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A região Nordeste, hoje a terceira economia do Brasil, já representa o segundo maior mercado em consumo de medicamentos, segundo dados exclusivos da IMS Health compilados pela Associação Brasileira dos Distribuidores de Laboratórios Nacionais (Abradilan).

Apesar de ter a menor renda per capita do País, a região, com 17,3% de participação no consumo, está atrás apenas do Sudeste, que tem 53%. Em seguida estão as regiões Sul (17,2%), Centro-Oeste (8,2%) e Norte (5,4%).

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Os associados da Abradilan acompanharam este aquecimento no Nordeste e, de acordo com a entidade, detém 20% do mercado em unidades vendidas de medicamentos na região. Em relação aos genéricos, os associados ocupam uma fatia de 29% das unidades vendidas.

Para o diretor executivo da Abradilan, Geraldo Monteiro, "o crescimento do consumo nesta região se deve às melhores oportunidades de emprego, possibilitando um aumento na renda da população. Mediante isso, a população do Nordeste passou a ter mais possibilidade de acesso às consultas médicas e consequentemente passou a cuidar mais da saúde".

O "ouro maia" ultrapassa fronteiras e conquista cada vez mais países, principalmente na Ásia, onde o consumo de chocolate e o cultivo de cacau estão em alta, segundo os organizadores do Salão do Chocolate, cuja 18ª edição abrirá as portas na próxima quarta-feira em Paris.

"Quase todos os países do mundo têm hoje um vínculo direto com o chocolate, principalmente os países asiáticos, com seus mercados potencialmente colosssais", dizem Sylvie Douce e François Jeantet, fundadores do salão parisiense.

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Na Ásia o consumo de chocolate, que foi descoberto pelos maias há mais de 14 séculos, está em alta há cerca de 20 anos, principalmente na Índia, Coreia, China e Vietnã. Alguns desses países, como o Vietnã e a Indonésia, começaram também a cultivar o cacau.

Muitos países produtores de cacau se transformaram em grandes consumidores de chocolate, como o Brasil, quinto produtor mundial e sexto país consumidor, dizem os organizadores do salão, que tem versões na América, Europa e Ásia.

Em todo o mundo, o consumo mundial de chocolate chega a cerca de três milhões de toneladas anuais, o que representa de 3 a 4 bilhões de euros em negócios anuais, segundo números divulgados na véspera da abertura do salão, que reúne profissionais, aficionados e gulosos, com até um desfile de vestidos fabricados em chocolate.

Seis multinacionais, Hershey, Mars, Philip Morris, Nestlé, Cadbury e Ferrero, representam cerca de 85% do mercado de cacau e chocolate, segundo as cifras.

Desde os anos 1990, o consumo de chocolate aumentou 25% em média a cada ano no Japão, 30% na China e 20% na Índia, onde mais da metade dos habitantes nunca provou sequer um chocolate. Na Índia, o chocolate consumido contém muito leite e é muito mais doce que na Europa.

"O exemplo mais flagrante (desta alta no consumo de chocolate) é o Japão, que se transformou há dez anos em adepto, e que agora organiza um Salão do Chocolate em sete cidades", disse Jeantet.

Na China, o consumo de chocolate era quase inexistente há 50 anos. Hoje ainda é menos que no Japão ou na Coreia do Sul. Mas alguns especialistas estimam que em dez anos a demanda de chocolate na China será superior à oferta.

Com o crescimento e desenvolvimento econômico do país, os hábitos de consumo dos chineses, principalmente nas grandes cidades, se parecem com os europeus, que descobriram o chocolate há mais de cinco séculos, após a conquista da América.

Desde sua criação, o salão parisiense, que reúne 400 participantes, faz escola: hoje há cerca de 21 salões em todo o mundo dedicados ao chocolate, desde Nova York até Xangai, passando por Lima (Peru), Salvador (Brasil), Moscou (Rússia), Zurique (Suíça) e, claro, Tóquio.

Seul, onde vive um quarto dos 48 milhões de habitantes da Coreia do Sul, lançará em janeiro seu salão, o que reflete a alta do interesse pelo produto.

No Brasil, com cerca de 192 milhões de habitantes, "o mercado de chocolate está em explosão", disse em entrevista à AFP o chef francês Stéphane Bonnat, acrescentando que o consumo no país prefere, há anos, um cacau fino, de grande qualidade.

A Rússia é o maior mercado potencial para o chocolate, com um aumento de 30% há cinco anos. Atualmente, um russo consome somente três quilos de chocolate por ano, muito diferente dos alemães, britânicos ou suíços, que degustam entre dez e 12 quilos por ano.

O crescimento econômico dos Estados Unidos acelerou no terceiro trimestre com um impulso nos gastos do consumidor compensando os primeiros cortes em investimento em mais de um ano por causa da cautela das empresas. O ritmo mais forte de expansão, entretanto, ficou aquém do que seria necessário para reduzir o desemprego, e oferece poucos motivos de comemoração para a Casa Branca antes da eleição presidencial de 6 de novembro.

