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"Existe uma chance de que acabemos tendo um grande, grande conflito com a Coreia do Norte". A declaração do presidente Donald Trump é o destaque de uma entrevista exclusiva veiculada hoje (28) pela Agência Reuters. Ao falar sobre o acirramento das tensões na região, Trump disse que prefere a saída diplomática. 

"Adoraríamos solucionar as coisas diplomaticamente, mas é muito difícil", frisou. A entrevista foi destaque nesta sexta-feira na imprensa americana, um dia antes de Trump completar 100 dias de governo. Com a Coreia do Norte, ele enfrenta o maior desafio, até o momento.

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O país intensificou exercícios militares na área e estuda sanções econômicas contra a Coreia do Norte, além de aproximação para uma saída diplomática.  Hoje haverá uma reunião extraordinária no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o tema.

Nas semanas anteriores, Donald Trump mandou mensagens mais duras, inclusive com a visita do vice-presidente Mike Pence ao Japão e à Coreia do Sul. Anteriormente, o presidente vinha dando declarações ameaçadoras direcionadas ao líder norte-coreano Kim Jong-Un. O vice-presidente disse que a negociação estava descartada, pelo menos por enquanto.

Na entrevista à Reuters, Trump inverteu o discurso ao dizer que o conflito não está descartado, mas que espera uma saída diplomática.

Uma possível abertura ao diálogo já havia sido indicada pelo governo chinês. Ontem o Ministério das Relações Exteriores da China parabenizou os Estados Unidos pela mudança de postura. Para o governo chinês, Trump está, neste momento, mais aberto ao diálogo.

Os Estados Unidos haviam pedido ajuda à China para pressionar o líder Kim Jong-Un a abandonar os testes nucleares. Durante a visita do presidente chinês Xi-Jinping aos Estados Unidos, no começo deste mês, Donald Trump insistiu no tema.

A China pediu cautela e, naquele momento, disse que a falta de diálogo só acirraria o quadro. Antes da visita de Xi-Jinping, Trump havia feito críticas também ao governo chinês, dizendo que esperava mais dedicação. Na entrevista à Reuters, ele disse ter visto empenho da parte do presidente chinês. "Acredito que ele está se esforçando muito. Sei que ele gostaria de ser capaz de fazer algo."

A China mandou um duro recado ontem à Coreia do Norte e disse que poderia definir algum tipo de sanção ao país, caso fosse feito um novo teste com mísseis nucleares. Trump reconhece que a China está em comunicação constante com a Coreia do Norte e que o governo chinês já havia solicitado a interrupção dos testes nucleares.

Na entrevista, Trump evitou opinar sobre o perfil do líder norte-coreano. "Não sei dizer se ele é racional, mas espero que seja", disse o presidente americano, ao ser perguntado sobre a personalidade de Kim Jong-Un. "Ele tem 27 anos, seu pai morreu, e ele  assumiu um regime", disse. "Então, diga o que você quer, mas isso não é fácil, especialmente nessa idade," acrescentou.

Kim Jon-Un tem respondido com envio de mensagens agressivas a Washington, como vídeos que simulam o lançamento de bombas em território norte-americano e a destruição do país. A preocupação dos Estados Unidos e aliados com a Coreia do Norte é proporcional à capacidade nuclear do país.

O Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, e agentes infiltrados na região acreditam que os norte-coreanos estão avançando na produção de mísseis nucleares.

Nas últimas semanas, a tensão que permeia a relação entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte é o assunto mais citado na imprensa internacional. Provocações mútuas, ameaças nucleares e o uso da retórica agressiva entre os países se intensificaram em 2017 e levantaram o alerta de uma Terceira Guerra Mundial.

A relação dos dois países nunca foi amistosa. Os EUA e a Coreia do Norte têm desavenças antigas, desde a Guerra da Coreia, na década de 1950. Na época, a Força Aérea americana bombardeou e usou o químico ‘napalm’ em regiões norte-coreanas, matando um total de 20% da população do país.

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Já entre os anos de 1958 e 1991, os EUA mantiveram armas nucleares destinadas a um possível uso contra os norte-coreanos no território da Coreia do Sul. Já o país asiático, que havia assinado o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TPN), em 1985, foi acusado pelos americanos de desenvolver atividades nucleares irregularmente. Em 1993, o país anunciou a saída do Tratado. 

