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A pandemia do novo coronavírus altera a rotina de milhões de pessoas no mundo todo. O nutricionista Fernando Leite alerta para a importância de uma alimentação saudável no período de isolamento domiciliar. Dietas restrititivas devem ser adiadas. Segundo o profissional, o melhor é comer de maneira saudável para fortalecer o sistema imunológico. Veja a entrevista no vídeo acima.

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Você começa o ano engajado e motivado para mudar o estilo de vida. Perder peso é um dos principais itens da sua lista de objetivos para 2019. Então, se matricula na academia e inicia uma dieta rigorosa, pouco calórica, com diminuição do consumo de gordura, carboidrato e açúcares.

No entanto, após um curto espaço de tempo, vai fazendo pequenas concessões alimentares em festinhas, deixa de fazer exercícios físicos com tanta regularidade e, quando vê, recupera o peso que perdeu inicialmente. E essa situação pode se tornar realmente um problema quando percebe que todo ano é assim. O 'engorda e emagrece' é chamado de efeito-sanfona.

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"Esse é um desafio que enfrentamos todos os dias no acompanhamento dos pacientes. O reganho de peso tem grande variação individual. Segundo estimativas, a cada ano, 42% da população mundial tenta perder peso. Mesmo que a perda inicial seja bem-sucedida, muitas pessoas recuperam o peso com o tempo e apenas uma pequena parte será capaz de manter o padrão nos próximos anos", explica a endocrinologista Lívia Marcela, mestre em Endocrinologia pela Unifesp.

Uma meta-análise nos Estados Unidos, que faz a avaliação de 29 estudos de dietas hipocalóricas aplicadas com ou sem exercícios com seguimento em um prazo de dois anos, mostrou que, em média, mais da metade do peso perdido é recuperado em 24 meses. Até pacientes que recorrem à cirurgia bariátrica podem ter o reganho de peso.

Mas, por que algumas pessoas não conseguem manter o peso perdido?

"Muitos fatores estão envolvidos: biológicos, incluindo genética, questões hormonais, histórico de expansão do tecido adiposo ao longo da vida, fatores ambientais, gastrointestinais, comportamentais e até socioeconômicos", enfatiza Lívia Marcela.

O cardiologista Guilherme Renke, que também é endocrinologista, chama atenção para outras consequências do efeito sanfona, como problemas cardiovasculares. "Com as repetidas perdas ocorre déficit progressivo da massa muscular e aumento da massa de gordura corporal causando o que chamamos de alteração do 'set-point' metabólico. A partir desse momento, a taxa metabólica cai de forma importante e diversos hormônios produzidos pela gordura corporal tornam-se prevalentes como o TNF e citocinas inflamatórias que geram uma inflamação crônica global e aumentam o risco de lesões vasculares", avalia.

Como evitar o efeito sanfona?

Quando diminuímos o peso só com dieta, sem exercício físico, perdemos massa gorda e magra. "Esse ponto de perder massa magra já não é tão bom. A medida que perdemos músculo, nosso gasto calórico basal diminui e fica mais fácil ganhar novamente o peso", esclarece a endocrinologista Lívia Marcela.

Na opinião do cardiologista Guilherme Renke, o ideal é encarar a mudança de vida com um profissional: "Óbvio que cada indivíduo tem uma necessidade diferente, por isso, jamais siga uma dieta da moda padrão, pois a chance de errar é enorme. Manter hábitos saudáveis pelo menos em 80% da sua semana e praticar exercícios regularmente são grandes aliados na prevenção das doenças cardiovasculares".

Sobre a frequência na academia, aquela que estava mais intensa no começo do ano, mas que já está diminuindo, a endocrinologista Lívia Marcela faz um alerta: "Às vezes você nem desistiu com todas as letras da academia. Está pagando, mas indo muito pouco. A pior notícia é que, quanto mais vezes fazemos a famosa 'sanfona,' mais difícil fica para emagrecer. Quando recuperamos peso, normalmente o porcentual de massa gorda que volta é maior que o de massa magra. Isso faz com que cada vez o nosso gasto metabólico fique menor".

As pessoas portadoras de uma variante do gene FTO (o chamado gene da obesidade), que favorece o acúmulo de gordura, reagem tão bem à dieta e aos exercícios quanto aquelas sem ela, segundo um artigo publicado nesta quarta-feira (21).

Isto significa que as pessoas com a variante, que parece estar ligada a um maior risco de sobrepeso, não estão necessariamente condenadas a permanecer assim, de acordo com uma meta-análise publicada na revista médica BMJ.

