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Inflação em alta e endividamento elevado vão tirar neste ano o fôlego das compras da classe B, o estrato social mais importante no consumo das famílias do País. A participação de domicílios com renda média mensal entre R$ 3,7 mil e R$ 7,4 mil no bolo total dos gastos com produtos e serviços de R$ 2,8 trilhões projetado para este ano deve ser de 48,5%, aponta estudo da IPC Marketing, consultoria especializada em avaliar o potencial de consumo. Em 2012, essa fatia havia sido de 50%.

Além de perder participação no total de compras nos 5 mil municípios do País, a classe B será praticamente o único estrato social que vai ter uma expansão de gastos com compras abaixo da média da população brasileira. O consumo total deve crescer neste ano 9,9% em relação ao de 2012. Já o da classe B deve subir 6,6%, sem descontar a inflação.

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O estudo foi feito com base em um modelo desenvolvido pela consultoria que leva em conta números dos censos e pesquisas do IBGE e fontes secundárias. O pano de fundo é a alta de 3% do PIB e inflação de 5,7%.

"A classe B neste ano está mais pobre do que em 2012 na sua capacidade de fazer novas compras, apesar de ter aumentado o número de domicílios urbanos nesse estrato social", afirma Marcos Pazzini, diretor do IPC Marketing e responsável pelo estudo. De 2012 para 2013, a classe B foi ampliada em um pouco mais de 300 mil domicílios.

Ele explica que, de um ano para outro, a classe B "exportou" domicílios para a classe A, que ampliou em 11,6% sua capacidade de consumo. Ao mesmo tempo, a classe B recebeu novas famílias, egressas da classe C. Elas ascenderam socialmente pela aquisição de bens, patrocinada pela abundância de crédito, mas sem ter renda compatível com essa capacidade de compra.

Isso ocorre porque o Critério Brasil, da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa (Abep) e adotado pelos institutos de pesquisas, leva em conta a posse de bens e o nível de escolaridade do chefe da família para estratificar socialmente os domicílios. Exemplo: as casas de classe B têm duas TVs, um carro e um banheiro. Na classe A, o número de TVs e de carros dobra e de banheiros triplica. Pazzini diz que criou uma estratificação social de renda média familiar correspondente à posse de bens para se ter uma ideia mais concreta do perfil dessa população.

O descompasso entre a posse de bens da classe B e a renda faz acender a luz amarela. "Se a inflação disparar, teremos problemas para todos, mas principalmente para a classe B", diz Fábio Pina, assessor econômico da Fecomércio-SP.

Entre setembro de 2012 e março de 2013, cresceu de 36,2% para 47,3% a fatia de famílias endividadas com renda superior a 10 mínimos. Em igual período, o índice de famílias de renda menor endividadas caiu de 56,8% para 53,6%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As famílias ficaram menos inclinadas a ir às compras em abril, segundo a Pesquisa Nacional de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), divulgada nesta segunda-feira, 16, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A queda na propensão ao consumo foi de 1,2% em relação a março e de 3,8% na comparação com abril de 2012. Ainda assim, o ICF permaneceu em patamar elevado neste mês, aos 130,6 pontos, indicando um nível ainda favorável.

Segundo a CNC, a inflação tem comprometido uma parcela maior do orçamento das famílias, que ainda se encontram bastante endividadas. Em abril, todos os componentes do indicador registraram queda em relação a março, incluindo os relativos ao mercado de trabalho.

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A CNC aponta que a atividade econômica ainda em ritmo lento e o menor crescimento da renda, afetada pelas pressões inflacionárias, estão comprometendo a confiança do consumidor em relação ao emprego. A avaliação sobre o emprego atual piorou 0,9% em relação a março, enquanto a perspectiva profissional teve queda de 2,0%, e a percepção sobre a renda atual caiu 0,4%.

Quanto aos componentes de consumo, o item compras a prazo recuou 2,5%; o item referente ao nível de consumo atual caiu 0,7% e o sobre a perspectiva de consumo teve piora de 0,7%.

O comércio de medicamentos pode movimentar R$ 70 bilhões este ano, 12% a mais do que em 2012. Os dados são da pesquisa de demanda Pyxis Consumo, do Ibope Inteligência. O instituto projeta que o gasto de cada brasileiro com remédios no ano pode alcançar em média R$ 430,92.

