Tópicos | China

O ministro de Relações Exteriores da China, Yang Jiechi, disse que seu país está "preocupado" com o iminente lançamento do foguete da Coreia do Norte, à medida que o regime de Pyongyang voltou a insistir que a operação é para enviar um satélite pacífico ao espaço, e não um míssil.

Yang afirmou ontem, a seus colegas sul-coreano e japonês, que a paz na península coreana é do interesse de todos. "Yang Jiechi disse que a China está interessada e preocupada com os desenvolvimentos da questão", informou a chancelaria, em um comunicado, após reunião dos três ministros na cidade chinesa de Ningbo.

##RECOMENDA##

"A China exorta as partes interessadas a se concentrar sobre a situação global e olhar no longo prazo, manter a calma e a moderação, e usar meios diplomáticos e pacíficos para resolver adequadamente os problemas relevantes."

As preocupações estão crescendo sobre o foguete da Coreia do Norte, programado para ser lançado entre 12 de abril e 16 de abril, apesar das garantias da nação asiática, que possui armas nucleares, de que será para enviar um satélite científico, e não um míssil balístico.

O Japão implantou baterias de mísseis para proteger Tóquio e enviou três destróieres transportando mísseis interceptores para o Mar da China Oriental. O primeiro-ministro Yoshihiko Noda já deu luz verde para abater o foguete, caso ele ameace o território japonês.

Na fabricante de carretas Noma, no interior do Paraná, não tem gente fazendo força. São os robôs espalhados pela fábrica que carregam as peças pesadas. São também robôs que soldam as diferentes partes dos veículos. Antes privilégio de grandes corporações, os robôs estão invadindo as linhas de produção de pequenas e médias empresas no mundo todo e prometem mudanças importantes na divisão global do trabalho, com prejuízo para os países emergentes.

Está em curso uma mudança no sistema fabril que pode significar um novo estágio da revolução industrial. Hoje, comprar um robô custa praticamente o mesmo que pagar o salário de um operário chinês. Dados preparados pela consultoria Gavekal mostram que o custo unitário de um robô industrial atingiu cerca de US$ 48 mil no ano passado, uma diferença pequena para os US$ 44 mil pagos a um funcionário pela gigante de montagem Foxconn durante dois anos.

##RECOMENDA##

Na verdade, os chineses recebem menos que isso na Foxconn - que, entre vários outros produtos, faz os iPhones e iPads da Apple -, mas o cálculo considera um fictício operário que trabalhasse 24 horas - como um robô. As jornadas de trabalho da China são pesadas, mas ainda não chegam a tanto. O resultado dessa aproximação de custos é que até a Foxconn já anunciou que pretende "empregar" 1 milhão de robôs até 2014.

Outra evidência do avanço da robótica é que a demanda por robôs industriais está indo além do setor automotivo, que já é tradicional nessa área. Em 2006, as montadoras respondiam por 36% dos robôs utilizados no planeta. Esse porcentual caiu para 28% em 2010. O setor elétrico e eletrônico, que detinha 18% dos robôs, saltou para 26%. Também se destacam os fabricantes de plásticos, produtos químicos e cosméticos.

"Estamos diante de uma tecnologia de ruptura. O excesso de mão de obra vai deixar de ser uma vantagem e as empresas vão começar a retornar para países com mão de obra qualificada, baixos custos e boa infraestrutura", disse José Roberto Mendonça de Barros, sócio-diretor da MB Associados. "A robótica é um dos fatores que vai ajudar a indústria a renascer nos Estados Unidos". Mendonça de Barros projeta que, até 2015, o mundo vai assistir atônito a uma mudança radical nas relações de trabalho.

Yuchan Li, analista da Gavekal baseada em Hong Kong e autora dos cálculos, disse ao jornal O Estado de S. Paulo por e-mail que "é difícil colocar um prazo definitivo, mas que há sinais de que a revolução já está ocorrendo". Segundo ela, as mudanças são mais rápidas em alguns países, como a Coreia do Sul, do que em outros.