"Indivíduos portadores (da variante) respondem igualmente bem à intervenções para a perda de peso à base de dieta, atividade física ou remédios", escreveram os autores do artigo, baseado na revisão de oito estudos envolvendo cerca de 10.000 pessoas.

Isto significava que a predisposição genética para a obesidade "pode ​​ser pelo menos parcialmente neutralizada por meio de tais intervenções". Cientistas já haviam demonstrado uma associação entre uma variante do gene FTO e o excesso de gordura corporal, mas pouco se sabe sobre como esse vínculo funciona.

As contribuições relativas da genética e do estilo de vida para a epidemia global de obesidade ainda são objeto de discussão. A mais recente revisão mostrou que os participantes de programas de perda de peso que tinham a variante do FTO começaram com em média um quilo a mais do que aqueles sem ela.

Mas as mudanças no peso foram semelhantes em ambos os grupos, independentemente de outros fatores como etnia ou gênero, disseram os autores. Em 2014, segundo a Organização Mundial dae Saúde, mais de 1,9 bilhão de adultos em todo o mundo estavam acima do peso. Destes, mais de 600 milhões eram obesos.

O excesso de peso já foi associado cientificamente a doenças cardíacas, derrame e alguns tipos de câncer. Comentando a última pesquisa, a nutricionista chefe da agência de Saúde Pública da Inglaterra, Alison Tedstone, disse que as causas da epidemia de obesidade podem ter pouco a ver com genes.

O estudo acrescenta evidências que "sugerem que fatores ambientais podem ser dominantes sobre ao menos os genes comuns ligados à obesidade". Tais fatores podem incluir uma dieta rica em açúcar ou exercícios físicos insuficientes.

Com a chegada do verão, muitas pessoas se questionam por que as dietas publicadas nas revistas nem sempre funcionam. A razão é que as pessoas reagem diferente ao consumo de alimentos saudáveis, permitindo a alguns a perda de peso e a outros não, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira.

Uma mulher que participou do estudo apresentou um aumento dos seus níveis de açúcar no sangue a cada vez que comia um tomate, alimento com pouco açúcar e gordura, exemplificou o estudo realizado com 800 pessoas em Israel e publicado pela revista científica Cell Press.

"A primeira grande surpresa e descoberta assombrosa que tivemos foi a grande variedade de reações das pessoas a alimentos idênticos", declarou Eran Segal, pesquisador do Instituto de Ciência Weizmann de Israel.

Para o estudo, foi controlado o nível de açúcar no sangue dos participantes durante uma semana, foram analisadas suas fezes e foi observado o consumo alimentar. Nenhum participante era diabético, mas alguns eram obesos e tinham condições de saúde similares aos pré-diabéticos.

"Há diferenças enormes entre os indivíduos - em alguns casos tinham reações opostas - e realmente nos faltou informação científica sobre o tema", destacou Segal.

No lugar de seguir dietas padrões, os pesquisadores sugerem regimes mais personalizados, e colocar cada pessoa no centro de seu programa alimentar e não o contrário, o que permitirá não só ajudá-las a controlar seus níveis de açúcar, mas também a melhorar sua saúde, declarou o co-autor do estudo, Eran Elinav.

Os pesquisadores afirmam ter avançado no desenvolvimento de um sistema capaz de fazer uma melhor análise nutricional em função de cada pessoa.

O método necessitava que fossem enviadas amostras de fezes para analisar as bactérias do sistema digestivo. Os pesquisadores identificaram microrganismos específicos vinculados ao nível de açúcar no sangue depois das refeições.

Tanto homens, quanto mulheres se preocupam em mostrar o corpo em dia. Para determinados eventos ou estações do ano, como o verão, a solução para muitos é perder peso rápido com dietas restritivas e que prometem a perda dos quilinhos indesejados em até uma semana. A procura por métodos fáceis pode acarretar vários problemas de saúde e, por isso, o cuidado deve ser ainda maior.  

Dietas da sopa, da fruta, dos carboidratos ou proteínas são as mais realizadas. De acordo com a nutricionista Renata Motta, entre os problemas mais comuns dos pacientes que fazem essas dietas estão a hipertensão arterial, diabetes, insônias e taquicardias, quando os batimentos ficam acelerados. “É um risco muito grande para quem faz. Quando você aprende a comer, a saúde melhora, os problemas cardíacos consequentemente também. Por isso, é importante fazer uma reeducação alimentar”, informa a nutricionista Renata Motta, da Prodieta.