De acordo com o estudo, a classe C pode responder por quase metade do consumo no País, com potencial de R$ 32 bilhões, 45% do total esperado para 2013. Já a classe B deve gastar R$ 24 bilhões neste ano, enquanto o estimado para as classes D e E é R$ 8,6 bilhões. A estimativa para a classe A é de R$ 6,6 bilhões.

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Na análise por região, o estudo aponta que o Sudeste é onde o consumo deverá ser maior - R$ 37 bilhões ou 52% do total. As regiões Sul, com R$ 12 bilhões (16%), e Nordeste, com R$ 13 bilhões (18%), vêm em seguida. Apesar do maior volume no Sudeste, o Sul apresenta o maior consumo por habitante, de R$ 494,71, enquanto no Sudeste o valor é de R$ 483,09, e no Centro-Oeste, de 441,89.

O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), divulgado nesta terça-feira pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), caiu 4,3% em março ante fevereiro, registrando retração pelo terceiro mês seguido. O indicador baixou para 129,6 pontos, recuo de 9% na comparação com março de 2012. Foi o menor valor desde setembro de 2009, quando o ICF alcançou 127,8 pontos.

Em nota distribuída à imprensa, a federação afirmou que as famílias ainda estão dentro do campo de satisfação elevada, já que o indicador aponta otimismo quando acima dos 100 pontos.

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De acordo com a FecomercioSP, os juros para o consumidor permanecem nos menores níveis históricos, mas mesmo assim as famílias estão mais cautelosas em relação a endividamento por causa dos recentes aumentos de preços e possíveis impactos no emprego.

Período de maior consumo de chocolate no país, a Páscoa é para muitos sinônimo de excessos. Chocólatra assumida, Milena Roças da Silva, come o doce todos os dias. “Pelo menos um bombonzinho”, contou. “Evito comer outras coisas para ter essa dose diária de chocolate”, disse, ciente que não é aconselhado em uma dieta saudável. Entretanto, o chocolate pode fazer muito bem e, inclusive, pode ser ingerido todos os dias se tiver pelo menos 70% de cacau, segundo o nutrólogo Mohamad Barakat.

“Dentro do cacau existem elementos, chamados polifenóis, que são fundamentais para estabilizar a membrana de todas as células. São poderosíssimos antioxidantes, corrigem os radicais livres que danificam os tecidos. O chocolate com 70% de cacau, o amargo, tem quase o triplo de polifenóis que o chocolate ao leite”, explicou o médico. Barakat informou que a maioria dos chocolates ao leite têm menos de 10% de cacau.

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Outro conselho para uma Páscoa sem culpas é a moderação. “Indico ao meus pacientes 30 gramas diárias de chocolate para proteção cardíaca e para gerar saciedade", disse.

Comer em doses pequenas para Milena é um conselho que dá para seguir, já o chocolate amargo: “Já experimentei. É ruim, é forte. Não consigo comer esse, não”.

O nutrólogo admitiu que o gosto do chocolate amargo não agrada a todos. “Um exercício que dou aos meus pacientes que não estão habituados ao chocolate amargo, mas querem mudar seu estilo [de vida], é que comam todos os dias um pedacinho de chocolate amargo misturado com uma uva passa, um damasco, uma castanha e vão comendo, misturando cada um deles, adocicando”, orientou. “Ao habituar o cérebro e as papilas a esse sabor, passamos a ter prazer”.

Barakat lembrou que o cacau também tem cafeína, tiramina e teobromina, estimulantes que melhoram o funcionamento do cérebro, aprimorando o raciocínio.

O comércio mantém o otimismo com as vendas em 2013, apesar da confiança do consumidor estar caindo neste início de ano. Mesmo após a queda de 2,5% da pesquisa de "Intenção de Consumo das Famílias", a Confederação Nacional do Comércio (CNC) mantém em 6,5% a expectativa de crescimento das vendas neste ano, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC).

"Esperávamos entrar o ano em um ritmo mais forte. O processo de recuperação é lento. O cenário é moderado, mas ainda positivo", afirmou o economista da CNC Bruno Fernandes. Os principais desafios neste ano serão o endividamento das famílias e o comportamento da inflação, disse ele.