O movimento é inevitável. De um lado, o esforço de países como a China para reforçar o mercado local, melhorando a renda e as condições de trabalho, acaba elevando os custos da mão de obra. De outro, os robôs acabam sendo beneficiados pela chamada Lei de Moore. Gordon Moore, um dos fundadores da Intel, previu, na década de 1960, que a capacidade dos microprocessadores dobraria a cada dois anos. Isso faz com que os eletrônicos possam ser, a cada ano, mais potentes e mais baratos. E o mesmo acontece com os robôs. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A China seguirá trabalhando com a Itália e a União Europeia, por meio de uma "cooperação efetiva", para ajudar a resolver a crise de dívida soberana da zona do euro, informou a TV estatal chinesa, citando o vice-primeiro-ministro, Li Kegiang. Li fez os comentários durante encontro com o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, disse a CCTV, sem oferecer detalhes.

A China tem repetidamente expressado intenção de ajudar a União Europeia a encontrar uma saída para a crise, mas não anunciou nenhum compromisso específico.

##RECOMENDA##

O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, disse à chanceler alemã Angela Merkel, em fevereiro, que considerava um envolvimento mais profundo nos fundos de resgate da zona do euro, mas ao mesmo tempo destacou que a Europa precisava cuidar de seus próprios problemas.

Em encontro com Monti no sábado, Wen expressou confiança na capacidade de a Itália lidar com o difícil ambiente externo, segundo reportou a agência de notícias Xinhua.

Monti reuniu-se também com Lou Jiwei, o presidente do fundo soberano China Investment Corp, ontem. Mas Monti disse que nenhum plano concreto de investimento na Itália foi selado. A China, com reservas superiores a US$ 3 bilhões, tem sido sondada como potencial fonte provedora de recursos e seu fundo soberano ativamente cortejado. As informações são da Dow Jones.

Milhares de tibetanos exilados compareceram nesta sexta-feira ao funeral do jovem Jamphel Yeshi, de 27 anos, que se auto imolou na segunda-feira desta semana, quando ateou fogo ao próprio corpo. Yeshi morreu na quarta-feira com queimaduras em 98% do corpo. O jovem exilado tibetano protestava contra a visita do presidente chinês Hu Jintao a Nova Délhi e contra a ocupação chinesa do Tibete. O caixão com o corpo do jovem foi coberto com uma bandeira do Tibete e levado para um templo na cidade de Dharmsala, norte da Índia, onde fica o governo tibetano no exílio e onde também vive o líder espiritual do Tibete no exílio, o dalai-lama.

"Quantos tibetanos terão que perder a vida até que a questão tibetana seja resolvida?" disse em discurso a porta-voz do governo tibetano no exílio, Penpa Tsering, à multidão emocionada. Mais tarde, uma ambulância levou o corpo de Yeshi para um crematório.

##RECOMENDA##

Cerca de 30 tibetanos ou sino-tibetanos se auto imolaram durante o ano passado em províncias chinesas onde vivem tibetanos étnicos, como Sichuan, em protesto contra o governo autoritário de Pequim. O governo chinês acusa o dalai-lama de incentivar os suicídios e disse que a ação de auto imolação é uma forma de terrorismo. O dalai-lama, contudo, afirma que as auto imolações são o resultado de décadas de políticas repressivas chinesas no Tibete.

As informações são da Associated Press.

O enviado da ONU, Kofi Annan, se reunirá nesta terça-feira com o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao. Ele busca apoio de Pequim para sua proposta visando acabar com a violência na conflituosa Síria, depois de receber total apoio de Moscou.

Annan, enviado das Nações Unidas e da Liga Árabe à Síria, vai se reunir com o premiê chinês para discutir sobre o plano, supervisionado pela ONU, para combater a violência na Síria e direcionar o país para uma transição com um sistema político mais representativo.

##RECOMENDA##

A China e a Rússia atraíram críticas internacionais no início deste ano por bloquear uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, que condenava a repressão prolongada e as várias mortes de manifestantes no país geradas pelo opressão do presidente Bashar al-Assad.

Porém, após sucessivos apelos para pôr fim à violência na Síria, no início do mês, a China endossou uma declaração da ONU pedindo para que al-Assad trabalhe para terminar com as hostilidades. As informações são da Dow Jones.

A China instalou um sistema de alarme silencioso dentro de cada casa em uma cidade fronteiriça como parte de sua política de repressão imposta aos fugitivos da Coreia do Norte, apontou um relatório divulgado nesta sexta-feira.

O sistema é projetado para permitir que os moradores, secretamente, envie um sinal para a polícia se fugitivos norte-coreanos chegarem às suas casas pedindo ajuda, disse a agência sul-coreana de notícias Yonhap.

