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A Casa de José Mariano aprovou em primeira discussão, nesta quinta-feira (17), o novo Plano Diretor do Recife, documento que regula e orienta diversos aspectos sobre a ocupação do solo da capital pernambucana. Foram 23 votos a favor, quatro contra e apenas uma abstenção, do vereador Renato Antunes (PSC), que se absteve de todas as votações.

A sessão foi agitada e contou com momentos de tensão e oposição frequente, apesar dos contrários à aprovação do novo texto terem sido uma pequena parcela dos reunidos. A última votação será realizada na próxima segunda-feira (21), mas não há mais espaço para destaque das emendas. A revisão dessas diretrizes ocorre a cada dez anos e segue uma determinação prevista pelo Estatuto da Cidade, sancionado há 19 anos pelo Congresso Nacional.

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Devido à pandemia da Covid-19, a discussão ocorreu de forma remota e durou pouco mais de seis horas. Com atraso, os vereadores revisam desde a semana passada as sugestões de emenda, que deveriam ter sido revisadas e discutidas até o fim de 2019. Em julho de 2018 começou o processo de revisão, que precisou de conferência para ser aprovado. No último dia 9, a Câmara dos Vereadores divulgou que havia convocado uma reunião da Comissão Especial do Plano Diretor para a manhã seguinte, e nela foram revisadas as 530 novas emendas.

Nessa quarta-feira (16), o parecer final foi aprovado pela comissão. O novo marco traz mudanças que podem ameaçar a ampliação e futuro das Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), um dos principais pontos de discussão em toda a conferência. O vereador Ivan Moraes, representando o PSOL como oposição, destacou 47 emendas que contemplavam ações com as ZEIS e administração das calçadas e mobilidade urbana no Recife. Todas foram rejeitadas. Das 513 emendas, o representante psolista protocolou 123, mas só conseguiu aprovar 11 no plenário e, consequentemente, no relatório total. Apesar das suas poucas aprovações, votou contra o Plano Diretor.

"Não conseguimos aprovar nenhuma emenda que havia sido aprovada, e nem reprovar as que foram aprovadas na comissão. Isso diz muito sobre a necessidade dessa Casa e da sociedade estarem mais próximas”, disse Ivan nos momentos finais.

A vereadora Michele Collins (PP) também não conseguiu aprovar as suas emendas. Em alguns dos destaques, a missionária defendeu a sua sugestão, que pediu a inclusão da “cultura cristã” como parte do patrimônio cultural do Recife, defendendo os avanços do cristianismo nos últimos anos e o seu papel de ação social.

Vereadores que não compõem o grupo de revisão como Moraes, Jairo Brito (PT) e Jayme Asfora (Cidadania) se queixaram de que os integrantes da Casa não tiveram tempo suficiente para ler uma quantidade tão grande de emendas, expostas aos demais vereadores somente no dia da aprovação do parecer, assim, nas últimas 24 horas. Os três, ao lado da maioria dos votos de Aline Mariano (PP) e de Antunes, que se absteve de todo o processo utilizando como justificativa a reivindicação dos progressistas em oposição, formaram uma tímida rejeição à aprovação imediata do novo texto.

A reunião foi marcada por momentos de tensão e muita desorganização. Em vários momentos, os vereadores votavam e sequer sabiam no que estavam votando; tudo foi registrado ao vivo e sob protesto dos espectadores, que comentavam em tempo real.

Alguns desistiram de acompanhar no meio da sessão e decidiram ir com o voto do relator Aerto Luna (PSB), como Chico Kiko (PP), Ana Lúcia (Republicanos), Davi Muniz (PSB) e outros apoiadores. André Régis (PSDB), que representou a oposição da Câmara no lugar de Rinaldo Júnior (PSB), que está afastado por questões de saúde, justificou o seu voto a favor da aprovação do texto. O único momento de justificativa veio após várias trocas de farpas com Asfora, que o acusou de ser “bolsonarista” e “contra o povo”, acusação feita também ao presidente da sessão, Eduardo Marques (PSB), a quem chamou de “tirano”.