O Produto Interno Bruto (PIB) se expandiu a uma taxa anual de 2%, informou ontem o Departamento do Comércio, acelerando sobre o ritmo de 1,3% no segundo trimestre. Seria necessário um ritmo acima de 2,5% durante vários trimestres para provocar uma mudança substancial na taxa de desemprego.

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O relatório foi divulgado pouco mais de uma semana antes da eleição, na qual o presidente Barack Obama está tentando derrotar o republicano Mitt Romney.

Desde que saiu da recessão de 2007-2009, a economia tem enfrentado uma série de problemas, da alta dos preços da gasolina aos problemas de dívida na Europa e, recentemente, temores de austeridade do governo dos EUA. O país tem encontrado dificuldade para superar um ritmo de crescimento de 2% e permanece 4,5 milhões de empregos aquém de onde estava quando a contração começou.

Os consumidores, no entanto, deram de ombros aos fortes cortes iminentes nos gastos do governo e impostos mais altos, que devem entrar em vigor no início do ano se não houver ação do Congresso. Eles foram às compras no final do trimestre, adquirindo uma série de bens - incluindo automóveis e o iPhone 5 da Apple. Os gastos do consumidor, que respondem por cerca de 70% da atividade econômica dos EUA, cresceram a uma taxa de 2% após subirem 1,5% no período anterior.

O ritmo mais rápido de gastos aconteceu apesar de uma alta nas pressões inflacionárias com o aumento dos preços da gasolina. Um índice de preços para gastos pessoais subiu a uma taxa de 1,8%, acelerando ante 0,7% no segundo trimestre. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os peixes do litoral da Província de Fukushima - região atingida por terremoto, tsunami e acidente nuclear em março do ano passado - continuam apresentando níveis de radioatividade que os tornam impróprios para o consumo, de acordo com as rígidas normas de segurança estabelecidas pelo próprio Japão. A situação dos peixes é sinal, segundo artigo publicado hoje na revista Science, de que a usina nuclear continua a vazar contaminantes radioativos no oceano. Desde o acidente, o governo japonês tem feito monitoramentos mensais em amostras de peixes, crustáceos e algas marinhas coletadas em Fukushima e nas províncias vizinhas. Os relatórios têm constatado que, quanto maior a proximidade de Fukushima, maior o risco de encontrar peixes contaminados.

Na região próxima ao vazamento de material radioativo, 40% das espécies de peixes que vivem no fundo do mar tinham nível de césio acima do limite de segurança estabelecido pelo Japão, de 100 becquereis por quilo. Até abril deste ano, esse limite era de 500 bq/kg. A tolerância foi reduzida pelo governo com o objetivo de estimular a confiança para o consumo dos produtos domésticos. Porém, como aponta o cientista Ken Buesseler, pesquisador do Instituto Oceanográfico Woods Hole e autor do artigo da Science, o efeito foi o contrário. O fato de a população passar a ver com maior frequência produtos considerados impróprios para o consumo aumentou ainda mais a ansiedade pública no Japão, país que apresenta um dos maiores consumos per capita de frutos do mar.

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No limite

De acordo com a física Emico Okuno, professora do Departamento de Física Nuclear do Instituto de Física da USP, o novo limite estabelecido no Japão é dez vezes inferior ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). "É um limite de precaução", diz Emico. No caso dos peixes das províncias vizinhas a Fukushima, a quantidade de radioativos é similar à encontrada em alimentos que consumimos habitualmente. Já na própria região do acidente, a situação é outra: "Muitos dos peixes de Fukushima não devem ser consumidos, pois estão altamente contaminados. A ingestão contínua pode causar câncer no futuro." A física destaca o fato de que a contaminação parece não ter se dispersado.

Durante o acidente, 80% do material radioativo que vazou da usina Daiichi foi parar no oceano. Parte foi levada pelos ventos e parte foi diretamente jogada no oceano pelas águas usadas para resfriar as turbinas da usina. Para Buesseler, a maior radioatividade identificada em peixes do fundo do mar aponta para um possível vazamento contínuo. "Precisamos de um entendimento melhor das fontes e vazamentos de césio e outros radionucleotídeos que continuam a provocar o que temos visto no oceano próximo a Fukushima", diz. Emico lembra que, no caso do acidente de Chernobyl, em 1986, vários rios da região foram contaminados com césio-134 e césio-137. Em cerca de 15 anos, a contaminação dos peixes desses rios diminuiu em quase 93%. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Os brasileiros devem gastar R$ 17,75 bilhões em bebidas até o fim do ano, segundo a Pyxis Consumo, ferramenta de potencial de mercado do Ibope Inteligência. O montante representa um crescimento de 15% em comparação ao registrado em 2011.