##RECOMENDA##

O sistema pode transmitir o diálogo entre o proprietário de uma casa e seus visitantes. As autoridades chinesas pretendem expandi-lo a outras áreas que fazem fronteira com a Coreia do Norte, disse a agência. "Se você apertar o botão vermelho na parede, um sinal vai diretamente para uma delegacia de polícia", disse um homem à Yonhap.

O homem, que não se identificou, disse que viu o dispositivo durante uma recente viagem a seu parente na zona fronteiriça, no nordeste da província de Jilin Yanbian. A Yonhap afirmou que a China intensificou a repressão em áreas de fronteira desde que a Coreia do Sul criticou a repatriação de dezenas de refugiados norte-coreanos em fevereiro e neste mês.

Quase todos os que fogem vêm para a China, onde eles são repatriados se pegos. Muitos, ao chegar, se escondem e, em seguida, viajam para países do Sudeste Asiático antes de voarem para o Sul para o reassentamento, informou a agência de notícias.

Seul pediu repetidas vezes a Pequim para tratar os fugitivos do Norte como refugiados e não para enviá-los de volta, para receberem punições severas de Pyongyang. A Agência de Refugiados da ONU e a Anistia Internacional também fizeram o mesmo pedido à China. As informações são da Dow Jones.

A China e a zona do euro mais uma vez espalharam temores em relação ao ritmo de crescimento da economia global e a aversão ao risco cresceu hoje. Com isso, a Bovespa fechou em queda pelo terceiro dia consecutivo, de 1,54%, aos 65.828,19 pontos - a menor pontuação desde o último dia 6, quando registrou 65.114,15 pontos. O movimento foi puxado por ações da Vale e Petrobras, siderúrgicas e bancos. Os principais papéis do índice têm correlação com commodities e, por isso, são fortemente influenciados negativamente.

No caso das instituições financeiras, a queda é atribuída a uma realização de lucros, já que o setor, mesmo com os recuos recentes, ainda acumula alta no ano. A exceção fica com o Banco do Brasil, que ainda está sendo influenciado pela preocupação dos investidores com possível ingerência do governo. No pior momento do dia, o Ibovespa atingiu a mínima de 65.538 pontos (-1,98%) e, na máxima, 66.860 pontos (estável).

##RECOMENDA##

Vale ON e a PNA caíram 2,07% cada. No mês, os papéis acumulam queda de 4,55% e 4,47%, respectivamente. No ano, no entanto, as ações ainda têm alta de 5,37% e 7,35%. Entre as siderúrgicas, Gerdau PN perdeu 3,03%, Metalúrgica Gerdau PN, -1,99%, Usiminas PNA 1,30% e Siderúrgica Nacional ON, 2,91%. Os contratos futuros de metais básicos também fecharam em queda hoje na London Metal Exchange (LME).

Entre os bancos, a maior queda foi verificada nos papéis ON do Banco do Brasil (-3,23%). Segundo um profissional, os rumores de que o governo quer ampliar o crédito ao consumidor via BB e Caixa Econômica Federal fazem crescer as preocupações de que os resultados do BB possam ser prejudicados por um aumento da inadimplência. "Indica que há uma ingerência no BB, o governo quer usar o banco a seu favor, mas isso pode não ser bom", estimou a fonte.

Bradesco PN caiu 0,34%, Itaú Unibanco perdeu 2,79% e as units Santander, -2,46%.

As ações da Petrobrás seguiram o preço do petróleo no mercado internacional e encerram em queda. O papel ON caiu 1,66% e o PN, -1,29%. Na Nymex, o contrato de petróleo para entrega em maio registrou declínio de 1,79%, a US$ 105,35 o barril.

Logo cedo, o índice preliminar de atividade industrial dos gerentes de compras (PMI) da China apontou recuo a 48,1 em março, o nível mais baixo dos últimos quatro meses, de 49,6 em fevereiro, disse o HSBC. A abertura do dado chinês mostra ainda um agravamento nos componentes de novas encomendas e de emprego. O PMI do setor industrial da zona do euro caiu para 47,7 em março, de 49,0 em fevereiro, segundo dados preliminares da Markit. O índice abaixo de 50 indica contração da atividade.