“Pela manhã, o vereador Ivan Moraes ponderou se hoje seria o momento adequado para a gente votar, considerando que ninguém teve tempo para estudar com profundidade o relatório final. Eu achava que seria melhor para a cidade que a discussão ficasse para a próxima legislatura, mas não foi isso que aconteceu. Não me senti o tempo todo seguro nas votações. Por outro lado, foram muitos dias de trabalho da comissão revisora, muito dinheiro colocado. Deixo aí o protesto no que se refere à oportunidade da votação e deixo também o apelo. Já que essa foi a primeira votação, que a segunda votação se deixe para outro momento. A sociedade precisa conhecer esse texto e ter a maturidade de debater os seus caminhos, para uma cidade sustentável nos próximos dez anos”, pontuou André Régis, apesar de ter votado a favor de todas as emendas que alteram o antigo texto.

Presidente da Câmara dos Vereadores do Recife, Eduardo Marques (PSB) rebateu as críticas diante da compra do novo prédio do legislativo municipal, sem licitação, que custará R$ 12 milhões. Em discurso na tribuna da Casa José Mariano, o pessebista disse que a aquisição do imóvel ainda não foi concretizada e destacou que vem dialogando com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) para realizar a compra.

“O processo de aquisição do referido tem sido transparente, aliás, como têm sido todos os atos praticados por esta Mesa Diretora. Atualmente, o processo de compra do imóvel está passando por uma análise. A Câmara do Recife está prestando informações ao TCE e a Procuradoria-Geral do Ministério Público de Contas sobre todo o procedimento de dispensa de licitação, para fins de homologação ou não da compra”, informou durante a sessão plenária dessa terça-feira (8).

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“Fiquem certos, portanto, todos os recifenses, a imprensa e os órgãos públicos envolvidos na questão que, enquanto não forem esgotadas e vencidas todas essas etapas, notadamente, aquelas condizentes ao controle externo, a Câmara não fará a compra da referida unidade imobiliária”, completou Eduardo Marques.

O antigo Hotel São Domingos, localizado no bairro da Boa Vista, servirá para que a Câmara instale novos gabinetes para os 39 vereadores e salas de comissões. O plenário, entretanto, continuará alocado na Casa José Mariano.

A Polícia Federal (PF) apreendeu planilhas, na sede da empreiteira Camargo Correia, em São Paulo, as quais apresentam nomes de políticos com valores em dólares e de obras de infraestrutura estimadas. Entre os políticos pernambucanos citados no suposto esquema, estão: o prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB), o senador Humberto Costa (PT) e os deputados Bruno Araújo (PSDB) e Pedro Eugênio (PT).

Quanto às planilhas divulgadas, com as possíveis associações de parlamentares aos valores expostos, o presidente da Câmara Municipal do Recife, Vicente André Gomes (PSB), falou sobre a apreensão da PF. “Não conheço nada disso! Tenho o conceito que Geraldo Julio é um homem sério, do bem e tenho certeza que ele esclarecerá se foi a Polícia Federal que colocou em tela esses dados. Até porque eu reputo que a PF é uma instituição independente”, apontou criteriosamente Vicente.

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Ainda sobre a citação do nome de Geraldo Julio na relação, o presidente da Casa defendeu o correligionário. “Não quero imaginar que haja qualquer coisa que possa criar uma dificuldade para uma pessoa conheço como tão honrada e digna. Conheço Geraldo como prefeito e eu nunca ouvi nada que pudesse abonar a conduta do prefeito Geraldo Julio. Automaticamente eu tenho que encerrar qualquer colocação acerca disso”, concluiu.

Sobre a citação de Aécio Neves (PSDB), na planilha, um dos representantes da oposição na Casa José Mariano, André Regis (PSDB) indicou que tudo que foi gasto na candidatura do senador foi declarado. “Foi publicada uma lista que indica valores! A legislação permite que haja doação de valores e essas empreiteiras doaram para a candidatura do Aécio Neves e foi declarado”, argumentou Regis.

