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A Comissão de Direitos Humanos (CDH) debateu na terça-feira (9) a liberação da maconha para fins medicinais. Mães de crianças tratadas com a planta e representantes de instituições defensoras da liberação estiveram na audiência para explicar os benefícios da substância e como a dificuldade de acesso dificulta os tratamentos.

A criminalização do caixa dois foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ na quarta-feira (10). A proposta (PL 1.865/2019) prevê reclusão de 2 a 5 anos para quem arrecadar, receber, movimentar ou usar recursos em dinheiro por outro meio que não seja conta oficial da campanha.

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Também na quarta-feira os senadores apresentaram uma proposta de Emenda à Constituição que altera o sistema tributário do Brasil. A proposta (PEC 110/2019) prevê a extinção de vários impostos e a substituição de outros. Veja aqui a repercussão dos senadores sobre o assunto no plenário.

E na quinta-feira (11), o jornalista Glenn Greenwald da agência The Intercept Brasil veio à CCJ para falar sobre os vazamentos de supostas conversas entre o ex-juiz Sérgio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol.

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*Da Agência Senado 

 

O coletivo Juntas (PSOL) vai presidir a Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A eleição da codeputada [como elas se intitulam] Jô Cavalcanti - que representa o mandato em grupo entre oficialmente entre os parlamentares - aconteceu no início da tarde desta quinta-feira (14), depois de uma tumultuada sessão.

A ascensão das Juntas ao cargo também foi fruto de um acordo firmado com a bancada do governo, liderada pelo deputado Isaltino Nascimento (PSB). A deputada Clarissa Tércio (PSC) também pleiteou o cargo, mas não conquistou êxito porque o PSB trocou o titular do colegiado, o deputado Adalto Santos (PSB), pelo próprio Isaltino que apoiou as Juntas. 

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Além de Jô Cavalcanti, a condução dos trabalhos na Comissão será partilhada por Carol Vergolino, Robeyoncé Lima, Joelma Carla e Kátia Cunha. As cinco formam o coletivo do PSOL. 

Embate

Antes da eleição das Juntas, um embate duro entre os deputados marcou a reunião de instalação da Comissão de Direitos Humanos, que foi acompanhada por membros de movimentos sociais que chegaram a disparar contra parlamentares. Os que compunham a bancada evangélica e faziam parte do colegiado reivindicaram o posto e contestaram o acordo feito pela bancada do governo para que o coletivo fosse eleito. 

“Se eu eu tivesse batido chapa aqui naquele dia [terça-feira] eu tinha ganho. Manobra terrível do deputado Isaltino Nascimento. O governo está apadrinhando a deputada Jô Cavalcanti”, disparou Clarissa Tércio, fazendo referência a troca dos deputados do PSB do colegiado.

Quem também questionou a atitude governista foi o deputado Joel da Harpa (PP) que, inclusive, acusou a gestão de Paulo Câmara (PSB) de interferir no Legislativo. “Me estranha, e meu posicionamento é pessoal, a bancada do governo indicar as Juntas que tem totalmente um perfil de ser oposição. Não quero jamais colocar em xeque o trabalho que as Juntas irão desempenhar nesta Casa, mas é estranho o líder do governo indicar alguém com perfil de oposição”, cravou, pontuando ainda que a disputa era entre governo e oposição e não entre ser “evangélico ou não”.

“A questão não é ser evangélicos. Essa comissão é de Direitos Humanos, não é de evangélicos ou de LGBTs. Seja quem for que esteja a frente essa comissão precisa estar aberta a todos e todas”, completou.

Líder da oposição, o deputado Marco Aurélio (PRTB), por sua vez, disse que o cenário era um “vergonha” para a Alepe. “Fica claro a justificativa da tratoragem do líder do governo. Isto não é democrático. É uma vergonha. O presidente da Alepe está começando muito mal”, disparou, mencionando o presidente Eriberto Leão (PP).

Eriberto, inclusive, precisou ser chamado a estar na comissão para esclarecer pontos do regimento interno antes das Juntas serem anunciadas oficialmente eleitas. 

Os deputados da CPI que apura irregularidades no Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) se reuniram para avaliar denúncias de que um dos membros está envolvido com o crime organizado. Existem suspeitas do envolvimento de parlamentares com pessoas ligadas aos grupos criminosos que atuam nos presídios paulistas desde o ano passado, quando a revista Veja divulgou documentos da Polícia Civil que indicavam uma estrutura sustentada pela facção.

Luiz Carlos dos Santos, ex-vice presidente do Condepe, foi condenado a 16 anos de prisão, acusado de integrar o grupo conhecido como Primeiro Comando da Capital (PCC). A Justiça utilizou gravações de conversas telefônicas e mensagens como prova do envolvimento do parlamentar no esquema. “Luiz Carlos dos Santos foi acusado de crimes muito sérios e, não bastasse isso, temos informações de que eram fornecidos endereços de policiais militares, civis e agentes penitenciários”, declarou o deputado Coronel Telhada, após ter dito que o Condepe passará por uma investigação interna.