O governo chinês declarou nesta quarta-feira que os advogados precisam fazer o juramento de lealdade ao Partido Comunista, uma medida criticada pelos grupos de defesa dos direitos humanos que têm defendido os opositores ao regime autoritário. O Ministério da Justiça da China informou em comunicado, postado no website da instituição, que advogados que pedem o seu registro profissional ou então a renovação da licença precisam fazer um juramento de lealdade ao país, ao Partido Comunista e ao povo chinês.

O comunicado estatal afirma que o juramento tem como objetivo "elevar as qualidades morais, políticas e profissionais dos advogados chineses". "Eu prometo cumprir fielmente com a missão sagrada de um trabalhador do sistema socialista das leis com características chinesas, ser leal à pátria, leal ao povo e apoiar a liderança do Partido Comunista da China", diz parte do texto.

##RECOMENDA##

Reformistas chineses afirmam que o governo, sob o presidente Hu Jintao, minou o império da lei ao promover uma campanha que afirma serem o Partido Comunista e os interesses do povo fatores que estão acima da lei escrita. Recentemente, autoridades chinesas aumentaram o assédio aos advogados que passaram a defender ativistas envolvidos em alguns dos casos mais politicamente sensíveis no país.

Jiang Tianyong, advogado que defende ativistas e que foi detido duas vezes no ano passado por razões de segurança de estado, disse que o Ministério da Justiça não tem base legal para introduzir o juramento.

"É ridículo que algo desse tipo seja feito em uma sociedade moderna. É inimaginável que em qualquer outro país do mundo um advogado seja obrigado a jurar lealdade a um partido político. Advogados precisam respeitar a lei e defender os direitos dos seus clientes", disse Jiang, que trabalhou em casos envolvendo a liberdade de religião e ativistas que defendem portadores do vírus HIV.

As informações são da Associated Press.

Um tribunal de Pequim condenou um fazendeiro chinês a 13 anos de prisão pelo roubo de nove artigos de arte da Cidade Proibida, o antigo palácio imperial fortemente vigiado, que fica na capital chinesa.

A agência oficial de notícias Xinhua News informou que Shi Baikui, de 27 anos, também foi multado em US$ 2.100. Segundo a agência, Shi roubou pequenas bolsas de ouro, de estilo ocidental, e outros objetos em maio de 2011.

##RECOMENDA##

De acordo com informações oficiais, Shi disse ao tribunal que o roubo foi um "impulso de momento". As informações são da Associated Press.

O Parlamento da China aprovou, nesta quarta-feira, uma revisão controversa do seu Código de Processo Penal, que foi objeto de ampla discussão em um uma fase preliminar - na medida em que o poder da polícia em investigações criminais é enorme no país.

De acordo com projeto de lei publicado na semana passada, o texto formaliza, entre outras questões, a prisão de pessoas fora de centros de detenção oficiais por períodos que podem chegar a até seis meses. A detenção nesses locais, que muitas vezes são secretos, não estão sujeitas a quaisquer regras e procedimentos, alertou, em seu blog, o advogado Liu Xiaoyuan. A versão final do texto, porém, ainda não estava disponível na manhã de ontem.

##RECOMENDA##

A revisão também deve incluir a exigência de que o Supremo Tribunal interrogue condenados à morte antes de dar o sinal verde para as execuções, informou o jornal "Xinjing Bao". A organização Human Rights Watch salientou, na semana passada, aspectos positivos do projeto de lei - que poderia "fortalecer as garantias processuais e os procedimentos legais para suspeitos comuns."

O texto também pode legalizar o direito de os suspeitos permanecerem em silêncio durante o interrogatório, informou, na semana passada, o "Xingjing Bao". Esta mudança seria particularmente importante em um país onde ocorrem numerosas denúncias de tortura nas prisões. As informações são da Dow Jones.

A China e os países árabes concordaram nesta terça-feira com a necessidade de encontrar uma "solução política" para o conflito sírio, disse o enviado chinês Zhang Ming no Cairo, após se reunir com funcionários da Liga Árabe. "Todos nós reconhecemos que existe uma grande convergência entre a China e os países árabes para uma solução política que resolva a crise na Síria", disse Zhang após o encontro com representantes da Liga de 22 países, informa a agência France Presse (AFP).

Sob pressões dos países ocidentais, após ter bloqueado ao lado da Rússia por duas vezes resoluções que condenavam o governo sírio no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), a China anunciou neste mês um plano de seis pontos para a Síria, pedindo um fim imediato à violência. O plano pede a abertura imediata de um diálogo entre o governo e a oposição e rechaça a interferência estrangeira "para a mudança de regime" na Síria.