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A expectativa do economista, no entanto, é de que os preços percam o ritmo nos próximos meses, concluída a fase de pressão dos alimentos e de outras altas pontuais típicas do início do ano, como o reajuste das mensalidades escolares.

A inflação preocupa mais pelo efeito sobre o orçamento das famílias mais pobres, cuja renda é mais comprometida com a compra de alimentos, ressaltou o economista. Como consequência, esse mesmo grupo tende a consumir menos bens duráveis do que os demais consumidores, o que se agrava ainda mais sem os programas de incentivo ao consumo, como o de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis.

Os consumidores estão menos dispostos a ir às compras, revelou a pesquisa "Intenção de Consumo das Famílias" (ICF), divulgada há pouco pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). A intenção de consumo recuou 2,5% (132,2 pontos) de fevereiro para março e também na comparação com igual mês de 2012.

"A manutenção de um nível ainda elevado de endividamento e inadimplência, maiores pressões inflacionárias e o fim das desonerações fiscais impediram um aumento da confiança das famílias no período", informou a CNC, em nota oficial.

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Além disso, a instituição atribuiu a um menor otimismo com o mercado de trabalho a piora do indicador neste mês. Ainda assim, o ICF se mantém acima da zona de indiferença (100,0 pontos), o que a confederação classifica como "um nível favorável de consumo".

A pesquisa revela que, se comparado ao mês anterior, o grupo de consumidores de mais baixa renda, de até dez salários mínimos mensais, foi o que demonstrou maior recuo do ICF (-2,8%). Já as famílias com renda acima de dez salários mínimos apresentaram variação negativa de 0,9%.

Mesmo diante de estatísticas menos animadoras, a CNC destaca que "a sustentação do cenário favorável para o mercado de trabalho, com baixa taxa de desemprego e ganhos reais positivos, além do ritmo mais moderado da economia, poderá impactar positivamente o nível de endividamento e inadimplência, impulsionando o consumo ao longo de 2013".

Em comparação a fevereiro, os dados regionais revelaram ainda que o recuo do índice nacional foi puxado principalmente pelas capitais do Sudeste e do Norte, que registraram variação de -3,8% e -3,6%, respectivamente.

No Dia Nacional do Consumidor, o governo federal adotou um conjunto de medidas para garantir a melhoria na qualidade de produtos e serviços e incentivar o desenvolvimento das relações de consumo. Na manhã desta sexta-feira (15), a presidente Dilma Rousseff lançou o Plano Nacional de Consumo e Cidadania, que prevê a formação de comitês técnicos para avaliar os serviços e garantir a boa qualidade do atendimento ao consumidor, a ampliação das decisões tomadas nas esferas dos Procons e a regulamentação do comércio eletrônico.

“Produtores, comerciantes e consumidores, nós todos estamos conectados através de laços visíveis e invisíveis. Para que esses laços se fortaleçam e a coesão nas relações de consumo seja mantida, é preciso equilíbrio, transparência, honestidade e senso de justiça”, enfatizou a presidente durante a cerimônia de lançamento no Palácio do Planalto, em Brasília.

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Entre as ações, está a formação de uma Câmara Nacional de Relações de Consumo, com a participação dos ministros da Justiça, da Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, do Planejamento e da Casa Civil da Presidência da República. Em dias, essa câmara deverá criar uma lista de produtos essenciais ao consumidor. Assim, qualquer problema verificado pelo consumidor em produtos incluídos nessa lista, desde que estejam na garantia, terá que ser solucionado imediatamente pelo fornecedor.

Também estão sendo criados três comitês técnicos: o responsável por medidas que visem à redução de conflitos, um para atuar no aprimoramento dos serviços de atendimento aos turistas nacionais e estrangeiros e outro que terá função de melhorar os procedimentos de atendimento ao consumidor e criar indicadores de qualidade das relações de consumo.

O plano também visa que os acordos feitos em todos os Procons serão considerados títulos executivos judiciais. Um projeto de Lei será enviado ao Executivo para análise do Congresso Nacional. Quando aprovada, a norma promoverá a melhoria na qualidade de serviços e produtos, além de reduzir o número de conflitos entre fornecedores e consumidores que chegam ao Judiciário.

A presidente também assinou um decreto sobre comércio eletrônico, que ao mesmo tempo garante o direito a informações claras e objetivas sobre produtos, serviços e empresas fornecedoras e cria procedimentos claros sobre o exercício do direito de arrependimento e obriga à criação do canal de atendimento ao consumidor.