Treze anos após a saída do TPN, em 2006, a Coreia testou a primeira bomba atômica com sucesso. Mais quatro testes nucleares foram realizados nos anos 2000.  Desde então, a relação do país com o ocidente se estremeceu a diversas sanções foram impostas aos norte-coreanos por causa dos testes atômicos.

No dia 8 de abril de 2017, um novo teste de míssil frustrado foi realizado pela Coreia do Norte. Em resposta, o recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou ter enviado "uma arma muito poderosa" para a península coreana. No último dia 24 de abril, o site oficial norte-coreano Uriminzokkiri declarou que os Estados Unidos serão "varridos da face da Terra" se desencadearem uma guerra na península.

Para entender se o mundo está à beira de um novo conflito nuclear em nível global, o LeiaJa.com consultou especialistas em Geopolítica mundial e Relações Internacionais. Os estudiosos consultados entendem que as chances de um conflito nuclear entre os países são remotas, nas condições atuais.

Para o cientista político e especialista em Relações Internacionais, Thales Castro, a comunidade internacional tem que estar atenta aos fatos, mas a chance uma nova guerra mundial é uma realidade distante. “A Coreia tem muito a perder diante do potencial bélico dos EUA. Já os norte-americanos sabem que não podem ser muito incisivos nessa relação porque existem países aliados no comércio exterior no entorno da Ásia, como o Japão e a própria China”, afirmou Castro.

O estudioso acredita que as ameaças devem seguir no campo da retórica agressiva porque uma eventual guerra seria mais negativo do que positivo para ambos os países. “A imprensa norte-coreana utiliza essa tônica de expressões como varrer do mapa e dizimar americanos. É uma retórica repetitiva e apesar de não ser vazia, falta muita substancialidade. Soa mais como provocação e propaganda política interna, já que na Coreia os aparelhos de mídia são controlados pelo estado”, apontou Thales.

Especialista em Segurança Internacional e Relações Internacionais, o professor Antônio Lucena faz uma ressalva de que na administração do republicano Donald Trump houve um aumento da tensão entre os países. Para ele, assim como a auto-afirmação da política norte-coreana, o presidente dos EUA também precisa se legitimar com seus eleitores. “É uma tendência natural as farpas continuarem pela importância do fortalecimento na política interna”, explicou.  

Lucena admite que na política internacional nada pode ser totalmente descartado, muito menos uma guerra na península coreana, apesar disso, o pesquisador não acredita em um conflito armado. “Atualmente não temos as mesmas condições da 2ª Guerra Mundial, como a grande potência que era a Alemanha nazista”, diz. Para o professor, uma das razões que poderiam levar ao conflito armado seria o ataque da Coreia do Norte a alguma base dos EUA ou a construção do míssil balístico intercontinental. “Ele teria condição de atingir os americanos com uma ogiva nuclear e, nesse caso, acho que o Trump reagiria militarmente”.

De acordo com Lucena, o desenvolvimento de armas nucleares é muito importante para a Coreia do Norte por serem o único impeditivo de uma invasão norte-americana. “Durante o governo Obama houve uma tentativa frustrada para o país abandonar as armas. Com esses equipamentos, a tendência é que eles evitem uma possível invasão, assim como aconteceu no Afeganistão e no Iraque”, afirmou.

Já Marcos Costa Lima, professor do departamento de Ciência Política da UFPE e coordenador do Instituto de Estudos da Ásia, defende que o futuro da situação entre os países é uma incógnita. “Não dá pra saber se teremos um conflito. Os líderes dos dois países são desequilibrados e radicais, representando um perigo para o mundo. A situação se complica mais ainda porque ao que parece a Coreia do Norte não vai retroceder”, lamentou.

Fotos:Ed Jones/AFP

Um dia após os Estados Unidos enviarem um submarino nuclear para a Coreia do Sul, os vizinhos da Coreia do Norte reagiram e disseram nesta terça-feira (25) estarem prontos para atacar alvos de Washignton e Seul sem qualquer aviso prévio. "Pyongyang mantém a vontade e a capacidade de responder a qualquer tipo de guerra", disse o jornal local "Rodong Sinmun", em um editorial, ressaltando que "terminou a era em que os EUA faziam ameaças nucleares unilaterais".