##RECOMENDA##

As informações são da Dow Jones.

A banda pernambucana Mombojó lançou novo videoclipe na praça: “Casa Caiada”, canção feita em parceria com o companheiro de longa data, China. Composto por registros ao vivo do show comemorativo de 10 anos da banda, realizado no Teatro da UFPE em 2010, o vídeo tem produção do coletivo “O Escritório”, sob direção de Moabe Filho.

A música faz parte do repertório do disco “Amigo do Tempo” (2010), terceiro em estúdio do grupo, e é uma homenagem a Jardim Atlântico, bairro próximo ao que dá título à música, onde o vocalista Felipe S. cresceu.

 

 

 

Brasília – A diminuição da desigualdade de renda na última década no Brasil se assemelha ao movimento verificado no conjunto de todos os países. De acordo com análise em andamento no Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (CPS/FGV), o índice de Gini (que mede a desigualdade socioeconômica) caiu de 0,596 em 2001 para 0,519 em janeiro de 2012 no Brasil. O mesmo indicador agregado para o mundo todo caiu de 0,5448 para 0,52 no mesmo período.

##RECOMENDA##

“Aqui, no Brasil, a desigualdade cai porque a renda cresce no Nordeste; e cresce mais entre analfabetos, negros, moradores de favelas, campesinos e trabalhadores da construção. E no mundo? A desigualdade cai porque a China e a Índia estão crescendo muito”, explica o economista Marcelo Neri, chefe do CPS/FGV. Na opinião dele, a comparação dos índices mostra que “o Brasil é uma maquete muito próxima do mundo”.

Semelhanças à parte, Neri chama a atenção para a diferença de dinâmicas entre o Brasil, a China e a Índia. Segundo ele, na última década, o Brasil diminuiu a desigualdade interna ao mesmo tempo em que registrou crescimento econômico. Na China e na Índia (que concentram metade dos pobres do mundo e onde o crescimento do Produto Interno Bruto é maior que o crescimento do PIB brasileiro), a desigualdade “está explodindo”.

Segundo Marcelo Neri, o Brasil espelha a desigualdade existente no mundo porque “os mais pobres do Brasil são tão pobres quanto os mais pobres da Índia; e os mais ricos brasileiros não são menos ricos do que os mais ricos americanos. O Brasil está em todas as partes e ainda tem muita desigualdade”, disse em entrevista à Agência Brasil, destacando que o país tem muitos problemas para atacar.

Para Neri, a desigualdade persistente faz com que o Brasil continue a ser chamado, “por um bom tempo”, de “Belíndia” - termo criado pelo economista Edmar Bacha na década de 1970 para dizer que o Brasil tinha um pedaço rico e desenvolvido como a Bélgica e um pedaço pobre e subdesenvolvido como a Índia.

Marcelo Neri acrescenta que a “Belíndia continua atual” porque hoje “o lado pobre do Brasil cresce tanto quanto a economia da Índia; e o lado belga [rico] está tão estagnado quanto os países europeus. A Bélgica hoje é um país desenvolvido, mas estagnado. Ela é predominantemente católica como o Brasil”, compara.

Segundo a análise feita pelo CPS/FGV, a renda dos 50% mais pobres no Brasil cresceu quase seis vezes (580%) mais rápido do que a renda dos 10% mais ricos na década passada. A ascensão desse contingente, chamado por Neri de “nova classe média”, explica em parte o crescimento econômico recente. A economia cresce à medida que a desigualdade acumulada diminui. “Boa parte dessa ascensão da classe média vem da recuperação de atrasos históricos que ainda estão presentes, mas estão passando”, aponta.

Na opinião do economista, os dados mostram que o Brasil “está ficando um país normal”. Ele lembra que “em 1990, a gente tinha 17% das crianças fora da escola; e em 2000, passou para 4%; e agora, o percentual é menos de 2%”. Segundo ele, além da expansão do acesso à escola, o país está entre as três nações que mais se destacam na melhoria dos indicadores de aprendizagem.

A melhora do desempenho escolar ilumina “o lado brilhante da base da pirâmide”, descrito por Neri em seu novo livro A Nova Classe Média, lançado na semana passada no Rio de Janeiro. De acordo com o economista, a educação, juntamente com a redução da fecundidade das brasileiras e a chegada de mais pessoas ao mercado de trabalho com carteira assinada, explicam melhor a ascensão da classe média (classe C) do que a dependência de políticas sociais e do crédito facilitado.