O governo federal também incluiu no plano resoluções do Conselho Monetário Nacional que obrigam as empresas a informar a diferença de custos das tarifas bancárias individualizadas e nos pacotes. Os bancos também ficam obrigados a destacar a composição dos custos nas operações de crédito e de câmbio. Um outro regulamento simplifica as regras para atendimento, cobrança e oferta de serviços de telecomunicações.

Impulsionado pela forte demanda das termelétricas, acionadas a plena capacidade para recuperar o nível dos reservatórios das hidrelétricas, o consumo de gás natural no Brasil somou 70,05 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d) em janeiro de 2013, aumento de 56,8% frente aos 44,66 milhões de m3/d apurados em igual mês de 2012. Apesar disso, os dados divulgados pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) mostram uma queda na demanda dos principais mercados, como o industrial, o residencial, o automotivo e o de cogeração.

Segundo as informações da entidade, o consumo térmico de gás cresceu significativamente em janeiro de 2013 frente a igual mês de 2012, de 6,29 milhões de m3/d para 29,58 milhões de m3/d. Em função do nível baixo dos reservatórios das hidrelétricas no início de 2013, o menor dos últimos 12 anos, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) determinou o acionamento de todas as termelétricas disponíveis para garantir o abastecimento de energia elétrica. Para viabilizar a operação dessas usinas, a Petrobras tem recorrido à importação de gás natural liquefeito (GNL) no mercado internacional a preços bastante elevados.

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A linha "outros" do consumo de gás também foi bastante influenciada pela demanda térmica. Essa linha inclui, na classificação da Abegás, o "serviço de distribuição", que é o fornecimento de gás só remunerado pelos serviços de operação e manutenção da rede, sem o faturamento do insumo. A associação explicou que duas térmicas estão nessa situação: William Arjona (MS), da Tractebel, e Araucária (PR), da Petrobras, que usam as redes da MSGás e Compagás, respectivamente, para receber o insumo. Por causa disso, a linha "outros" teve alta de 1769% no período, passando de 207,3 mil m3/d para 3,874 milhões de m3/d.

Em contrapartida, a Abegás reportou redução de 2,53% no consumo de gás pela indústria no mesmo período de comparação, para 27,22 milhões de m3/d. A associação também informou que o segmento de cogeração, cuja dinâmica também está relacionada ao desempenho das indústrias, teve queda de 18,7% no intervalo, para 2,40 milhões de m3/d. Outro mercado de grande volume que teve retração foi o do gás natural veicular (GNV), cujas vendas caíram 5,23%, para 4,90 milhões de m3/d.

As distribuidoras estaduais também apuraram queda de 7,64% no consumo de gás residencial, para 655 mil m3/d. Contudo, a demanda pelo insumo no segmento comercial teve ligeira alta de 1,4%, para 655,1 mil m3/d. O consumo de gás natural como matéria-prima, usado em segmentos como petroquímico e fertilizantes, teve aumento de 2,03%, para 763 mil m3/d.

Entre os Estados, o Rio de Janeiro liderou o consumo de gás, com um volume de 23,23 milhões de m3/d. Em seguida veio São Paulo, com uma demanda de 17,43 milhões de m3/d. Em terceiro lugar veio a Bahia, com 4,3 milhões de m3/d, seguida por Minas Gerais, com 4,23 milhões de m3/d, e Pernambuco, com 3,19 milhões de m3/d.

O consumo aparente de combustíveis cresceu 6,1% em 2012, em relação a 2011, para 129,677 bilhões de litros, informou nesta quinta-feira a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).

O consumo de óleo diesel cresceu 7% em 2012, contra 2011, para 55,9 bilhões de litros. Já a venda de gasolina C aumentou 11,9% para 39,7 bilhões de litros.

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O consumo de etanol anidro recuou 0,2% e o biodiesel cresceu 7%, sempre na mesma comparação.

O consumo de gás liquefeito de petróleo (GLP) aumentou 0,5%, para 12,9 bilhões de litros. O QAV, querosene para aviação, teve o consumo ampliado em 4,8%, para 7,29 bilhões. No óleo combustível houve alta de 7,1%, para 3,9 bilhões de litros.