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Em nota nas redes sociais, o Condepe disse que atua em conjunto com Defensoria Pública, OAB, Poder Judiciário, Poder Executivo e a Assembleia Legislativa para esclarecer os fatos e que o órgão precisa transmitir à população a maior transparência possível.

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados convocou um seminário nesta quarta-feira (7) para avaliar o sistema penitenciário nacional.

O deputado Luiz Couto (PT-PB), que propôs a realização do evento, aponta a morte dos 56 presidiários no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, como a abertura para a discussão. “Quatro dias depois, 33 presos foram mortos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista, Roraima. Já no dia 14 de janeiro, 26 presos foram assassinados na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte. É um número substancial que deve ser discutido”.

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De acordo com o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), a população carcerária do Brasil é a quarta maior do mundo, com 622 mil pessoas. O país está atrás apenas dos Estados Unidos (2,2 milhões), China (1,6 milhão) e Rússia (644 mil).

Couto aguarda por melhorias após o seminário. “Espero que a comissão possa discutir verdadeiramente a crise do sistema prisional, com vistas a contribuir de forma rápida e eficaz para a solução deste problema e evitar que mais detentos sejam mortos”, conclui o parlamentar. 

A reunião será realizada no plenário 9, às 14h, e contará com a presença de familiares de presidiários, gestores de penitenciárias e entidades em defesa dos direitos humanos. 

As comissões da Câmara dos Vereadores do Recife devem definir, nesta quinta-feira (9), quem vai presidir os colegiados. O anúncio da composição dos grupos permanentes para o biênio 2017/2018 foi realizado nessa quarta (8) pelo primeiro secretário da Casa José Mariano, o vereador Marco Aurélio (PRTB). A escolha dos membros, de acordo com o Regimento Interno, é uma prerrogativa do presidente da Casa, Eduardo Marques (PSB). Após a indicação, os titulares definem quem será o presidente e o vice de cada comissão. 

Considerada a mais importante da Câmara, por receber todos os projetos e direcioná-los a tramitação nos demais colegiados, a Comissão de Legislação, Justiça e Redação é composta por Aerto Luna (PRP), Aline Mariano (PMDB), Amaro Cipriano Maguari (PSB), Eriberto Rafael (PTC) e Marília Arraes (PT). Nessa quarta mesmo eles instalaram os trabalhos e definiram que Luna continuará com a presidência do grupo pelos próximos dois anos e Eriberto será o vice. 

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A Comissão de Finanças, Orçamento e Desenvolvimento Econômico tem como membros efetivos Aimée Carvalho (PSB), Alcides Teixeira Neto (PRTB), Gilberto Alves (PSD), Rinaldo Júnior (PRB) e Wanderson Florêncio (PSC). Já a de Educação, Cultura, Turismo e Esportes têm Ana Lúcia (PRB), Natália de Menudo (PSB) e Renato Antunes (PSC).

O grupo que tratará sobre Saúde é composta por Benjamim da Saúde (PEN), Felipe Francismar (PSB) e Rogério de Lucca (PSL). Já o de Planejamento Urbano, Obras e Meio Ambiente tem André Régis (PSDB), Augusto Carreras (PSB) e Rodrigo Coutinho (SD). A Comissão de Acessibilidade e Mobilidade Urbana é integrada por Davi Muniz (PEN), Gilberto Alves (PSD) e Jayme Asfora (PMDB) e a de Segurança Cidadã por Eduardo Chera (PDT), Júnior Bocão (PSDB), Ricardo Cruz (PPS).

Já a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar tem como membros Aimée Carvalho (PSB), Almir Fernando (PCdoB), Antônio Luiz Neto (PTB), Hélio Guabiraba (PRTB), Romero Albuquerque (PP). Um novo colegiado é o que vai analisar a Revisão da Lei Orgânica do Recife. Carlos Gueiros (PSB), Felipe Francismar (PSB), Antonio Luiz Neto (PTB), Michele Collins (PP), Wanderson Florêncio (PSC), Marília Arraes (PT) e Gilberto Alves (PSD) compõem o grupo.

Direitos Humanos é a mais concorrida

A composição da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara foi a mais aguardada entre os parlamentares. Isso porque uma disputa entre os vereadores Ivan Moraes (PSOL) e Michele Collins (PP) para presidir o colegiado apimentou a espera. Os dois são membros efetivos do grupo e dependem do voto do vereador Davi Muniz (PEN) para a definição já que os suplentes Antônio Luiz Neto (PTB) e Ricardo Cruz (PPS) não votam neste caso.

Ivan Moraes tem a defesa de grupos do segmento, de outros vereadores, como Jayme Asfora, e partidos, como o PPS. Enquanto Michele Collins tem o peso da base aliada e o pagamento de uma dívida: a abdicação de uma vaga na Mesa Diretora para outro membro da bancada. 

A escolha dos vereadores que vão presidir as comissões permanentes e temáticas da Câmara Municipal do Recife tem gerado alguns embates internos. A definição é uma das atribuições do novo presidente da Casa, Eduardo Marques (PSB), que disse estar usando critérios de afinidade com o papel dos colegiados para definir os nomes. 