Segundo o levantamento, que engloba gastos com água, refrigerante, suco, refresco, cerveja, vinho, champanhe e destilados, a classe B, que corresponde a 24,45% dos domicílios, será a maior compradora, respondendo por 42,65% do total (R$ 7,57 bilhões). A classe C aparece na sequência, com 40% do consumo (R$ 7,11 bilhões), seguida da classe A, com 10,18% (R$ 1,81 bilhão). A menor parcela é das classes D e E, responsáveis por 7,10% (R$ 1,26 bilhão) do consumo.

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O Sudeste será responsável pela metade do consumo do País, com estimativa de gasto de R$ 117,57 per capita ao ano. A segunda região que mais comprará é a Sul, responsável por 18,34% do consumo, mas com gasto per capita maior: R$ 138,72. O Centro-Oeste também apresenta gasto por pessoa maior do que o Sudeste: R$ 120,22, mas com apenas 8,64% do consumo nacional.

O menor consumo está na região Norte, com apenas 6,26% do total e gasto de R$ 92,90 por pessoa. O Nordeste tem o menor valor de consumo por pessoa: R$ 75,41, mas com 16,72% do potencial de consumo do País.

O consumo doméstico de produtos de alumínio cresceu 2,3% em agosto em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pela Associação Brasileira do Alumínio (Abal). Na comparação com o mês de julho, o aumento foi de 7,9%. Já no acumulado do ano até agosto, o aumento do consumo foi de 0,8%, também na comparação anual. A Abal considera, para o levantamento, o consumo de chapas, folhas, extrudados e fios/cabos de alumínio, que juntos representam aproximadamente 75% do consumo doméstico total.

Usar o cheque para fazer compras no comércio é uma ação praticamente do passado no Brasil. Segundo pesquisa do SPC Brasil e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), menos de 2% dos consumidores afirmam usar o talão de cheque na hora de fazer uma compra, seja ela à vista, seja a prazo. O estudo ouviu consumidores de todas as capitais do Brasil, gerando erro máximo de 3,9% e confiança de 95%.

Na avaliação da CNDL e do SPC Brasil, "o talão de cheque se tornou um instrumento absolutamente imperfeito pelo fato de o comerciante não ter garantia alguma sobre o retorno do pagamento feito pelo cliente". Os lojistas - argumentam as entidades - preferem instrumentos como o cartão de crédito, que asseguram o pagamento, embora as operadoras cobrem pela operação e permitam que a compra seja paga em prestações.

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Ao tratar da forma como o consumidor prefere efetuar o pagamento, o estudo classifica as compras em vários tipos: supermercados, roupas, calçados e acessórios, e eletrônicos. No caso das compras de supermercados, por exemplo, a pesquisa mostra que a maioria dos consumidores paga essas compras à vista e em dinheiro (49% dos entrevistados); 19% deles pagam à vista com cartão de débito; 14% pagam com cartão de crédito sem parcelar; e 8% usam o cartão de crédito para dividir a conta. O cheque é usado por menos de 1% dos entrevistados para pagar compras de supermercado. O mesmo porcentual se repete nas compras de roupas, calçados e acessórios, e eletrônicos: menos de 1% das pessoas usam cheque como forma de pagamento.

O uso do cheque também é muito baixo quando se analisa os consumidores por classe social (A,B,C e D). Nas compras de supermercado feitas por consumidores das classes A e B, o uso do cheque alcança 2%, mas cai para menos de 1% quando o comprador é das classes C ou D. Na avaliação do SPC Brasil, "mesmo consumidores das classes C e D que têm contas e salários depositados em banco preferem receber da agência bancária um cartão de débito ou um cartão de crédito a receber um talão de cheque. Dessa forma, o talão "morre" por desuso".

A pesquisa completa do SPC Brasil sobre o Uso do Crédito pelo Consumidor Brasileiro será divulgada na próxima quarta-feira (26) em São Paulo. Entre outras informações, o estudo tem dados sobre inadimplência, planejamento de compras, onde os consumidores buscam crédito e como preferem pagar suas compras (à vista, a prazo, com cartão de crédito, dinheiro, cartão da loja, cheque).

A Coordenadoria de Defesa do Consumidor da Prefeitura de Salvador (Codecon) está com um balcão instalado na Estação Rodoviária, até a próxima quarta-feira (19), para tirar dúvidas de consumidores sobre relações de compra e venda.

O objetivo da ação é facilitar a vida do consumidor, levando para fora da repartição informações necessárias sobre os direitos nas relações de consumo e também responder às principais dúvidas da população. Esta mesma ação já foi realizada em outros 13 pontos de grande movimentação da cidade, como praças públicas e shopping centers.

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Segundo o chefe do Setor de Educação e Divulgação da Codecon, Antonio Carlos Lima, durante a ação na Rodoviária, os agentes vão atuar na identificação de problemas referentes à compra de passagens e fiscalizar a higiene dos estabelecimentos que funcionam no local, como o supermercado e as lanchonetes.

A Codecon é vinculada à Secretaria de Serviços Públicos, funciona na Rua Chile. As denúncias ao órgão podem ser realizadas também pelo telefone (71) 2203-3417.

De olho na nova classe média brasileira, o Data Popular realizou um levantamento para verificar quais marcas se beneficiaram com o crescimento do consumo dessa fatia da população. A pesquisa divulgada nesta quarta-feira, durante a 10ª edição do Congresso Nacional das Relações Empresa-Cliente (CONAREC), apontou que a Nestlé é a preferida, sendo citada por 4,1% dos entrevistados, seguida por Samsung (3,9%) e Adidas (3,7%). Foram ouvidas 22 mil pessoas em 153 cidades pelo Brasil.

De acordo com o Data Popular, 54% dos entrevistado se preocupam com a marca dos alimentos, 47% consideram a empresa na hora de comprar computadores, 45% antes de adquirir o automóvel e 41% para eletrônicos. Porém, apenas 37% dos entrevistados afirmaram dar atenção à marca dos sapatos.

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Segundo a pesquisa, existe uma diferença entre o gosto dos homens e das mulheres da nova classe média. Eles citaram marcas de tênis, roupas de esporte e eletrônicos, enquanto elas apontaram alimentos, cosméticos e roupas.

O Data Popular constatou que a classe média brasileira cresceu de 42% da população em 2004 para 53,9% em 2011, ganhando parte dos antigos pertencentes à classe D, que apresentou declínio de 41,3% para 31,1% no mesmo período. Conforme projeção do instituto, em 2014 a classe C será representada por 58,3% dos brasileiros, enquanto 26,8% estarão na D.

Entre 2004 e 2011, o crescimento no número de pessoas na classe C impulsionou as compras, fazendo com que a nova classe média atingisse R$ 1,03 trilhão em consumo no ano passado. A cifra corresponde a um crescimento de 228,3% nos gastos com produtos e serviços nos últimos sete anos.

O carrinho de compras da nova classe média também mudou de 2001 para 2012. A classe AB comprava 35 categorias diferentes de produtos, a C 27 e a DE 19 há 11 anos. Agora, a AB leva para casa 45 categorias, a C 42 e a DE 40.

Vejas as marcas preferidas:

 

Cresceu o número de famílias com dívidas a pagar, na passagem de julho para agosto, segundo a pesquisa "Endividamento e Inadimplência do Consumidor", realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). A alta de 59,8%, a maior em 2012, foi a terceira consecutiva registrada pela pesquisa. Declararam estar com dívidas em atraso 21,3% dos entrevistados, um leve avanço ante o mês anterior (21%). Contudo, caiu o número de famílias que informaram não ter condições de pagar suas dívidas, de 7,3% em julho para 7,1% em agosto.

"O porcentual de famílias que relataram ter dívidas entre cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros aumentou em agosto de 2012. Entretanto, o número de famílias endividadas continua em patamar inferior ao observado no mesmo período de 2011, quando 62,5% haviam declarado ter dívidas", informou a CNC, em nota oficial. A confederação afirma que as medidas do governo de estímulo ao crédito e à aquisição de bens duráveis continuam exercendo impacto sobre o orçamento doméstico.

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O cartão de crédito foi apontado como um dos principais instrumentos de prorrogação de pagamentos por 73,2% das famílias que afirmaram ter dívidas. Em seguida, vieram os carnês, com 18,9% do total, e o financiamento do carro, com 12,4%.

O endividamento é maior entre as famílias inseridas na faixa de renda inferior a dez salários mínimos, com índice de 61,1%, ante 58,6% registrados em julho. Já entre as que possuem renda superior a dez salários mínimos, a taxa passou de 50,5% em julho para 53,6% em agosto.

O aumento do porcentual de famílias com contas ou dívidas em atraso entre os meses de julho e agosto ocorreu apenas na menor faixa de renda. Para este grupo de consumidores, a taxa passou de 22,4% em julho para 23,7% em agosto.

Também foi o grupo de menor faixa de renda que afirmou ter menos chances de pagar as contas em atraso. O indicador passou de 8% em julho para 8,4% no mês seguinte.

A pesquisa da CNC revela ainda que o tempo médio de atraso no pagamento das contas foi de 58,4 dias em agosto. O porcentual médio de comprometimento com dívidas de até três meses foi de 27,3% e, de até um ano, de 27,2%. Em agosto, a parcela média da renda das famílias comprometida com dívidas foi de 29,6%, dos quais 17,4% correspondentes a dívidas que tomam mais da metade do orçamento doméstico.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, disse nesta quarta-feira que o consumo das famílias no Brasil, de 2003 a 2012, cresceu em um ritmo próximo de 5% ao ano, considerado por ele como "expressivo" frente ao padrão internacional. "Os brasileiros consomem 50% a mais do que consumiam há quase dez anos."

No entanto, segundo ele, o consumo não está tomando o espaço do investimento, pois a participação do investimento no Produto Interno Bruto (PIB) cresceu mais que a do consumo nos últimos anos. "O crescimento da renda permitiu não apenas aumento do consumo, mas também aumento do investimento. Não é ainda a taxa de investimento que gostaríamos de ver, mas estamos no caminho certo", afirmou.

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Maciel disse ainda que há espaço potencial para crescimento na relação crédito/PIB e destacou a participação do crédito habitacional e do consignado na economia, que possuem nível de inadimplência mais baixo.

O diretor do BC acrescentou que o sistema de supervisão bancário no Brasil é rigoroso e que o avanço do crédito se dá em ambiente de solidez bancária. Maciel participa de seminário na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara sobre "Políticas públicas de estímulo ao consumo e seus reflexos na economia do Brasil".

Os sucessivos recuos mensais nos índices de inadimplência mostram que o consumidor brasileiro recupera o fôlego para voltar às compras e, sim, se endividar novamente. O panorama, concordam especialistas ouvidos pela Agência Estado, é positivo para o consumo. "O nível de endividamento mostra que o consumidor está gastando no varejo", disse a economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) Fernanda Della Rosa. "Há uma preocupação muito grande agora em liquidar as dívidas para poder comprar. O consumidor quer chegar ao Natal em condições de liquidez e a redução da inadimplência é salutar para o varejo", reforça Fernanda.

Para Carlos Henrique Almeida, assessor econômico da Serasa Experian, o consumo e a atividade econômica do País, assim como os níveis de inadimplência, irão melhorar gradualmente até o fim do ano. "É claro que não vamos ter um Natal como tivemos em 2010, quando estava tudo indo muito bem. A melhora é gradual, mas vamos ter uma recuperação. A situação de hoje é mais animadora do que tínhamos no primeiro semestre", disse Almeida. "O que importa é que a perspectiva é melhor do que tínhamos quatro meses atrás."

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, na última quinta-feira, a alta das vendas do varejo em junho ante maio acima do esperado. O volume das vendas cresceu 1,5%, ante a queda de 0,8% do registrada em maio.

A projeção da FecomercioSP é de que o nível de endividamento fique entre 40% e 45% e a parcela de paulistanos inadimplentes seja de cerca de 10% no final deste ano, nível próximo ao registrado no fim do ano passado. Para a Boa Vista Serviços (administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito, o SCPC), a taxa de inadimplência do consumidor deve ficar próxima à registrada pelo Banco Central no ano passado, de 7,3%. As previsões da Serasa Experian também se aproximam das registradas em 2011: ao redor de 7% de inadimplência no fim do ano.

Comprometimento da renda

"O endividamento em si é bom, desde que isso esteja dentro da capacidade de pagamento do consumidor. O endividamento aumentou nos últimos anos porque o crédito aumentou", afirmou o economista da Boa Vista Serviços, Flávio Calife. Para ele, o porcentual de endividados não é tão preocupante quanto o comprometimento de renda e a dívida média. "Se você tem um cenário em que os juros estão diminuindo e os prazos já aumentaram, há uma tendência de diminuição da dívida média."

"Nossa preocupação não tem de ser com o endividamento, mas sim com o comprometimento de renda, que recuou. Em março, tínhamos comprometimento de renda de 22,18%, passando para 21,99% em abril e 21,85% em maio", reforça Almeida, da Serasa.

A economista da FecomercioSP avalia que, embora pareça ter chegado a um nível alto, o endividamento está "relativamente estável". "Na série da nossa Pesquisa de Endividamento e Inadimplência (Peic), já chegamos a 72% de endividamento com 45% de inadimplência", afirmou, ponderando que parte dessa alta pode ser reflexo do benefício de redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para a linha branca e automóveis.

"A inadimplência teve um comportamento atípico neste ano", afirmou Fernanda, explicando que o comum é que a inadimplência caia no meio do primeiro semestre à medida que as dívidas feitas no Natal são quitadas. "Em uma época em que tenderiam a cair, os níveis de endividamento e inadimplência subiram por causa dessas vantagens oferecidas pelo governo, como a isenção do IPI para linha branca, móveis e carros. Todo mundo começou a comprar para aproveitar esses benefícios."

A tendência, concordam Almeida e Fernanda, é de que a inadimplência continue a cair. "Nosso indicador de perspectiva da inadimplência já mostrava uma expectativa de melhora gradual. Já conseguimos perceber perda de fôlego da inadimplência", disse o economista da Serasa Experian.

Mas Calife, da Boa Vista Serviços, alerta para o número de registros de inadimplência no Serviço Central de Proteção ao Crédito, que continua subindo. "A diferença é que o número de casos de recuperação de crédito também sobe e a gente espera fechar com ano com a recuperação crescendo mais que os registros", disse. "É bem possível que entremos em 2013 com inadimplência em queda."

A China está considerando adotar mais incentivos no segundo semestre deste ano para impulsionar o consumo doméstico diante da fraca demanda no exterior pelas exportações do país, afirmou o jornal estatal Economic Information Daily, citando fontes.

Encorajar o uso do crédito para o consumo provavelmente é uma das políticas mais importantes que serão anunciadas neste ano, disse o jornal, acrescentando que o mercado de crédito subdesenvolvido é uma das razões do lento crescimento do consumo na China, que correspondeu a apenas 38% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010.

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A reportagem cita como um dos possíveis meios para expandir o uso do crédito entre os consumidores chineses a ampliação de subsídios ou descontos para compra de aparelhos domésticos, móveis ou veículos a prazo, mas não explica exatamente como esses subsídios funcionariam ou em quanto as compras seriam subsidiadas.

Uma desaceleração do crescimento da China neste ano levou o governo central a anunciar várias medidas de estímulo, incluindo incentivos para compra de aparelhos domésticos que consomem pouca energia e carros econômicos. As informações são da Dow Jones.

A presidente Dilma Rousseff destacou nesta quarta-feira que o Brasil criou um dos maiores mercados internos de consumo do mundo. "Tornamos o País menos desigual, apesar de restar muito trabalho para todos nós aqui fazermos", comentou a presidente durante a cerimônia de divulgação do Programa de Investimentos em Logística: rodovias e ferrovias. "Resistimos às pressões das crises que vêm assolando países desenvolvidos. Nosso modelo deu certo e será preservado. E preservá-lo significa aprofundá-lo", afirmou.

Dilma enfatizou que o aprofundamento do modelo consiste em estabilidade macroeconômica, crescimento e ascensão social. "Há 10 anos estamos construindo um País mais justo. Para continuarmos, deve ter economia cada vez mais competitiva, com mais infraestrutura e custo Brasil reduzido". Ela destacou que o custo Brasil atualmente é diferente do de 2003, que, segundo a presidente, era de 1.000%. "Tínhamos de computar isso em todos os projetos de infraestrutura. Estava fora de todos os parâmetros", avaliou.

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Ter uma economia mais competitiva, na opinião da presidente, significa ter custos mais baixos. "Por isso estamos olhando infraestrutura. Não é só porque é necessário ampliar investimos para assegurar emprego, mas programa também é porque precisamos contratar caminho da construção de infraestrutura que possa contar com tarifas mais módicas", disse. "Estamos fazendo a defesa da tarifa mais barata possível. Mas temos de levar em conta também as nossas características, a atratividade para empresários e queremos o menor custo para quem produz para assegurar mais e melhores empregos", comentou.

Vôlei

A presidente Dilma Rousseff comparou os desafios de crescimento do País para os próximos anos com as adversidades enfrentadas pela seleção feminina de vôlei, que conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2012, no último sábado. "Sempre priorizamos os interesses do País, da inclusão e da nossa população. Quero fazer analogia entre o país que queremos construir e o desempenho da nossa seleção de vôlei feminino", disse, acrescentando que acompanha de perto esse esporte por também já ter sido jogadora de vôlei.

"As meninas da seleção são exemplos de dedicação. Ao mesmo tempo em que jogam com paixão também sabem jogar com a cabeça, sendo capazes de persistir sempre e sendo capazes de virar uma situação adversa", completou, comparando essa capacidade à do povo brasileiro em superar barreiras e dificuldades.

Dilma também lembrou que o Brasil já é o "País Olímpico" desde o encerramento dos jogos em Londres e está na contagem regressiva para 2016. "Temos de ter logística eficiente para sermos uma economia mais competitiva. Diante das dificuldades internacionais, temos de continuar garantindo emprego e renda para população. E precisamos ser um país com taxas de crescimento compatíveis com a nossa necessidade de distribuição de renda", concluiu.

A ameaça de uma multa de até R$ 2 milhões aos supermercados de São Paulo que não oferecerem gratuitamente sacolas de plástico biodegradável ou de papel surtiu efeito. Ontem, as primeiras embalagens apareceram em algumas lojas das grandes redes, que prometem se adequar à ordem judicial nos próximos dias.

O Carrefour foi um dos primeiros a tornar disponíveis as embalagens alternativas, na versão oxibiodegradável. O Grupo Pão de Açúcar ainda não as oferece em todos os pontos de venda, mas garante que espera a remessa de fornecedores. O Grupo Sonda, que mantém apenas as sacolas comuns, não se pronunciou sobre o assunto, alegando que a questão está sendo discutida internamente. O Walmart diz que deve seguir a determinação a partir da próxima semana.

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Desde o início da semana, os supermercados teriam de cumprir a ordem judicial para o fornecimento, mas não havia punição prevista em caso de descumprimento. Anteontem, juíza Cynthia Torres Cristófaro, da 1.ª Vara Cível do Fórum João Mendes, determinou uma multa diária de R$ 20 mil por loja que não cumprir a determinação, em um limite de R$ 2 milhões por empresa.

Além disso, deu um prazo de 48 horas para que a Associação Paulista de Supermercados (Apas) enviasse a relação de todos os associados que serão orientados a cumprir a decisão judicial, sob pena de multa de R$ 100 mil. Em nota, a entidade afirmou que até ontem não havia recebido a notificação. "A Apas aguarda a publicação no Diário da Justiça para (tomar) as providências necessárias", declarou.

Questão ambiental

Apas, Sonda, Carrefour e Grupo Pão de Açúcar, que haviam entrado com recursos distintos na 27.ª Câmara de Direito Privado, transferiram a questão para a Câmara Especial do Meio Ambiente, que deve divulgar um parecer nos próximos dias.

A associação SOS Consumidor, que no fim de junho conseguiu na Justiça a volta das sacolinhas aos supermercados, diz que a manobra tem o objetivo de mudar o enfoque do processo. "Não se trata de direito ambiental, mas de direito do consumidor", diz a advogada Marli Aparecida Sampaio, presidente da associação.

Segundo ela, os supermercados ofereceram as sacolas biodegradáveis (com cobrança) como alternativa ecológica no ano passado. Neste ano, afirma, com a determinação judicial para a distribuição gratuita, as redes teriam mudado a postura. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e divulgado nesta quarta-feira mostra que aproximadamente 1,5 milhão de brasileiros consomem maconha diariamente. Os dados do 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad) - O Uso de Maconha no Brasil também apontam que mais de 3 milhões de adultos já usaram a droga no último ano e 8 milhões experimentaram maconha uma vez na vida.

Entrevistas foram realizadas em 149 municípios brasileiros, com mais de 4 mil indivíduos a partir dos 14 anos de idade. Os resultados mostram que 600 mil adolescentes já usaram maconha e que ao menos 470 mil consumiram a droga no último ano. Mais de 60% dos usuários experimentaram pela primeira vez antes dos 18 anos de idade.

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Os dados do levantamento indicam que o consumo da droga no País está bem longe do consumo em outros países. Aqui, 3% das pessoas afirmam consumir a erva frequentemente. No Canadá, que lidera o ranking de consumo, 44% das pessoas usam maconha quase diariamente. Nova Zelândia segue logo atrás, com os Estados Unidos em terceiro lugar.

O estudo é relevante porque a maconha é a substância ilícita mais consumida no mundo e o Brasil está sendo palco, nos últimos anos, de diversos debates sobre sua legalização. Apesar disso, a maioria (75%) dos entrevistados não concorda com a legalização, 11% das pessoas concordam e 14% das pessoas não têm opinião formada sobre o assunto.

O relatório traz ainda alguns dados interessantes sobre o consumo da droga no Brasil: um em cada dez homens já experimentou maconha, mais de 1% da população masculina brasileira é dependente da erva, mais de 60% dos usuários experimentaram maconha antes dos 18 anos e um em cada dez adolescentes que usam maconha é dependente.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) paulistano caiu para 160,6 pontos em julho, ante 162,4 em junho. Apesar da queda de 1,1%, o índice continua positivo, observa a instituição. A escala do ICC vai de 0 a 200 pontos e o resultado é considerado otimista quando fica acima dos 100 pontos.

A confiança dos consumidores com renda inferior a dez salários mínimos, com relação às condições econômicas presentes, subiu 1,1% em relação a junho. Já entre os consumidores com renda superior a dez salários mínimos o indicador recuou 4,5%.

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O subíndice que mede a expectativa do consumidor quanto ao futuro recuou (1,3%), ao passar de 164,1 pontos em junho para 162 em julho.

Para a pesquisa, são coletadas respostas de cerca de 2.000 consumidores no município de São Paulo. A FecomercioSP avalia que a redução da confiança do consumidor paulistano está ligada a uma apreensão com o cenário internacional.

Apesar disso, o bom nível do emprego e os rendimentos dos paulistanos ainda mantêm a capacidade de consumo e são responsáveis pelo nível elevado do ICC, de acordo com a instituição.

Os consumidores ficaram levemente mais inclinados a consumir na passagem de junho para julho, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) aumentou 0,1% em julho ante junho, para 135,4 pontos. Na comparação com o mesmo mês de 2011, a alta foi de 1,3%.

Segundo a CNC, o alto nível de comprometimento de renda e da inadimplência ainda impede uma retomada mais forte da disposição ao consumo. Entretanto, a evolução favorável do mercado de trabalho e os estímulos do governo ao consumo ainda sustentam a confiança das famílias em patamar superior ao verificado no ano passado.

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Dentro do indicador, houve melhora em relação a junho nos componentes relacionados ao consumo. As famílias mostraram-se mais otimistas com as compras a prazo (2,1%), com o nível de consumo atual (1,7%) e com a perspectiva de consumo (0,7%).

No entanto, houve deterioração na percepção sobre os componentes ligados ao mercado de trabalho e sobre o momento para bens duráveis (-1,5%). Os consumidores ficaram menos otimistas com o emprego atual (-1,1%), com a perspectiva profissional (-0,1%) e com a renda atual (-0,7%).