O consumo total de energia elétrica no Brasil cresceu 5,4% em janeiro sobre igual mês de 2012, alcançando 38.311 gigawatts-hora (GWh) frente aos 36.354 GWh anteriores. De acordo com dados divulgados nesta terça-feira pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o resultado foi impulsionado pelo consumo residencial (+11,4%) e do setor de comércio e serviços (+11,1%).

No acumulado de 12 meses, o consumo ultrapassou 450 mil GWh, com crescimento de 3,9% ante o mesmo intervalo anterior, quando foram registrados 433 mil GWh.

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O consumo residencial teve o maior crescimento da classe desde 2005. Com expansão de 11,4%, passou de 9.794 GWh para 10.912 GWh na mesma base de comparação. A EPE atribuiu a alta às temperaturas elevadas por vários dias, neste início de ano. Segundo a empresa, o período do verão só agora foi percebido nas estatísticas, devido à composição dos lotes de medição das distribuidoras.

Pelo mesmo motivo, o consumo comercial também avançou, de 6.477 GWh para 7.195 GWh, conforme a EPE. A empresa destacou que essa classe manteve o ritmo do final de 2012, em especial do quarto trimestre, quando o crescimento havia sido de 10% sobre o mesmo período do ano anterior.

O consumo industrial, por sua vez, teve queda de 2% no mês passado na comparação com um ano antes, de 14.599 GWh para 14.306 GWh. Em relatório, a EPE explicou que "a queda no consumo está em linha com as estatísticas da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre a atividade industrial: emprego, número de horas trabalhadas e utilização da capacidade instalada ainda estão em níveis inferiores aos do ano anterior".

Quase um terço dos adultos na Grã-Bretanha parou de consumir alimentos prontos devido ao escândalo da carne de cavalo, enquanto 7% pararam de comer qualquer tipo de carne, segundo uma pesquisa publicada no último domingo. A pesquisa da ComRes, encomendada pelos jornais Sunday Mirror e The Independent on Sunday, mostrou que 31% dos adultos pararam de consumir alimentos prontos.

De acordo com a pesquisa, 53% dos entrevistados é favorável à proibição da importação de todos os produtos de carne até que sua origem seja verificada. Cerca de 44% consideraram que o governo britânico respondeu bem à crise, enquanto 30% discordaram.

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Na sexta-feira, a Agência de Padrões de Alimentos (FSA, na sigla em inglês) do país informou que 29 das 2.501 amostras de carne bovina testadas no Reino Unido recentemente continham DNA equino. As informações são da Dow Jones.

Garçons de braços cruzados à espera de clientes. Atendentes de lojas que matam o tempo enviando mensagens pelas redes sociais. Pontos comerciais - em ruas movimentadas - que permanecem com os cartazes de "aluga-se" há meses. Cinemas, onde antes era preciso chegar com antecedência para conseguir ingresso para uma poltrona livre, agora com lugares vazios. Este é o panorama de crescente esfriamento do consumo da classe média portenha, segundo o acompanhamento que o jornal O Estado de S. Paulo realiza há meses nos bairros de classe média da capital argentina. No domingo (7), o jornal portenho La Nación publicou um levantamento próprio, indicando que o consumo em táxis, cabeleireiros e restaurantes registrou quedas de até 30% na capital do país.

Embalados por um clima de preocupação com a crescente inflação, os portenhos estão novamente desconfiados em relação ao futuro. Esse clima é refletido na pesquisa mensal do índice de confiança do consumidor elaborada pelo Centro de Investigação de Finanças (CIF) da Universidade Di Tella, que indicou que em janeiro houve uma queda de 18,3% em comparação com o mesmo mês de 2011.

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O índice, com poucos momentos de alta nos últimos 12 meses, está em queda persistente desde janeiro de 2012, quando a presidente Cristina Kirchner intensificou sua cruzada antidólar, que provocou restrições quase totais aos argentinos para a compra de dólares, o principal refúgio da classe média para os momentos de alta inflacionária.

No entanto, o governo nega a disparada da inflação e sustenta que a alta de preços no ano passado foi de apenas 10,8%. Mas economistas, empresários e sindicalistas acusam o governo de falsificar as estatísticas e dizem que a inflação em 2012 foi de 25%.