Em relação às investigações, ele foi direto. “O que se tem é uma lista deve ser investigada e a Polícia Federal está aí para isso. Este documento compõe um auto de um processo, que o Ministério Público vai denunciar àqueles que tiveram participação em algum crime. E eu tenho certeza absoluta que entre este grupo não estará o nome de Aécio Neves, que é um homem íntegro”, finalizou. 

Novas informações sobre salários e quantidade de vagas do certame foram divulgadas, nesta sexta (13). Ao todo, serão oferecidas 78 vagas de nível superior e médio com salários que variam entre R$ 1.445,80 e R$ 7.741,00. Nessa quinta (12), a Câmara dos Vereadores do Recife aprovou o novo concurso da casa.

Há oportunidades para Analista de Sistema, Arquiteto, Arquivista, Assessor Jurídico, Assistente Administrativo Legislativo, Assistente Social, Bibliotecário, Consultores, Contador, Enfermeiro, Engenheiro Civil, Filólogo ou Linguista, Gestor Cony. Interno Legistlativo, Jornalista, Médico, Programador, Psicólogo e Relações Públicas. A remuneração de cada cargo pode ser conferida no link.

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Segundo o Primeiro Secretário da Câmara, o vereador Augusto Carreras, o impacto financeiro será de R$ 4.288.494,74 anuais. Augusto também afirma que 21 vagas já existem e que apenas 57 serão criadas. "São vagas que já existem, por conta de aposentadoria, por exemplo. Por esta razão, estas oportunidades também serão preenchidas através deste concurso público”, explica Carreras. 

O vereador do Recife, Raul Jungmann (MD), assumiu nessa terça-feira (18) a liderança da oposição da Câmara de Vereadores do Recife. O parlamentar substitui a vereadora Aline Mariano (PSDB) que entrou de licença maternidade para recebeu seu segundo filho.

Ao lado de Jungmann, permanecerão os vereadores da oposição André Régis (PSDB) e Priscila Krause (DEM) e o parlamentar supleente que ficou no lugar de Mariano, Wanderson Florêncio (PSDB).

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A Comissão de Reforma da Câmara dos vereadores do Recife decidiu nesta segunda-feira (27), que haverá uma reunião de trabalho com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), na próxima semana. O encontro discutirá o andamento e as possibilidades de contratação para a realização de concurso público na Casa legislativa.

Segundo o presidente do grupo, o vereador Raul Jungmann (MD), ficou decidido que, também na próxima semana, a Comissão receberá empresas interessadas para uma possível Parceria Público-Privada (PPP) em relação à construção da nova sede.

“Uma reunião extraordinária acontecerá o mais breve possível com o Primeiro Secretário Augusto Carreras (PV) para tratar do cronograma das duas questões citadas: concurso e nova sede”, completou Jungmann. Estavam presentes no encontro, os vereadores Aderaldo Pinto (PRTB), Eurico Freire (PV) e Raul Jungmann (MD).


**Com informações da assessoria da Câmara

O ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, vem a Pernambuco na próxima segunda-feira (13) para receber na Câmara Municipal do Recife a Medalha do Mérito José Mariano. Durante a visita o ministro, entre outras ações, será divulgado o Plano Safra da Pesca e Aquicultura. Neste mesmo dia o ministro participa ás 19h da inauguração da sede do PRB no Recife que fica localizada na rua do príncipe, nº 502, bairro da Boa Vista, ao lado da Universidade Católica.

A homenagem da Câmara municipal é uma iniciativa do vereador Alfredo Santana (PRB) e na ocasião será entregue um “cheque simbólico” no valor de R$ 547.916,15 para os presidentes de colônias de pescadores dos municípios de Goiana, Petrolândia e Belém do São Francisco. O plano vai disponibilizar no mercado brasileiro R$ 4,1 bilhões em crédito, em condições especiais, para a expansão da aquicultura e a modernização pesca.