Esta foi mais uma intimação da Coreia do Norte contra os Estados Unidos, em um clima de tensão que já se arrasta por semanas e que preocupa países da Ásia, como Japão, Coreia do Sul, Rússia e China, que temem uma guerra nuclear entre Pyongyang e Washington. EUA e Coreia do Norte têm trocado farpas e um tenta intimidar o outro com demonstrações de capacidade militar.

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Seul confirmou que o submarino chegou ao porto de Busan, o que ocorreu no mesmo dia em que Pyongyang comemorou o aniversário de 85 anos da fundação de suas Forças Armadas e fez uma apresentação de tiros de artilharia. O submarino norte-americano é um USS Michigan dotado de mísseis táticos e alta capacidade de comunicação. Ele não deve participar de exercícios militares conjuntos entre EUA e Coreia do Sul, mas, mesmo assim, é uma tentativa do Pentágono de intimidar a Coreia do Norte.

Atualmente, o porta-aviões USS Carl Vinson e navios destroyers estão navegando rumo à península da Coreia, após uma série de manobras militares com a Marinha do Japão no mar das Filipinas.

A escalada de tensões entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos continua. O governo norte-coreano disse nesse domingo (23) que "está pronto para afundar o porta-aviões norte-americano que está a caminho da Península Coreana. Além disso, no sábado (22) um cidadão dos Estados Unidos foi impedido de sair do país.

O navio porta-aviões norte-americano USS Carl VInson (CVN 70) foi enviado às águas da Península Coreana, após novos testes com mísseis por parte da Coreia do Norte. O navio se aproxima da península e com isso também se intensificam as ameaças do líder Kim Jong-Un.

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A imprensa norte-americana conversou com funcionários do governo de Donald Trump. Especula-se que Trump deve telefonar para o presidente chinês, Xi Jinping, e para primeiro-ministro japonês Shinzo Abe.

Na semana passada o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, visitou o Japão e a Coreia do Sul e regressou da visita sem demostrar disposição para tentar dialogar.

Pence disse que os Estados Unidos querem que a Coreia do Norte abandone os testes nucleares e que não "haveria diálogo, pelo menos por enquanto".

Além disso deve ocorrer uma reunião em Washington na quarta-feira (26) entre líderes do Senado e funcionários do alto escalão do governo Trump para discutir a crise com a Coreia do Norte.

No meio da tensão, a prisão do professor de cidadania coreana e norte-americana, Tony Kim, nesse domingo, acirra o ânimo de Washington e preocupa os países aliados. Tony Kim foi até a capital norte-coreana, Pyongang para dar aulas em uma universidade durante um mês, mas ele foi impedido de regressar.

Já são três cidadãos norte-americanos detidos pelo governo norte-coreano. A prisão teria ocorrido no sábado, segundo um comunicado da universidade.

As bolsas europeias amargaram perdas nesta terça-feira, 18, com os investidores reagindo ao anúncio inesperado da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, de antecipar a eleição geral para o dia 8 de junho. Além disso, incertezas em meio à aproximação das eleições francesas e preocupações em torno das tensões entre os EUA e a Coreia do Norte também contribuíram para o mau humor.

A Bolsa de Londres fechou em baixa de 2,46%, aos 7.147,50 pontos; Paris caiu 1,59%, aos 4.990,25 pontos; Frankfurt recuou 0,90%, aos 12.000,44 pontos; Milão retraiu 1,67%, aos 19.442,71 pontos; Madri teve queda de 0,60%, aos 10.264,50 pontos e Lisboa desacelerou 0,72%, aos 4.927,06 pontos.

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O índice FTSE-100, de Londres, recuou para o menor patamar em quase 10 meses, segundo informações do FactSet. O Stoxx 600 caiu 1,11%, a 376,35 pontos, marcando a maior perda diária desde 2 de novembro.

May atribuiu sua decisão de realizar eleições gerais em menos de oito semanas à tentativa de fortalecer a posição do governo do Partido Conservador nas negociações da saída do Reino Unido da União Europeia (UE), ação conhecida como Brexit. Segundo a premiê, a ação é necessária pois outros partidos no Parlamento são contra algumas medidas do governo. A eleição estava programada para acontecer apenas em 2020.

Em seu discurso, May descreveu sua "relutância" em tomar esta decisão e culpou as divisões em Westminster como uma das principais razões para sua repentina mudança de posição.