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A analista comercial Olívia Magalhães (abaixo) teve o efeito contrário com às dietas. Segundo ela, foi difícil se conscientizar. "Fiz um período da dieta japonesa e eu só podia comer ovo e presunto durante as refeições e emagreci, mas depois engordei de novo. Tentei a da sopa e aconteceu a mesma coisa. Procurei a uma endocrinologista depois de ver que não adiantava e, hoje, sigo uma alimentação balanceada", disse a analista. Com a alimentação mais saudável, Olívia conseguiu eliminar 18 quilos em 11 meses. 

A advogada Mayara Jaqueline também só conseguiu perder peso depois de recomendações médicas. “Fiz uma vez a dieta da sopa e me arrependi. Perdi cinco quilos e ganhei quase o dobro. Agora, aprendi a me alimentar bem e  perdi 12 quilos. Mesmo quando bate um desânimo, não volto a me alimentar mal”, afirmou.

A
 reeducação alimentar, de acordo com a nutricionista é a forma mais adequada de perder os quilinhos a mais. “Não adianta ter pressa e ter uma meta somente para o verão ou uma festa. O que acontece com quem faz essas dietas é a perda de nutrientes muito importantes. Por isso, o mais recomendado é fazer uma reeducação acompanhada de nutricionista e exercícios físicos. O aeróbico é o mais recomendado para perder peso”, avalia Renata.

Suco verde ideal

A nutricionista ensina como fazer um suco verde ideal - na "moda", mas liberado - para tomar durante as manhãs. O ideal é colocar uma ou duas frutas como abacaxi e laranja ou limão e verduras verdes. "As mais recomendadas são couve, hortelã e repolho. O gengibre também é ótimo para acelerar o metabolismo. Depois que bater tudo no liquidificador, a mistura deve ser ingerida sem coar", completou Renata. Abaixo, confira mais recomendações para entrar en forma: 



Produto popular, principalmente entre o público feminino, os shakes vem sendo consumidos de forma equivocada. O produto vem sendo consumido por pessoas que fazem dietas de emergência e muitas vezes, ingerido como substituto de mais de uma refeição.

O alerta é da nutricionista Mariana Alencar, da Prodieta. “Os shakes são compostos em quantidade variadas, de acordo com a marca, por proteínas, carboidratos, fibras e gorduras e são indicados para pessoas que não têm tempo de realizar uma refeição completa, composta por porções de proteína, carboidrato e fibras”, explica. “No caso das pessoas que fazem dieta, o shake poderia entrar como um dos lanches, mas não como substituto de refeições”, complementa Mariana.

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Para as pessoas que praticam atividades físicas, mais um cuidado: não ingerir os shakes no momento de se exercitar. “Apesar de provocar uma saciedade momentânea, os shakes não possuem calorias suficientes para estas atividades”, comentou, lembrando que, nestes casos, pode ocorrer perda de água e músculos, causando uma falsa sensação de emagrecimento e podendo levar à deficiência de nutrientes, anemia e fraqueza. “O melhor é buscar se alimentar sempre e equilibradamente. O shake deve ser ingerido de forma esporádica, numa situação em que não se pode realizar uma refeição e não como substituto”, finaliza.

Época de fim de ano, confraternizações, festa de Natal e Réveillon pedem comidas gostosas, que geralmente são bastante calóricas. Mas, quem quiser desfrutar das ceias, basta equilibrar na hora de ingerir os alimentos. 

De acordo com a nutricionista Sylvia Lobo, da Clínica Prodieta, a recomendação mais adequada é não comer frituras e alimentos gordurosos. “Geralmente há amendoins, castanhas e frutas secas na mesa. Prefira estes para petiscar. Se você sabe que determinada receita é menos saudável, sirva-se de uma porção menor”, relata. 

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Para a estudante de Serviço Social, Diana Andrade, é difícil não comer muito com tantas opções em casa. "Não tem como ter restrições, confesso que até tento não comer muito, mas essas festas são sempre na minha casa. O resto da ceia vai estar na geladeira e acaba se tornando o café da manhã, o almoço e o jantar do outro dia”, afirma. 

A estudante tenta, mas não consegue se controlar. “Na semana bate a culpa e você diz: vou fazer dieta e me controlar e logo chegam mais festas e tudo se repete, você come o que quer com a ideia de que é fim de ano e o tipo de comida que se serve só é nesse período, portanto, você pode relaxar", conta.

A nutricionista recomenda ainda os alertas para as pessoas que passam do limite, pois comer muito põe em risco a saúde. “Mesmo com a comemoração, todos podem comer as comidas calóricas, mas com cautela, pois podem causar mal estar e dor de barriga. O que for ingerido de calorias a mais, deve ser compensado no dia posterior, e a pedida são coisas leves. Água de coco, frutas e sucos, que tem nutrientes essenciais, são necessários também nessa época, além de trocar alguns ingredientes por outros light”, relata Sylvia.

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