O Estado de Pernambuco se comprometeu a apresentar em 20 dias um programa de reestruturação de setores do Complexo do Curado, localizado na Zona Oeste do Recife. O acordo foi feito ao Ministério Público Federal (MPF) durante reunião do Fórum de Acompanhamento das Medidas Impostas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), na terça-feira (24).
As medidas incluem facilitação da inspeção dos presos e a circulação de agentes penitenciários e visitantes no presídio, bem como ampliar os muros e reforçar a segurança para evitar que sejam jogados armamentos no interior da unidade prisional. O plano chega em um momento em que eclode uma crise do sistema penitenciário no país.
##RECOMENDA##De acordo com o MPF, o governo se comprometeu ainda a elaborar um protocolo para regulamentar o acesso de membros do Conselho de Direitos Humanos e outras entidades civis ao Complexo. Todas as medidas serão monitoradas pelo ministério. Caso haja descumprimento, há possibilidade de sanção por parte da Corta e mediddas judiciais do MPF.
Uma nova reunião do fórum foi marcada para fevereiro e terá particição de representantes do sistema judiciário estadual para tratar dos pesos em cumprimento de medidas cautelares e medidas alternativas à prisão.
Corte - A denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH) foi feita em 2011 devido à situação de risco à vida e à integridade dos detentos.
Naquele mesmo ano, a comissão determinou que o Estado brasileiro adotasse medidas para proteger a integridade e saúde dos presos além de aumentar o número de agentes de segurança no presídio e eliminar a figura do "chaveiro". As ações adotadas pelo governo não foram consideradas satisfatórias. Em 2014, a corte voltou a decretar que o governo tomasse medidas provisórias.
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