Na comparação com julho de 2011, o aumento de 1,3% na confiança das famílias também foi puxado pelos componentes ligados ao consumo. Embora tenha havido recuo na expectativa sobre o emprego atual (-3,6%), a perspectiva profissional (-3,2%) e a renda atual (-1,6%), houve significativa melhora na perspectiva de consumo (6,4%) no momento para bens duráveis (5,5%), compras a prazo (2,7%) e nível de consumo atual (4,3%).

A guerra de preços entre as operadoras de telefonia móvel nos últimos anos puxou uma expansão do consumo acima da capacidade das redes. O número de linhas subiu 40% entre 2009 e 2011, para 242 milhões, e o consumo médio de dados e voz por usuário explodiu no período. Os investimentos em infraestrutura, porém, ficaram abaixo do necessário e afetaram a qualidade do serviço, segundo especialistas.

"O que temos visto são reclamações de pessoas que tentam ligar, mas a ligação cai. Ou a internet que não funciona. As duas falhas são causadas pela superlotação das antenas", disse João Paulo Bruder, analista de telecomunicações da consultoria IDC.

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Na semana passada, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou uma intervenção no setor. O órgão proibiu que as operadoras líderes em reclamações em cada Estado vendam novas linhas a partir desta segunda-feira (23). A medida afetou a TIM, a Claro e a Oi.

"A queda de preços estimulou o aumento das vendas e do uso do telefone. As operadoras investiram, mas, em alguns locais, o uso do celular foi maior do que elas estimaram", disse o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude.

A oferta de planos ilimitados para ligações entre números da mesma operadora fez o brasileiro falar mais ao celular. A novidade, introduzida pela TIM em 2009 com o lançamento do plano Infinity, foi copiada ou adaptada pelas concorrentes.

A população aproveitou. Gilmara Cerqueira, por exemplo, trabalha no turno da noite em um restaurante em São Paulo e fala com amigos durante o trajeto do trabalho até em casa - são três horas e meia no ônibus.

O tempo médio que o brasileiro gasta conversando ao celular saltou 33,7% nos últimos três anos, para 115 minutos por mês em 2011, aponta a Teleco. Com o brasileiro mais tempo ao celular e um número de linhas maior, o tráfego de voz disparou cerca de 85% entre 2009 e 2011. O serviço de dados cresce ainda mais rápido. Em 2010, segundo a Cisco, o tráfego via smartphones subiu 112% sobre o ano anterior.

O preço da banda móvel por celular cai junto, à medida que a população "renova" os aparelhos. No ano passado, 9 milhões de smartphones foram vendidos no Brasil, alta de 84% em relação a 2010, segundo a IDC. As operadoras lançaram a "internet pré-paga ilimitada" a custos reduzidos - R$ 0,33 ao dia pela Oi e R$ 0,50 pela TIM, por exemplo.

As operadoras que terão as vendas interrompidas pela Anatel se disseram "surpresas" com a decisão. A TIM entrou na Justiça para tentar reverter a determinação. Em comunicados, TIM, Claro e Oi informaram que investem bilhões todos os anos em infraestrutura. Mesmo assim, as companhias afirmaram que vão apresentar planos de ação para resolver eventuais falhas e que acelerarão investimentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nos últimos oito anos, 40 milhões de brasileiros ingressaram na classe C. A informação foi dita pelo diretor técnico do Sebrae em Pernambuco, Aloísio Ferraz, durante a abertura da palestra “A relação da nova classe média com as MPEs”, com o publicitário Roberto Meirelles, realizada na última quinta-feira (5), no auditório do Sebrae, no Recife. 

Tendo conduzido mais de 200 estudos sobre o comportamento do consumidor de baixa renda no Brasil, Meirelles apresentou o tema a uma plateia de micro e pequenos empreendedores atenta e interessada em conhecer melhor essa camada da população que vem transformando a forma de consumo no País.

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De acordo com ele, seis de cada dez pessoas com acesso à internet pertencem a essa nova configuração da classe C, que tem maior grau de instrução que seus pais, é mais otimista que os componentes das demais classes socioeconômicas e vem crescendo em maior proporção no interior dos estados do que nas regiões metropolitanas.

Segundo Renato Meirelles, a massa populacional que compõe a nova classe média foi a responsável por movimentar mais de um trilhão de reais em consumo no ano de 2011, o que serve para abrir os olhos dos empresários para a importância de uma atuação voltada para esse público, que também pode consumir produtos do tipo premium. Em termos comparativos, esse grupo responde por R$ 44 de cada R$ 100, mais que a soma das classes A e B juntas, que também têm envelhecido a uma velocidade maior que a classe C.

Gratuito, o evento fez parte das estratégias do Programa Sebrae Mais e abordou temas como consumo, comportamento, valores e comunicação dos diferentes tipos de consumidores brasileiros e a relação da nova classe média com o microempreendedorismo. “Nenhuma empresa cresce hoje no Brasil sem conhecer o coração, a mente e o bolso dessa nova classe média”, determinou Renato Meirelles.

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