indicaram que não tinham certeza se havia vítimas. A mídia israelense afirmou que o foguete caiu em um setor a céu aberto.

Hamas e Israel travaram três guerras desde 2007 e confrontos esporádicos. A Faixa de Gaza, onde vivem cerca de dois milhões de pessoas, está submetida a um bloqueio israelense há mais de dez anos.

Em setembro, ambos os lados alcançaram um acordo, graças à mediação do Catar, para o fim das hostilidades e o desenvolvimento de uma trégua frágil, em vigor há cerca de um ano e meio e favorecida pela mediação da ONU e do Egito.

Aviões israelenses bombardearam a Faixa de Gaza na terça-feira (18) à noite, após o lançamento de um foguete a partir do território palestino em direção ao sul do Estado hebreu.

Os bombardeios aconteceram depois que o presidente israelense advertiu o Hamas, que governa Gaza, que poderia provocar uma "guerra" se não interrompesse o lançamento de balões incendiários.

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Há 12 dias, Israel responde com bombardeios e com um endurecimento do bloqueio contra o território palestino como represália ao lançamento de foguetes e balões incendiários a partir de Gaza, que provocaram mais de 100 incêndios do outro lado da fronteira.

Na terça-feira, balões incendiários e um foguete foram lançados de Gaza contra Israel, que respondeu pouco antes da meia-noite com bombardeios de "jatos de combate e outros aviões", contra posições do Hamas", afirmou o exército em um comunicado.

"Um complexo militar da organização terrorista Hamas foi atingido", afirma a nota. Nenhuma vítima foi registrada.

De acordo com os bombeiros israelenses, os balões incendiários provocaram 40 focos de incêndio na terça-feira no sul de Israel.

"O terrorismo que recorre a foguetes e balões é uma forma de terrorismo como qualquer outro", declarou o presidente israelense, Reuven Rivlin, durante uma visita aos bombeiros na zona de fronteira.

"O Hamas deveria saber que isto não é um jogo. Chegará o momento em que terão que decidir... Se querem guerra, terão guerra", completou.

Desde 2008 Gaza foi cenário de três guerras entre Israel e os movimentos armados palestinos.

Apesar da trégua decretada no ano passado, após a mediação da ONU, Egito e Catar, confrontos esporádicos acontecem entre os movimentos armados de Gaza, incluindo o Hamas, e Israel.

Pelo menos 18 civis morreram neste sábado nos atentados do regime sírio na província de Idlib (noroeste), na véspera da entrada em vigor de um cessar-fogo anunciado por Moscou, um aliado de Damasco.

Segundo o Observatório de Direitos Humanos da Síria (OSDH), sete civis perderam a vida na cidade de Idlib e os demais em pequenas cidades próximas.

Entre os civis, três crianças morreram em Benniche, duas em Al Nayrab e uma em Idlib, segundo o OSDH, que possui uma grande rede de informantes no país.

Na cidade de Idlib, os bombardeios foram dirigidos contra um bairro onde há uma universidade e um centro cultural, segundo o OSDH. Um correspondente da AFP no local viu dezenas de estudantes, muitos deles chorando, fugindo da área.

Apesar de uma trégua anunciada no final de agosto, Damasco e Moscou multiplicaram os bombardeio mortais contra Idlib nas últimas semanas, antes da Rússia anunciar um novo cessar-fogo, que deveria entrar em vigor no domingo.

A região já foi palco de uma grande ofensiva entre abril e agosto, que causou a fuga de mais de 400 mil pessoas, segundo as Nações Unidas.

A guerra na Síria, desencadeada em 2011 com a repressão do regime contra manifestações de pró-democracia, já matou mais de 380 mil pessoas e forçou a saída de mais da metade da população.

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