Apesar de negar a alta inflacionária, o governo Kirchner, para tentar conter os preços, impôs aos supermercados um congelamento de preços por dois meses. Além disso, no último final de semana, informações no âmbito político em Buenos Aires indicaram que a presidente Cristina - cuja aprovação popular está em queda - está preocupada com a inflação, já que isso poderia complicar o desempenho do governo nas eleições de outubro. Por esse motivo, a Casa Rosada estaria consultando economistas de fora do governo, embora alinhados com a presidente, para avaliar alternativas para o combate à inflação.

Os economistas afirmam que o banco central está dando sinais de conter a expansão monetária, já que em janeiro a entidade monetária colocou 19,8 bilhões de pesos a menos. Além disso, o governo também está reduzindo os subsídios que há anos concede às empresas privadas de transporte público. Informações extraoficiais também indicam que a Casa Rosada estaria avaliando o prolongamento do congelamento de preços, em vigência até o dia 1.º de abril. Na semana passada, a subsecretária de defesa da concorrência, Maria Lucila Colombo, destacou que após o congelamento de preços o governo recorreria a "outras ferramentas". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após 119 dias em vigor, o horário de verão terminou à meia do sábado (16) em 11 Estados e no Distrito Federal. A medida provocou a redução de 4,5% no consumo de energia no horário de pico em todo o País, ou seja, uma queda na demanda por eletricidade de cerca de 2.477 megawatts (MW), segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Os relógios devem ser atrasados em uma hora.

Em 2012, quando a medida ficou em vigor duas semanas a mais, a redução no consumo foi de 2.555 MW. Ainda de acordo com o ONS, como as usinas termelétricas estavam em pleno funcionamento, a medida contribui para recuperar os reservatórios de água das hidrelétricas.

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O governo calcula que aproximadamente R$ 200 milhões deixaram de ser gastos no período, conforme nota do ONS.

O horário brasileiro de verão, que acaba à zero hora do próximo domingo (17), contribuiu para a redução da demanda por energia no horário de ponta - entre 18h e 21h - em 2.477 megawatts (MW), de acordo com dados do Operador Nacional do Sistema (ONS). O valor corresponde a 4,5% da demanda máxima dos Estados que adotaram o horário diferenciado desde 21 de outubro de 2012.

No sistema Sudeste/Centro-Oeste, a diminuição foi de 1.858 MW, enquanto no sistema Sul a redução foi de 610 MW. Já no sistema Norte, a demanda foi menor em apenas 9 MW, correspondentes ao Estado do Tocantins.

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Na temporada anterior (2011/2012), a redução obtida no horário de ponta foi semelhante, de 4,6% em todas as regiões participantes. O porcentual é o mesmo quando se contabiliza os últimos dez anos de horário de verão no País.

Segundo o ONS, a economia feita no sistema Sudeste/Centro-Oeste representa duas vezes e meia a carga no horário de ponta de Belo Horizonte, enquanto a economia no sistema Sul corresponde a 75% da demanda de Curitiba.

"A redução da demanda no horário de ponta possibilita um aumento da segurança operacional, em decorrência da diminuição dos carregamentos na rede de transmissão, uma maior flexibilidade operativa para realização de manutenções, redução de cortes de carga em situações de emergência no sistema elétrico e a diminuição dos custos de operação do Sistema Interligado Nacional", avaliou em nota o Ministério de Minas e Energia.

Em seis anos, o gasto com serviços de cabeleireiros no Brasil cresceu 44%. O país já ocupa o terceiro lugar no consumo de produtos de beleza, atrás dos Estados Unidos e Japão. Em termos de inovação, o país também não fica atrás.

Com nove lojas na cidade, a rede Beleza Natural surgiu da inventividade de Heloísa Assis, conhecida como Zica, que buscou produtos para tratar seus cabelos crespos. Depois de dez anos de pesquisa, Zica encontrou uma fórmula para relaxar e dar aos cachos aparência natural.

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A primeira loja foi aberta em 1992 e hoje a rede especializada em cabelos crespos e ondulados conta com 1.500 colaboradores. De acordo com a gerente-geral de Desenvolvimento Humano do Beleza Natural, Ana Claudia Venturini Rizzetom, todos os profissionais da rede são treinados antes de começar a trabalhar.