“Estou lendo o regimento interno e vendo as afinidades dos vereadores de acordo com cada comissão. No momento certo vou anunciar a composição de cada uma delas”, resumiu, em entrevista ao Portal LeiaJá, nesta terça-feira (24). O socialista afirmou que até a próxima terça (31) a lista dos presidentes será divulgada. 

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Apesar da afirmação de Marques, é sabido que a qualidade não é a única a ser ponderada. As alianças políticas e alinhamentos partidários também pesam para a escolha dos presidentes dos colegiados. No momento, a maior polêmica entre os vereadores envolve a presidência da Comissão de Direitos Humanos e tem um jogo de interesses políticos em vigor.  

A vaga é pleiteada pelos vereadores Michele Collins (PP) e Ivan Moraes (PSOL). Collins esteve à frente do colegiado na legislatura passada e quer se manter no cargo, mas tem enfrentado uma reação negativa de entidades do seguimento que, inclusive, entregaram, nessa segunda-feira (23), uma carta aberta a Marques defendendo que Moraes assuma o posto.

“As manifestações externas são naturais. Recebo-as com muito respeito e atenção. Estamos avaliando e julgando tudo isso, de acordo com a afinidade e no máximo na terça estarei anunciando”, frisou. 

O que deve pesar mais para a escolha, segundo conversas de bastidores, é o fato de Collins ter aberto mão de uma vaga na Mesa Diretora para apaziguar os ânimos da base governista. Em troca do gesto, ela tem esperado o apoio do aliado na indicação para a presidência do colegiado. 

As discussões sobre o comando das comissões temáticas da Câmara Municipal do Recife têm ultrapassado os muros da Casa. Movimentos e grupos sociais se posicionaram a favor da indicação do vereador Ivan Moraes (PSOL) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos em 2017. Ele pleiteia a vaga contra a vereadora Michele Collins (PP), que presidiu o colegiado em 2016 e tem, em proporcionalidade partidária, mais apoio parlamentar na disputa. 

O assunto tem gerado embates internos na Casa José Mariano, mas Ivan Moraes tem como predicados a atuação no segmento por 15 anos e as articulações à frente do Movimento Nacional dos Direitos Humanos (MNDH) em Pernambuco. 

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Para o coordenador-executivo do Centro Dom Helder Camara de Estudos e Ação Social (Cendhec) e um dos integrantes da coordenação colegiada do MNDH, Ricardo Oliveira, a indicação da bancada de oposição “carrega todas as qualidades para o cargo”. “Ivan tem militância e credencial na temática dos Direitos Humanos para além do direito à comunicação”, defendeu.

Corroborando, a coordenadora-executiva do Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop), a socióloga Edna Jatobá, ressaltou que, na conjuntura política atual é imprescindível a escolha de um nome com representatividade e legitimidade no segmento. “Numa época de luta contra o machismo, é muito impertinente e infeliz a Casa escolher alguém que defenda abertamente que a mulher deve ser subserviente ao homem”, alfinetou, sem citar o nome de Michele Collins. 

A progressista é conhecida por suas posturas conservadoras e, costumeiramente, não tem o apoio dos movimentos do setor.

A possibilidade de um acordo com o PT para a definição da composição da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados rachou a bancada evangélica. Nesta tarde de quarta-feira, 11, foi iniciada uma negociação para que o Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) e Jean Wyllys sejam vice-presidentes do colegiado, mas um grupo de deputados da bancada se irritou. Disseram não ter sido consultados.

"Não houve diálogo com a bancada para fechar o entendimento. O acordo anunciado não existe", afirmou Marcos Rogério (PDT-RO). O deputado disse que o grupo ainda não tem uma posição definida sobre a composição da comissão, mas que até amanhã voltará a conversar sobre uma saída para o impasse.

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Na impossibilidade de apresentar uma candidatura avulsa contra o indicado oficial, o petista Paulo Pimenta (RS), deputados da bancada evangélica se viram diante da possibilidade de lançar Feliciano. O acordo preliminar previa que outra vaga de vice fosse destinada a Jean Wyllys, defensor da causa LGBT e adversário político de Feliciano. "A frente (>evangélica) não fez acordo nenhum", reclamou Anderson Ferreira (PR-PE).

A saída política para o imbróglio que começou na semana passada foi costurada pelo PT a partir do convite para que Jean Wyllys integrasse a comissão. Como o PSOL não tem direito a uma vaga de titular, o PSB cedeu espaço para que o deputado pudesse disputar o cargo. Os deputados da bancada evangélica, que tem força na comissão, concordaram inicialmente em compor a Mesa do colegiado e a terceira vice-presidência deve ficar com Rosângela Gomes (PRB-RJ). Agora, o grupo descontente diz que a escolha do comando da comissão não se dará por acordo e sim no voto.