"As pesquisas de opinião sugerem que May pode ganhar uma eleição agora, dada a fraqueza da oposição e dado que o país ainda não sentiu muito de um efeito negativo em consequência do Brexit", disse Jane Foley, estrategista sênior do Rabobank, em nota. "Se as pesquisas continuarem sugerindo que May terá um mandato forte, isso provavelmente diminuirá o alcance da incerteza e da volatilidade da libra", acrescentou.

Logo após o anúncio, a libra esterlina subiu acentuadamente em relação ao dólar. Após cair no início das negociações, a moeda britânica subiu mais de 1,5%, atingindo US$ 1,2758, o seu nível mais alto desde meados de dezembro.

Uma venda nas ações de mineradoras por causa do recuo nos preços de minério de ferro, também contribuiu para a retração europeia. Os papéis da Anglo American terminaram em queda de 5,13% e os da Glencore -5,58%. Entre as notícias corporativas, o Grupo Casino caiu 3,3% depois de relatar abrandamento no crescimento das vendas.

No campo político, as eleições presidenciais na França acontecem neste domingo e as incertezas ainda são muitas. O aumento do apoio ao candidato de esquerda, Jean-Luc Melenchon impulsionou a instabilidade sobre quem será o futuro líder do país - ainda que, para muitos, a maior ameaça seja a vitória da candidata de extrema-direita e anti-União Europeia, Marine Le Pen, cujas pesquisas apontam vitória para o segundo turno.

As tensões entre a Coreia do Norte e os EUA também seguem no radar. O vice-presidente americano, Mike Pence, assegurou nesta terça ao governo japonês da aliança entre os países asiáticos caso ocorra um embate militar com a Coreia do Norte.

No final da manhã, o jornal britânico The Guardian disse que as Forças Armadas dos EUA estão considerando derrubar os testes de mísseis da Coreia do Norte, como uma demonstração de força para Pyongyang. Com informações da Dow Jones Newswires

Um dia após um fracassado teste de mísseis na Coreia do Norte, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o líder do país, Kin Jong Un, "precisa se comportar". Ao mesmo tempo, o vice-presidente americano, Mike Pence, advertiu que na zona desmilitarizada coreana que "a era da paciência estratégica [dos EUA] está acabada".

Trump fez o comentário ao ser questionado por um repórter da CNN sobre que mensagem enviaria ao líder norte-coreano.

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Mais cedo, o embaixador da Coreia do Norte na Organização das Nações Unidas, Kim In Ryong, acusou os EUA de pressionarem Pyongyang para uma guerra nuclear. Fonte: Associated Press.

A Coreia do Norte exibiu possível novo míssil de longo alcance em desfile militar neste sábado (15), realizado em comemoração ao 105º aniversário do nascimento do fundador Kim Il Sung. O evento ocorreu no centro da capital Pyongyang e foi comandado por Kim Jong-un.

A exibição do armamento, que incluiu ainda dois lançadores de mísseis nunca vistos antes, desperta preocupações sobre como o programa de Pyongyang avançou nos últimos anos.

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Especialistas em mísseis disseram que, se confirmado o novo armamento, aumentaram as possibilidades de Pyongyang iniciar um ataque nuclear contra o continente norte-americano, conforme indicado Kim Jong Un em janeiro deste ano.

Imagens de satélite também sugeriram que a Coreia do Norte pode estar preparando o sexto teste nuclear em Punggye-ri.

No domingo, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, chega a Seul para uma visita de três dias na Coreia do Sul. Pence passará ainda pelo Japão, Indonésia e Austrália. A passagem do vice-presidente norte-americano por Seul incluirá uma reunião com o presidente, no qual a expectativa é de conversas sobre as tensões com a Coreia do Norte. Fonte: Dow Jones Newswires

A Air China suspendeu os voos para a capital norte-coreana, Pyongyang, na esteira da escalada de tensões em torno do programa nuclear do país asiático.

Imagens de satélite mostram sinais que a Coreia do Norte pode estar preparando um teste nuclear na véspera do aniversário de nascimento do fundador do reino eremita, Kim Il Sung, no sábado.

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Um funcionário da companhia chinesa disse que a empresa emitiu um comunicado, nesta sexta-feira, para suspender reservas de voos entre Pequim e Pyongyang, e que as passagens para essa rota não estariam disponíveis até o final de maio, pelo menos.