“Hoje temos um padrão de processos, com o atendimento segmentado em nossos salões. Isso facilita a capacitação de profissionais. Todos são treinados antes de entrar na empresa. Nossa seleção é mais focada em valores e atitudes do que em experiência. Cerca de 90% das pessoas que selecionamos são para o primeiro emprego e 70% das meninas são clientes que já conhecem nossa cultura e o resultado do produto”.

Além de ter uma fábrica própria para os produtos, Ana explica que a rede padronizou os processos. “A Zica acompanha e opina o tempo todo. Mas hoje temos todas as técnicas inventadas e padronizadas por ela em manuais e treinadoras capacitadas. Acredito que estamos à frente neste mercado, pois somos especializados e cada produto, cada serviço, cada novidade [são pensados e formatados] depois de ouvir nossas clientes”.

O uso mais forte das usinas termelétricas já se reflete no consumo global de petróleo e derivados no Brasil. Com represas baixas e a maior participação das usinas a diesel na produção elétrica, o Brasil ultrapassou a Arábia Saudita e chegou ao sexto lugar no ranking dos maiores consumidores de petróleo no mundo em outubro. A menor mistura de etanol à gasolina também reforçou a demanda. As informações constam de relatório divulgado nesta sexta-feira pela Associação Internacional de Energia (AIE).

Segundo o documento divulgado nesta manhã em Paris, o Brasil consumiu média de 3,193 milhões de barris por dia em outubro, volume 9,3% maior que o visto um ano antes. Atrás do Brasil, a Arábia Saudita consumiu média de 3,116 milhões de barris no mesmo mês. Assim, o Brasil ficou em sexto no ranking liderado pelos Estados Unidos, China, Japão, Índia e Rússia.

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"O Brasil ultrapassou a Arábia Saudita no sexto lugar do ranking dos Top 10 consumidores de petróleo em outubro com o aumento do consumo na comparação mês a mês de 160 mil barris por dia ante uma queda média de 5 mil barris por dia vista nos últimos cinco anos", diz o relatório.

"A demanda por diesel cresceu com o uso adicional na geração elétrica requerido para compensar o suprimento diante das secas nas hidrelétricas", cita o texto. Segundo o relatório, o consumo brasileiro de diesel aumentou, na média, em 75 mil barris por dia em outubro.

Outro fator que aumentou o consumo do petróleo é a gasolina. Segundo a entidade, a menor mistura de etanol ao combustível brasileiro aumentou a demanda pelo derivado de petróleo na frota de veículos. Nesse caso, foram 60 mil barris adicionais no mês para a gasolina.

Para a AIE, os números devem se repetir em novembro, com um crescimento no consumo de cerca de 160 mil barris por dia - comparável ao registrado em outubro. Além do uso em termelétricas e na frota de veículos, a entidade observa que após meses com a atividade mais fraca, a economia apresentou "sinais claros de recuperação no fim do ano", o que também deve aumentar a demanda.

O documento mostra, ainda, que o consumo de petróleo no Brasil deve crescer 2,7% em 2013. Segundo a AIE, o País deve alcançar neste ano consumo médio de 3,089 milhões de barris por dia, média de 80 mil barris diários a mais que o esperado para 2012. Confirmado o número, o Brasil deve retornar à sétima posição no ranking mundial dos maiores consumidores de petróleo este ano, atrás da Arábia Saudita, que deve terminar o ano com 3,167 milhões de barris diários.

Uma pesquisa realizada pelo Procon-PE constatou que em 2012 houve um aumento em quase todos os produtos que compõem a cesta básica do pernambucano, tendo alguns itens sofrido ajuste de até 145%. Ao comparar o preço da cesta em janeiro do ano passado a fim do ano, em dezembro, o consumidor pagou a mais R$ 18,68, pelas mesmas mercadorias.  

Segundo a pesquisa, só no mês de dezembro a cesta básica estava mais cara 0,50% na Região Metropolitana do Recife e nos municípios de Caruaru, 0,20%, Cabo de Santo Agostinho, 0,16% e Vitória de Santo Antão, 0,12%. O estudo foi baseado no antigo salário atual de R$ 678, que apontou o preço médio da cesta em R$261,26 na RMR, R$252,16 em Caruaru, R$ 251,66 em Vitória e R$ 261,74 no Cabo de Santo Agostinho. 