A última tentativa dos evangélicos de assumir o controle da CDHM foi com a articulação para indicação de Anderson Ferreira. Autor do polêmico projeto do Estatuto da Família (que define o conceito de família a partir da união entre um homem e uma mulher), Ferreira ameaçava lançar candidatura avulsa contra o petista. Para garantir que o acordo de líderes partidários fosse mantido e o PT ficasse com o comando da comissão, o próprio líder da bancada, deputado Maurício Quintella Lessa (PR-AL), assumiu a vaga de titular e tirou Ferreira do colegiado.

Na semana passada, um impasse impediu a eleição da Mesa da CDHM. O deputado evangélico Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) apresentou candidatura contrariando o acordo de líderes. Com a insistência de Sóstenes, o PSD decidiu colocá-lo na suplência da comissão de modo a impedir que ele disputasse o cargo. O parlamentar chegou a entrar com uma liminar na Justiça para disputar a eleição, mas a ação ainda não foi julgada.

A reunião para eleição da Mesa da CDHM chegou a ser aberta nesta tarde, mas em seguida foi suspensa por causa do andamento da sessão conjunta do Congresso Nacional. A sessão será retomada amanhã.

Integrantes da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados tentam construir um acordo para a presidência do colegiado. Na impossibilidade de apresentar uma candidatura avulsa contra o indicado oficial, o petista Paulo Pimenta (RS), a bancada evangélica deve indicar o Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para uma das vice-presidências. O acordo preliminar prevê que outra vaga de vice fique com o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), defensor da causa LGBT e adversário político de Feliciano.

A saída política para o impasse, que começou na semana passada, foi costurada pelo PT a partir do convite para que Jean Wyllys integrasse a comissão. Como o PSOL não tem direito a uma vaga de titular, o PSB cedeu espaço para que o deputado pudesse disputar o cargo. A bancada evangélica, que tem força na comissão, concordou em compor a Mesa do colegiado e a terceira vice-presidência deve ficar com Rosângela Gomes (PRB-RJ).

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"Vamos montar a chapa para mostrar que o Congresso é lugar de consenso. Isso é um sinal ótimo para a sociedade", declarou Feliciano. Acusado de ter feito declarações racistas e homofóbicas, o polêmico deputado ocupou a presidência da comissão durante o ano de 2013. "A sociedade tem que entender que o papel da política é o diálogo", concordou Jean Wyllys.

Contra o PT, a última tentativa dos evangélicos de assumir o controle da CDHM foi com a articulação da indicação do deputado Anderson Ferreira (PR-PE). Autor do polêmico projeto do Estatuto da Família (que define o conceito de família a partir da união entre um homem e uma mulher), Ferreira ameaçava lançar candidatura avulsa contra o petista. Para garantir que o acordo de líderes partidários fosse mantido e o PT ficasse com o comando da comissão, o próprio líder da bancada, deputado Maurício Quintella Lessa (AL), assumiu a vaga de titular e tirou Ferreira do colegiado.

Na semana passada, um impasse impediu a eleição da Mesa da CDHM. O deputado evangélico Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) apresentou candidatura contrariando o acordo de líderes. Com a insistência de Sóstenes, o PSD decidiu colocá-lo na suplência da comissão de modo a impedir sua candidatura. O parlamentar chegou a entrar com uma liminar na Justiça para disputar a eleição, mas a ação ainda não foi julgada.

A reunião para eleição da Mesa da CDHM chegou a ser aberta na tarde desta quarta-feira, 11, mas em seguida foi suspensa por causa do andamento da sessão conjunta do Congresso Nacional.

O PSD já encaminhou à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados ofício informando que o Pastor Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) será suplente do colegiado. À revelia do partido, Sóstenes lançou candidatura avulsa para disputar a presidência da comissão contra o candidato oficial, o petista Paulo Pimenta (RS). O impasse adiou a sessão de instalação para a próxima semana. O deputado Éder Mauro (PSD-PA), que era suplente, passa a ser titular.

Ao Broadcast Político, Sóstenes disse que está avaliando regimentalmente se tem caminhos para continuar candidato, já que informou ao partido que não pretende desistir. "Vamos procurar um plano B para o PT não ganhar. O PT não tem maioria na CDHM, qualquer um que concorrer contra o PT vamos despejar 11 votos nele", declarou.

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O PSD chegou a oferecer que o pastor da Igreja Assembleia de Deus seja o relator do Estatuto da Família, proposta sendo discutida em comissão especial da Casa. O novo titular da sigla na comissão não é da bancada evangélica.

Sempre envolvida em polêmicas, especialmente nos últimos anos, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados adiou para a próxima semana a eleição da presidência do colegiado. A sessão será realizada na quarta-feira (11), às 14h.

O impasse envolve a divisão das comissões entre os blocos partidários. Na reunião de líderes, ficou decidido que a CDH ficaria sob o comando do bloco liderado pelo PT. Entre os aliados, indicou-se o nome do deputado Paulo Pimenta (PT-RS). No entanto, Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) apresentou candidatura avulsa, justificando ter direito já que seu partido faz parte do bloco ao qual caberia o colegiado.

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A manobra gerou bate-boca na comissão. Diante do impasse, o deputado Assis do Couto (PT-PR), que presidia os trabalhos, decidiu adiar a decisão até que os integrantes da comissão entrem em acordo.