Uma das teses defendidas pelo economista é que o crescimento da nova classe média “não é apenas sonho de uma noite de verão” e se a educação continuar melhorando diminuirá ainda mais desigualdade. “Se fizermos o dever de casa com a educação vai ser possível o Brasil continuar dando salto”, avalia.

 

Os contratos futuros de ouro fecharam em queda hoje na Comex, divisão de metais da bolsa mercantil de Nova York (Nymex), afetados por temores em relação à demanda da China, segundo maior consumidor mundial do metal precioso.

O ouro para entrega em abril caiu US$ 11,70 (0,68%) e voltou para baixo da barreira psicológica de US$ 1.700, fechando em US$ 1.699,80 por onça-troy.

##RECOMENDA##

A preocupação com a demanda chinesa baseia-se no resultado do saldo comercial de fevereiro. A China registrou déficit comercial de US$ 31,48 bilhões no mês passado. O número se soma a uma série de dados desalentadores sobre a economia chinesa.

"O aprofundamento do déficit comercial chinês seria negativo para os metais preciosos, em especial para o ouro", advertiu Walter de Wet, analista do Standard Bank, em nota a clientes.

O consumo de ouro pela China aumentou 20% no ano passado, alcançando 769,8 toneladas, segundo o Conselho Mundial do Ouro. O país asiático é o segundo maior consumidor mundial do metal precioso, atrás apenas da Índia. As informações são da Dow Jones.

A China está avançando na utilização de organismos geneticamente modificados (OGMs), e também está confiante em ter uma "boa" uma safra de grãos neste ano, disse, nesta sexta-feira, o ministro da Agricultura, Han Changfu.

O governo da China está desenvolvendo tecnologias para modificar geneticamente as sementes, disse o ministro em uma conferência de imprensa à margem do Congresso Nacional Popular - a sessão anual Legislativa da China. O país colheu, no ano passado, uma safra recorde de 571 milhões de toneladas de grãos. As informações são da Dow Jones.

##RECOMENDA##

O governo chinês retomará os processos de aprovação e construção de usinas nucleares, informa o jornal estatal Dário da China. As aprovações foram suspensas logo depois do desastre nucleares de Fukushima, um ano atrás.

"A suspensão será levantada em breve como parte de um plano abrangente de controle da segurança nuclear ter sido submetido ao Conselho de Estado", informa o periódico citando Wang Yuqing, ex-diretor da Agência Nacional de Segurança Nuclear do país asiático.

##RECOMENDA##

De acordo com Wang, será iniciada em breve a construção de "cerca de dez" usinas atômicas que haviam recebido aprovação antes do desastre em Fukushima, resultante do terremoto seguido de tsunami de 11 de março do ano passado no nordeste do Japão.

A China possui atualmente 14 reatores nucleares em operação. Eles produzem 11,8 gigawatts de energia. O plano do governo chinês é expandir a capacidade de geração de energia atômica para 40GW até 2015. As informações são da Dow Jones.

A emissora de televisão chinesa NTD fez uma reportagem a respeito do aumento de iPhones que são desviados no país e os respectivos contrabandistas, que muitas vezes são pegos nos aeroportos transportando as cargas. Devido ao sucesso desses aparelhos ao redor do mundo, essa prática tem aumentado, ao contrário de simplesmente piratear os aparelhos. 

Desta vez, em fevereiro deste ano, um homem tentou passar pelos portões do aeroporto com nada menos do que 30 iPhones, que estavam presos por todo o seu corpo. De acordo com a emissora, o homem levantou suspeitas porque não conseguia se abaixar para pegar sua maleta no chão. 

No vídeo, postado no site e no canal oficial da emissora no YouTube, é possível ver que o contrabandista prendeu os dispositivos ao corpo, além de acondicioná-los em vários bolsos internos da camisa e até mesmo dentro dos tênis, embaixo de placas de aço inoxidável. A reportagem afirmou que a quantidade de contrabandistas presos tem aumentado porque o iPhone 4S é 125 dólares mais barato em Hong Kong, fazendo com que ele seja revendido por um preço ainda maior em outras províncias. 

Desde o começo do ano, de acordo com a polícia do distrito de Luohu, na província de Shenzhen (que, ironicamente, é um dos locais onde o smartphone é fabricado), mais de 3000 celulares já foram apreendidos, em mais de 230 ocorrências.