Já o evento na sede do partido terá a presença do presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, da deputada estadual do Rio de Janeiro e presidente nacional do PRB-mulher, Rosângela Gomes, além do presidente estadual, Carlos Geraldo de Oliveira.

O ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, vem a Pernambuco na próxima segunda-feira (13) para receber na Câmara Municipal do Recife a Medalha do Mérito José Mariano. Durante a visita o ministro, entre outras ações, divulgará o Plano Safra da Pesca e Aquicultura.

A homenagem é uma iniciativa do vereador Alfredo Santana (PRB) e na ocasião será entregue um “cheque simbólico” no valor de R$ 547.916,15 para os presidentes de colônias de pescadores dos municípios de Goiana, Petrolândia e Belém do São Francisco. Também haverá distribuição de cestas básicas a famílias de pescadores.

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O plano, que disponibiliza no mercado R$ 4,1 bilhões em crédito, em condições especiais, para a expansão da aquicultura e a modernização pesca, pretende elevar a produção nacional de pescado para dois milhões de toneladas/ano até o final de 2014.

Atualmente Pernambuco conta com aproximadamente 13.500 pescadores profissionais. A produção estadual de pescado é da ordem de 21 mil toneladas, sendo quase 30% proveniente da aquicultura, o cultivo de espécies como tilápia do nilo e camarão marinho.

A sala do Plenarinho da Casa José Mariano foi pequena para comportar o número de pessoas interessadas em discutir sobre o polêmico projeto Novo Recife, nesta quinta-feira (11). A audiência pública foi proposta pela vereadora Aline Mariano (PSDB) e reuniu representantes da Prefeitura do Recife, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Consórcio Novo Recife e do movimento Direitos Urbanos. Apenas o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) não enviou integrantes. 

Durante mais de quatro horas, a sociedade civil teve a oportunidade de expor opiniões e questionar os órgãos presentes sobre o projeto urbanístico que prevê a construção de 12 torres de até 40 pavimentos no Cais José Estelita, Centro do Recife. Os participantes questionaram a legalidade da construção dos edifícios e a privatização de um espaço público, isolando parte da cidade.

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O professor Leonardo Cisneiros, integrante do movimento Direitos Urbanos, esteve presente na audiência e defendeu a participação da sociedade no andamento do projeto. “Nossa principal reivindicação é que o desenvolvimento urbano do Recife vem sendo feito sem discussão, o que é muito importante”. Ainda coforme Cisneiros, o projeto em questão foi apresentado pelo Consórcio como um condomínio fechado, excluindo grande parte dos moradores do Recife.

“O Novo Recife foi colocado como uma área imensa do centro, como um modelo isolado da cidade e é isso que nós queremos discutir. Queremos que a área seja desenvolvida de maneira integrada com as comunidades ao redor. Isso tem que ter discussão”, defendeu. 

Dentre as ilegalidades que rodeiam o projeto, Cisneiros afirma que desde 2000 existe uma lei que obrigaria a Prefeitura do Recife a fazer um plano para aquela área, ordem essa que não foi respeitada. “Além disso, existe a contestação sobre a legalidade do leilão do terreno, que deveria ter um pronunciamento do IPHAN e não houve, e falta também um estudo de impacto ambiental”.

O professor de educação física, Adriano Melo, é morador do bairro do Cabanga e fez questão de participar e se pronunciar sobre o Novo Recife. “Não sou contra o projeto, mas a demolição do Viaduto das Cinco Pontas, por exemplo, eu acho que traria transtornos e mais engarrafamentos naquela região”.

Ao fim do debate a vereadora Aline Mariano se pronunciou e garantiu que tudo o que foi apresentado na audiência pública será enviado aos órgãos competentes para que cada um deles possa se posicionar a respeito do projeto. “A Casa José Mariano vai estar atenta em relação a todos os procedimentos que serão dados, o momento de execução do projeto e as ações de retorno para o município”. 

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A nova sede da Câmara Municipal do Recife está em plena discussão na Casa José Mariano. O local, que ainda não foi definido poderá ser erguido por meio da Parceria Público-Privada (PPP), segundo o presidente da Câmara, Vicente André Gomes (PSB). Para o socialista, a reestruturação da Casa precisa não apenas ser de ‘pedra e cal’, mas técnica e administrativa.

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Para cuidar do assunto foi criado na Câmara do Recife a Comissão de Reforma formada por cinco vereadores. O grupo tem como presidente Raul Jungmann (PDT), vice-presidente Isabella de Roldão (PDT), secretário geral Jayme Asfora (PSMDB) e demais três membros: Estéfano Menudo (PSB), Aderaldo Pinto (PRTB) e Eurico Freire (PV).

Nas discussões sobre o novo local, se debate uma ampla mudança, tanto administrativa com a realização de concurso público, como física com inclusão de equipamentos de acessibilidade, por exemplo. “A câmara terá que ter uma reforma que não é de pedra e cal, é técnica e administrativa! A reforma tem que ser ampla. Na Casa só temos atualmente 23 funcionários internos, o resto são cedidos pela prefeitura e estão a disposição do governo. Precisamos de assessoria técnica administrativa”, argumenta Vicente André Gomes.

O presidente da Casa José Mariano também detalhou alguns problemas. “Toda Casa Legislativa precisa de um mínimo de conteúdo para poder legislar nas leis. A legislação será tanto boa na sociedade, quanto for o nível de assessoria. Você não pode ter uma Câmara do Recife cuja procuradoria não existe, ou seja, os procuradores que existem se aposentaram e o único que tem é da prefeitura”, justifica o socialista. “Os vereadores são heróis que montam sua assessoria própria para manter pautas diversas. Muitas vezes não precisa ser apenas advogado, mas um profissional específico na área”, acrescentou.

O parlamentar que preside a Câmara do Recife antecipou as sugestões financeiras para a construção do novo prédio. “Há uma discussão muito grande para fazermos uma PPP em que a Câmara entra com o terreno e a empresa construa e num prazo de 20 a 30 anos a Câmara ficará pagando. É uma forma de não buscar recursos fora e continuar o bem do município, evidente, que em longo prazo”, expôs.

Segundo o presidente da Comissão de Reforma, Raul Jungmann, a subdivisão dos vereadores que pertencem ao comitê está direcionada para cuidar de áreas específicas como a sede propriamente dita, concurso público, áreas administrativas e institucionais. Esta última tem o objetivo de votar ferramentas como ouvidoria, portal da transparência, entre outras.

Jungmann não confirmou a sugestão de Vicente André Gomes de construir a nova sede por meio da PPP e disse que o momento, por enquanto, é de levantar dados. “Foi feito um pedido à mesa diretora para saber os moldes que a Casa tem. O dinheiro da caixa da Câmara para poder fazer que imóveis sejam vendidos ou alienados. Preciso saber quais são e onde estão e racionalizar os gastos”, explicou o vereador.

 

O vereador do PPS expõe que pedirá a colaboração da Assembleia Legislativa de Pernambuco e ao governo do Estado e reforça o diálogo do presidente da Casa. “A parte física é talvez a menos importante. A mais importante é a institucional e administrativa. A câmara nunca realizou concurso, o local era uma escola normal e quando for transformado em Câmara tinha apenas 16 vereadores. Hoje, temos 39 e 380 funcionários cedidos”, enfatizou. Ele também disse que existem vários terrenos que estão sendo analisados em questões como mobilidade e localização estratégica para fácil acesso.

De acordo com Vicente André Gomes, após a Semana Santa ele se reunirá com Eduardo Campos para apresentar o projeto da nova sede e as sugestões de propostas. “Queremos apresentar propostas ao governador, que é a maior liderança do Estado e fundir com o prefeito (Geraldo Julio) para encontrar o melhor caminho”, anunciou. 

O Secretário Municipal de Educação, Valmar Corrêa de Andrade, participou na manhã desta quinta-feira (21), de uma reunião pública da Comissão de Educação, Cultura, Turismo e Esportes da Câmara do Recife. O diálogo ocorrido na Sala das Comissões faz parte de uma série de encontros entre os assessores do prefeito Geraldo Júlio (PSB) e os vereadores, que o líder do governo na Casa José Mariano, vereador Gilberto Alves (PTN), pretende promover.

De acordo com o secretário, esses primeiros dias de gestão foram válidos para obtenção de mais informações sobre a pasta. “Nesses primeiros 50 dias de trabalho, estamos nos aprofundando nos conhecimentos para entender a complexidade da Secretaria”, afirmou Valmar Corrêa, garantindo que no próximo mês apresentará o planejamento de ações não somente para este ano como para os quatro anos de gestão. “Teremos que fazer uma mudança radical no sistema”, anunciou.

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Uma das alterações em curso, segundo o secretário, é a construção de uma comissão paritária para discutir a implantação do modelo de um terço de aulas-atividade e os problemas da rede municipal, que tem 321 unidades e cerca de 70 mil alunos matriculados. A comissão, cujos membros já foram nomeados, tem oito componentes e formatará as aulas-atividade, além de analisar as demandas coletivas de impacto na rede pública municipal e as estratégias de adequação do espaço físico. 

“Vejo a educação como uma construção coletiva e precisamos repensar o conteúdo programático do ensino. É preciso que nós nos aprofundemos nessas complexidades. É um trabalho que temos que realizar em conjunto. Espero contar com o apoio de todos os vereadores e da Comissão de Educação desta Câmara”, afirmou o secretário, que reconheceu em seguida que a situação de infraestrutura das escolas municipais é ‘difícil’. Sobre as pessoas aprovadas em  concurso público que aguardam nomeação, ele disse que a partir de março pretende começar a chamar.

Após a apresentação de quase duas horas de Valmar Corrêa, o presidente da Comissão de Educação, André Régis (PSDB), disse que “o espírito é de colaboração” e que gostou da postura do novo secretário de não tentar “esconder ou defender o indefensável”, pois “a situação é crítica”.

Ele informou que, juntamente com sua equipe, vem percorrendo as escolas municipais, já tendo visitado 13 e que pretende ir a todas as 321 este ano. “Tenho encontrado escolas sem biblioteca, sem espaço de lazer ou para convivência dos professores, além de graves problemas de infraestrutura”, denunciou. 

O líder do governo na Câmara, Gilberto Alves, disse que as reuniões dos secretários com os vereadores representam “um novo momento do Recife, buscando uma discussão madura, responsável, envolvendo todos os setores”. 

 

 

Apesar da derrota histórica do Partido dos Trabalhadores (PT) que comandou a cidade do Recife por 12 anos, o presidente da Câmara dos vereadores se despede do cargo, mas continua como parlamentar na próximo legislatura. Sua voz tem destoado do resto de seus correligionários petistas que conquistaram a secretária de Habitação, na nova administração do prefeito eleito Geraldo Julio (PSB). 

Ele chegou a defender uma postura independente em relação à gestão socialista, mas as coisas podem mudar nesse xadrez, tudo depende da conjuntura montada pelo novo governo municipal. “Perder é ruim, principalmente aqui no Recife. São questões relativas, o PT deu carga na cidade de São Paulo, ficou concentrado nessa região. Nesse momento eu defendo a independência em relação ao PSB aqui no Recife”, comentou Jurandir.

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Outro ponto que merece destaque foi a disputa das prévias entre o prefeito João da Costa (PT) e o ex-deputado federal Maurício Hands, que depois da arenga se desfilou do PT, fraturou e dividiu o organismo interno do partido. A derrota do senador Humberto Costa (PT), que foi indicado candidato a prefeito pela executiva nacional e vivenciou uma campanha bastante acirrada entre PT e PSB na capital pernambucana, pesou bastante na balança das escolhas petistas.

Já falando sobre a reforma administrativa de Geraldo enviada pelo atual prefeito, João da Costa, o vereador reforçou que não haverá uma diminuição dos gastos da prefeitura. “Ele tem que analisar não só os aspectos econômicos, mas políticos e do funcionalismo da prefeitura. A única novidade da reforma está na reformulação das Parcerias Público-Privada (PPPs)”, ressaltou Jurandir. 

Balanço - Durante o discurso de encerramento da 15º legislatura referente aos anos de 2009 e 2012, prestando contas do seu mandado de presidente no biênio de 2011 e 2012, o parlamentar descartou alguns números de projetos e requerimento que tramitaram na casa.  

Sobre Projetos de Lei do Legislativo, os vereadores do Recife, em  2009,  apresentaram em plenário 166 projetos de lei e aprovaram 42. Já em 2010 foram 126 apresentados e 100 projetos aprovados. No  ano passado, em 2011, foram apresentados 194 projetos e aprovados 103. E este ano, 2012,  os parlamentares  apresentaram 124 projetos e aprovaram 105.

Quanto aos Projetos de Lei do Executivo, em 2009, foram apresentados  23 e aprovados 28, incluindo cinco projetos  de anos   anteriores. No ano seguinte, foram apresentados  24 e  aprovados 13. No ano passado, apresentados  29 e  aprovados 35, contando que seis projetos de lei foram de anos  anteriores. Já este ano, foram apresentados 20 e aprovados 08. Nestes quatro anos foram apresentados mais  de  13.600.

“Das 114 reuniões ordinárias que ocorreram em 2011, eu presidi 86. Quanto às solenes, foram realizadas 54 e estive presidindo 19.  Este ano, considerado um ano diferente por ser ano eleitoral, fizemos um esforço maior para  trabalharmos na campanha e não prejudicar  as atividades aqui. Das  94 reuniões ordinárias, eu presidi 85 e das 67 solenes, estive a frente de 15.” 

Em 2009  foram realizadas  41 audiências públicas. No ano seguinte, 24.  No ano passado, 47  e este ano , foram realizadas 23, todas trataram de temas como mobilidade, acessibilidade, educação, iluminação e inclusão social.

A pouco mais de dois meses para encerrar o mandato na Câmara Municipal do Recife, os vereadores que não foram reeleitos estão a poucos dias do prazo para apresentar suas últimas proposições. Isso porque o termina no dia 18 de novembro o prazo para os vereadores e o Poder Executivo apresentarem novos projetos de lei, projetos de decreto legislativo e projetos de resolução à Casa José Mariano para que tenha tempo de tramitar até o final do ano.  

Depois do dia 18 de novembro, os vereadores e o Executivo não estarão impedidos de encaminhar suas proposições, porém eles serão lidos em plenário e entregues as comissões permanentes da Casa na primeira reunião da próxima legislatura, que inicia em fevereiro de 2013. 

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Os parlamentares foram informados sobre a determinação, que está prevista no Regimento da Câmara.  De acordo com o documento, o prazo de recebimento das proposições foi calculado pelo trâmite de qualquer matéria na casa legislativa. 

Exceção – Após o dia 18, apenas as proposições da Comissão Executiva da Câmara Municipal e os requerimentos dos vereadores, que não precisam passar pelas comissões. As proposições da Comissão Executiva porque têm caráter de urgência. E os requerimentos porque são as solicitações da população, através dos vereadores, para realização de obras emergenciais nas comunidades. Eles funcionam como uma estratégia popular para fazer chegar seus pleitos aos gabinetes dos dirigentes dos secretários municipais e presidentes de empresas da administração indireta. 

A troca de cadeiras na Câmara Municipal do Recife alcançou o coeficiente de 30% dos assentos da Casa José Mariano, apesar do aumento de 37 para 39 parlamentares. Houve perdas e ganhos com as eleições, principalmente no âmbito político e partidário, muitas lideranças começam a custurar novas alianças para os próximos quatro anos. 12 vereadores não conseguiram se reeleger.  

No próximo ano algumas legendas não terão representas na câmara, como é o caso do PSD que ainda detém o mandato de quatro parlamentares até o dia 31 de dezembro de 2012.São eles: Sérgio Magalhães, Maré Malta, Gilvan Cavalcanti e Romildo Gomes, que não dispotou a reeleição. Em outros casos os partidos trocaram a figura política, mas o partido permanece. O PPS, por exemplo, tem Vera Lopes que não conseguiu se reeleger, mas levou Raul Jungamann ao parlamento municipal.

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Segundo Vera Lopes, foi uma supresa o PPS não eleger dois vereadores no Recife. “Nessa campanha tive dificuldade para participar do corpo a corpo com a população, pois fraturei o joelho. Mas fiquei na suplência e daqui há dois anos Raul Jungmann vai ganhar a eleição para deputado federal e eu volto para a Câmara”, declarou Vera.

Já Raul Jungmann divulgou nas redes sociais um comunicado agradecendo os 11.873 votos e o quinta colocação entre os vereadorese eleitos. “Diziam que para a eleição de vereadore era preciso cair no assistencialismo, fisiologismo, que sem dar algo em troca do voto, não se chega a câmara. Decidimos ir na direção oposta, não tivemos cabos eleitorais, não compramos líderes comunitários ou associações de classe, não praticamos nehuma espécie e assistencilaismo. Essa é uma vitória de um conceito, de um jeito de fazer política”, defendeu Jungmann.

Com essa eleição municipal o DEM, PT e PMDB perderam espaço na câmara dos vereadores. Josenildo Sinésio (PT) e Múcio Magalhães (PT) só ficam na casa esse ano, Marcos Menezes (DEM) também não conseguiu se reeleger. Liberato Costa Junior (PMDB) não quis disputar as eleições. As legendas PSDB e PTN elegeram dois representantes cada. Enquanto que PTC e PHS aumentaram suas bancadas.

Confira a lista de todos os eleitos para o cargo de vereador no Recife:

André Ferreira (PMDB) – 15.774

Antônio Luiz Neto (PTB) – 13.833

Priscila Krause (DEM) – 13-386

Estefano Menudo (PSB) – 12.012

Raul Jungmann (PPS) – 11.873

Professor Jairo Brito (PT) – 11.233

Maguari (PSB) – 10.806

Missionária Michele Collins (PP) – 10-589

Luiz Eustáquio (PT) – 9.928

Irmã Aimée (PSB) – 9.916

Felipe Francismar (PSB) – 9.788

Jurandir Liberal (PT) – 9.113

Carlos Gueiros (PTB) – 8.949

Osmar Ricardo (PT) – 8.714

Almir Fernando (PCdoB) – 8.522

Marilia Arraes (PSB) – 8.481

Isabella de Roldão (PDT) – 8.480

Augusto Carreiras (PV) – 8.376

Eduardo Marques (PTB) – 8.234

Eriberto Rafael (PTC) – 7.952

Alfredo Santana (PRB) – 7.854

Vicente (PSB) – 7.823

Dr. Rogério Lucca (PSL) – 7.597

André Regis (PSDB) – 7.273

Henrique Leite (PT) – 7.271

Aline Mariano (PSDB) – 6.948

Gilberto Alves (PTN) – 6.015

Marco Aurélio Meu Amigo (PTC) – 5.999

Jadeval de Lima (PTN) – 5.784

Eurico Freire (PV) 5.733

Rodrigo Vidal (PDT) – 5.441

Edmar de Oliveira (PHS) – 5.352

Marcos Di Bria (PTdoB) – 5.350

Aderaldo Pinto (PRTB) – 5.203

Eri (PTC) – 4.902

Aerto Luna (PRP) – 4746

Davi Muniz (PHS) – 4.739

Wilton Brito (PHS) – 4.518

Eduardo Chera (PTN) – 4.205

 

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