A reunião ainda chegou a ser suspensa a pedido do líder do PT, deputado Sibá Machado (AC), que tentou chegar a um acordo.

Assis do Couto disse que iria indeferir a candidatura de Sóstenes, mas houve protestos. “A minha candidatura foi protocolada com as regras vigentes da Câmara, e o PSD, como integrante do bloco a quem cabe a comissão, tem direito de indicar um candidato”, disse o deputado. Já Sibá Machado tem opinião contrária. "A candidatura rompe o que a Casa tem de maior valor: a palavra. Talvez por ser parlamentar de primeiro mandato ele [Sóstenes] não conheça a importância da palavra dada", disparou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que não seria "aconselhável" viver novamente a polêmica em torno da Comissão de Direitos Humanos (CDH) e que "não cabe nenhum tipo de radicalismo" na liderança do colegiado. Alves foi perguntado no final da tarde desta terça-feira, 11, sobre as pretensões do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) de assumir a presidência do colegiado neste ano. Em 2013, a Comissão foi chefiada por Marco Feliciano (PSC-SP), acusado de racismo e homofobia, o que gerou diversos protestos de entidades de defesa dos direitos humanos. Novo postulante ao posto, Jair Bolsonaro também reúne diversas críticas de organizações de direitos de minorias.

O presidente da Câmara disse ainda que a decisão final sobre a presidência de cada comissão não depende dele, e sim dos partidos, uma vez que a distribuição é feita com base no tamanho de cada bancada. Entidades pressionam o PT para que o maior partido da Casa assuma o controle da comissão. "Certamente não é aconselhável viver o clima inicial que se viveu (no ano passado). Se bem que depois as coisas se ajustaram", disse Henrique Alves. "É uma comissão muito importante, de diretos das minorias, e acho que não cabe nenhum tipo de radicalismo, mas é um direito dos partidos indicar o seu representante", concluiu.

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Cinco militantes da União da Juventude Socialista (UJS), entidade ligada ao PCdoB, realizaram nesta terça-feira, 11, um beijo gay na Câmara em protesto contra às pretensões do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) de assumir neste ano a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Casa. Sob lema de "mais amor, menos Bolsonaro", elas se beijaram no corredor da Presidência da Câmara e houve bate-boca com o próprio deputado do PP, que apareceu no local.

A estudante de História Maria das Neves, 26 anos, classificou Bolsonaro de racista, homofóbico e de "inimigo dos direitos humanos". Ela disse ainda que sua eleição para o colegiado representaria um retrocesso para as minorias. "Completamos em 2014 50 anos da ditadura militar e ele (Bolsonaro) é um representante da ditadura militar", criticou Maria. "É desse período que queremos nos livrar". Ela disse que se reuniu nesta terça com o líder do PT, deputado Vicentinho (SP), que lhe teria garantido que os petistas vão pedir a presidência do colegiado neste ano. "Há compromisso do PT de pleitear a Comissão e a grande maioria da bancada pede a liderança dos Direitos Humanos", disse.

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Pouco depois do ato, o próprio deputado Bolsonaro foi ao local e discutiu com as ativistas. Ele falou com jornalistas pouco antes e disse que, caso seja escolhido para a comissão, não atuará em favor de minorias. "Maioria é uma coisa e minoria é outra. Minoria tem que se calar, se curvar à maioria", disse o deputado. "Eu quero respeitar a maioria, não a minoria". Ele prometeu pautar uma eventual gestão pela defesa da "redução da maioridade penal" e por uma "política de planejamento familiar". "Quero dizer à sociedade que eles foram enganados pelo estatuto do desarmamento e dar uma resposta ao MST, que invade propriedade de quem trabalha", concluiu o deputado.

A ideia original das manifestantes era realizar o ato no Salão Verde da Câmara - local de passagem dos parlamentares que se dirigem ao Plenário -, ao final da reunião do Colégio de Líderes da tarde de hoje. A segurança da Casa, no entanto, não deixou que as jovens ocupassem o espaço e o beijo gay ocorreu no corredor da presidência da Câmara. Maria também disse que outros militantes foram ao Congresso para participar da manifestação, mas seu acesso ao Salão Verde não foi permitido pela segurança.

A Comissão de Direitos Humanos foi alvo de polêmica no ano passado, quando foi presidida pelo deputado Marco Feliciano (PSC-SP), acusado de racista e homofóbico. Durante a sua gestão, o colegiado aprovou diversas matérias que afetaram direitos de homossexuais, o que gerou revolta em entidades de defesa dos direitos humanos. Na troca de cadeiras das comissões prevista para o início deste ano, a presidência da Comissão foi pleiteada por Jair Bolsonaro, que chegou a dizer que, se eleito, os críticos de Feliciano iriam "sentir saudades" do deputado do PSC.