A China estabeleceu a meta para o crescimento econômico de 7,5% em 2012, menos do que a taxa simbólica de 8% que manteve nos últimos oito anos, afirmou hoje o jornal Wen Wei Po, de Hong Kong, mencionando o ex-ministro de indústria e tecnologia da informação Li Yizhong. Segundo Li, a China precisa reestruturar sua economia e mudar a forma como cresce. O ex-ministro fez as afirmações nos bastidores dos encontros anuais da Conferência Política Consultiva do Povo Chinês, um importante órgão de consultoria política.

"A China precisa ajustar apropriadamente para baixo sua meta de crescimento econômico e reduzir a velocidade excessiva", afirmou Li, que agora é o vice-diretor do comitê econômico da conferência. Ele fez os comentários antes da cerimônia de abertura dos encontros anuais do Congresso Nacional do Povo.

##RECOMENDA##

A expectativa é de que o primeiro-ministro Wen Jiabao anuncie uma meta de crescimento econômico mais baixa para este ano quando fizer o pronunciamento de abertura no congresso.

Uma meta de crescimento mais baixa indicaria que Pequim espera direcionar as autoridades de todos os níveis do governo para que se concentrem na reestruturação econômica e em questões de qualidade de vida, como o meio ambiente e a desigualdade de renda, em vez de observarem apenas o crescimento, que é considerado exagerado por muitas autoridades. No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 9,2%. As informações são da Dow Jones.

A economia da China deve crescer mais lentamente este ano do que os 8,4% previstos anteriormente pelo Banco Mundial, disse, nesta sexta-feira, Bert Hofman, economista-chefe da agência multilateral para o Leste Asiático e Pacífico da instituição.

"Ele provavelmente vai ser um pouco menor, uma vez que o abrandamento (da economia) na China está acontecendo mais rapidamente do que esperávamos", disse Hofman durante conferência em Cingapura.

##RECOMENDA##

Para este ano, a economia do Leste Asiático deve crescer entre 7,5% e 7,8% - em um ritmo mais lento do que os 8,2% de 2011, completou o economista. As informações são da Dow Jones.

Os ministros das relações exteriores da Índia e da China tiveram nesta quinta-feira uma reunião na capital indiana e decidiram estabelecer um "diálogo de cooperação marítima" para delimitar as esferas de influência dos dois países nos oceanos Índico e Pacífico. A China pressiona pela soberania de grande parte do Mar do Sul da China, enquanto a Índia prospecta petróleo no litoral do Vietnã. Recentemente, Índia e Vietnã assinaram um acordo para prospectar e explorar petróleo e outros recursos naturais no litoral vietnamita, o que foi visto com suspeita pelo governo chinês. A chancelaria da Índia não deu maiores informações sobre se foram discutidas reivindicações territoriais dos dois países.

A economia vietnamita, que cresce rapidamente, e suas reservas naturais como o petróleo e gás natural, são uma atração para a Índia, que como a China busca reservas de energia para alimentar a sua forte expansão econômica. Nesta quinta-feira, o ministro de Relações Exteriores da Índia, S.M. Krishna, recebeu em Nova Délhi o chanceler da China, Yang Jiechi. Enquanto os dois conversavam, exilados tibetanos protestavam nas ruas, em frente ao ministério. A polícia deteve pelo menos doze manifestantes.

##RECOMENDA##

A reunião serviu para reduzir as tensões entre a Índia e China. Os dois gigantes asiáticos nunca tiveram relações fáceis e uma disputa de fronteiras levou a uma guerra breve, embora sangrenta, em 1962 no Himalaia. A China reivindica o Estado de Arunachal Pradesh, no nordeste da Índia e majoritariamente habitado por tibetanos e birmaneses, como seu território. Já o chanceler indiano Krishna disse recentemente que a Índia "não tolerará a interferência externa da China em assuntos territoriais indianos".

Outro ponto de irritação para a China é a presença do dalai-lama, líder espiritual tibetano, na Índia. O dalai-lama vive na Índia desde 1959 e é na Índia que funciona o governo tibetano no exílio.

Os chanceleres da Índia e da China também discutiram a preparação para a cúpula de líderes das cinco economias emergentes do mundo, os Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que se reunirão em Nova Délhi em 28 e 29 de março.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando