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Mais dois prédios da Universidade de São Paulo (USP) foram tomados por estudantes na madrugada de quinta-feira, 19, para reivindicar a adoção de cotas sociais e o reforço de ações de permanência estudantil. Foram ocupados os prédios da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e o dos cursos de História e Geografia, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), na Cidade Universitária, zona oeste da capital.

A onda de ocupações na USP teve início há nove dias, quando os alunos tomaram o prédio do curso de Letras, também na FFLCH. "O movimento está expandindo e temos ainda 14 cursos que aderiram à greve. As ocupação de prédios públicos é um método muito forte de reivindicação e a tendência é que cresça ainda mais", disse Gabriela Ferro, do Diretório Central dos Estudantes (DCE).

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Além das demandas gerais do DCE, os alunos que ocupam os prédios também têm demandas específicas para os seus cursos. Em Letras, História e Geografia, os universitários reivindicam a contratação de professores, já que a USP suspendeu desde 2014 a admissão de novos funcionários em função da crise financeira. "Várias disciplinas fundamentais para esses cursos deixaram de existir por falta de professor. Os cortes estão afetando em muito a qualidade do ensino da USP", disse Gabriela. Segundo ela, na Geografia também foram cortadas as verbas para trabalho de campo.

Os estudantes ainda apoiam a greve dos funcionários, que teve início no dia 12, contra os cortes de verba, "precarização" dos serviços da universidade - como o Hospital Universitário - e por reajuste de 12,3%.

USP

A reitoria informou que as direções das faculdades têm autonomia para negociar as demandas dos alunos. A reportagem procurou as assessorias das faculdades ocupadas, mas ninguém foi localizado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em comemoração aos 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o Parque Zoobotânico, em Belém, iniciou na manhã de quarta-feira (21) a semana de promoção da cultura e dos direitos. O evento, que é realizado pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) em parceria com o Museu Emílio Goeldi, se estende até o sábado (24), e vai oferecer diversos serviços à população.

A programação especial da quarta-feira foi marcada pela cerimônia de abertura, apresentação de projetos de música, lançamento de livros, emissão de documentos, brincadeiras e jogos sobre direitos humanos. Durante os próximos dias do evento, o público também poderá encontrar orientação jurídica, emissão de carteira de identidade, segunda via, retificação e lavratura de registros de nascimento, entre outros serviços.

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Já a programação voltada para as crianças e adolescentes, que é coordenada pelos organizadores, terá apresentações artísticas e lançamento de livros infantis. O Serviço de Educação (SEC) do Museu Goeldi, cujo histórico de trabalho é voltado para os jovens, participará das comemorações com exposições de cartilhas e kits educativos.

 

A redução da maioridade penal de 18 para 16 anos para crimes hediondos foi condenada pelo corpo de jurados que participou, nesta segunda-feira (13), do júri simulado promovido pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), no Centro de Convenções, em Olinda. Dos onze representantes de entidades da sociedade civil que julgaram ficticiamente a matéria, oito votaram contra e três se colocaram favoráveis. A exposição do voto dos jurados aconteceu ao fim do debate, que durou quase três horas, e após a explanação dos argumentos de dois grupos: um em defesa da proposta e outro contra.  

Expondo os posicionamentos de forma intercalada, os dois grupos traçaram um paralelo entre a Proposta de Emenda à Constituição 171/93 e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que completa 25 anos nesta segunda. Galgado pela justificativa de que apesar da idade o ECA “nunca foi utilizado”, o deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) defendeu não só a redução da maioridade penal, mas a civil. Para ele, os assuntos são consoantes e devem ser aprovados pelo Congresso Nacional. 

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“Estamos discutindo um problema que envolve a pessoa e a vida, por isso sou a favor da redução da maioridade penal e, mais ainda, da maioridade civil. PEC 37/2015 que faz a redução geral. Por que só a redução penal? O jovem de 16 anos já vota, então porque ele não pode ser votado, não pode dirigir, nem fazer concursos públicos?”, indagou, defendendo a PEC 37/2015, de sua autoria, que versa sobre o tema.  

Defensor da queda da matéria no Congresso, o deputado federal Tadeu Alencar (PSB) compôs a bancada dos que argumentaram contra a redução. Reforçando argumentos já expostos por ele desde que o assunto veio à tona, o pessebista defendeu que é necessário “olhar para a segurança pública” quando se fala em maioridade penal e pontuou a necessidade de alterações na legislação, mas sem “o espírito de vingança” que, segundo ele, ronda os parlamentares em exercício do mandato. 

“O jovem brasileiro mais que autor de violência, ele é vítima de violência. No Brasil, morrem 10 jovens por dia. Somos o terceiro (no ranking da juventude), perdendo apenas para o México e El Salvador”, observou Tadeu Alencar. “Se é necessário discutir alterações no ECA, vamos fazê-lo. Se a consciência crítica recomendar uma alteração, sei que muitos discordam, mas vamos discutir. Para que respostas sejam dadas não para saciar a sede de pessoas sedentas por justiçamento, mas para aqueles que tem sede de justiça”, acrescentou, pontuando como solução a ampliação do tempo de internação para jovens que cometem crimes hediondos. 

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Voltando aos argumentos favoráveis à redução, o desembargador do TJPE Bartolomeu Bueno observou que apesar de todos os contextos punitivos, até agora ainda não se descobriu nenhuma outra forma de reduzir as infrações sem a aplicabilidade de penas que oferecem a reclusão. “A pena tem dupla finalidade. A primeira de ressocialização e a segunda tem o caráter de prevenção e inibição para que não se volte a diniquir (cometer crimes). Por isso, sempre defendi a redução por entender que basta um crime para justificar a sanção (pena)”, justificou o magistrado.

Sob a ótica do desembargador, o atual sistema “é falido” e a solução seria um modelo misto, onde se tenha uma idade mínima para a maioridade penal e outra para a imputabilidade, quando as pessoas podem ser punidas por crimes. Analisando os posicionamentos dos que são contrários ao texto por conta da situação carcerária no país, Bueno observou não ser este o problema. “Falta de cadeia não é o problema. Não se ressocializa os jovens, nem os adultos hoje neste país. Vamos deixar as pessoas analfabetas por falta de boas escolas? A mesma coisa é com o delinquente. Temos que construir presididos e casas de internação adequadas e suficientes para atender a população carcerária e assim proteger a sociedade”, frisou. “Temos um falso pudor, dizemos que não podemos prender os jovens, mas já prendemos. A internação é uma prisão”, cravou, acrescentando. 

Organizador do debate e integrante da bancada contrária à redução, o desembargador do TJPE Luiz Carlos Figueiredo justificou seus argumentos a postura de diversas entidades judiciais e da sociedade que trabalham com a faixa etária infanto-juvenil e são contra a PEC 171. “Todos os especialistas dizem não. São todos loucos ou masoquistas? Devemos procurar sempre quem sabe mais e eles sempre dizem não. (...) O dano que vai ser causado no convívio social caso este texto seja aprovado é da mais larga escala. E como fica o povo então?”, indagou. “A PEC 171 quebra a Constituição e quando isso acontece também se quebra um pacto político”, acrescentou. 

Além do corpo de jurado e do posicionamento das duas bancadas favorável e contra, o público que participava do júri também se posicionou em relação ao texto da PEC. O resultado da votação deve ser divulgado ainda nesta segunda pelo TJPE.

Após a Câmara dos Deputados rejeitar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171 que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quarta-feira (1º) que vai criar uma comissão para analisar conjuntamente todos os projetos que tratam da maioridade penal e de alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

“Vou conversar com os líderes e vamos criar uma comissão, com um prazo a ser estabelecido para que possamos apreciar, em um esforço só, todas as matérias que tratam da redução da maioridade penal, ou de alterações no ECA”, disse Renan.

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Entre as propostas, há o projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP) que modifica o ECA para ampliar o tempo de internação de menores que cometerem infrações graves e a separação desses jovens daqueles que praticarem infrações consideradas mais leve. Em meio ao debate acerca da PEC 171, rejeitada nessa terça (30) pela Câmara, o governo, contrário à PEC, afirmou que apoiaria as propostas do senador tucano em alternativa ao texto discutido pelos deputados.

Ontem, o presidente em exercício, Michel Temer, defendeu a ampliação do tempo de internação em alternativa à redução da maioridade penal. Para Temer, a possibilidade que menores infratores cumpram pena mesmo depois dos 18 anos acabaria tendo resultado semelhante à redução da maioridade. "Pessoalmente, defendo a reformulação do Estatuto da Criança e do Adolescente. O que se quer é que aquele [menor] que cometeu crime, por exemplo aos 16 anos, se condenado a uma pena maior, ele não só cumpra até os 18 anos , mas continue a cumprir a pena pelo crime cometido [após os 18 anos]. No fundo, o resultado é praticamente o mesmo", argumentou Temer, após encontro com deputados de primeiro mandato.

A PEC 171 foi rejeitada pelos deputados após mais de quatro horas de votação porque o texto não obteve, pelo menos, 308 favoráveis, número mínimo para mudanças à Constituição pela Câmara.

O governo quer enfrentar o debate da redução da maioridade penal por meio de alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), prevendo períodos de internação mais longos para menores que tenham cometido crimes hediondos, e por projetos que determinem penas mais severas para adultos que cooptem adolescentes para a prática de delitos.

A reação do Planalto à intenção do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de pautar a redução da maioridade penal ainda neste mês, está sendo discutida em reunião do presidente em exercício Michel Temer com os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo; dos Direitos Humanos, Pepe Vargas; e da Aviação Civil, Eliseu Padilha, com líderes da base aliada. O governo quer encampar modificações no ECA para evitar que o tema seja discutido no Congresso por Proposta de Emenda à Constituição (PEC), como quer Cunha.

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O Planalto busca uma aliança com legendas da oposição, inclusive o PSDB, para barrar a redução "pura e simples" da maioridade. A ideia é fazer um "mix" de diversos projetos que tratam do tema e chegar a um texto que amplie o tempo de internação para menores que tenham cometido crimes hediondos. Quando chegasse à maioridade, eles seriam transferidos para uma unidade socioeducativa separada dos demais internos, mas fora do sistema penitenciário para adultos.

"A criança e o adolescente não devem compartilhar estabelecimentos prisionais com presos de larga história criminal", afirmou nesta terça-feira, 09, o ministro Eliseu Padilha.

As medidas socioeducativas aplicadas a jovens infratores levam em consideração o histórico e as condições de vida dos adolescentes. “A Justiça da Infância tem um tratamento mais humanizado que leva em consideração todo o contexto social, a necessidade de recuperação e de ressocialização desse jovem”, explica o advogado e membro do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Paulo Ariel de Castro Alves.

Os profissionais envolvidos neste processo ouvidos pela Agência Brasil reclamam, entretanto, que nem todos os instrumentos fornecidos pela legislação são usados na prática. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) inclui possibilidades que vão desde a cobrança legal de envolvimento dos pais no processo até a utilização da semiliberdade – medidas que atualmente são subutilizadas. Para esses especialistas, alterar a legislação para infratores – com a redução da maioridade penal – sem aplicar a lei atual de forma plena não faz sentido.

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O juiz titular da 4ª Vara da Infância e Juventude da cidade de São Paulo, Raul Khairallah de Oliveira e Silva, diz que faz determinações para que os pais de infratores cumpram medidas socioeducativas – entre elas, o tratamento psicológico, psiquiátrico ou de drogas e o acompanhamento da frequência e desempenho escolar dos filhos –, mas elas dificilmente são cumpridas. “Quando o adolescente responde por ato infracional, não é só ele que está respondendo. Responde ele e os pais ou responsáveis”, ressalta. Mas, segundo ele, a maioria dos magistrados não aplica nenhum tipo de medida aos pais. “E as medidas que eu aplico [aos responsáveis], muitas vezes, não são executadas porque o Estado não é estruturado para isso”, acrescenta.

Apesar das dificuldades em responsabilizar os pais pela conduta dos filhos, os infratores chegam às audiências acompanhados de responsáveis. Ricardo é pai de Luciano*, de 14 anos, acusado de participar de dois roubos. Convencido da inocência do filho, o pai, que trabalha como segurança, diz que a família toda se sente punida, especialmente nos dias de visita. “Não é nada tranquilo, nada fácil. Eles marcam para entrar às 14h, a fila está dobrando o quarteirão. Você entra às 15h ou 15h30. Você passa um constrangimento. É muita humilhação. Você se sente um preso também, junto com eles”, relata sobre as dificuldades para encontrar o filho durante o mês de internação provisória. Já o jovem reclama de maus-tratos por parte dos internos. “Eles me tratam mal, pisam em nós”, queixou-se.

Vice-presidente do Movimento do Ministério Público Democrático, o promotor da infância Tiago Rodrigues vê problemas na aplicação das medidas voltadas aos próprios adolescentes. Segundo levantamento feito por ele na Promotoria da Infância de Juventude da capital, os infratores ficam, em média, pouco mais de sete meses internados. “O processo educativo não está sendo utilizado. Nós temos três anos para trabalhar esses adolescentes. Nós estamos trabalhando, em média, um pouco mais de sete meses”, enfatizou com base na análise de 3,3 mil processos que passaram pela promotoria entre agosto de 2014 e março de 2015.

De acordo com o promotor, a falta de vagas é uma das razões para que as internações não tenham a duração necessária para um efetivo trabalho de reeducação dos infratores. “Neste momento, nós tememos que, infelizmente, a superlotação e a necessidade de abertura de vagas estejam abreviando o período de internação”, diz Rodrigues que critica ainda a pouca utilização de recursos como a semiliberdade, quando o jovem estuda e trabalha durante o dia, voltando para a unidade de internação apenas para dormir. “Nós não vamos conseguir mudar essa realidade simplesmente alterando o período máximo de internação [de três anos, previsto no ECA]”, acrescenta ao descartar que a redução da idade penal possa trazer benefícios ao processo de reinserção social.

Enquanto esperava a audiência do filho Ivan*, de 17 anos, acusado de estupro, o vigilante Roberto* disse que preferia que o filho recebesse uma medida de liberdade assistida. “Ele nunca tinha dado problema em relação a isso. Eu preferia que ele tivesse liberdade assistida para ter um acompanhamento, para que ele entenda a responsabilidade, o que ele fez. Porque eu acho que se ele ficar preso não vai mudar nada”, ressaltou o pai, que até voltou a estudar para poder acompanhar de perto o desempenho do filho. “Ver o que ele está fazendo, para ele não cabular aula. Só que eu vi como era a escola. Era para ter cinco aulas e só tinha uma. Vários professores faltando. Além de o aluno não querer, eles também não incentivam”, conta ao reclamar também das condições oferecidas pelo Estado para educação dos jovens.

As medidas que liberam a volta gradual do jovem ao convívio social permitem, segundo o promotor Rodrigues, uma avaliação mais precisa do processo socioeducativo. [A equipe multidisciplinar] pode observar um comportamento natural do adolescente e ver se houve um progresso no processo socioeducativo, ou não”, destaca.

A liberdade assistida, entretanto, apresenta outros desafios para os jovens. Depois de cumprir um mês de internação provisória por roubo, o adolescente Gustavo*, hoje com 17 anos, conta que sofreu preconceito ao retornar à escola. “Alguns professores implicavam comigo. Eu tive um trabalho extra. Todo trabalho que eu fazia, não ganhava a nota mínima de cinco. Isso me prejudicou. O que me salvou foi a feira cultural em que eu consegui tirar dez”, relata sobre os problemas que enfrentou para conseguir concluir o último ano do ensino médio.

O técnico socioeducativo Danilo Ramos confirma a versão de Gustavo*. Com base nos oito anos de trabalho no Centro de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente (Cedeca) em Sapopemba (zona leste da capital paulista), ele diz que os jovens que cumprem medidas de semiliberdade ou liberdade assistida tendem a sofrer perseguição no ambiente escolar. “O menino é visado. Qualquer coisa que ele faz, ligam aqui ou para a família. E fica um embate. Com isso, o jovem acaba abandonando [a escola]”, conta.

 

 

O Projeto de lei que aumenta a vigilância contra maus-tratos a menores foi aprovado nesta terça-feira (4) pelo plenário do Senado, e seguirá para sanção presidencial. De autoria do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), o projeto já foi aprovado pela Câmara, e em nova votação, os senadores rejeitaram as modificações propostas pelos deputados e concluíram a apreciação da proposta. O projeto obriga as instituições que trabalham com crianças e adolescentes a contar com profissionais treinados para identificar sinais de maus-tratos.

O texto aprovado modifica o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ao obrigar a contratação, pelas entidades que cuidam de crianças e adolescentes, de profissionais treinados.  De acordo com explicações do senador Crivella, o objetivo do projeto é fazer com que as entidades cuidadoras de menores tenham um profissional treinado a identificar maus-tratos, que será incumbido de encaminhar os casos de abuso cometidos contra crianças e adolescentes ao Conselho Tutelar.

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A matéria também estabelece que todo profissional de cuidados, assistência ou guarda de crianças e adolescentes é obrigado a fazer a comunicação sobre maus-tratos, sob pena de punição na forma do ECA.

O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), relator da comissão especial da Câmara dos Deputados para a reforma do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), vai apresentar hoje um projeto de lei substitutivo que endurece a medida sociodisciplinar para menor infrator. A principal alteração é o aumento do tempo máximo de internação de 3 para 8 anos, nos casos de jovens com idade entre 16 e 18 anos que cometerem infrações equiparáveis aos crimes hediondos.

O aumento da pena máxima integra o projeto apresentado ao Congresso pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em abril do ano passado. Segundo o deputado tucano, assim se muda o eixo do debate sobre a criminalidade infantojuvenil, até hoje restrito à discussão da maioridade penal.

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A proposta ainda incorpora outras sugestões de Alckmin, como a criação de alas especiais destinadas a adolescentes com mais de 17 anos - para que não se misturem com os mais novos - e o endurecimento das penas para adultos que usarem adolescentes para cometer crimes.

O projeto também propõe que a pena máxima para o crime de corrupção de menores passe de 6 para 8 anos e muda a forma de caracterização jurídica do crime. De acordo com o texto do tucano, não será mais preciso comprovar em juízo que o menor foi corrompido, basta mostrar a participação do adolescente na infração. Além disso, a utilização de menores em qualquer tipo de atividade criminosa passa a ser agravante.

Até 26 anos

Hoje, o adolescente infrator é solto imediatamente ao completar 21 anos, seja qual for o crime cometido. De acordo com o projeto de Sampaio, eles poderão ficar até os 26 anos nas alas especiais e a libertação só correria depois de avaliação psicológica. Além de endurecer as punições, o projeto prevê ampliação das medidas socioeducativas, como a obrigatoriedade de as unidades de internação oferecerem cursos profissionalizantes e o direito de abater um dia de pena a cada cinco de estudo.

União, Estados e municípios passam a ter responsabilidades explícitas no texto do estatuto, que fixa o prazo máximo de quatro anos após a posse para que prefeitos e governadores adaptem as unidades de internação às novas exigências. Caso contrário, podem ser enquadrados por improbidade administrativa, cujas penas vão da perda dos direitos políticos ao afastamento da função pública.

O Ministério Público passa a ser o responsável por fiscalizar a execução das mudanças e, para garantir condições aos mandatários de cumprirem os prazos, oferece a possibilidade de prefeitos e governadores usarem o Regime Diferenciado de Contratação (RDC), criado pelo governo Dilma Rousseff em 2011 para acelerar obras do PAC e dos estádios da Copa. "O RDC nunca é bem-vindo, mas como o projeto prevê penalidades severas, os mandatários devem ter um mínimo de garantia para cumprirem os prazos", disse o deputado.

Outra mudança prevista no projeto é a possibilidade de jovens infratores serem levados em carros da polícia também em casos de atos comparáveis aos crimes hediondos. Atualmente, adolescentes não podem ser transportados em compartimentos fechados.

Votação

Segundo Sampaio, a comissão especial para reforma do ECA pode votar as alterações ainda hoje, mas o mais provável é que os deputados peçam vistas ao projeto e a votação fique para a semana que vem. De acordo com o tucano, da comissão a proposta segue direto para o plenário da Câmara e, se aprovada, para o Senado. "As mudanças previstas neste projeto de certa forma substituem o debate sobre a redução da maioridade penal. A sociedade é a favor (da redução), mas no Congresso existem opiniões diversas e dependeria de uma emenda constitucional votada em dois turnos na Câmara e no Senado", disse Carlos Sampaio.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Aberje - Associação Brasileira de Comunicação Empresarial e a Agência de Comunicações ECA Jr realizam as inscrições do 4° Prêmio Universitário Aberje – PUA até dia 10 de março. Os estudantes têm a oportunidade de aplicar os conhecimentos na resolução de um desafio de comunicação, que será avaliado por profissionais e acadêmicos com carreiras consolidadas no mercado.

Alunos de todo Brasil podem participar. As equipes devem ser compostas por no mínimo duas pessoas e no máximo cinco, todos os participantes devem estar inscritos em um curso de graduação autorizado pelo MEC - mas não necessariamente no mesmo curso. 

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Conforme o regulamento, o prêmio é dividido em quatro etapas. Na primeira etapa, a General Motors lança um desafio; na segunda, os participantes devem propor uma solução para a questão de comunicação da empresa e enviar seus trabalhos para avaliação dos jurados através da ferramenta Maxpress. As vinte melhores equipes passam para a terceira etapa, onde tem a chance de apresentar suas resoluções pessoalmente para uma banca que classificará os cinco finalistas da competição, que reapresentarão seus trabalhos na quarta e última etapa.

Os três finalistas serão premiados com R$ 8 mil, R$4 mil e R$2 mil.

Jograis, teatro, fotografia e cordéis integram a programação do encontro comemorativo em alusão aos 23 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O evento será realizado nesta terça-feira (13), no Teatro Beberibe, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

A iniciativa é promovida pela Rede de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. O encontro contará com a participação de jovens de instituições governamentais e não governamentais. Na ocasião, a Rede fará um link entre o Estatuto da Criança e do Adolescente e a prevenção à Violência sexual.

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Instituição - A Rede de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Estado de Pernambuco é um espaço de mobilização, articulação política e monitoramento do plano estadual de enfrentamento a violência sexual de Crianças e Adolescentes.

Alusão aos 23 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente

Quando: nesta terça-feira (13)

Onde: Teatro Beberibe – Centro de Convenções

Horário: 13h às 17h

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MACEIÓ (AL)  - Com atividades voltadas à conscientização da população em relação ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a Secretaria Municipal de Educação de Maceió (Semed), está realizando, durante esta semana, uma série de programações voltadas ao público infanto-juvenil trabalhando seus direitos e deveres.

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Iniciada nesta segunda-feira (05), na escola Nossa Lar I, localizada no bairro da Levada, em Maceió, as atividades visam esclarecer melhor quais os direitos e deveres da criança e do adolescente, como explica a diretora do Centro de Atenção Integrada à Criança e ao Adolescente (Caica), Ticyane Bentes. “A grande maioria das crianças e dos adolescentes sabem quais são os seus direitos e deveres, mas muitas vezes eles não são respeitados. Com isso, nós do Caica temos como um dos objetivos a implementação no currículo de práticas pedagógicas para a garantia dos direitos e deveres infanto-juvenis, como determina o Estatuto da Criança e do Adolescente e a lei de Diretrizes Básicas da Educação”, releva.

Nesta terça-feira (6), foi a vez da escola municipal Lamenha Lins, localizada no bairro do Jacintinho, onde foram realizadas oficinas de fantoches, contação de histórias e especialmente neste tarde, houve a palestra com a delegada dos Crimes Contra Crianças e Adolescentes em Maceió, Bárbara Arraes, quando foi esclarecido às crianças de 6 a 8 anos o que representa o ECA para eles. “Eu pude explicar para eles um pouco dos direitos e deveres das crianças e adolescentes através de situações corriqueiras como perguntando se era certo um coleguinha puxar o cabelo da amiga ou algo do gênero”, conta a delegada.

De acordo com o diretor da escola Lamenha Lins, Genival Medeiros, o tema já é trabalhado na unidade educacional, mas projetos como esse faz com que as crianças aprendam ainda mais sobre o tema e criem confiança na escola. “O projeto é importante, porque reaviva o trabalho que já vem sendo feito na escola. Nós sabemos que essa área aqui, é uma localidade em que o Conselho Tutelar tem que estar atento. Com isso, as crianças também criam maior confiança na escola em conversar conosco quando sofrem algum tipo de violência ou algo parecido”, explica Medeiros.

O estudante Lucas, de 8 anos, que participou das atividades nesta terça-feira (6), diz que aprendeu que tem que ser um aluno melhor. “Eu aprendi hoje que eu tenho que estudar mais, obedecer a professora e ser um menino mais obediente”, afirmou a criança.

Nesta quarta-feira (7), será a vez da escola Floriano Peixoto receber a programação, na quinta (08), a escola municipal Hévia Valéria; e na sexta(09), as atividades serão encerradas na escola municipal Frei Damião. Estas, foram escolhidas por terem sido identificadas pela Semed, como sendo as mais vulneráveis na questão de proteção a menores contra a violência em geral, princioalmente a violência sexual.

Segundo Ticyane Bentes, os assuntos que mais serão abordados são: bullying, trabalho infantil e violência sexual. Para aprofundar nos assuntos a serem discutidos, alguns convidados se farão presentes nos dias da programação como a delegada Bárbara Arraes, que esteve na escola Lamenha Lins, nesta Terça (06), da a juíza Fátima Pirauá, o superintendente de Políticas para Crianças e Adolescentes de Alagoas, o pediatra Claudio Soriano, entre outros.

De acordo com a legislação em vigor, são direitos da criança e do adolescente a vida, a saúde, alimentação, educação, respeito, liberdade, convivência familiar e comunitária, cultura e lazer, entre outros. Quanto aos deveres, estão listados na legislação o respeito aos familiares, cumprimento à lei, divididos entre deveres para menores e para adolescentes. A programação é aberta ao público e acontece sempre das 13h às 17h.

Confira o depoimento da delegada dos Crimes Contra Criança e Adolescentes, em Maceió, Bárbara Arraes:

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Brasília – O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa hoje (13) 23 anos. No entanto, lamenta a secretária-geral do Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes (Cecria), Leila Paiva, embora o Brasil tenha uma legislação que é referência para outras nações, ela ainda não foi implementada na íntegra. “Ainda vivemos em um país em que crianças e adolescentes, cada vez mais, são credores de direitos. São muito mais vítimas do que autores de violência. Lamentamos o fato de que temos a lei, mas não conseguimos aplicá-la”, diz Leila.

Segundo ela, os conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente e os conselhos tutelares não têm condições favoráveis para atuar, e as varas criminais especializadas em crimes cometidos contra crianças e adolescentes ainda não foram implantadas. “Não temos uma política de atendimento especializado voltada para as diversas formas de violência contra crianças e adolescentes,” destaca a secretária-geral do Cecria.

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Ela ressalta, porém, que também houve conquistas nos 23 anos do estatuto. “Tivemos avanços nas políticas setoriais, como um plano nacional de enfrentamento da violência sexual que deu visibilidade às diversas formas de violência a que crianças e adolescentes brasileiras são submetidos. Esse plano tem pautado as políticas públicas nesta área e inclusive foi redefinido neste ano.”

A secretária executiva do Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, Karina Figueiredo, concorda que o estatuto trouxe grandes avanços, mas diz que o atendimento ao menor vítima de exploração sexual e a responsabilização dos autores de crimes contra menores ainda precisam ser melhorados.

“O atendimento psicossocial à criança ou ao adolescente vítima de violência sexual pode ser muito demorado. O Brasil precisa ampliar o número de delegacias de Proteção à Criança e ao Adolescente e aumentar a eficiência do sistema no que se refere à responsabilização dos crimes”, afirma Karina. Segundo ela, o estatuto trouxe um novo olhar para a criança e o adolescente como sujeitos de direito. “Temas que eram pouco falados, como o trabalho infantil e a violência sexual, passaram a ter visibilidade e programas específicos.”

Leila e Karina enfatizam a necessidade de alocação de mais recursos no orçamento público para ações voltadas a esse público. “É preciso garantir a prioridade absoluta prevista na Constituição Federal, inclusive no orçamento público”, diz a secretária-geral do Cecria.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), percorreu nesta terça-feira gabinetes do Congresso para apresentar a proposta que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente. Em encontros com os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ele defendeu projeto que permite aos juízes estipular internação de até 8 anos para o menor que cometer crime hediondo. Atualmente, o limite é de 3 anos.

Para ser recebido por Alves, o governador teve de tomar um "chá de cadeira" de meia hora. Na saída do encontro, Alckmin afirmou, em rápida entrevista, ao lado de Alves, que o projeto não reduz a maioridade penal nem altera a Constituição. Outro ponto da proposta prevê que o infrator que completar 18 anos passará para internação em regime especial nas fundações de ressocialização, sendo separado de interno até 17 anos. A transferência para a penitenciária só ocorrerá a partir dos 21 anos. Um terceiro ponto da proposta estabelece o agravamento de penas para adultos que usarem menores nos crimes. "O projeto é fruto de longos estudos, não altera a Constituição", disse o governador.

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Alckmin afirmou que a urgência da tramitação do projeto é um "clamor" da sociedade. O presidente da Câmara disse que caberá ao Conselho de Líderes avaliar a possibilidade de dar urgência à proposta. "As demandas exigem respostas rápidas", limitou-se a afirmar Henrique Eduardo Alves.

Logo depois, no Senado, Alckmin foi questionado sobre a oposição do Planalto à mudança na legislação do tema. "O Planalto se mostra contra a redução da maioridade, o que não é o caso. Aliás, essa é uma discussão que eu sou favorável", disse.

O governador afirmou que o Estatuto da Criança e do Adolescente garantiu direitos aos menores, mas não consegue atender a novas demandas. "O Estatuto é da década de 90. Muitas coisas mudaram. O crack, por exemplo, não existia há 23 anos", disse. "A lei não dá respostas para casos de crimes hediondos. O que defendo são mudanças objetivas."

Alckmin ressaltou que é a favor da ressocialização de menores, mas avalia que é preciso um debate sobre a prática de crimes hediondos, como homicídios, estupros, latrocínios, cometidos por menores. Ele disse que, em São Paulo, 11% dos casos cometidos por menores reincidentes são homicídios. Renan Calheiros evitou falar sobre a proposta.

Depois de um chá de cadeira de meia hora, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSBD), apresentou nesta terça-feira (16), ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), proposta que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente. Em rápida entrevista, ao lado de Alves, Alckmin disse que o projeto não reduz a maioridade penal nem altera a Constituição.

Segundo ele, a proposta permite que os juízes possam definir que o menor que cometer crime hediondo poderá ficar, em vez de três, até oito anos internado. Outro ponto é que o infrator que completar 18 anos deverá ficar em regime especial nas fundações de ressocialização em vez de permanecer com os menores de 17 anos. A transferência para a penitenciária só ocorrerá a partir dos 21 anos. Um terceiro ponto da proposta estabelece o agravamento de penas para adultos que usarem menores nos crimes.

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O presidente da Câmara disse que caberá ao Conselho de Líderes avaliar a possibilidade de dar urgência à proposta. Logo depois, já no Senado, Alckmin foi questionado sobre a oposição do Planalto à mudança na legislação do tema. Ele respondeu: "O Planalto se mostra contra a redução da maioridade, o que não é o caso. Aliás, essa é uma discussão que eu sou favorável". O governador disse ainda que o Estatuto da Criança e do Adolescente garantiu direitos aos menores, mas não consegue atender a novas demandas. "O Estatuto é da década de 90. Muitas coisas mudaram. O crack, por exemplo, não existia há 23 anos".

Alckmin ressaltou que é a favor da ressocialização de menores, mas avalia que é preciso um debate sobre a prática de crimes hediondos, como homicídios, estupros, latrocínios, cometidos por menores. Ele disse que, em São Paulo, 11% dos casos cometidos por menores reincidentes são homicídios. Ainda nesta terça Alckmin deve ter encontro com o presidente do Senado, Renan Calheiros, para apresentar a proposta de mudança do Estatuto da Criança e do Adolescente.

A partir desta sexta-feira (1º), estão proibidas ações de merchandising (publicidade indireta colocada em programas, com a exposição de produtos) dirigidas ao público infantil em programas criados ou produzidos especificamente para crianças em qualquer veículo. A norma faz parte das novas recomendações para a publicidade que envolve crianças e adolescentes, definidas no Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária.

Segundo o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), a publicidade de produtos e serviços direcionada a esse segmento deve se restringir aos intervalos e espaços comerciais. As alterações, incorporadas à Seção 11 do código, que reúne as normas éticas para a publicidade do gênero, também preveem que as ações de merchandising em qualquer programação e veículo não empreguem crianças, elementos do universo infantil ou artifícios publicitários com o objetivo de captar a atenção desse público específico.

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Ao defender regras mais restritivas para o setor, o Conar destaca ser contrário à proibição total da publicidade infantil, por entender que se trata de parte essencial da educação. “Privar crianças e adolescentes do acesso à publicidade é debilitá-las, pois cidadãos responsáveis e consumidores conscientes dependem de informação", disse, em nota, o presidente do conselho, Gilberto Leifert.

Para definição do público infantil, o código adota os parâmetros do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). De acordo com o ECA, são consideradas crianças meninos e meninas até 12 anos de idade incompletos e adolescentes, os que têm entre 12 e 18 anos de idade.

 

A reitoria da Universidade de São Paulo (USP) demoliu no sábado (22) o espaço conhecido como "canil", prédio anexo à Escola de Comunicações e Artes (ECA) usado desde 2006 pelos estudantes para atividades culturais.

O prédio foi originalmente construído para servir como casa de máquinas de energia elétrica. Anos depois, foi adaptado para abrigar cães que circulavam pela Cidade Universitária.

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Com a transferência do canil por causa do excesso de barulho durante o período das aulas, o espaço ficou ocioso e, em 2006, foi ocupado pelos estudantes, que derrubaram as antigas grades e passaram a fazer festas, exposições e shows no local.

A direção da universidade informou no domingo (23), por meio de sua assessoria de imprensa, que a demolição do canil faz parte do processo de reurbanização da antiga reitoria da USP, para onde a atual reitoria deve ser transferida no ano que vem. Uma série de obras está prevista recuperar essa parte da Cidade Universitária.

Protesto

Em 2010, a primeira tentativa de demolição do prédio foi suspensa por causa de protestos dos estudantes, que reivindicaram o uso do local e pediram canal de diálogo com o reitor, João Grandino Rodas.

"Vamos entrar com pedido de reconstrução do prédio, que abrigava a maior festa de estudantes da USP, e em seis anos já reuniu mais de cem bandas", afirma Paulo Fluxus, estudante de Artes Plásticas, que participou da ocupação do prédio em 2006.

Na tarde de domingo (23), um grupo de estudantes da ECA se revezava entre os escombros, organizando uma intervenção artística. "Estamos colocando fitas de crochê nas ferragens que sobraram e vamos pintar as pedras de rosa choque", conta o aluno. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A Associação de Assistência à Criança Deficiente, em Pernambuco, (AACD-PE) está concorrendo a uma das oito vagas para compor o Conselho de representantes da sociedade civil do Conselho Municipal de Defesa e Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (COMDICA), para atuar no biênio 2012/2014. O Conselho tem a função de efetivar os direitos dos jovens referentes à vida, saúde, alimentação, educação, convivência família, entre outros.

A ideia é acompanhar a execução das políticas públicas de atendimento e fiscalizar o cumprimento da legislação que garante os direitos humanos de meninos e meninas com base nas diretrizes estabelecidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

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A eleição é feita de forma secreta através do voto das 57 instituições cadastradas e as concorrentes também tem o direito de votar. Ao todo, serão 66 votos que escolherão quem deve ocupar as oito vagas do Conselho. A votação ocorre nesta quinta-feira (25), das 9h às 17h, no auditório Dr. Oscar Pereira do Juizado da 2ª Vara da Infância e da Juventude, que fica na Rua Fernandes Vieira, 405, no bairro da Boa Vista.

Com informações da assessoria

 

O Ministério Público do Trabalho (MPT), em Pernambuco, realiza nesta terça-feira (11), às 11h, uma audiência com partidos políticos sobre o trabalho infantil em campanhas eleitorais. No encontro deve ser proposto a conversão da multa na impressão de panfletos “vote contra o trabalho infantil,” que serão distribuídos à população.

Além dos partidos foram convocados o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) e o Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil de Pernambuco. O assunto entrou em pauta na justiça eleitoral quando o MPT abriu um inquérito para investigar a denúncia de que crianças estariam trabalhando em campanha eleitoral de 2012, na cidade do Recife.

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Em 2008, alguns partidos assinaram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) se comprometendo em não contratar direta ou indiretamente, crianças e adolescentes menores de 16 anos nas atividades da campanha.  Em Pernambuco somente 20 legendas assinaram o TAC (PDT, PR, PSDC, PRB, PT, PCB, PTB, DEM, PTN, PSOL, PPS, PHS, PRP, PSTU, PSC, PTC, PMDB, PRTB, PSDB e PV). Outras legendas (PCdoB, PCO, PMN, PP, PSB, PSL e PT do B) foram acionadas pelos MPT por não assinarem o termo de compromisso.      

Atualmente, caso os partidos descumpram essa determinação terão que pagar uma multa de R$ 10 mil reais por cada criança que for encontrada trabalhando na campanha política. O dinheiro é revertido para o Fundo de Infância e Adolescência. Caso aconteça novas denuncias, esses valores seriam revertidos em ações de publicidade contra o trabalho infantil.    

De acordo com a Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), crianças de 13 anos ficam proibida de realizar atividade remunerada. Entre 14 e 15 anos é permitido na condição de aprendiz. Dos 16 aos 17 anos, ela pode trabalhar até às 22h, em áreas que não corra risco de morte e não desenvolvam atividades insalubres.

Será discutida em audiência pública, nesta segunda-feira (23), a “Lei da Palmada”. O debate será realizado pela Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente no auditório da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Durante a discussão, haverá uma apresentação da 8ª edição da Campanha pelos Bons Tratos de Crianças e Adolescentes, criada pelo Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social (Cendhec).

De autoria do Poder Executivo, o projeto de lei altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e determina que seja considerado castigo corporal qualquer forma de uso da força física para punir ou disciplinar causando dor ou lesão à criança e ao adolescente.

Prevê medidas que visam prevenir a violência contra a criança, como encaminhamento a programas oficiais e comunitários de apoio às famílias, possibilidade de tratamento psicológico ou psiquiátrico, cursos ou programas de orientação, encaminhamento da criança a tratamento especializado e advertência.

A Lei da palmada prevê ainda que “a criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados pelos pais, pelos integrantes da família, pelos responsáveis ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar, tratar, educar ou vigiar, sem o uso de castigo corporal ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação, ou qualquer outro pretexto”.

Além disso, também podem ser punidos os profissionais (professores, médicos e funcionários públicos) que tomarem conhecimento das agressões contra crianças e não denunciarem. A multa pode chegar a 20 salários mínimos.

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