 

Na próxima semana, as comissões técnicas da Câmara dos Deputados definem seus novos presidentes e existe enorme expectativa para saber quem assumirá a Comissão de Direitos Humanos. A comissão foi palco, em 2013, das maiores polêmicas e protestos dentro do Congresso por conta do comando exercido pelo deputado Marco Feliciano (PSC-SP). À frente da comissão, Feliciano trabalhou a favor de bandeiras conservadoras radicais como a "cura gay", que previa tratamento para homossexuais, considerando que essa opção sexual era uma doença. A proposta passou na comissão, mas não prosperou.

O grupo que conseguiu eleger Feliciano agora opera para fazer um sucessor com o mesmo tipo de pensamento. De olho na comissão, o PP se articula, com o apoio dos grupos conservadores da Câmara, para eleger o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). Capitão militar da reserva, Bolsonaro tem mais de vinte anos de atuação dentro do Parlamento criando polêmicas. Já defendeu o fechamento do Congresso, aplaudiu na tribuna do plenário a ditadura militar e não perde oportunidade para engrossar o coro contra conquistas de direitos civis dos homossexuais.

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"Se eu virar presidente da Comissão de Direitos Humanos, as pessoas vão sentir saudades do Feliciano", avisa Bolsonaro em entrevista ao blog de Marcleo de Moraes, no portal Estadão. "Porque, comigo na presidência, não vai adiantar pressão de grupos de defesa de homossexuais dentro da comissão. E quem tem visto minha trajetória no Congresso sabe que, sozinho, eu toco um rebu contra PT, Psol ou qualquer outro partido", diz.

O controvertido deputado, que já teve sua cassação pedida pelos adversários várias vezes pelas ideias que defende, tem uma pauta de propostas polêmicas, caso prospere a negociação política para comandar a Comissão de Direitos Humanos.

"Quero votar a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Por mim, baixaria até para 14 anos, mas estaria sendo hipócrita porque sei que essa proposta não passa".

Adoção de crianças por casais do mesmo sexo também enfrentará a resistência do deputado. "Se depender de mim, vou trabalhar na comissão para não ter isso", afirma.

A metralhadora giratória de Bolsonaro atira contra todos e tem o PT como um dos principais alvos, especialmente em relação aos programas de assistência social.

"O governo não faz planejamento familiar porque acha que quanto mais pobre existir melhor. Porque serão mais eleitores amarrados nos seus programas assistencialistas", ataca.

Bolsonaro também anuncia que vai propor audiências públicas com familiares de militares que morreram durante a ditadura em ações promovidas por guerrilheiros. "Quero dar voz aos parentes dessas pessoas para contarem o que aconteceu naquele período".

Adoção da pena de morte também é outro alvo do parlamentar. "Sei que é uma cláusula pétrea da Constituição. Mas minha vida ou a sua não são cláusulas pétreas e estão sujeitas aos criminosos", diz.

A possibilidade de Bolsonaro assumir a comissão causa preocupação no comando da Câmara, que não quer ver a repetição do palco de confusões que a Direitos Humanos se tornou com Feliciano. A ideia é monitorar a eleição na comissão para garantir que um parlamentar com perfil mais moderado assuma a vaga.

A bancada evangélica na Câmara dos Deputados desistiu de lutar pelo comando da Comissão de Direitos Humanos na Casa, que em 2013 foi presidida pelo deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP).

O motivo é que o PT já sinalizou que pretende reocupar a presidência da comissão, que em 2013 provocou polêmica com projetos apresentados por Feliciano, apontados como de caráter homofóbico. O PT, porém, terá de enfrentar o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que manifestou interesse em presidir a comissão.

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Além do interesse do PT em reocupar o posto - o partido tem preferência em indicar nomes por ser a maior bancada da Casa - outro motivo para a desistência da bancada evangélica é que a cúpula da Casa pretende desmembrar a comissão de Turismo e Desporto em duas, o que possibilita que o PSC presida uma comissão.

"É bom que o PT esse ano dê prioridade a essa comissão. O ano passado não deu", disse o líder do PSC, André Moura. Ele, porém, não revelou se o PSC prefere PT ou PP no comando da comissão. "Se for o PT, vamos respeitar a indicação do PT, mesmo que for alguém contrário ao Marco Feliciano. Se recair ao PP, vamos apoiar a indicação do Bolsonaro do mesmo jeito", disse.

Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 06, ter o amplo apoio de seu partido para indicá-lo à presidência da comissão e o respaldo da bancada evangélica. "Vou compor com o Feliciano", avisou. Para o deputado, o controle da comissão pode dar ao PP a mesma "visibilidade" que o PSC ganhou com a turbulenta gestão do pastor.

O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) conta com a possibilidade da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara "cair no colo" de seu partido e ele suceder o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) no comando do grupo de trabalho. "O PT vai ter de rebolar para tirar essa comissão de mim se ela cair no colo do PP", provocou.

Bolsonaro diz ter o amplo apoio de seu partido para indicá-lo à presidência da comissão e o respaldo da bancada evangélica, esta interessada em manter o domínio sobre a pauta do grupo. "Vou compor com o Feliciano", avisou. Para o deputado, o controle da comissão pode dar ao PP a mesma "visibilidade" que o PSC ganhou com a turbulenta gestão do pastor.

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A cúpula do PT na Câmara chegou à conclusão de que o partido deve retomar o controle da comissão este ano. "Tenho uma preocupação com Direitos Humanos. Não gostaria que acontecesse (este ano) o que aconteceu no ano passado", afirmou no início da semana Vicentinho (SP), novo líder do partido na Casa, durante a primeira reunião da bancada comandada por ele. O PT tem direito a escolher a presidência de três comissões e a prioridade absoluta para os petistas é a de Constituição e Justiça (CCJ), considerada a mais importante do Parlamento.

Após tomar conhecimento do interesse de Bolsonaro pela comissão, a preocupação dos petistas e dos deputados que atuam na área aumentou mais. "Então já atingi meu objetivo: desgastar o PT", ironizou o parlamentar do PP. Ele admite que o foco do seu partido é conseguir o controle da Comissão de Minas e Energia, mas acredita que há chances da sigla presidir Direitos Humanos. Se isso acontecer, Bolsonaro diz que colocará em discussão temas como a redução da maioridade penal e a redução da idade para que mulheres possam se submeter à cirurgia de laqueadura. "Vou apertar o pé no acelerador", disse.

Integrantes da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal constataram, nesta segunda-feira (13), durante visita a São Luís, a situação “deprimente e caótica” do sistema prisional no Estado do Maranhão e defenderam medidas urgentes para resolver o problema.

Os senadores se reuniram com representantes da sociedade civil na sede da OAB estadual pela manhã e depois seguiram para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, onde um motim em dezembro passado deixou quatro mortos, três deles decapitados.

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Para os parlamentares, o descaso com a aplicação da lei de execução penal tem sido um dos principais indutores das revoltas dos detentos. São incontáveis os casos de pessoas que já cumpriram suas penas e continuam presas e os daqueles que já teriam direito à progressão do regime, mas ainda não obtiveram o benefício.

“Nós devemos encaminhar solicitação de um mutirão federal para dentro da penitenciária. Há presos provisórios e presos com penas pequenas, e outros que já cumpriram quase toda a pena e não recebem nenhum tipo de beneficio de progressão”, defendeu o senador Humberto Costa (PT-PE), que integra a comitiva.

Somente em 2013, foram 60 mortes e 169 fugas ocorridas em Pedrinhas, que hoje abriga 2.196 presos, 23% a mais do que a capacidade de 1.770 detentos. A superlotação também é tida como um fator gerador das constantes rebeliões.

Para os membros da CDH, a medida de intervenção federal no complexo penitenciário deve, por enquanto, ser descartada até que haja uma avaliação mais precisa de todo o quadro.

“O que precisamos é aquilo que o Governo Federal procurou fazer desde a semana passada com entendimento com o Governo do Estado: ações conjuntas com a soma de esforços e ações para que possamos encontrar soluções para o sistema aqui do Maranhão e que também podem servir plenamente para outros Estados”, avaliou Humberto, que, juntamente com os demais representantes da Comissão, encontrou-se com a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), no início da noite desta segunda-feira (13).

Além de Humberto, também integram a comitiva os senadores (PT-ES), João Capiberibe (PSB-AP), João Alberto Souza (PMDB-MA), Lobão Filho (PMDB-MA) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

Presidida pelo deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP), a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara aprovou ma tarde desta quarta-feira (18), o projeto de lei que cria cotas raciais no funcionalismo público e estendeu a política afirmativa para os cargos comissionados. O colegiado ainda incluiu na proposta uma emenda que destina 75% das vagas reservadas aos cotistas para negros que tenham cursado o ensino médio em escola pública.

De autoria do Executivo, a proposta de cotas no funcionalismo público prevê que 20% dos postos disputados em concursos públicos da administração federal, de autarquias, fundações públicas e de empresas sob o controle da União sejam reservadas para negros. A ação afirmativa terá vigência de 10 anos e terá direito à política de cotas o candidato que se autodeclarar preto ou pardo no ato da inscrição do concurso público, conforme quesitos utilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).

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Apoiador da redação na Comissão de Direitos Humanos, o pastor Marco Feliciano foi acusado de racismo por declarações na rede social Twitter publicadas em 2011. Na ocasião, Feliciano escreveu: "africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é polêmica". Em seguida, em outra mensagem, ele afirmou que "sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, Aids. Fome(sic)". O pastor nega as acusações de racismo.

"A proposta (de cotas no funcionalismo) é meritória, porque tenta trazer uma igualdade depois de 300 anos de escravidão", argumenta Feliciano, que preside hoje sua última sessão à frente da Comissão de Direitos Humanos. Ele incluiu em seu parecer, votado pela Comissão há pouco, a determinação de que as cotas de 20% para os negros também se apliquem para os cargos comissionados, que são de confiança e de livre nomeação. "Devido à relevância e ao grande número de cargos comissionados na administração pública federal, não faz sentido deixá-los de fora do alcance de uma política de ação afirmativa para o provimento de cargos do Poder Executivo", escreveu Feliciano em seu parecer.