A Air China "suspendeu temporariamente alguns voos da rota "de acordo com as condições de venda de passagens", disse um porta-voz da companhia, acrescentando que vai considerar a demanda de passageiros para próximos voos. Fonte: Dow Jones Newswires.

Após uma semana de trocas de ameaças entre Estados Unidos e Coreia do Norte, a China admitiu nesta sexta-feira (14) que uma guerra pode "começar a qualquer momento" na região. "Existe a sensação de que o conflito pode começar a qualquer momento. Acho que todas as partes envolvidas devem manter alta a vigilância sobre essa situação", disse o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi.

Demonstrando o apoio da China para qualquer tentativa de diálogo, o chanceler comentou ainda que, em uma eventual guerra entre EUA e Coreia do Norte, "não haverá vencedores". "Pedimos para todas as partes pararem com as provocações e ameaças e não permitirem que a situação se torne irreparável ou fora de controle", pediu Wang em uma coletiva de imprensa com o chanceler francês, Jean-Marc Ayrault. A imprensa chinesa informou hoje que os voos entre Pequim e Pyongyang operados pela Air China serão suspendos a partir de segunda-feira (17).

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A Rússia, apesar dos conflitos ideológicos com os EUA, também demonstrou preocupação com a situação e está acompanhando os fatos. "É com grande preocupação que seguimos a escalada de tensão na península coreana. Pedimos que todos os países dêem provas de moderação", comentou Moscou, de acordo com a agência Tass.

Um dos maiores aliados dos EUA na Ásia, o Japão já começou a analisar as possibilidades de uma guerra. "Estudamos qualquer possilidade de ação para responder à crise", disse o vice-chanceler de Tóquio, Han Song-ryol. As Forças Armadas norte-coreanas anunciaram que estão dispostas a adotar "as medidas mais duras" contra os Estados Unidos, caso o governo de Donald Trump continue "com as provocações". "As nossas respostas às ações mais duras contra os EUA e seus vassalos serão tomadas sem nenhuma piedade, as quais não permitirão ao agressor sobreviver", disse um porta-voz do Comando-Geral de Pyongyang, em uma declaração divulgada pela agência oficial de notícias KCNA. Já os EUA tinham dito que estavam prontos para disparar um "míssil preventivo", com armas convencionais, contra a península coreana.

A tensão entre Estados Unidos e Coreia do Norte existe há anos, mas se intensificou desde que Trump assumiu a Casa Branca, em janeiro. O republicano mantém uma gestão mais combativa que seu antecessor, Barack Obama, e ameaça atacar o país asiático caso o regime de Pyongyang continue com seus testes militares. Ontem, Trump ordenou o lançamento de uma bomba contra o Afeganistão para atingir alvos terroristas do Estado Islâmico. O explosivo tinha quase 11 toneladas e é considerada a bomba mais potente, atrás apenas da nuclear. Especialistas viram no ataque uma tentativa de Washington demonstrar para seus inimigos poder militar. Na semana passada, Trump também bombardeou alvos do regime sírio.

A Coreia do Norte condenou os Estados Unidos neste sábado por seus ataques com mísseis contra a Síria e disse que isso demonstra a necessidade de Pyongyang de fortalecer suas próprias defesas, incluindo o desenvolvimento de armas nucleares.

Em uma declaração, o Ministério das Relações Exteriores chamou o ataque de "uma clara invasão contra um Estado soberano" e "absolutamente inaceitável".

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A declaração, realizada pela Agência Central de Notícias Coreana, também disse que a nova administração norte-americana, do presidente Donald Trump, não é diferente dos governos dos EUA que atacaram países sem armas nucleares.

"Alguns dizem que este ataque militar norte-americano contra a Síria é uma ação de alerta que é dirigida a nós, mas não nos surpreende", afirmou.

A declaração foi a primeira reação da Coreia do Norte aos ataques dos EUA na sexta-feira em uma base aérea da Síria. Washington afirma que aeronaves do governo sírio decolaram e mais tarde derrubaram armas químicas em uma área controlada pelos rebeldes no norte da Síria, matando civis, incluindo mulheres e crianças. Fonte: Dow Jones Newswires.

O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, afirmou nesta sexta-feira (17) que a "paciência estratégica" em relação ao programa nuclear da Coreia do Norte está acabando e não descartou a possibilidade de usar uma "opção militar" contra o país.