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No referido mês, os itens de alimentação foram os que sofreram maior variação de preço em todas as cidades pesquisadas. Na RMR os itens que mais sofreram variação foram o quilo da batata inglesa, 122,91%, e a cebola, 119,50%.

Já em Caruaru, os produtos que mais variaram foram o café em pó, 94,41%, e o quilo da salsicha avulsa, 74,67%. Em Vitória de Santo Antão, o produto que mais apresentou diferença foi o quilo do alho, 108,86%. A pesquisa completa já está disponível no site do Procon-PE

 

 

 

 

O consumo de gás natural no Brasil cresceu 41,5% em novembro, na comparação com igual mês de 2011, e alcançou a média de 70,9 milhões de metros cúbicos por dia (m?/d), um novo recorde histórico, informou nesta quinta-feira (27) a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). Em outubro o consumo já havia batido recorde, segundo a entidade. A Abegás explica que o alto volume é resultado do acionamento das termelétricas, por causa da atual situação dos reservatórios das hidrelétricas, abaixo do nível esperado para o período.

O consumo de gás para geração de energia elétrica quase triplicou no mês passado, para 28,16 milhões de metros cúbicos diários, ante 10,07 milhões de metros cúbicos/dia apurado um ano antes, de acordo com dados da Abegás. O consumo comercial aumentou 6,86% na mesma comparação, enquanto as indústrias consumiram 2,23% menos no mês passado e as residências diminuíram a demanda em 1,93%. O segmento veicular apresentou retração de 4,2%.

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No acumulado de janeiro a novembro, o consumo de gás natural cresceu 18,2%. Neste mesmo período, os segmentos residencial e comercial mostraram um crescimento de 5,8% e 5,9%, respectivamente. O segmento industrial registra retração de 1% e o segmento veicular tem queda de 1,3%.

A associação também destaca o consumo por região do País, sendo que o Sudeste segue com o maior consumo médio diário, de 49 milhões de metros cúbicos/dia, seguido pelo Nordeste, com 10 milhões de metros cúbicos/dia. As regiões Sul, Norte e Centro-Oeste consumiram 6,9 milhões de metros cúbicos/dia, 2,8 milhões de metros cúbicos/dia e 2 milhões de metros cúbicos/dia, respectivamente.

A produção de alimentos orgânicos no Brasil é vista pelo diretor de Agregação de Valor do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Arnoldo de Campos, como uma grande oportunidade para a agricultura familiar. Campos é um dos debatedores do seminário Brasil Orgânico e Sustentável/ Rio de Janeiro – Impactos da Política Nacional de Agroecologia, que será realizado nesta segunda-feira (19), na capital fluminense.

“Graças ao crescimento da economia, a gente tem um  aumento muito significativo da classe média, e quando a pessoa tem mais renda, fica mais exigente. As preocupações com a saúde, alimentação saudável e livre de agrotóxicos, se intensificam na sociedade. Isso acaba sendo uma boa oportunidade para os agricultores familiares, que têm mais vocação para esse tipo de sistema produtivo”, disse Campos, em entrevista àAgência Brasil.

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Segundo o diretor do MDA, o mercado de produtos orgânicos movimenta hoje, no Brasil, “em torno de meio bilhão de reais”. Esse mercado cresce entre 15% e 20% ao ano e é abastecido por cerca de 90 mil produtores que “têm alguma produção orgânica ou agroecológica”. Desse total, cerca de 85% são agricultores familiares.

Arnoldo de Campos não tem dúvida de que a tendência é a expansão da demanda por produtos verdes. “As redes de supermercados pretendem elevar a oferta de produtos orgânicos porque seus consumidores estão demandando isso. A indústria de alimentos quer ter mais fornecedores com essa característica. Os restaurantes, bares e hotéis cada vez mais querem ter uma parte dos seus cardápios para atender aos clientes que consomem produtos orgânicos”, informou.

O diretor assegurou que há uma demanda em diferentes setores da economia por esse tipo de produto. “É uma demanda crescente que hoje está represada pela oferta ou pela desorganização das cadeias produtivas do setor, que é um setor novo no Brasil”. O seminário vai apresentar as ações do núcleo temático Copa Orgânica e Sustentável.

O evento é promovido pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), por meio do projeto Centro de Inteligência em Orgânicos, e pelo portal Planeta Orgânico, com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

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