Na sessão desta tarde, os deputados Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Marcos Rogério (PDT-RO) criticaram o projeto. Bolsonaro argumentou que as cotas no funcionalismo público vão prejudicar "pessoas pobres que nasceram com pele clara". "Estão alimentando o ódio entre negros e brancos", criticou o parlamentar. "A prova do concurso público não discrimina ninguém, as oportunidades são iguais para todos. O critério para o concurso público é a meritocracia", emendou Marcos Rogério.

Cotas - No ano passado, a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei de cotas nas universidades, que terão até 2016 para reservar 50% das vagas a estudantes que cursarem integralmente o ensino médio em escola pública.

Agora aprovado pela Comissão de Direitos Humanos, o projeto das cotas no funcionalismo público ainda deve ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Por tramitar com urgência constitucional, no entanto, ele pode ser apreciado diretamente pelo Plenário da Câmara. Depois, precisa ir ao Senado Federal.

O motorista aposentado Josias Nunes de Oliveira voltou a chorar nesta segunda-feira, 4, ao contar que representantes da ditadura militar tentaram fazer com que ele assumisse a culpa pelo suposto acidente automobilístico que resultou na morte do ex-presidente Juscelino Kubitscheck, em agosto de 1976. Oliveira, que completa 70 anos nesta quarta-feira, 6, era motorista de ônibus na ocasião e foi absolvido no processo em que foi acusado pelo fato. Ele prestou depoimento à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e confirmou que chegou a receber a oferta de "uma mala de dinheiro" para que assumisse a culpa.

"Não era pasta, não. Era mala mesmo. Disseram que se eu não pegasse (o dinheiro) aquilo ia render. Tentaram me comprar, mas não conseguiram", disse o aposentado, também já ouvido pela Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo. Chorando, ele contou também ter sido intimidado pelo delegado encarregado do caso e pelo juiz Gilson Vital Vitorino, que presidiu o processo sobre o caso em primeira instância, na comarca de Resende (RJ). Pela versão oficial divulgada pelo governo militar, o ônibus dirigido por Josias Oliveira bateu no Opala no qual estava JK e o carro do ex-presidente atingiu um caminhão na contramão. O motorista Geraldo Ribeiro também morreu na ocasião.

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Na audiência desta segunda estavam presentes também o presidente da Comissão paulistana, vereador Gilberto Natalini (PV), e os advogados Márcio Santiago e William Santos, da Comissão da Verdade da seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que encaminharam a documentação sobre a morte de JK para a Comissão Nacional da Verdade par que o caso seja novamente investigado, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo em maio. A suspeita é de que o acidente tenha ocorrido após Geraldo Ribeiro ser baleado na cabeça. A exumação do corpo do motorista e amigo pessoal do ex-presidente realizada em 1996 mostrou que ele tinha uma perfuração no crânio que a perícia alegou ter sido provocada por um prego do caixão. Um fragmento metálico foi encontrado, mas a peça teria desaparecido.

Oliveira contou que cinco anos após o caso pediu demissão, foi aposentado por invalidez e se separou da família. E disse que chegou a ser acusado até pelos colegas da Viação Cometa, onde trabalhava quando ocorreu o caso. "Eu ouvia de colegas que matei JK. Para mim, o Brasil só teve dois presidentes: Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek", desabafou. Ao fim da audiência, o presidente da Comissão de Direitos Humanos do Legislativo mineiro, deputado estadual Durval Ângelo (PT), afirmou que encaminhará à Comissão Nacional da Verdade pedido para que o governo federal faça um pedido forma de desculpas ao aposentado, que hoje vive em um abrigo para idosos em São Paulo. "Vamos pedir também o reajuste da aposentadoria de seu Josias", afirmou. Para o ex-motorista, porém, "nada paga" o que ele passou devido ao caso.

Depois da aprovação da Cura Gay pela Comissão de Direitos Humanos, liderada pelo deputado Marcos Feliciano, a atriz Thammy Miranda usou suas redes sociais para protestar. Ela postou uma imagem acompanhada com um texto em que se mostra indignada e usou da ironia para mostrar sua indignação com o projeto.

"Venho por meio desta comunicar q estou impossibilitada de trabalhar. To doente desde q nasci e aos 30 anos ainda nao consegui minha cura! Preciso da ajuda do governo para pagar minhas contas e sustentar os meus luxos. Me coloco tbm a disposição do Deputado em questão a me curar, pois nao sei mais o q vou fazer da vida com essa minha doença q ja dura 30 anos! Peço a ele tbm, bolsa desemprego, bolsa alimento, bolsa gasolina, bolsa balada, bolsa cabeleireiro, bolsa imposto. Pq to muito doente e nao posso nem sair na rua, da q eu passo isso pra alguém? Vai q é contagioso e todo mundo "fica" gay por minha culpa? "FICA" ne? Pq se é doenças, eu nao sou gay e sim "ESTOU" gay... Enfim DEPUTADO, estou ansiosamente no aguardo do seu contato, pois quero muito me curar! Nao sei se consigo viver mais 30 anos com essa doença! #vapaputaqopariu #semnoção #homofobicodocaralho #issoévandalismotambem #animalirracional", escreveu a atriz.

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