"Certamente, nós não queremos isso, de deixar as coisas chegarem a um conflito militar. Mas, se eles elevarem o nível de ameaça dos programas de armamentos a um nível que pede essa ação, então essa opção estará na mesa", disse em coletiva de imprensa durante uma visita a Coreia do Sul.

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Para o secretário de Estado, a "desnuclearização é a única estrada para a Coreia do Norte para obter segurança e estabilidade econômica" para toda a região asiática.

Tillerson ainda defendeu a existência de um sistema antimísseis norte-americano na Coreia do Sul, fato que irrita profundamente a China, mas que, segundo o secretário de Donald Trump, é fundamental para proteger os sul-coreanos de Pyongyang.

O sistema Thaad (Terminal High Altitude Area Defense) consegue neutralizar mísseis de curto e médio alcance e é considerado pelos chineses como uma forma de Washington causar um desequilíbrio de forças estratégicas na região.

Durante a coletiva, o norte-americano ainda criticou o governo chinês por "não fazer o suficiente" para frear o ditador Kim Jong-un de seus planos nucleares. A China é o maior parceiro comercial dos norte-coreanos, mas tem se mostrado cada vez mais incomodada com os constantes testes nucleares promovidos pelo ditador.

O Pentágono anunciou nessa segunda-feira (13) que vai enviar drones armados à Coreia do Norte. O envio dos chamados Gray Eagle MQ-1C foi anunciado poucos dias depois do início de exercícios militares conjuntos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, após a confirmação do governo norte-coreano da realização de testes bem-sucedidos com mísseis balísticos de longo alcance.

Os drones armados, entretanto, não serão direcionados somente à Coreia do Norte, liderada por Kim Jong-un. O porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, Jeff Davis, afirmou que a utilização dos Gray Eagle MQ-1C faz parte de um plano estratégico global. “Não é só para a Coreia do Norte. Todas as divisões do Exército vão utilizar esses drones”, afirmou, em entrevista.

Ainda segundo o Pentágono, a Coreia do Sul vai receber uma equipe para operar os drones no início do ano que vem. 

As manobras militares conjuntas entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos são realizadas anualmente. No ano passado, cerca de 17 mil soldados dos norte-americanos participaram da iniciativa.

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Atualmente, de acordo com o Pentágono, o Exército do país tem 28 mil soldados na missão da Coreia do Sul.

A Organização das Nações Unidas (ONU) disse que dois funcionários seus naturais da Malásia deixaram a Coreia do Norte nesta quinta-feira. A dupla faz parte do grupo de onze cidadãos malaios que estavam proibidos de deixam o território norte-coreano, em meio ao aumento da tensão entre Pyongyang e Kuala Lumpur depois do assassinato de Kim Jong-nam.

Os dois malaios liberados eram funcionários do Programa Alimentar Mundial na Coreia do Norte. A coordenadora global do projeto, Jane Howard, disse que eles chegaram em Pequim na manhã de quinta.

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A Coreia do Norte baniu nesta semana a saída de malaios do seu território. Medida similar foi adotada por Kuala Lumpur.

A disputa diplomática tem conexão com o assassinato de Kim Jong-nam, meio-irmão do líder norte-coreano, Kim Jong-un. Ele morreu no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur em 13 de fevereiro, após ser atacado com o agente nervoso VX, classificado como arma de destruição em massa pela ONU.

As duas mulheres responsáveis pelo ataque, uma indonésia e outra vietnamita, foram presas e indiciadas. Autoridades malaias suspeitam que ao menos quatro norte-coreanos teriam conexões com o crime. Pyongyang acusa a Malásia de parcialidade nas investigações, enquanto Seul acusa o regime comunista de estar por trás da complexa trama. Fonte: Associated Press.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou, nesta terça-feira (7), os recentes lançamentos de mísseis por parte da Coreia do Norte, dizendo que houve uma "grave violação". O Conselho disse que toda a ação norte-coreana contribui para aumentar as tensões na região e além.

O Conselho apontou, ainda, que os testes podem influenciar uma corrida armamentista regional e expressou sérias preocupações quanto ao país devido ao "comportamento cada vez mais desestabilizador", sendo um desafio às resoluções da ONU.

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Em um comunicado divulgado na noite desta terça-feira, o Conselho disse, ainda, que os países membros continuarão a acompanhar de perto a situação e irão tomar outras medidas significativas. Fonte: Associated Press.

A Coreia do Norte lançou neste domingo (6) quatro mísseis balísticos em direção ao Mar do Japão, segundo informou os governos do Japão e da Coreia do Sul. O lançamento aconteceu às 7h36, horário local, de Dongchang-ri, na costa noroeste da Coreia do Norte, e foi em direção ao Mar do Leste, segundo a agência de notícias "Yonhap", que citou fontes do exército da Coreia do Sul.

De acordo com o porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, três dos quatro projéteis caíram na Zona Econômica Especial (ZEE), espaço que se estende cerca de 370 quilômetros a partir da costa japonesa.

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Na última sexta-feira (3), a Coreia do Norte já havia ameaçado, através de seu jornal estatal "Rodong Sinmun", que realizaria novos testes de mísseis em resposta a exercícios, que Pyongyang considera um ensaio para invadir seu território.

"Os lançamentos claramente mostram que a ameaça norte-coreana alcançou uma nova dimensão", disse perante o parlamento o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, que considerou estes testes como "uma provocação muito séria" para a segurança nacional. Nesta segunda-feira (6), a Coreia do Sul, os Estados Unidos e o Japão iniciaram uma coordenação de emergência em resposta aos mísseis lançados. O chefe da Segurança Nacional sul-coreana, Kim Kwan-jin, teve uma conversa telefônica com o homólogo norte-americano H. R. McMaster, a fim de avaliar uma resposta comum sobre o caso.

Segundo a Yonhap, o objetivo "é reforçar a cooperação com os aliados para reforçar as sanções e exercer mais pressão sobre a Coreia do Norte".

Em 12 de fevereiro, a Coreia do Norte já havia feito um lançamento. Este é o segundo desde que o líder, Kim Jong-um anunciou em sua mensagem de Ano Novo que Pyongyang estava finalizando o desenvolvimento de um ICBM, uma arma que poderia atingir os EUA, no futuro.

O Ministério das Relações Exteriores da Itália (Farnesina) "condenou", em nota, o lançamento dos mísseis. "Os testes de mísseis repetidos e o desenvolvimento de um arenal nuclear constituem uma ameaça à paz e segurança internacionais e é uma violação das resoluções do Conselho de Segurança".

"A Coreia do Norte deve abandonar o desenvolvimento de um arsenal nuclear de mísseis e parar de desafiar a comunidade internacional. A Itália está pronta para contribuir para uma resposta firme e unida da comunidade internacional", concluiu a Farnesina. 

O enviado norte-coreano à Malásia rejeitou nesta quinta-feira (2) a autópsia feita pelas autoridades do país e afirmou que o meio-irmão do líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, faleceu por causa de um ataque cardíaco agravado pela diabetes e por pressão alta. Anteriormente, o governo malaio concluíra que Kim Jong Nam faleceu por complicações causadas pelo agente nervoso VX.

As diferenças entre os resultados encontrados criaram uma batalha diplomática entre ambos os países. A autópsia está no centro do debate, uma vez que o governo de Pyongyang pediu expressamente que não fosse realizada uma autópsia, mas as autoridades locais o fizeram mesmo assim.

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Separadamente, a Malásia anunciou que vai parar de permitir a entrada de norte-coreanos no país sem visto.

A autópsia malaia que encontrou traços do agente nervoso VX elevou especulações de que foi o governo norte-coreano orquestrou o ataque. Especialistas afirmam que o veneno oleoso quase certamente foi produzido em um sofisticado laboratório estatal de armas.

O governo norte-coreano negou qualquer papel na morte de Kim Jong Nam. Fonte: Associated Press.

A China iniciou neste domingo a suspensão de todas as importações de carvão da Coreia do Norte pelo resto do ano, enquanto eleva a pressão sobre o país comunista para desistir de seus programas de mísseis nucleares e balísticos.

A proibição está em linha com as sanções do Conselho de Segurança da ONU impostas em novembro, em resposta ao quinto teste nuclear da Coreia do Norte dois meses antes, disse o Ministério do Comércio, em uma declaração online neste sábado.

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A China já havia proibido as importações de carvão da Coreia do Norte em abril do ano passado, mas essas restrições ainda permitiram algumas importações para uso civil. A China é a maior parceira comercial da Coreia do Norte e a suspensão de domingo privará Pyongyang de uma importante fonte de moeda estrangeira.

Pequim está sob pressão do presidente Donald Trump para aumentar a rigidez com Pyongyang, mas Pequim diz que sua influência é limitada.

No entanto, a China tem se mostrado cada vez mais frustrada com a Coreia do Norte, que desafia as exigências da ONU para que encerre testes de mísseis e desenvolvimento de armas nucleares. A Coreia do Norte lançou o mais recente teste de mísseis balísticos há uma semana.

O aparente assassinato de Kim Jong Nam a pedido do seu meio-irmão, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, está fortalecendo o entendimento, entre congressistas de ambos os partidos nos Estados Unidos, para recolocar o país como um patrocinador do terrorismo, uma designação retirada nove anos anotes. Caso os EUA adotem a medida, o isolamento cresce sobre o líder norte-coreano, complicando assim qualquer tentativa diplomática para barrar seus programas de mísseis balísticos e nuclear.

Washington manteve a ditadura norte-coreana durante duas décadas na lista negra do terrorismo, após o regime alvejar uma aeronave sul-coreana em 1987, deixando 115 mortos. O presidente George W. Bush retirou a designação em 2008 para facilitar uma negociação para o envio de ajuda em troca de desarmamento. A concessão se mostrou de pouco valor, porque as conversas entraram em colapso pouco depois e nunca foram retomadas.

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Atualmente, os EUA consideram apenas o Irã, o Sudão e a Síria como patrocinadores do terrorismo. Para impor tal condição, o Departamento de Estado necessitaria determinar que o país "repetidamente" ajudou apoio a ações de terrorismo. Em junho do ano passado, o governo afirmou que a Coreia do Norte "não é conhecida por ter patrocinado nenhum ato de terror" desde o ataque de 30 anos atrás.

A morte do irmão exilado de Kim Jong Un pode mudar esse cenário. Segundo investigações preliminares, duas mulheres se aproximaram e borrifaram um líquido em Kim Jong Nam na segunda-feira, no aeroporto internacional da Malásia. Ele morreu pouco depois. "Nunca deveríamos ter retirado a Coreia do Norte da lista", afirmou o deputado democrata Brad Sherman.

O presidente Donald Trump prometeu "lidar" com a Coreia do Norte, mas não disse como. Ainda é incerto se o governo pretende iniciar negociações com o regime, que pretende ser tratado como uma potência nuclear. Democratas e republicanos, nesse ínterim, querem aplicar sanções ao país e pressionar a China a jogar mais duro com seu vizinho problemático. Fonte: Associated Press.

A polícia da Malásia afirmou ter detido uma mulher acusada de ter conexão com a morte do meio irmão do líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un.

Em um comunicado divulgado na quarta-feira (15), a polícia local afirmou que a mulher foi presa no aeroporto da capital do país. Ela estava carregando documentos vietnamitas.

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O meio irmão de Kim Jong Un morreu na segunda-feira, após ter subitamente passado mal no aeroporto. De acordo com autoridades do governo malaio, antes de morrer, Kim afirmou aos médicos que o atenderam que foi atacado com um spray químico. Fonte: Associated Press.

A Coreia do Norte anunciou um luto oficial de três dias para observar a morte de Fidel Castro, que é tido pelo governo como um raro camarada com um inimigo específico, os Estados Unidos.

As bandeiras do país içadas do lado de fora dos prédios do governo foram erguidas a meio mastro em honra ao líder cubano, informou a mídia estatal nesta segunda-feira (28).

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Relatos de Pyongyang afirmam que o líder norte-coreano Kim Jong Un enviou uma delegação norte-coreanas para acompanhar o enterro de Castro, que começa nesta segunda-feira.

De acordo com uma agência japonesa que monitora a mídia do país, Castro é o primeiro líder estrangeiro a receber tais honras desde Yasser Arafat, o líder palestino que morreu em 2004.

Logo após a morte de Castro, Kim Yong Nam, diretor do Parlamento norte-coreano, e o premiê Pak Pong Ju, enviou uma mensagem de condolências para o irmão do ditador, Raul, que assumiu o poder em 2008.

"As façanhas que ele fez pela revolução Cubana e as relações fraternais entre os dois países continuarão para sempre", escreveram.

A morte de Fidel, por outro lado, pode significar o fim de uma era para as relações entre ambas as nações. Antes próximos, os dois países vem se distanciando desde a reaproximação do governo em Havana dos Estados Unidos, iniciada em 2014. Fonte: Associated Press.

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